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Assembleia de Freguesia de Castelo Branco
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Aos onze dias do mês de Dezembro do ano de dois mil e oito, pelas dezoito horas, no Salão
da Junta de Freguesia, reuniu a Assembleia de Freguesia em sessão ordinária, com a
seguinte ordem de trabalhos:
I - PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA
1- A preencher nos termos do Regimento
II - PERÍODO DA ORDEM DO DIA
1- Informações do Presidente da Freguesia
2- Apreciação e Votação dos Documentos Previsionais para o Ano de 2009
Plano de Actividades e Orçamento 2009
MARIA DO CARMO (PS) – Boa noite a todos.
Considerando o facto de que o nosso Presidente da mesa da Assembleia de Freguesia, Dr.
Dias de Carvalho, não pode estar presente nesta Assembleia por motivos pessoais, em
cumprimento do nosso regimento do art.º 4.º e do n.º 3 do art.º 10.º da lei 166/99, cabe ao
1º Secretário (neste caso a mim), substituir o Presidente nas suas faltas e impedimentos,
passando a Sra. Deputada Maria Alice (PS) a 1ª Secretária.
Como a mesa da Assembleia não está constituída (precisamos de um outro membro), à
semelhança daquilo que já temos feito em sessões anteriores quando falta um elemento da
mesa e, uma vez que já esteve aqui um membro da Bancada do PSD, convidaria desta vez a
fazer parte da mesa a Sra. Deputada Maria Manuela (CDU) para nos vir ajudar a coadjuvar
os trabalhos.
Foi lida a correspondência que dizia respeito aos deputados que justificam a sua ausência
nesta Assembleia e também um pedido de suspenção de mandato da CDU, informando que
o mandatário da CDU nesta Assembleia de Freguesia a Sra. Deputada Maria Jesus Amorim,
por razões de índole pessoal e profissional e de acordo e ao abrigo do regimento e da lei
em vigor, solicita que lhe seja autorizada a suspensão do mandato em curso
temporariamente, isto é de 11 de Dezembro (inclusive) de 2008 até 30 de Setembro de
2009, fazendo-se substituir pela segunda candidata da lista da CDU à Assembleia de
Freguesia de Castelo Branco, a Sra. Maria Manuela Carvalho.
Após a Tomada de Posse de Maria Manuela Carvalho (CDU), realizou-se a chamada
verificando-se a existência de quórum, tendo faltado à sessão os Srs. Deputados: João
Assembleia de Freguesia de Castelo Branco
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Fernandes de Barros (PSD) que justificou a falta por escrito, Júlio Ribeiro Fernandes (PS) e
Fernando Dias de Carvalho (PS), os restantes membros estavam presentes, conforme
consta da assinatura do Livro de presenças.
APROVAÇÃO DE ACTAS:
A Assembleia de Freguesia, aprovou por maioria, com uma abstenção da CDU, a Acta nº 14
correspondente à sessão de 25 de Setembro de 2008.
I – PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA
1 - A preencher nos termos do Regimento
MARIA DO CARMO (PS) - Antes de dar a palavra aos membros desta Assembleia
inscritos, queria desejar a todos os presentes e respectivas famílias, um Santo e Feliz Natal,
com Amor, Saúde e muita Paz.
ANA BELO (PSD) – Sra. Presidente da mesa da Assembleia de Freguesia, Sr. Presidente da
Freguesia de Castelo Branco, meus Senhores e Senhoras, muito boa noite a todos.
Em nome da Bancada PSD, votos de um Feliz e Santo Natal para todos vós.
E, porque o Natal é tempo de todas as bençãos e do desejo global de um caminho de paz,
partilho convosco um poema singelo, para que cada um de nós se lembre que o amor é o
único sentimento que poderá salvar a humanidade.
Eu queria um Natal diferente
Um Natal com toda a gente
No presépio de Jesus
Um Natal de harmonia
De justiça e de alegria
Onde tudo fosse Luz.
Eu queria um Natal diferente
Sem armas, guerras, rancor
Onde todos fossem gente
Sem dar importância à cor
Onde tudo fosse paz
Assembleia de Freguesia de Castelo Branco
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Onde tudo fosse Amor.
Eu queria um Natal diferente
Mas com uma condição
Que serás TU, serei Eu
A levar a Boa Nova
Do menino que nasceu
A todo o Homem, Irmão.
E assim, talvez um dia
Esteja toda a humanidade
No presépio de Belém.
Até chegar essa hora
Vamo-nos Amar sem limites
Para que não falte Ninguém!
FELIZ NATAL PARA TODOS.
LUÍS BARROSO (BE) – Muito boa noite a todos.
Quero nesta parte inicial da minha intervenção, agradecer a todos a solidariedade e as
palavras de conforto que me transmitiram aquando do inesperado falecimento da
minha filha.
Não o fiz na devida altura, pela próximidade da situação e pela emoção que me
envolvia que não me permitiram dizer seja aquilo que fosse.
Não podemos escolher as coisas que nos acontecem, mas sim a atitude a tomar perante
aquilo que nos acontece.
Aproveito também, porque não o fiz na última Assembleia de Freguesia pelas razões já
referidas, saudar a nova Deputada do PSD, a Sra. Ana Maria C. Sal Martins, fazendo
votos que desempenhe com determinação e responsabilidade o seu mandato.
Iremos hoje apreciar e votar o Plano de Actividades e o Orçamento para 2009.
Para o Bloco de Esquerda, são os documentos políticos mais importantes que nesta
Assembleia são apresentados.
Assembleia de Freguesia de Castelo Branco
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Reparamos, no entanto, que as fundamentações que o Executivo apresenta a acompanhar
os documentos, não passam mais do que um “copy-paste” dos anos anteriores. Retira
de um lado, põe do outro.
Chama-lhes num ano Introdução, noutro ano, Princípios Orientadores.
Os Princípios Estratégicos de Orientação num ano, são “promovidos” a Grandes
Opções do Plano noutro e por aí fora.
Não lhes dá o relevo e a importância que se justificaria, já que se trata das linhas
programáticas pelas quais se vai reger durante um ano e em que baseiam as escolhas
políticas do destino a dar às verbas orçamentadas.
Na senda dos anos anteriores, iremos discutir o mesmo, ou seja, é-nos apresentado
um novo Orçamento sem ter nada a ver com um Orçamento novo.
E isto porquê? De entre várias razões, escolhemos a que para nós é mais importante - a
falta de mecanismos de participação dos cidadãos nas definições de prioridades de
investimento.
O Bloco de Esquerda defende o Orçamento Participativo.
É um instrumento inovador de gestão pública que possibilitaria aos Albicastrenses serem
chamados a discutir e a apresentar projectos do seu interesse.
Ouvir opiniões, dialogar, sugerir, debater, levar-nos-ia a uma maior aproximação dos
reais problemas da Freguesia.
Este Executivo e esta Assembleia, têm ao longo destes três anos apostado no sentido
contrário, recusando e resistindo à participação cidadã, remetendo os Albicastrenses
para a situação minimalista e terceiro-mundista de um acto eleitoral de quatro em
quatro anos.
A esbatida preocupação deste Executivo “... em que todas as acções são dirigidas para
os nossos concidadãos..”, estou a citar, não passam da utilização de um verdadeiro
“botox” político.
