31
Os desafios da reabilitação à escala urbana: a cidade de Faro Teresa Viegas Correia Vereadora da Câmara Municipal de Faro Faro, Junho de 2012

Teresa Correia - Vereadora CM Faro

Embed Size (px)

DESCRIPTION

O Workshop de dia inteiro sobre o tema “Reabilitação Sustentável” terá lugar no Auditório da CCDR do Algarve em Faro. O enfoque deste Workshop está na demonstração das oportunidades de intervenção no meio edificado, conducentes à optimização do desempenho energético-ambiental dos edifícios, assentando em soluções construtivas robustas e inovadoras, validadas pelos principais intervenientes nos processos construtivos. Apesar da optimização do desempenho energético-ambiental do meio edificado constituir uma área prioritária de intervenção, tem-se demonstrado extremamente difícil melhorar a qualidade de construção que continua a ser pouco adaptada ao clima local e não corresponde ao grau de conforto desejado. A complexidade do sector da construção, o contexto da atual crise económica e o abrandamento da atividade no sector da construção coloca uma nova ênfase na reabilitação urbana, o que conduz a uma mudança do modelo de decisão no sector da construção. Neste novo modelo, o promotor imobiliário e a sua equipa de projeto são, em parte, substituídos pelo proprietário do imóvel que agora toma as decisões relevantes, pelo que se torna essencial aumentar os conhecimentos técnicos de que este dispõe.O enfoque deste Workshop está na demonstração das oportunidades de intervenção no meio edificado, conducentes à optimização do desempenho energético-ambiental dos edifícios, assentando em soluções construtivas robustas e inovadoras, validadas pelos principais intervenientes nos processos construtivos.O Workshop é dirigido a todos os decisores que influenciam a qualidade de construção do meio edificado.

Citation preview

Page 1: Teresa Correia - Vereadora CM Faro

Os desafios da reabilitação à

escala urbana: a cidade de Faro

Teresa Viegas Correia

Vereadora da Câmara Municipal de

Faro

Faro, Junho de 2012

Page 2: Teresa Correia - Vereadora CM Faro

O crescimento sustentável nas cidades. O que significa?:

― O objetivo do crescimento sustentável procura aumentar a eficiência

de recursos e ajudar os países a prosperar num mundo de baixo

consumo de carbono, ao mesmo tempo, que previne a degradação

ambiental e a perda de biodiversidade, assim como uma economia mais

competitiva.

Promove a eficiência na utilização da água e uso de desperdícios como

um recurso.

Tem também como objectivo combater as alterações climáticas e

fortalecer a resiliência nos nossos territórios, face aos riscos climáticos.

Isto incluiu a emissão de gases de estufas, a promoção de energias

renováveis e mais eficientes meios de abastecimento de energia. ―

The urban and regional dimension of Europe 2020 – Relatório – Nov.2011

Page 3: Teresa Correia - Vereadora CM Faro

A Sustentabilidade na Reabilitação: Desafio

1º - Formas Urbanas Mais Sustentáveis – Pessoas/Espaço

2º - Na Redução da Necessidade de Expansão Urbana

3º - No Reaproveitamento dos Materiais Existentes

4º - Garantia de Segurança do Percurso Pedonal /Bicicleta

5º - Na Conversão dos Edifícios em Desuso, utilizando boas

práticas de construção sustentável.

