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CAMILLA REZENDE DOUGLAS LIMA LEONARDO SALES RAFAEL MARQUES SÓSTENES ESQUIVEL FIBRAS ÓPTICAS, USO GERAL E MANUTENÇÃO

Trabalho de fibra óptica lidiane abnt projeto (2)

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Page 1: Trabalho de fibra óptica lidiane abnt projeto (2)

CAMILLA REZENDE

DOUGLAS LIMA

LEONARDO SALES

RAFAEL MARQUES

SÓSTENES ESQUIVEL

FIBRAS ÓPTICAS, USO GERAL E MANUTENÇÃO

CUBATÃO – SP

2013

Page 2: Trabalho de fibra óptica lidiane abnt projeto (2)

CAMILLA REZENDE

DOUGLAS LIMA

LEONARDO SALES

RAFAEL MARQUES

SÓSTENES ESQUIVEL

FIBRAS ÓPTICAS, USO GERAL E MANUTENÇÃO

Dissertação apresentada à Professora Lidiane Dantas para a obtenção de nota equivalente ao semestre.

Área de Concentração:Tecnologia em Automação Industrial

Orientador:Profª. Lidiane Dantas

CUBATÃO – SP

2013

Page 3: Trabalho de fibra óptica lidiane abnt projeto (2)

FICHA CARTOGRÁFICA

Almeida, Camilla RezendeSilva, Douglas LimaSantos, Leonardo SalesLeite, Rafael MarquesEsquivel,Sóstenes dos Santos Fibras Ópticas, Uso Geral e Manutenção./ - Cubatão, 2013.Dissertação apresentada à professora Lidiane Dantas para a obtenção de nota equivalente ao semestre.

Page 4: Trabalho de fibra óptica lidiane abnt projeto (2)

“Se vocês acham que os vossos

professores são rudes,

esperem até terem um chefe.

Ele não vai ter pena de vocês.”

Bill Gates

Page 5: Trabalho de fibra óptica lidiane abnt projeto (2)

RESUMO

Esse trabalho tem como intuito esclarecer o funcionamento e

aplicação das fibras ópticas em diferentes áreas, explicar o modo como são

utilizadas na automação industrial e quais suas vantagens em relação a outros

tipos de conexão.

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Page 6: Trabalho de fibra óptica lidiane abnt projeto (2)

ABSTRACT

This study is aimed to clarify the operation and application of optical

fibers in different areas, explaining how they are used in industrial automation

and what its advantages over other types of connection.

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Page 7: Trabalho de fibra óptica lidiane abnt projeto (2)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Fibra Óptica...................................................................................11

Figura 2 – Classificação das Fibras..............................................................12

Figura 3 – Estrutura dos Cabos Ópticos......................................................14

Figura 4 – Funcionamento das Fibras Ópticas............................................16

Figura 5 – Cabo de Fibra com Tamanho e Peso Reduzidos...........................21

Figura 6 – Manutenção de Redes de Fibra óptica........................................24

Figura 7 – Fibra Óptica em Meio Físico “Campo Elétrico”..............................26

06

Page 8: Trabalho de fibra óptica lidiane abnt projeto (2)

Sumário

RESUMO

ABSTRACT

LISTA DE FIGURASSUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...............................................................................................09

2 CONCEITUAÇÃO..........................................................................................10

2.1COMPOSIÇÃO DE FIBRAS.........................................................................11

3 MODOS DE PROPAGAÇÃO E TIPOS DE FIBRAS.....................................12

3.1 MODOS DE PROPAGAÇÃO.......................................................................12

3.2 TIPOS DE FIBRAS......................................................................................12

4 CABOS ÓPTICOS..........................................................................................14

4.1 TIPOS DE CABOS.......................................................................................14

4.1.1 Loose.......................................................................................................14

4.1.2 Tight.........................................................................................................15

4.1.3 Groovy.....................................................................................................15

4.1.4 Ribbon......................................................................................................15

5. FUNCIONAMENTO DA FIBRA ÓPTICA......................................................16

6 VANTAGENS E DESVANTAGENS DAS FIBRAS ÓPTICAS ......................18

6.1 VANTAGENS...............................................................................................18

6.1.1 Baixa Atenuação.....................................................................................18

6.1.2 Larga Banda Passante...........................................................................18

6.1.3 Imunidade à Interferência Eletromagnética e Ruídos.........................19

6.1.4 Efeito “Crosstalk” Desprezível..............................................................20

6.1.5 Isolação Elétrica......................................................................................20

6.1.6 Tamanho e Peso Reduzidos..................................................................21

6.2 DESVANTAGENS.......................................................................................21

6.2.1 Fragilidade...............................................................................................21

6.2.2 Dificuldade de Conexões.......................................................................22

6.2.3 Acopladores tipo T com Perdas Muito Grandes..................................22

6.2.4 Impossibilidade de Alimentação Remota de Repetidores..................22

6.2.5 Falta de Padronização dos Componentes Ópticos.............................22

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6.3 COBRE VS MEIO ÓPTICO.........................................................................22

