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ENTIDADE REGULADORA DOS SERVIÇOS ENERGÉTICOS
ANÁLISE TÉCNICA DAS CONCLUSÕES DA AUDITORIA AOS CONTADORES DA EDP DISTRIBUIÇÃO E
PROPOSTA DE DIRETIVA
Março 2013
Este documento está preparado para impressão em frente e verso
Rua Dom Cristóvão da Gama n.º 1-3.º 1400-113 Lisboa
Tel.: 21 303 32 00 Fax: 21 303 32 01 e-mail: erse@erse.pt
www.erse.pt
ANÁLISE TÉCNICA DAS CONCLUSÕES DA AUDITORIA AOS CONTADORES DA EDP DISTRIBUIÇÃO E
PROPOSTA DE DIRETIVA
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ÍNDICE
1 ANTECEDENTES ............................................................................................................. 1 1.1 Origem do processo ........................................................................................................ 1
1.2 Troca de informação com a EDP Distribuição (EDP D) .................................................. 2
1.3 Conteúdo das respostas da EDP Distribuição ................................................................ 3
2 A DIRETIVA N.º 10/2012 ................................................................................................... 5 2.1 Processo de aprovação .................................................................................................. 5
2.1.1 Proposta da ERSE ............................................................................................................... 5 2.1.2 Parecer do Conselho Tarifário ............................................................................................. 5 2.1.3 Decisão final da ERSE ......................................................................................................... 6
2.2 Obrigações emanadas da Diretiva n.º 10/2012 .............................................................. 6
2.3 Aceitação dos termos da Diretiva n.º 10/2012 ................................................................ 7
3 AUDITORIA AOS CONTADORES.................................................................................... 9 3.1 Bases de realização da auditoria .................................................................................... 9
3.2 Objeto e âmbito da auditoria ........................................................................................... 9
3.3 Amostra utilizada na auditoria ....................................................................................... 10
3.4 Situações conformes identificadas na auditoria ............................................................ 11
3.5 Situações desconformes identificadas na auditoria ...................................................... 13
4 PROPOSTA DE COMPENSAÇÃO DOS CLIENTES EM TARIFA BI-HORÁRIA E TRI-HORÁRIA ................................................................................................................. 19
4.1 Efeitos económicos dos desvios horários de contagem ............................................... 20
4.2 Caracterização dos desvios horários antes da Diretiva n.º 10/2012 ............................. 23
4.3 Determinação da compensação aos clientes em tarifa bi-horária e tri-horária relativa aos desacertos dos relógios dos contadores ................................................... 26
5 PROPOSTA DE DIRETIVA DA ERSE ............................................................................ 31 ANEXOS ................................................................................................................................ 41
I. Relatório ao Auditor
II. Caderno de Encargos e Documentos do Concurso
ANÁLISE TÉCNICA DAS CONCLUSÕES DA AUDITORIA AOS CONTADORES DA EDP DISTRIBUIÇÃO E
PROPOSTA DE DIRETIVA
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1 ANTECEDENTES
1.1 ORIGEM DO PROCESSO
No último trimestre de 2011 um cidadão da zona de Braga dirigiu a um dos Grupos Parlamentares da
Assembleia da República a informação, de que teria detetado no relógio do seu contador e no do seu
vizinho, um atraso de cerca de uma hora. Nessa comunicação acrescentava-se que, contactada a EDP
Distribuição, o desacerto fora corrigido em novembro de 2011 mas não foi recebida daquela empresa
pelo consumidor em causa nenhum esclarecimento sobre os motivos que tinham originado aquele
problema.
