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Boletim Informativo – Ano 3 – Número 10 – Outubro de 2009 editorial A compreensão do mundo Como nossos jovens compreendem o mundo? Que tipo de conhecimen- to científico guardam do que lhes é ensinado na escola? São eles capa- zes de alcançar uma formação crítica que lhes permita enfrentar os pro- blemas do dia-a-dia e transformar a realidade? Pensando nestas ques- tões, nós, docentes dos cursos de licenciatura, temos um compromisso de proporcionar aos nossos alunos e futuros professores oportunidades de lidar com o conhecimento de formas alternativas e desafiadoras. Uma das formas encontradas pelo curso de História da FUNEDI/ UEMG foi, sem dúvida, a mobilização de todos os alunos na produção de pesquisas científicas capazes de aproximarem a teoria e a prática, tornando, assim, o ensino mais dinâmico. Além de estimular nossos alu- nos a ingressarem no mundo científico, torna-se importante estimulá-los a divulgar o conhecimento gerado, compartilhando-o com os demais mem- bros da comunidade acadêmica. Certamente, existem várias formas de disseminação do conhecimento, mas algumas alternativas têm cumprido com êxito este propósito, como o boletim e o blog Festa na História!. Especialmente neste número o boletim traz textos oriundos de pesqui- sas realizadas por nossos alunos, indicações de livros, informações sobre eventos científicos realizados em todo o país e também esclarecimentos sobre o conteúdo do blog do curso de História que, certamente, tem sido uma ferramenta importante para a divulgação do conhecimento. Confira! Ana Paula Martins, professora do curso de História Lívia Denise da Costa, aluna do 8º período do curso de História artigo “A Nossa Senhora mandou um recado / Festa do Rosário / Chamou, chamou, chamou / Eu sou filho dela criado no Congo Chegou, chegou, chegou” Entre os meses de agosto e outubro, ouve-se “repicar” em di- versos bairros de Divinópolis (MG) os tambores da Festa de Reinado em homenagem à Nossa Senhora do Rosário. Esta prática cultural é realiza- da em diferentes localidades do Brasil, e, segundo alguns relatos, encon- tra-se presente em Minas Gerais desde meados do século XVIII. De forma geral, a Festa de Reinado é um festejo performático, cons- tituído de dança, oralidade, representação e gestualidade. O aprendizado de seus participantes é construído a partir de uma educação informal. Aprende-se através da relação sujeito/sujeito. Não existe um manual que ensine como aprender a festa. Por isto, ela é repassada através da percep- ção, da oralidade, das memórias e do fazer. E esta construção acontece principalmente de pai para filho, que acompanha a festa desde muito cedo e tem a missão de repassá-la para as próximas gerações, criando, assim, um laço familiar. Em Divinópolis, a festa vem sendo realizada desde o século XIX. Os negros que aqui estiveram organizaram-se em torno da Irmandade do Rosário dos Pretos, que era responsável por angariar recursos para o festejo. Em suas festas, os negros dançavam em volta da igreja, o que acabou gerando conflitos entre a Igreja Católica e os praticantes da festa, artigo Quando caminhamos pela cidade, dificilmente nos preocupamos em saber as origens dos nomes das ruas, nem a história das personagens agraciadas. Recentemente, ganhei um livro, publicado pela Carthago Editorial em 1996, com um título interessante, História da Cidade de São Paulo Através de suas Ruas, no qual o autor, o desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo Antonio Rodrigues Porto, faz uma viagem pela capital de São Paulo, contando em detalhes a origem e a história dos nomes das principais ruas e avenidas da cidade. Muitas remontam ainda à fundação da então São Paulo de Piratininga no Pátio do Colégio, marco inicial da capital paulista, fundada em 1554, e onde os primeiros colonizadores e jesuítas, liderados por João Ramalho