Tem rechaçado os apelos do Bloco de Esquerda da descentralização, quer das
Assembleias de Freguesia quer das reuniões públicas do Executivo que teimam a não
realizar e divulgar como é obrigatório por Lei.
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O Partido Socialista, não ouve o “pulsar” da Sociedade Civil, nem os apelos de figuras
importantes da política Nacional, como é o caso do e dos Ex-Presidentes da
República, no sentido de serem criados fóruns e mecanismos de participação
intercalar das populações nas decisões que interferem com o seu dia-a-dia, opondo-
se deste modo à evolução da história, colocando-se do lado das forças conservadoras e
renegando o Socialismo que diz defender.
Neste sentido o Bloco de Esquerda apresenta uma proposta substantiva nesta
Assembleia, para que no futuro se abra uma pequena janela ao Orçamento
Participativo, que seria concretizada através da atribuição de uma rubrica orçamental
para ser debatida e decidida pelos Albicastrenses.
Como exemplo, dava a rubrica do Ensino e Educação, no que diz respeito às Escolas do
1º Ciclo do Ensino Básico e das competências que são atribuídas à Freguesia.
Os protagonistas seriam os Conselhos Executivos, as Associações de Pais, os
Professores e os próprios alunos, que decidiriam de que modo a verba seria aplicada,
que depois o Executivo operacionalizava.
Termino com mais uma proposta substantiva.
No ano de 2009 decorrerão vários actos eleitorais.
Terá este Executivo “obrigação” institucional de impulsionar uma campanha
vocacionada para os jovens da Freguesia, rubrica mais uma vez muito vaga no Plano de
Actividades e com valor Orçamental quase simbólico, no sentido de os sensibilizar para
a necessidade de uma participação cívica, como um acto de exigência da
Democracia.
As escolas serão locais preferenciais para esta campanha, utilizando, porque não, os
deputados dos Partidos representados na Assembleia da República.
A Comissão Recenceadora, presidida pelo Presidente Jorge Neves, deverá preocupar-se
e ter uma palavra a dizer.
MANUELA CARVALHO (CDU) – Exma. Sra. Presidente da Assembleia de Freguesia,
Exmo. Sr. Presidente da Junta de Freguesia, membros do Executivo, Srs. Deputados, Srs. e
Sras. da comunicação social.
Estamos já dentro da época natalicía onde o espirito de solidariedade, paz e amor é uma
constante para a maior parte da população.
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No entanto, assiste-se a uma ofensiva global que naturalmente também atinge o concelho e
a Freguesia de Castelo Branco, elevando as dificuldades da nossa população.
Apesar do grande aparato publicitário de campanhas altamente arquestradas de um país
resistente à crise, chamamos a atenção para o contínuo agravamento da situação
económica e social do país e do concelho e para a falta de investimento real e objectivo.
Também no nosso concelho do ponto de vista do sector produtivo a realidade mostra-nos
que existe um fosso real entre o que surge e aquilo que é desmembrado.
Exemplo disso são as empresas cada vez com mais dificuldades levando ao despedimento
e aos salários em atraso.
O comércio da nossa cidade encerra as portas a cada dia. Por outro lado, as condições
para com os trabalhadores ao nível das empresas são cada vez de maior precariedade e
com um elevado índice de regularização das condições de vida e do trabalho dos
trabalhadores.
A situação na qual se encontram actualmente os trabalhadores da Administração Pública,
Central e Local, são da mais completa irracionalidade no que toca ao estado de direito que
somos.
Em todos os sectores assiste-se ao desencantamento dos trabalhadores por razões
largamente difundidas e pelo objectivo que se tem elevado a luta das massas.
Pensarão, o que é que isto tem a ver com a Freguesia?
Alguma coisa. A CDU não quer deixar de lembrar todos aqueles que se encontram nestas
situações mais desfavorecidas, tendo dificuldades em encher o cabaz de Natal devido ao
desemprego, aos baixos salários e aos atrasos dos mesmos, ao aumento do custo de vida
nesta freguesia e em todas as outras.
Para eles, lembrar que não estão sózinhos, estaremos sempre do seu lado.
E como o meu camarada Ari dos Santos disse:
“Natal é em Dezembro
Mas em Maio pode ser
Natal é em Setembro
É quando um Homem quiser”.
Termino desejando que o próximo ano seja mais próspero e Feliz Natal para todos nós.
Quero acreditar que assim seja. Para pior, bem basta assim.
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JOSÉ PIRES (PS) – Boa noite a todos.
Celebrámos ontem o Sexagésimo Aniversário da Declaração Universal dos Direitos do
Homem. Temos estado a celebrar durante este ano a memória de Aristides de Sousa
Mendes, que antecipou com a sua acção o direito à desobediência.
Na conjunção destas duas efemérides eu queria nesta última sessão do ano da Assembleia
de Freguesia de celebrar a desobediência, enquanto consciência da humanidade.
E neste sentido, homenagear todos aqueles que têm a coragem de desobedecer,
obedecendo apenas à sua consciência. E neste todos, incluir todos os membros dos
Partidos ou Coligações que pertencem a esta Assembleia e que aqui têm manifestado
livremente as suas ideias e os seus ideais.
Importa, apesar do que nos divide, reconhecer que é bom teimar a ideologia
desobedecendo ao convencido.
Importa, apesar de opiniões e análises diferentes, dizer que é bom teimar nas convicções
desobedecendo àqueles que pensam diferente e desejam que pensemos igual.
É por isso bom desobedecer ao comodismo, ao conformismo e ao unanimismo, porque é
bom obedecer ao direito inalienável de pensar livremente e de agir em conformidade.
Eu congratulo-me por tudo aquilo que nos tem dividido, mas tem provado que somos não
(importa as nossa origens ideológicas), capazes de afirmar aqui livremente as nossas
ideias, os nossos projectos e as nossas posições.
É por isso bom assumir a diferença e compreender que aqueles que têm a legitimidade do
voto o façam e ajam também em conformidade com a sua ideologia, os seus ideais e os
seus valores.
Desejo a todos que este fim-de-ano a que o Natal pertence, seja para todos nós o melhor
possível.
JOSÉ BERNARDINO (PS) – Boa noite a todos os presentes.
A minha intervenção de hoje é na sequência de uma entrevista que foi dada por um dos Ex.
Presidentes da Républica, neste caso o Dr. Mário Soares.
E a entrevista dizia o seguinte em relação ao Primeiro-Ministro: “Sócrates é um Primeiro-
-Ministro que vai à luta e onde tem que intervir ele actua, não manda ninguém”.
Também eu, considero-o um homem com uma grande convicção naquilo que faz e tem essa
certeza no seu espírito. E depois, é um “tipo” corajoso cívica e fisicamente, não tem medo
das coisas e enfrenta-as. É sem dúvida um atributo que eu aprecio muito. Um político tem
que ser corajoso.
Já Kennedy dizia que: “a principal qualidade de um político é a coragem”. A inteligência
todos tem, mais ou menos, mas a coragem já essa...
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Estando nós numa época de festividade, os meus votos para 2009 são exactamente que as
pessoas que estão nesta Assembleia tenham mais coragem política de vir aqui e não se
esconderem em discursos mais ou menos elaborados, mas que tenham a audácia de vir
aqui dizer e concretizar esses mesmos assuntos.