Em 2 de Março de 2012, na sequência desta informação, a Assembleia da República endereçou ao
Ministério da Economia e do Emprego (MEE) a Pergunta n.º 2330/XII/1.ª sobre o assunto "fiabilidade da
contagem pela EDP dos consumos de energia elétrica em fogos com contratos bi-horários e tri-horários",
contendo os seguintes pedidos de esclarecimento:
a. Que avaliação tem o Ministério da Economia e do Emprego / Direcção-Geral de Energia e Geologia do problema referido?
b. Receberam a Direcção-Geral do Consumidor/Conselho Nacional do Consumo/MEE alguma queixa sobre esta questão? Se sim, que medidas foram tomadas junto da EDP?
c. Que medidas foram tomadas para avaliar a dimensão do problema? Que medidas foram tomadas para que a EDP corrija o problema? Como vão ser ressarcidos os clientes da EDP prejudicados pela situação?
Posteriormente o MEE através da Secretaria de Estado da Energia contactou a EDP e a Entidade
Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) para obter esclarecimentos sobre a situação. Foram os
seguintes os esclarecimentos prestados pela ERSE ao Ofício n.º 1737/SEAPI, de 2 de março:
a. Que avaliação tem o Ministério da Economia e do Emprego / Direcção-Geral de Energia e Geologia do problema referido? Trata-se de situações que chegaram ao nosso conhecimento recentemente e que mereceram de imediato uma atenção urgente. De acordo com informação prestada pela EDP Distribuição, os problemas detetados com a referida falha de reparametrização incidem sobre uma série limitada de contadores. A ERSE está a acompanhar esta situação de modo a assegurar a sua rápida correção. Com as medidas adotadas espera-se que o assunto possa em breve estar completamente ultrapassado.
b. Receberam a Direcção-Geral do Consumidor/Conselho Nacional do Consumo/MEE alguma queixa sobre esta questão? Se sim, que medidas foram tomadas junto da EDP? O número de reclamações registado sobre este assunto é reduzido. Na sequência da deteção destas situações, a EDP Distribuição adotou as seguintes medidas:
• Foram transmitidas instruções aos agentes de leituras para verificação, correção ou reporte das situações anómalas detetadas. Logo que seja identificada qualquer falha na mudança de hora legal de verão dos contadores que não possa ser retificada pelo agente de leitura, é gerada imediatamente a intervenção de uma equipa técnica especializada para proceder à sua correção.
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• Estão a ser efetuadas verificações sistemáticas de forma a detetar clientes potencialmente afetados.
c. Que medidas foram tomadas para avaliar a dimensão do problema? Que medidas foram tomadas para que a EDP corrija o problema? Como vão ser ressarcidos os clientes da EDP prejudicados pela situação? As medidas tomadas para corrigir o funcionamento incorreto da mudança da hora legal de verão do relógio dos contadores são as referidas em resposta à questão anterior. Acresce que a ERSE está a monitorizar a situação, podendo vir a ser tomadas medidas adicionais caso se venham a justificar. Relativamente aos eventuais prejuízos dos clientes, importa ter em conta o seguinte:
• A duração dos períodos tarifários não sofre qualquer alteração pela falha na mudança da hora legal de verão. Trata-se de um desfasamento no início e no fim dos períodos tarifários no período de hora legal de verão.
• As falhas na mudança da hora legal de verão dos relógios dos contadores podem traduzir-se num prejuízo ou num benefício, dependendo do consumo efetivo de cada cliente, embora se reconheça que a sua esperança matemática para o agregado dos consumidores afetados se traduza num prejuízo correspondente à transferência de 3,1% dos consumos do período de fora de vazio para o período de vazio, durante o período de hora legal de verão, nos termos do Despacho n.º 27513/2009, de 23 de Dezembro.
1.2 TROCA DE INFORMAÇÃO COM A EDP DISTRIBUIÇÃO (EDP D)
Com base na Pergunta n.º 2330/XII/1.ª dirigida à ERSE pelo Ministério da Economia e do Emprego no
dia 2 de março de 2012, a ERSE solicitou à EDP Distribuição, em 6 de março, informação e
esclarecimentos adicionais, que permitissem enquadrar, com a maior brevidade, as questões suscitadas.
