Gestão de projetos

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MANUAL

DE GESTÃO DE PROCESSOS

ORGANIZACIONAIS

DA SEFIN

Anexo II da Resolução nº 076/11

1ª Edição

Pinhais - PR

SECRETARIA DE FINANÇAS

MANUAL

DE GESTÃO DE PROCESSOS

ORGANIZACIONAIS

DA SEFIN

Francisco Xavier de Oliveira

Secretário de Finanças

Volume 1

1ª EDIÇÃO

Pinhais

Dezembro de 2011

EQUIPE TÉCNICA

COORDENAÇÃO GERAL

Edson Luiz Gelinski de Faria

EQUIPE TÉCNICA

Andreia Akemi Yto Saraiva

Eliane Inês Jacomel

Lincoln Américo de Souza Rodrigues

APOIO TÉCNICO

Ana Lusia Sayuri Yasuda

Edgar Fernão Bragança Bueno

Edilberto Mazon

Luiz Claudio Leonel

Marcelo Oneda

SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO .......................................................................................................... 1

2 PRINCÍPIOS PARA A GESTÃO DE PROCESSOS ORGANIZACIONAIS ...................... 3

3 OBJETIVOS DA GESTÃO DE PROCESSOS ................................................................. 4

4 BASES CONCEITUAIS ................................................................................................... 6

4.1 Gestão de Processos ............................................................................................ 6

4.2 Processo Organizacional ...................................................................................... 6

4.3 Categoria de Processos ........................................................................................ 7

4.3.1 Processos Gerenciais ................................................................................ 7

4.3.2 Processos Finalísticos ............................................................................... 8

4.3.3 Processos de Apoio ................................................................................... 8

4.4 Hierarquia de Processos ....................................................................................... 9

5 PRÉ-REQUISITOS DA GESTÃO DE PROCESSOS ......................................................15

5.1 Macro visão desse Passo ....................................................................................16

5.2 O que são os pré-requisitos da Gestão de Processos? ....................................16

5.3 Como atingir os pré-requisitos da Gestão de Processos? ................................17

5.3.1 Identificação de Multiplicadores ................................................................17

5.3.2 Perfil do Multiplicador ................................................................................17

5.3.3 Atribuições do multiplicador ......................................................................18

5.3.4 Participação de Colaboradores .................................................................18

5.3.5 Capacitação dos Multiplicadores ...............................................................19

5.3.6 Mobilização da Unidade Organizacional ...................................................20

5.4 Conclusão desse Passo .......................................................................................20

6 ELABORAÇÃO DO PLANO DE TRABALHO................................................................22

6.1 Macro visão desse Passo ....................................................................................23

6.2 O que é elaboração do plano de trabalho ...........................................................23

6.3 Como elaborar o plano trabalho? ........................................................................24

6.3.1 Priorização da Gestão de Processos ........................................................24

6.3.2 Definição do escopo de atuação ...............................................................24

6.3.3 Elaboração do Plano de Trabalho .............................................................25

6.3.4 Aprovação .................................................................................................26

6.4 Conclusão desse Passo .......................................................................................26

7 LEVANTAMENTO DAS ETAPAS E NORMAS ..............................................................27

7.1 Macro Visão desse Passo ....................................................................................28

7.2 O que é o levantamento? .....................................................................................28

7.3 Como fazer o levantamento? ...............................................................................29

7.3.1 Preparação ...............................................................................................29

7.3.2 Levantamento das Etapas .........................................................................29

7.3.3 Agrupamento das Etapas ..........................................................................33

7.3.4 Levantamento das Normas .......................................................................36

7.4 Conclusão desse Passo .......................................................................................39

8 IDENTIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS DO PROCESSO .................................................40

8.1 Macro Visão desse Passo ....................................................................................41

8.2 O que é a identificação dos elementos do processo? .......................................41

8.3 Como fazer a identificação dos elementos do processo? .................................42

8.3.1 Preparação ...............................................................................................42

8.3.2 Desenvolvimento ......................................................................................43

8.4 Conclusão desse Passo .......................................................................................45

9 DESENHO DOS FLUXOGRAMAS ATUAIS ..................................................................46

9.1 Macro Visão desse Passo ....................................................................................47

9.2 O que é fluxograma? ............................................................................................47

9.3 Como desenhar os fluxogramas? .......................................................................48

9.3.1 Seqüenciamento dos Processos ...............................................................48

9.3.2 Identificação dos atores ............................................................................48

9.3.3 Desenho do Fluxograma ...........................................................................49

9.4 Conclusão desse Passo .......................................................................................50

10 ÁRVORE DE SOLUÇÕES .............................................................................................51

10.1 Macro Visão desse Passo ....................................................................................52

10.2 O que é a árvore de soluções? ............................................................................52

10.3 Como fazer a árvore de soluções? ......................................................................52

10.3.1 Identificação do Problema: ........................................................................53

10.3.2 Análise de Causa e Efeito .........................................................................54

10.3.3 Detalhamento das causas dos problemas .................................................54

10.3.4 Análise e Priorização de Solução ..............................................................55

10.4 Conclusão desse Passo .......................................................................................56

11 MODELAGEM DO PROCESSO ....................................................................................57

11.1 Macro Visão desse Passo ....................................................................................58

11.2 O que é a modelagem?.........................................................................................58

11.3 Como fazer a Modelagem? ..................................................................................59

11.3.1 Identificação das Condições para Realização das Atividades ...................59

11.3.2 Análise e Melhoria das Atividades .............................................................62

11.3.3 Desenho do Novo processo ......................................................................65

11.4 Conclusão desse Passo .......................................................................................66

12 SISTEMA DE MEDIÇÃO DE DESEMPENHO ................................................................67

12.1 Macro Visão desse Passo ....................................................................................68

12.2 O que é o Sistema de Medição de Desempenho ................................................68

12.3 Como Implementar o Sistema de Medição de Desempenho? ...........................70

12.3.1 Construção do Sistema de Medição de Desempenho ...............................70

12.3.2 Aplicação do Sistema de Medição de Desempenho ..................................79

12.3.3 Avaliação do Sistema de Medição de Desempenho ..................................80

12.4 Conclusão desse Passo .......................................................................................84

13 PROPOSTA DE SIMPLIFICAÇÃO .................................................................................85

13.1 Macro Visão desse Passo ....................................................................................86

13.2 O que é a Proposta de Simplificação? ................................................................86

13.3 Como fazer a Proposta de Simplificação? ..........................................................86

13.4 Conclusão desse Passo .......................................................................................87

14 IMPLEMENTAÇÃO DO NOVO PROCESSO .................................................................88

14.1 Macro Visão desse Passo ....................................................................................89

14.2 O que é a Implementação do Novo Processo?...................................................89

14.3 Como realizar a Implementação do Novo Processo? ........................................89

14.3.1 Elaboração do Manual de Procedimentos .................................................90

14.3.2 Capacitação dos envolvidos no Novo Processo de Trabalho ....................91

14.3.3 Divulgação do Novo Funcionamento do Processo ....................................92

14.4 Conclusão desse Passo .......................................................................................93

15 FERRAMENTAS DE GESTÃO DE PROCESSOS .........................................................94

15.1 Ferramenta Informatizada de Apoio a Excelência Organizacional da SEFIN –

SE SUITE .......................................................................................................................94

15.2 Técnica de Moderação por Cartelas .................................................................. 103

15.2.1 O que é a Técnica? ................................................................................. 103

15.2.2 Condições para a aplicação da Técnica .................................................. 103

15.2.3 Aplicação da Técnica .............................................................................. 106

15.2.4 Modelo do painel ..................................................................................... 108

15.3 Método GUT (gravidade, urgência e tendência) ............................................... 109

15.3.1 O que o Método? .................................................................................... 109

15.3.2 Aplicação da Técnica de Moderação por Cartelas ao método GUT ........ 110

15.4 Fluxograma ......................................................................................................... 114

15.4.1 O que é um Fluxograma? ........................................................................ 114

15.4.2 Como o Fluxograma está estruturado? ................................................... 114

15.5 Modelo de Fluxograma ....................................................................................... 115

16 RESPONSABILIDADES .............................................................................................. 116

16.1 Comitê Gestor ..................................................................................................... 116

16.2 Unidades Organizacionais ................................................................................. 117

16.3 Multiplicadores ................................................................................................... 118

16.4 Responsáveis pelos Processos ........................................................................ 118

17 FORMULÁRIOS DO MANUAL DE GESTÃO DE PROCESSOS ................................. 119

17.1 Modelo de Cronograma ...................................................................................... 119

17.1.1 O que um Cronograma? ......................................................................... 119

17.1.2 Modelo de Cronograma de Encaminhamentos ....................................... 121

17.1.3 Modelo de Cronograma de Ações ........................................................... 121

17.2 Formulário de Identificação dos Elementos ..................................................... 122

17.3 Diagrama de Interação do Processo ................................................................. 123

17.4 Cadastro de Indicadores .................................................................................... 124

17.5 Aplicação de Indicadores ................................................................................... 125

18 RESUMO DO MANUAL SIMPLIFICADO ..................................................................... 126

19 GLOSSÁRIO ................................................................................................................ 128

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 1

1 APRESENTAÇÃO

O Programa Nacional de Desburocratização, criado em 1979 por Helio Beltrão, e

retomado em 2000, explicitou a necessidade do Estado combater os excessos das

exigências formais, muitas vezes, desnecessárias que atrasam ou muitas vezes impedem

os cidadãos de receberem serviços e terem seus direitos garantidos.

Em 2005, a criação do Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização,

resultado da fusão do Programa Qualidade no Serviço Público e do Programa Nacional de

Desburocratização, ratificou a necessidade de ações voltadas à desburocratização, e uniu

esforços ao antigo Programa da Qualidade no Serviço Público, na busca da melhoria da

qualidade dos serviços públicos prestados aos cidadãos e no aumento da competitividade

do País.

Nesse contexto, a Desburocratização passou a assumir duas vertentes de ações. A

primeira, voltada ao seu sentido original de desregulamentação de normas (leis, decretos,

portarias, atos normativos, etc.) que interferem de maneira exagerada nas relações de

direito e obrigações entre Estado e cidadão. A segunda, voltada à simplificação de

processos, procedimentos, rotinas ou atividades, gerando fluxos desconexos na

tramitação de documentos que não agregam qualquer valor ao serviço prestado pelo

Estado.

O presente Manual de Gestão de Processos Organizacionais foi elaborado para auxiliar

as Unidades da Secretaria Municipal de Finanças na simplificação de seus processos e

normas, de forma a proporcionar a melhoria da qualidade de seus serviços.

O Manual deve ser entendido como uma ferramenta de trabalho, eminentemente prática,

para realizar a análise e melhoria de processos organizacionais.

Para tanto, procurou-se condensar, de maneira didática, todas as etapas relevantes para

a condução desse tipo de trabalho.

O presente documento está organizado em uma sequência lógica de 10 passos,

subdivididos em 4 grandes etapas.

I - Planejamento: trata do arranjo das condições para iniciar o trabalho de gestão dos

processos organizacionais, como formação e capacitação da equipe e mobilização da

Secretaria, e ainda, da elaboração do Plano de trabalho que deverá desembocar no

processo de trabalho priorizado a ser analisado.

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

2 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

II – Mapeamento: trata do início do trabalho de simplificação, em que serão levantadas

as etapas e normas e desenhado o atual fluxo dos processos organizacionais,

descrevendo, insumo e demais informações necessárias ao entendimento uniforme dos

processos por todos os evolvidos, em conformidade com a metodologia e ferramenta

selecionada.

III – Monitoramento e Avaliação: a etapa do monitoramento e avaliação compreende o

acompanhamento do andamento dos processos com coleta de dados para avaliação, com

a finalidade de mensurar a eficiência e a eficácia na execução dos mesmos, indicando

correções ou melhorias, de forma a subsidiar a etapa de redesenho dos processos.

IV - Redesenho: a etapa do redesenho (simplificação) consiste em desenhar uma

situação futura ideal a partir do diagnóstico realizado, buscando uma correção, melhoria

ou inovação no processo, que possibilite aperfeiçoar a eficiência, a eficácia e a

adaptabilidade da situação atual existente

Para auxiliar a execução de cada uma das etapas, foram sugeridas técnicas de condução

de trabalhos em grupo e priorização, denominados de ferramentas, e também, formulários

que auxiliam no registro das informações geradas.

Com o apoio do material aqui proposto, espera-se que os Diretores tenham efetivamente

condições de desenvolver trabalhos de simplificação no âmbito dos seus respectivos

departamentos. Ao mesmo tempo, tão importante quanto aplicar o conhecimento disposto

no Manual, espera-se que os envolvidos com esse trabalho possam ceder parte do seu

tempo para multiplicar esse conhecimento e capacitar outros órgãos interessados.

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 3

2 PRINCÍPIOS PARA A GESTÃO DE PROCESSOS

ORGANIZACIONAIS

A gestão de processos organizacionais se baseia em alguns princípios que norteiam o

desenvolvimento das ações e encontram-se representados a seguir;

I. Satisfação dos clientes: um processo projetado corretamente considera as

necessidades, perspectivas e requisitos dos clientes internos e externos. É preciso

conhecê-los para que o processo seja projetado de modo a produzir resultados que

satisfaçam as necessidades do cliente.

II. Gerência participativa: a liderança da Secretaria deve procurar conhecer e avaliar

a opinião dos seus colaboradores envolvidos no assunto em questão. Esse

aspecto é importante para que as ideias sejam discutidas e o melhor desempenho

seja alcançado para um processo.

III. Desenvolvimento humano: é com base no conhecimento, nas habilidades, na

criatividade, na motivação e na competência das pessoas que se pode chegar à

melhor eficiência, eficácia e efetividade da Secretaria. O sucesso das pessoas, por

sua vez, depende cada vez mais de oportunidade para aprender e de ambiente

favorável ao pleno desenvolvimento de suas potencialidades.

IV. Metodologia padronizada: é importante ser fiel aos padrões e à metodologia

definida, que poderá ser constantemente melhorada, e persistir na sua aplicação,

para evitar desvios de interpretação e alcançar os resultados esperados.

V. Melhoria contínua: o comprometimento com o aperfeiçoamento contínuo é o

principal objetivo da gestão de processos organizacionais. A melhoria do

desempenho dos processos com foco no resultado deve ser um dos objetivos

permanentes da Secretaria.

VI. Informação e Comunicação: disseminar a cultura, divulgar os resultados e

compartilhar a informação internamente é fundamental para o sucesso da gestão

de processos.

VII. Busca de excelência: no caminho para a excelência os erros devem ser

minimizados e as suas causas eliminadas, mas sempre considerados como a

melhor oportunidade de acerto. É preciso a definição clara do que é certo para se

traçar os objetivos da gestão de processos organizacionais.

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

4 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

3 OBJETIVOS DA GESTÃO DE PROCESSOS

A gestão de Processos Organizacionais da SEFIN tem como objetivo a implementação de

rotinas que promovam a sistematização, monitoramento, avaliação e implantação de

melhorias nos diferentes processos organizacionais desenvolvidos pela Secretaria, no

cumprimento de sua missão institucional, e compreende:

I. Conhecer e mapear os processos organizacionais desenvolvidos pela Secretaria e

disponibilizar as informações sobre elas, promovendo a sua uniformização e

descrição em manuais;

II. Identificar, desenvolver e difundir internamente metodologias e melhores práticas

da gestão de processos;

III. Promover o monitoramento e a avaliação de desempenho dos processos

organizacionais, de forma contínua, mediante a construção de indicadores

apropriados; e

IV. Implantar melhorias nos processos, visando a alcançar maior eficiência, eficácia e

efetividade no seu desempenho.

A implementação permanente da gestão de processo contribuirá para:

I. Proporcionar um modelo de gestão integrado, a partir de uma visão sistêmica dos

processos, com foco em resultados, referenciados nas necessidades de todos os

envolvidos e nas diretrizes estratégicas da Secretaria;

II. Difundir o conhecimento institucional, com a disponibilização de informações sobre

os processos desenvolvidos pela Secretaria;

III. Otimizar a utilização dos recursos da Secretaria, sejam materiais, humanos ou

financeiros, no desempenho das suas atribuições;

IV. Subsidiar a identificação das competências requeridas para a operacionalização

dos processos, promovendo a alocação adequada dos profissionais, segundo o

seu perfil;

V. Orientar eventuais propostas de revisão da estrutura organizacional, visando a

melhor operacionalização dos processos; e

VI. Criar condições para promover adequações decorrentes de mudanças no ambiente

externo.

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 5

Processo é base de

análise para:

Custeio por Atividades

Sistemas de Informação

Gestão de Documentos

Workflow

Documentar / especificar sistemas

CertificaçõesGestão de

Competências

Calcular necessidades de recursos

Balanced Scorecard

Gestão de Riscos

Desenvolver Modelos de Referência

A figura abaixo ilustra os diversos objetivos que podem ser focados com a gestão de

processos organizacionais:

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

6 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

4 BASES CONCEITUAIS

Há sempre um modo complicado de abordar as coisas

mais simples e um modo mais simples de abordar as

coisas mais complicadas. Eu prefiro o segundo estilo.

Hélio Beltrão

4.1 Gestão de Processos

Toda organização desenvolve, no seu cotidiano, inúmeras atividades rotineiras, que

levam à produção dos mais variados resultados na forma de produtos e serviços. Tais

atividades, devido à sua natureza e à dos resultados gerados, podem ser enquadradas na

forma de processos organizacionais que, de forma integrada, trabalham no sentido de

promover a consecução dos objetivos principais da organização, diretamente

relacionados a sua missão.

A Gestão de Processos Organizacionais significa que os processos da Secretaria estão

sendo monitorados avaliados e revisados, com foco na melhoria e no alcance dos

objetivos da organização.

4.2 Processo Organizacional

Processo organizacional é um conjunto de atividades logicamente inter-relacionadas, que

envolve pessoas, equipamento, procedimentos e informações e, quando executadas,

transformam entradas em saídas, agregam valor e produzem resultados repetidas vezes.

Esse conceito traz a ideia de processo como fluxo de trabalho – com insumos e

produtos/serviços claramente definidos e atividades que seguem uma sequência lógica e

que dependem umas das outras numa sucessão clara – denotando que os processos têm

início e fim bem determinados e geram resultados para os clientes internos e usuários do

serviço.

Um processo organizacional se caracteriza por:

Ter claras as fronteiras (Início e Fim) e seu objetivo;

Ter claro aquilo que é transformado na sua execução;

Definir como ou quando (circunstância) uma atividade ocorre;

Ter um resultado específico;

Listar os recursos utilizados para a execução da atividade;

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 7

Ter gerenciabilidade, ou seja, responsável definido e problemas conhecidos e

acompanhados;

Ter efetividade quanto às relações com usuários e fornecedores e seus requisitos

são claramente definidos;

Ter transferibilidade, ou seja, ser devidamente documentado;

Ser mensurável, possuindo pontos de controle e medidas de eficácia/eficiência;

Ter alterabilidade por meio de mecanismos de feedback para melhoria; e

Permitir o acompanhamento ao longo da execução.

Processo é um conjunto de recursos e atividades inter-relacionadas ou interativas que

transformam insumos (entradas) em serviços/produtos (saídas). Esses processos são

geralmente planejados e realizados para agregar valor.

4.3 Categoria de Processos

Os processos organizacionais na SEFIN são classificados em três categorias:

4.3.1 Processos Gerenciais

São aqueles ligados à estratégia da Secretaria. São processos gerenciais ou de

informação e de decisão, que estão diretamente relacionados à formulação de políticas e

diretrizes para o estabelecimento e consecução de metas; bem como ao estabelecimento

de métricas (indicadores de desempenho) e às formas de avaliação dos resultados

ORGANIZAÇÃO

Insumos Processos Produtos

Missão

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

8 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

alcançados interna e externamente à Secretaria (planejamento estratégico, gestão por

processos e gestão do conhecimento são exemplos de processos gerenciais).

4.3.2 Processos Finalísticos

Referem-se à essência do funcionamento da Secretaria. São aqueles que caracterizam a

atuação da Secretaria e recebem apoio de outros processos internos, gerando o

produto/serviço para o cidadão-usuário. Os processos organizacionais enquadrados nesta

categoria estão diretamente relacionados ao objetivo da SEFIN. Em um Órgão Público,

um típico processo finalístico poderia ser o de Prestação de Serviços ao Cidadão

(emissão de certidões e/ou alvarás, pagamentos, fiscalização e outros).

4.3.3 Processos de Apoio

Geralmente, produzem resultados imperceptíveis ao usuário, mas são essenciais para a

gestão efetiva da organização, garantindo o suporte adequado aos processos finalísticos.

Estão diretamente relacionados à gestão dos recursos necessários ao desenvolvimento

de todos os processos da instituição. Os seus produtos e serviços se caracterizam por

terem como clientes, principalmente, elementos pertinentes ao sistema (ambiente) da

organização (contratação de pessoas, aquisição de bens e materiais, desenvolvimento de

tecnologia da informação e execução orçamentário-financeira).

Dentre os processos finalísticos e de apoio encontram-se processos denominados

processos críticos que são aqueles de natureza estratégica para o sucesso institucional.

SECRETARIA DE FINANÇAS

Processos Finalísticos

Missão

Processos de Apoio

Processos

Críticos

ECOSSISTEMA

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 9

Características básicas das duas categorias de Processo:

FINALÍSTICOS APOIO

São ligados à essência do funcionamento da Secretaria;

São suportados por outros processos internos;

Resultam no produto ou serviço que é recebido pelo cliente.

São centrados na Secretaria e/ou nos gerentes;

Viabilizam o funcionamento coordenado dos vários subsistemas da Secretaria;

Garantem o suporte adequado aos processos finalísticos;

Estão relacionados aos processos decisórios de informações;

Incluem ações de medição e ajuste do desempenho da Secretaria.

4.4 Hierarquia de Processos

Hierarquicamente, os processos podem se apresentar da seguinte forma:

I. Cadeia de Valor Agregado: Processos Superiores que apresentam uma macro-

visão da Secretaria. Exemplo:

01

Decisório

Cadeia de Valor

SEFIN

02 03 04

Processo Gerencial

05

Planejamento e Gestão Administrativa Processo Apoio

Processo Finalístico

Gestão de Recursos Financeiros

Gestão de Relacionamento com Cidadãos-

Usuários

Gestão da Excelência Organizacional

Entradas Saídas

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

10 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

II. Macro-Processo: É um processo que geralmente envolve mais de uma função

organizacional e cuja operação tem impacto significativo no modo como a

Secretaria funciona. Exemplo:

III. Processo: É um conjunto de operações de alta complexidade (sub-processos,

atividades e tarefas distintas e interligadas), visando cumprir um objetivo

organizacional específico. Exemplo:

02 02.01 02.02 02.03

Aperfeiçoar o Processo de Execução

Tributária

Gerir as Fontes de

Receita Externas

Gestão de Recursos Financeiros

Otimizar a Aplicação de Recursos com foco

nos Resultados

02.01 02.01.01 02.01.02 02.01.03 02.01.04 02.01.05

Manter Cadastro Fiscal

Atualizado

Lançar IPTU

Aperfeiçoar o Processo de Execução

Tributária

Fiscalizar ISS

Conceder/Autorizar Alvarás

Lançar Contribuição de Melhorias

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 11

IV. Sub-processo: É um conjunto de operações de média e alta complexidade

(atividade e tarefas distintas e interligadas), realizando um objetivo específico em

apoio a um processo. Exemplo:

02.01.02 02.01.02.01 02.01.02.02 02.01.02.03 02.01.02.04 02.01.02.05 02.01.02.06

Revisar a Planta Genérica de Valores

Licitar Talões

Lançar IPTU

Atualizar Base de Dados

Simular Cálculo do Imposto

Gerar Talões

Logística de Entrega

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

12 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

V. Atividades: São operações ou conjuntos de operações de média complexidade

que ocorrem dentro de um processo ou sub-processo, geralmente desempenhadas

por uma unidade organizacional determinada e destinada a produzir um resultado

específico. Exemplo:

Início

Depto. Compras

analisar o pedido e

seus anexos.

Unidade elabora o Pedido de

Licitação: requisição ao compras,

termo de referência, 03 cotações, etc.

Há necessidade de

Saneamento

Encaminhar à unidade

requisitante para

sanear.

Sim

Depto. de Orçamento

para reserva

orçamentária.

Não

CPL para elaborar a

minuta do instrumento

convocatório

O Prefeito autoriza

a Licitação

Não

Sim

Unidade requisitante

para análise e

aprovação

Há recomendação/

dúvidas?

À CPL para realizar

as alterações.Sim

À CPL para elaborar o edital definitivo,

contrato e demais anexos.

Não

À Procuradoria Geral para

análise e parecer.

Encerramento da fase interna e tem

início a fase externa da licitação.

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 13

VI. Tarefas: Conjunto de trabalhos a serem executados, envolvendo rotina,

dificuldades, esforço ou prazo determinado; nível imediatamente inferior a uma

atividade. Exemplo:

A figura a seguir demonstra essa hierarquia:

A aplicação do Manual de Gestão de Processos pode-se dar em qualquer uma das

categorias de processo mencionadas, a depender do escopo de atuação definido pelos

responsáveis pelo trabalho.

Essa visão sistêmica somente será possível quando

a simplificação dos processos ocorrer em toda a

Secretaria.

CADEIA DE VALOR

MACRO-PROCESSO

PROCESSO

SUBPROCESSO

ATIVIDADES

TAREFAS

Plano Anual de Ações 2012 SE SUITE

O.M. Oportunidade

de Melhoria

Tarefa/

Ordem de Serviço Ação

Análise do

Contratante

Análise do

Comitê Gestor

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

14 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

Nos exemplos apresentados neste documento, adotou-se o grau de maior detalhamento

que abrange o nível das atividades. Para tanto, foi considerado um processo

organizacional da categoria processo de apoio pertinente a todos os Órgãos e Entidades

Públicos, denominado Processo de Licitação, o qual será utilizado na sequência lógica

dos 10 passos para o Planejamento, Mapeamento, Monitoramento e Avaliação e

Redesenho das melhorias identificadas nas respectivas etapas e atividades para a

Simplificação dos Processos.

