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Turismo de Vida Selvagem: a visão de um consumidor e algumas lições Fábio Olmos

Turismo de Vida Selvagem: a visão de um consumidor e algumas lições – Fábio Olmos

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Do 3º Congresso de Natureza, Turismo e Sustentabilidade, realizado pela Fundação Neotrópica do Brasil em Bonito - Mato Grosso do Sul. Site: http://www.conatus.org.br

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Turismo de Vida Selvagem: a visão de um consumidor e

algumas lições

Fábio Olmos

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Tanqa Karoo, South Africa

Transilvania, Romania Kilimanjaro, Tanzania

PARNA Emas, Goiás South Georgia

Serra Fina, São Paulo

Kuelap, Peru

Isla Catalina, Costa Rica

Viajar é investimento, não gasto

Turismo de vida selvagem é um turismo de experiência – conhecimento, descoberta, maravilhamento

Bicho vivo e visível é ativo econômico

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Experiências com a Vida Selvagem são Momentos PQP que levam visitantes até os confins da Terra....

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Observando a Fauna Carismática – Bonito, MS

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Lobos-guará no Santuário do Caraça, Santa Bárbara, MG

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Algumas outras experiências positivas que tive por aí .....

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Observação de Tubarões Brancos – False Bay, Cape, África do Sul

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• Tour organizado com saídas fixas, mas dependentes do clima – Apex Predators

• Serviço de informações com atualizações frequentes – se a excursão do dia não vai sair você é informado com tempo suficiente para fazer um programa alternativo

• Há opções de atividades: Cape of Good Hope National Park, pinguins em Boulders Beach, observar baleias da estrada, passear em Simon’s Town...

• Guias com um tremendo conhecimento sobre os tubarões e seu comportamento - você o conhece do Discovery Channel

• O guia-líder também é fotógrafo, então sabe como posicionar o barco com relação à luz, e alertar sobre oportunidades que duram frações de segundo

• Entusiasmo: eles fazem isso todos os dias durante a temporada mas sabem que para os clientes será a única oportunidade (embora muitos voltem)

• Postura ética: eles dão espaço aos tubarões e não forçam a barra

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Turismo Botânico - Nieuwoudtville, East Cape, Africa do Sul

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• Viagem feita por conta própria (self service)

• Cidade minúscula (1400 habitantes) com boa infra-estrutura de hospedagem e com websites que permitem selecionar e fazer reservas sem problemas

• Estradas bem sinalizadas e acesso fácil à vila e atrações, mesmo aquelas ao longo de estradas não pavimentadas. Atrações bem sinalizadas, com painéis explicativos, e boa literatura sobre o que ver.

• Hospedagem para todos os gostos e bolsos. Preços honestos, na filosofia “explore o turismo, e não o turista”.

• Centro de informações que realmente informa. Nos locais de hospedagem você é informado onde as “top species” estão florindo e os melhores locais para visitar.

• Atrações em reservas públicas e privadas bem manejadas

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Bird (e outros bichos)-watching na Escócia durante o inverno (e no Carnaval!)

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• Tour organizado por empresa tradicional (Heatherlea) baseada em um vila minúscula mas bem localizada

• Hospedagem e comida excelentes (e cerveja endêmicas)

• Tour com 9 clientes e 2 guias: extremamente bem preparados e com um conhecimento enorme sobre a história, geologia, flora, etc. E piadas. Isso significa que os deslocamentos não eram cansativos, muito pelo contrário.

• Checagens antes do tour para saber que bichos estavam onde

• Atenção individualizada, com cuidado especial a quem tinha problemas para se locomover ou encontrar os bichos

• Um dos melhores tours que já fiz

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Cruzeiro e Exploração em South Georgia

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• Cruzeiro organizado para 120 pessoas partindo de Montevideo rumo a South Georgia e de lá para Ushuaia – 18 dias

• Embarcação preparada para cruzeiros polares com tripulação treinada, suporte e conforto. E boa comida !

• Guias incluíam cientistas com experiência na região e com múltiplos expertises para atender a diferentes gostos

• Ampla programação de lectures e filmes durantes o cruzeiro para manter os clientes ocupados / entretidos

• Desembarques organizados de maneira a dispersar os grupos. Isso faz com que 120 pessoas não se sintam em um grupo de 120 pessoas

• Programas variados quando em terra, de acordo com as preferências dos clientes (fotografia, pintura, caminhada, contemplação)

• Timing do cruzeiro não coincidiu com outra excursão. A ilha era só nossa

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Subindo o Monte Kilimanjaro - Tanzânia

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• Tour de 6 dias organizado por uma pequena empresa local (US$ 1.465,00). Bom custo-benefício !

• Atendimento personalizado. Quando cheguei lá descobri que era o único cliente !

• Check-ups diários para avaliar condição física, boa comida, toillet privativo (muito importante !)

• Preparação antes da escalada: orientações médicas, informações sobre cultura local (tips !), etc, etc. para evitar e lidar com surpresas

• Guia e equipe bem preparados e experientes, atentos aos interesses do cliente

• Respeito às regras: sem gambiarras

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Dicas para um bom tour e deixar o turista feliz –

• Uma boa atração, devidamente empacotada. Uma pedra pode ser mais uma pedra ou algo espetacular .

• Você está vendendo experiências que seu cliente provavelmente não poderá repetir. Respeite isso.

• Mantenha as expectativas do cliente realistas. Não venda algo que tenha 1% de probabilidade de acontecer

• Sensibilidade aos interesses do cliente. Nem todo mundo quer ver criancinhas. Avalie se você pode adicionar tempero como falar sobre a história, cultura, geologia, gastronomia, etc da região.

• O guia é a peça fundamental: preparo, preparo e mais preparo. A pior coisa é um guia que sabe menos do que você e tenta te enrolar

• O guia tem que ter habilidades sociais para ser meio professor, meio showman, meio piadista, meio segurança e segurar as coisas quando imprevistos acontecem

• Logística adequada: nada melhor que carro/hospedagem/comida ; banheiro ruins para arruinar a melhor das experiências

• Ética e respeito para com os animais, os ambientes e as pessoas envolvidas na atividade.

• Bom custo-benefício – oferecer mais é melhor que cobrar menos

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Coisas a não fazer (ou como queimar seu filme)

• Não venda o que você não tem – a pior coisa é criar expectativas e

quebrá-las. Seja sincero e realista quando vender seu produto

• Logística improvisada– o jeitinho brasileiro é a coisa mais abominável do mundo e sinônimo de falta de profissionalismo

• Explorar o turista, e não o turismo. E explorar destrutivamente a área onde você trabalha

• Tourist traps – seu cliente pode não estar interessado em passar 5 minutos na atração que você vendeu e 5 horas em lojinhas de artesanato ou visitando alguma disneylândia étno-cultural

• Tratar recursos naturais de forma explorativa e destruidora – há quem ofereça “gastronomia nativa”, artesanato com partes de animais ou animais vivos. Isso é anti-ético. E inaceitável

• Turismo de massa – gente demais destrói qualquer experiência de estar in the wild.

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Obrigado