O caráter de urgência nos esclarecimentos solicitados foi relembrado à EDP Distribuição a 13 de março,
por correio eletrónico.
A resposta incial da EDP Distribuição foi rececionada na ERSE, por correio eletrónico, no dia 19 de
março de 2012, em conteúdo que se detalha no ponto seguinte. Em carta datada de 27 de março e
remetida à ERSE, a EDP Distribuição esclarece que o “problema em causa afeta assim exclusivamente
os clientes em BTN cuja opção tarifária comporta uma multitarifa”, esclarecendo haver inciativas em
curso para corrigir anomalias detetadas.
Na referida carta de 27 de março, a EDP Distribuição refere que “uma das tarefas dos agentes de leitura
é precisamente a verificação do acerto de data/hora dos equipamentos de medição”, declarando que
aquela empresa não hesitará “(…) em compensar os clientes que tenham sido prejudicados na sua
faturação em virtude destas anomalias” [desacerto de hora e data].
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1.3 CONTEÚDO DAS RESPOSTAS DA EDP DISTRIBUIÇÃO
Com base na solicitação de informação por parte da ERSE, além do expresso no ponto anterior, a
EDP Distribuição informou que, após a primeira reclamação sobre o tema em preço, efetuou verificações
sistemáticas, por amostragem, a diversos equipamentos, de forma a descobrir eventual padrão de
comportamento anómalo, para facilitar a identificação de clientes potencialmente afetados, permitindo
antecipar a respetiva intervenção. Da análise ao padrão de comportamento, foi solicitado o envolvimento
dos fabricantes para identificação dos problemas (hardware/software) que estavam a afetar o
funcionamento dos seus equipamentos e da interação com os fabricantes, foi possível identificar dois
problemas: (i) precisão do relógio de uma série limitada (cerca de 22,5 mil) de contadores de um dos
fabricantes, fornecida em 2007; e (ii) erro de software utilizado na configuração dos contadores híbridos
de um fabricante na campanha DIA/DIB (cerca de 84 mil), realizada em 2009/2010. Pela sua natureza,
esta anomalia apenas se manifesta nas situações em que também foi necessário o acerto da data/hora.
O trabalho de análise dos fabricantes e o desenvolvimento das correcções necessárias de software só
ficaram concluídos na segunda semana de março. Em rigor, a confirmação pelo fabricante da anomalia
de software no acerto da data/hora foi remetida no dia 2 Março de 2012 e o envio pelo fabricante do
software corrigido em 9 de Março de 2012. O desacerto do relógio depende da data de parametrização e
da necessidade do acerto da data/hora. Num dos períodos horários (hora de Verão/Inverno) o relógio
estará certo.
No que respeita à precisão do relógio, a EDP Distribuição referiu que apenas em 8 de Fevereiro de 2012
obteve a confirmação pelo fabricante das suspeitas sobre a precisão e identificação da série abrangida.
Trata-se de um erro incremental, cujo valor acumulado depende do tempo decorrido e, tendencialmente,
o relógio deverá adiantar.
Para minimizar o impacto nos Clientes, a EDP Distribuição referiu que foram de imediato desencadeadas
um conjunto de ações corretivas:
1. Estabelecimento de um programa de reforço de instruções aos agentes de leitura para verificação e
reporte das situações anómalas detetadas;
a) Ações de sensibilização aos cerca de 600 agentes de leitura;
b) Concluída a verificação dos contadores onde foi possível o acesso (mais de 5 milhões de
Clientes).
2. Correção da data/hora nas situações identificadas pelos agentes de leitura;
a) Parte significativa das correções foram realizadas antes da identificação do problema e da
disponibilização do software sem “bug”.