7. MANUTENÇÃO DE REDES/SENSORES DE FIBRA ÓPTICA...................24

8. A UTILIZAÇÃO DE FIBRA ÓPTICA NA AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL.....25

8.1IMUNIDADE CONTRA INTERFERÊNCIA ELETROMAGNÉTICA..............25

8.2 ISOLAR EQUIPAMENTOS ELETRICAMENTE..........................................25

8.3 AUMENTO DE DISTÂNCIA ENTRE EQUIPAMENTOS.............................26

9. CONCLUSÃO .............................................................................................27

10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................28

08

Page 10: Trabalho de fibra óptica lidiane abnt projeto (2)

1. INTRODUÇÃO

Este trabalho visa documentar as experiências, aprendizados e

vivências dos alunos do curso superior em Automação Industrial no que diz

respeito à pesquisa e construção de trabalhos científicos, tendo como foco

principal não apenas a busca do conhecimento, mas também a forma mais

adequada, simplificada e sutil de sua apresentação.

O tema indicado para iniciação das atividades foi Sensores de Fibra

óptica. A partir desse ponto serão feitas pesquisas relacionadas ao assunto

desde sua conceituação até suas aplicações mais específicas, de forma que o

conteúdo resultante seja apresentado da forma mais clara, proveitosa e

significativa possível.

Serão observados, ao longo do trabalho, os diversos tipos de fibras e

cabos ópticos, as vantagens e desvantagens de suas utilizações,

equipamentos utilizados no auxílio da transmissão, bem como as emendas e

conexões feitas nas fibras que, por se tratarem de pontos de concentração de

perdas, devem ser feitos com extrema precisão e responsabilidade.

A organização didática será formada pelos alunos com a supervisão e

orientação da professora Lidiane Dantas, que, no decorrer do processo de

criação da atividade, será responsável por avaliar as ideias propostas e

encaminhar tarefas que complementem e desenvolvam ainda mais o trabalho.

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Page 11: Trabalho de fibra óptica lidiane abnt projeto (2)

2. CONCEITUAÇÃO

A fibra ótica é um filamento extremamente fino e flexível, feito de vidro

ultrapuro, plástico ou outro isolante elétrico (material com alta resistência ao

fluxo de corrente elétrica). Possui uma estrutura simples, composta por capa

protetora, interface e núcleo.

A tecnologia tem conquistado o mundo, sendo muito utilizada nas

telecomunicações e exames médicos, como endoscopias e cirurgias corretivas

de problemas visuais, entre outras aplicações possíveis.

Ela foi inventada pelo físico indiano Narinder Singh Kapany.

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2.1 COMPOSIÇÃO DAS FIBRAS

Uma fibra óptica (Figura 1) é um capilar formado por materiais dielétricos

cristalinos e homogêneos material (em geral, sílica ou plástico), , transparentes

o bastante para guiar um feixe de luz (visível ou infravermelho) através de um

trajeto qualquer. A estrutura básica desses capilares são cilindros concêntricos

com determinadas espessuras e com índices de refração tais que permitam o

fenômeno da reflexão interna total que ocorre quando um feixe de luz emerge

de um meio mais denso para um meio menos denso. O centro (miolo) da fibra

é chamado de núcleo e a região externa é chamada de casca.

Assim para que ocorra o fenômeno da reflexão interna total é necessário

que o índice de refração do núcleo seja maior que o índice de refração da

casca.

Figura 1 – Fibra óptica

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3. MODOS DE PROPAGAÇÃO E TIPOS DE FIBRAS

3.1 Modos de propagação

Quando tratamos a luz pela teoria ondulatória, a luz é regida pelas

equações de Maxwell. Assim, se resolvermos as equações de Maxwell para as

condições (chamadas condições de contorno) da fibra, que é um guia de onda,

tais como diâmetro do núcleo, comprimento de onda, abertura numérica, etc.

encontramos um certo número de soluções finitas. Dessa maneira, a luz que

percorre a fibra óptica não se propaga aleatoriamente, mas é canalizada em

certos modos.