Page 4: Teresa Correia - Vereadora CM Faro

A Reabilitação em Faro – Seus Constrangimentos:

1º - Crescimento Periférico da Cidade

2º - Debilidade dos Espaços Comerciais - Baixa

3º - Circulação e Estacionamento

4º - Descapitalização da Banca e dos Senhorios

5º - Legislação em vigor: Arrendamento Urbano

Page 5: Teresa Correia - Vereadora CM Faro

A Reabilitação em Faro – Potencialidades:

1º - Qualidade do Centro Histórico – Identidade e Valor Patrimonial

2º - Condições para utilização de espaços públicos e de ar livre

3º - Proximidade da Ria e do Parque Natural da Ria Formosa

4º - A Universidade e o Aeroporto

5º - Existência de Património Municipal

Page 6: Teresa Correia - Vereadora CM Faro

As áreas de reabilitação urbana incidem sobre espaços

urbanos que, em virtude da insuficiência, degradação ou

obsolescência dos edifícios, das infra-estruturas

urbanas, dos equipamentos ou dos espaços verdes de

utilização colectiva, justifiquem uma intervenção

integrada.

1- Áreas de Reabilitação Urbana

A cada área de reabilitação urbana corresponde uma operação

de reabilitação urbana.

A operação de reabilitação urbana poderá ser simples ou

sistemática.

E deverá definir uma Estratégia de Reabilitação Urbana.

Page 7: Teresa Correia - Vereadora CM Faro

1- Identificar as Áreas de Reabilitação Urbana, no contexto da cidade (Decreto-Lei nº 307 / 2009 de 23 de

Outubro)

1º ETAPA: CONVERSÃO DA ÁREA CRÍTICA DE RECUPERAÇÃO E

RECONVERSÃO URBANÍSTICA EM ÁREA DE REABILITAÇÃO URBANA

DA VILA ADENTRO

2º ETAPA: CRIAÇÃO DA ÁREA DE REABILITAÇÃO URBANA DO

BAIRRO RIBEIRINHO

3º ETAPA: CRIAÇÃO DA ÁREA DE REABILITAÇÃO URBANA DA

MOURARIA

Page 8: Teresa Correia - Vereadora CM Faro

1- ARU – Vila-A-DentroA Vila Adentro encontra-se abrangida por

quatro áreas de servidão administrativa

decorrentes da existência de quatro

imóveis classificados:

•Muralha (IIP) ,

•Sé (IIP)

•Antigo Convento de Nossa Sr.ª da

Assunção (MN)

•Arco da Vila (MN)

Integra igualmente, um conjunto de

edifícios identificados em Regulamento

Municipal como Edificações Notáveis

Page 9: Teresa Correia - Vereadora CM Faro

1- ARU – Vila-A-Dentro – Património Municipal

a. Captação de investimento exterior para

reabilitação de imóveis existentes :

Fábrica da Cerveja; e

Magistério Primário.

Área da Parcela: 2 585 m2 / Área de

construção: 3 420 m2;

Antiga Fábrica da CervejaAntigo Magistério Primário

Área da Parcela: 4 420 m2 / Área de

Construção: 1 429 m2

Page 10: Teresa Correia - Vereadora CM Faro

Prazo de Execução:

um prazo de dez anos

Prioridades e Objetivos:

1. Consolidar/sedimentar o papel de zona patrimonial e

cultural

2. Fomentar a reabilitação dos edifícios

3. Criar condições para a dinamização económica e social

4. Repovoar a área;

5. Preservar a morfologia urbana e a qualidade ambiental;

6. Melhorar a qualidade funcional e patrimonial dos espaços

públicos;

7. Garantir as acessibilidades

8. Garantir a melhoria das condições de eficiência

energética dos imóveis

CONVERSÃO DA ÁREA CRÍTICA DE RECUPERAÇÃO E

RECONVERSÃO

URBANÍSTICA EM ÁREA DE REABILITAÇÃO URBANA DA VILA

ADENTRO

Page 11: Teresa Correia - Vereadora CM Faro

Prazo de Execução:

um prazo de dez anos

Prioridades e Objetivos:

1. Consolidar/sedimentar o papel de zona patrimonial e

cultural

2. Fomentar a reabilitação dos edifícios

3. Criar condições para a dinamização económica e social

4. Repovoar a área;

5. Preservar a morfologia urbana e a qualidade ambiental;

6. Melhorar a qualidade funcional e patrimonial dos espaços

públicos;