3. Em paralelo, interação com os fornecedores/fabricantes para:
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a) Validar a origem do problema e obter a correção do software;
b) Reforço do aprovisionamento de contadores.
c) Extração da lista de Clientes e geração centralizada das ordens de serviço para a realização da
substituição dos contadores e reparametrizações;
4. Só no final de Abril 2012 foi possível reunir todas as condições para uma atuação concertada e
sistemática nas várias frentes (iteração com fornecedores, correção de SW, aprovisionamento
contadores e WFM), aumentando significativamente a capacidade de resolução dos problemas.
Por fim, refira-se que a informação remetida à ERSE comportou o envio de uma base de dados para
caracterização da situação de desacertos dos relógios dos contadores, a qual constituiu a base de
trabalho da ERSE para o estabelecimento da Diretiva n.º10/2012 e que é, também, relevante na
elaboração do projeto de diretiva em anexo.
A ERSE desencadeou, ainda, um processo de avaliação e identificação de anomalias, através dos
registos do seu serviço de Apoio ao Consumidor de Energia e analisou as reclamações que lhe foram
entregues pela DECO. Esta análise foi relevante para o acompanhamento dos trabalhos da auditoria em
análise.
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2 A DIRETIVA N.º 10/2012
2.1 PROCESSO DE APROVAÇÃO
2.1.1 PROPOSTA DA ERSE
Após o trabalho técnico dos serviços, o Conselho de Administração da ERSE aprovou, no dia 30 de maio
de 2012, a proposta referente à “Compensação aos consumidores com tarifa bi-horária afetados por
anomalias de contagem”, que incluía um projeto de Diretiva. Foi solicitado parecer ao Conselho Tarifário.
A proposta remetida ao Conselho Tarifário visava estabelecer a compensação aos consumidores
afetados por anomalias de contagem, designadamente os que decorrem de (i) desajustamento dos
períodos horários de contadores (híbridos) de tarifa bi-horária e (ii) desajustes dos relógios de um
conjunto de contadores estáticos adquiridos em 2007.
No que diz respeito ao primeiro problema, verificou-se no âmbito da operação de reparametrização dos
contadores de tarifa bi-horária motivada pela alteração do período horário de vazio um erro no software
de um dos fabricantes de contadores utilizado na reparametrização da data/hora na campanha de
adequação dos ciclos horários iniciada em 2009. O número de contadores detetados com este erro foi de
cerca de 84 mil.
Os erros de reparametrização incidiram sobre clientes com tarifa bi-horária com ciclo diário. Os
contadores com ciclo semanal não foram objeto de ações de reparametrização.
Relativamente ao segundo problema, este verificou-se numa série de 22,5 mil contadores estáticos
adquirida pela EDP Distribuição em 2007, equipados com um relógio com precisão inferior à definida nas
especificações técnicas de qualificação para o concurso de aquisição e respetiva contratção.
No dia 15 de junho de 2012, o Conselho de Administração (CA) da ERSE remeteu ao Conselho Tarifário
(CT) carta em que se dava conta da decisão de iniciar um processo de auditoria externa ao conjunto de
contadores de tarifa bi-horária e de tarifa tri-horária, sendo que o correpondente caderno de encargos
seria remetido ao Conselho Tarifário antes de se proceder à abertura do respetivo concurso.
2.1.2 PARECER DO CONSELHO TARIFÁRIO
O Parecer do Conselho Tarifário à proposta enviada pelo Conselho de Administração da ERSE intitulada
“Compensação aos consumidores com tarifa bi-horária afetados por anomalias de contagem”, incluindo
projeto de Diretiva, foi emitido em 26 de junho de 2012.
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A conclusão do referido Parecer foi a de que se deveria proceder a uma reformulação do conteúdo da
proposta inicial da ERSE, em linha com as recomendações e sugestões expressas no Parecer. De forma
resumida, essas recomendações e sugestões apontavam para:
• Acolher positivamente a decisão da ERSE de realização de auditoria independente, devendo a
mesma ser realizada com a máxima urgência, incluir os operadores de rede de distribuição das
Regiões Autónomas e perspetivar a participação dos representantes dos consumidores.