Um Santo e Feliz Natal para todos.
PRESIDENTE DA JUNTA DE FREGUESIA – Sra. Presidente em Exercício, digníssima
mesa, Srs. membros da Assembleia de Freguesia, caros colegas do Executivo, digníssimas
funcionárias, Sras. e Srs. dos órgãos da comunicação social.
Apenas uma intervenção muito breve tendo em conta que aquilo que eventualmente
mereceria alguma resposta eu vou dá-la a seguir, nomeadamente no que foi dito pelo Sr.
deputado Luís Barroso quanto à questão do Plano de Actividades que faz parte da Ordem
do Dia.
Quero associar-me aos votos de um Bom Natal que foram aqui transmitidos, em nome do
Executivo da Junta de Freguesia desejar a todos os membros da nossa comunidade através
dos seus representantes aqui na Assembleia de Freguesia (que são os Srs. e as Sras.), um
Bom Natal para todos e um ano 2009 à altura daquilo que naturalmente todos nós
merecemos.
Todos nós conhecemos as condições em que vive o nosso mundo, não é só o nosso país,
mas vamos ter esperança, alguma força e alguma vitalidade no sentido de de tentarmos
lutar contra estas coisas más que nos vão acontecendo.
II – PERÍODO DA ORDEM DO DIA
1 – Informações do Presidente da Freguesia
Duas notas que são importantes referir: em primeiro lugar, para informar à Assembleia de
Freguesia que não conseguimos sobreviver à onda dos assaltos que proliferam aqui na
nossa cidade e, na noite de 17 para 18 do passado mês de Novembro, a Junta de Freguesia
foi assaltada. Não houve muitos estragos. Retiraram o vidro de uma janela com todo o
cuidado, entraram nas instalações e foram directamente ao cofre onde são guardados os
trocos para o serviço de expediente.
Como todos sabem, nós temos um regulamento( Norma de Controlo Interno), que obriga a
que haja depósitos diários e é isso que temos estado a fazer.
A pessoa que entrou conseguiu arrombar a porta da secretaria, a porta do móvel onde é
guardado o cofre, acabando depois por arrombar também o cofre e levando a módica
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quantia de 62 euros e 80 cêntimos. Não mexeram em mais nada, apesar de haver alguns
telefones, telemóveis, o projector de video, etc.
É óbvio que isto leva-nos a ter algumas cautelas (já tinhamos falado acerca disto) no
sentido de instalarmos um sistema de segurança aqui nas nossas instalações, tendo em
vista evitar este tipo de acontecimentos.
A outra questão, e na sequência daquilo que já foi falado aqui no sentido de constituirmos
um júri para o “Património Vivo”, lançava novamente aqui o desafio para que logo no
princípio do ano através da Assembleia de Freguesia e também do Executivo, pudessemos
avançar para a construção do regulamento tendo em vista depois essa distinção (das
personalidades da nossa freguesia), eventualmente durante o ano de 2009.
Também para o Concurso de Fotografia, iniciativa que pertence ao Plano de Actividades
para 2009, peço a colaboração e participação da Assembleia de Freguesia, para que de
uma forma democrática clara e sem qualquer tipo de conflitos, possamos eleger um júri
que nos ajude a definir quem são os elementos que irão fazer parte destas duas
actividades.
2 – Apreciação e Votação dos Documentos Previsionias para o ano de 2009
Plano de Actividades e Orçamento 2009
PRESIDENTE DA JUNTA DE FREGUESIA – Naturalmente que não vou ser muito exaustivo
face a algumas questões, uma vez que estão devidamente enunciadas nos documentos que
foram distribuídos.
Relativamente a este Orçamento que nós propomos para o ano 2009, uma despesa total de
593.992 euros, fruto de uma receita corrente de 485.932 euros e uma receita de capital de
108.060 euros.
Em termos de despesas tem o valor igual à receita:
- Despesas correntes 435.750 euros
- Despesas de capital 158.242 euros
A Despesa decompõe-se em:
Despesas com pessoal - 166.950 euros (28,11%)
Aquisição de bens e serviços - 174.000 euros (29,29%)
Transferências correntes - 90.100 euros (15,17%)
Aquisição de bens de capital - 143.030 euros (24,08%)
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Em termos de receita praticamente toda ela, cerca de 77,5% provém das transferências
correntes e de capital; o restante, nomeadamente aqueles 17%, correspondentes a 101 mil
euros.
Em termos percentuais da Receita:
77,51% resulta das transferências correntes
17% (os tais 101 mil euros) das transferências de capital.
Teoricamente teve um aumento de 5% o que aconteceu com todas as Juntas de Freguesia, o
que corresponderia a um aumento do nosso Orçamento de 2008 para 2009 de 28 mil euros.
Acontece que a comparticipação que depois era enviada através da Direcção Geral das
Autarquias Locais equivalia ao valor de 31 mil euros. Ou seja, significa isto na prática, que
a Junta de Freguesia de Castelo Branco de 2008 para 2009, tem um défice de menos três
mil euros.
E portanto, só manifestar aqui o meu descontentamento (e não é por ser este governo ou
outro qualquer), mas é imoral, é anti-ético estar a mudar as regras do jogo no meio do
campeonato. Revelo aqui claramente como também já o fiz enquanto delegado da Anafre a
nível distrital nos devidos sítios, a minha revolta e o meu descontentamento por esta
situação que não se entende. E isto porque as Freguesias têm um peso muito diminuto no
Orçamento Geral do Estado que não chega a 0,2%. Acho que tal é um atentado contra as
Juntas de Freguesia e não poderia de forma nenhuma deixar passar aqui esta questão em
claro.
Resumindo e concluindo, em vez de um aumento de 28 mil euros, perdemos 3 mil euros de
um ano para o outro e isto é claramente muito mau.
Relativamente a “Princípios Orientadores do Plano” queria referir aqui uma questão que é
a seguinte: nós temos sempre trabalhado desde o início do mandato, tentando que esta
autarquia tenha um serviço de excelência através da abertura de espírito à inovação,
através de uma mudança clara de meios e de métodos de funcionamento, tentando também
promover a transparência na actuação e fazendo sempre base na eficiência, na eficácia e
na qualidade.
Ou seja, nós trabalhamos com este objectivo que a pouco e pouco vamos conseguindo que
esta seja uma autarquia de burocracia zero, onde todos os elementos, processos, tudo
aquilo que aqui entra é tratado quase de imediato na hora.
Em termos de “Linhas Estratégicas de Actuação”, naturalmente que elas são as mesmas.
Aquilo que há pouco o Sr. deputado Luís Barroso dizia que se tratava de um “copy-paste”,
eu chamar-lhe-ía continuidade e coerência. Essa continuidade é em termos de aposta no
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investimento no apoio social, na cultura e no desporto, no aumento da qualidade dos
serviços prestados aos utentes e também na consolidação, prestígio e dignificação da
Freguesia de Castelo Branco.