Modo de propagação é, portanto, uma onda com determinada

distribuição de campo eletromagnético que satisfaz as equações de Maxwell e

que transporta uma parcela individual (mas não igual) da energia luminosa total

transmitida. Esses modos podem ser entendidos e representados como sendo

os possíveis caminhos que a luz pode ter no interior do núcleo. Numa fibra

óptica, o número de modos está relacionado com a freqüência normalizada V.

3.2 Tipos de fibras

As fibras ópticas costumam ser classificadas a partir de suas

características básicas de transmissão, ditadas essencialmente pelo perfil de

índices de refração da fibra e pela sua habilidade em propagar um ou vários

modos de propagação. Com implicações principalmente na capacidade de

transmissão (banda passante) e nas facilidades operacionais em termos de

conexões e acoplamento com fontes e detectores luminosos, resultam dessa

classificação básica (Figura 2) os seguintes tipos de fibras ópticas:

- Fibra multimodo de índice degrau

- Fibra multimodo de índice gradual

- Fibra monomodo

Figura 2 - Classificação das Fibras Ópticas

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A classificação típica das fibras ópticas feita acima reflete, de maneira

geral, a evolução tecnológica básica em termos de capacidade de transmissão

na aplicação mais importante das fibras óptica: a dos sistemas de

telecomunicações. Todavia, considerando-se o grau de sofisticação das

aplicações, é possível adotar classificações (ou subclassificações) específicas,

envolvendo outros critérios, tais como:

- Arquitetura do suporte de transmissão: o suporte de transmissão pode ser

composto de uma única fibra ou de um feixe de fibras com implicações

diversas quanto à capacidade de captação de potência luminosa, à

flexibilidade, às facilidades de conexão e acoplamento, às perdas de

propagação e, naturalmente, às aplicações.

- Composição material: fibras com o par núcleo-casca do tipo sílica-sílica, sílica

plástico ou plástico-plástico têm propriedades distintas quanto às facilidades

operacionais e de fabricação, às perdas de transmissão, à tolerância a

temperatura etc., permitindo atender a uma variedade de aplicações.

- Freqüências ópticas de atenuação: esta classificação, que inclui, por exemplo,

as fibras no infravermelho e as fibras no ultravioleta, reflete o desenvolvimento

de fibras ópticas para operar na faixa típica (0,7 a 1,6mm) atual das aplicações

em comunicações; esses tipos de fibras podem envolver características

operacionais próprias em função das aplicações, bem como novos materiais na

busca de um melhor desempenho em termos das perdas de transmissão.

- Outros tipos de perfil de índices: fibras monomodo com perfil de índices

diferentes do degrau têm implicações importantes quanto às características de

transmissão; é o caso, por exemplo, das fibras com dispersão deslocada e as

fibras com dispersão plana.

- Geometria ou sensibilidade à polarização: além da seção circular típica, as

fibras monomodo podem ter um núcleo de seção elíptica com implicações

importantes quanto à filtragem e manutenção de polarização; é o caso, por

exemplo, das fibras com polarização mantida.

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Page 15: Trabalho de fibra óptica lidiane abnt projeto (2)

4 CABOS ÓPTICOS

A reunião de várias fibras ópticas revestidas de materiais que

proporcionam resistências mecânicas e proteção contra intempéries denomina-

se cabo óptico (Figura 3) . Em nenhuma aplicação as fibras ópticas podem ser

utilizadas sem uma proteção adequada, ou seja, em todas as aplicações são

utilizados os cabos ópticos. Além disso, os cabos ópticos proporcionam uma

facilidade maior de manuseio na instalação, sem o risco de danificar as fibras.

4.1 TIPOS DE CABO

Existem vários tipos de cabos ópticos voltados para várias aplicações.

Abaixo estão descritos os tipos, suas características principais e onde são mais

utilizados

4.1.1 Loose

Os cabos ópticos que possuem esta configuração apresentam as fibras

ópticas

soltas acondicionadas no interior de um tubo plástico, que proporciona a

primeira proteção às fibras ópticas. No interior destes tubos plásticos,

geralmente é acrescentado uma espécie de geléia sintética de petróleo, que

proporciona um melhor preenchimento do tubo e, principalmente, uma grande

proteção das fibras ópticas contra umidade e choques mecânicos. Além deste

tubo, normalmente é introduzido um elemento de tração que, juntamente com o

tubo, recebe o revestimento final. Este tipo de cabo é bastante utilizado em

instalações externas aéreas e subterrâneas e principalmente, em sistemas de

comunicações de longas distâncias.