Portanto, na aplicação do Manual, quando o Órgão optar por um nível de detalhamento

diferente do exemplificado, basta transportar os conceitos apresentados para o nível do

processo e/ou sub-processo, de forma que se garanta o entendimento e uma visão

sistêmica dos processos organizacionais que se pretende mapear.

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 15

5 PRÉ-REQUISITOS DA GESTÃO DE PROCESSOS

Gestão de Processos Organizacionais

Pla

ne

jam

en

to

Ma

pea

men

to

Mo

nito

ram

en

to

e A

valia

çã

o

Red

esen

ho

Painel de Bordo

- Resultados: Multiplicadores capacitados para implementação do Manual.

Pré-requisitos da Gestão de

Processos Mapeamento

Elaboração do Plano de Trabalho

Monitoramento e Avaliação

Identificação dos Elementos do

Processo

Desenho dos Fluxogramas

Atuais

Redesenho Modelagem do

Processo

Sistema de Medição de

Desempenho

Árvore de Soluções

Proposta de Simplificação

Fim Implementação

do Novo Processo

Levantamento das Etapas e

Normas

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

16 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

5.1 Macro visão desse Passo

ENTRADAS PROCESSOS SAÍDAS

- E1-PRG: Informações básicas sobre a estrutura organizacional e seus processos;

- E2-PRG: Nomes de interessados e/ou indicadores para compor a equipe;

- E3-PRG: Quadro de perfil e atribuições;

- E4-PRG: Nomes dos participantes do curso de capacitação;

- E5-PRG: Material didático;

- E6-PRG: Conteúdo sobre

Programa Nacional de Gestão

Pública e desburocratização e

sobre Gestão de Processos

Organizacionais.

- S1, S2 e S3-PRG: Equipe de Multiplicadores formatada;

- S4 e S5-PRG: Participantes

capacitados:

Multiplicadores para

utilização e

implementação do Manual

(E1-EPT);

Outros interessados: para

favorecer a Gestão de

Processos no Órgão.

- S6-PRG: Conhecimentos

básicos sobre o Programa

Nacional de Gestão Pública e

Desburocratização e sobre a

Gestão de Processos

Organizacionais disseminados.

Legenda:

1) Enº: Entrada, número de entrada;

2) PRG: Pré-requisitos da Gestão de Processos Organizacionais;

3) EPT: Elaboração do Plano de Trabalho;

4) Snº: Saída, número da saída

Exemplo:

- E1 – PRG: Entrada 1 da etapa de Pré-requisitos da Gestão de Processos Organizacionais

5.2 O que são os pré-requisitos da Gestão de Processos?

São as condições necessárias que devem ser criadas para que se possa iniciar o

processo de Gestão de Processos Organizacionais.

Para o sucesso da Gestão de Processos Organizacionais, é importante que se atente

para o cumprimento de tais condições, sem as quais inviabiliza-se todo o processo, são

elas:

Formar Multiplicadores

Capacitar Multiplicadores

Fim

Mobilizar a Organização

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 17

Multiplicadores: consiste em instituir o grupo de facilitadores responsável

pela condução dos trabalhos de Gestão de Processos Organizacionais nas unidades

organizacional;

Capacitação dos Multiplicadores: consiste em tornar os Multiplicadores

hábeis na implementação das etapas de Gestão de Processos Organizacionais

apresentadas neste Manual;

Mobilização da Secretaria: consiste na realização de ações para

compartilhamento dos conceitos acerca do Programa Nacional de Gestão Pública e

Desburocratização e para despertar nos servidores a disposição e a abertura para

atuarem de forma participativa na consecução das etapas de Gestão de Processos

Organizacionais.

5.3 Como atingir os pré-requisitos da Gestão de Processos?

Por meio da identificação dos Multiplicadores, da sua capacitação e da mobilização da

secretaria. Processos que serão descritos a seguir.

5.3.1 Identificação de Multiplicadores

São três as formas de se identificar os colaboradores que serão Multiplicadores

por escolha da alta administração; ou

por verificação daqueles que mais se identificam com os papéis a serem

desempenhados; ou

pelo setor que esteja engajado com a Gestão de Processos Organizacionais.

5.3.2 Perfil do Multiplicador

O Multiplicador é o agente fundamental e facilitador do processo da Gestão de Processos

Organizacionais. Durante a condução das ações de Simplificação, terá o importante papel

de atuar junto a pessoas que executam as atividades relacionadas direta ou indiretamente

com o processo que será simplificado.

O Multiplicador tem o importante papel de atuar como entusiasta da Gestão de Processos

Organizacionais, despertando o interesse dos demais colaboradores da Unidade

Organizacional e disseminando os benefícios que a Gestão de Processos

Organizacionais pode trazer para eles próprios e para o cidadão, estando sempre alertas

para servirem como fonte de recebimento e disseminação de informações, mesmo após a

implementação do Manual Gestão de Processos Organizacionais.

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

18 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

Perfil exigido e desejado para os Multiplicadores:

Perfil do Multiplicador

Exigido Desejado

- ter acesso à alta administração;

- ter disponibilidade de tempo;

- ter acesso às informações da Secretaria;

- conhecer sua responsabilidade como facilitador, responsável pela condução dos trabalhos.

- ter credibilidade junto aos demais colaboradores da Secretaria.

5.3.3 Atribuições do multiplicador

Atribuições do Multiplicador

- ter acesso à alta administração;

- ter disponibilidade de tempo;

- planejar e conduzir as ações de mobilização da unidade organizacional para implementação das etapas da Gestão de Processos Organizacionais;

- viabilizar a realização das etapas de Gestão de Processos previstas no Manual;

- articular com a Alta Administração da Unidade Organizacional e demais áreas, buscando apoio para

implementação das etapas previstas no Manual;

- compartilhar os conhecimentos adquiridos nas etapas de Gestão de Processos com outros órgãos interessados;

- identificar “casos de sucesso” da Gestão de Processos Organizacionais em outros órgãos e

disseminar junto aos demais multiplicadores;

- planejar a condução das reuniões de trabalho, tendo em mente os objetivos a serem alcançados, a formação de subgrupos de trabalho e a estética adequada para fixação de cartelas nos painéis, a topografia ideal (layout);

- providenciar a digitação do material produzido nas reuniões de trabalho;

- cuidar da guarda da memória das reuniões;

- planejar a melhor forma de divulgação dos resultados alcançados.

5.3.4 Participação de Colaboradores

É importante lembrar que a proposta de Gestão de Processos Organizacionais pretende

lançar um olhar cuidadoso sobre os aspectos de análise e melhoria dos processos, que

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 19

revelam não apenas sua dimensão operacional, mas também, e, principalmente, seus

conteúdos mais intrínsecos, agregando valor aos conhecimentos disponíveis.

Quando se propõe a suscitar e desenvolver conteúdos dessa ordem, não se pode pensar

em fazê-lo sozinho, pois eles são diversos e podem extrapolar a competência e a esfera

de atuação de quem pretende trabalhar com eles.

Nesse contexto, será necessária a atuação dos Responsáveis das diversas áreas que

influenciam direta ou indiretamente sobre os processos de trabalho que serão estudados.

Esses representantes desempenharão o papel de apoio à Gestão de Processos

Organizacionais junto aos Multiplicadores. Algumas áreas que podem contribuir são a:

jurídica, a de informática, a financeira, dentre outras. Escolhido o Multiplicador, deve-se

promover a sua legitimação perante os demais multiplicadores das outras unidades

organizacionais da Secretaria, uma vez que eles desempenharão suas atividades

mantendo contato direto com toda estrutura organizacional.

5.3.5 Capacitação dos Multiplicadores

A implantação da equipe de Multiplicadores e sua consequente legitimação para as ações

da Gestão de Processos Organizacionais são efetivadas após seus membros passarem

por um treinamento que deverá ser oferecido pelo Comitê Gestor, para o uso do software

de gestão de processos.

5.3.5.1 Quem deve participar do Treinamento?

Devem participar do treinamento:

todos os membros da equipe de Multiplicadores;

qualquer outro colaborador ou interessado.

O público-alvo do treinamento é a equipe de Multiplicadores, portanto, todos os seus

membros devem ser capacitados.

Outros colaboradores ou interessados podem ser incluídos no treinamento de Gestão de

Processos Organizacionais. Isso facilitará a inserção dos novos conceitos na cultura

organizacional.

Quanto maior o número de colaboradores capacitados, maiores as chances de

implementação das melhorias necessárias.

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

20 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

5.3.6 Mobilização da Unidade Organizacional

5.3.6.1 Articulação política e motivação

Um dos papéis decisivos a ser desempenhado pelo Comitê Gestor e a equipe de

Multiplicadores é o de articular e motivar o desenvolvimento das ações de Gestão de

Processos Organizacionais, no sentido de compartilharem experiências e casos de

sucesso para fortalecer as iniciativas de desburocratização no órgão e envolver os

interessados. Para tanto, várias atividades podem ser desenvolvidas, tais como:

iniciar uma campanha de divulgação interna nas unidades organizacionais;

realizar um seminário para compartilhamento das informações e motivação dos

interessados;

preparar cartazes, folders e/ou mensagens pela internet/intranet;

formar grupos de discussão (virtuais ou não), etc.

O princípio fundamental que irá reger os trabalhos de Gestão de Processos

Organizacionais será o da Construção Conjunta. O Comitê Gestor e a equipe de

Multiplicadores, durante todas as etapas do trabalho, deverão desempenhar o importante

papel de disseminar tal princípio.

As ações conjuntas visam proporcionar o ambiente favorável à participação de todos os

indivíduos da Secretaria, de forma que, ao exporem suas ideias, sintam-se respeitados e

incluídos no processo e que, ao final dos trabalhos, vejam suas contribuições refletidas no

resultado alcançado pelo grupo.

Assim, todos na Secretaria podem e devem participar, colaborando com informações e

experiências adquiridas acerca do processo que será simplificado.

Desse modo, pretende-se estabelecer, na Secretaria, um ambiente favorável à introdução

das etapas de Gestão de Processos Organizacionais, oferecendo oportunidades aos

servidores para ampliação de sua compreensão a respeito do tema desburocratização e

mobilizando-os para que se tornem agentes da mudança organizacional, no que diz

respeito à implementação das etapas do Manual.

5.4 Conclusão desse Passo

Os resultados desta etapa são:

Multiplicadores capacitados; e

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 21

Nivelamento dos conhecimentos básicos acerca da Gestão de Processos

Organizacionais entre os colaboradores da Secretaria, como meio de despertar seu

interesse pela implementação das ações de Gestão de Processos no âmbito de

seu campo de atuação.

Com os pré-requisitos estabelecidos, poder-se-ão iniciar os trabalhos de Gestão de

Processos Organizacionais, a partir da implementação da etapa de Elaboração do Plano

de Trabalho.

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

22 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

6 ELABORAÇÃO DO PLANO DE TRABALHO

Gestão de Processos Organizacionais

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Painel de Bordo

- Formulário: Cronograma ou Plano de Trabalho

- Resultados: Plano de Trabalho da Gestão de Processos da SEFIN elaborado

Elaboração do Plano de Trabalho

Mapeamento

Pré-requisitos da Gestão de

Processos

Monitoramento e Avaliação

Identificação dos Elementos do

Processo

Desenho dos Fluxogramas

Atuais

Levantamento das Etapas e

Normas

Redesenho Modelagem do

Processo

Sistema de Medição de

Desempenho

Árvore de Soluções

Proposta de Simplificação

Fim Implementação

do Novo Processo

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 23

6.1 Macro visão desse Passo

ENTRADAS PROCESSOS SAÍDAS

- E1-EPT: Nomes dos

colaboradores envolvidos na

Gestão de Processos

Organizacionais;

- E2-EPT: Oportunidades de

Melhoria já identificadas, acerca

de um processo;

- E3-EPT: Pesquisas internas

e/ou externas.

- S1, S2 e S3-EPT: Plano de

Trabalho elaborado e aprovado,

contendo (E1-LEN):

Processo Priorizado;

Escopo de Atuação da

equipe de multiplicadores;

Nomes dos colaboradores

envolvidos com o

processo priorizado.

Legenda:

1) Enº: Entrada, número de entrada;

2) EPT: Elaboração do Plano de Trabalho;

3) LEN: Levantamento de Etapas e Normas;

4) Snº: Saída, número da saída

6.2 O que é elaboração do plano de trabalho

Consiste no planejamento de ações a serem desenvolvidas, visando formalizar e

acompanhar o processo de implementação da Gestão de Processos da SEFIN.

O plano de trabalho é o documento que deve refletir na íntegra o que será realizado e que

direcionará todas as ações do Multiplicador. É, na verdade, o planejamento tático e

estratégico de implementação das fases de Gestão de Processos Organizacionais.

Além de servir como instrumento de controle gerencial, o plano deverá ser validado por

parte da direção do órgão e das pessoas-chave para que as ações de simplificação da

Equipe de Multiplicadores tenham legitimidade e, de fato, possam ser implementadas.

Priorizar Processo a ser

Simplificado

Definir Escopo de Atuação

Fim

Elaborar Plano de Trabalho

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

24 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

6.3 Como elaborar o plano trabalho?

Um plano de trabalho deve contemplar as ações necessárias para se obter o resultado

final, com referências claras aos prazos estimados para a sua execução, e aos recursos

necessários

O Multiplicador é o responsável imediato pela elaboração do plano de trabalho, podendo

ainda ser acompanhada pelos colaboradores envolvidos, direta ou indiretamente, nos

processos de trabalho.

6.3.1 Priorização da Gestão de Processos

É a escolha consensual do(s) processo(s) organizacional(is) que deverá(ão) ser

simplificado(s), priorizando os casos mais críticos, que necessitem de uma intervenção

imediata.

Cabe ressaltar que o trabalho de priorização não deve focar problemas, mas sim os

Processos Organizacionais, pois entende-se que aqueles são uma conseqüência de

um processo mal definido e/ou mal desenhado. Logo, a partir do momento em que

se identifica o processo de trabalho que deverá ser submetido à análise de

simplificação, pressupõe-se que os problemas dele decorrentes serão tratados à

medida que se implementa a Gestão de Processos Organizacionais.

O principal critério de priorização é a constatação de alguma oportunidade de melhoria

relativa a um processo que a alta-administração tem manifestado interesse em aprimorar

e/ou inovar.

Se já existirem tais oportunidades identificadas e/ou definidas, elas deverão

necessariamente ser priorizadas, não necessitando da utilização de nenhuma técnica

e/ou ferramenta específica para isso. Acontecendo de a unidade organizacional não ter

clareza sobre o que deve ser priorizado, o Multiplicador poderá proceder a priorização da

Simplificação utilizando-se do método G.U.T, associado à Técnica de Moderação por

Cartelas ou Visualização Móvel . Vide instruções de uso no item 15 deste Manual.

6.3.2 Definição do escopo de atuação

Quando da discussão dos processos de trabalho a serem priorizados é importante

começar a delimitar a abrangência da ação de Simplificação a ser executada. Aqui, deve-

se considerar se o processo será trabalhado integralmente ou em partes específicas.

Ainda, deve-se verificar se o processo priorizado tem impacto em outros órgãos, por

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 25

exemplo, secretarias ou procuradoria, tornando necessária a articulação com tais

agentes, na busca de apoio para a Simplificação.

Lembre-se de que: um processo organizacional abrange várias

áreas/departamentos/setores do órgão, logo, há que se mobilizar

todos os envolvidos com o processo, para que se alcance sucesso

com a Simplificação.

Uma experiência piloto é recomendável, pois agrega

conhecimento e desenvolve habilidades para o Multiplicador e

em todos os agentes envolvidos além de possibilitar o

aprimoramento da metodologia de Simplificação com a troca de

vivências, além de possibilitar a visualização de todo o

processo de Simplificação por meio da implementação rápida

de seus passos.

6.3.3 Elaboração do Plano de Trabalho

Basicamente, o Plano de Trabalho deverá tratar das seguintes questões:

I - Objetivo: mostra em que consiste e qual é o objetivo da Gestão de Processos

Organizacionais a ser aplicada no caso concreto, ou seja, processo organizacional

priorizado e escopo de atuação definido;

II - Justificativa: explica a importância do processo de Gestão de Processos

Organizacionais, indicando qual foi o processo priorizado e por que ele foi escolhido,

apresentando os fatos que levaram a tal priorização. Neste tópico, podem ser

apresentados dados estatísticos (históricos), que consubstanciem a priorização do

processo. Pode-se dizer que é a venda da ideia, pois é na justificativa que se explicitam

os motivos pelos quais se optou por fazer a Simplificação do Processo priorizado;

III - Cronograma de Ação: neste item, são definidos os responsáveis e os prazos para

execução. Deve contemplar cada uma das etapas de Simplificação propostas no Manual;

IV - Estimativa de Custo: é importante que se apresente quais os custos de

implementação da Gestão de Processos Organizacionais. Deve-se considerar a

necessidade de contratação ou não de equipe externa, tanto para atender em caráter

consultivo quanto para execução dos trabalhos; além dos custos com aquisição de

materiais, com viagens, se for o caso, com melhoria das condições de trabalho e outros.

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

26 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

6.3.4 Aprovação

Terminada a elaboração do Plano, o Multiplicador deverá submetê-lo ao Comitê Gestor

para que seja aprovado, o que permitirá o início dos trabalhos de implementação do plano

e sua divulgação.

6.4 Conclusão desse Passo

O resultado desse passo é o Plano de Trabalho da unidade organizacional. Após sua

aprovação, o Multiplicador procederá à preparação do Levantamento das Etapas e

Normas, que é o passo inicial da Fase de Gestão de Processos, o Mapeamento do

Processo de Trabalho, definidos pela Norma de Organização da SEFIN nº 01.

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 27

7 LEVANTAMENTO DAS ETAPAS E NORMAS

Gestão de Processos Organizacionais

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Painel de Bordo

- Formulário: Identificação dos elementos do processo

- Resultados: Relação das atividades com as respectivas etapas e das normas aplicáveis ao processo de

trabalho.

Levantamento das Etapas e

Normas

Mapeamento Elaboração do

Plano de Trabalho

Monitoramento e Avaliação

Identificação dos Elementos do

Processo

Desenho dos Fluxogramas

Atuais

Pré-requisitos da Gestão de

Processos

Redesenho Modelagem do

Processo

Sistema de Medição de

Desempenho

Árvore de Soluções

Proposta de Simplificação

Fim Implementação

do Novo Processo

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

28 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

7.1 Macro Visão desse Passo

ENTRADAS PROCESSOS SAÍDAS

- E1-LEN: Plano de Trabalho

elaborado e aprovado, contendo

(S1-EPT):

Processo Priorizado;

Escopo de Atuação da

equipe de Multiplicadores;

Nomes dos colaboradores

envolvidos com o

processo priorizado.

- E2-LEN: Informações sobre a

incidência ou não de norma

legal, sobre o processo

priorizado.

- S1-LAN Atividades

identificados, com suas etapas

agrupadas e ordenadas (E1-P);

- S2-LEN Relação das normas

legais aplicáveis ao processo de

trabalho (E1-ARS);

- S3-LEN Relação das

sugestões de melhoria

identificadas durante esse passo

(E2-ARS).

Legenda:

1. Enº: entrada, número da entrada;

2. LEN: Levantamento de Etapas e Normas;

3. EPT: Elaboração do Plano de Trabalho;

4. IEP: Identificação dos Elementos do Processo;

5. ARS: Árvore de Soluções;

6. Snº: saída, número da saída.

7.2 O que é o levantamento?

O levantamento consiste na identificação das etapas que compõem o processo

organizacional priorizado, bem como das normas utilizadas em seu desenvolvimento,

culminando na identificação das atividades que compõem o processo de trabalho em

estudo.

Esse passo é de fundamental importância, pois é nele que se inicia o processo de

conhecimento acerca do que se faz. Tem o objetivo de possibilitar a visualização das

etapas por quem às executa, bem como a observação das normas que norteiam o

trabalho, de forma a abrir um espaço de reflexão no tocante ao fazer diário relacionado

com o processo organizacional que foi estabelecido como prioridade.

Levantar as Etapas

Agrupar as Etapas

Fim

Levantar as Normas

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 29

A maneira mais prática de se alcançar os objetivos desse passo é respondendo às

perguntas:

Quais as etapas que você executa para dar conta de desenvolver o processo priorizado?;

Quais as normas que norteiam o processo priorizado?

Além disso, é nesse passo que se identificam as atividades e atividades de trabalho, por

meio do agrupamento das etapas levantadas.

7.3 Como fazer o levantamento?

7.3.1 Preparação

Para executar esse passo, o Multiplicador deverá reunir todos os colaboradores que

executam as etapas relacionadas ao processo organizacional priorizado, bem como

representantes de outras áreas ou órgãos que possam sofrer ou exercer influência sobre

tal processo, a partir de agora, denominados “Grupo de Trabalho” ou simplesmente “GT”.

As discussões do GT deverão ser orientadas tomando por base o Plano de Trabalho

desenvolvido na fase anterior.

Para condução da reunião, poderá ser utilizada a Técnica de Moderação por Cartelas

(Ferramentas do Manual).

Vale ressaltar que o Levantamento das Etapas tem duração de,

normalmente, 3 (três) encontros, a depender da complexidade

do processo a ser trabalhado.

Portanto, é importante lembrar que se deve ter flexibilidade

quanto ao agendamento das reuniões, uma vez que sempre há

a possibilidade de se aumentar ou diminuir o número de

encontros.

7.3.2 Levantamento das Etapas

A ferramenta de apoio sugerida para auxiliar o Levantamento das Etapas é a Técnica de

Moderação por Cartelas (Ferramentas do Manual).

Técnica de Moderação por Cartelas: é uma metodologia de

trabalho que tem o objetivo de facilitar os processos grupais, com

base na construção conjunta do conhecimento.

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

30 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

O trabalho de levantamento deve ser orientado pela seguinte questão básica:

Quais são as etapas executadas para dar conta de desenvolver o processo

priorizado?

Utilizando o exemplo do capítulo 02, a pergunta seria:

Quais são as etapas executadas para dar conta de desenvolver o processo de

“Licitação”?

Nesse passo, a correta descrição das etapas é a chave para o melhor entendimento da

realidade do processo em estudo, o que envolve dois elementos básicos: a precisão e a

concisão dos registros das etapas.

Ser preciso no registro significa identificar com clareza e exatidão a etapa, considerando

o que é executado e produzido.

Ser conciso no registro significa alcançar um grau de síntese necessário ao mapeamento

rápido e simplificado das etapas, sem prejuízo do entendimento do contexto.

Dessa forma, há que se observar que verbos como CONTROLAR, ADMINISTRAR,

GERENCIAR e TRATAR retratam ações genéricas. Via de regra, expressam ações que

podem ser divididas em atividades menores, como no exemplo a seguir:

Controlar pedido de aquisição de material de consumo - pode ser um agrupamento

das seguintes etapas:

1 - Verificar a existência de pedidos de aquisição

2 - Registrar inconsistência do pedido em caso de conter algum material que

não é de consumo

3 - Notificar ao solicitante a ocorrência de inconsistência

4 - Submeter pedidos aos critérios de priorização

5 - Registrar o envio do pedido ao Departamento de Compras

É recomendável evitar a utilização de verbos que

denotam ações muito genéricas.

Outro aspecto importante a observar, quando do registro das etapas, está relacionado aos

verbos ENVIAR e RECEBER. Esses são especialmente perigosos, pois eles denotam

FLUXO.

Ocorre que fluxo é algo que aparece no desenho do encadeamento das atividades.

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 31

Registrar etapas que denotam fluxo é, então, inócuo e contribui para expressivo aumento

na lista de etapas que requerem análise. Logo, recomenda-se evitar o uso de tais verbos

no registro das etapas, substituindo-se o verbo por um outro que denote ação geradora de

produto/serviço.

Sabendo-se que toda etapa deve ser geradora de produto/serviço, ou seja, que a ação

humana nela embutida deve agregar valor à medida que é realizada, uma forma de

confirmar se uma frase formulada representa realmente uma etapa e não um fluxo é

pensar sobre que produto/serviço ela gera/produz.

Dessa forma, verbos do tipo enviar, receber e visualizar são ações humanas, mas não se

constituem em atividades dentro de um processo de trabalho, pois não geram

produtos/serviços tangíveis.

Assim, uma frase do tipo “receber formulário de dados cadastrais de fornecedor”, que

denota fluxo de informação, poderia ser substituída por “registrar dados cadastrais de

fornecedor”, por exemplo.

Considerando esses apontamentos, o registro das etapas deve observar o seguinte:

frase escrita com verbo no infinitivo + complemento, por exemplo:

especificar produto a ser adquirido

registrar planilha financeira

elaborar edital de licitação

O verbo corresponde à ação que é desenvolvida dentro do

processo em estudo. A frase completa é a etapa.

usar frases auto-explicativas

evitar palavras isoladas

O produto desta fase do trabalho é uma relação contendo as etapas desenvolvidas dentro

do processo priorizado, sem, necessariamente, ordená-las em uma seqüência lógica, pois

a intenção neste momento é efetuar um brainstorm que possibilite o despertar do

processo criativo do grupo de trabalho. Tem por objetivo exercitar a capacidade de

identificação de cada uma das etapas, sem delimitar seu campo de reflexão com

preocupações do tipo: qual etapa é feita antes? qual etapa vem depois?