Referia ainda nesta perspectiva e no ponto seguinte:
1º - Aquilo que consideramos o cumprimento do programa eleitoral que subtemos a
sufrágio há cerca de três anos e que na nossa opinião está cumprido;
2º - Dizer que é ponto de honra para nós e na altura dissemos isso (na audição dos partidos
em termos de oposição) que atendendo a que este é um ano um pouco complexo devido a
ter três actos eleitorais, um deles para as autarquias (não está ainda devidamente marcado,
possivelmente será em Setembro ou eventualmente em Outubro), que vamos fazer ponto
de honra de que as nossas actividades vão terminar em Julho. Isto é, todo o nosso Plano de
Actividades em vez de doze terá unicamente oito meses. Em Julho terminaremos com
“Castelo Branco Freguesia em Festa 2009”. Vamos então entrar em gestão corrente e não
produzimos mais actividades, porque achamos que assim o devemos fazer.
Relativamente ao Plano de Actividades mencionar aqui algumas questões:
Em termos de Obras e Equipamentos:
- A requalificação do largo da igreja na Taberna Seca. Um processo que está de alguma
forma em curso; é uma obra completamente nova que vai dar também uma cara nova a um
sítio por excelência da nossa freguesia;
- Requalificação de arruamentos em Lentiscais e Taberna Seca;
- Continuação da recuperação dos caminhos rurais no perímetro da cidade e anexas.
Em termos de Cultura:
- As conferências mensais da Alma Azul na Galeria Clemente Mouro que já estão
calendarizadas e feitas em colaboração estreita com essa editora e a nossa freguesia. São
conferências que vão ocorrer entre Janeiro e Julho;
- “Castelo Branco, Freguesia em Festa 2009”;
- “Património Vivo”, onde vamos fazer a distinção das freguesias com base no regulamento
que vai ser elaborado em colaboração com a Assembleia de Freguesia;
- O Concurso de fotografia digital “Castelo Branco, terra de gentes e de património”.
Em termos de Desporto e Lazer:
- A prova de atletismo Alcains/Castelo Branco;
- Apoio ao torneio de futebol juvenil do Valongo;
- O programa “Acerte o Passo”, em colaboração com a Associação de Profissionais de
Educação Física;
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- O programa “Toc’a Mexer”;
- A colaboração na “Marcha do Coração”;
- Os percursos pedestres organizados pela casa do Benfica de Castelo Branco.
Em termos de Acção Social:
- O V Convívio de Séniores da Freguesia de Castelo Branco;
- Organização de Matinés Dançantes.
Esta também é uma inovação para o próximo ano, se a conseguirmos realizar, uma vez que
o local onde o pretendíamos fazer é o Centro Artístico Albicastrense que passa nesta altura
por uma fase um pouco complicada em termos dos seus corpos dirigentes, mas julgo que
isso não irá pôr em causa esta organização.
Mensalmente, vamos organizar matinés dançantes não só para pessoas daquela que nós
chamamos não a terceira, mas a melhor idade, mas para todos aqueles que quiserem
participar nesta festa de convívio.
- A criação do Programa “Pass”, programa anual de solidariedade social de parcerias com
uma entidade de Segurança Social que queira a nossa colaboração, participação e a nossa
parceria na promoção, divulgação e também na organização de algumas actividades;
- A criação do Programa “Junto a Si”, este também é uma novidade, cujo objectivo é o
seguinte: com sabem os serviços administrativos da freguesia pretendem alguma
descentralização, alguma próximidade e ir junto das pessoas. E o que nós fizémos durante
estes três anos foi deslocar-nos semanalmente tanto à Taberna Seca como aos Lentiscais
para apoiar as pessoas.
Pois bem, vamos procurar fazer isto também aqui na cidade a pessoas de mobilidade
reduzida, a pessoas que não tenham grande possibilidade de sair de suas casas e, que
através de vários meios (ou por e-mail ou por telefone) pedem a nossa colaboração para
por exemplo, tratar de atestados de vida ou de residência ou outro tipo de serviços como o
pagamento da electricidade ou da água. Portanto, vamos organizar-nos no sentido de
irmos à casa das pessoas e poder tratar desses assuntos.
É também uma maneira de levar a autarquia às pessoas e não estar à espera que elas
venham junto de nós para usufruir dos nossos serviços.
Em termos de Ensino e Educação:
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- Continuação do apoio às escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico, não só naquilo que a lei nos
obriga em concreto, como é o caso da higiene e limpeza, mas também o pagamento das
fotocópias às escolas.
Todas as escolas do 1º Ciclo tiveram uma fotocopiadora nova durante o ano de 2008 e
estamos a pagar uma pequena percentagem (salvo erro, 0,07 euros) por cada cópia, no
sentido de assegurarmos a perfeita manutenção das máquinas.
- A atribuição do prémio anual da Freguesia de Castelo Branco ao melhor aluno da
freguesia no Instituto Politécnico de Castelo Branco;
- Atribuição de uma bolsa de estudo em colaboração com a Fundação Rotária Portuguesa
para alunos efectivamente carenciados da nossa freguesia e que estejam no ensino
secundário.
Relativamente às relações institucionais, pensamos avançar durante o ano de 2009 com o
protocolo de Geminação com Castelo Branco, a freguesia do Faial nos Açores e
eventualmente tentarmos também uma aproximação de relacionamento com outras
cidades e freguesias, embora nada esteja ainda devidamente solidificado.
Quanto ao Plano de Actividades e Orçamento têm em vosso poder os documentos, e com
esta apresentação que tocou só de leve em alguns pontos que era importante referir aqui, e
independentemente de termos dado cumprimento à Lei da Oposição (em que antes do
Orçamento ser aprovado demos a conhecer as linhas programáticas), estivemos
disponíveis para ouvir as vossas opiniões, sugestões e as vossas críticas para introduzir
neste Orçamento e foi assim que aconteceu com algumas delas.
Muito obrigado.
LUÍS BARROSO (BE) – PLANO DE ACTIVIDADES/ORÇAMENTO
Como diz o poeta “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”, mas no que respeita
ao Plano de Actividades e Orçamento, eu digo, “mudam-se os anos e os números e as
rubricas são quase as mesmas”.
Excepção feita à programação mensal para a Casa do Arco do Bispo, iniciativa que há
muito se exigia, pelo que felicito o Executivo por a concretizar.
A Cultura agradece o aumento da verba de 25.000 euros em 2008, para 40.000 euros em
2009.
Assembleia de Freguesia de Castelo Branco
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Na Acção Social, tenta o Executivo fazer transparecer no seu discurso e em tudo o que é
documentos, ser uma das suas maiores preocupações, mas não vemos no Plano de
Actividades situações objectivas para a concretizar.
A verba orçada de 30.000 euros, mais 7.500 euros do que em 2008, nem dá para a
realização mediática do Convívio de Séniores da Freguesia, com todo o respeito que me
merecem os Albicastrenses que nela participam.
Ficamos atentos ao programa “JUNTO A SI”, para ver se terá este Executivo capacidade
para o concretizar no terreno. Pensamos ser um programa importante para muitos
idosos da nossa Freguesia.
As preocupações ambientais foram completamente banidas, mais uma vez, deste Plano
de Actividades. Nem uma pequena medida pedagógica nele consta. Os Membros
deste Executivo acreditam que não há só uma Terra.
Ficamos esperançados que a recolha que foi feita no terreno sobre usos e costumes das
anexas da Taberna Seca e Lentiscais, que deram origem às respectivas Monografias,
sejam disponibilizadas ao público rapidamente, pois é um contributo importante na
defesa e divulgação do património da nossa Freguesia.
