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Alguns exercícios de Geometria Analítica (vetores) resolvidos. Em caso de dúvidas/sugestões e relato de erros, enviar e-mail para [email protected]
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Geometria Analítica
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Vetores
1
1. Prove que .
Aplicando a propriedade do elemento oposto da adição, temos:
2. Prove que
, ou, equivalentemente, pela propriedade comutativa, .
Modificando o lado esquerdo da igualdade pela propriedade do elemento neutro da
multiplicação, temos
pela propriedade distributiva
( )
Logo, .
4. Sendo ABCDEFGH o paralelogramo acima, calcule:
(a)
(b)
(c) ( )
5. Se ( ) é um representante de e ( ) um representante de , prove que
Premissa:
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i.
Supondo que e tenham o mesmo sentido, obtém-se | |
| |.
| | | || | | |
| || | | | | | | |
Supondo que e tenham sentidos contrários, obtém-se | |
| |
| | | || | | |
| || | | | | | | |
O sinal negativo pode ser suprimido do vetor, pois fica implícito no valor da constante
A demonstração da recíproca é trivial.
6. Resolva a equação nas incógnitas x e y.
Substituindo y na primeira equação do sistema:
(
)
7. Prove que o segmento que une os pontos médios dos lados não paralelos de um
trapézio é paralelo as bases e sua medida é a semi-soma das medidas das bases.
A
C D
B
M N
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Somando-se as duas equações vetoriais:
( )
e são paralelos, portanto, o módulo da sua soma é a soma dos seus módulos, ou
seja, | | | | | |. Então o módulo de é a semi-soma das bases do
trapézio, e, como é escrito na forma ( ) ele é paralelo a ambas as bases.
8. Prove que existe um único ponto comum as bissetrizes internas de um triângulo e que
esse ponto conhecido como incentro do triângulo é interior a ele.
Para que , e sejam vetores diretores das bissetrizes internas de um triângulo,
devem atender as seguintes condições:
| |
| | (
| |
| |)
| |
| | (
| |
| |)
| |
| | (
| |
| |)
Existe um ponto comum I às bissetrizes internas do triângulo ABC se, e somente se,
Provemos, inicialmente, a primeira asserção.
(
| |
| |) (
| |
| |)
Como e são constantes arbitrárias, fazemos e provemos que não existe que
torne válida a igualdade.
(
| |
| |) (
| |
| |)
| |
| |
| |
| |
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Mas , então
| |
| |
| |
| |( )
| |
| |
| |
| |
| |
| |
| | (
| |
| |)
| |
A igualdade é válida se:
| |
| |
(| | | |)
| || |
| || |
| | | |
e
| | | |
Foram encontrados valores distintos para , então, por redução ao absurdo, conclui-se
que não existe que torne a asserção verdadeira. Portanto, e são concorrentes e
interceptam-se no ponto I, o incentro.
Analogamente, demonstra-se que e são concorrentes.
Pelas condições adotadas inicialmente para que as retas sejam dissetrizes,
nota-se que os vetores , e são múltiplos das somas de vetores diretores unitários
dos lados do triângulo, portanto, a resultante dessa soma, certamente, apontará para o
interior do triângulo. Daí se conclui, que I está no interior do triângulo ABC.
9. Sejam M, N e P os pontos médios dos lados AB, BC e CA do triângulo ABC:
(a) Exprima em função de
( )
(b) Prove que as retas suportes de duas medianas quaisquer do triângulo são concorrentes.
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( ) (
)
A igualdade acima só é válida se
, no primeiro termo e , no segundo.
Entretanto, a mesma variável, não pode assumir valores diferentes. Logo,
, que implica em: e
A demonstração para quaisquer outras duplas de retas é trivial.
(c) Prove que as três medianas têm um único ponto comum, que divide AN, BP e CM na
razão 2 para 1. Esse ponto é conhecido como baricentro do triângulo.
Seja G o ponto comum entre as retas e H o ponto comum às retas .
Será provado que G = H e que o ponto pertence às três medianas.
Sendo A, G e N colineares, existe tal que , logo .
Analogamente, existe tal que . Portanto, pela hipótese,
. Mas, , então
que implica, pela proposição do cancelamento de ponto, em:
Substituindo
;
e , temos
(
) ( )
Então:
(
)
e
( )
onde se obtém que
.
Da hipótese da demonstração temos: , que implica em
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Quanto ao ponto H, supomos que e . Executando, de forma
análoga o procedimento adotado anteriormente, encontramos
Ou seja,
Fazendo a comparação entre as expressões do ponto G e do ponto H, conclui-se que:
que acarreta:
Como o escalar que multiplica os vetores é maior que 0 e menor que 1, concluímos que
os vetores à esquerda da igualdade são menores que os da direita, portanto, G está contido
nas três medianas. Além disso,
ou seja, o baricentro divide a mediana numa razão de 2 para 1.É o que queríamos provar.