e o chefe índio Tibiriçá, batizaram os primeiros caminhos que se tornariam mais tarde as principais ruas da cidade. Paulistano, tive o privilégio de conhecer praticamente todas as principais ruas da cidade, numa época em que muitos estabelecimentos de comércio e moradias eram remanescentes do final do século XIX e início do século XX; alguns conservam até hoje suas características originais. Poucas ruas tiveram seus nomes alterados no decorrer do tempo, tendo em vista o crescimento demográfico expressivo na capital, que precisava de espaço para se locomover. Por outro lado, os primeiros veículos de transporte que começavam a aparecer também precisavam de ruas mais largas para trafegar. Mesmo assim, o traçado das ruas do centro da cidade pouco mudou; permanecem até hoje os mesmos padrões geográficos, modificados, logicamente, pelo progresso, mas História nas ruas Festa de Reinado em Divinópolis conservando os leitos originais. Grandes personagens de nossa história tiveram seus nomes nas ruas de São Paulo, homenageando seus feitos, ou então outras denominações que lembram fatos e datas importantes que mereceram ser lembradas. Praça da Sé, Rua do Ouvidor, Rua São Bento, Largo São Francisco, Rua da Quitanda, Rua Direita, Rua José Bonifácio, Rua XV de Novembro, Rua Sete de Setembro, Rua do Tesouro, Rua Líbero Badaró, Praça do Patriarca, Parque do Anhangabaú, Largo do Paissandú e muitos outros caminhos for- mam o que é hoje o centro histórico de São Paulo, que, com o passar do tempo, foi crescendo e se ramificando até a sua atual formação geográfica. Cada uma destas principais ruas, avenidas ou praças nos remete a algum contexto históri- co importante, uma verdadeira aula de história. A cidade de São Paulo cres- ceu absurdamente, e as novas ruas e avenidas receberam os mais diferentes nomes, na sua maioria sem expressão alguma. São nomes de algum morador já falecido, um vereador do bairro, uma homenagem a algum santo ou santa, um simples número ou outras denominações como Beco, Vila, Passagem... Se pres- tarmos atenção no nome das ruas, descobriremos personagens e fatos interes- santes que nos ajudarão a conhecer e entender um pouco mais a nossa cidade. Além de realizarmos um exercício prazeroso, teremos a oportunidade de au- mentar o nosso patrimônio cultural. Afinal, cada rua tem sua história. Sergio Vendramini, aluno do 8º período de História fazendo com que houvesse a construção de uma capela em 1850 para os negros realizarem suas práticas religiosas, separando-se, assim, dos bran- cos. Em meados do século XX, esta festa passa a ser perseguida pela Igreja Católica e proibida de ser realizada em algumas regiões, inclusive Divinópolis. Era expressamente proibida a manifestação de cultos afro na cidade. Segmentos afros como candomblés, umbandas, macumbas, folias de reis, festa de Reinado, entre outros, foram proibidos e confun- didos com práticas maliciosas. Mas, mesmo assim, a Festa de Reinado continuou sendo realizada, escapando do poder eclesiástico local. Vários reinadeiros vieram de outras localidades e conseguiram criar estratégias para driblar a proibição e conseguiram, assim, realizar o festejo. A capela que fora construída para realização da Festa dos Negros foi demolida em 1957 para dar lugar ao Mercado Municipal que conhecemos hoje. E, somente em meados da década de 1970, a festa foi aceita dentro das dependências da Igreja Católica em Divinópolis, com a 1ª Missa Conga celebrada por Frei Leonardo. E, desde então, o Reinado vem sen- do realizado com muita alegria, fé e devoção por parte dos seus pratican- tes com suas 17 irmandades espalhadas por Divinópolis e na zona rural, colorindo as ruas da cidade, revelando a fé e alegria de seus praticantes e festeiros em um movimento que carrega consigo toda a memória e histó- ria desta festa tão bela em nossa cidade. Fernanda Galdino Silva, aluna do 8º período de História

