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Origem, Evolução Histórica e Conceitos de Turismo

Origem e evolução histórica do turismo

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Origem, Evoluo Histrica e Conceitos de Turismo

Quem sou Eu? Eu me chamo Ana Paula e sou Turismloga formada pelas Faculdades Integrado de Campo Mouro PR, no ano de 2006.

No sou professora em cursos de Turismo, mas me preparando para um dos rarssimos concursos pblicos nesta rea, me deparei com a falta de material sobre o assunto na rede, e por isso, decidi fazer vdeos com contedos para alunos e concurseiros.

Sobre o que vamos falar:Origem do Turismo Evoluo Histrica Conceitos de Turismo Tipos de Turismo

Origens e o Desenvolvimento do Turismo Mundial O homem viaja desde os tempos antigos, quando antepassados primitivos percorriam frequentemente longas distncias em busca de caa, o que lhes proporcionava o alimento e o agasalho que eram necessrios sua sobrevivncia. Vejamos as citaes abaixo: Segundo Theobald ( 2002, p. 27), durante todo o curso da histria, as pessoas tem viajado por diversos motivos, sejam eles transaes comerciais, econmicas, religiosas, guerras, migraes, ou por diversos outros motivos de igual importncia.

Mais uma Definio Segundo Fourasti (apud RUSCHMANN, 2004, pg. 13) a palavra turismo surgiu no sculo XIX e mais precisamente aps a Segunda Guerra Mundial, que a atividade evoluiu como consequncia dos aspectos relacionados produtividade empresarial, ao poder de compra das pessoas e ao bem estar resultante da restaurao da paz no mundo.

Podemos notar, que h certa contradio entre os autores Theobald e Fourasti, quando se diz respeito ao surgimento do turismo, j que Fourasti afirma que a palavra turismo surgiu no sculo XIX e Theobald, que o Turismo surgiu no sculo XX. Porm, os dois autores concordam que a atividade turstica teve um notvel crescimento aps a Segunda Guerra Mundial. No entanto, importante ressaltar, que Theobald fala em seu texto do turismo de massa enquanto Fourasti trata do turismo de uma forma geral, entretanto, a obra pesquisada no deixa clara a posio da autora em relao contradio.

Para Rabahy (2003, p.01) a evoluo dos acontecimentos econmicos e sociais do mundo moderno transformou o turismo em uma atividade muito promissora e com grandes possibilidades de expanso. E isto provoca alteraes no cotidiano das comunidades e principalmente na sua economia, provocando mudanas radicais de todos os tipos. O autor afirma ainda que

o desempenho do setor turstico est intimamente relacionado ao comportamento da renda e suadi istribuio, bem como da disponibilidade de tempo livre e outras facilidades propiciadas pelo progresso tecnolgico, at mesmo dos meios de transporte, encurtando as distncias, o que implica, em ltima anlise, uma maior liberao do tempo para lazer.

Este desenvolvimento tecnolgico propiciou s pessoas um maior tempo livre, assim como uma maior disponibilidade financeira, fazendo com elas que pudessem se dedicar mais ao lazer, aumentando assim a prtica do turismo e conseqentemente, fazendo girar a economia de municpios receptores.Neste contexto ainda, o autor ressalta que:

o turismo est entre os cinco maiores geradores de receita de divisas na economia mundial, liderado apenas pelas exportaes de armamentos e pelo petrleo. Mesmo depois das recentes crises econmicas mundiais o turismo vem registrando taxas de crescimento de receita que giram em torno de 8% ao ano, isto nos anos de 1980 a 2000, e isto lhe assegura a sua manuteno e participao total das exportaes. (RABAHY p. 02, 2003).

Analisando todo este contexto, percebe-se que o turismo uma prtica existente desde os tempos mais antigos, e que foi evoluindo no decorrer dos sculos. Fica claro que a sua ascenso se iniciou aps a Segunda Guerra Mundial, mas que continua a evoluir at os tempos atuais. Percebe-se ento, que um fator econmico de extrema importncia tanto para o Brasil, quanto para o mundo, sendo este um dos setores que mais geram renda na atualidade. Alm proporcionar a possibilidade de trabalho familiar, onde desde que haja incentivo possvel envolver toda uma famlia ou at mesmo uma comunidade no circuito do turismo em uma localidade.

