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HIPERTEXTO
Diálogos e informação na pós-modernidade
Os pensadores críticos
Marshall McLuhan – O meio é a mensagem
Jean Baudrillard – simulacro
Pierre Lévy – hipertexto
Marshall McLuhan
Professor, 1911-1980, University of Toronto
Livro marcante: Understandig Media, 1964
Humanos criam as máquinas para automatizar
as atividades
As máquinas amplificam e aceleram processos
já existentes
As máquinas tem um propósito, conjunto de
funções e natureza própria
Estradas e veículos, dinheiro e guerra, cinema, livros
e rádios são extensões do corpo humano
E a eletricidade é a extensão do sistema nervoso
“O meio é a mensagem”
Meios frios =
- transmitem baixa definição
- há espaço a ser preenchido
- receptores ativos
- Ex. Fala, telefone e televisão
- Meios quentes =
- prolonga um único dos nossossentidos em alta definição.
- Permite menos participação
- Ex. impressa/ rádio/ fotografia
“A MENSAGEM DE QUALQUER MEIO OU TECNOLOGIA É A MUDANÇA DE ESCALA”
“UM MEIO QUENTE E UM MEIO FRIO TEM EFEITOS DIFERENTES
SOBRE OS SEUS USUÁRIOS”
“O meio é a mensagem”
McLuhan colocou a televisão em um
pedestal como a “coolest” das
tecnologias. Chamou de "the mosaic
mesh" (1964). Ele creditou à
televisão a quebra da linearidade da
vida e do pensamento humano.
A fama e o cinema
A fama levou o intelectual a uma participação no
filme “Noivo neurótico, noiva nervosa" (1978), de
Woody Allen. McLuhan representa a si mesmo e
explica que um professor de Mídia não entendeu
nada de suas teorias.
Woody Allen e
Diane Keaton na
sequência do filme
Transformação do meio
É importante compreendermos que quando se passa de uma mídia para a outra é preciso uma reciclagem. É importante saber reconhecer a potencialidades, as deficiências e os limites de cada uma delas.
Quando você coloca uma gravação televisiva na internet ela passa a ser qualquer outra coisa, menos televisão.
Há uma remediação, ou seja, transformação do meio. Há uma nova linguagem, há um novo público, novos conceitos.
O tempo, as interferências externas, as técnicas de produção são outras e precisam ser respeitadas.
Jean Baudrillard – 1929 -2007
Jean Baudrillard foi um teórico polêmico
Pertenceu à escola pós-moderna francesa
Escreveu mais de 30 livros.
Pensador de esquerda, crítico do capitalismo
Não acredita na idéia de discurso de verdade, de
uma realidade única e inquestionável
Defendeu sua idéia-força de simulacro, a
qual desenvolveu da década de 1960 até seus
últimos trabalhos.
Consumo
1966 “O sistema dos objetos”
1970 “A sociedade de consumo”
1972 “Para a crítica da economia política
do signo”
Teoria sobre o uso dos bens de consumo
como signos de um sistema de
valores sociais.
Valor simbólico
Os bens de consumo não são objetos de uso:
eles representam valores e status. Valem, de
fato, pelo seu valor simbólico.
Famílias são regidas pelo hedonismo
Por que da mudança?
Concentração econômica (oligopólios)
Novas técnicas de produção
Novas tecnologias
O simulacro
Para Baudrillard, vivemos em
um momento no qual o
princípio do realismo como
expressão estética foi de tal modo
exacerbado que ocupou o lugar do real:
a televisão, a fotografia, os parques temáticos, o
discurso jornalístico e o discurso publicitário são
hoje mais “reais” que a própria realidade.
Excesso de informação
O excesso de informação devora os seus
próprios conteúdos. Devora a comunicação e o
social. E isto por dois motivos.
Em vez de fazer comunicar, esgota-se na
encenação da comunicação
Por detrás desta encenação exacerbada da
comunicação, os mass media prosseguem uma
desestruturação do real.
Espetacularização
“Os media se apresentamcomo veículos da condenação moral do terrorismo e da exploração do medo com fins políticos, mas simultaneamente, na mais completa ambigüidade, difundem o fascínio bruto do ato terrorista”
Mídia Terror
Casos de
matadores em
série devem ser
divulgados?