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Boletim Informativo – Ano 3 – Número 10 – Outubro de 2009

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A compreensão do mundo

Como nossos jovens compreendem o mundo? Que tipo de conhecimen-to científico guardam do que lhes é ensinado na escola? São eles capa-zes de alcançar uma formação crítica que lhes permita enfrentar os pro-blemas do dia-a-dia e transformar a realidade? Pensando nestas ques-tões, nós, docentes dos cursos de licenciatura, temos um compromissode proporcionar aos nossos alunos e futuros professores oportunidadesde lidar com o conhecimento de formas alternativas e desafiadoras.

Uma das formas encontradas pelo curso de História da FUNEDI/UEMG foi, sem dúvida, a mobilização de todos os alunos na produçãode pesquisas científicas capazes de aproximarem a teoria e a prática,tornando, assim, o ensino mais dinâmico. Além de estimular nossos alu-nos a ingressarem no mundo científico, torna-se importante estimulá-los

a divulgar o conhecimento gerado, compartilhando-o com os demais mem-bros da comunidade acadêmica. Certamente, existem várias formas dedisseminação do conhecimento, mas algumas alternativas têm cumpridocom êxito este propósito, como o boletim e o blog Festa na História!.

Especialmente neste número o boletim traz textos oriundos de pesqui-sas realizadas por nossos alunos, indicações de livros, informações sobreeventos científicos realizados em todo o país e também esclarecimentossobre o conteúdo do blog do curso de História que, certamente, tem sidouma ferramenta importante para a divulgação do conhecimento. Confira!

Ana Paula Martins, professora do curso de HistóriaLívia Denise da Costa, aluna do 8º período do curso de História

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o “A Nossa Senhora mandou um recado / Festa do Rosário /Chamou, chamou, chamou / Eu sou filho dela criado no Congo

Chegou, chegou, chegou”

Entre os meses de agosto e outubro, ouve-se “repicar” em di-versos bairros de Divinópolis (MG) os tambores da Festa de Reinado emhomenagem à Nossa Senhora do Rosário. Esta prática cultural é realiza-da em diferentes localidades do Brasil, e, segundo alguns relatos, encon-tra-se presente em Minas Gerais desde meados do século XVIII.

De forma geral, a Festa de Reinado é um festejo performático, cons-tituído de dança, oralidade, representação e gestualidade. O aprendizadode seus participantes é construído a partir de uma educação informal.Aprende-se através da relação sujeito/sujeito. Não existe um manual queensine como aprender a festa. Por isto, ela é repassada através da percep-ção, da oralidade, das memórias e do fazer. E esta construção aconteceprincipalmente de pai para filho, que acompanha a festa desde muitocedo e tem a missão de repassá-la para as próximas gerações, criando,assim, um laço familiar.

Em Divinópolis, a festa vem sendo realizada desde o século XIX. Osnegros que aqui estiveram organizaram-se em torno da Irmandade doRosário dos Pretos, que era responsável por angariar recursos para ofestejo. Em suas festas, os negros dançavam em volta da igreja, o queacabou gerando conflitos entre a Igreja Católica e os praticantes da festa,

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Quando caminhamos pela cidade, dificilmente nos preocupamos emsaber as origens dos nomes das ruas, nem a história das personagensagraciadas. Recentemente, ganhei um livro, publicado pela CarthagoEditorial em 1996, com um título interessante, História da Cidade deSão Paulo Através de suas Ruas, no qual o autor, o desembargador doTribunal de Justiça de São Paulo Antonio Rodrigues Porto, faz uma

viagem pela capital de São Paulo, contando em detalhes a origem e a históriados nomes das principais ruas e avenidas da cidade. Muitas remontam aindaà fundação da então São Paulo de Piratininga no Pátio do Colégio, marcoinicial da capital paulista, fundada em 1554, e onde os primeiros colonizadorese jesuítas, liderados por João Ramalho e o chefe índio Tibiriçá, batizaram osprimeiros caminhos que se tornariam mais tarde as principais ruas da cidade.