Vamos falar de Thomas CookNo sculo XIX, a idia de turismo tinha se firmado com a chegada das linhas frreas; Mas apesar da expanso da estrada de ferro e do crescimento das empresas ferrovirias havia um problema que colocava em risco o desenvolvimento e a qualidade da atividade turstica: Os horrios e as tarifas eram muito complexas e as acomodaes econmicas eram muito limitadas.

Ento o Ingls Thomas Cook, resolveu fretar um trem com tarifas reduzidas, o que aumentaria a demanda pela viagem. A partir dai, Cook criou as viagens em grupos, iniciando a primeira e maior agncia de viagens de todos os tempos quando organizou o primeiro tour de viagem em larga escala, conduzindo 500 pessoas para Leicester. Thomas Cook tambm foi o primeiro a usar campanhas publicitrias e de marketing para captar clientes. A empresa de Cook, tornou-se uma das primeiras empresas internacionais a ganhar o reconhecimento. Cook tornou acessvel a viagem e o turismo a pessoas da classe trabalhadora e da classe mdia, padronizando-os e produzindo-os em massa e o turismo acabou assemelhando produo fordista (Henry Ford automveis).

Evoluo Histrica Continuando...

Pessoas de vrias classes sociais, visitando os mesmos lugares e consumindo as mesmas coisas. Os negcios foram se ampliando. Iniciaram-se as reservas em hotis, restaurantes e em 1845, foi organizada uma excurso para o litoral de Liverpool que em uma semana venderam 350 passagens. A partir da aumentaram os nmeros de viagens, a distncia entre os locais, assim como a venda em grande quantidade. Algumas de suas idias foram copiadas e ampliou-se o nmero de ofertas por outros operadores. O turismo de massa organizado por Cook comeou a perder importncia e passou a ser alvo de crticas por parte das populaes e por autoridades locais o que acabou originando as viagens por pacotes. Diante da possibilidade de crescimento dos negcios tursticos, Cook criou um jornal voltado para orientao em viagens, onde justificava seus produtos, visando atingir um pblico maior.

Evoluo Histrica Continuando...

Quando Cook comeou a organizar suas primeiras viagens para Paris, partindo da Inglaterra, encontrou resistncia das empresas ferrovirias que negaram tarifas especiais. Com isto fundou a mais longa rota para a Frana, passando pela Holanda via Anturpia, na Blgica. Havia ainda facilidades para as pessoas que no falavam francs, principalmente nos contatos com hotis. Com o passar do tempo surgiu-se tambm o interesse por viagens independentes de agenciamento, o que facilitou a negociao entre as empresas ferrovirias e os passageiros.

Algumas criticas comearam a surgir em decorrncia do grande nmero de turistas que visitavam cidades histricas da Itlia causando impactos tursticos nos locais visitados. Com a experincia adquirida com os bilhetes de trem, Cook criou cupons de hotel objetivando recuperar o mercado. Foram firmados vrios acordos com hotis nos itinerrios dos trens. O hospede tinha direito acomodao com penso completa. A idia era criar um grupo de hotis em que o cliente teria condies de escolher qual melhor lhe agrada e com tarifas diferenciadas.

Evoluo Histrica A grande dificuldade encontrada era negociar com os hotis de diferentes pases, devido grande variedade de moedas. Dessa forma, o filho de Cook, seu scio decidiu criar o circular notes que seria precedente dos atuais travellers checks onde os clientes adquiriam os cupons (moeda circulante) podendo ser trocadas nos hotis participantes.

Suas idias eram sempre surpreendentes e mostravam a rapidez em criar novas modalidades para facilitar as viagens. Assim, Cook e sua famlia fizeram fortuna com o turismo, tornando as viagens mais acessveis e motivando cada vez mais as pessoas a viajarem. As viagens passaram a ser consideradas a comercializao do sonho, principalmente com a melhoria dos meios de hospedagens, transporte e alimentao.