Relativamente ao Orçamento, gostaria que o Sr. Presidente me esclarecesse do seguinte:
Receitas:
Transferências Correntes – 32.000 euros do Município de Castelo Branco –
Pagamento das pessoas das mesas nas eleições?
Transferências de Capital – 101.000 euros do Município de Castelo Branco –
Obras?
Despesas:
Despesas com o Pessoal – Titulares de Órgãos de Soberania – 37.100 euros
Em 2008 – 21.500 euros;
Gratificações – 30.000 euros
Em 2008 – 11. 100 euros;
Viadutos – 100.000 euros - Serão as obras da Taberna Seca?
Em 2008 – 15.000 euros;
Parques e Jardins – 27.000 euros - Não há correspondência no Plano de
Actividades
Em 2008 – 4.000 euros.
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A maioria do Partido Socialista desta Assembleia vai viabilizar O Plano de Actividades e
o Orçamento para 2009, pelo que não estará em causa o voto do Bloco de Esquerda.
Como não irei intervir mais nesta Assembleia, quero desejar a todos VOTOS DE BOAS
FESTAS.
CARLOS ALMEIDA (PSD) – Boa noite Exma. Sra Presidente em exercício de funções,
Exmo. Sr. Presidente da Junta de Freguesia e restante Executivo, caros Deputados e ilustres
membros da comunicação social.
Foram-nos apresentados dois documentos: o Plano de Actividades e o Orçamento para
2009, que são documentos estruturantes e que necessariamente exigem de nós uma
atenção especial e alguma reflexão.
O PSD tem procurado ter uma atitude positiva, construtiva e é neste sentido que devem ser
interpretados os contributos que nós, em sede própria e em altura própria apresentámos
junto do Executivo da Junta de Freguesia. E gostaria exactamente de começar por realçar
aqueles que me parecem ser os aspectos mais conseguidos e mais positivos destes dois
documentos. Desde logo e porque já começa a ser timbre, a apresentação deste
documento é de tal forma realçada, que aparece como um aspecto quase estratégico dos
documentos. Denota indiscutivelmente preocupação, sobretudo em termos gráficos. Isso
foi bem visível inclusivamente na construção de PowerPoint a que nós assistimos.
O Plano de Actividades permite-nos fazer uma leitura relativamente fácil e clara. As ideias
estão bastante bem arrumadas.
Finalmente, ainda dentro destes aspectos mais conseguidos, destacar duas ou três
iniciativas que estão previstas no Plano de Actividades e que me parecem a todos os
títulos, iniciativas interessantes e que seguramente nós iremos acompanhar com algum
cuidado.
Fica aqui também o meu reconhecimento e a minha felicitação para com o Executivo.
Mas necessariamente terei que tecer algumas considerações e críticas. Procurarei que
estas não sejam gratuitas e neste sentido vou tentar fundamentar obviamente com os
números.
Caso seja demasiado exaustivo, peço já as minhas desculpas antecipadamente.
Começando pelo Plano de Actividades, aquilo que se constata de uma leitura mais atenta
é que nem sempre as intenções manifestadas neste Plano são traduzidas na prática, isto é,
no Orçamento. E deixava a título de exemplo:
Assembleia de Freguesia de Castelo Branco
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Na pág. 7, é referido que os apoios financeiros vão manter-se ao nível médio dos
anos anteriores.
Ora vejamos:
Rubrica 04.07
- Em 2008 foram atribuídos 71.500 euros;
- Em 2009 estão previstos 70.000 euros.
Rubrica 08.07
- Em 2008 foram atribuídos 18.600 euros;
- Em 2009 estão previstos 15.212 euros.
Quer numa, quer noutra, há indiscutivelmente uma redução.
O Capítulo 3 “Linhas Estratégicas de Actuação (pág.10), faz alusão às propostas
efectuadas pelo PSD (aliás, o único Partido a fazê-lo).
Constatamos que o Executivo acaba por entrar no chamado políticamente correcto, não nos
rejeita qualquer proposta, mas também não o assume. E aquilo que fica dito é que irá ser
analisado a sua exequibilidade. Acreditamos convictamente na bondade e na virtude das
nossas propostas.
Mas mais uma vez verificamos que uma das propostas que tínhamos feito no sentido de
aumentar a comparticipação financeira para com as associações não foi respeitada. E
fizemos esta proposta com base no conhecimento que temos destas instituições, mas
sobretudo no momento de grande dificuldade que algumas delas estão a passar. E neste
sentido mereceria uma atenção mais especial.
Finalmente, o último reparo relativamente ao Plano de Actividades tem a ver com as
“Grandes Opções do Plano” (pág. 11).
Aqui não é estabelecida qualquer ligação como seria suposto com as Provisões
Orçamentais. Fala-se de algumas intenções às quais obviamente nos teríamos que associar,
mas são intenções genéricas, nomeadamente quando se fala em parcerias.
Era interessante saber com quem vão ser estabelecidas essas parcerias, e que contactos já
foram efectuados. Que equipamentos são aqueles a que se referem quando falam em
crianças, jovens e idosos?
Relativamente ao Orçamento constatamos que:
O aumento de receitas correntes de 2008 para 2009 foi praticamente todo absorvido
pelo aumento das despesas com pessoal;
O aumento das receitas foi de 57.664 euros, mas o valor que foi absorvido com o aumento
da despesa com pessoal é de 42.362 euros.
Assembleia de Freguesia de Castelo Branco
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As despesas com pessoal passaram de 124.588 euros (2008) para 166.950 euros
(2009). Há aqui um aumento fantástico de 33%;
Aparece no Orçamento de 2009 uma rubrica nova relativamente ao anterior,
01.02.01 “Gratificações variáveis ou eventuais”.
Não é uma verba qualquer. É expressiva tendo sido devidamente justificada, mas ainda
assim estamos a falar de 30.000 euros.
Se necessário fosse encontrar mais algum argumento para demonstrar este peso que eu
considero excessivo com o pessoal, ele aqui fica: este é um Orçamento típico de Ano
Eleitoral.
Como é que podemos demonstrar isto?
1 - A Câmara Municipal de Castelo Branco nestes anos todos que levamos de mandato,
nunca contribuiu de forma substantiva (nem pouco mais ou menos) para o Orçamento da
Junta de Freguesia. Todavia, aquilo que está previsto transferir em 2009 é a notável quantia
de 133.000 euros; 32.000 euros na rubrica (06.05) e 101.000 euros na rubrica (10.05). Não
há qualquer tipo de antecedentes nesta matéria. Trata-se sem dúvida de uma coincidência
feliz num ano eleitoral.
2 – Relativamente ao ano de 2008, verificam-se também aumentos notáveis particularmente
em duas rubricas: na Acção Social e na Cultura. Em qualquer dos casos aumentos
superiores a 25%.
No entanto, os 30.000 euros que são previstos para a acção social, rubrica (02.02.25.01) são
canalizados na sua totalidade para o V Encontro de Séniores da Freguesia, que
comparativamente com o ano anterior tem um aumento de 100%.