Paulistano, tive o privilégio de conhecer praticamente todas as principaisruas da cidade, numa época em que muitos estabelecimentos de comércio emoradias eram remanescentes do final do século XIX e início do século XX;alguns conservam até hoje suas características originais. Poucas ruas tiveramseus nomes alterados no decorrer do tempo, tendo em vista o crescimentodemográfico expressivo na capital, que precisava de espaço para se locomover.Por outro lado, os primeiros veículos de transporte que começavam a aparecertambém precisavam de ruas mais largas para trafegar. Mesmo assim, o traçadodas ruas do centro da cidade pouco mudou; permanecem até hoje os mesmospadrões geográficos, modificados, logicamente, pelo progresso, mas

História nas ruas

Festa de Reinado em Divinópolis

conservando os leitos originais. Grandes personagens de nossa história tiveramseus nomes nas ruas de São Paulo, homenageando seus feitos, ou então outrasdenominações que lembram fatos e datas importantes que mereceram serlembradas.

Praça da Sé, Rua do Ouvidor, Rua São Bento, Largo São Francisco, Ruada Quitanda, Rua Direita, Rua José Bonifácio, Rua XV de Novembro, RuaSete de Setembro, Rua do Tesouro, Rua Líbero Badaró, Praça do Patriarca,Parque do Anhangabaú, Largo do Paissandú e muitos outros caminhos for-mam o que é hoje o centro histórico de São Paulo, que, com o passar do tempo,foi crescendo e se ramificando até a sua atual formação geográfica. Cada umadestas principais ruas, avenidas ou praças nos remete a algum contexto históri-co importante, uma verdadeira aula de história. A cidade de São Paulo cres-ceu absurdamente, e as novas ruas e avenidas receberam os mais diferentesnomes, na sua maioria sem expressão alguma. São nomes de algum morador jáfalecido, um vereador do bairro, uma homenagem a algum santo ou santa, umsimples número ou outras denominações como Beco, Vila, Passagem... Se pres-tarmos atenção no nome das ruas, descobriremos personagens e fatos interes-santes que nos ajudarão a conhecer e entender um pouco mais a nossa cidade.Além de realizarmos um exercício prazeroso, teremos a oportunidade de au-mentar o nosso patrimônio cultural. Afinal, cada rua tem sua história.

Sergio Vendramini, aluno do 8º período de História

fazendo com que houvesse a construção de uma capela em 1850 para osnegros realizarem suas práticas religiosas, separando-se, assim, dos bran-cos. Em meados do século XX, esta festa passa a ser perseguida pelaIgreja Católica e proibida de ser realizada em algumas regiões, inclusiveDivinópolis. Era expressamente proibida a manifestação de cultos afrona cidade. Segmentos afros como candomblés, umbandas, macumbas,folias de reis, festa de Reinado, entre outros, foram proibidos e confun-didos com práticas maliciosas. Mas, mesmo assim, a Festa de Reinadocontinuou sendo realizada, escapando do poder eclesiástico local. Váriosreinadeiros vieram de outras localidades e conseguiram criar estratégias paradriblar a proibição e conseguiram, assim, realizar o festejo. A capela quefora construída para realização da Festa dos Negros foi demolida em 1957para dar lugar ao Mercado Municipal que conhecemos hoje.

E, somente em meados da década de 1970, a festa foi aceita dentrodas dependências da Igreja Católica em Divinópolis, com a 1ª MissaConga celebrada por Frei Leonardo. E, desde então, o Reinado vem sen-do realizado com muita alegria, fé e devoção por parte dos seus pratican-tes com suas 17 irmandades espalhadas por Divinópolis e na zona rural,colorindo as ruas da cidade, revelando a fé e alegria de seus praticantes efesteiros em um movimento que carrega consigo toda a memória e histó-ria desta festa tão bela em nossa cidade.