Figura 3 – Estrutura dos Cabos Ópticos

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Page 16: Trabalho de fibra óptica lidiane abnt projeto (2)

4.1.2 Tight

Nos cabos ópticos do tipo tight as fibras ópticas recebem um

revestimento primário de plástico e acima disto, outro revestimento de material

plástico que irá proporcionar uma proteção maior para as fibras. Cada fibra

óptica com revestimento primário é denominado de elemento óptico. Os

elementos ópticos são reunidos em torno de um elemento de tração que, juntos

recebem o revestimento final resultando no cabo óptico do tipo tight. Este cabo

foi um dos primeiros a serem utilizados em poucas aplicações onde as suas

características demonstram ser bastante favoráveis, como instalações internas

de curtas distâncias e onde se faz necessária a conectorização.

4.1.3 Groove

Neste tipo de configuração as fibras ópticas são depositadas soltas nas

ranhuras que possuem um formato em “V” de um corpo com estrutura tipo

estrela que proporciona uma acomodação para as fibras ópticas. Geralmente,

este corpo tipo estrela apresenta um elemento tensor no seu centro que

proporciona uma resistência mecânica maior ao cabo. Este cabo é bastante

utilizado em aplicações onde são necessárias muitas fibras ópticas.

4.1.4 Ribbon

Esta configuração é utilizada em aplicações onde são necessárias

muitas fibras

ópticas (4000 fibras). As fibras são envolvidas por uma camada plástica plana

com formato de uma fita, onde estas camadas são “empilhadas” formando um

bloco compacto. Estes blocos são alojados nas ranhuras das estruturas tipo

estrela dos cabos do tipo groove. Logo, esta configuração é uma derivação do

cabo tipo groove combinado com as fitas de fibras. Esta configuração

proporciona uma concentração muito grande de fibras ópticas.

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Page 17: Trabalho de fibra óptica lidiane abnt projeto (2)

5. FUNCIONAMENTO DA FIBRA ÓPTICA

A transmissão da luz pela fibra segue um princípio único,

independentemente do material usado ou da aplicação: é lançado um feixe de

luz numa extremidade da fibra e, pelas características ópticas do meio (fibra),

esse feixe percorre a fibra por meio de reflexões sucessivas. A fibra possui no

mínimo duas camadas: o núcleo (filamento de vidro) e o revestimento (material

eletricamente isolante). No núcleo, ocorre a transmissão da luz propriamente

dita. A transmissão da luz dentro da fibra é possível graças a uma diferença de

índice de refração entre o revestimento e o núcleo, sendo que o núcleo possui

sempre um índice de refração mais elevado, característica que aliada ao

ângulo de incidência do feixe de luz, possibilita o fenômeno da reflexão total.

As fibras ópticas são utilizadas como meio de transmissão de ondas

eletromagnéticas, temos como exemplo a luz uma vez que é transparente e

pode ser agrupada em cabos (Figura 4). Estas fibras são feitas de plástico e/ou

de vidro. O vidro é mais utilizado porque absorve menos as ondas

electromagnéticas. As ondas electromagnéticas mais utilizadas são as

correspondentes à gama da luz.

O meio de transmissão por fibra óptica é chamado de "guiado", porque as

ondas eletromagnéticas são "guiadas" na fibra, embora o meio transmita ondas

omnidirecionais, contrariamente à transmissão "sem-fio", cujo meio é chamado

de "não-guiado". Mesmo confinada a um meio físico, a luz transmitida pela fibra

óptica proporciona o alcance de taxas de transmissão (velocidades)

Figura 4 – Funcionamento da Fibra Óptica

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Page 18: Trabalho de fibra óptica lidiane abnt projeto (2)

elevadíssimas, da ordem de 109 à 1010 bits por segundo (cerca de 40Gbps),

com baixa taxa de atenuação por quilômetro. Mas a velocidade de transmissão

total possível ainda não foi alcançada pelas tecnologias existentes. Como a luz

se propaga no interior de um meio físico, sofrendo ainda o fenômeno de

reflexão, ela não consegue alcançar a velocidade de propagação no vácuo,

que é de 300.000 km/segundo, sendo esta velocidade diminuída

consideravelmente.