A inflação dos signos
Hiper-realismo: “Os signos evoluíram, tomaram
conta do mundo e hoje o dominam”
Fontes do poder
Pós-moderno Moderno
auto-ajuda fé
consumismo
ideologia
símbolos produção
tecnologia capital
Pierre Bourdieu (1989)
PODER SIMBÓLICO
Este poder pode ser compreendido como aquilo que como poder pode constituir o dado pela enunciação, de fazer ver, de fazer crer de confirmar ou transformar a visão de mundo e, deste modo, a ação sobre o mundo, portanto o mundo; poder quase mágico que permite obter o equivalente daquilo que é obtido pela força (física ou econômica), graças ao efeito específico de mobilização, que só se exerce se for reconhecido, quer dizer, ignorado como arbitrário.
Nova dominação
Na sociedade da
simulação, identidades são
construídas pela
apropriação de imagens, e
códigos e modelos determinam
como os indivíduos na sociedade
se percebem em relação aos
demais.
O triunfo dos simulacros!
“O que é o simulacro? É a imagem que perdeu todos os vínculos com a realidade e se tornou mais real do que o real.
O simulacro é assim, a figura fundamental da sociedade da comunicação e do espetáculo.
Daí a ideia de que uma estratégia fatal rege o Mundo!”
O triunfo dos simulacros!
“A estratégia fatal corresponde a um modo de existência e de produção de sentido em que tudo vai para
além dos seus próprios fins, perde objetividade e torna-se intransitivo.
As coisas e os fatos tendem a ser mais do que aquilo que são e a apresentar-se sobre uma forma de hiper-realidade, hiper-finalidade e hiper-funcionalidade”
Valor simbólico
Viva o lado Coca-Cola da vida Desce redondo e reanima
Baudrillard e o Cinema
MATRIX: “Simulacros e Simulação”se tornou famoso também fora do ambiente acadêmico quando foi exibido no filme Matrix, pois é dentro de uma edição deste livro que “Neo” guarda seus programas
Filme dos irmão Wachowski
“Matrix faz uma leitura ingênua da relação entre ilusão e
realidade. Os diretores se basearam em meu livro Simulacros
e Simulação, mas não o entenderam” ___ Baudrillard
Baudrillard e o Cinema
“Prefiro filmes como Truman Show e Cidade dos Sonhos, cujos realizadores perceberam que a diferença entre realidade e ilusão é menos evidente. Nos dois filmes, minhas ideias estão mais bem aplicadas.” __ Baudrillard
Show de
Truman, 1998
Jim Carrey
Diretor:Peter Weir
Cidade dos
Sonhos, 2001
Naomi Watts e
Laura Harring
Diretor :David
Lynch
Second Life – uma interseção
O Second Life pode ser uma evasão da realidade
para uns, um jogo para outros... mas é necessário
sermos conscientes de que é uma ferramenta para
simulações e simulacros, além de ser uma
extensão do homem.
O virtual não é oposto ao real
Realidade virtual: é um ambiente simulado que permite interações, onde os usuários recebem estímulos corporais. O corpo real migra para um mundo de pura informação. Assim, as tecnologias da realidade virtual nos permitem, não só olhar uma paisagem, por exemplo, mas experimentar uma interação tátil, como se estivéssemos dentro de um novo mundo.
Realidade Virtual
Exercício
Identificar um valor simbólico na WEB
Recortar e descrever o significado dele em um
post no blog
Usar foto, links relacionados, tags, categoria
Pode ser uma peça publicitária, uma cobertura
de jornalismo, um blog, uma comunidade etc
Cibercultura
Meio é a mensagem
Simulações e simulacros
Ciberespaço
Pierre Lévy
Nasceu em 1956, na Tunísia
Filósofo da tecnologia, Universidade de Ottawa
Publicou cinco livros sobre novas mídias
“O ciberespaço dá um corpo virtual, um papel a
cada um. A imprensa e o rádio falam, o teatro
e o cinema mostram e o ciberespaço
incorpora (embodies).”
Pierre Lévy - ideias
O universal sem a totalidade é
a essência da cibercultura
Breve retorno à história:
A emergência do ciberespaço tem um efeito
tão radical sobre a pragmática das
comunicações como o teve em seu tempo a
invenção da escrita
Pierre Lévy - ideias
Três grandes etapas da história:
a das pequenas sociedades fechadas, de cultura oral, que viviam uma totalidade sem Universal;
a das sociedades civilizadas, imperiais, que usavam a escrita, que fizeram surgir um Universal totalizante
a da cybercultura, que corresponde à mundialização concreta das sociedades, que inventa um Universal sem totalidade.