Fernanda Galdino Silva, aluna do 8º período de História

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Boletim Informativo do curso de História da FUNEDI/UEMG – Ano 3 – Número 10 – Outubro de 2009 – Editores destenúmero: Ana Paula Martins e Lívia Denise da Costa – Colaboração: Fernanda Galdino Silva, Guilherme GuimarãesLeonel, João Ricardo Ferreira Pires, Ramon Montorri e Sérgio Vendramini – Diagramação: Daniela Couto – Revisão:Elvis Gomes (Assessoria de Comunicação da FUNEDI/UEMG) – Contatos: [email protected] – (37) 3229-3569– Avenida Paraná, 3001, bairro Jardim Belvedere, CEP 35501-170, Divinópolis (MG)

expediente

O blog Festa na História! foi criado no início deste semestre com ointuito de noticiar as atividades desenvolvidas pelos alunos do curso deHistória da FUNEDI/UEMG dentro do projeto interdisciplinar que temcomo tema “Festas”.

Assim, desde o início do projeto, o blog vem fazendo uma espécie demaking of das atividades desenvolvidas pelos respectivos grupos de alu-nos em suas pesquisas, atividades e incursões ao campo de estudo, utili-zando-se dos mais diversos materiais que vão sendo disponibilizados pe-los próprios grupos, à medida que os trabalhos vão ganhando forma.

Assim, os alunos vêm publicando relatórios, resenhas, material foto-gráfico, vídeos, entre outros materiais, que permitem a eles, desde já,compartilhar os resultados de suas pesquisas e ao mesmo tempo verem-se “refletidos” na ferramenta do blog, gerando motivação, autoestima eum sentimento de pertencimento e identificação com o curso e com aproposta do projeto em si.

Além disso, ao fim do cronograma de atividades dos grupos, queculminará na Feira do ISED (em 28/11/2009), os “produtos” resultantesdas propostas de trabalho dos grupos de alunos (guias turísticos temáti-cos; livros temáticos de receitas culinárias; jogos; documentários, etc.)serão disponibilizados para o acesso irrestrito no blog para toda a comu-nidade acadêmica da FUNEDI/UEMG e mais além dos muros da insti-tuição (por que não dizer pro mundo?).

Como a materialização dos resultados das pesquisas em produtosmidiáticos é um quesito fundamental da proposta do trabalho interdisci-plinar, o próprio blog tornou-se, desde os primeiros momentos, um pro-duto com múltiplas aplicações e perspectivas, transcendendo a mera fun-cionalidade em relação aos objetivos de divulgação do processo e dosresultados das pesquisas do projeto.

Desta forma, é intuito do blog também servir de meio para a publica-ção de artigos e textos resultantes de pesquisas, trabalhos e reflexões dosalunos, professores e interessados (o que também vem felizmente acon-tecendo). Mais além, como editor (em parceria com os alunos), utilizo-me de toda a dinâmica que tal ferramenta oferece no contexto da internetpara disponibilizar materiais autorais (e autorizados) de pesquisadores eartistas em geral através de diversas linguagens: textos em pdf, fotogra-fias digitais, vídeos, mp3, etc.

Portanto, numa incursão mais detida ao blog, é possível, além de ternotícias do andamento dos trabalhos do interdisciplinar “Festas”, escu-tar música, “baixar” artigos acadêmicos e jornalísticos, “baixar” fotos,assistir a vídeos produzidos pelos próprios alunos ou já previamente dis-ponibilizados na rede, ter acesso a dicas de filmes, livros, etc. e à divul-gação dos eventos da FUNEDI/UEMG que envolvem os cursos do ISED.

Mas lembremos: ainda há muito trabalho a ser feito e muito a notici-ar e publicar no blog. Por isso, a participação espontânea de todos (alu-nos, professores, pesquisadores e interessados em geral) é mais do quebem-vinda.