Então, para um processo de “Licitação”, poder-se-ia ter, por exemplo, a seguinte relação

de etapas:

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

32 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

Exemplo:

RELAÇÃO DAS ETAPAS IDENTIFICADAS

cadastrar dados, relação de bens e/ ou serviços necessários numerar o edital

analisar dados solicitados quanto à especificação inserir no Edital e Contrato as devidas cláusulas

verificar se há disponibilidade de recursos ou previsão anexar relação de bens e ou serviços

enviar dados para orçamentação enviar para análise jurídica

despachar para aprovação da Seção Administrativa analisar parecer jurídico

analisar relação de bens e ou serviços orçada realizar as devidas correções, se for o caso

comparar valor orçado com limites de valores das modalidades

despachar com o Ordenador de Despesas

identificar a modalidade enquadrada na Lei 8.666 verificar a minuta do edital e contrato

definir a modalidade do certame analisar a legalidade das cláusulas

receber requisição com orçamento prévio emitir parecer jurídico com correções, se for o caso

verificar se o valor orçado se está de acordo com o praticado no mercado

despachar parecer para seção de compras

despachar com o Ordenador de Despesas conferir dados do Edital

despachar para a seção de compras para confecção do edital implantar no Sistema IPM dados do Edital

anexar o aviso da publicação de licitação ao processo de licitação

aguardar publicação do aviso de licitação

publicar em jornais de grande circulação, se for o caso iniciar a sessão de habilitação

cadastrar os recurso, se for o caso analisar as habilitações e propostas do certame

analisar o recurso com amparo na Lei 8.666 recusar documentos entregues fora do prazo

emitir parecer dar visto nos documentos de habilitação

responder parecer para licitante inabilitado consultar na IPM/Tributação situação do licitante

responder parecer para demais licitantes conferir a situação na IPM

anexar parecer ao processo de licitação conferir as demais exigências previstas no Edital

incluir o licitante na fase de julgamento, se for o caso inabilitar os licitantes, se for o caso

iniciar a sessão de julgamento das propostas emitir Ata de Reunião de Habilitação

abrir os envelopes das propostas de preço cadastrar recursos, se for o caso

verificar as especificações das propostas emitir parecer sobre recurso, se for o caso

dar visto nas propostas de preço Informar demais licitantes sobre recurso e decisão

confeccionar Ata de Julgamento das propostas analisar Mapa de Adjudicação

confeccionar Mapa Comparativo de Preços confeccionar Mapa de Homologação

realizar o desempate, se for o caso despachar com Ordenador de Despesas

declarar o(s) vencedor(es) do certame publicar no Diário os vencedores do Certame por item

despachar com Ordenador de Despesas analisar Mapa de Homologação

analisar Mapa Comparativo de Preços emitir Nota de Empenho

estabelecer quantidades e valores da aquisição despachar com Ordenador de Despesas

confeccionar Mapa de Adjudicação para cada licitante protocolar remessa da via da NE e Contrato para licitante

despachar com Ordenador de Despesas protocolar remessa da via da NE par almoxarifado

receber requisição anexar via da NE e Contrato, se for o caso, ao processo

emitir o Termo de Abertura do Certame assinar Contrato, se for o caso

publicar o Termo e Abertura do Certame registrar o Contrato e a garantia, se for o caso, na IPM

despachar processo para Seção de Suporte Documental

Observação: o exemplo acima é apresentado como resultado parcial de um levantamento das etapas do processo “Licitação”, pois, como dito anteriormente, não é intenção do Manual esgotar o tema escolhido como exemplo, mesmo porque a complexidade do processo “Licitação” não se permitiria pretender tal tarefa.

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 33

É importante lembrar que, a partir deste passo, podem

surgir ideias de melhoria e de transformação das

práticas e rotinas atuais, que deverão ser registradas

à parte, pois poderão ser utilizadas na etapa de

“Modelagem dos Processos”.

7.3.3 Agrupamento das Etapas

Consiste em agrupar as etapas levantadas em conjuntos de etapas que sejam similares,

de forma a possibilitar a identificação das atividades de trabalho que integram o processo

organizacional priorizado.

Caso se tenha um número reduzido de etapas, o passo de agrupamento poderá ser

realizada imediatamente após o levantamento das etapas e normas, ou seja, na mesma

reunião de trabalho. Em processos que contemplem uma grande quantidade de etapas ou

que suas etapas sejam consideradas muito complexas, aconselha-se tratar o

agrupamento em momento separado do levantamento.

Assim, a partir do resultado do Levantamento, o GT, orientado pelo Multiplicador, deve

buscar identificar as etapas que são de natureza semelhante, e que podem ser

entendidas como integrantes de um mesmo conjunto, que será denominado

subprocesso/atividade.

Cada conjunto de etapas representará um

subprocesso/atividade de trabalho.

À medida que as atividades forem validadas, o GT deverá identificar um título para cada

um deles, de forma a relacioná-los adequadamente com as etapas neles inseridas.

Após a identificação das atividades, o GT poderá então verificar como as etapas estão

encadeadas umas com as outras, de forma a colocá-las numa seqüência lógica de

acontecimento das etapas.

Uma vez agrupadas e seqüenciadas as etapas, tem-se a identificação das atividades de

trabalho, o que possibilitará a visualização da organicidade das atividades do órgão para

o desenvolvimento do processo organizacional priorizado.

Dessa forma, a relação de etapas, quando agrupadas, poderia ficar da seguinte forma:

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

34 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

1º CONJUNTO DE ETAPAS

ATIVIDADE REQUISIÇÃO

01 - Cadastrar dados, relação de bens e/ ou serviços necessitados

02 - Analisar dados solicitados quanto à especificação

03 - Verificar se há disponibilidade de recursos ou previsão

04 - Despachar dados para orçamentação

05 - Despachar para aprovação do Gestor Administrativo

2º CONJUNTO DE ETAPAS

ATIVIDADE MODALIDADE

01 - Analisar relação de bens e ou serviços orçada

02 - Comparar valor orçado com limites de valores das modalidades

03 - Identificar a modalidade enquadrada na Lei 8.666

04 - Definir a modalidade do certame

3º CONJUNTO DE ETAPAS

ATIVIDADE AUTORIZAÇÃO

01 - Analisar requisição com orçamento prévio

02 - Verificar se o valor orçado se está de acordo com o praticado no mercado

03 - Despachar com o Ordenador de Despesas

04 - Despachar para Seção de Compras para confecção do Edital

4º CONJUNTO DE ETAPAS

ATIVIDADE EDITAL

01 - Analisar requisição

02 - Emitir o Termo de Abertura do Certame

03 - Publicar o Termo de Abertura do Certame

04 - Numerar o Edital

05 - Inserir no Edital e Contrato, se for o caso, as devidas cláusulas

06 - Despachar para análise jurídica .

07 - Analisar parecer jurídico.

08 - Realizar as devidas correções, se for o caso

09 - Despachar com o Ordenador de Despesas

5º CONJUNTO DE ETAPAS

ATIVIDADE LEGALIDADE

01 - Verificar a minuta do edital e contrato.

02 - Analisar a legalidade das cláusulas.

03 - Emitir parecer jurídico com as devidas correções, se for o caso.

04 - Despachar parecer para seção de compras

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 35

6º CONJUNTO DE ETAPAS

ATIVIDADE DIVULGAÇÃO

01 - Conferir dados do Edital

02 - Implantar no Sistema IPM/COMPRAS dados do Edital

03 - Aguardar publicação do aviso de licitação

04 - Anexar o aviso de licitação publicação ao processo de licitação

05 - Publicar em jornais de grande circulação, se for o caso

7ª CONJUNTO DE ETAPAS

ATIVIDADE HABILITAÇÃO

01 - Iniciar a sessão de habilitação

02 - Analisar as habilitações e propostas do certame, na data, hora e local previstos

03 - Não receber documentos entregues fora do prazo

04 - Dar visto nos documentos de habilitação

05 - Consultar na IPM/Tributação situação do licitante

06 - Conferir a situação na IPM

07 - Conferir as demais exigências previstas no Edital

08 - Inabilitar os licitantes , se for o caso

09 - Emitir Ata de Reunião de Habilitação

10 - Cadastrar recursos, se for o caso

11 - Emitir parecer sobre recurso, se for o caso

8º CONJUNTO DE ETAPAS

ATIVIDADE RECURSOS ADMINISTRATIVOS

01 - Cadastrar os recursos, se for o caso

02 - Analisar o recurso com amparo na Lei 8.666.

03 - Emitir parecer

04 - Despachar parecer para licitante inabilitado

05 - Despachar parecer para demais licitantes

06 - Anexar parecer ao processo de licitação

07 - Incluir o licitante na fase de julgamento, se for caso

9º CONJUNTO DE ETAPAS

ATIVIDADE JULGAMENTO

01 - Iniciar da sessão de julgamento das propostas

02 - Abrir os envelopes das propostas de preço

03 - Verificar as especificações das propostas

04 - Dar visto nas propostas de preço

05 - Confeccionar Ata de Julgamento das propostas

06 – Confeccionar Mapa comparativo de preços

07 – Realizar o desempate, se for o caso

08 - Declarar o(s) vencedor(es) do certame

09 - Despachar com Ordenador de Despesas

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

36 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

10º CONJUNTO DE ETAPAS

ATIVIDADE ADJUDICAÇÃO

01 - Analisar Mapa Comparativo de Preços

02 - Estabelecer quantidades e valores da aquisição

03 - Confeccionar Mapa de Adjudicação para cada licitante

04 - Despachar com Ordenador de Despesas

11º CONJUNTO DE ETAPAS

ATIVIDADE HOMOLOGAÇÃO

01 - Analisar Mapa de Adjudicação

02 - Confeccionar Mapa de Homologação

03 - Despachar com Ordenador de Despesas

04 - Publicar em Boletim Interno os vencedores do Certame por item

12º CONJUNTO DE ETAPAS

ATIVIDADE EMPENHO

01 - Analisar Mapa de Homologação

02 - Emitir Nota de Empenho

03 - Despachar com Ordenador de Despesas

04 - Despachar Via da NE e Contrato para licitante

05 - Despachar Via da NE almoxarifado

06 - Despachar Via da NE e Contrato, se for o caso, para processo

07 - Assinar Contrato, se for o caso

08 - Registrar o Contrato e da garantia, se for o caso, na IPM,

07 - Despachar processo para Seção de Suporte Documental

1. NE: Nota de empenho

2. IPM: Sistema de Gestão Administrativa da Prefeitura

7.3.4 Levantamento das Normas

A identificação das normas que norteiam o processo de trabalho priorizado poderá ser

feita simultaneamente ao Levantamento das Etapas, ou, poder-se-á destinar tempo

específico para sua realização. Essa decisão será tomada levando-se em consideração o

grau de interferência da norma sobre o processo e a disponibilidade imediata dos

envolvidos.

O Grupo de Trabalho deverá definir quem são as pessoas que irão desempenhar tal

tarefa. Devem participar pessoas que possuam conhecimento dos processos de trabalho,

das normas e da legislação que rege a Secretaria.

Para tanto, sugere-se que sejam convidadas pessoas das áreas de informática, recursos

humanos, jurídica, financeira, controle interno e de outras áreas pertinentes.

Informações a serem observadas para a identificação de normas:

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 37

Legislação vigente e normas infra-legais utilizadas para a execução do trabalho

(Lei, Decreto, Resolução, Portaria, Norma de Serviço, outros);

Número do instrumento normativo;

Ano da publicação;

Esfera de criação (federal, estadual, municipal, interna);

Sumário resumido do conteúdo;

Indicação do grau de influência da norma no desenvolvimento do processo (alto,

médio ou baixo). A medição da influência será apreciada pelo próprio GT que

poderá verificar dentre outros aspectos: nível de emperramento do processo;

norma aplicada em várias partes do processo; interpretações variadas da norma,

outros.

Considerando-se esses dados, para o exemplo de “Licitação”, o produto do Levantamento

de Normas poderia ser o seguinte:

Norma/ Ano

Esfera de Criação

Ementa Grau de Impacto no Processo

Lei 8.666/93 Federal Estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços (inclusive de publicidade), compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

ALTO

Lei 10.520/02 Federal Institui, no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, nos termos do art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, modalidade de licitação denominada pregão, para aquisição de bens e serviços comuns, e dá outras providências.

ALTO

Lei 123/06 Federal Institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte; altera dispositivos das Leis n

os 8.212 e

8.213, ambas de 24 de julho de 1991, da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, da Lei nº 10.189, de 14 de fevereiro de 2001, da Lei Complementar nº 63, de 11 de janeiro de 1990.

MÉDIO

Lei 15.608/07 Estadual Estabelece normas sobre licitações, contratos administrativos e convênios no âmbito dos Poderes do Estado do Paraná.

BAIXO

Lei 988/09 Municipal Dispõe sobre procedimentos de licitação, dispensa, inexigibilidade e ajustes de qualquer natureza, no âmbito dos Poderes do Município de Pinhais.

ALTO

Decreto 198/02 Municipal Regulamenta o Sistema de Registro de Preços, previsto no Artigo 15 da Lei nº 8.666/93.

BAIXO

Decreto 495/07 Municipal Altera o art. 3º do Decreto Municipal nº 198 de 21 de março de 2002 que regulamenta o Sistema de Registro de Preços.

BAIXO

Decreto 497/07 Municipal Aprova o Regulamento do Sistema Único de Cadastro de Fornecedores do Município de Pinhais.

BAIXO

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

38 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

Alguns casos pedem a realização de uma pesquisa mais aprofundada quanto à

identificação das normas. Nada impede de se agregar mais itens de análise, a depender

do interesse do órgão. Tal pesquisa servirá de subsídio para tomada de decisão por parte

dos gestores do órgão, principalmente no que tange à necessidade de definição de novos

procedimentos/normas.

Abaixo, estão destacadas algumas dificuldades bastante comuns que podem surgir

durante o processo de simplificação e algumas maneiras de superá-las.

Dificuldades

- Não saber expressar o que sabe/o que faz;

- Falta de clareza acerca das atividades que desenvolve;

- Medo da mudança;

- Medo de perder espaço / poder;

- Insegurança / instabilidade / incerteza;

- Falta de confiança no resultado desse trabalho;

- Falta de compromisso com o trabalho;

- Falta de identificação com as atividades que desenvolve;

- Timidez.

Como Superá-las

- Estabelecer relações de confiança com o grupo;

- Favorecer abertura de espaço emocional, reforçando, sempre, a importância da participação de cada um e o valor

do trabalho que executa;

- Escutar o outro, dando atenção a cada comentário/sugestão;

- Legitimar o outro, ressaltando o valor do que cada um expressar, citando o nome da pessoa que apresentar uma

boa ideia;

- Valorizar as diferenças;

- Combater o dominare (assenhorar-se do outro), evitando postura de domínio sobre o grupo e a condução das ideias

deste;

- Evitar postura arrogante;

- Agir com ética;

- Buscar a simplicidade;

- Respeitar o grupo.

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 39

7.4 Conclusão desse Passo

O resultado desta etapa será um documento com as seguintes informações:

relação das atividades com as respectivas etapas identificadas, agrupadas e

seqüenciadas;

relação das normas aplicáveis ao processo de trabalho;

sugestões de melhoria identificadas durante a etapa.

Esses resultados servirão de subsídio para o próximo passo que é o de Identificação

dos Elementos do Processo.

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

40 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

8 IDENTIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS DO

PROCESSO

Gestão de Processos Organizacionais

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Red

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Painel de Bordo

- Formulário: Identificação dos elementos do processo

- Resultados: Identificação dos elementos essenciais das atividades de trabalho

Identificação dos Elementos do

Processo

Mapeamento Elaboração do

Plano de Trabalho

Monitoramento e Avaliação

Levantamento das Etapas e

Normas

Desenho dos Fluxogramas

Atuais

Pré-requisitos da Gestão de

Processos

Redesenho Modelagem do

Processo

Sistema de Medição de

Desempenho

Árvore de Soluções

Proposta de Simplificação

Fim Implementação

do Novo Processo

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 41

8.1 Macro Visão desse Passo

ENTRADAS PROCESSOS SAÍDAS

- E1-IEP: Atividades

identificados, com suas

etapas/atividades agrupadas e

ordenadas (S1-LEN).

- S1-IEP: Formulário de

Identificação dos Elementos do

Processo preenchidos (E1-DFA,

E1-MDP).

- S2-IEP: Relação das

sugestões de melhoria

identificadas durante a etapa

(E3-ARS).

Legenda:

1. Enº: entrada, número da entrada;

2. IEP: Identificação dos Elementos do Processo;

3. LEN: Levantamento das etapas e Normas;

4. DFA: Desenho dos Fluxogramas Atuais;

5. ARS: Árvore de soluções;

6. Snº: saída, número da saída.

8.2 O que é a identificação dos elementos do processo?

Esta etapa consiste na identificação e na visualização dos 4 (quatro) elementos

essenciais dos processos de trabalho (fornecedor, entrada, saída e cliente/usuário) que

são encadeados seqüencialmente como mostra a figura que segue.

Identificar entradas, fornecedores,

saídas e clientes das atividades.

Preencher Formulário de

Identificação dos Elementos.

Fim

Validar informações com

o GT.

Fornecedor Entrada Processo SaídaCidadão /

Usuário

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

42 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

Para melhor compreensão, pode-se dizer que:

1. Fornecedor É a pessoa/área/instrumento de trabalho, que envia/fornece/disponibiliza o insumo necessário para a realização de determinada etapa PROCESSOS

2. Entrada/Insumos É a informação/documento/material necessário para que se desenvolva a etapa, sem o qual não é possível realizá-la

3. Saída/Produto É a informação/documento/material produzido pelo executor da etapa. É o resultado do trabalho

4. Cidadão/Usuário É a pessoa/área/instrumento de trabalho a quem se destina o resultado do trabalho. Aquele (aquilo) que receberá o que foi gerado pelo executor da etapa

8.3 Como fazer a identificação dos elementos do processo?

8.3.1 Preparação

Para realizar esse passo, é necessária a participação de todos os colaboradores, com a

respectiva orientação do Multiplicador, em reunião de trabalho que poderá ser organizada

com o uso da Técnica de Moderação por Cartelas ou Visualização Móvel (Ferramentas do

Manual). Ressalta-se a necessidade de disponibilizar para todos os participantes uma

lista com todas as atividades identificadas no passo anterior.

O foco desse passo é a identificação dos elementos do processo (fornecedores,

entradas/insumos, saídas/produtos e clientes/usuários) que possibilitará posteriormente,

ao seu executor, enxergar as inter-relações que são estabelecidas entre a sua atuação e

a de outros agentes organizacionais (internos e/ou externos).

O Grupo de Trabalho poderá identificar os elementos com a simples observação das

perguntas abaixo para cada etapa da atividade.

Pergunta explicativa Elementos do

Processo

Quem envia essas informações, recursos e/ou materiais para a execução da etapa? Quem é o fornecedor dos insumos? “De onde vem?”

Fornecedor

O que é preciso para executar a etapa? Quais as informações, recursos e/ou materiais que são insumos para a etapa? O que entra para que seja processado? “O que vem?”

Entrada/Insumo

O que é produzido na etapa? Qual é o resultado da execução da etapa? O que é gerado? “O que sai?”

Saída/ Produto

A quem se destina o resultado da etapa? Quem recebe o produto gerado? “Para onde vai?”

Cidadão/Usuário

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 43

Esta é uma oportunidade de se rever o levantamento feito anteriormente, de forma a

melhorar, alterar, complementar ou reduzir as frases utilizadas para descrever as etapas

do processo. Esse detalhamento possibilitará enxergar as diversas interfaces entre as

atividades, as áreas do órgão, outros processos ou agentes externos.

Lembre-se: o importante neste trabalho é ter a clareza de

que este é um processo de construção conjunta do

conhecimento acerca do fazer, e que tudo o que for

construído em equipe estará sempre aberto a novas

formulações, quando necessário.

8.3.2 Desenvolvimento

Para facilitar o trabalho, recomendamos que a identificação dos elementos do processo

seja feita por meio do - Formulário de Identificação dos Elementos do Processo

(Formulários do Manual).

Formulário de Identificação dos Elementos do Processo:

modelo de formulário, em formato de tabela, que contém os

campos para preenchimento das informações sobre os

elementos essenciais do processo.

O resultado do trabalho do Multiplicador deverá ser validado com GT, em reunião que

deverá ser oportunamente agendada.

Utilizando a atividade “Requisição de Produto/Serviço”, o preenchimento do “Formulário

de Identificação dos Elementos do Processo” poderia ficar da seguinte forma:

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

44 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

Formulário de Identificação dos Elementos do Processo

ATIVIDADE: REQUISIÇÃO DE PRODUTO/SERVIÇO

Etapas:

01 - Cadastrar dados da relação de bens e/ou serviços necessitados

02 - Analisar dados solicitados quanto à especificação

03 - Verificar se há disponibilidade de recursos ou previsão

04 - Analisar, aprovar e encaminhar para a Comissão de Licitação

FORNECEDOR De onde vem?

ENTRADA/INSUMO O que vem?

PROCESSO O que você faz com isso? (nº

da frase)

PRODUTO O que vai?

CLIENTE/ USUÁRIO

Para onde vai?

Área solicitante E1 – formulário de “Solicitação

de Bens e Serviços” preenchido.

1 S1 – recibo de Solicitação

de bens/serviço gerado Área solicitante

Formulário de “Solicitação de

Bens e Serviços”

E2 – bens e serviços solicitados

2 S2 – bens e serviços

especificados detalhadamente.

Orçamentação

Técnico Administrativo

E3 – bens e serviços solicitados especificados

detalhadamente planilha de recursos financeiros.

3 S3 - dotação orçamentária

de cada bem/serviço solicitado.

Orçamentação

Orçamentação

E4 – bens e serviços especificados detalhadamente

e dotação orçamentária de cada bem/serviço solicitado

4

S4 – pedido de abertura de licitação com especificação

e dotação de cada bem/serviço

Comissão de Licitação

Uma vez identificados “De onde vem?”, “O que vem?”, “O que sai?” e “Para onde

vai?”, começará a se ter um pouco mais de clareza acerca das diversas possibilidades de

interações/interfaces dos processos.

Pode acontecer de se identificar, para uma etapa, várias entradas - “O que vem?” – e

vários fornecedores - “De onde vem?”. O mesmo pode acontecer com os elementos

produto/saída - “O que sai?” – e cliente/usuário - “Para onde vai?”. Nessa ocasião, faz-

se necessário ter o cuidado de se identificar (numericamente) as “entradas” e “saídas”

com relação à etapa analisada, na tentativa de garantir o entendimento em leituras

posteriores.

Ao se analisar o conjunto de etapas, pode ocorrer de se identificar que uma etapa

depende de uma entrada - “O que vem?” – advinda de outra atividade, ou que a saída

de uma atividade - “O que sai?” – é destinada, também, a outra atividade.

É nesse passo que se identifica onde, quando e como os processos, subprocessos e as

atividades interagem, quais são as suas interfaces existentes.

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 45

8.4 Conclusão desse Passo

A conclusão desse passo dar-se-á com a validação, pelo GT, dos Formulários de

Identificação dos Elementos do Processo.

Ao final da execução desse passo, deve-se cuidar para que as informações que foram

anotadas manualmente no Formulário sejam digitadas e documentadas, para que possam

ser divulgadas e utilizadas no próximo passo – o de Desenho dos Fluxogramas Atuais.

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

46 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

9 DESENHO DOS FLUXOGRAMAS ATUAIS

Gestão de Processos Organizacionais

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Painel de Bordo

- Ferramenta: Fluxograma

- Resultado: Representação gráfica dos processos de trabalho

Desenho dos Fluxogramas

Atuais

Mapeamento Elaboração do

Plano de Trabalho

Monitoramento e Avaliação

Levantamento das Etapas e

Normas

Identificação dos Elementos do

Processo

Pré-requisitos da Gestão de

Processos

Redesenho Modelagem do

Processo

Sistema de Medição de

Desempenho

Árvore de Soluções

Proposta de Simplificação

Fim Implementação

do Novo Processo

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 47

9.1 Macro Visão desse Passo

ENTRADAS PROCESSOS SAÍDAS

- E1-DFA: Formulário de

Identificação dos Elementos de

Interação dos Processos

preenchidos (S1-LEN).

- S1-DFA: Fluxogramas atuais

desenhados (E3-ARS e E2-

MDP).

- S2-DFA: Relação das

sugestões de melhoria

identificadas durante o passo

(E3-ARS).

Legenda:

1. Enº: entrada, número;

2. DFA: Desenho dos Fluxogramas Atuais;

3. IEP: Identificação dos Elementos do Processo;

4. ARS: Árvore de Soluções;

5. MDP: Modelagem do Processo;

6. Snº: saída, número.

9.2 O que é fluxograma?

Um fluxograma é um desenho gráfico feito com símbolos padronizados, que mostra a

seqüência lógica das etapas de realização de um processo de trabalho.

Além de permitir a interpretação conjunta do processo, apresenta as seguintes vantagens:

Visão integrada do processo de trabalho;

Visualização de detalhes críticos do processo de trabalho;

Identificação do fluxo do processo de trabalho, bem como das interações entre as

atividades;

Identificação dos potenciais pontos de controle;

Seqüenciar as atividades

Desenhar um fluxograma para cada atividade

Fim

Validar os desenhos com o

GT

Identificar os atores

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

48 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

Identificação das oportunidades de melhoria.

9.3 Como desenhar os fluxogramas?

De posse dos Formulários de Identificação dos Elementos do Processo, que foram

construídos para todas as atividades, o Multiplicador, em conjunto com GT, deverá

observar, se há uma seqüência entre as atividades identificadas. Caso haja, deverão ser

colocados em ordem de forma a permitir uma visão global de todo o processo a ser

trabalhado.

É importante ressaltar que será desenhado um

fluxograma para cada atividade de trabalho

identificado, de forma a permitir uma visão global de

todo o processo a ser trabalhado.

9.3.1 Seqüenciamento dos Processos

Procede-se a análise da seqüência entre as atividades de forma que se visualize a ordem

do processo como um todo.

