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MISTÉRIOS MARCORELIANOS 2Mistério do MAGNETISMO
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Será que as pessoas se espantariam ao descobrir que suas mãos são potentes instrumentos de cura? Como se comportariam sabendo que têm dentro de si uma energia tão forte quanto um raio? Certamente, sua maneira de lidar com a vida se alteraria substancialmente. É que foi descoberto, há muito tempo (e até hoje a maioria ignora esta realidade), que todo ser humano possui um magnetismo altamente regenerativo. Oficialmente, o primeiro indivíduo que descobriu esse autêntico poder, chamava-
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se Mesmer, um médico austríaco nascido no século 18. Certa feita, um padre jesuíta lhe presenteou alguns imãs. O religioso tratava os necessitados com metais magnetizados. Mesmer ficou impressionado com os resultados e passou a utilizar o mesmo recurso com seus pacientes. Porém, um dia ele percebeu que não eram os imãs que curavam, mas o próprio magnetismo humano emanado através dos dedos e das mãos. Então, ele passou a magnetizar árvores, água, instrumentos musicais, espelhos, roupas e outros objetos. Entusiasmado com seu achado, Mesmer construiu equipamentos e criou métodos no intuito de facilitar a captação da energia humana, que denominou de “fluido”. A sua conclusão fora óbvia: as pessoas ficavam doentes por causa da desarmonia na sua organização psíquica, causada por situações diversas, tais como depressão e outros distúrbios mentais. E elas poderiam não somente se auto-curar, mas curar os outros, através dos recursos de seu magnetismo. Essa força afloraria mais abundantemente com o auxílio das orações, mentalizações, relaxamento, técnicas de respiração e meditações. O sintoma da captação se daria quando as mãos ficavam quentes. Era quando se tornavam aptas para emanar a energia curativa que os leigos qualificariam de miraculosa. A partir da imposição das mãos sobre a região afetada da pessoa a ser tratada, o alívio seria obtido. Surge, contudo, a pergunta: por quê poucos estariam cientes desse poder? Caso contrário, seria o fim das intermináveis mazelas físicas e espirituais? O fim dos sofrimentos humanos? Estaria o Homem habilitado a se curar e a fazer o
mesmo com quem ainda não se conscientizou de sua força interior tão física quanto a força de seus músculos? Os feiticeiros, xamãs ou curandeiros conheciam o poder que tinham e os usavam positivamente quando eram bem-intencionados. Como sempre, havia aqueles que agiam de forma negativa, visando obter lucros e explorar a ingenuidade alheia. Por isso, eram combatidos não somente pelos religiosos mais ortodoxos, como também pelos cientistas, certos de que tudo não passava de crendice e enganação, fruto de uma ilusão coletiva. Por outro lado, a sociedade sempre teve muito respeito para com as famosas benzedeiras, cuja origem era dos pagés das tribos de índios. Geralmente, eram mulheres mais humildes que repassavam o “ofício de benzer, ou curar” às suas filhas e, assim sucessivamente. Por isso, a benzeção se tornou uma tradição que ainda perdura, principalmente em locais onde os recursos médicos são mais difíceis. Para os pesquisadores, as benzedeiras seriam sucessoras do “xamanismo matriarcal. Contudo, os mais céticos sustentavam que tal poder era fruto da auto-sugestão do paciente. Ainda assim, o respeito que se tem pelas benzedeiras é indiscutível. Por causa disso, talvez elas ainda existam. Finalmente, como bem disse um estudioso acerca do assunto: “As benzederias mesclam conhecimentos de medicina popular, religião e magia para tratar os diferentes tipos de males humanos.”. Como elas, existem os “passistas” no espiritismo, os “reikistas”, os “terapeutas holísticos”, dentre outros, que fazem uso
das mãos para canalizar a chamada “energia vital” visando a cura e o iminente bem-estar de quem está sofrendo ou está em desequilíbrio físico ou espiritual. No mais, o magnetismo humano poderia deixar de ser um mistério, se fosse devidamente estudado e, conseqüentemente, mais utilizado para o bem-comum. Sem dúvida que o Homem passaria a se conhecer mais e o mundo, seu habitat, padeceria menos.
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