Os 40.000 euros previstos para a Cultura, rubrica (02.02.25.02), são canalizados na sua
totalidade para “Castelo Branco Freguesia em Festa 2009”.
Que questões estruturais ficam deste Plano de Actividades e deste Orçamento?
O que é que fica para o futuro, quais são as ideias força, o que é que deve realmente
merecer aqui a nossa reflexão?
a) Num ano eleitoral em que o Orçamento da Junta de Freguesia aparece empolado em
133.000 euros (fruto das tais transferências do Município) ainda assim 44% do Orçamento
desta Instituição é para justificar a sua própria existência. O serviço que a Junta de
Freguesia possa prestar é seguramente um serviço que fica demasiado caro ao
contribuinte;
b) O valor que é gerido após as despesas com pessoal, aquisição de bens e serviços e
transferências para as Associações, Clubes e Agrupamentos de Escolas é verdadeiramente
residual;
Assembleia de Freguesia de Castelo Branco
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c) Vivemos momentos de particular dificuldade. Isto é perceptível no nosso dia-a-dia.
Como é possível aceitar neste contexto de dificuldade, um aumento na despesa da Cultura
que é integralmente canalizado para Castelo Branco Freguesia em Festa 2009, que terá um
aumento na despesa de 270%, quando comparado com 2008?
Que conceito de Cultura é este?
É este o tipo de gestão que queremos fazer?
d) As preocupações de carácter social não são património exclusivo de ninguém. E muito
menos de alguns partidos, sejam eles de Direita ou de Esquerda.
Neste contexto teremos que ter algum cuidado na forma como abordamos as questões
sociais, porque quando o fazemos há sempre o risco de entrarmos pela via demagógica e
não é essa de todo a minha intenção.
Mas permitam-me que mostre este título (“A Pobreza Envergonhada”) de um jornal e ao
qual nós necessariamente não podemos ficar de todo indiferentes porque interpela as
nossa consciências.
Confesso a minha surpresa pelas prioridades que foram definidas pelo actual Executivo da
Junta de Freguesia no que concerne à Acção Social.
Conheço alguns deles pessoalmente, sei que são pessoas tal como eu, atentas a estas
coisas, que têm uma consciência social (não tenho a mais pequena dúvida sobre isso), mas
a verdade é que ela não se reflecte no Orçamento de 2009.
Temos um número de pobres que aumenta e não é só nível nacional. Também acontece em
Castelo Branco, como nos dava conta este título de jornal.
“A pobreza envergonhada” aumenta e todos nós temos conhecimento disso. Infelizmente,
é a própria sociedade civil que se está a mobilizar para fazer face às carências que se vão
registando, inclusivamente nos Bancos Alimentares.
E perante isto que resposta é que temos? Uma verba de 30.000 euros, que são canalizados
para um evento de almoço de idosos, onde as pessoas podem ir mesmo sem um critério de
admissão.
Apoio aos idosos sim, mas para os mais necessitados.
Mediante esta minha explanação, obviamente que o nosso sentido de voto só pode ser
numa direcção, ou seja, votamos contra este Orçamento que nos foi apresentado para o ano
de 2009.
MANUELA CARVALHO (CDU) – Não vim aqui para criticar por não fazer, mas sim pelo
que poderíamos fazer e não é feito, devido à dificuldade na atribuição por quem de direito,
de competências e das respectivas verbas para a Junta de Freguesia.
Assembleia de Freguesia de Castelo Branco
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Todos nós que aqui estamos gostaríamos que as coisas fossem diferentes e queríamos mais
e melhor para a nossa freguesia. E tenho a certeza que iríamos conseguir, mas com estas
limitações o resultado está à vista.
Mais um ano onde vamos estar limitados a pouco mais que tarefas administrativas, à
atribuição, à participação através de protocolos ou não em algumas iniciativas e algumas
intervenções nas anexas. É muito pouco para uma freguesia tão importante como a nossa.
Não estamos contra nem colocamos dúvidas no aspecto ou nas contas, aliás, é visível para
todos nós o seu melhoramento.
Consideramos que é pouco para as necessidades existentes e para o que deve ser a função
de uma Junta de Freguesia.
Não podemos votar favoravelmente por tudo isto. Seria admitir que nada poderia ser
mudado e aceitar as limitações que nos estão a ser impostas. Daí a nossa abstenção.
JOSÉ PIRES (PS) – É normal que pensando diferente e sendo esse pensamento originário
de perspectivas diferentes de organização das autarquias, que as conclusões tenham que
ser necessariamente diferentes.
Contudo, importa dizer que olhando para o percurso do trabalho da Junta de Freguesia
nestes anos e olhando para o seu Plano de Actividades e para a proposta de Orçamento
que nos faz, chegamos à conclusão que esta é uma freguesia que pensa em consonância,
coisa que frequentemente é acusada de fazer no que diz respeito à Câmara Municipal, mas
que age com independência e que também é acusada de o fazer por não ter um cordão
umbilical de acção permanentemente repetitiva das acções da Câmara Municipal.
Olhando para este Plano de Actividades e para o Orçamento que o sustenta e de algumas
palavras que podem ser bonitas, mas que têm um significado no próprio contexto daquilo
que nos é apresentado, ou seja, a eficiência, eficácia, excelência e qualidade, concluímos
que nestes anos tem sido possível gerir bem o processo e a questão da boa gestão dos
procedimentos é o meio caminho para a compreenção da eficiência.
Por outro lado, é impossível apontar a esta autarquia o incumprimento dos objectivos sem
resultados. Porque a oposição é exactamente esta: cumpriram-se os objectivos e com
resultados.
Também aqui este trabalho se apróxima da outra palavra que é a eficácia.
Assembleia de Freguesia de Castelo Branco
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É inquestionável a capacidade desta autarquia para reduzir a burocracia, simplificar o
acesso e para generalizar oportunidades com qualidade. Contudo, a própria autarquia tem
consciência que não conseguiu chegar à excelência, mas procura aproximar-se dela.
E esta é de facto uma autarquia com preocupações sociais e encontramos na proposta
deste ano uma coerência sucessiva de preposição de programas e de acções que
correspondem a actos como, por exemplo, os programas “Pass” e “Junto a Si”.
São dois programas que tentam aproximar-se daquilo que são as capacidades, as
actividades, os desenvolvimentos feitos por organizações da comunidade geradas pelo
exercício da cidadania e que se aproximam do trabalho com pessoas de necessidades
especiais, o trabalho com idosos e jovens... E principalmente no que diz respeito ao
programa “Junto a Si” que procura ainda estar mais próximo dos fregueses que vivem na
nossa freguesia.
Dir-me-ão, se isto não será a já tão repetida proposta de se criar um “Provedor do
Freguês”. É verdade, mas é mais do que isso. A maneira como este programa (“Junto a Si”)
se estrutura, como é proposto e se organiza, consegue aproximar-se e compreender as
principais dificuldades e agir para as resolver. Um programa que procura estar próximo
para estar informado dos problemas e das necessidades existentes.
Portanto, é mais que um provedor. Age em conformidade com aquilo que ele próprio
descortina, compreende, encontra e descobre na própria comunidade.