9.3.2 Identificação dos atores

Deve ainda ser identificado quem é o ator responsável pela etapa, podendo ser

representado, dentre outros, por:

um setor do próprio órgão (diretoria de administração, coordenação de informática;

serviço de capacitação institucional);

uma outra organização (órgão externo);

um grupo de pessoas (equipe técnica, equipe de apoio);

uma função exercida por um grupo de pessoas (agentes de saúde, analistas judiciários);

nome de uma profissão (gestor, médico, promotor, engenheiro);

um sistema de informação (sistema de contabilidade, sistema financeiro, sistema de cadastro de fornecedores - SICAF);

outra atividade de trabalho.

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 49

Lembre-se de que: Todas as informações contidas nos

Formulários de Identificação dos Elementos do Processo

são importantes, nenhuma delas pode ser desprezada.

9.3.3 Desenho do Fluxograma

Existe uma infinidade de modelos que podem ser utilizados para o desenho dos

fluxogramas do processo de trabalho, e nada impede o uso de outro modelo de melhor

entendimento e de mais fácil aplicação.

Para efeito deste Manual, foi escolhido um modelo simplificado que possibilita um rápido

entendimento de seus elementos constitutivos, bem como sua utilização de ferramenta de

uso comum e de fácil manuseio.

O desenho inicial dos fluxogramas poderá ser feito, em um primeiro momento, pelo

Multiplicador, para só então, apresentar ao GT, que validará o desenho, revisando-o, a

partir da verificação da coerência com o processo desenvolvido no dia a dia.

Para o desenho, será utilizado o software SE SUITE, pois tal ferramenta possui formas e

objetos que facilitam a construção dos fluxos.

Desse modo, tomando por base a atividade “Requisição”, utilizado como exemplo, teríamos o seguinte fluxograma:

REQUISIÇÃO DE PRODUTOS/SERVIÇOS

Área Solicitante

Técnico Administrativo

Orçamentação

Gestor Administrativo

Preencher formulários de “Solicitação de bens e serviços

Cadastrar dados da relação de bens e/ou serviços necessários

Analisar dados solicitados quanto à especificação

Guardar Recibo de Solicitação de bens/serviços

Verifica se há disponibilidade de recursos ou previsão

Analise, aprova e encaminha para Comissão de Licitação

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

50 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

Sendo que:

1. atores: representados pelos bonecos na cor laranja, à esquerda do

desenho;

2. atividades: representadas pelas caixas dispostas na respectiva linha de

cada ator;

3. seqüência das ações: representada pelas setas, que indicam o fluxo das

ações.

Feitos os desenhos de todos os fluxogramas, o Multiplicador deverá reunir com o GT,

para a validação do resultado. Caso sejam muitos fluxogramas, o Multiplicador e o GT

podem se dividir em subgrupos de trabalho e distribuir os desenhos entre si, para otimizar

o tempo.

Após a validação, o Multiplicador, procederá à correção dos fluxogramas, conforme as

sugestões/observações dadas.

Todo o histórico deve ser guardado. Não se deve

descartar as versões anteriores até o final do

processo.

9.4 Conclusão desse Passo

A conclusão desse passo dar-se-á com a validação do desenho dos fluxogramas feita

pela o Multiplicador, suas respectivas correções e a divulgação dos resultados.

O Desenho dos Fluxogramas Atuais é o último passo da Fase de Mapeamento dos

Processos de Trabalho. Finalizada esta fase, o Multiplicador começará a preparação da

próxima fase - a de Monitoramento e Avaliação dos Processos de Trabalho, que se

inicia com a Árvore de Soluções.

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 51

10 ÁRVORE DE SOLUÇÕES

Gestão de Processos Organizacionais

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Red

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Painel de Bordo

- Ferramenta: Técnica de Moderação por Cartelas

- Formulário: Cronograma de Encaminhamentos

- Resultado: Cronograma de ações para soluções de problemas

Árvore de Soluções

Mapeamento Elaboração do

Plano de Trabalho

Monitoramento e Avaliação

Levantamento das Etapas e

Normas

Identificação dos Elementos do

Processo

Redesenho Modelagem do

Processo

Sistema de Medição de

Desempenho

Desenho dos Fluxogramas

Atuais

Proposta de Simplificação

Fim Implementação

do Novo Processo

Pré-requisitos da Gestão de

Processos

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

52 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

10.1 Macro Visão desse Passo

ENTRADAS PROCESSOS SAÍDAS

- E1-ARS: Relação das normas

legais aplicáveis ao processo de

trabalho (S2-LEN).

- E2-ARS: relação das

sugestões de melhoria

identificadas (S3-LEN, S2-IEP,

S2-DFA);

- E3-ARS: Fluxogramas atuais

desenhados (S1-DFA).

- S1-ARS: Cronograma de

Encaminhamentos (S2-MDP).

Legenda:

1. Enº: Entrada, número da entrada;

2. ARS: Árvore de Soluções;

3. LEN: Levantamento das etapas e Normas

4. IEP: Identificação dos Elementos do Processo

5. DFA: Desenho dos Fluxogramas Atuais;

6. Snº: Saída, número da saída.

10.2 O que é a árvore de soluções?

A Árvore de Soluções consiste na identificação dos principais problemas que afetam um

determinado processo de trabalho, com o respectivo encaminhamento para sua solução.

Este passo inicia a 3ª Etapa da Gestão de Processos, que é a Fase de Monitoramento e

Avaliação dos Processos.

10.3 Como fazer a árvore de soluções?

Para o desenvolvimento desse passo, propõe-se a realização das seguintes atividades:

- Identificação dos problemas;

Identificar os Problemas

Detalhar as Causas dos

problemas, se for o caso

Fim

Fazer Análise e Priorização de

Solução

Fazer Análise de Causa e Efeito

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 53

- Análise de causa e efeito;

- Detalhamento das causas dos Problemas; e

- Análise e Priorização de Solução.

Nesse passo, recomenda-se o uso da Técnica de Moderação por Cartelas, de forma a

facilitar as discussões do Grupo de Trabalho para a realização de todas as atividades

descritas acima.

Como subsídio para realização desse passo, deverão ser utilizados os registros das

contribuições dadas ao longo dos passos anteriores, são eles:

registros das sugestões de melhoria dadas no decorrer de todos os passos;

levantamento das normas que norteiam o desenvolvimento do processo em

análise;

desenho dos fluxogramas atuais.

10.3.1 Identificação do Problema:

O Multiplicador, em conjunto com os colaboradores, identificará os problemas que afetam

o processo de trabalho, a partir do questionamento:

Qual o problema encontrado no dia a dia, na execução do processo de

trabalho em estudo?

Para isso, sugere-se a utilização da Técnica de Moderação por Cartelas (Ferramentas

do Manual).

EXEMPLO:

Utilizando o processo priorizado no Manual:

Qual o problema encontrado no dia a dia, na execução do processo de

LICITAÇÃO?

Nesse momento, pode-se optar por fazer as perguntas direcionadas as atividades de

trabalho, uma vez que, utilizando a decomposição, pode-se facilitar a análise.

Assim, a pergunta poderia ser:

Qual o problema encontrado no dia a dia, na execução da atividade

“Requisição”?

O Multiplicador deverá registrar todos os problemas e, junto com os colaboradores,

analisar o significado de cada um deles, agrupando-os conforme a similaridade do

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

54 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

conteúdo. Pode ser que se observem problemas repetidos e, portanto, deverão

permanecer apenas aqueles que o GT julgar pertinente. Podem ainda aparecer

problemas dúbios ou que necessitem de mais esclarecimentos. Neste caso, o

Multiplicador poderá proceder aos seguintes questionamentos:

O que você entende sobre isso?

O que você está querendo dizer é ...?

Veja se eu entendi bem!

Qual a melhor forma de expressarmos tal ideia?

10.3.2 Análise de Causa e Efeito

Todo problema deve ser entendido como sendo o efeito de uma ou várias causas

geradoras, portanto, solucionar problemas é atuar nas suas respectivas causas e não

nele diretamente.

Então, após a identificação dos problemas deve-se analisá-los de forma a compreender

corretamente se são efeitos (problema) ou se são causas geradoras.

Para tanto, pode-se lançar ao GT a seguinte pergunta de esclarecimento:

Este é o problema ou é algo que vem antes dele ele acontecer?

Conforme o GT for construindo a compreensão acerca dos problemas expostos, pode-se

optar por organizá-los de maneira que se separem os problemas (efeitos), das suas

respectivas causas, permitindo, desta maneira, a visualização da cadeia de causas que

gera um determinado problema.

É fundamental também que sejam registrados os

pontos fortes do processo de trabalho, para valorizar

e manter o que há de bom.

10.3.3 Detalhamento das causas dos problemas

Depois de identificados, validados e organizados os problemas e suas respectivas

causas, pode ocorrer a necessidade de explorar em maior detalhe algum problema que

ficou com nenhuma ou poucas causas identificadas. Para tanto, pode-se lançar algumas

perguntas como:

O que provoca esse problema? Qual é causa de sua ocorrência?

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 55

10.3.4 Análise e Priorização de Solução

Identificadas e validadas as causas dos problemas, repete-se o processo de discussão

dos colaboradores, em conjunto com o Multiplicador para descobrir possíveis soluções.

Para tanto, pode-se perguntar, por exemplo:

O que pode ser feito para eliminar a causa do problema? O que pode ser feito

para minimizar o problema de imediato?

Observe que as soluções estão diretamente relacionadas com as causas do problema.

Portanto, a partir da solução das causas, conseqüentemente, estar-se-á atuando no

próprio problema.

Na solução de problemas, a tendência é focar nos

problemas e não se vislumbrar soluções. É

necessário que o Facilitador estimule o debate sobre

as soluções, evitando concentrar-se somente nas

explicações e justificativas.

É aconselhável que, para cada problema, sejam identificadas soluções de curto, médio e

longo prazos, conforme o caso. Tais soluções podem ser consideradas da seguinte forma:

Correções: ações tomadas para resolver o problema de imediato, são as de

curto prazo;

Ações corretivas: aquelas que têm o objetivo de eliminar a causa do

problema. Atuam sobre o fato gerador do problema, de forma a evitar que

ele ocorra novamente. Geralmente, são adotadas em médio e/ou em longo

prazo;

Ações preventivas: são ações adotadas com o intuito de eliminar a causa de

um potencial problema ou de uma possível situação indesejável. Também

são adotadas em médio e/ou em longo prazo;

Ações de encaminhamento: são ações que visam dar andamento à solução

de determinado problema que está fora do âmbito de responsabilidade do

GT. São, geralmente, ações de articulação e/ou negociação. Podem ser de

curto, médio ou longo prazo.

Definidas as soluções, o Facilitador deverá proceder à priorização, perguntando:

Qual é o problema que deve ser tratado com maior prioridade?

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

56 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

Para isso, podem ser adotados os conceitos básicos da matriz G.U.T (gravidade, urgência

e tendência), conforme instruções do item 15.3, do capítulo 15 deste Manual.

Priorizados os problemas, prossegue-se com a indicação de responsáveis e definição de

prazos para a implementação das soluções, de acordo com a ordem de priorização, de

forma que, ao final, esteja pronta a Árvore de Solução.

Concluídas essas atividades, o resultado poderá ser montado no painel da seguinte

forma:

Observe que, nem sempre, o GT terá governabilidade para atuar na implementação das

soluções sugeridas, porém, há que se considerar que, na maioria das vezes, é possível a

adoção de medidas que, pelo menos, amenizem os impactos do problema no dia a dia.

Mesmo que o GT não possa implementar ação de solução, deve-se definir uma ação de

encaminhamento, tendo em vista que o problema deve ser resolvido e os responsáveis

serem informados, pois, muitas vezes, eles podem desconhecer a ocorrência de tais

problemas.

10.4 Conclusão desse Passo

Os resultados obtidos nesse passo são registrados em forma de um cronograma de

encaminhamento (Formulários do Manual), que deverá ser compartilhado com todos os

interessados. O Multiplicador é o responsável por essas providências e pela articulação

com outros envolvidos nas soluções dos problemas.

Finalizado esse passo, dar-se-á início a Modelagem do Processo, na qual serão

discutidos e analisados todos os resultados alcançados até agora. É onde se promovem

as melhorias do processo em estudo.

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 57

11 MODELAGEM DO PROCESSO

Gestão de Processos Organizacionais

Pla

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Painel de Bordo

- Ferramentas: Técnica de Moderação por Cartelas e Fluxograma

- Formulário: Diagrama de Interação do Processo

- Resultado: Novo Desenho do Processo

Mapeamento Elaboração do

Plano de Trabalho

Monitoramento e Avaliação

Levantamento das Etapas e

Normas

Identificação dos Elementos do

Processo

Desenho dos Fluxogramas

Atuais

Pré-requisitos da Gestão de

Processos

Modelagem do Processo

Redesenho Árvore de Soluções

Sistema de Medição de

Desempenho

Proposta de Simplificação

Fim Implementação

do Novo Processo

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

58 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

11.1 Macro Visão desse Passo

ENTRADAS PROCESSOS SAÍDAS

- E1-MDP: Formulário de

Identificação dos Elementos do

Processo preenchidos (S1-IEP);

- E2-MDP: Fluxogramas atuais

desenhados (S1-DFA);

- E3-MDP: Cronograma de

Encaminhamentos (S1-ARS);

- E4-: Resultado da avaliação da

Aplicação dos Indicadores (S3-

SMD).

- S1-MDP: Diagrama de

Interação do Processo

Desenhado (E1-SMD);

- S2-MDP: Desenho do Novo

Processo, incluindo o ciclo PDCA

(E2-SMD).

Legenda:

1. Enº: entrada, número da entrada;

2. MDP: Modelagem do Processo;

3. IEP: Identificação dos Elementos do Processo;

4. DFA: Desenho dos Fluxogramas Atuais;

5. ARS: Árvore de Soluções;

6. SMD: Sistema de Medição de Desempenho;

7. Snº: saída, número da saída.

11.2 O que é a modelagem?

É o momento de examinar os diversos aspectos do processo de trabalho de maneira que

possibilite a implementação de melhorias.

A modelagem permite a visualização integral do processo em estudo.

Identificar as condições de Realização

das Atividades

Fazer Análise do Ciclo PDCA

Fim

Desenhar o Novo Processo

Fazer Análise de Coesão e

Acoplamento

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 59

11.3 Como fazer a Modelagem?

Após a realização do passo de elaboração da Árvore de Soluções, o Multiplicador tem

condições de identificar diversas causas geradoras de problemas acerca do processo de

trabalho.

Todas essas causas serão objetos de análise que subsidiarão o desenvolvimento das

atividades desse passo, que deverá ser executado junto ao GT, podendo, para isso, ser

utilizada a Técnica de Moderação por Cartelas (Ferramentas do Manual). A etapa de

Modelagem compreende:

I - Identificação das Condições para Realização das Atividades

a) definição da finalidade das atividades;

b) identificação das principais necessidades dos cidadãos/usuários; e

c) identificação dos recursos necessários a cada atividade (profissionais,

máquinas, softwares, e outros.).

II - Análise e Melhoria das Atividades

a) análise de coesão e acoplamento; e

b) análise do ciclo PDCA.

III - Desenho do Novo Processo

11.3.1 Identificação das Condições para Realização das Atividades

11.3.1.1 Definição da Finalidade das Atividades

Consiste em se definir, de forma descritiva e sucinta, qual é o objetivo de cada um das

atividades de trabalho.

EXEMPLO: A finalidade da atividade “Requisição” poderia ser:

Finalidade:

Iniciar o processo licitatório

A partir dessa constatação, avalia-se a real importância da atividade, podendo-se verificar

se agrega valor e se está alinhado com as estratégias institucionais.

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

60 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

11.3.1.2 Identificação das Principais Necessidades dos Cidadãos/Usuários

Um processo de trabalho, para atender a sua finalidade, deve gerar um resultado que

satisfaça o cidadão/usuário. É importante que se faça um levantamento dos resultados

que são esperados pelos cidadãos/usuários com a execução do processo.

Sugere-se que o GT responda a seguinte pergunta:

Quais são as necessidades dos cidadãos/usuários referentes as atividades

de trabalho?

No caso do exemplo do Manual:

Quais as necessidades dos cidadãos/usuários referentes a atividade

“Requisição”?

Uma vez identificadas tais necessidades, o Multiplicador poderá fazer o registro das

informações da seguinte maneira:

Necessidades do Cidadãos/Usuários

Quantificação do bem/serviço

Especificação correta do bem/serviço

Prazo de entrega

Local da entrega

Automação do processo

Confiabilidade no sistema

Acesso, via internet, para acompanhamento do processo.

11.3.1.3 Identificação dos Recursos Necessários as Atividades

Para a plena execução do processo de trabalho, é necessário o atendimento a

determinadas condições, que podem ser definidas como os recursos necessários ao

desenvolvimento do processo.

Esses recursos podem ser categorizados da seguinte forma:

Competências individuais: são os conhecimentos, habilidades e atitudes

necessárias aos profissionais para a execução da atividade;

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 61

Tecnológicos: dizem respeito ao elemento da informática que serve de suporte ao

desenvolvimento do processo. São eles equipamentos, software e outras

tecnologias da informação;

Materiais: estão relacionados à infra-estrutura básica, sistema de instalações,

equipamentos e serviços necessários para a operação do órgão, tais como:

ambiente de trabalho, local para armazenamento, telefone, fax, equipamento de

limpeza, e outros;

Informacionais: são os relativos a informações, documentos, manuais, normas; e

Financeiros: referem-se aos custos e investimentos necessários á

operacionalização do processo.

Para o exemplo dado, os recursos necessários seriam;

Recursos Necessários

Comissão;

1 micro computador;

Sistema de protocolo

Sala adequada;

acesso à Internet;

mesas e cadeiras;

Equipe de apoio, composta por 03 (três) funcionários de carreira

Lei 8.666/93;

Lei 10.520/02;

Legislação aplicável

Pode ocorrer de, durante esse levantamento, se observar que faltam ou que sobram

recursos. É necessário que se proceda à análise de adequação desses mecanismos, de

forma que se registrem as condições ideais para o trabalho.

A partir dos resultados dessas análises realizadas, o Multiplicador deverá proceder à

consolidação de todas as informações mediante o desenho dos Diagramas de Interação

do Processo (Ferramentas do Manual).

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

62 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

O Diagrama de Interação facilita a implementação das melhorias, pois engloba todas as

informações acerca das atividades de forma clara e concisa, o que possibilita a rápida

recuperação e a pronta atualização das informações.

O preenchimento dos Diagramas de Interação do Processo de LICITAÇÃO contemplaria

um diagrama para cada atividade identificado. Utilizando o exemplo da atividade

“Requisição”, um dos diagramas poderia ser o seguinte:

Finalidades

Iniciar o processo licitatório

ENTRADAS ATIVIDADE SAÍDAS

- Relação de bens e serviços que se necessita;

- Planilha de recursos financeiros;

- Orçamento anual.

- Relação de bens e serviços

solicitados;

- Análise dos dados quanto à especificação;

- Disponibilidade de recursos orçamentários para compra dos bens/serviços

Necessidades Recursos Pontos de Controle

Quantificação do bem/serviço;

Especificação correta do bem/serviço;

Automação do processo;

Confiabilidade no sistema;

Acesso, via internet, para acompanhamento do processo.

1 micro computador;

sistema de protocolo;

sala adequada;

acesso à Internet;

mesas e cadeiras;

equipe de apoio composta de 03 (três0 funcionários de carreira;

Lei 8.666/93;

Lei 10.520/02.

Este campo será preenchido quando da Análise do PDCA (item 7.3.2.2, desde capítulo)

Os Diagramas de Interação do Processo auxiliam na construção da proposta de

melhorias, que será representada no Desenho do Novo Processo.

11.3.2 Análise e Melhoria das Atividades

A análise de melhoria consiste em verificar as possibilidades de reformulação da

atividade, de modo que se produza o máximo de resultado ao menor custo possível.

O Multiplicador deverá apoiar-se nas informações obtidas quando da análise das

condições de realização da atividade, para então examinar o seu fluxo.

Para isso, serão utilizados os “Desenhos dos Fluxogramas Atuais” (Fase 2 – Mapeamento

dos Processos), que serão analisados conforme o que se segue:

REQUISIÇÃO

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 63

11.3.2.1 Análise de Coesão e Acoplamento

A análise das atividades, visando a melhorias, requer o tratamento adequado das

atividades à luz de dois conceitos: coesão e acoplamento.

Coesão significa interdependência entre etapas, sendo que uma não é executada, em

hipótese alguma, sem a ligação com a outra. Percebe-se a coesão claramente quando, na

mudança de algum aspecto relacionado com a execução de uma etapa, ocorre um

impacto grande em outra etapa.

Para essa análise, o Multiplicador deverá, a partir dos Fluxogramas Atuais, observar o

seguinte:

a incidência de atividades de vai-e-volta;

existência de sobreposições ou omissões de etapas ; e

a ausência ou irregularidade na seqüência das etapas .

Acoplamento significa interdependência entre agrupamentos de etapas, ou seja, entre

atividades de trabalho. O baixo grau de acoplamento entre as atividades vai permitir que

sejam feitas alterações em um deles, ocorrendo pouco, ou nenhum, impacto sobre o

outro. A fronteira entre atividades com baixo grau de acoplamento é perfeitamente

identificada e visualizada, facilitando a distribuição de responsabilidades e cargas de

trabalho, além de permitir um controle e uma gestão mais precisas.

Na análise do acoplamento, deve-se observar o seguinte:

a existência de muita dependência de uma atividade em relação a outra;

a existência de sobreposições ou omissões de atividades; e

a ausência ou irregularidade nas interações entre as atividades,

Apesar de o grau de acoplamento necessitar ser minimizado, ele não deverá ser nulo,

pois deve haver um mínimo de interação entre as atividades, o que é observado a partir

das interfaces entre eles (as saídas de uma atividade serão as entradas de outra, a

atividade seguinte, conforme a ordem lógica de ação).

O resultado da análise da coesão e do acoplamento será registrado no Desenho do

Novo processo, uma vez que será a expressão das melhorias das etapas desenvolvidas

para a consecução dos resultados do processo como um todo.

Tão importante quanto essa analise é a verificação da agregação de valor que cada

etapa e atividade é capaz de gerar. Portanto, de posse da análise das condições de

realização da atividade e da coesão e acoplamento, torna-se possível visualizar com mais

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

64 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

clareza a possibilidade de eliminação de alguma etapa ou atividade que, eventualmente,

não adicione valor ao produto/serviço gerado.

A melhoria do novo processo requer a máxima

coesão entre as etapas e o mínimo acoplamento entre

as atividades.

11.3.2.2 Análise do Ciclo PDCA

Durante a análise dos fluxogramas das atividades, o Multiplicador deve estar atento ao

cumprimento do ciclo PDCA (Planejamento-Desenvolvimento-Controle-Ação Corretiva),

que deve estar presente em qualquer processo de trabalho, onde:

Planejamento: atividades de planejamento do trabalho a ser realizado, ou seja,

planejamento das etapas desenvolvidas na atividade;

Desenvolvimento: atividades de execução são as que realizam o trabalho

planejado, ou seja, de realização da atividade;

Controle: atividades de medição, de avaliação e acompanhamento do trabalho que

foi executado, ou seja, da atividade; de forma a identificar a diferença entre o que

foi realizado e o que foi planejado. Especial atenção deve ser dada aos Pontos de

Controle que são aqueles que geram regras ou restrições quanto à execução do

processo de trabalho. Eles podem ser:

- Temporais: data de retorno, prazo de entrega, tempo de espera,

período para realização do serviço, e outros;

- Numéricos: índice de reclamação, grau de satisfação do

cidadão/usuário; e outros;

- De Ação: controle da qualidade, verificação automática pelo sistema,

verificação pelo cidadão/usuário, buscas automáticas, e outros.

Utilizando o exemplo da atividade Requisição, os Pontos de Controle poderiam ser os

seguintes:

Pontos de Controle

Qualidade da especificação do produto/serviço;

Tempo de análise

Disponibilidade de recursos

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 65

Os pontos de controle identificados deverão servir de subsídio para orientar a construção

dos indicadores que serão objeto do próximo passo - Sistema de Medição de

Desempenho da Atividade.

Ação Corretiva: agir corretivamente sobre a diferença identificada. Tal atuação

pode ser sobre o que foi feito (retrabalho, reparo, ajuste.) ou sobre o que foi

planejado.

Diante da constatação da ausência ou da insuficiência das ações do ciclo PDCA, o

Multiplicador deve propor a sua inclusão e/ou melhoramento nas atividades. Dessa forma,

o ciclo PDCA será parte integrante da atividade e, portanto, também deverá ser

representado no Desenho dos Novos Fluxogramas.

11.3.3 Desenho do Novo processo

De posse dos Diagramas de Interação do Processo, das análises de Coesão e

Acoplamento e do Ciclo PDCA, o GT terá os elementos necessários à construção da

proposição de melhorias das atividades de trabalho, que serão retratadas no Desenho do

Novo Processo.

Ao iniciar o Desenho do Novo processo, o

Multiplicador deverá ter em mente que o fluxo que

será desenhado, representará a forma como o

processo passará a funcionar a partir das melhorias

propostas.

Após desenhar todos os fluxogramas referentes ao Novo Processo, o Multiplicador terá

em mãos uma sugestão de melhoria que deverá ser submetida à validação pelas áreas

pertinentes.

Durante a validação, deve-se considerar:

sugestões passíveis de implementação imediata;

sugestões que, para sua implementação, é necessária articulação/negociação com

outros agentes institucionais;

sugestões que dependem de suporte da Tecnologia da Informação;

sugestões infactíveis;

sugestões que dependem de alteração da legislação.

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

66 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

Após tal validação, deverá ser feita a revisão dos desenhos apresentados, com base nas

sugestões/observações do GT, podendo ser gerados desenhos alternativos, para a

implementação das melhorias.

Nesse caso, poderão surgir duas alternativas de desenhos:

Fluxo ideal: é o melhor resultado alcançado pela equipe para a execução da nova

atividade, mas depende de fatores que impedem sua implementação imediata.