Acesse o blog em www.festanahistoria.blogspot.com e envie suasdicas, críticas, sugestões e contribuições para o e-mail [email protected]

Guilherme Guimarães Leonel, professor do curso de História

Blog Camping-Natureza

O blog Camping-Natureza é mantido pelo aluno Lucas AntônioAlvarenga Coelho. É um espaço destinado aos amantes da nature-za, onde podem ser conferidas dicas de acampamento e roteiros deviagens. Endereço do blog: www.campingnatureza.blogspost.com.

– A Métis: História & Cultura, revista de História da Universidadede Caxias do Sul, recebe em fluxo contínuo artigos, resenhas e outros.Endereço eletrônico: http://www.ucs.br/ucs/editora/periodicoscientificos/metis/apresentacao.

– A revista Mirabilia recebe trabalhos até 31 de outubro de 2009para o dossiê “Aristocracia e nobreza no mundo antigo e medieval”.Endereço: www.revistamirabilia.com.

Chamada de artigos

– 5º Seminário de Ensino, Pesquisa e Extensão da FUNEDI/UEMG.De 2 a 4 de dezembro de 2009. Informações: www.divinopolis.uemg.brou pelo telefone (37) 3229-3511. Inscrições para participação como ou-vinte até 22/11/2009 no site www.www.divinopolis.uemg.br.

– 11º Seminário de Iniciação Científica e Extensão da UEMG. Dias13 e 14 de novembro de 2009. Informações: www.uemg.br ou pelo tele-fone (31) 3330-1521.

– 3º Seminário de História Regional da UPF. Dias 12 e 13 de novem-bro de 2009. Informações: www.upf.br/ppgh ou pelo telefone (54) 3316-8339. Inscrição de trabalhos até 3 de novembro de 2009.

– 7º Encontro Nacional Perspectivas do Ensino de História. De 3 a 6de novembro de 2009, na Universidade Federal de Uberlândia. Informa-ções: www.viiperspectivas.ufu.br.

– 7º Simpósio Internacional Processo Civilizador. De 10 a 13 de no-vembro de 2009 na Universidade Federal de Pernambuco, em Recife.Informações: www.uel.br/grupo-estudo/processoscivilizadores.

– 3º Simpósio Luso-Brasileiro de Cartografia Histórica. De 10 a 13de novembro de 2009, em Ouro Preto. Informações: www.cgp.igc.ufmg.br/IIISLBCH.

Simpósios e seminários

MARTINS, Luciana de Lima. Rio de Janeiro dos Viajantes: o OlharBritânico (1800-1850). Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2001.

A indicação de leitura dessa edição do nosso boletim é para aqueles quegostam de ter seu olhar e sua mente aguçados por novos caminhos e olharesdiferentes dos outros. A autora demonstra quão complexa é a construção deuma paisagem ao longo do tempo: ela se debruça sobre a iconografia britâni-ca da primeira metade do século XIX sobre o Rio de Janeiro, mostrandocomo, para além do já batido “olhar imperial”, o outro pode ser transcultura-do através do contato com a paisagem e com o homem tropical.

Lançando mão de uma gama de ferramentas teóricas (história da arte,da cultura, da ciência, geografia cultural e outras) e construindo-as namelhor interdisciplinaridade possível, a autora escreveu um texto apai-xonante e de fácil leitura. Além do que, nos deixa com água na bocatrazendo uma rica coleção de imagens em excelente reprodução.

João Ricardo F. Pires, coordenador e professor do curso de História

Sugestão de leitura

Editais e cursos

– Mestrado em Educação, Cultura e Organizações Sociais daFUNEDI/UEMG. Informações: www.divinopolis.uemg.br.

– Edital de pós aberto: UFSJ. Inscrições de 6 a 12/11/2009. Informa-ções: www.ufsj.edu.br/pghis/selecao.php.

– Especialização: Gestão Cultural e Patrimonial. Inf.: Centro de Pós-Gra-duação da FUNEDI/UEMG – www.divinopolis.uemg.br ou (37) 3229-3514.