Cabos fibra óptica atravessam oceanos. Usar cabos para conectar dois

continentes separados pelo oceano é um projeto monumental. É preciso

instalar um cabo com milhares de quilómetros de extensão sob o mar,

atravessando fossas e montanhas submarinas. Nos anos 80, tornou-se

disponível, o primeiro cabo fibra óptica intercontinental desse tipo, instalado em

1988, e tinha capacidade para 40.000 conversas telefônicas simultâneas,

usando tecnologia digital. Desde então, a capacidade dos cabos aumentou.

Alguns cabos que atravessam o oceano Atlântico têm capacidade para 200

milhões de circuitos telefônicos.

Para transmitir dados pela fibra óptica, é necessário equipamentos

especiais, que contém um componente fotoemissor, que pode ser um diodo

emissor de luz (LED) ou um diodo laser. O fotoemissor converte sinais

elétricos em pulsos de luz que representam os valores digitais binários (0 e 1).

Tecnologias como WDM (CWDM e DWDM) fazem a multiplexação de vários

comprimentos de onda em um único pulso de luz chegando a taxas de

transmissão de 1,6 Terabits/s em um único par de fibras.

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Page 19: Trabalho de fibra óptica lidiane abnt projeto (2)

6 VANTAGENS E DESVANTAGENS DAS FIBRAS ÓPTICAS

6.1 VANTAGENS

6.1.1 Baixa atenuação

A atenuação de um meio de transmissão é uma importante

característica, a fibra óptica tem uma vasta gama de freqüências onde pode

transitar, enquanto que cabos coaxiais ou par trançado, por exemplo, não. As

fibras ópticas apresentam atualmente perdas de transmissão extremamente

baixas, desde atenuações típicas da ordem de 3 a 5dB/Km na região em trono

de 0,85mm até perdas inferiores a 0,2 dB/Km para operação na região de

1,55mm. Pesquisas com novos materiais, em comprimentos de ondas

superiores, prometem fibras ópticas com atenuação ainda menores, da ordem

de centésimo e, até mesmo, milésimos de decibéis por quilômetro. Desse

modo, com fibras ópticas, é possível implantar sistemas de transmissão de

longa distância com um espaçamento muito grande entre repetidores, o que

reduz significativamente a complexidade e custos do sistema. Enquanto, por

exemplo, um sistema de microondas convencional exige repetidores a distância

da ordem de 50 quilômetros, sistemas com fibras ópticas permitem alcançar,

atualmente, distâncias sem repetidores superiores a 200 quilômetros.

Pode também ser visto que a atenuação no cabos coaxiais e par

trançado é muito mais dependente da freqüência, enquanto as fibras ópticas

são relativamente constantes em quase toda a gama de freqüências. Estas

graves limitações reduzem a utilidade dos cabos para longas distâncias ou

altas freqüências.

6.1.2 Larga banda passante

A quantidade de informação que pode ser transmitida é diretamente

proporcional à freqüência do sinal. Como a freqüência da luz utilizada para

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Page 20: Trabalho de fibra óptica lidiane abnt projeto (2)

transmitir informações em fibras ópticas é muito alta, consequentemente a

largura de banda é alta também.

A transmissão em fibras ópticas é realizada em freqüências ópticas

portadoras na faixa espectral de 1014 a 1015 HZ (100a 1000THz). Isto significa

uma capacidade e transmissão potencial, no mínimo, 10.000 vezes superior,

por exemplo, à capacidade dos atuais sistemas de microondas que operam

com uma banda passante útil de 700MHz. Além de suportar um aumento

significativo do número de canais de voz e/ou de vídeo num mesmo circuito

telefônico, essa enorme banda passante permite novas aplicações impossíveis

de serem concebidos anteriormente. Atualmente, já estão disponíveis fibras

ópticas comerciais com produtos banda passante versus distância superiores a

200GHz.Km. Isso contrasta significativamente com os suportes convencionais

onde, por exemplo, um cabo coaxial apresenta uma banda passante útil

máxima em torno de 400MKHz.