Fluxo implementável: é o desenho que considera parte das melhorias

recomendadas pelo desenho ideal, e que tornam possível a implementação

imediata da nova forma de funcionamento da atividade.

11.4 Conclusão desse Passo

O resultado desse passo é o desenho do Diagrama de Interação do Processo e o

Desenho do Novo Processo de trabalho, com as propostas de melhoria.

Com esses desenhos prontos, inicia-se o passo de definição do Sistema de Medição de

Desempenho.

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 67

12 SISTEMA DE MEDIÇÃO DE DESEMPENHO

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Painel de Bordo

- Formulário: Cadastro de Indicadores

- Resultado: Sistemática de medição e Indicadores formulados

Mapeamento Elaboração do

Plano de Trabalho

Monitoramento e Avaliação

Levantamento das Etapas e

Normas

Identificação dos Elementos do

Processo

Desenho dos Fluxogramas

Atuais

Pré-requisitos da Gestão de

Processos

Sistema de Medição de

Desempenho Redesenho

Árvore de Soluções

Modelagem de Processo

Proposta de Simplificação

Fim Implementação

do Novo Processo

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

68 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

12.1 Macro Visão desse Passo

ENTRADAS PROCESSOS SAÍDAS

- E1-SMD: Diagrama de

Interação do Processo

Desenhado (S1-MDP);

- E2-SMD: Desenho do Novo

Processo, incluindo o ciclo PDCA

(S2-MDP).

- S1-SMD: Indicadores

Definidos (E3-INP);

- S2-STM: Indicadores

aplicados;

- S3-STM: Resultados da

avaliação da Aplicação dos

Indicadores (E4-MDP)

Legenda:

1. Enº: Entrada, número da entrada;

2. SMD: Sistema de Medição de Desempenho;

3. MDP: Modelagem do Processo;

4. Snº: Saída, número da saída.

5. INP: Implementação do Novo Processo

12.2 O que é o Sistema de Medição de Desempenho

É a denominação que se dá à atividade sistemática e contínua de medir e avaliar a

eficiência, a eficácia, a economicidade e a efetividade dos processos, por meio da

aplicação de indicadores previamente formulados.

Indicadores são definidos e escritos com o uso da linguagem matemática e servem de

parâmetros de referência para medir a eficiência, a eficácia, a economicidade e a

efetividade das atividades.

Para a formulação dos indicadores, deverão ser considerados os pontos de controle

delineados, conforme a análise do ciclo PDCA na Modelagem do Processo, que estejam

Construir Indicadores

Fim

Avaliar Resultados

Aplicar Indicadores

Aperfeiçoar Processos

Ajustar Indicador

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 69

relacionados com a eficiência, a eficácia, a economicidade e a efetividade da

atividade.

Eficiência se define como a capacidade de empregar da melhor maneira a relação entre

os meios disponíveis para obtenção do efeito que se deseja. Está relacionada com os

recursos utilizados na atividade.

Eficácia se define como a capacidade de obter o efeito que se deseja (os meios não são

considerados). Está relacionada com o resultado gerado pela atividade.

Economicidade se define como a minimização dos custos de uma atividade, sem o

comprometimento dos padrões de qualidade.

Efetividade se define como a capacidade que uma ação tem de ser continuada de forma

a manter ou melhorar seus resultados.

Exemplos de indicadores:

1. Indicador de eficácia da atividade “Requisição” = quantidade de

solicitações atendidas no prazo em relação ao total de solicitações pedidas.

2. Indicador de eficiência da atividade “Requisição” = total de recursos

empregados por seção.

3. Indicador de economicidade da atividade “Requisição” = quantidade de

recursos executados em relação aos recursos planejados.

4. Indicador de efetividade da atividade “Requisição’’ = quantidade de

solicitações atendidas no prazo em relação ao total de solicitações

efetuadas em três anos.

É necessário associar o indicador a uma faixa de aceitação. A faixa de aceitação baliza a

aceitação dos resultados obtidos com a aplicação do indicador. Valores obtidos que estão

dentro da faixa são aceitáveis, enquanto valores fora da faixa indicam que é necessário

investigar as condições que redundaram no resultado.

Exemplos de faixas de aceitação para os indicadores:

1. Faixa de Aceitação do Indicador de eficácia da atividade

“Requisição”- entre 60 e 80 % de solicitações atendidas.

2. Faixa de Aceitação do Indicador de eficiência da atividade

“Requisição”- entre 20 e 40 % de solicitações atendidas por seção.

3. Faixa de Aceitação do Indicador de economicidade da atividade

“Requisição”- entre 20 a 30% do valor total das aquisições economizado.

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

70 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

4. Faixa de Aceitação do Indicador de efetividade da atividade

“Requisição”- entre 70 a 90 % das solicitações atendidas no prazo.

O foco das ações de desburocratização está na racionalização e otimização dos

processos de trabalho e na desregulamentação dos instrumentos legais, visando atender

aos clientes internos (funcionários ou servidores públicos) e usuários externos e

proporcionar ao cidadão qualidade e satisfação em relação aos serviços prestados.

A avaliação das ações de desburocratização desenvolvidas é realizada buscando:

- verificar em que grau as metas estabelecidas foram atingidas; e

- identificar os impactos decorrentes destas ações.

Esta Avaliação de Desempenho deverá ser realizada após o decurso de um determinado

espaço de tempo, planejado quando da elaboração do Sistema de Medição do

Desempenho, necessário a que ações de desburocratização possam começar a produzir

os efeitos desejados.

12.3 Como Implementar o Sistema de Medição de Desempenho?

O Sistema de Medição de Desempenho é realizado em três etapas: Construção,

Aplicação e Avaliação.

12.3.1 Construção do Sistema de Medição de Desempenho

12.3.1.1 Indicadores de Desempenho

Na Construção, serão formulados os indicadores de cada atividade e os responsáveis

por sua medição e acompanhamento.

Para a construção de cada indicador, as seguintes informações devem ser registradas:

Nome da atividade;

Qual a área a que pertence a atividade;

Quem será o responsável pela definição dos indicadores;

Nome do Indicador;

Unidade de Medida do Indicador;

Tipo do Indicador - se ele mede a eficiência, a eficácia e a efetividade;

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 71

Descrição do Indicador – descrição sucinta do que o indicador mede ou

demonstra;

Fórmula de Cálculo – detalhamento da fórmula de cálculo, com descrição

dos seus elementos constituintes e respectivas unidades de medida,

inclusive se algum elemento for outra fórmula, descrevê-la por completo;

Origem dos Componentes da Fórmula de Cálculo – indicação da fonte de

onde será retida a informação para cada elemento da fórmula;

Faixa de Aceitação – definição da faixa de aceitação do indicador (limites

inferior e superior da faixa);

Interpretações Possíveis – descrição de como interpretar os valores obtidos

pela aplicação do indicador (colocar exemplos quando possível);

Periodicidade de Aplicação – definição da periodicidade de aplicação do

indicador (semanal, quinzenal, mensal, etc).

A ferramenta de apoio a ser utilizada será o formulário Cadastro de Indicadores, disposto

no item 17.4.

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

72 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

Exemplo do formulário preenchido:

Cadastro de Indicadores

Nome da Atividade Área Responsável Nome do Responsável

Requisição Departamento de Compras Presidente da Comissão de Licitação

Nome do Indicador Unidade de Medida Tipo Versão (dd/mm/aaaa)

04/07/2006 Índice de solicitações atendidas no prazo (ISA)

Percentual Eficácia

Descrição do Indicador Fórmula de Cálculo Origem dos componentes da fórmula de cálculo

Mede o índice de atendimento às solicitações no prazo.

SAP = quantidade de solicitações atendidas no prazo. TSP = total de solicitações pedidas. SAP x 100 TSP

Livro registro de solicitações

Interpretações Possíveis Faixa de Aceitação

Valores até 60% indicam que se está em uma faixa de risco, pois pode inviabilizar futuras aquisições.

O número de atendimento fora do prazo pode ser insuficiente para atender as rotinas da Secretaria.

Valores entre 60 e 80% indicam que se está em uma faixa aceitável.

O número de atendimento é suficiente para atender as rotinas da Secretaria.

Valores acima de 80% indicam aumento de eficácia do processo

Quanto maior o número, mais eficaz é o processo.

Valores maiores ou iguais a 60% e menores ou iguais a 80%.

Periodicidade de Aplicação Periodicidade de Avaliação

Após cada solicitação Trimestral

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 73

12.3.1.2 Indicadores de Impacto

12.3.1.2.1 Marco de Referência

12.3.1.2.1.1 O que é a Identificação do Marco de Referência

É o passo em que serão identificados os principais fatores relacionados à necessidade de

implantação das ações de desburocratização, a situação encontrada, o referencial para

comparação entre a situação atual encontrada e o resultado projetado, os principais

fatores de influência, os problemas e as respectivas ações adotadas.

12.3.1.2.1.2 Como realizar a Identificação do Marco de Referência

Para facilitar a coleta das informações necessárias para o devido acompanhamento do

programa e, conseqüentemente, de sua avaliação, é utilizado o Formulário de

Identificação do Marco de Referência das Ações, contendo os campos:

Nome do gestor: nome do gestor que está respondendo o formulário.

Cargo do gestor: cargo do gestor que está preenchendo o formulário.

Nome do Órgão em que trabalha: nome do Órgão que trabalha o gestor, com

identificação da área.

Situação encontrada: detalhamento da situação problema que levou o processo a ser

priorizado a ser apresentada na matriz de acompanhamento de desempenho de impacto.

Principais fatores de influência: identificação dos principais fatores de influência para a

situação encontrada (recomendação de identificação de, no máximo, cinco fatores). Os

fatores de influência diferem dos problemas por representarem o que pode influenciar

determinada situação - e não o “fim” da mesma.

Identificação dos problemas: identificação dos principais problemas em relação à

situação encontrada (recomendação de identificação de, no máximo, três problemas).

Identificação das ações adotadas: identificação das principais ações adotadas na

tentativa de solucionar o problema encontrado (recomendação de identificação de, no

máximo, duas ações).

Informações complementares: espaço reservado para outras informações relevantes

sobre o processo, que apresentem relação direta ou indireta com os problemas

identificados (espaço livre ao gestor).

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

74 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

FORMULÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DO MARCO DE

REFERÊNCIA DAS AÇÕES

Data

IDENTIFICAÇÃO DO ÓRGÃO OU ENTIDADE

Nome do gestor:

Cargo do gestor:

Nome do Órgão em que trabalha:

INFORMAÇÕES DE AVALIAÇAO – PROGRAMA, PROJETO OU AÇÃO

Situação encontrada:

Principais fatores de influência:

Identificação do(s) problema(s) e da(s) ação(ões) adotada(s)

Problemas Ações

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

12.3.1.2.2 Matriz para Identificação e Acompanhamento de Impacto

12.3.1.2.2.1 O que é a Estruturação da Matriz de Identificação e Acompanhamento

de Impacto

A Matriz de Acompanhamento de Impacto representa o desdobramento da identificação

do marco de referência e abrange a avaliação das ações implementadas, por intermédio

de indicadores de desempenho, observados nas perspectivas básicas estabelecidas pela

Secretaria, alinhadas aos seus objetivos.

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 75

A matriz de avaliação de impacto objetiva proporcionar: o acompanhamento das ações e

de seus resultados, por meio de indicadores claros e precisos; a avaliação das ações do

programa por parte das próprias organizações participantes; e a divulgação dos

resultados positivos alcançados.

12.3.1.2.2.1.1 Como preencher a Matriz de Identificação e Acompanhamento de

Desempenho e de Impacto

O preenchimento da matriz ocorrerá a partir da definição da ação a ser executada em

consonância com os objetivos/perspectivas da Secretaria, alinhada aos objetivos do mapa

estratégico da SEFIN. Sua aplicação tem por objetivo avaliar os principais impactos

diretos e indiretos das ações, como também os resultados organizacionais, considerada a

necessidade de uma avaliação integrada para a implementação plena do modelo

proposto.

Além da possibilidade do acompanhamento dos resultados das ações, a matriz auxiliará o

gestor na compreensão dos resultados a partir das perspectivas adotadas.

Ao implementar novas ações, o gestor terá a consciência de que elas poderão gerar

impactos múltiplos, desenvolvendo a percepção sistêmica dos efeitos da ação sobre os

objetivos da Secretaria.

Esta Matriz permitirá o acompanhamento e a avaliação dos impactos das ações de

desburocratização, por meio de formulário pré-estruturado e de fácil preenchimento,

contendo os campos:

Objetivo: ao definir a(s) ação(ões) deverá(ão) ser identificado(s) o nível de maior impacto

em relação à Secretaria, bem como a perspectiva a qual o objetivo pertence dentro das

pré-estabelecidas. Ex: melhorar o atendimento fornecido aos beneficiários (objetivo que

pode ser classificado ou na perspectiva social ou na perspectiva de processos – a

depender dos critérios adotados para a elaboração do mapa estratégico da SEFIN.

Situação problema: situação que justifica a realização da ação proposta de melhoria,

representada, para fins específicos da avaliação de impacto, pelas ações de desempenho

geral e de desburocratização relacionadas aos objetivos organizacionais (vide separação

em origem feita a seguir).

Ação: a(s) ação(ões) de desburocratização será(ão) definida(s) a partir do

estabelecimento dos objetivos da Secretaria. Ex: melhorar o atendimento fornecido aos

contribuintes – objetivo; disponibilizar via Internet os formulários de pedido de alvará –

ação.

Meta: para fins específicos do modelo de avaliação proposto, ao se definir a ação, deverá

ser traçada a meta a ser alcançada. Preferencialmente, a meta deverá ser objetiva e

passível de mensuração em termos quantitativos. É importante ressaltar que para cada

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

76 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

objetivo, assim como para cada ação, poderão ser definidas uma ou mais metas. Ex:

aumentar em 10% a quantidade de cidadãos atendidos pelo Programa no período de 6

meses (meta 1); melhorar a qualidade/diminuir a quantidade de reclamações em 30% no

período de 8 meses (meta 2).

Indicador: depois de definida(s) a(s) meta(s) é preciso acompanhamento. Para que cada

meta possa ser mensurada, é preciso estabelecer indicadores de desempenho e de

impacto correspondentes. Exemplo de indicador de desempenho: número de processos

feitos com qualidade; exemplo de indicador de impacto: nível de satisfação do

beneficiário.

Dimensão: depois de definido o indicador, é preciso classificar a sua natureza em função

dos critérios de eficiência, eficácia, efetividade e economicidade. Para tanto, serão

consideradas as definições para classificação dos indicadores:

- eficiência: melhor relação possível entre os produtos (bens e serviços)

gerados por uma atividade e os custos dos insumos empregados em um

determinado período de tempo;

- eficácia: grau de alcance das metas programadas, em um determinado

período de tempo, independentemente da utilização dos recursos

empregados;

- efetividade: relação entre os resultados alcançados e os objetivos que

motivaram a atuação institucional, entre o impacto previsto e o impacto real

de uma atividade; e

- economicidade: minimização dos custos de uma atividade, sem

comprometimento dos padrões de qualidade. Refere-se à capacidade de

uma instituição de gerir adequadamente os recursos financeiros a sua

disposição.

Descrição: depois de definido o indicador, é preciso descrever a forma de mensuração

para avaliação. Ex:

- indicador: número de pessoas atendidas;

- descrição: número de pessoas atendidas em determinado período (forma de

cálculo do indicador).

Faixa aceitável: estabelecimento dos valores mínimo aceitável e do máximo esperado

em relação ao desempenho esperado e o desejado. O alinhamento da “faixa aceitável” é

feito a partir da identificação da meta e do objetivo específicos da ação.

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 77

Ex:

- valor mínimo – atender 5% de todos os processos pela internet;

- valor máximo – atender 25% de todos os processos pela internet.

Local: indica o local onde a informação deverá ser coletada. Local físico (Órgão,

departamento, setor, seção e outros) e a fonte (documento, sistema e outros). Ex:

Departamento de informática /Sistema de Acesso a Internet.

Freqüência: representa a freqüência de mensuração dos resultados. Ex: diário, semanal,

mensal, trimestral e outros. A freqüência de coleta dos dados poderá ser diferente da

freqüência de avaliação dos mesmos. Ex:

- coleta dos dados: mensal;

- avaliação dos indicadores: trimestral (avaliação do acumulado).

Responsável: área e profissional responsável pelo acompanhamento da ação e,

conseqüentemente, pela mensuração do resultado. O responsável será a pessoa que irá

fornecer a atualização do indicador.

Resultado: resultados mensurados a partir dos indicadores verificados. O resultado

deverá ser avaliado, quando possível, em, no mínimo, três momentos principais: antes do

início da ação, três e quinze meses após a implementação da ação.

Guia de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

78 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

Matriz de acompanhamento – matriz para identificação e acompanhamento de impacto.

PE

RS

PE

CT

IVA

I

Objetivo Situação Problema

Ação/Origem Meta Indicador Dimensão Descrição

Faixa Aceitável

Local Freq. Resp.

Resultado

Mín. Máx. Pré 3 M 15 M

Objetivo 1 Situação 1

Ação 1 DESB Meta 1 Indicador 1 Dimensão 1 Descrição do indicador 1

x y Local 1 Frequência 1 Responsável

1 a b c

Ação 1n GP Meta n Indicador n Dimensão n Descrição do indicador n

X% y% Local n Frequência n Responsável

n e f g

Objetivo 2 Situação 2

Ação 2 DESB Meta 2 Indicador 2 Dimensão 2 Descrição do indicador 2

x y Local 2 Frequência 2 Responsável

2 a b c

Ação 2n GP Meta n Indicador n Dimensão n Descrição do indicador n

X% y% Local n Frequência n Responsável

n e f g

PE

RS

PE

CT

IVA

II

Objetivo Situação Problema

Ação/Origem Meta Indicador Dimensão Descrição

Faixa Aceitável

Local Freq. Resp.

Resultado

Mín. Máx. Pré 3 M 15 M

Objetivo 1 Situação 1

Ação 1 DESB Meta 1 Indicador 1 Dimensão 1 Descrição do indicador 1

x y Local 1 Frequência 1 Responsável

1 a b c

Ação 1n GP Meta n Indicador n Dimensão n Descrição do indicador n

X% y% Local n Frequência n Responsável

n e f g

Objetivo 2 Situação 2

Ação 2 DESB Meta 2 Indicador 2 Dimensão 2 Descrição do indicador 2

x y Local 2 Frequência 2 Responsável

2 a b c

Ação 2n GP Meta n Indicador n Dimensão n Descrição do indicador n

X% y% Local n Frequência n Responsável

n e f g

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 79

12.3.2 Aplicação do Sistema de Medição de Desempenho

O acompanhamento dos indicadores deve se constituir numa atividade regular, estando

inserida no contexto das atividades. Portanto, o principal responsável por realizar essa

atividade é o próprio responsável pela execução da atividade.

Quando a medição aponta para problemas (necessidades ou dificuldades), torna-se

necessário tecer consideração acerca do resultado obtido. É necessário investigar as

causas, analisar conseqüências e apresentar propostas para que ações de

ajuste/correção sejam desencadeadas no curto prazo.

As seguintes informações devem ser registradas em cada ocorrência de aplicação do

indicador:

Data da aplicação;

Resultado obtido – indicação do valor obtido em relação à faixa de

aceitação;

Considerações acerca do resultado obtido – categorização do problema

(condições internas ou externas) e descrição sucinta das causas,

conseqüências e proposições.

A ferramenta de apoio para o registro de ocorrência de aplicação do indicador é o

formulário Aplicação de Indicadores, disposto neste Manual e deve ser preenchido como

no exemplo abaixo.

Formulário Aplicação de Indicadores

Nome da Atividade Área Responsável Nome do Responsável

Requisição Depto. Compras Presidente da Comissão de Licitação

Data da Aplicação Resultado Considerações O que fazer

11/06/2006

SAP = 45 x 100 = 64,29 % TSP ISA

Valor encontrado a faixa de aceitação, porém, próximo ao limite inferior

Padronizar os modelos de pedido de material ou serviços.

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

80 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

12.3.3 Avaliação do Sistema de Medição de Desempenho

A avaliação do Sistema de Medição de Desempenho é a análise do histórico dos

resultados dos processos, para verificar sua tendência, comparando com referencial

externo, e subsidiar o processo decisório por intermédio de fatos e dados concretos.

As constantes transformações nos ambientes organizacionais, associadas à aplicação

sistemática e contínua dos indicadores, auxiliam na criação de um quadro amplo sobre a

evolução da atividade em termos de eficiência, eficácia, economicidade e efetividade.

Esse quadro só é possível de se obter após certo período de tempo, quando já existe

algum histórico de resultados.

O histórico de resultados obtidos é então avaliado, subsidiando ações de

aperfeiçoamento da própria atividade, ou de ajuste nos indicadores (calibragem).

Na avaliação, os executores das atividades devem buscar:

Observar a tendência dos resultados: indica a evolução temporal do que tem

acontecido no período considerado;

Comparar com alguma referência externa: permite estabelecer a posição em

relação ao ambiente externo representado pelo benchmark, pela

concorrência, se for o caso, ou outra fonte suficientemente confiável de

referência, em relação a algum processo ou atividade similar.

Aperfeiçoar o processo ou atividade significa redesenhá-lo, implementando melhorias

que foram percebidas como resultado do monitoramento. Assim, poderá orientar um novo

ciclo de aplicação do Manual de Gestão de Processos.

A calibragem consiste em ajustar a faixa de aceitação dos indicadores, alargando ou

reduzindo o intervalo contido entre o limite superior e o inferior (significa ajustar a

tolerância dos resultados), uma vez que estes poderiam estar muito rigorosos ou

benevolentes. Diversos fatores intrínsecos aos processos podem justificar a calibragem,

como a melhoria ou a piora da eficiência, da eficácia, da economicidade e da efetividade

do processo (ou atividade) e condições sazonais (férias de servidores, picos não previstos

de carga de trabalho, entre outras), por exemplo.

A avaliação do Sistema de Medição de Desempenho é a análise do histórico dos

resultados dos processos, para verificar sua tendência, comparando com referencial

externo, e subsidiar o processo decisório por intermédio de fatos e dados concretos.

Constituir um histórico de resultados é fundamental para “aprender” com a aplicação dos

indicadores. Sendo assim, não é recomendável promover ajustes nos limites de aceitação

em intervalos curtos de tempo.

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 81

A aplicação contínua e sistemática dos indicadores

garante elementos mais consistentes para o

aperfeiçoamento dos processos (ou atividades) e para

a calibragem dos indicadores.

12.3.3.1 Formulário Complementar de Avaliação de Impacto

12.3.3.1.1 O que é o Formulário Complementar de Avaliação de Impacto

O Formulário Complementar de Avaliação, a ser preenchido pelos gestores da

Secretaria, tem por objetivo complementar e detalhar a avaliação das ações de

desburocratização, bem como seus respectivos impactos, por meio do

estabelecimento de sistemática que possibilite o seu acompanhamento e

monitoramento.

O instrumento contemplará a percepção do gestor quanto às ações e possibilitará a coleta

de dados que auxiliarão na avaliação das informações contidas na Matriz de

Acompanhamento de Impacto, bem como na checagem das informações fornecidas. É

recomendável que os gestores responsáveis pelo acompanhamento e pela avaliação das

ações sejam também os responsáveis pelo preenchimento do Formulário, pois essas

informações irão contribuir para o aumento da qualidade da avaliação, auxiliando o seu

desenvolvimento, além de possibilitar a disseminação das melhores práticas de gestão

entre os diversos participantes do Programa.

12.3.3.1.2 Como preencher o Formulário Complementar de Avaliação de Impacto

Para melhor visualização, é apresentado um modelo de Formulário de Complementação

de informações de acompanhamento e monitoramento de impacto das ações de

desburocratização, com os seguintes campos:

Nome do gestor: nome do gestor que está respondendo o formulário.

Cargo do gestor: cargo do gestor que está preenchendo o formulário.

Nome do Órgão em que trabalha: nome do Órgão que trabalha o gestor, com

identificação da área.

Quantidade de beneficiários diretos das ações de desburocratização:

quantidade de pessoas que foram beneficiadas diretamente pelas ações de

desburocratização.

Descrição de quem está sendo considerado como beneficiário direto das

ações de desburocratização: objetiva a identificação do público identificado, bem

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

82 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

como possibilita a conferência da classificação para eventuais ajustes (se

necessários).

Quantidade de beneficiários indiretos das ações de desburocratização:

quantidade de pessoas que foram beneficiadas indiretamente pelas ações.

Descrição de quem está sendo considerado como beneficiário indireto das

ações de desburocratização: objetiva a identificação do público identificado, bem

como possibilita a conferência da classificação para eventuais ajustes (se

necessários).

Descrição das cinco ações de desburocratização de melhor resultado:

descrever e explicar as cinco ações de melhor resultado. Indicar os motivos dos

resultados.

Descrição das cinco ações de desburocratização de menor resultado:

descrever e explicar as cinco ações de menor resultado. Indicar os motivos dos

resultados.

Sugestões para melhoria das ações de menor resultado: sugerir de forma

detalhada ajustes nas ações de menor resultado. Justificar medidas.

Informações complementares: espaço reservado para outras informações

relevantes sobre o processo, que apresentem relação direta ou indireta com os

problemas identificados (espaço livre ao gestor).

Este formulário poderá ser adaptado, de forma a conter outras questões específicas

pertinentes a cada Unidade Organizacional, entre elas podem ser destacadas:

Número de processos alterados pelas ações: quantidade de processos de

trabalho que foram alterados pelas ações de desburocratização.

Média de redução de tempo nos processos a partir das ações: tempo médio

economizado (em horas) nos processos depois das ações de desburocratização.

Quantidade de documentos reduzidos com as ações: depois de implementada a

ação, informa a quantidade de documentos reduzidos no processo.

Número de ações de desburocratização realizadas por completo no período:

quantidade de ações de desburocratização realizadas por completo.