A Importncia de Cook para a Histria do Turismo PRIMEIRA AGNCIA DE VIAGEMMARKETING PARA CAPTAR CLIENTESMO-DE-OBRA TURSTICA ESPECIALIZADAVIAGEM PARA TODAS AS CLASSES SOCIASROTEIRO DE VIAGEM DIA-A-DIA DA VIAGEMTARIFAS ESPECIAIS NOS TRANSPORTESCRIAO DE CIRCULAR NOTES IDIA DO TRAVELLERS CHECKS E DO CREDIT CARD.INTERESSE DOS HOTELEIROS EM MODERNIZAOPACOTE COMPLETO TRANSPORTE E HOTEL

Conceituaes de Turismo No existe uma definio nica de turismo, mas sim diversas conceituaes, capazes de deixar muito explcitos, quais so os interesses do turismo e tambm qual a sua rea de abrangncia. Barretto (1999, p.9), em seu livro Manual de Iniciao ao Estudo do Turismo, prope diversos conceitos de turismo como, por exemplo, a de Schattenhofen que descreveu o turismo como uma atividade que compreende todos os processos, especialmente os econmicos, que se manifestam na chegada, na permanncia e na sada do turista de um determinado municpio, estado ou pas, definio esta que data de 1911. Para Robert Glcksmann, turismo um vencimento do espao por pessoas que vo para um local no qual no tem residncia fixa. Esta definio foi mais tarde revisada tomando o seguinte formato:

Vejamos no Slide a seguir.

Quem interpreta o turismo como um problema de transporte, confunde este com o trfego de turistas. O turismo comea onde o trfego termina no ponto de turismo, no lugar de hospedagem. O trfego de viajantes conduz o turismo, porm no turismo propriamente, nem sequer em parte. Turismo a soma das relaes existentes entre pessoas que se encontram temporariamente num lugar e os naturais deste local. (BARRETTO, 1999, p. 09).

Neste ponto, porm, deve-se ressaltar que o autor no considera dentro da prtica do turismo o acesso, o transporte e a recepo. Seguramente pode-se dizer que fazem sim parte do processo turstico, j que este engloba uma cadeia de servios, pois impossvel fazer turismo sem o processo de deslocamento, por exemplo. Inicialmente a OMT - Organizao Mundial de Turismo (apud BARRETTO, 1999, p.12), conceituava a atividade como a soma de relaes e servios resultantes de um cmbio temporrio e voluntrio motivado por razes alheias a negcios ou profissionais. Porm, devido existncia de outros tipos de turismo como turismo de negcios, turismo de eventos e sade entre outros, a conceituao de turismo da OMT levou o conceito para alm da imagem do sair de frias, e a aceita oficialmente apresenta o turismo como as atividades de deslocamento e permanncia em locais fora do seu ambiente de residncia, por perodo inferior a um ano consecutivo, por razes de lazer, negcios ou outros propsitos (BARRETTO, p. 12, 1999). Neste ponto, porm, deve-se ressaltar que o autor no considera dentro da prtica do turismo o acesso, o transporte e a recepo. Seguramente pode-se dizer que fazem sim parte do processo turstico, j que este engloba uma cadeia de servios, pois impossvel fazer turismo sem o processo de deslocamento, por exemplo. Inicialmente a OMT - Organizao Mundial de Turismo (apud BARRETTO, 1999, p.12), conceituava a atividade como a soma de relaes e servios resultantes de um cmbio temporrio e voluntrio motivado por razes alheias a negcios ou profissionais. Porm, devido existncia de outros tipos de turismo como turismo de negcios, turismo de eventos e sade entre outros, a conceituao de turismo da OMT levou o conceito para alm da imagem do sair de frias, e a aceita oficialmente apresenta o turismo como as atividades de deslocamento e permanncia em locais fora do seu ambiente de residncia, por perodo inferior a um ano consecutivo, por razes de lazer, negcios ou outros propsitos (BARRETTO, p. 12, 1999).

Existem diversas conceituaes de turismo, e Barretto em seu livro Manual de Iniciao ao Estudo do Turismo (1999, p. 10) cita outras conceituaes muito interessantes, como a de Josef Strander que trata de turismo como:

o trfego de viajantes de luxo (aqueles que possuem conduo prpria) que se detm num local fora do seu local fixo de residncia e com sua presena naquele pas no perseguem nenhum propsito econmico, mas buscam a satisfao (STRANDER apud BARRETTO, 1999, p. 10).

Apesar de ser uma citao muito interessante deve ser repensada, j que o autor deixa claro que apenas pessoas que possuem conduo prpria poderiam ser chamadas de viajantes de luxo. Entretanto, nem sempre isto pode ser aceito como verdadeiro, pois muitas pessoas viajavam independente de possurem ou no conduo, esta prtica no necessita e nem depende apenas disto e menos ainda de automveis. Alm do mais, existem muitas outras formas de locomoo, principalmente quando se trata dos tempos atuais. Porm, Barretto pode estar utilizando este exemplo de Strander para tratar de pessoas com poder aquisitivo maior que o de muitas outras, mas neste caso, deve-se tambm levar em considerao que nem todos os turistas que possuem conduo prpria, necessariamente, tenham um poder aquisitivo maior. Alm disso, vrias conceituaes, inclusive a da OMT j citada, discutem o fato de o turismo no incluir em seu conceito viagens de negcios e trabalho.