6.1.3 Imunidade a interferência eletromagnética e ruídos

Um dos maiores problemas associados à transmissão de dados, de

qualquer tipo, é o ruído. O ruído do ambiente por onde passa o sinal pode

entrar no meio de transmissão e corromper o sinal que está a ser enviado. Isto

é usualmente causado por fontes de radiação electromagnética na sua

vizinhança. Fontes típicas deste ruído são o equipamento elétrico pesado,

relâmpagos elétricos e radiações dos cabos vizinhos. Um outro problema de

ruído é a radiação, que deve ser reduzida essencialmente por questões de

segurança. Se o sinal transmitido está a sofrer radiação, é possível detectar e

descodificar o sinal usando equipamento de audição.

O comprimento do cabo de cobre tem características similares ao das

antenas de rádio. Isto significa que trava conhecimento com o ruído exterior e

radia sinal muito facilmente. O método mais eficiente para evitar isto é cobrir o

cabo com uma ou mais proteções de blindagem. Esta solução alivia o problema

mas representa um custo adicional.

Por outro lado, as fibras ópticas, usam luz como portadora da

informação. A luz não está sujeita à influência da radiação electromagnética.

Em ambientes hostis, como por exemplo, uma rede numa fábrica que usa

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Page 21: Trabalho de fibra óptica lidiane abnt projeto (2)

equipamento de alta voltagem, isto é uma grande vantagem. O vazamento

envolvendo as fibras ópticas é extremamente baixo e não coloca quaisquer

problemas em termos de ambiente. A segurança é garantida pela dificuldade

de detectar um sinal sem interromper a ligação.

6.1.4 Efeito “crosstalk” desprezível

As fibras ópticas excelente confinamento do sinal luminoso propagado.

Desse modo, não irradiando externamente, as fibras ópticas agrupadas em

cabos ópticos não interferem opticamente umas nas outras, resultando num

nível de ruído de diafonia (crosstalk) desprezível. Os cabos de fibras ópticas,

por não necessitarem de blindagem metálica, podem ser instalados

convenientemente, por exemplo, junto às linhas de transmissão de energia

elétrica.

6.1.5 Isolação elétrica

O material dielétrico (vidro ou plástico) que compõe a fibra óptica oferece uma

excelente isolação elétrica entre os transceptores ou estações interligadas. Ao

contrário dos suportes metálicos, as fibras ópticas não têm problemas com

aterramento e interfaces dos transceptores. Além disso, quando um cabo de

fibra óptica é danificado não existem faíscas de curto-circuito. Esta qualidade

das fibras ópticas é particularmente interessante para sistemas de

comunicação em áreas com gases voláteis (usina petroquímicas, minas de

carvão etc.), onde o risco de fogo ou explosão é muito grande.

A não possibilidade de choques elétricos em cabos com fibras ópticas

permite a sua reparação no campo, mesmo com os equipamentos de

extremidades ligados.

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Page 22: Trabalho de fibra óptica lidiane abnt projeto (2)

6.1.6 Tamanho e peso reduzidos

As fibras ópticas têm dimensões comparáveis com as de um fio de

cabelo humano. Mesmo considerando-se os encapsulamentos de proteção, o

diâmetro e o peso dos cabos ópticos são bastante inferiores aos dos

equivalentes cabos metálicos. Por exemplo, um cabo óptico de 6,3mm de

diâmetro, com uma única fibra de diâmetro 125mm e encapsulamento plástico,

substitui, em termos de capacidade, um cabo de 7,6cm de diâmetro com 900

pares metálicos. Quanto ao peso, um cabo metálico de cobre de 94 quilos pode

ser substituído por apenas 3,6 quilos de fibra óptica. A enorme redução do

tamanho dos cabos, provida pelas fibras ópticas, permiti aliviar o problema de

espaço e de congestionamento de dutos nos subsolos das grandes cidades e

em grandes edifícios comerciais. O efeito combinado do tamanho e do peso

reduzidos (Figura 5) faz das fibras ópticas o meio de transmissão ideal em

aviões, navios, satélites, etc. Além disso, os cabos oferecem vantagens quanto

ao armazenamento, transporte, manuseio e instalação em relação aos cabos

metálicos de resistência e durabilidade equivalentes.

6.2 Desvantagens

6.2.1 Fragilidade

O manuseio de uma fibra óptica sem encapsulamento é bem mais

delicado que no caso dos suportes metálicos. É preciso ter muito cuidado com

as fibras ópticas, pois elas quebram com facilidade.