De elogiar também a parceria a desenvolver entre a Junta de Freguesia e a Alma Azul, uma
actividade de intervenção cultural (para a qual eu chamo a atenção) e que estabelece um
novo quadro ao nível da intervenção cultural na comunidade Albicastrense que enriquece
a cultura politécnica ou a agenda cultural da Câmara Municipal ou do Conservatório.
A capacidade de agir ao nível das actividades de desporto e lazer, nos programas “Acerta
o Passo”, “Toc’a mexer”, e “Marcha do Coração”, nos torneios realizados para jovens
através das associações desportivas da nossa cidade. E eu pergunto se isto não é uma
intervenção coerente, continuada, que cumpre objectivos e atinge resultados?
Dar continuidade de apoio em parcerias é tão simplesmente isto – implicar e possibilitar a
manutenção das actividades. Sem este apoio e esta proximidade, provavelmente algumas
destas actividades já teriam desaparecido da nossa comunidade.
Assembleia de Freguesia de Castelo Branco
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Neste sentido, caminhamos para a questão dos números e principalmente para aquele que
foi o foco central da intervenção anterior: o Orçamento e o problema da transferência das
verbas da Câmara Municipal.
Essa questão tem a ver com eleitoralismo.
O falar em eleitoralismo é já por si próprio, como sabe, eleitoralismo.
A oposição fala dele para promover o seu próprio passo e mostrar-se também nessa
perspectiva.
Estamos atentos, porque isso é eleitoralismo. O estar atento e dizê-lo é também sê-lo.
Contudo, não deixa de ser engraçado esta contradição. Andamos aqui a alguns anos a
ouvir “bater” na Junta de Freguesia, por não ter conseguido que a Câmara Municipal
fizesse as transferências a que se obrigava. Explicações foram dadas, tinham alguma
lógica, mas não foram aceites. E fomos sempre acusados de o não conseguirmos.
Agora é eleitoralismo, quando se consegue. É interessantíssimo, mas isto faz parte da
cultura, da nossa cultura popular que é “estar preso por não ter cão e, neste caso, estar
preso também por o ter”.
Finalmente, nós assumimos a viabilização dos documentos que aqui estão em presença,
não por obediência cega, mas por coerência. Até porque em sede, sítio e tempo próprios
tivemos oportunidade de os discutir e para eles contribuir, e de saber que algumas das
propostas individuais que fizémos foram entendidas em coerência por quem teve que
elaborar o plano final e nem sequer foram consideradas, assim como tantas outras... mas
isso já tem a ver com quem dirige a autarquia.
Portanto, votaremos necessariamente a favor.
PRESIDENTE DA JUNTA DE FREGUESIA - ESCLARECEU AS SOLICITAÇÕES QUE LHE
FORAM PEDIDAS
Senhor deputado Luís Barroso, independentemente da sua opinião “copy-paste”, eu acho
que isso se chama coerência e continuidade naquilo que propusemos no início. Não se trata
de um botox político, mas talvez de um lifting estratégico, mais correctamente.
Em termos de cultura e de acção social, queria dizer que assumimos com todo o gosto e
responsabilidade todas as propostas que fizemos. Não há nenhuma actividade que esteja
nos nossos planos que não tenhamos concretizado.
Assembleia de Freguesia de Castelo Branco
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As transferências correntes de 32 mil euros, destinam-se pura e simplesmente a pagar as
verbas para os membros das mesas. Para o ano temos três eleições e são pagas. A Câmara
Municipal transfere para a Junta de Freguesia a verba para esse efeito.
Os 101 mil euros dizem respeito à obra da Taberna Seca, mais especificamente à
requalificação do largo da igreja, que pode acontecer (ainda não está bem definido) ser a
Câmara Municipal a fazer essa obra e se assim for, não transfere os 101 mil euros. Mas o
que é facto é que a obra vai fazer-se.
Quanto à despesa com pessoal, titulares de ógãos de soberania, eu já disse aqui que
durante o ano de 2007 e parte de 2008, não recebi remuneração a tempo inteiro porque
desempenhava funções privadas.
A partir de Março ou Abril, deixei de o fazer passando a receber a tempo inteiro. Daí o
aumento de alguma forma desta verba. Para além de que decidimos renovar o contrato a
uma funcionária para continuar a prestar os bons serviços administrativos e ao mesmo
tempo conseguirmos que a Casa do Arco do Bispo também funcionasse aos sábados.
Relativamente aos viadutos, o aumento é apenas este: a requalificação da Taberna Seca.
Em relação aos parques e jardins, está nesta altura em equação a possibilidade de
arranjarmos um processo de concessão a uma empresa privada para fazer a recuperação
dos parques infantis. Já realizámos alguns contactos com empresas e ficámos com a ideia
que isto rondará os 25 mil euros.
No que diz respeito à intervenção do Sr. Deputado Carlos Almeida, felicito-o por ter
“esmiuçado” o Plano de Actividades e Orçamento, embora com uma grande carga de
demagogia.
Em primeiro lugar, comparticipação financeira nas Associações que passam por grandes
dificuldades, mas por isso todos nós passamos... Já há pouco tive oportunidade de dizer
que do ano 2008 para 2009, temos menos 3 mil euros.
O que temos tentado fazer é sempre uma gestão rigorosa de todos os meios financeiros
que temos à nossa disposição no sentido de conseguirmos cumprir os nossos objectivos.
Como já aqui foi falado pelo Sr. Deputado José Pires, não há eleitoralismo nenhum face ao
aumento da verba da Câmara Municipal e eu já expliquei a que isso é devido: três actos
eleitorais (30 mil euros) e os 100 mil euros para esta obra da Taberna Seca. Apenas e só
isto.
Assembleia de Freguesia de Castelo Branco
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Relativamente ao facto de dizer que houve aqui um aumento de 270%, é mais demagogia e
ocultar a verdade.
Na questão cultural este valor não se destina exclusivamente (e isso foi aqui mostrado) à
Freguesia em Festa, mas também às Conferências mensais da Alma Azul na Galeria
Clemente Mouro, “Castelo Branco Freguesia em Festa 09”, Património Vivo e ao Concurso
de Fotografia”. Há aqui quatro grandes actividades que estão explicitamente no
Orçamento, para além de outras que não estão assinaladas e que depois também se
enquadram aqui.
Portanto, não é verdade que haja um aumento de 270% exclusivamente para este tipo de
actividade.
Pode não concordar com ela, de qualquer forma é uma actividade que nós achamos ser
importante, que ajuda a recentrar o centro da cidade e acima de tudo anima o Verão. E tal
como foi dito aqui, nenhuma entidade a nível do concelho a consegue fazer.
Registo também alguma demagogia sua no que diz respeito às carências e às
preocupações sociais.
A Junta de Freguesia não pode dar dinheiro às pessoas (leia quais são as competências da
J.F), nós não podemos fazer mais do que aquilo que temos feito relativamente ao apoio
social.
Nós apoiamos a Cáritas, a Sociedade Vicentina de S. Vicente de Paulo, o Rotary Clube,
Lions Clube, o Banco Alimentar contra a fome, enfim, todo o tipo de apoio que nos é
permitido. Directamente não podemos fazer mais nada.