7. Garantir as acessibilidades

8. Garantir a melhoria das condições de eficiência

energética dos imóveis

CRIAÇÃO DA ÁREA DE REABILITAÇÃO URBANA DO BAIRRO

RIBEIRINHO

Page 12: Teresa Correia - Vereadora CM Faro

INCENTIVOS ÀS AÇÕES A EXECUTAR PELOS

PROPRIETÁRIOS• Isenção das taxas municipais relacionadas com as obras de reabilitação,

designadamente:

Taxas referentes ao licenciamento, comunicação prévia e autorização das

operações urbanísticas;

Taxas referentes à emissão de alvarás que titulam as operações referidas;

Taxas devidas por ocupação do espaço público e publicidade, motivadas

por aquelas intervenções;

Taxas pela realização de vistorias;

• Redução da Taxa Municipal de Urbanização em 50%

• Isenção do IMI, durante 5 anos para prédios urbanos, renovável por igual período

de tempo, ao abrigo do disposto nos nº 1, 2 e 3 do art.12º da Lei das Finanças Locais.

Page 13: Teresa Correia - Vereadora CM Faro

INCENTIVOS ÀS AÇÕES A EXECUTAR PELOS

PROPRIETÁRIOS• Isenção de imposto municipal sobre transmissões onerosas de imóveis ( IMT )

nas aquisições de prédios urbanos destinados a reabilitação urbana desde que,

no prazo de dois anos a contar da data da aquisição, o adquirente inicie as

respetivas obras.

• Demais benefícios conferidos pelo Estatuto dos Benefícios Fiscais,

designadamente:

IVA à taxa reduzida na empreitada;

Dedução à coleta do IRS, de 30% dos custos até ao limite de 500€;

Mais valias no IRS (tributadas à taxa de 5%).

• Apoio aos jovens no arrendamento, através da Porta 65, pelo IHRU. A

comparticipação no arrendamento é a fundo perdido e tem um acréscimo de 20%.

Exemplos de comparticipações máximas:

1.º ano – 50% + 20% = 70% do valor da renda;

2.º ano – 35% + 20% = 55% do valor da renda;

3.º ano – 25% + 20% = 45% do valor da renda.

Page 14: Teresa Correia - Vereadora CM Faro

ARU ―Vila-A-Dentro‖ – Pedidos de Isenção

5

1

2

3

4

Page 15: Teresa Correia - Vereadora CM Faro

2 - Adequar regulamentos às estratégias definidas

No espaço livre privado, com vista à manutenção da

permeabilidade dos solos (artº 54º)

No edificado, com vista à manutenção/reabilitação dos

edifícios, dos materiais e das técnicas de construção

Na eficiência energética dos edifícios

Page 16: Teresa Correia - Vereadora CM Faro

2 - Adequar regulamentos às estratégias definidas

No espaço livre privado, com vista à manutenção da

permeabilidade dos solos (artº 54º)

6 - Nos Espaços Urbanos Históricos:

a) Não são permitidas reduções nas áreas livres dos logradouros,

salvo se essa redução se mostrar necessária para a:

Melhoria das condições de habitabilidade do edifício, resultante das obras de

ampliação em profundidade;

Criação de estacionamento ou qualquer outra construção de apoio à habitação,

resultante da construção de anexos e garagens;

b) Nestes casos deverá ser garantida a manutenção de permeabilidade

do solo em, pelo menos 25% ou 50%, para logradouros com área inferior

ou igual ou superior a 200m2, respetivamente;

c) Os pavimentos a aplicar deverão ser preferencialmente permeáveis,

contribuindo assim para a drenagem/infiltração das águas pluviais.

Page 17: Teresa Correia - Vereadora CM Faro

2 - Adequar regulamentos às estratégias definidas

Na eficiência energética dos edifícios

Artigo 56.º

Eficiência energética

1 — ….