Número de ações de desburocratização em execução: quantidade de ações de

desburocratização em execução.

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 83

FORMULÁRIO COMPLEMENTAR DE AVALIAÇÃO DO

GESPÚBLICA

Data

IDENTIFICAÇÃO DO ÓRGÃO OU ENTIDADE

Nome do gestor:

Cargo do gestor:

Nome do Órgão em que trabalha:

INFORMAÇÕES DE AVALIAÇAO – PROGRAMA, PROJETO OU AÇÃO

Pers

pecti

va I

Quantidade de benefícios diretos das ações de desburocratização.

Descrição de quem está sendo considerado como beneficiário direto.

Descrição de benefícios indiretos das ações de desburocratização.

Descrição de quem está sendo considerado como beneficiário indireto.

Descrição das cinco ações de desburocratização de melhor resultado

Descrição das cinco ações de desburocratização de menor resultado

Sugestões para melhoria das ações de menor resultado

Pers

pecti

va I

I

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

84 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

12.3.3.2 Análise de viabilidade para realização de Pesquisa com os Beneficiários

A análise objetiva avaliar a necessidade real de pesquisa, de acordo com o escopo das

ações implementadas e em função da análise de risco, de relevância e materialidade.

A aplicação de pesquisa com beneficiário para complementação da avaliação de impacto

das ações implementadas em relação ao:

Risco: intensidade de propensão a fraudes ou erros a que determinada operação ou item

estão sujeitos;

Relevância: grau de importância de um determinado item em relação ao todo;

Materialidade: magnitude do valor ou do volume de recursos envolvidos, isoladamente ou

em determinado contexto.

12.4 Conclusão desse Passo

Os resultados desse passo são:

Cadastro de Indicadores preenchido;

Marco de Referência preenchido;

Matriz para Identificação e Acompanhamento de Impacto preenchida;

Formulário Aplicação de Indicadores preenchido;

Formulário Complementar de Informações preenchido;

Com o Sistema de Medição de Desempenho definido, encerra-se a fase de

Monitoramento e Avaliação do Processo e inicia-se a fase de Redesenho, ou seja, a

implementação das melhorias, devendo o Multiplicador iniciar o passo de elaboração da

Proposta de Simplificação.

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 85

13 PROPOSTA DE SIMPLIFICAÇÃO

Gestão de Processos Organizacionais

Pla

ne

jam

en

to

Ma

pea

men

to

Mo

nito

ram

en

to

e A

valia

çã

o

Red

esen

ho

Painel de Bordo

- Resultados: proposta de Simplificação validada

Proposta de Simplificação

Mapeamento Elaboração do

Plano de Trabalho

Monitoramento e Avaliação

Levantamento das Etapas e

Normas

Identificação dos Elementos do

Processo

Redesenho Árvore de Soluções

Modelagem de Processo

Desenho dos Fluxogramas

Atuais

Sistema de Medição de

Desempenho

Fim Implementação

do Novo Processo

Pré-requisitos da Gestão de

Processos

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

86 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

13.1 Macro Visão desse Passo

ENTRADAS PROCESSOS SAÍDAS

- E1-PRS: Resultados

alcançados com a

implementação das etapas de

Simplificação.

- S1-PRS: Proposta de

Simplificação elaborada.

Legenda:

1. Enº: entrada, número da entrada;

2. PRS: Proposta de Simplificação;

3. Snº: saída, número da saída.

13.2 O que é a Proposta de Simplificação?

É o documento que apresenta a síntese do Novo Desenho do Processo de trabalho e tem

como objetivo sua submissão à apreciação da autoridade competente para que seja

aprovada e implementada.

13.3 Como fazer a Proposta de Simplificação?

A Proposta de Simplificação deve conter argumentos suficientes para justificar as

melhorias que se propõem, portanto, além de conter a apresentação do Novo Desenho do

Processo, deverá ainda apresentar os pontos de melhorias que foram passíveis de

implementação, sugestões de encaminhamento para soluções de curto, médio e longo

prazo e benefícios resultantes da implementação do novo processo. Então, uma possível

estruturação da proposta poderia ser a seguinte:

Elaborar proposta de

Simplificação

Submeter à aprovação da

Autoridade Competente

Fim

Validar proposta com o GT

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 87

Objetivo: apresenta a finalidade da proposta que é, fundamentalmente, servir

como documento de referência para que o novo processo de trabalho seja

aprovado pela autoridade competente e implementado pelas áreas

envolvidas;

Redesenho do Processo: com base na análise realizada a partir da

Modelagem do Processo surgiu a proposta de uma nova forma de realizar o

processo de trabalho. Poderão ser apontadas as ações que devem ser

incluídas, excluídas e/ou alteradas em sua seqüência de realização; os

atores que deverão ou não participar do novo processo, a junção ou

desmembramento de atividades, inclusão de indicadores para

monitoramento e assim por diante;

Pontos de Melhoria implementados: as melhorias que foram passíveis de

implementação imediata e que ocorreram ao longo dos trabalhos de

simplificação do processo priorizado devem ser apontadas neste item,

utilizando-se, se possível, de dados comparativos (antes e depois da

simplificação);

Sugestões de Melhorias para encaminhamento: as melhorias que ainda não

foram implementadas e o porquê. O fluxo de trabalho ideal pode depender

de fatores que impedem sua implementação imediata. Assim, as melhorias

que dependem de suporte da Tecnologia da Informação, de articulação

política interna e/ou externa, bem como as condições e pressupostos

necessários para a implementação do novo processo (recursos, decisões e

outros deverão ser detalhados aqui;

Benefícios da implementação do Redenho do Processo: os dados

resultantes da análise feita no passo de Modelagem dos processos poderão

subsidiar a elaboração deste item e serão elementos para os indicadores.

Aqui, verificações como: redução de tempo para execução da tarefa, redução de

retrabalho, otimização de recursos humanos e tecnológicos e outras vantagens

anteriormente observadas pelo Multiplicador, devem ser descritas.

IMPORTANTE: uma redação cuidadosa do texto da

proposta auxiliará o leitor a ter uma compreensão clara

das proposições ora apresentadas. Se possível,

acrescentar dados comparativos que retratem a realidade

do antes e a evolução do processo a partir da

implementação das etapas de simplificação.

13.4 Conclusão desse Passo

Uma vez apresentada e aprovada a implementação do Redesenho do Processo pela

autoridade competente, o Multiplicador estará apta a iniciar a Implementação do Novo

Desenho do Processo.

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

88 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

14 IMPLEMENTAÇÃO DO NOVO PROCESSO

Gestão de Processos Organizacionais

Pla

ne

jam

en

to

Ma

pea

men

to

Mo

nito

ram

en

to

e A

valia

çã

o

Red

esen

ho

Painel de Bordo

- Resultados: Manual de Procedimentos elaborados, profissionais capacitados e novos processos divulgados.

Mapeamento Elaboração do

Plano de Trabalho

Monitoramento e Avaliação

Levantamento das Etapas e

Normas

Identificação dos Elementos do

Processo

Desenho dos Fluxogramas

Atuais

Pré-requisitos da Gestão de

Processos

Implementação do Novo Processo

Redesenho Árvore de Soluções

Modelagem de Processo

Sistema de Medição de

Desempenho

Fim Proposta de Simplificação

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 89

14.1 Macro Visão desse Passo

ENTRADAS PROCESSOS SAÍDAS

- E1-INP: Diagrama de

Interação do Processo

Desenhado (S1-MDP);

- E2-INP: Desenho do Novo

Processo, incluindo o ciclo PDCA

(S2-MDP);

- E3-INP: Indicadores definidos

(S1-SMD);

- E4-INP: Manual de

procedimentos elaborado (S1, S2

e S3-INP).

- S1, S2 e S3-MDP: Manual de

procedimentos elaborado (E4-

INP);

- S4-INP: Envolvidos com o

novo processo capacitados;

- S4-INP: Novo funcionamento

do processo divulgado.

Legenda:

1. Enº: entrada, número da entrada;

2. INP: Implementação do novo Processo;

3. MDP: Modelagem do Processo;

4. SMD: Sistema de Medição de Desempenho;

5. Snº: saída, número da saída.

14.2 O que é a Implementação do Novo Processo?

Compreende as ações necessárias para que o novo funcionamento do processo de

trabalho seja introduzido na rotina organizacional.

14.3 Como realizar a Implementação do Novo Processo?

A Simplificação dos Processos introduz elementos novos no fluxo de trabalho, e, por

conseguinte, altera a forma como todos os colaboradores estavam acostumados a

desenvolver suas atividades. Portanto, a implementação de um novo processo necessita

de um esforço organizado e persistente para alcançar a mudança planejada.

Treinar os envolvidos com

o Novo Processo

Fim

Divulgar o novo funcionamento do Processo

Elaborar Manual de Procedimento

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

90 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

Para tanto, o Multiplicador, juntamente com o grupo de trabalho executor do processo,

deverá realizar, pelo menos, três ações que os auxiliarão nesse trabalho. São elas:

elaboração do Manual de Procedimentos;

capacitação dos envolvidos no Novo Processo de Trabalho;

ampla divulgação do novo funcionamento do processo de trabalho e dos

benefícios gerados.

14.3.1 Elaboração do Manual de Procedimentos

O Manual de Procedimentos representa a etapa de documentação formal do processo

simplificado e orientará a ação dos envolvidos no processo. Nele, devem estar

representados, na forma escrita e gráfica, todos os passos de execução do processo de

trabalho.

A primeira ação é identificar quantos e quais procedimentos podem ser redigidos a partir

das atividades que foram melhorados no passo de Modelagem do Processo.

Os procedimentos devem conter toda a sistemática de trabalho estabelecida, de forma

que possibilite ao leitor a compreensão acerca do que deve ser feito e do como fazê-lo.

É necessário que se defina um padrão de documentação, bem como, um controle de

versão do que está sendo documentado, de modo a garantir que todas as informações

acerca do procedimento estejam disponíveis e acessíveis na versão mais atual.

Nessa ação, deve ser definido o corpo padrão dos procedimentos do órgão, podendo

seguir o exemplo:

1. Título do Procedimento: é a designação do procedimento;

2. Número do Procedimento: pode ser criado um código que identifique a

área/setor responsável pelo procedimento e um número seqüencial de

controle;

3. Controle de versão: campo que indica a versão e a data de sua elaboração,

bem como o(s) responsável(is) pela elaboração e aprovação do documento.

A cada alteração do documento, a versão deve ser atualizada;

4. Objetivo: deve dizer a que se destina tal procedimento;

5. Aplicação: informa onde e quando se aplica o procedimento, que

áreas/setores devem utilizá-lo e em que circunstâncias;

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 91

6. Responsável: indica que área/setor é responsável por manter o

procedimento atualizado e por disseminá-lo no órgão, bem como por

promover as capacitações relativas a ele;

7. Glossário: apresenta as siglas e ou códigos que aparecerão no corpo do

documento com seus respectivos significados;

8. Entradas: informa as entradas/insumos necessárias à execução do

procedimento;

9. Descrição: é a decodificação dos fluxogramas e da modelagem, é onde se

escreve passo-a-passo o(s) procedimento(s);

10. Saídas: informa os resultados gerados com o desenvolvimento do(s)

procedimento(s);

11. Fluxograma: mostra a representação gráfica do(s) procedimento(s);

12. Referências: relaciona os instrumentos de trabalho (formulários, sistemas

de informação, normas) que são mencionados no corpo do documento,

indicando onde e como encontrá-los;

13. Anexos: apresenta o modelo dos instrumentos de trabalho (formulários,

sistemas de informação) que servem de apoio à execução da(s) atividade (s)

com suas respectivas instruções de preenchimento.

O Manual deverá conter ainda informações acerca do processo de trabalho como um

todo, tais como: as metas a serem alcançadas e as autoridades e responsabilidades de

seus executores.

14.3.2 Capacitação dos envolvidos no Novo Processo de Trabalho

Consiste em ensinar o novo processo de trabalho aos envolvidos, de acordo com o que

está estabelecido no Manual de Procedimentos, de modo a garantir a sua perfeita

execução e gestão.

Durante esse passo, devem ser apresentados o novo desenho do processo, as novas

regras do trabalho definidas no Manual de Procedimentos, bem como os instrumentos

que apoiarão as atividades, tais como: formulários, normas e sistema de medição de

desempenho do processo.

Todos aqueles que estão diretamente ligados ao processo de trabalho simplificado devem

participar da capacitação. Às vezes, podem-se identificar pessoas que, apesar de não

apresentarem ligação direta com o processo, necessitem de capacitação quanto à nova

dinâmica, em virtude da relação estreita de suas atividades frente ao novo processo.

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

92 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

A capacitação deve ser ministrada com aulas expositivas e participativas. Deve-se montar

um programa de aulas que comporte todo o conteúdo do Manual de Procedimentos,

considerando que tudo isso deve ser transmitido aliado a exercícios práticos.

Após a capacitação, os participantes devem estar aptos a aplicar, na prática diária, os

conhecimentos adquiridos e a analisar criticamente o desempenho do processo, de forma

que possibilite a sua melhoria contínua.

14.3.3 Divulgação do Novo Funcionamento do Processo

Consiste na divulgação da sistemática de funcionamento do Novo Processo de Trabalho

que fora simplificado e que, agora, necessita ser conhecido pelos demais colaboradores

do Órgão/Entidade e/ou pelos cidadãos, de forma que garanta visibilidade e disseminação

do trabalho desenvolvido.

O Multiplicador deverá se reunir para definir a estratégia de divulgação e os possíveis

canais de comunicação que poderá utilizar para fazer com que o objetivo da ação seja

alcançado. Deverá ter em mente alguns aspectos a serem considerados:

O que divulgar: Deverão ser divulgados os resultados obtidos com a

Simplificação dos Processos, apresentando o passo-a-passo para a

realização do Novo Processo de Trabalho, bem como resultados do tipo:

índices de melhoria do processo, novos padrões de qualidade, redução de

tempo e recursos utilizados para a realização do processo, diminuição de

idas e vindas de documentos, tempo de espera, retrabalho, filas e outros.

Para quem divulgar: definir qual o público-alvo a ser atingido pela campanha

e qual a amplitude da ação, se esta deverá limitar-se aos colaboradores da

instituição ou deverá ser estendida ao cidadão;

Meios para a divulgação: é a verificação das ferramentas e tecnologias que

poderão ser utilizadas para tornar pública e acessível a informação. Para o

caso de divulgação junto aos colaboradores internos, pode-se realizar

seminários;

Periodicidade: a depender do meio de divulgação escolhido, definir se as

informações deverão ser difundidas diariamente, semanalmente,

mensalmente, outros;

Qualidade da informação: a informação a ser divulgada deve ser: precisa,

completa, econômica, flexível, confiável, relevante, simples, em tempo e

verificável.

O Multiplicador terá o desafio de definir uma estratégia de divulgação que desperte em

seu público alvo o estímulo para que acessem as informações que serão transmitidas.

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 93

Somente a divulgação em si, não garante o acesso.

Para motivar o acesso à informação, o Multiplicador deverá trabalhar com “chamadas”

que despertem a curiosidade do público-alvo e que possibilite identificarem no Novo

Processo, benefícios concretos para a melhoria de seu trabalho e de sua vida, quebrando

as barreiras que os impedem de conhecer e se apropriarem do novo.

A divulgação, além de cumprir o princípio da

transparência, também estimula o surgimento de

novas ideias para a simplificação do órgão, as quais

devem, no decorrer da capacitação, ser anotadas pela

equipe de Multiplicadores.

14.4 Conclusão desse Passo

Esse é o passo final da Simplificação dos Processos e encerra a primeira rodada de

melhoria dos processos. Uma vez melhorados os processos, pode-se gerar outras

demandas de Simplificação, as quais deverão ser planejadas e implementadas em novos

ciclos de aplicação desses passos do Manual.

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

94 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

15 FERRAMENTAS DE GESTÃO DE PROCESSOS

15.1 Ferramenta Informatizada de Apoio a Excelência Organizacional da SEFIN – SE SUITE

No intuito de possibilitar o mapeamento e redesenho dos processos organizacionais, a

SEFIN adquiriu, por meio de licitação, licenças do software SE SUITE, que permite, além

da descrição dos processos, o armazenamento das informações e a publicação dos

resultados em ambiente WEB (Internet e Intranet).

A Solução completa apresenta mais de 20 módulos componentes, sendo que a aquisição

efetuada pela SEFIN abrange a totalidade da Solução, atendendo os objetivos da Gestão

de Processos citados no capítulo 3, cujas funcionalidades principais são descritas a

seguir:

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 95

SE Processos:

O SE Processos é um poderoso modelador de processos 100% web, ideal para dar início

a uma completa gestão por processos. Com sua arquitetura RIA (Rich Internet

Application) e interface Web 2.0 aprimorada, o SE Processos permite que, até mesmo

usuários sem conhecimento técnico, modelem processos de negócio profissionais.

O SE Processos é focado nos usuários de negócio e é uma ferramenta perfeita para

organizações que desejam implementar uma solução ampla, que permita definir, modelar,

simular, publicar e otimizar seus processos de negócio.

O SE Processos possibilita a criação de qualquer tipo de processo por meio do simples

drag and drop (arrastar e soltar) de elementos do processo para dentro de suas

swimlanes (raias). Isto inclui a navegação na estrutura organizacional e mapeamento de

pessoas para papéis funcionais.

O SE Processos oferece um conjunto integrado de recursos que habilitam usuários não

técnicos a escrever lógicas de negócio, conectar aplicações existentes e construir

interfaces de usuário para interação humana.

O SE Processos armazena os modelos de processo em um repositório central, permitindo

que múltiplos modeladores trabalhem simultaneamente no desenvolvimento e

manutenção dos modelos de processo. Além disso, a distribuição baseada em web torna

o conhecimento relacionado aos processos permanentemente acessível para os usuários.

Este repositório de processos corporativo garante simples navegação através de múltiplos

níveis de uma hierarquia de processos.

O SE Processos oferece também, um simulador integrado de processos que possibilita

aos usuários de negócio definir atributos como, duração de atividades, custos, utilização

de recursos, executores, tempos de ciclo e outras variáveis dentro dos cenários

propostos. O simulador provê ainda, um potente recurso de animação, permitindo

análises do desempenho dos processos, em tempo real.

Os conceitos e funcionalidades fornecidos pelo SE Processos cumprem todos os

requisitos estabelecidos pelos padrões e regulamentações internacionais, tais como, ISO

9000, ISO 14000, OHSAS 18000, ISO/TS 16949, BPMM, Six Sigma, FDA 21 CFR Part

11, FDA 21 CFR Part 820, SOX, ISO 22000 [HACCP], ISO 20000 [ITIL], COBIT, BSC,

entre outros.

SE Workflow:

O SE Workflow oferece às organizações uma solução 100% web e de rápida

implementação para automação de processos de negócio complexos que envolvam

pessoas e documentos.

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

96 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

Devido a sua arquitetura flexível, o SE Workflow acelera a velocidade do negócio,

assegurando completa visibilidade e controle sobre o que acontece na empresa, quando

acontece e quem está envolvido em fazer acontecer.

O SE Workflow auxilia a unificar pessoas, processos e conteúdo que movem workflows,

provendo ferramentas para automatizar, monitorar e analisar os processos de negócio.

Com o seu motor de execução dinâmico, o SE Workflow permite que pessoas e sistemas

de TI trabalhem em paralelo, integrando os processos de negócio do dia-a-dia com as

aplicações empresariais.

O SE Workflow é uma ferramenta para automação de processos de negócio que permite

encaminhar tarefas e documentos aos usuários apropriados, assegurando que o trabalho

seja encaminhado conforme o prazo estabelecido e realizado corretamente por cada

executor. O sistema fornece para os usuários acesso fácil e direto às suas listas de

tarefas pendentes. Essas listas são disponibilizadas a partir de um repositório de tarefas

centralizado para garantir a distribuição e conclusão efetiva das tarefas pendentes.

O SE Workflow aplica uma abordagem completamente diferente para automação dos

processos de negócio. Ao invés de fornecer ferramentas complexas e funcionalidades de

alto nível para programação, o sistema reduz a dependência da equipe de TI, oferecendo

aos usuários que não possuem conhecimento técnico, recursos amigáveis e fáceis de

utilizar para que possam implementar seus próprios workflows automatizados.

O SE Workflow provê um editor gráfico de workflows que possibilita a modelagem das

instâncias de processo em tempo de execução (“in-flight” modeling). O sistema ainda

oferece biblioteca de objetos reutilizáveis, atribuição de tarefas por papel, tratamento de

exceções (deadlines) e automação de tarefas, de forma que, mesmo processos de

negócio complexos possam ser automatizados sem necessidade de programação. O SE

Workflow também inclui o SE BI (Business Intelligence), uma ferramenta poderosa para

elaboração de análises por linhas de negócio e detecção de ineficiências dos processos.

O SE Workflow minimiza a transferência de tarefas, reduzindo assim, os tempos de ciclo.

O sistema garante, não somente, produtividade aprimorada, mas também, que todas as

instâncias de processo sigam as mesmas regras e estejam de acordo com o modelo do

processo.

Por meio do SE Workflow, as empresas podem obter a capacidade para implementar,

automatizar e controlar seus processos de negócio, garantindo que os processos sejam

executados da maneira que deveriam.

SE Documentos:

SE Documentos é a solução definitiva para o gerenciamento corporativo de documentos

que integra as tecnologias de workflow colaborativo, indexação e recuperação,

visualização de conteúdo, etc. em uma única aplicação web.

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 97

SE Documentos automatiza os processos de indexação, armazenamento, publicação e

distribuição dos documentos, garantindo alta produtividade e eficácia no seu

gerenciamento e operação.

SE Documentos garante um alto nível de padronização e organização do acervo de

documentos, conforme as regras de operação definidas pela empresa [nomenclatura,

segurança, temporalidade documental, etc.], proporcionando um mecanismo eficaz para

identificação, recuperação e controle de documentos.

SE Documentos proporciona um acesso simples e imediato aos documentos pelos

departamentos da empresa, clientes e fornecedores, assegurando que as versões

atualizadas estejam disponíveis para as pessoas certas no momento necessário.

SE Documentos automatiza a criação e revisão dos documentos ao longo de todas as

suas etapas [edição, consenso, aprovação e homologação] com integração direta aos

seus aplicativos de origem tais como editores de texto e planilhas, ferramentas CAD, etc.

Além disto, todas as ações realizadas sobre os documentos em todo o seu ciclo de vida

são 100% monitoradas.

Os conceitos e recursos oferecidos pelo sistema para o controle de documentos,

garantem total atendimento aos requisitos exigidos em normas internacionais como ISO

9000, ISO 14000, OHSAS 18000, ISO/TS 16949 e outras.

SE Desempenho:

SE Desempenho é a solução ideal para empresas que necessitam gerenciar o

desempenho dos seus negócios de maneira prática e eficaz. Através de 3 níveis de

gerenciamento - estratégico, tático e operacional – atende as empresas que necessitam

desde um simples controle de indicadores de desempenho departamentais até a gestão

da estratégia corporativa integrando todas as suas unidades de negócio.

SE Desempenho realiza o ciclo completo de gerenciamento continuo do desempenho,

através do planejamento da estratégia, implementação das iniciativas, medição e

monitoramento do progresso alcançado, detecção e correção de falhas, e análise crítica

dos resultados para revisão do plano.

SE Desempenho proporciona grande agilidade no trabalho em equipe, através de um

poderoso mecanismo de controle de pendências, denominado Team Workflow, que

notifica automaticamente via e-mail os responsáveis por ações pendentes, e autoriza o

registro das informações pertinentes à solução destas pendências. Na ocorrência de

quaisquer anormalidades no cumprimento destas ações, os gestores das estratégias são

alertados sobre estas ocorrências. Isto assegura um controle simples e eficaz dos

objetivos e prioridades, otimizando assim o cumprimento de prazos e resultados

estabelecidos no plano.

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

98 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

SE Desempenho disponibiliza uma variada gama de consultas e relatórios para análise do

desempenho, bem como gráficos gerenciais que comparam os resultados alcançados

frente aos objetivos planejados. Assim, através de um único banco de dados central

contendo todas as informações e documentos, os gestores podem facilmente avaliar a

eficácia alcançada pelas suas equipes e identificar os principais problemas que afetam o

cumprimento do desempenho em todos os níveis da empresa.

SE Riscos:

SE Riscos é a solução definitiva para o gerenciamento dos riscos corporativos e da

melhoria contínua dos processos da governança. A solução dá todo o suporte para a

identificação de riscos, reduzindo desta forma, as perdas e maximizando as

oportunidades de ganho da organização.

SE Riscos facilita a categorização do risco, bem como sua avaliação, através de

ferramentas de fácil aplicabilidade e visualização, proporcionando maior desempenho e

eficácia na prevenção e no controle dos riscos identificados nos processos empresariais.

SE Riscos permite uma visão corporativa entre as áreas de gerenciamento de risco e

controles internos, evidenciando quais são os riscos potenciais que podem impedir a

realização dos objetivos ou alcance das metas da organização. Além disso, é possível

realizar avaliações de três maneiras diferentes: qualitativa, quantitativa e por matriz.

Um dos maiores diferenciais da solução é a capacidade do SE Riscos se enquadrar

perfeitamente em todo e qualquer campo organizacional, isto é, a gestão de riscos pode

ser automatizada em projetos, processos, estratégias, segurança do consumidor, ativos e

perigos.

Os requisitos, conceitos e métodos empregados pelo sistema satisfazem plenamente os

requisitos exigidos e estabelecidos pelas principais normas e metodologias mundiais,

como a ISO 9000, ISO 14000, ISO 20000, ISO 22000, AS/NZS 4360, ITIL, PMBOK,

COBIT, SOX, FDA, HACCP entre outras, todas com um objetivo em comum: atingir a

Excelência no gerenciamento de toda organização.

SE Projetos:

SE Projetos é uma aplicação Web corporativa que permite gerenciar facilmente seus

projetos, produtos, pessoas, serviços e finanças.