Figura 5 - Cabo de fibra com tamanho e peso reduzidos

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Page 23: Trabalho de fibra óptica lidiane abnt projeto (2)

6.2.2 Dificuldade de Conexões

As pequenas dimensões das fibras ópticas exigem procedimentos e

dispositivos de alta precisão na realização das conexões e junções.

6.2.3 Acopladores tipo T com perdas muito grandes

É muito difícil se obter acopladores de derivação tipo T para fibras

ópticas com baixo nível de perdas, o que dificulta a utilização de fibras ópticas

em sistemas multiponto.

6.2.4 Impossibilidade de alimentação remota de repetidores

Os sistemas com fibras ópticas requerem alimentação elétrica

independente para cada repetidor, não sendo possível a alimentação remota

através do próprio meio de transmissão

6.2.5 Falta de padronização dos componentes ópticos

A relativa imaturidade e o contínuo avanço tecnológico não tem facilitado

o estabelecimento de padrões para os componentes de sistemas de

transmissão por fibras ópticas.

6.3 Cobre vs. Meio Óptico

A utilidade do cobre como condutor foi conhecido durante muitos anos.

Este fato por si só dá-lhe duas vantagens muito significativas sob as novas

tecnologias.

Primeiro, o processo envolvido no seu uso, desde a fase de produção

até aos mecanismos de instalação do cabo são bem conhecidos. Ao longo dos

anos uma larga quantidade de tecnologia de suporte foi sendo desenvolvida, tal

como conectores, e outros acessórios. Também, por causa do seu enorme uso,

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Page 24: Trabalho de fibra óptica lidiane abnt projeto (2)

a pressão do mercado fez o seu papel, baixando em muito o seu custo. É um

meio de transmissão que atingiu à muito a sua maturidade, o que significa que

é improvável que o seu preço possa descer ainda mais.

A fibra óptica, por outro lado é uma tecnologia muito recente que está

atualmente sujeita a muita investigação e desenvolvimento. Essencialmente,

envolve a transmissão de um feixe de luz modulado que passa através de fibra

de vidro desde a fonte até ao destino. O maior problema com esta tecnologia é

a sua instalação e o seu custo. Também a tecnologia de fontes luminosas e

detectores de luz está ainda na sua infância e sujeita a evoluções muito

rápidas. A matéria-prima para o fabrico de fibra óptica, sílica, existe em grande

abundância, e dado os desenvolvimentos tecnológicos mais recentes, existem

todas as razões para esperar que quando a fibra óptica atingir a sua

maturidade seja um meio de transmissão de muito baixo custo.

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Page 25: Trabalho de fibra óptica lidiane abnt projeto (2)

7. MANUTENÇÃO DE REDES/SENSORES DE FIBRA ÓPTICA

A prática geral de utilização e manutenção de fibra ótica (Figura 6) é

importante para garantir a confiabilidade e o desempenho máximo para

sistemas de sensores de fibra ótica. Como fibra ótica é amplamente utilizada

na indústria de telecomunicações, está sujeita a regulamentos rigorosos, o que

torna robusto o componente do sistema. Ainda assim, deve-se tomar cuidado

na implantação de componentes de fibra ótica no sistema de sensores, bem

como na manutenção do uso destes componentes.

Limpeza dos componentes de fibra ótica é um fator crítico para manter a

alta qualidade das conexões dos sistemas de sensores. Partículas na ordem de

1 µm podem bloquear parcialmente ou totalmente o núcleo da fibra ótica,

gerando reflexões e espalhamento ou absorção da luz transmitida. Isto pode

induzir instabilidade no sistema laser para sensores óticos, na forma de onda

ótica distorcida e ruído. Além disso, partículas presas entre as fibras podem

riscar a superfície do vidro, criando um espaço de ar, ou provocando o

desalinhamento entre os núcleos da fibra ótica, comprometendo a integridade

do sinal transmitido.

Figura 6 – Manutenção de Redes de Fibra Óptica

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Page 26: Trabalho de fibra óptica lidiane abnt projeto (2)

8. A UTILIZAÇÃO DA FIBRA ÓPTICA NA AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL

Os vários tipos de fibras, seus conectores e técnicas de montagem estão

sendo apresentamos neste artigo que, com o seu conteúdo, visa cobrir uma

lacuna ainda existente nas nossas literaturas técnicas.

As Fibras Ópticas servem para o trafego dados de um ponto ao outro

utilizando a luz como forma de transporte dos mesmos, ao invés dos cabos

elétricos convencionais.