2 — Sem prejuízo das disposições constantes do Decreto-Lei n.º 78/2006,

de 4 de Abril, e demais legislação aplicável, os proprietários, promotores e

projectistas devem aplicar as devidas medidas nos seus projectos, de

forma a tornar os futuros edifícios o mais energeticamente eficientes

possível, por forma a obter tendencialmente a ―Classe A‖ do Sistema de

Certificação Energética.

3 – A CM, mediante regulamento sobre a matéria, pode prever a

redução das taxas urbanísticas aos requerentes cujos projetos de

edifícios contemplem a utilização de mecanismos de aproveitamento de

energias alternativas e de soluções que racionalizem e promovam o

aproveitamento de recursos renováveis para a água, a água quente e a

energia elétrica, tais como coletores de águas pluviais, coletores solares

térmicos e painéis fotovoltaicos.

Page 18: Teresa Correia - Vereadora CM Faro

2 - Adequar regulamentos às estratégias definidas

Na eficiência energética dos edifícios

1 — As operações urbanísticas devem ser concebidas de modo a potenciarem a

localização e a orientação do edifício nas suas vertentes urbana e arquitetónica e a

promoverem o conforto térmico, através de soluções que permitam o aquecimento e

o arrefecimento passivos, que maximizem os ganhos solares no período de Inverno

e os controlem no período de Verão.

2 — Os princípios subjacentes ao número anterior devem ser aplicados à

promoção da iluminação e da ventilação naturais, concorrendo para a

minimização dos consumos energéticos e redução das emissões de gases

com efeito de estufa.

3 — As operações urbanísticas devem promover o aproveitamento de energias

renováveis com o objetivo de maximizar a eficiência energética e reduzir as

emissões de gases com efeito de estufa, designadamente do sol para aquecimento

de águas sanitárias e do vento para secagem de roupa, com recurso a estendais

exteriores.

4 — Nas novas edificações deve ser privilegiada a instalação de equipamentos

de produção de energia elétrica, calor e frio, e das respetivas infra -estruturas,

comuns a todo o edifício em detrimento de equipamentos individuais, por fração, por

forma a maximizar a sua eficiência energética.

Page 19: Teresa Correia - Vereadora CM Faro

2 - Adequar regulamentos às estratégias definidas

No edificado, com vista à manutenção/reabilitação dos

edifícios, dos materiais e das técnicas de construção

Artigo 62º

Imóvel de qualidade

Nestes imóveis são apenas admitidas intervenções referidas no artigo anterior.

Nas obras de demolição referidas na alínea e) do artigo anterior, que originarão

obras de reconstrução com preservação de fachada serão ainda de referir as

seguintes condições:

a) Executadas com vista è reprodução fiel das características do edifício,

incluindo os elementos arquitetónicos, estruturais, plásticos ou decorativos

tais como cantarias, relevos em massa, revestimentos de paredes,

dimensões dos vãos, chaminés, cimalhas, materiais e cores.

b) Utilizados os materiais tradicionais e/ou outros originais removidos e

reaproveitados, podendo pontualmente serem admitidas soluções que

recorram a materiais e processos construtivos não tradicionais sempre que a

reabilitação do imóvel determine novas soluções mais adaptadas aos novos

usos.

Page 20: Teresa Correia - Vereadora CM Faro

3 - Afetar meios técnicos específicos para a área de

reabilitação

Divisão de Regeneração Urbana – DRU/DU/CMF

2 arquitetos;

2 engenheiros civis;

2 técnicos superiores de património cultural

2 técnicos assistentes operacionais

Gabinete de Apoio à reabilitação urbana –

GARU/CMF

2 engenheiros;

1 técnico superior de património cultural

Page 21: Teresa Correia - Vereadora CM Faro

3 – Reabilitação da Casa Alagoa - HOSTEL

Licenciamento e acompanhamento das obras de

conservação de um edifício destinado a estabelecimento

de hospedagem

Page 22: Teresa Correia - Vereadora CM Faro

3 – Reabilitação da Casa Alagoa - HOSTEL

Lotação de 45 camas

Page 23: Teresa Correia - Vereadora CM Faro

3 – Bolsa de Entidades

Destina-se a todos os proprietários que

desenvolvam atividades relacionadas com

reabilitação urbana nos seus imóveis.