10. Sendo ABCDEF um hexágono regular de centro O, prove que:
11. Prove que ( ) é L.I., então ( ) também são L.I.
A
B
C D
E
F
O
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Se ( ) é L.I. então é uma base no no espaço ( )
Então:
( )
( )
( )
|
| ( )
12. Prove que ( ) é L.I. se e somente se ( ).
i. ( ) ( ) é L.I.
Se ( ) é L.I., então B é uma base de vetores no plano, onde ( )
Logo, ( ) e ( ) .
não é múltiplo escalar de , portanto, ( ) é L.I.
ii.( ) ( )
Se ( ) é L.I., então C é uma base de vetores no plano, onde
( )
Logo, (
) e (
)
não é múltiplo escalar de , portanto, ( ) é L.I.
13. Prove que ( ) é L.D. para quaisquer
Se ( ) for L.D., são, portanto, coplanares. Todos os vetores que forem combinação
linear de são também coplanares. Logo, (
) é L.D
Se ( ) for L.I., forma a base ( ) Então:
( )
( )
( )
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|
|
( )
14. Mostre que os vetores são coplanares se e somente se um deles é combinação
linear dos outros dois.
Três vetores são, por definição, linearmente dependentes se forem paralelos a um mesmo
plano, ou seja, coplanares. Logo, a afirmativa acima é equivalente a
i. Se é paralelo a , então, Logo,
ii. Se não é paralelo a , nem a . Considerando a figura abaixo,
onde,
é paralelo a , portanto e é paralelo a , então
Mas, , logo, .
Analogamente, a recíproca pode ser reescrita como
Supondo .
Se , o conjunto é L.D, pois os três vetores ficam contidos no mesmo plano.
Senão, tomemos e (figura acima). Na
situação da figura, B não pertence à reta PA, nem à reta PC, o paralelogramo PNBM está
contido no plano determinado por P, A e C. Concluímos que P, A, C e B são
P
A
B
C M
N
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complanares, e, portanto, O mesmo raciocínio aplica-se caso B
pertença a PA ou PC.
15. Demonstre que o segmento que une os pontos médios das diagonais de um trapézio é
paralelo a base e sua medida é a semi-diferença das medidas das bases.
Somando-se as duas equações, obtêm-se:
( )
e são paralelos, portanto, o módulo da sua diferença é a diferença dos seus
módulos, ou seja, | | | | | |. Então o módulo de é a semi-diferença
das bases do trapézio, e, como é escrito na forma ( ) ele é paralelo a
ambas as bases.
16. Seja ABCD um quadrilátero, e O um ponto qualquer e seja P o ponto médio do
segmento que une os pontos médios das diagonais AC e BD. Prove que
( )
A B
C D
M N
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Provar que
( ) é o mesmo que provar
(
), pela definição de soma de ponto com vetor.
Reescrevendo o vetor , temos:
Somando-se as quatro equações:
Como e :
( )
( )
Base
1. Na figura abaixo ABCDEFGH é um paralelepípedo retângulo. Sejam ,
e
D
A B
C
P
O
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Determine as coordenadas dos pontos A, B, C, D, E, F, G, e H nos seguintes sistemas de
coordenadas:
Note que
(a) ( )
( )
( )
( )
( )
( )
( )
( )
( )
(b) ( )
( )
( )
( )
( )
( )
( )
( )
( )
(c) (
)
(
)
(
)
( )
( )
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(
)
(
)
( )
( )
(d) ( )
( )
( )
( )
( )
( )
( )
( )
( )
2. Verifique se os vetores são L.I. ou L.D.
(a) ( ) ( ) ( )
|
|
(b) ( ) ( ) ( )
|
|
3. Determine m e n tais que ( ) seja L. D., sendo ( ) e ( ).
Condição: ( )
( ) ( ) ( ) ( [ ])
(I)
(II)
( ) (III)
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Substituindo (I) em (II), obtemos o sistema
(IV)
( ) (V)
Substituindo (IV) em (V),
( )
Com , calcula-se:
e
4. Sejam ( ) uma base, e considere os vetores ,
e . Deduza uma condição necessária e suficiente sobre a,b,c para
que ( ) sejam L.I.
( )
( )
( )
[ ] |
|
( ) é LI se [ ] , então .
Logo, ( ) .
5. Dado um quadrilátero MNPQ e seja A o ponto de intersecção das diagonais e seja B e
C os pontos médios dos lados opostos MN e PQ. Prove que se os pontos A, B e C estão
sobre a mesma reta então MNPQ é um trapezoide ou um paralelogramo.
MNPQ é um trapezoide ou paralelogramo se são concorrentes, ou seja
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( )
(
)
Ou seja, não existe que torne uma igualdade verdadeira, portanto, e
são concorrentes e MNPQ formam um trapezoide ou paralelogramo.