15
UM MÉDICO SEM DIPLOMA A INACREDITÁVEL HISTÓRIA DE

HISTORIA DE UM MEDICO

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: HISTORIA DE UM MEDICO

UM MÉDICO SEM DIPLOMAA INACREDITÁVEL HISTÓRIA DE

Page 2: HISTORIA DE UM MEDICO

Hamilton Naki, um sul-africano negro, de 78 anos, morreu no final de maio. A notícia não

rendeu manchetes, mas a história dele é uma das mais extraordinárias do século 20. "The Economist" contou-a em seu obituário desta

semana.

Page 3: HISTORIA DE UM MEDICO

Naki era um grande cirurgião. Foi ele quem retirou do corpo da doadora o coração

transplantado para o peito de Louis Washkanky, em dezembro de 1967, na cidade

do Cabo, na África do Sul, na primeira operação de transplante cardíaco humano

bem-sucedida.

Page 4: HISTORIA DE UM MEDICO

É um trabalho delicadíssimo. O coração doado tem de ser retirado e preservado com o

máximo cuidado. Naki era talvez o segundo homem mais importante na equipe que fez o primeiro transplante cardíaco da história. Mas não podia aparecer porque era negro no país

do apartheid.

Page 5: HISTORIA DE UM MEDICO

O cirurgião-chefe do grupo, o branco Christian Barnard, tornou-se uma celebridade

instantânea. Mas Hamilton Naki não podia nem sair nas fotografias da equipe.

Page 6: HISTORIA DE UM MEDICO

Quando apareceu numa, por descuido, o

hospital informou que era um

faxineiro. Naki usava jaleco e máscara, mas

jamais estudara medicina ou

cirurgia.

Page 7: HISTORIA DE UM MEDICO

Tinha largado a escola aos 14 anos. Era jardineiro na Escola de Medicina da Cidade do Cabo. Mas aprendia depressa e era curioso. Tornou-se o faz-tudo na clínica cirúrgica da

escola, onde os médicos brancos treinavam as técnicas de transplante em cães e porcos.

Page 8: HISTORIA DE UM MEDICO

Começou limpando os chiqueiros. Aprendeu cirurgia assistindo experiências com animais.

Tornou-se um cirurgião excepcional, a tal ponto que Barnard requisitou-o para sua

equipe.

Page 9: HISTORIA DE UM MEDICO

Era uma quebra das leis sul-africanas. Naki, negro, não podia operar pacientes nem tocar no sangue de brancos. Mas o hospital abriu

uma exceção para ele.

Page 10: HISTORIA DE UM MEDICO

Virou um cirurgião, mas clandestino. Era o melhor, dava aulas aos estudantes brancos,

mas ganhava salário de técnico de laboratório, o máximo que o hospital podia pagar a um

negro. Vivia num barraco sem luz elétrica nem água corrente, num gueto da periferia.

Page 11: HISTORIA DE UM MEDICO

Depois que o apartheid acabou, ganhou uma condecoração e um diploma de médico

honorário.

Page 12: HISTORIA DE UM MEDICO

Ele nunca reclamou das injustiças que sofreu durante toda a vida.

Page 13: HISTORIA DE UM MEDICO

Este assunto foi matéria de quase todos os grandes jornais norte-americanos. Não se tem notícia de sua divulgação na imprensa brasileira.

A versão em português foi extraída da página de hoje da Aliança Cooperativista Nacional - Unimed.

A foto de rosto foi obtida na página da Internet do “The Washington Post”, dos Estados Unidos, e a outra na do “The Age”, da Austrália.

Trilha: “Hero”, por “The New Simphonic Orchestra”.

Page 14: HISTORIA DE UM MEDICO

FIMFIM