Um conjunto completo de funcionalidades simplificam as melhores práticas do

gerenciamento de projeto integrado ao controle de processo, agilizando a entrega de

projetos, com um baixo custo total de propriedade.

SE Projetos gerencia e automatiza os processos de solicitação, planejamento, execução,

controle e encerramento de projeto por meio de um mecanismo exclusivo chamado Team

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 99

Workflow, o qual automaticamente envia notificações para os responsáveis pela

realização de tarefas, as quais incluem: notificação da aprovação do projeto, alocação de

projetos e tarefas, solicitação de alteração, atraso no cronograma, etc. Isso garante aos

gestores e suas equipes de trabalho o controle simples e eficaz de suas prioridades e

objetivos.

SE Projetos oferece vários gráficos e relatórios para uma avaliação coerente e objetiva

dos projetos, recursos e finanças, bem como gráficos de indicadores de desempenho

para comparar os resultados com as metas estabelecidas para seus projetos. A alta

gerência se beneficia dos dashboards 100% Web que sumarizam tanto informações

estratégicas como operacionais. Permite ainda a análise dos investimentos e do

desempenho em todos os projetos, através dos recursos oferecidos pela nossa

ferramenta OLAP (Online Analytical Processing).

Os conceitos e recursos oferecidos pelo SE Projetos cumprem com os requisitos

estabelecidos pelas normas e regulamentos internacionais, tais como PMBOK, PRINCE2,

Six Sigma, ISO 20000 [ITIL], COBIT, ISO 9000, ISO / TS 16949, FDA, CMMI, BSC, entre

outros.

SE Plano de Ação:

No mundo globalizado, no qual as organizações necessitam melhorar continuamente seu

desempenho, realizar um bom planejamento, monitorá-lo e extrair dele informações que

agilizem a tomada de decisões tem sido um grande desafio.

A ferramenta denominada “5W2H” (termo em inglês) tem sido uma das mais utilizadas, já

que é uma forma eficiente de organizar um plano de ação, e por isso auxilia as

organizações tanto a definirem claramente as atividades que comporão o planejamento,

como a comprometer os responsáveis, pois seu roteiro básico de implementação incluiu

uma forma sintética, na qual são respondidos aos questionamentos:

Tipos Questionamentos Descrições

Assunto What – Qual? O que? Qual ação deve ser tomada? O que exatamente deve ser feito?

Objetivo Why – Por quê? Por que esta ação está sendo definida? Por que ela é importante?

Local Where – Onde? Onde esta ação será implementada?

Sequência When – Quando? Quando será iniciada a implementação desta ação? Quando ela deve ser concluída?

Responsável Who – Quem? Quem será responsável por executar esta ação?

Método How – Como? Como esta ação será implementada?

Custo How much – Quanto custa?

Quanto custará implementar esta ação?

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

100 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

SE Plano de Ação é um software que realiza o gerenciamento de todas as etapas do

processo de planejamento, execução e monitoramento de atividades e planos de ações,

desde o registro até a aprovação, uma vez que incorpora ferramentas de organização,

classificação e pesquisa. Características que dão ao produto simplicidade, agilidade,

confiabilidade e eficiência.

Dentre os principais benefícios obtidos com a utilização do SE Plano de Ação podem-se

destacar:

Maior agilidade no planejamento, na execução e no monitoramento de atividades isoladas e dos planos de ação;

Otimização da velocidade, da qualidade e da relevância das decisões tomadas;

Aumento de produtividade e eficiência de processos, produtos e serviços;

Aumento da quantidade de oportunidades de melhoria identificadas;

Otimização do desempenho do negócio;

Agilidade na circulação das informações para todas as pessoas envolvidas;

Redução de custos com instalação, integração, treinamento e manutenção;

Redução da necessidade de impressão e de circulação de documentos; e

Acesso rápido, fácil e seguro às ocorrências e às informações.

SE Competências:

SE Competências é a solução definitiva para o gerenciamento eficaz das competências

na sua empresa. Através do sistema, as competências dos colaboradores são

continuamente verificadas, notificadas, e direcionadas para o mecanismo que monitora a

realização das avaliações de competências nos prazos estabelecidos.

SE Competências garante o planejamento periódico das avaliações de competências

mapeadas na empresa, otimizando dessa forma as demandas de aprendizagem e criação

do conhecimento dentro da organização. O sistema incorpora métodos para avaliação

periódica das competências requeridas aos recursos humanos, considerando aspectos

relacionados à experiência, qualificação e capacidades necessárias ao bom desempenho

das atividades relacionadas às funções existentes na organização.

SE Competências oferece vários medidores gerenciais de eficácia na qualificação dos

recursos humanos, que exibem o nível de adequação das áreas da organização,

apontando aquelas com maiores carências de qualificação.

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 101

SE Treinamentos:

SE Treinamentos é a solução definitiva para o gerenciamento eficaz dos treinamentos e

capacitações na sua empresa. Através do sistema, as necessidades de treinamento dos

colaboradores são continuamente verificadas, notificadas, e direcionadas para o

mecanismo que monitora a realização dos treinamentos nos prazos estabelecidos.

SE Treinamentos garante o planejamento periódico dos treinamentos requeridos na

empresa, com o monitoramento dos custos decorrentes com treinamentos internos e

externos, e programação da utilização das salas de treinamento e materiais audiovisuais,

otimizando dessa forma os recursos disponíveis na empresa.

SE Treinamentos assegura o aprimoramento contínuo dos colaboradores da sua

empresa, com aumento da produtividade e geração contínua de novas idéias, garantindo

maiores níveis de competitividade e lucratividade no contexto corporativo.

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

102 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

As licenças adquiridas pela Secretaria de Finanças totalizam 20, sendo 05 Licenças

Gestor e 15 Licenças Apoio, todas de acesso simultâneo, o que oportuniza a todas as

unidades organizacionais ter pelo menos um Multiplicador acessando a Solução para

desenvolver o trabalho ao mesmo tempo que os demais usuários.

Portanto, todos os processos deverão ser desenhados no SE SUITE dentro dos padrões

de modelagem definidos pela SEFIN e que se encontram neste Manual.

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 103

15.2 Técnica de Moderação por Cartelas

15.2.1 O que é a Técnica?

A Técnica de Moderação por Cartelas é uma metodologia utilizada para condução de

trabalhos em grupo. Tem como objetivo tornar mais participativos e eficientes os

processos de discussão e de construção conjunta do conhecimento.

O uso desta técnica pode:

Estimular a participação e a integração do grupo;

Favorecer a liberdade de expressão;

Reduzir a repetição de debates sobre temas já acordados e concluídos;

Assegurar os materiais necessários à documentação, mantendo-se a

fidelidade ao resultado apresentado.

15.2.2 Condições para a aplicação da Técnica

Para a aplicação da técnica, é importante que o Multiplicador atente para alguns

aspectos, como: definição do Facilitador; preparação das reuniões de trabalho;

preparação do material necessário à moderação; e as regras de escrita.

15.2.2.1 Papel do Facilitador

É importante a definição de uma pessoa que atuará como facilitador. Este atuará como

catalisador das diversas ideias que poderão emergir do Grupo durante as reuniões de

trabalho. É importante que possua visão sistêmica do que vai ser simplificado e que tenha

legitimidade perante a Unidade Organizacional.

A postura do Facilitador, frente ao Grupo, é de fundamental importância. Sua atuação visa

proporcionar o debate participativo na medida em que busca estimular os participantes a

contribuírem com informações e experiências acerca do tema tratado.

Dessa maneira, o Facilitador deverá estabelecer um espaço de respeito e confiança, para

que todos os participantes se sintam incluídos no processo, expondo bem suas ideias e

ouvindo, com esmero, as colaborações do Grupo.

O Facilitador, portanto, deverá estar sempre receptivo às ideias apresentadas e, atento ao

comportamento do GT. Todas as ideias são importantes e devem ser respeitadas. Não

cabe ao Facilitador fazer críticas e, sim, possibilitar a reflexão sobre sua validade. Uma

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

104 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

postura equilibrada fará com que o Facilitador não se precipite frente a situações de

negativa.

Dessa forma, ele possibilitará a estabilização de um espaço emocional que propicie a

criatividade e a abertura para o novo, além de aumentar a autoconfiança do Grupo e a

credibilidade nos trabalhos.

Durante o processo de mudança, o Facilitador tem o

papel fundamental de estimular os participantes à

abertura para o novo, propiciando um espaço de

aprendizagem e de confiança para a construção de

uma nova realidade.

15.2.2.2 Preparação das reuniões de trabalho

O Multiplicador deverá preparar as reuniões de trabalho, providenciando o ambiente físico

e os materiais necessários à consecução de cada uma das etapas de Simplificação dos

Processos.

Algumas providências para preparação das reuniões de trabalho deverão ser tomadas

pelo Multiplicador tais como:

montar a agenda de trabalho com dia, hora, duração do(s) encontro(s);

confirmar a participação de cada um dos envolvidos, via telefone ou

pessoalmente, de forma a garantir o sucesso dos encontros.

reservar o local, observando: número de participantes e topografia da sala

(lay out). Sugere-se a disposição das mesas ou carteiras em formato de “u”;

providenciar os recursos áudios-visuais necessários (cartelas coloridas,

pincéis atômicos, painel, papel, canetas, alfinetes, computador, data-show e

apresentação em power-point sobre a etapa a ser trabalhada e a técnica a

ser adotada para realizar o trabalho);

divulgar a agenda aos participantes; e

designar um dos membros da equipe de Multiplicadores, para ser o

facilitador da reunião.

15.2.2.3 Material necessário à moderação

Para aplicação da Técnica de Moderação por Cartelas, podem ser utilizados os seguintes

materiais:

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 105

Para melhor compreensão, pode-se dizer que:

painéis móveis próprios para processos de moderação; ou

cartelas de diversas cores e formatos

painéis fixos como quadros-negros ou quadros brancos ou

Alfinetes; fita crepe; pincéis de duas ou mais cores; cola.

paredes onde possam ser afixados painéis de papel kraft

As cartelas utilizadas no processo de moderação têm variadas cores e formatos. Cores

fortes são usadas para registro de títulos, tons pastéis para registro das perguntas e

respostas. É indicado o uso de, no máximo, três cores de cartelas por painel, evitando

torná-lo visualmente confuso.

Os formatos das cartelas podem ser:

retangular ovalado; e

redondo hexagonal

As retangulares são utilizadas para o registro das respostas e, se unidas e coladas,

podem se transformar em tiras compridas para o registro de títulos e perguntas.

As redondas servem para numerar, destacar ou priorizar algo no painel como também,

para registro de títulos curtos.

As cartelas de formato ovalada e hexagonal servem para distinguir trabalhos elaborados

em subgrupos daqueles elaborados pelo grande grupo, ou para qualquer outra

diferenciação que se queira estabelecer.

15.2.2.4 Regras de Escrita

Ao registrar suas ideias nas cartelas, o GT deverá ser orientado a seguir as seguintes

regras de escrita:

Escrever de forma legível, de preferência com letra de forma

Evitar o uso de palavras soltas

Utilizar no máximo 4 linhas por cartela Vale o que está escrito

Escrever só um ideia por cartela Erros gramaticais não serão corrigidos

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

106 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

15.2.3 Aplicação da Técnica

É fundamental que o Facilitador faça o planejamento da reunião, considerando os

seguintes aspectos:

As perguntas que será ao GT Os formatos e cores das cartelas que irá

utilizar

Os resultados a serem alcançados A melhor forma de distribuí-las no painel; e

A forma como explicitará os objetivos da reunião e a forma de condução do trabalho

As informações que deverá transmitir ao Grupo, como: regras de escrita, objetivo da reunião, forma de trabalho em grupo ou subgrupos e outras

O Facilitador poderá estabelecer com o grupo algumas regras de conduta, para o bom

andamento dos trabalhos. Ele poderá solicitar ao GT que:

respeite o horário de início e término das reuniões;

não fume no local da reunião;

mantenha os celulares desligados;

durante a exposição das ideias, uma pessoa fala de cada vez; e

respeite todas as ideias apresentadas.

É possível que ocorram situações em que pessoas mais comunicativas, por algum

momento, dominem o debate. Esse é um momento que requer habilidade do Facilitador,

que, ao observar tal comportamento, tome iniciativas no sentido de inserir os demais

participantes na discussão. Uma maneira de agir é convidar nominalmente os menos

participativos para que apresentem suas opiniões sobre o tema em questão.

Os trabalhos iniciar-se-ão, sempre, com uma breve apresentação pessoal do Facilitador,

bem como o Multiplicador e de cada membro do Grupo de Trabalho. Em seguida, o

Facilitador deverá apresentar ao grupo os materiais de moderação necessários para

aplicação da técnica, esclarecendo dúvidas e curiosidades dos participantes.

O próximo passo será a orientação quanto às Regras de Escrita a serem consideradas

para a elaboração das cartelas, veja no item 1.2.4.

Geralmente o processo de moderação inicia-se quando o Facilitador lança ao GT uma

pergunta sobre determinado tema. O tema ou título da discussão deverá ser escrito

previamente, numa cartela retangular (se necessário, colar uma cartela na outra, para

ficar maior), de cor forte (laranja/vermelho) e fixada na margem superior esquerda ou no

centro do painel.

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 107

A pergunta a ser lançada ao GT poderá ser escrita numa cartela de tom pastel (amarelo,

verde, rosa, azul, branco), pois cansam menos a vista e facilitam a leitura. Deverão ser

distribuídas, ao GT, cartelas com o mesmo tom utilizado para o registro da pergunta, para

que sejam registradas as respectivas respostas.

O Facilitador distribuirá pincéis e cartelas a cada membro do GT. É indicado que os

pincéis sejam da mesma cor, buscando, assim, evitar um visual poluído e rebuscado do

painel. Deve ser dado o tempo necessário, ao Grupo, para o registro das respostas.

Uma vez preenchidas, as cartelas serão recolhidas pelo Facilitador e fixadas no painel

com alfinetes ou fita crepe. Nesse momento, especial cuidado deve ser dado à estética do

painel. As cartelas devem ser afixadas de tal modo que fiquem retas, e com a mesma

distância entre uma e outra e de preferência disponibilizadas em colunas.

A partir do momento em que o conjunto de cartelas estiver exposto no painel, para

visualização de todo o grupo, o Facilitador poderá iniciar a validação das cartelas,

buscando, juntamente com o GT, compreender o significado de cada uma delas. Dessa

forma, o Facilitador deve evitar ficar na frente do painel, para que todos enxerguem as

cartelas que estão sendo validadas.

Em caso de dúvidas relativas ao conteúdo das cartelas, o Facilitador poderá lançar

perguntas de esclarecimento, tais como:

o que você entende sobre isso?

o que você está querendo dizer é...?

veja se eu entendi bem...

qual a melhor forma de expressarmos esta ideia?

Havendo a necessidade de se fazer alguma alteração nas cartelas, o Facilitador deverá

observar os seguintes aspectos:

exclusão, reformulação ou adição de texto, deverá ser feita na presença e com o consentimento de todos os participantes do grupo;

nenhuma cartela, por mais que pareça conter uma ideia incômoda ou supérflua, poderá desaparecer e,

nenhuma cartela poderá ser eliminada da discussão sem a permissão dos participantes.

É o GT que deverá decidir quando a discussão estará finalizada e, a partir desse

momento, nenhuma cartela poderá ser alterada ou retirada do(s) painel(is).

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

108 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

Sugere-se que, uma vez finalizado o trabalho, o painel não seja desmontado, pois servirá

de apoio para as próximas reuniões. Se houver tal necessidade, o Facilitador poderá colar

as cartelas em papel kraft, tomando o devido cuidado para que se mantenha a posição

em que se encontram as cartelas.

A documentação das reuniões de trabalho é o registro do conteúdo dos painéis já

discutidos e encerrados pelo grupo. A digitação do conteúdo das cartelas poderá ser feita

em formato textual ou em tabela. Todos os envolvidos na Simplificação dos Processos

deverão receber este documento que também poderá ser disponibilizado na intranet.

15.2.4 Modelo do painel

Levantamento de Etapas e Normas

Quais são as atividades que você executa para dar conta de desenvolver o processo de “Requisição”?

Cadastrar dados, relação de bens e/ ou serviços necessitados

Analisar dados solicitados quanto à especificação

Verificar se há previsão no Programa Interno de Trabalho

(PIT)

Verificar se há disponibilidade de recursos ou previsão

Despachar dados para orçamentação

Despachar para aprovação do Gestor Administrativo

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 109

15.3 Método GUT (gravidade, urgência e tendência)

15.3.1 O que o Método?

O método de GUT é uma ferramenta de auxilio na priorização de ações, especialmente

quando elas não apresentam dados quantificáveis.

O quadro a seguir apresenta a matriz G.U.T. e seus componentes, quais sejam:

a lista de processos a serem priorizados;

os três critérios de análise: gravidade, urgência e tendência; e

a pontuação geral obtida em cada processo organizacional analisado.

MATRIZ GUT

PROCESSO G

Gravidade U

Urgência T

Tendência PONTOS

Os valores definidos para avaliar as três dimensões são os seguintes:

Pontos Gravidade Urgência Tendência

5 Os prejuízos ou dificuldades são extremamente graves.

É necessária uma ação imediata

Se nada for feito, haverá um grande e imediato

agravamento do problema.

3 Os prejuízos ou dificuldades

são graves. É necessária uma ação a

mais rápida possível

Se nada for feito, haverá agravamento em médio

prazo.

1 Os prejuízos ou dificuldades

não são graves. Não há pressa para agir

Se nada for feito, não haverá agravamento e a situação

pode até melhorar.

A pontuação de cada processo é obtida pela multiplicação dos pontos (1, 3 ou 5)

atribuídos à gravidade à urgência e à tendência.

A coluna „PONTOS‟ indicará a priorização estabelecida, sendo que o processo com maior

prioridade será aquele que, na opinião dos participantes, atingir a maior pontuação.

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

110 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

Esse método deve ser desenvolvido em grupo, podendo os pesos serem atribuídos por

consenso. O consenso se estabelece quando há concordância, obtida a partir de uma

argumentação lógica, entre os membros do grupo, acerca do grau de gravidade, urgência

e tendência dos processos em análise.

Gerar consenso em processos grupais a partir de argumentação lógica não é tarefa

simples. Todavia, pode-se utilizar a Técnica de Moderação por Cartelas como ferramenta

de facilitação dessa construção, uma vez que ela possibilita a participação democrática,

considerando a opinião de todos os participantes sem deixar que se perca o foco em

discussões, muitas vezes, inócuo e sem resultados.

15.3.2 Aplicação da Técnica de Moderação por Cartelas ao método GUT

Lançar a pergunta que conduzirá a priorização do processo a ser trabalho, como por

exemplo: Qual o processo organizacional que demanda maior atenção neste momento?

ou Que processo organizacional apresenta os maiores gargalos e dificuldades? ou ainda

Qual o processo organizacional que deve ser aprimorado?

Para se responder à pergunta, é necessária uma reflexão acerca dos objetivos e metas

organizacionais, com vistas a orientar os trabalhos de Simplificação, para o alcance dos

resultados esperados pela Secretaria; de forma que possibilite uma visão geral dos

processos que norteiam o trabalho e, até mesmo, de como ele está hierarquizado.

Dessa forma, o Multiplicador da unidade deverá reunir todos os envolvidos com a

Simplificação, propiciando um espaço de reflexão conjunta, com o intuito de descobrir o

processo organizacional com maior prioridade para a Simplificação dos Processos.

Lançada a pergunta, os participantes registrarão suas ideias nas cartelas, seguindo as

orientações necessárias, que deverão lhes ser apresentadas no início da reunião.

Uma vez preenchidas as cartelas, o facilitador realizará a leitura de cada uma delas, de

forma a esclarecê-las, eliminar repetições e/ ou adicionar cartelas com ideias novas que

surgirem ao longo do período de validação.

Lembre-se de que: qualquer alteração, descarte ou

inclusão de ideias deve partir de um consenso do grupo.

Com as ideias expostas no painel, o facilitador conduzirá a discussão, com o objetivo de

definir, dentre o que fora apresentado, o processo de maior prioridade, utilizando os

conceitos da Matriz G.U.T. (gravidade, urgência e tendência).

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 111

G (gravidade): diz respeito ao custo, ao quanto se perderia pelo fato de não

se melhorar determinado processo de trabalho ou adotar determinadas

medidas de inovação deste processo;

U (urgência): refere-se ao prazo necessário para implementar melhorias ao

processo, em que espaço de tempo o processo deve ser melhorado, sob o

risco de causar danos;

T (tendência): refere-se à inclinação do processo em piorar, o grau de

propensão em tornar-se problemático ou em agravar sua situação.

Para tanto, poderá utilizar adesivos coloridos para representar cada um dos conceitos da

matriz, por exemplo:

preto

Gravidade

vermelho

Urgência

amarelo

Tendência

Para a análise de cada cartela, serão feitas as seguintes perguntas, de acordo com a

tabela de valores item 15.3.1 mencionado anteriormente:

i. Qual a gravidade do prejuízo ou dificuldade: extremamente graves, graves

ou não graves?

ii. Qual a urgência da ação: imediata, o mais cedo possível ou não há pressa?

iii. Qual a tendência de agravamento do problema: agravamento imediato, de médio prazo ou não há tendência de agravamento, podendo ocorrer melhoria.

Assim, cada participante receberá um adesivo de cada cor, os quais serão colados na(s)

cartela(s) que contiver(em) a ideia que o participante julgar mais “grave”, mais “urgente” e

de maior “tendência”.

Alguns aspectos devem ser considerados neste momento, tais como:

eventuais pesquisas internas (indicadores de processos, satisfação dos

colaboradores, alcance de metas, etc.) e externas (satisfação do usuário,

percepção do mercado, posicionamento do Órgão na definição de Políticas

Públicas, etc.) podem apontar para uma necessidade premente de atender a

um determinado problema específico;

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

112 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

o histórico institucional pode demonstrar que alguma questão importante

deve ser resolvida com prioridade;

a identificação dos Fatores Críticos de Sucesso, que são as variáveis que,

quando devidamente gerenciadas, podem ter um impacto significativo sobre

o sucesso da Simplificação dos Processos.

Fatores críticos de sucesso: são condições fundamentais que precisam,

necessariamente, ser satisfeitas para que a instituição ou a estratégia tenha sucesso, tais

como: credibilidade; compromisso e aceitação. Dois pontos importantes devem ser

considerados na identificação dos fatores críticos de sucesso:

ser um fator crítico de sucesso não significa ser um problema, pode ser um

ponto forte da Secretaria;

o que é próprio para que uma tarefa seja realizada, dinheiro, pessoas,

instalações, por exemplo, não devem ser considerados como fator crítico de

sucesso.

Após isso, proceder-se-á à contagem dos pontos, que levará em consideração o seguinte:

Cartela Adesivo Dimensão Pontos

Com maior número de adesivos

Pretos Gravidade (extremamente grave) 5

Vermelhos Urgência (o mais cedo possível) 5

Amarelos Tendência (agravamento imediato) 5

Com o segundo maior número de adesivos

Pretos Gravidade (extremamente grave) 3

Vermelhos Urgência (não há pressa) 3

Amarelos Tendência (médio prazo) 3

Com o terceiro maior número de adesivos

Pretos Gravidade (não grave) 1

Vermelhos Urgência (imediata) 1

Amarelos Tendência (sem tendência de piorar,

podendo ocorrer melhoria) 1

Observação: em caso de empate, considerar a mesma pontuação. O desempate pode ser obtido por

adoção de critérios técnicos ou pela consideração relativa de um novo G.U.T., apenas entre os processos

empatados.

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 113

Exemplo:

Painel com as cartelas Matriz G.U.T

Estabelecimento de

Prioridades Processo Gravidade Urgência Tendência Pontos

Concurso Público

Concurso Público

1 1 1 1

Capacitação

Capacitação 3 3 3 27

Cidadão on-line

Cidadão on-

line 1 5 3 15

Licitação

Licitação 5 5 5 125

O processo de “Licitação” é considerado o de maior prioridade!

O exemplo apresenta o processo de LICITAÇÃO como sendo o de maior prioridade para

a Simplificação dos Processos, então, é com ele que o Multiplicador trabalhará, no sentido

de promover as melhorias necessárias, simplificando-o e buscando as soluções para os

prováveis problemas dele decorrente.

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

114 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

15.4 Fluxograma

15.4.1 O que é um Fluxograma?

O fluxograma é a representação gráfica de um processo de trabalho e nele devem estar

contidas informações que possibilitem a visualização dos caminhos por onde percorrem o

processo, as ações que devem ser desenvolvidas para que seja realizado o trabalho,

assim como os responsáveis/atores que desempenham tais ações.

15.4.2 Como o Fluxograma está estruturado?

Para efeito do Manual, foi escolhido um modelo simplificado de fluxograma. Para facilitar

a leitura, faz-se necessário à compreensão dos elementos que o compõe, são eles:

Símbolo Denominação Descrição

Nome do Ator

ATOR Aquele que executa alguma ação no processo/atividade (quem faz).

AÇÃO É aquilo que o ator realiza, é expressa em forma de frases iniciados com o verbo no infinitivo + complemento (o que faz).

SEQÜÊNCIA DAS AÇÕES Representa o fluxo em que é realizado o processo/atividade (em que ordem faz).

CÉLULA DE TRABALHO Limite de atuação do ator, é onde se representa quem, o que e em que ordem é desenvolvida o processo/atividade.

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 115

15.5 Modelo de Fluxograma

Abertura de Licitação

Fornecedor

Técnico de Cadastro

SICAF

Preencher formulários de “Dados Cadastrais do Fornecedor”

Protocolar o recebimento dos formulários

Cadastrar dados do Fornecedor e/ou do Representante

Guardar Recibo de Solicitação de serviços

Manter dados Cadastrais

Título do atividade

Ator

Nome do ator que executa a

ação

Se por representação

Pontos de decisão

Publicar cadastramentos no D.O.M.