Pierre Lévy - ideias
Universalização
Conceito baseado na criação da escrita
rompe com o tempo e espaço, ou seja, as
informações não estavam mais limitadas ao
meio oral
A escrita fixa a mensagem podendo ser
levada a qualquer lugar do
planeta, universalizando a mensagem
Pierre Lévy - ideias
Totalidade
Num texto escrito há uma totalização
Somente o emissor fala, segundo o seu
entendimento
Não há interação do seu receptor
Meios de massa quentes seguem este regime
totalitário de raciocínio linear
Pierre Lévy - ideias
Paradoxo central: quanto mais universal
(extenso, interconectado, interativo), menos
totalizável.
O ciberespaço leva-nos de volta à situação
anterior à escrita na medida em que a
interconexão e o dinamismo em tempo real das
memórias faz os parceiros da comunicação
partilharem novamente o mesmo contexto, o
mesmo imenso hipertexto vivo.
Esse universal não totaliza mais pelo sentido, ele
conecta pelo contato e interação geral
Hipertexto
“Tecnicamente, um hipertexto é um conjunto
de nós ligados por conexões. Os nós podem
ser
palavras, páginas, imagens, gráficos, sequênc
ias sonoras, documentos complexos que
podem eles mesmos ser hipertextos. Os itens
de informação não são ligados
linearmente, como em uma corda com
nós, mas estendem suas conexões em
estrela, de modo reticular”. ( Levy, pg 33)
Seis princípios do hipertexto para Lévy:
Metamorfose:
Multiplicidade
Heterogeneidade:Exterioridade
Topologia:.
Mobilidade dos centros
Quem Vanevar Bush Theodore Nelson
Quando 1945 Anos 60
Onde EUA EUA
Nome Memex Xanadu
O que é Um dispositivo para mecanizar a
classificação e a seleção por
associação paralelamente ao princípio
de indexação clássica
Uma imensa rede acessível
em tempo real contendo
todos os tesouros literários
e científicos do mundo
Como Criando um imenso reservatório
multimídia de documentos, com som,
imagens e textos. Miniaturização desta
massa de documentos utilizando
microfilme e fita magnética. O acesso à
informações seria através de uma tela
de televisão com alto-falantes. Ideia foi
exposta por Bush no texto “As we may
think, de 1945”
Milhões de pessoas
poderiam usar Xanadu para
escrever, se interconectar,
interagir, comentar textos,
filmes, etc. (Xanadu foi
apenas uma ideia, mas foi
Ted Nelson que usou o
termo hipertexto pela
primeira vez.)
Ciberespaço - interconexão
Conexão é preferível ao isolamento
Cada computador, cada aparelho, cada
máquina deve possuir um endereço na
internet
Passamos da noção de canal e de rede para
uma noção de espaço envolvente
Ciberespaço - comunidades
Se apoia na interconexão
Reunião por afinidades – não substitui
encontros físicos, complementa
Netiqueta: não desviar um assunto, não
abordar assunto já tratado, não incluir
publicidade, não insultar ou ofender
Recompensa: reputação
exploram novas formas de opinião pública
Capacidade que têm um grupo de pessoas de colaborar para decidir sobre o seu próprio futuro, assim como a possibilidade de atingir coletivamente metas em um contexto de alta complexidade
Ciberespaço: inteligência coletiva
Parte do princípio de que cada pessoa sabe sobre algo, portanto ninguém tem o conhecimento absoluto. O resultado é a inclusão e participação do conhecimento de todos
A inteligência coletiva
“Es una inteligencia
repartida en todas
partes, valorizada
constantemente, co
ordinada y
movilizada en
tiempo real.”
Pierre Lévy
A inteligência coletiva
“A web do futuro
expressará a
inteligencia coletiva de
uma humanidade
mundializada e
interconectada através
do ciberespaço.”
(Lévy, 2003)
A inteligência coletiva
“O ciberespaço
(coordenação sem
hierarquias que favorece
a sinergia de
inteligencias) é o
ambiente perfeito para
reconhecer e mobilizar as
habilidades, experiências
e competências de todas
as personas” (Lévy), 997)
A inteligência coletiva
Bibliografia
Sobre Pierre Lévy
Cibercultura, pags 111- 135
http://www.faced.ufba.br/~pretto/Biblioteca%20Digital/Levy/ouniversalsem.html
Sobre Jean Baudrillardhttp://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT550009-1666,00.html
Sobre McLuhan
Os meios de comunicação como extensões do homem, pags 21-50
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