Não temos qualquer tipo de responsabilidade nessa questão. E até lhe digo mais, quem é
responsável e quem deveria actuar e agir nesse aspecto é a Segurança Social. Muitas vezes
nós substituímos esta entidade na resolução de problemas que não constam no Plano de
Actividades. Mas nós é que estamos aqui diariamente e sabemos quais são as carências, as
preocupações e as dificuldades das pessoas que aqui vêm. E acredite que, muitas vezes,
até dinheiro do nosso bolso pomos para ajudar as pessoas no pagamento da electricidade,
as receitas da farmácia, etc.. Naturalmente que esta questão não está explícita no Plano de
Actividades, contudo, nós fazêmo-la.
Rejeitamos por isso a demagogia das suas palavras, no sentido de dizer que ao fazermos
este convívio de idosos não fazemos mais nada e isto é manifestamente pouco. Realizamos
este convívio porque achamos que o devemos fazer, aliás, a própria oposição é sempre
convidada para estar presente. E registamos as palavras que foram ditas na Assembleia de
Freguesia logo a seguir à realização deste convívio, em que foram tudo elogios para aquela
actividade.
Assembleia de Freguesia de Castelo Branco
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Naturalmente que se pode dizer que haverá pessoas que vão a esse convívio que têm outro
tipo de condições económicas e de subsistência e que não deveriam lá estar. Na altura
comprometemo-nos a analisar isso e não está posta de parte essa circunstância.
Resumindo e concluindo, dir-lhe-ía que, após ouvir todas as opiniões e críticas por parte
dos partidos políticos, mantemos todo este Plano de Actividades. Isto revela coerência,
constância, e denuncia acima de tudo responsabilidade no sentido de fazermos cumprir um
programa que foi sufragado nas eleições e relativamente ao qual, a pouco e pouco, de
forma gradual, temos vindo a transpô-lo para o terreno com muito orgulho.
Esta questão que nós referimos e que também foi abordada aqui pelo Sr. Deputado José
Pires, no sentido da excelência e da qualidade, dir-lhe-ía que esta Junta de Freguesia, três
anos depois, não tem rigorosamente nada a ver com a anterior.
Esta é uma Junta de Freguesia moderna, actual e que procura na medida das suas parcas
possibilidades (repito que temos receitas manifestamente insuficientes), mas
independentemente disso, temos procurado rentabilizar e aplicar correctamente todos os
meios financeiros que são postos ao nosso dispor e fazêmo-lo com muito orgulho e
satisfação.
Muito obrigado.
CARLOS ALMEIDA (PSD) – PEDIDO DE ESCLARECIMENTO
Necessariamente vou ter que clarificar a minha intervenção e também repor a verdade dos
factos.
A nossa capacidade de argumentação, obviamente que difere de pessoa para pessoa e nós
podemos muitas das vezes estar um pouco mais inspirados e conseguir arranjar
argumentos mais plausíveis e outras vezes não tanto.
Mas há uma questão incontornável que é os números. Estes são o que são e, se
eventualmente eu fui induzido em erro, e por sua vez, induzi todos os presentes em erro,
eu desde já quero penitenciar-me e apresentar as minhas mais sinceras desculpas.
Mas também que fique claro que, se eu fui e induzi alguém em erro, foi com base nos
documentos que o Executivo me facultou. Tenho aqui comigo as Grandes Opções do Plano
de 2008 e 2009, não estou a fazer demagogia, apenas me limito a ler o que aqui consta.
A dada altura fala-se do “V Encontro de Idosos” e o valor que está aqui sem qualquer
explicação é de 30 mil euros; se eu for às Grandes Opções do Plano de 2008, o valor que lá
está inserido são 12 mil euros.
Assembleia de Freguesia de Castelo Branco
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Se o Sr. Presidente da Junta de Freguesia me esclarece agora que os 30 mil euros não vão
ser gastos na sua íntegra neste encontro de idosos, eu ficarei esclarecido. Mas não é isso
que é dito aqui.
Do mesmo modo, terei que fazer uso dos mesmos termos relativamente ao “Castelo Branco
Freguesia em Festa 2009”.
Nas Grandes Opções do Plano de 2008, o valor que lá constava era de 15 mil euros; neste
mesmo Plano de 2009, o valor inserido é de 40 mil euros.
Há ou não aqui um aumento de 270%? Sem dúvida alguma que há. Agora, se me quiserem
dar explicações adicionais eu estou inteiramente receptivo a ouvi-las.
Obviamente que se cometi algum erro fui induzido pelos documentos que o Executivo me
facultou.
Vai também perdoar-me, mas em momento algum disse que a acção social da Junta de
Freguesia se limitava exclusivamente (desafio-o a ver as minhas afirmações, estão
registadas) ao V Encontro de Idosos. Aquilo que eu questionei aqui, foi um aumento
desmesurado na comparticipação quando comparativamente com o ano de 2008 e levantei
uma questão que, no meu ponto de vista, é pertinente. Estamos a gastar um valor que o PSD
considera exorbitante; é uma iniciativa onde muitas pessoas vão, mas que não têm
qualquer espécie de carência ou dificuldade.
Este é o nosso sentido social das coisas.
Muito obrigado.
LUÍS BARROSO (BE) – PEDIDO DE ESCLARECIMENTO
Peço desculpa, mas possivelmente não fui bem entendido quando fiz referência ao “copy-
paste” dos anos anteriores, em que eu digo que se retira de um lado e coloca-se noutro.
Ou seja, aquilo a que num ano o Sr. Presidente classifica de Introdução, no ano seguinte
passa a Princípios Orientadores.
É a esta arrumação que o Sr. Presidente dá aos Planos de Actividades (em que isto passa de
uns anos para os outros) que eu me refiro quando falo em “copy-paste”.
PRESIDENTE DA JUNTA DE FREGUESIA – Respondendo ao Sr. Deputado Carlos
Almeida, queria só dizer-lhe o seguinte: o que acontece é que o Sr. Deputado foi analisar
este nosso Plano de Actividades tendo como base as actividades mais relevantes que não
estão (e aí tem alguma razão) de acordo com o Orçamento. Se calhar deveria aparecer aqui
o V Encontro de Idosos não com este valor de 30 mil euros, mas de 20 mil euros. Há aqui
Assembleia de Freguesia de Castelo Branco
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um lapso, porque efectivamente não há uniformidade de correspondência entre as
actividades mais relevantes e a questão do Orçamento. Mais uma vez repito, que estes
valores em relação à cultura não se destinam exclusivamente para o “Castelo Branco
Freguesia em Festa 2009”, nem o valor da acção social se destina únicamente ao V
Encontro de Idosos.
A mesa propôs à votação o ponto 2 - Apreciação e Votação dos Documentos
Previsionais para o Ano de 2009.
Plano de Actividades e Orçamento 2009.
Os documentos em questão foram aprovados por maioria, com 9 votos a favor (PS), 5 votos
contra (PSD) e 2 abstenções (CDU e BE).
Nada mais havendo a tratar, a Presidente da Assembleia de Freguesia dá por encerrada a
sessão pelas 19H45, da qual se lavrou a presente acta, que depois de lida e aprovada vai
ser assinada pelos elementos da mesa nos termos da Lei.
O PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA DE FREGUESIA
(Fernando Dias de Carvalho)
A 1.ª SECRETÁRIA A 2ª. SECRETÁRIA
(M.ª do Carmo A. Nunes Andrade) (M.ª Alice Alves Martins F. da Silva)
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