Preencher formulários de “Dados Cadastrais do Representante”

Descrição da ação que é executada (verbo no infinitivo +

complemento)

Seta que indica a sequência do fluxo de trabalho e o ator

que deverá executar a próxima ação.

Célula de trabalho

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

116 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

16 RESPONSABILIDADES

16.1 Comitê Gestor

Comitê Gestor de Processos Organizacionais da SEFIN tem o objetivo de coordenar as

ações de gestão de processos organizacionais da Secretaria.

O Comitê será composto por representantes da Gerência de Gestão de Pessoas e

Processos – GEPEP, Gerência de Gestão de Informações e Conhecimento – GEICO e

Gerência de Planejamento, Gestão Estratégica e Qualidade – GEPEQ, sendo a

coordenação da GEPEQ.

O Comitê deverá coordenar as ações de gestão de processo organizacionais da SEFIN,

apoiar a implementação do ciclo de gestão de processos organizacionais, consolidar o

Diagnóstico de Avaliação dos Processos Organizacionais e elaborar o Plano Anual de

Gestão de Processos Organizacionais.

Além disso, cada unidade organizacional participante do Comitê coordenará as atividades

específicas do ciclo de Gestão de processos referentes às suas competências

institucionais. Assim caberá à:

GEPEQ (Coordenadora)

I. facilitar e coordenar a articulações entre todos os componentes do Comitê e as unidades organizacionais da Secretaria;

II. facilitar e coordenar a articulações entre todos os componentes do Comitê e as unidades organizacionais da Secretaria;

III. coordenar a elaboração do Plano Anual de Gestão de Processos da SEFIN;

IV. desenvolver e atualizar o Manual de Gestão de Processos Organizacionais da SEFIN;

V. orientar e instituir, quanto aos aspectos metodológicos da Gestão de Processos, o desenvolvimento de todas as etapas do ciclo de gestão;

VI. coordenar a consolidação anual do Diagnóstico de Avaliação dos Processos, a ser realizado em parceria com as unidades afetadas;

VII. apoiar os demais componentes do Comitê Gestor de Processos na coordenação das ações sob sua responsabilidade;

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 117

VIII. monitorar alterações no ambiente interno, decorrentes ou não da alteração do ambiente externo, identificando mudanças e seus reflexos nos processos da Secretaria;

IX. solicitar à GEICO, sempre que necessário a atualização da base de dados da ferramenta informatizada, no servidor corporativo, e sua divulgação; e

X. acompanhar e avaliar os impactos causados pelas alterações nos processos da Secretaria, junto ao público institucional externo, propondo melhorias, no que couber.

GEICO

I. desenvolver e/ou implantar novos sistemas de informatização, levando em conta o mapeamento dos processos a eles relacionados;

II. atender às demandas de alterações nos sistemas informatizados, devido ao redesenho nos processos a eles relacionados;

III. fazer a gestão de ambiente do sistema informatizado de suporte, no que tange a :

a) manter os servidores de aplicação e de banco de dados disponíveis para acesso dos usuários da ferramenta;

b) manter o cadastro de usuários atualizado e controlar as permissões;

c) controlar as instalações e licenças de uso de software;

d) manter atualizada, na Intranet, a publicação do mapeamento e redesenho dos processos organizacionais da SEFIN; e

e) contribuir na identificação de oportunidades de melhorias nos sistemas de informações existentes, buscando a integração dos mesmos e a melhor utilização dos recursos ou funcionalidades.

c) GEPEP

I. coordenar as ações de capacitação na Gestão de Processos Organizacionais; e

II. apoiar a identificação de competências necessárias para a execução dos processos.

16.2 Unidades Organizacionais

As unidades organizacionais terão papel importante no desenvolvimento dos trabalhos de

mapeamento e redesenho de processos. Desta forma, segunda a Norma, todas deverão

realizar e validar uma auto-avaliação anual dos seus processos organizacionais cujos

resultados serão consolidados no Diagnóstico de Avaliação dos Processos da SEFIN,

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

118 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

base para elaboração do Plano Anual de Gestão de Processos Organizacionais da

SEFIN.

16.3 Multiplicadores

Cada unidade organizacional deverá indicar formalmente um Multiplicador, que terá como

função principal ser o representante da gestão de processos no Comitê Gestor e,

também:

a) Disseminar e aplicar as práticas da gestão de processos no âmbito da unidade;

b) Dar o aporte de conhecimento técnico especializado na execução dos Processos

de sua área;

c) Identificar os pontos fortes e oportunidades de melhoria nos Processos; e

d) Dar o apoio ao mapeamento e ao redesenho dos processos da sua unidade

organizacional em conformidade com a metodologia e a periodicidade descritas na

Norma e neste Manual de Gestão de Processos Organizacionais.

É necessária a indicação de um substituto que possa assumir as responsabilidades do

Multiplicador no caso de ausência do mesmo.

16.4 Responsáveis pelos Processos

Cada unidade organizacional deverá indicar o responsável pelo processo ou atividade que

terá as seguintes atribuições, no âmbito da sua unidade organizacional:

a) Verificar se os Processos estão produzindo os resultados previstos;

b) Verificar se os sistemas informatizados estão de acordo com os processos

mapeados;

c) Propor melhorias ou inovações, para tornar o processo mais eficiente e eficaz;

d) Conduzir e integrar as atividades do Processo; e

e) Apresentar e difundir os objetivos do Processo.

Ao responsável pela unidade organizacional compete a condução e a integração dos

processos afetos a sua área e, juntamente com os multiplicadores e os responsáveis

pelos Processos, a validação do Diagnóstico de Avaliação dos Processos e a aprovação

dos processos mapeados ou redesenhados da sua unidade.

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 119

17 FORMULÁRIOS DO MANUAL DE GESTÃO DE

PROCESSOS

17.1 Modelo de Cronograma

17.1.1 O que um Cronograma?

Um cronograma é a representação gráfica da previsão da execução de um trabalho, na

qual se indicam os prazos que se deverão cumprir as suas diversas ações.

Um cronograma é geralmente desenvolvido no formato de uma tabela ou de uma planilha

onde são descritas as principais ações para implementação de um plano, projeto ou

proposta e tem como objetivo acompanhar as ações para alcançar as metas

estabelecidas.

É uma ferramenta que auxilia no gerenciamento da implementação de ações

estabelecidas em um plano. Por meio dele, é possível visualizar as ações, prazos,

responsáveis e resultados a serem alcançados, servindo também como instrumento de

controle e acompanhamento.

No decorrer do acompanhamento de um cronograma, algumas alterações poderão ser

necessárias para se corrigir rumos ou ajustar prazos que muitas vezes se tornam

inviáveis por motivos diversos. Contudo, deve ser gerenciado para que não se perca a

evolução e comprometimento com o trabalho proposto.

A utilização de um cronograma pode apresentar vantagens como:

agilizar a implementação de um projeto, plano ou proposta, à medida que as

ações são identificadas e registradas;

possibilitar o acompanhamento da situação/status das ações a serem

implementadas;

promover a responsabilização dos envolvidos com o trabalho;

evitar a sobreposição de tarefas;

assegurar maior comprometimento com os prazos e metas estabelecidas

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

120 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

São dois os tipos de cronograma propostos no Manual:

1) Cronograma de Encaminhamentos – ferramenta de apoio na

definição de ações de curto prazo, para a implementação de

soluções e/ou encaminhamentos dessas. Neste tipo de cronograma

devem ser definidos os responsáveis pelas ações bem como os

resultados esperados e seus receptivos indicadores.

2) Cronograma de Ações – ferramenta de planejamento, que apóia a

consecução de planos de ação de médio e longo prazos.

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 121

17.1.2 Modelo de Cronograma de Encaminhamentos

Ações Responsáveis Prazo Resultados Esperados Indicadores de Resultado

17.1.3 Modelo de Cronograma de Ações

ANO 9999 9999

MÊS 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12

Ações

Macro Ação

1ª ação

2ª ação

3ª ação

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122 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

17.2 Formulário de Identificação dos Elementos

De onde vem? O quê vem? O quê você faz com isso? (Nº da frase)

O quê sai? Para onde vai?

Fornecedor E1 – Entrada + número da entrada Nº S1 – Saída + número da saída Cliente

Servidor E2 – Entrada + número da entrada Nº S2 – Saída + número da saída

S2 – Saída + número da saída

Cliente A

Cliente B

Observações: 1) Ao analisarmos detalhadamente as frases, é normal se verificar a necessidade de alterá-las, para adequá-las de forma a expressar melhor as ações do nosso fazer. Especialmente as frases iniciadas com os verbos que expressem entradas e/ou saídas, essas podem ser modificadas, assim, frases tais como: - Receber solicitação de compra - Encaminhar processo à Jurídica - Enviar documentos, etc. Pode-se referir a entradas/saídas: - S1 – solicitação de compra - S1 – processo analisado - S2 – documentos verificados Quando isso ocorrer, deveremos analisar melhor as frases para verificarmos se por trás da entrada/saída não existe um ação. Exemplo: Receber solicitação de compra, pode-se transformar em “Analisar solicitação de compra”, onde o verbo “Analisar” é a minha real ação e o “Receber” só indica o fluxo de uma entrada = solicitação de compra. 2) Pode acontecer de identificarmos uma mesma saída para diferentes clientes, o que poderá ser representado uma única vez. Outra situação é a de diferentes saídas para um mesmo cliente, nesse caso, deverão ser representadas cada uma das saídas separadamente.

Ações: O que faz.

Fornecedor. Quem me envia o necessário p/ a execução da minha tarefa. Pode acontecer de um fornecedor ser um outro “Contexto” de atividade, quando deveremos identificá-lo com o nome do Contexto.

O nº da frase representa a ação, o verbo da respectiva atividade

Cliente. Quem recebe o resultado do meu trabalho. Muitas vezes, o resultado do meu trabalho pode se destinar a mim/minha área mesmo ou então a um outro “Contexto” de atividades, quando deve-se identificar o cliente com o nome do meu cargo (técnico GERIM, por exemplo) ou do outro Contexto de atividade. (ver OBS 2)

E1: E= entrada: o que preciso p/ que execute minha tarefa. 1= número da seqüência numérica da entrada. Para cada frase (atividade) haverá pelo menos 1 entrada, podendo ser identificadas mais entradas, a depender do que seja necessário para a execução da tarefa.

S1: S= saída: o que gero com minha atividade, o resultado, o produto do que faço. 1= número da seqüência numérica da saída (deve estar em consonância com a respectiva entrada). Para cada frase (atividade) haverá pelo menos 1 saída. Existirão atividades que gerarão mais saídas, essas deverão ser identificadas com o mesmo número, como no exemplo acima: duas saídas S2, independente dos clientes que a estejam recebendo.

Frases: 1. Verbo no infinitivo + complemento 2. Verbo no infinitivo + complemento 3. Verbo no infinitivo + complemento

4. Verbo no infinitivo + complemento 5. Verbo no infinitivo + complemento 6. Verbo no infinitivo + complemento

(nome do sub-processo)

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 123

17.3 Diagrama de Interação do Processo

FINALIDADE

ENTRADAS ATIVIDADE SAÍDAS

Recursos Necessidades dos Clientes Pontos de Controle

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

124 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

17.4 Cadastro de Indicadores

Cadastro de Indicadores

Nome do Sub-processo Área Responsável Nome do Responsável

indicador

Nome do Indicador

Nome de Identificação do Indicador

Unidade de Medida

Medida do Indicador

Tipo

Eficiência ou Eficácia

Versão (dd/mm/aaaa)

Descrição do Indicador

Descrição sucinta do que o indicador mede ou demonstra.

Fórmula de Cálculo

Detalhamento da fórmula de cálculo, com descrição dos seus elementos constituintes e respectivas unidades de medida, inclusive se algum elemento for outra fórmula, descrevê-la por completo.

Origem dos componentes da fórmula de cálculo

Indicação da origem de cada elemento da fórmula, se de alguma publicação, sistema informatizado ou outra origem qualquer.

Interpretações Possíveis

Descrição de como interpretar os valores obtidos pela aplicação do indicador. Colocar exemplos quando couber

Faixa de Aceitação

Definição da faixa de aceitação do indicador

Periodicidade de Aplicação

Definir um período para a aplicação do indicador (exemplos: no dia 15 de cada mês, ao final de uma determinada atividade, etc).

Periodicidade de Avaliação

Definir um período para a divulgação da avaliação (exemplo: após a ocorrência de três aplicações).

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Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 125

17.5 Aplicação de Indicadores

Formulário Aplicação de Indicadores

Nome da Atividade

Nome do processo a ser medido.

Área Responsável

Área em se executa o processo

Nome do Responsável

Nome de quem aplicou.

Data da Aplicação

(dd/mm/aaaa)

Resultado

Medição do indicador no momento da aplicação

Considerações

Indicar o valor obtido em relação à faixa de aceitação e categorização do problema (condições internas ou externas) e descrição sucinta das causas, conseqüências e proposições

O que fazer

Ação a ser tomada em função da análise do resultado do indicador

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

126 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

18 RESUMO DO MANUAL SIMPLIFICADO

PASSOS DO MANUAL O QUE PROPÕE COMO FAZER (FERRAMENTAS)

COMO REGISTRAR (FORMULÁRIOS)

Base Conceitual

Entender algumas das definições no Manual

Planejamento da Gestão de Processos

1. Pré-requisitos Preparar a “Casa” para Desenvolver as Ações do Guia.

- Formação da Equipe;

- Capacitação; - Mobilização.

2. Plano de Trabalho

Priorizar o processo de trabalho a ser simplificado

- Técnica de Moderação de Cartelas (TMC)

- GUT

Registro 1: Modelo de Plano de Trabalho

Mapeamento do Processo

3. Levantamento de atividades e normas.

4. Identificação dos Elementos do Processo.

5. Desenho dos Fluxogramas atuais

Conhecer o funcionamento do processo de trabalho atual:

- Fornecedores; - Entradas; - Atividades; - Saídas; - Clientes; - Normas

- Técnica de Moderação de Cartelas (TMC)

- Fluxogramas

Registro 2: Formulários de Identificação dos Elementos do Processo.

Registro 2: Formulário de Identificação dos Elementos do Processo.

Registro 3: Desenho do Fluxograma Atual.

Análise e Melhoria dos Processos

6. Árvore de Soluções

Identificação dos Problemas que afetam o processo.

- Técnicas de Moderação de Cartelas (TMC)

Registro 4: Formulário de Árvore de Soluções.

Separação de causas e efeitos (problemas)

- Técnicas de Moderação de Cartelas (TMC)

- Diagrama Causa e Efeito

Registro 4: Formulário de Árvore de Soluções.

Identificação e priorização das soluções

- Técnicas de Moderação de Cartelas (TMC)

- Matriz BÁSICO

Registro 4: Formulário de Árvore de Soluções.

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 127

Monitoramento e Avaliação

6. Árvore de Soluções

Encaminhamento das Soluções:

- Responsáveis - Prazo; - Resultado

esperado

Registro 4: Formulário de Árvore de Soluções.

7. Modelagem do Processo

Identificar as condições para realização do novo processo:

- Finalidade do processo

- Principais necessidades dos clientes

- Identificação dos recursos necessários

Registro 5: Diagrama de Interação do Processo

Análise PDCA Registro 6: Registro do Novo Fluxo do Processo

8. Sistema de Medição de Desempenho

Formulação dos indicadores de eficiência e eficácia para monitoramento do processo

Registro 7: Formulário de Cadastro de Indicadores.

Preenchimento do marco de referência

Registro 8: Formulário de Identificação do Marco de Referência.

Aplicação e Avaliação do processo em andamento

Registro 9: Formulário de Aplicação.

Redesenho 9. Proposta de Simplificação

Formatação da Proposta de Simplificação

Registro 10: Proposta de Simplificação

10. Implementação do Novo Processo

Implementação das Melhorias:

- Manualização - Treinamento para

o novo processo - Plano de

Comunicação para disseminação

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

128 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

19 GLOSSÁRIO

Ação: O que é feito por cada ator.

Análise Crítica do Processo: avaliação sistemática sobre a pertinência, a adequação e a

eficiência do processo, no que diz respeito à legislação, políticas setoriais e aos objetivos

da instituição.

Área de TI: compreende todos os setores e atividades de trabalho inerentes a esta

unidade administrativa.

Áreas de Sombra (Sombreamento): geração da mesma informação (ou muito similar)

em partes diferentes do processo ou por pessoas diferentes, gerando aumento no custo

total do processo ou tornando possível a ocorrência de dados conflitantes que

desequilibram o processo gerando duplicidades e redundâncias.

Atividade: Unidade de trabalho realizada por uma pessoa, em um local e em dado

tempo; geralmente se desdobra em tarefas e está vinculada a atividade.

Atividade Gerencial: É aquela que envolve comando e aferição de resultados.

Atividade Operacional: É aquela que envolve ações pré-programadas e que gera

produtos palpáveis.

Atores: Quem executa alguma ação na atividade.

Atuação Integrada: consiste na articulação e envolvimento das diversas áreas na

tentativa de inovar a gestão e colocar em prática as teorias gerenciais, possibilitando a

realização de propostas e ideias ainda não implementadas na solução de problemas que

dificultam o andamento dos trabalhos.

Avaliação do Processo: avaliação realizada com intuito de promover a inovação nos

processos executados, buscando sempre a eficiência e eficácia.

Benchmarking: é um processo contínuo de medição de produtos, serviços e práticas

(processos), em relação aos concorrentes mais competitivos, ou às empresas

reconhecidas como líderes.

Brainstorming: é uma técnica de criatividade em grupo, na qual se busca a geração de

ideias que isoladamente ou associadas, estimulem novas ideias e subsídios direcionados

à solução de um problema.

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 129

Checklist: são simples e poderosas ferramentas para listar, relacionar, comparar,

verificar ou lembrar fatores importantes relativos às atividades.

Ciclo PDCA: é uma ferramenta que busca a lógica para fazer certo desde a primeira vez,

e cuja as iniciais são P – Plan (planejar), D – Do (fazer), C – Control (controlar) e A –

Action (atuar corretivamente).

Cliente: organização ou pessoa que recebe um serviço ou produto de processo e pode

ser interno e externo à Secretaria.

Desempenho: é o resultado da avaliação de como o processo está sendo executado, ou

seja, nível de desempenho atingido, oportunidades de melhoria priorizadas, fatores

críticos de sucesso e metas alcançadas ou não.

Diagnóstico Consolidado: consolidação da todas as avaliações de processo realizadas

pelas unidades organizacionais.

Diagrama de Interação do Processo: é uma ferramenta de identificação e de

visualização dos elementos essenciais das atividades de trabalho (fornecedor,

entrada/insumo, saída/produto e cliente), que foram formados a partir das atividades

levantadas e agrupadas.

Efetividade: refere-se aos resultados objetivos e práticos da atividade real.

Eficácia: é o grau de alcance das metas programadas, em um determinado período de

tempo, independentemente da utilização dos recursos empregados.

Eficiência: melhor relação possível entre os produtos (bens e serviços) gerados por uma

atividade e os custos dos insumos empregados em um determinado período de tempo.

Executante: quem executa as atividades do processo.

Fornecedor: organização ou pessoa que fornece um produto ou serviço podendo ser

interno ou externo à Secretaria.

Gestão da Mudança: é o gerenciamento contínuo das propostas de mudança nos

processos por meio da análise dos impactos na Secretaria (pessoal, custo, sistema de

informação, legislação).

Gestão por Processos Organizacionais: caracteriza-se pela capacidade tecnológica,

humana e estrutural para administrar os diferentes processos organizacionais de forma

eficaz, eficiente e efetiva, no intuito de conduzir a Secretaria de Finanças a excelência de

sua gestão.

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

130 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

Indicadores: dados ou informações numéricas que quantificam as entradas (recursos ou

insumos), saídas (produtos) e o desempenho de processos, produtos e a organização

como um todo.

Insumo ou Entrada (input): produto ou serviço necessário para o início de um

determinado processo.

Macroprocessos: agrupamento de processos necessários para a produção de uma ação

ou desempenho de uma atribuição da Secretaria. Consiste em grandes conjuntos de

atividades pelos quais a Secretaria cumpre a sua missão, gerando valor para o cliente.

Correspondem às grandes funções da organização, para as quais devem estar voltadas

todas as suas unidades internas e descentralizadas. Um macroprocesso engloba vários

outros processos.

Mapeamento de Processos: ação de identificar como são realizados os processos

organizacionais de uma empresa e de desenhar um fluxograma funcional, que retrata as

diferentes áreas de trabalho, onde o tempo e a responsabilidade ficam evidenciados.

Mapeamento dos Processos Atuais: é o levantamento da situação atual dos processos

organizacionais; serve para diagnosticar e orientar as ações de melhoria nos processos

existentes.

Melhoria contínua: é a ação contínua de propor uma alteração nos processos

organizacionais com vista a obter um melhor desempenho. Objetiva aumentar a

probabilidade de fazer crescer a satisfação dos clientes e de outras partes interessadas.

Meta: objetivos quantificados, expressão dos níveis de desempenho pretendidos para um

determinado período de tempo. Resultado a ser atingido decorre do objetivo proposto,

composto de indicador, valor e prazo.

Metaplan: é o nome registrado de uma empresa alemã, que desenvolveu em meados dos

anos 70 integração entre as técnicas de visualização e moderação em um conjunto de

procedimentos para o trabalho participativo em grupo, que vem tendo desde então

aceitação cada vez maior tanto no setor público como junto à iniciativa privada.

Missão: a razão de ser de uma organização, as necessidades sociais a que ela atende e

seu foco fundamental de atividades.

Modelagem do Processo: é a observação de todo o fluxo do processo na Secretaria.

Norma NBR ISO-9000: norma que apresenta padrões mundiais de qualidade.

Ontologia da Linguagem: estudo da linguagem humana para uma reflexão a respeito do

sentido abrangente do ser, como aquilo que torna possível as múltiplas existências

(Opõe-se à tradição metafísica que, em sua orientação teológica, teria transformado o ser

em geral num mero ente com atributos divinos).

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN 131

Organização: grupo de instalações e pessoas com conjunto de responsabilidades,

autoridades e relações.

Padrão de Trabalho: é um documento que define o Padrão de modelagem para o

desenho dos processos em: Diagramas, Objetos, deste Diagramas, bem como para os

Atributos dos Diagramas ou dos Objetos, utilizando o software SE SUITE, de tal forma

que se tenha uma referência com a qual se possa comparar cada diagrama gerado e

assim validá-lo ou adequá-lo, de acordo com esta definição.

Ponto de Controle: são aqueles que geram regras ou restrições quanto à execução do

processo de trabalho.

Processo: conjunto de subprocessos e/ou atividades logicamente relacionadas que

transformam insumos em produtos a um cliente específico, essa transformação deve

agregar valor na percepção dos clientes do processo e exige um conjunto de recursos. O

processo poderá exigir que a sequência de etapas seja documentada por meio de

especificações, de procedimentos e de instruções de trabalho, bem como que as etapas

de medição e de controle sejam adequadamente definidas. Para que as organizações

funcionem de forma eficaz, elas têm que identificar e gerenciar processos inter-

relacionados e interativos e quase sempre a saída de um processo constitui-se na entrada

do processo seguinte. Os processos têm como características a repetitividade,

estabilidade, previsibilidade, mensurabilidade e adaptabilidade.

Processo de Apoio: processo que dá suporte aos processos relativos ao produto e que é

usualmente projetado em função de necessidades relacionadas à estrutura e aos fatores

internos à Secretaria.

Processo Finalístico: processo relacionado às atividades-fim, aquele que gera os

produtos finais da Secretaria e gera valor direto para os clientes. Envolve tanto a

fabricação de bens como a prestação de serviços.

Produto/Serviço: definido como resultado de um processo; resultado de um conjunto de

atividades inter-relacionadas ou em interação que transformam entradas em saídas.

Qualidade: adequabilidade para o uso. Fazer certo a coisa certa já na primeira vez, com

excelência no atendimento. Totalidade de características de uma organização que lhe

confere a capacidade de satisfazer as necessidades explícitas e implícitas dos cidadãos

e/ou clientes.

Rastreabilidade da Informação: capacidade de recuperar o histórico, a aplicação ou

localização daquilo que esta sendo considerado.

Redesenho dos Processos: é o redesenho do fluxo a partir do diagnóstico da situação

atual. Representa o esforço para orientar as ações de melhoria nos processos da

Manual de Gestão de Processos Organizacionais - SEFIN

132 Secretaria Municipal de Finanças - SEFIN

secretaria, de forma a permitir que seus produtos e serviços sejam eficientes e eficazes e

que estejam em conformidade com a missão institucional da Secretaria de Finanças.

Responsável pelo Processo: pessoa que responde diretamente pelo processo.

Retrabalho: ação implementada sobre um produto não-conforme, a fim de transformá-lo

conforme os requisitos estabelecidos.

Revisão do Processo: consiste na revisão de um processo com intuito de realizar uma

melhoria localizada ou correção de um desvio.

Satisfação do Cliente: percepção do cliente do grau no qual os seus requisitos foram

atendidos.

Sistema de Monitoramento: qualquer entidade (processo, produto, equipamento,

pessoa, grupo, organização ou outros) que seja objeto de nossa observação.

Software SE SUITE: ferramenta informatizada utilizada pela Secretaria para o

mapeamento e redesenho dos processos.

Subprocesso: conjunto de atividades inter-relacionadas que transformam insumos

(entradas) e produtos (saídas).

Tarefa: conjunto de trabalhos a serem executados, envolvendo rotina, dificuldades,

esforço ou prazo determinado; nível imediatamente inferior a uma atividade.

Validação: comprovação, por intermédio do fornecimento de evidência objetiva, de que

os requisitos pretendidos foram atendidos.

Visão: estado que a Secretaria de Finanças deseja atingir no futuro. A visão tem a

intenção de propiciar o direcionamento dos rumos de uma organização.

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