Normalmente, elas são utilizadas em telecomunicações, telemetria e

também em Automação Industrial, que é onde iremos abordar.

Em Automação Industrial, elas são basicamente empregadas quando há a

necessidade de:

8.1Imunidade contra Interferência Eletromagnética

Esse é o maior motivo para se utilizar F.O. em ambiente industrial.

Normalmente, o ambiente industrial é um muito propício para o aparecimento

de EMI e algumas vezes, por mais que o cabo de dados (elétrico) seja

blindado, aterrado e com todas as condições teóricas de isolamento da EMI,

nem sempre é suficiente para evitar esse tipo de problema, e a solução disso é

a utilização de F.O. para a interligação dos equipamentos;

8.2 Isolar equipamentos eletricamente

Esse é o segundo maior motivo de se utilizar fibras ópticas. em

automação industrial. Muitas vezes, temos equipamentos da mesma rede

Fieldbus sendo utilizados em prédios diferentes, ou até mesmo dentro de um

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Page 27: Trabalho de fibra óptica lidiane abnt projeto (2)

mesmo prédio, porém em distâncias muito grandes. Nesse caso precisamos

isolá-los eletricamente, pois no caso de uma eventual diferença de potencial

entre os dois equipamentos evitamos a sua danificação.

8.3 Aumento de distância entre os equipamentos

Quando utilizamos o meio físico “cabo elétrico”, quanto maior for a

distância entre os equipamentos maior será a resistência do condutor elétrico

dentro do cabo, aumentando com isso a queda de tensão dentro do cabo. Para

evitarmos esse tipo de problema, utilizamos a Fibra Óptica (Figura 7) (não que

a Fibra Óptica não tenha atenuação, na verdade ela tem, algumas com mais

atenuação e outras menos, mas de qualquer forma as que possuem menos

atenuação permitem distâncias maiores do que o cabo de cobre).

Figura 7 – Fibra óptica em Meio Físico “Cabo Elétrico”.

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Page 28: Trabalho de fibra óptica lidiane abnt projeto (2)

9. CONCLUSÃO

A partir deste trabalho foi possível entender e aprender sobre o

funcionamento deste equipamento que tornou-se responsável por uma grande

revolução no que diz respeito à comunicação, pois, as fibras ópticas passaram

a substituir os cabos metálicos não somente no que diz respeito à transmissão

de dados em uma velocidade incrível e uma quantidade de dados

consideravelmente maior.

Além disso foi possível aprender que existem diversos tipos de fibras e

cabos ópticos que possuem variadas funções e recomendações, além deste

equipamento fazer-se presente em várias áreas, incluindo a automação

industrial.

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Page 29: Trabalho de fibra óptica lidiane abnt projeto (2)

10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

O que é Fibra Óptica? - Tecmundo

Disponível em: http://www.tecmundo.com.br/web/1976-o-que-e-fibra-otica-.htm

Acessado em 21/10/2013

Fibra Óptica – Brasil Escola

Disponível em: http://www.brasilescola.com/fisica/fibra-optica.htm

Acessado em 21/10/2013

A utilização da fibra óptica – Mundo Educação

Publicado por: Marco Aurélio da Silva Santos em Óptica

Disponível em: http://www.mundoeducacao.com/fisica/a-utilizacao-fibra-

optica.htm

Acessado em 21/10/2013

Fibra Óptica – Wikipédia, a enciclopédia livre

Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Fibra_%C3%B3ptica#Funcionamento

Acessado em 21/10/2013

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Page 30: Trabalho de fibra óptica lidiane abnt projeto (2)

Fibras Ópticas em Automação Industrial – Mecatrônica Atual

Disponível em: http://www.mecatronicaatual.com.br/artigos/1040-fibras-pticas-em-automao-industrial

Acessado em 21/10/2013

Sensores de fibra ótica: uso geral e manutenção de fibra ótica – National InstrumentsDisponível em: http://www.ni.com/white-paper/11822/pt/

Acessado em 28/10/2013

Fibras Ópticas

Disponível em: http://penta2.ufrgs.br/redes.94-2/nunes/fibras.html

Acessado em: 18/11/2013

Escola Técnica Federal de Santa Catarina, Fibras e CabosÓpticos – Autores: Leandro Varella do Nascimento e Eloi Duarte.

Disponível em: http://www.joaoflf.poli.br/ComunicacoesOpticas/fibras

%20opticas.pdf

Acessado em: 13/11/2013

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