Principais objetivos:

1º - Disponibilizar on-line uma lista de entidades

com experiência profissional, sujeitas a uma

inscrição e validação;

2º - Promover a reabilitação dos prédios do

Centro Histórico;

3º - Facilitar os interessados na realização de

obras de reabilitação urbana.

Page 24: Teresa Correia - Vereadora CM Faro

3 – Bolsa de Imóveis

Destina-se a todos os proprietários de

prédios no Centro Histórico de Faro,

interessados na publicitação da oferta do seu

imóvel no site desta autarquia.

Principais objetivos:

a) Incentivar a procura e a oferta de

imóveis, proporcionando on-line

informações sobre os prédios existentes

no Centro Histórico de Faro disponíveis

para transacionar;

b) Promover a reabilitação dos prédios do

Centro Histórico.

Page 25: Teresa Correia - Vereadora CM Faro

paralelamente,

Integrar grupos de trabalho de

âmbito nacional - LivingLab, construção

sustentável

Page 26: Teresa Correia - Vereadora CM Faro

A) Protocolo entre a CMFaro e a ANA afim de monitorização do

ruído na Baixa de Faro

5 – Implementar medidas de melhoria da

qualidade ambiental

CM FARO: Permite-se a instalação de um equipamento de

monitorização de ruído contínuo originado pelo tráfego aéreo no

corredor à aproximação da pista 28 do Aeroporto de Faro, inserida

em meio urbano, em edifício municipal.

ANA: Elabora, trimestralmente, relatórios de medição acústica

resultantes da antena a instalar.

Page 27: Teresa Correia - Vereadora CM Faro

Horta da Misericórdia – Disponibilização de Talhões de terra

cedidos para a prática de agricultura biológica, a agregados

familiares com carências económicas de acordo com escalões

pré-estabelecidos e Instituições Particulares de Solidariedade

Social

5 – Implementar medidas de melhoria da

qualidade ambiental

Page 28: Teresa Correia - Vereadora CM Faro

PROJECTOS - ARU VILA ADENTRO - INTERVENÇÕES

PÚBLICAS

Projecto de Conservação em património classificado

Arco da Vila e Fortaleza de Faro

6 - Intervenções públicas

O Arco da Vila : Monumento Nacional desde 23 de Junho de 1910. Datado de

XIX, ideada pelo arqº Francisco Xavier Fabri

Valor da intervenção: 221 400,00 euros

Page 29: Teresa Correia - Vereadora CM Faro

PROJECTOS - ARU VILA ADENTRO

INTERVENÇÕES PÚBLICAS:

Requalificação do espaço público

6 - Intervenções públicas

R1 - Rua da Misericórdia e Jardim

Manuel Bívar (zona nascente)

R2 - Rua do Município

R3 - Largo da Sé

R8 - Rua e Beco do Repouso

R4 - Rua Domingos Guieiro

R6 - Praça D. Afonso III

R5 - Rua do Trem

R7 - Rua e Largo do Castelo e

Rua Nova do Castelo

R9 - Portas do Mar e Rua da Porta Nova

Page 30: Teresa Correia - Vereadora CM Faro

Requalificação do espaço

público

Objectivos:

1º - Melhoria da qualidade do

ambiente urbano;

2º - Melhoria das condições de

circulação pedonal, capaz de

valorizar e tornar mais segura a

relação veículo/transeunte.

3º - Melhoria das acessibilidades.

Valor da intervenção: 438 690,00

euros

6 - Intervenções públicas

Page 31: Teresa Correia - Vereadora CM Faro

OBRIGADO