Analisando as consideraes apresentadas, nota-se que alguns itens como o tempo de permanncia nos locais visitados, e o fato de que o turismo uma atividade no lucrativa, so caractersticas muito comuns em conceituaes de turismo:

Os elementos mais importantes de todas estas definies so o tempo de permanncia, o carter no lucrativo da visita e, uma coisa que pouco explorada pelos autores, analisados , a procura do prazer por parte dos turistas. O turismo uma atividade em que a pessoa procura prazer por livre e espontnea vontade. Portanto, a categoria de Livre Escolha deve ser includa como fundamental no estudo do turismo (BARRETTO, p.13, 1999).

Deve-se lembrar tambm que h o turismo de eventos, turismo tcnico - cientifico , turismo de negcios e tambm o turismo de sade que nem sempre so feitos por livre escolha, mas muitas vezes, por outros motivos que podem ser caracterizados por sade, trabalho, estudo, etc. Turismo de Eventos o conjunto de atividades exercidas pelas pessoas que viajam a fim de participar de congressos, convenes, assembleias, simpsios, seminrios, reunies, ciclos, snodos, conclios e demais encontros (...) para atingi-lo, de objetivos profissional-cultural, tcnico-profissional, de aperfeioamento setorial ou de atualizao (ANDRADE, 1995)Turismo Tcnico Cientfico ou de Convenes aquele praticado com interesse profissional - cultural, visando a participao em congressos, convenes, simpsios, reunies internacionais, encontros culturais, etc. (BRAGA, 2003, p.228).Turismo de Negcios aquele praticado em busca de contatos e negcios no campo industrial e comercial, (...) visando conhecer novas tcnicas de processos de fabricao, a entabular negcios ou abrir novas perspectivas de faz-lo; tambm denominado turismo tcnico (BRAGA, 2003, p.228). Turismo de Sade aquele praticado por pessoas em busca de climas, estaes ou centros de tratamento onde possam recuperar a sade (BRAGA, 2003, p.229).

importante ressaltar que pessoas tambm viajam e se utilizam dos meios tursticos para fins alheios a ele. o caso de homens de negcios ou at mesmo de pessoas que viajam a trabalho e que muitas vezes levam consigo o cnjuge, para compartilhar de momentos em que esto liberados do trabalho e dedic-los pratica do turismo, e importante dizer que em congressos e eventos similares j existem atendimento turstico especial para acompanhantes dos participantes (BARRETTO, p.13, 1999).

Outro ponto a ser observado, tratando-se dos conceitos de turismo que alguns autores consideram como turismo apenas viagens inferiores h 90 dias, mas deve-se salientar que existem viagens com duraes superiores, especialmente entre as classes mais altas da sociedade. (BARRETTO, p.14, 1999). Neste caso, nota-se que este conceito perde seu valor quando comparado ao considerado atualmente pela da OMT, que ao invs de 90 dias reconhece como turismo viagens com durao inferior a um ano.

E para finalizarmos conceituao Turstica, pelo que foi exposto at o momento, percebe-se que o turismo um fenmeno social e econmico, e que h ainda muito a ser discutido e agregado a essa atividade que tem o poder de unificar povos, disseminar novas culturas e conhecimentos, alm de desenvolver econmica, social e culturalmente os ncleos receptores, desde que bem planejado e calcado nos conceitos de sustentabilidade.

Tipos de Turismo TURISMO DE AVENTURABEM-ESTARCULTURALESPORTIVOESTUDOINCENTIVOPESQUISAPROFISSIONALRURAL

Referncias THEOBALD, Willian F. et. Al. Turismo Global. 2. Edio. So Paulo, SP: SNAC, 2002. RABAHY, Wilson Abraho. Turismo e Desenvolvimento: Estudos Econmicos e estatsticos do Planejamento. Barueri, SP. Manole, 2003BARRETTO, Margarita. Planejamento e Organizao em Turismo. 9 Edio. Campinas SP: Papirus, 2003.

EVOLUO HISTRICA DO TURISMO: http://pt.slideshare.net/alefeufei/histria-do-turismo?from_action=save