• O reconhecimento de que a regulamentação em vigor – Regulamento de Relações Comerciais
(RRCSE) e Guia de Medição, Leitura e Disponibilização de Dados (DMLDD) – contêm disposições
específicas quanto às obrigações a cumprir pelos operadores de rede de distribuição
relativamente a precisão mínima dos equipamentos de medida e procedimentos de deteção e
correção de anomalias.
• Dever estender-se aos contadores de tarifa tri-horária os princípios de compensação a aprovar.
• Dever a ERSE clarificar o regime de compensações a aprovar, designadamente quanto à sua
aplicação a todas as situações detetadas, tendo em conta que se reconhecia que o operador da
rede de distribuição já havia iniciado o processo de intervenção e correção de anomalias.
• A aceitação do princípio genérico de pagamento automático de compensações, sem necessidade
de reclamação por parte do consumidor.
• A necessidade de regulamentar de forma mais rigorosa e exaustiva a obrigação contratual dos
operadores de rede de distribuição quanto ao controlo de qualidade dos equipamentos de
medição.
2.1.3 DECISÃO FINAL DA ERSE
Para além da decisão de realizar uma auditoria externa independente e do Parecer do Conselho
Tarifário, o Conselho de Administração da ERSE aprovou na sua reunião de 5 de julho de 2012 a
Diretiva n.º10/2012, a qual acolheu uma parte significativa das considerações do Conselho Tarifário.
2.2 OBRIGAÇÕES EMANADAS DA DIRETIVA N.º 10/2012
Com a publicação da Diretiva da ERSE n.º 10/2012, resultaram as seguintes obrigações para o operador
da rede de distribuição:
• Compensar financeiramente todos os clientes em BTN em ciclo diário cujos contadores foram
incorretamente reparametrizados durante o ano de 2009;
• Compensar financeiramente todos os clientes cujos contadores multi-tarifa tenham sido instalados
em 2007 com relógios com precisão inadequada;
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• As compensações financeiras atrás mencionadas e a atribuir aos clientes devem ser suportadas
pela EDP Distribuição.
• O pagamento das compensações devidas aos clientes deve ser efetuado na primeira fatura a
emitir após terem decorrido 30 dias sobre a data de publicação da Diretiva da ERSE (5 de julho).
• O pagamento das compensações aos clientes é efetuado de forma automática através de crédito
na fatura de eletricidade, sem necessidade de reclamação.
• Os relógios dos contadores devem ser verificados de forma sistemática no âmbito das leituras dos
contadores (de 3 em 3 meses no caso dos clientes em BTN).
2.3 ACEITAÇÃO DOS TERMOS DA DIRETIVA N.º 10/2012
Conforme se referiu anteriormente, a Diretiva da ERSE n.º 10/2012 foi aprovada pela ERSE, após
Parecer do Conselho Tarifário, tendo sido publicada a 5 de julho e produzindo efeitos imediatos. As
análises técnicas que suportaram a proposta apresentada e obrigações expressas na Diretiva da ERSE
n.º 10/2012 foram aceites pela EDP Distribuição, tendo, inclusivamente, a sua verificação integrado os
termos de realização de auditoria aos contadores multi-tarifa dos consumidores em BTN.
Os termos de realização da auditoria foram explicitamente aceites por parte da ERSE e da EDP
Ditribuição com a assinatura do protocolo de realização, assinada a 5 de setembro de 2012.
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3 AUDITORIA AOS CONTADORES
3.1 BASES DE REALIZAÇÃO DA AUDITORIA
A ERSE decidiu a realização de auditorias externas independentes a todos os contadores de tarifa bi-
horária e tri-horária (Portugal Continental e regiões autónomas), o que foi anunciado no dia 15 de junho
de 2012. Posteriormente, foi efetuada apresentação ao Conselho Tarifário, no dia 24 de julho de 2012,
para obtenção de parecer, de uma proposta para as Bases do Caderno de Encargos a incluir no
procedimento concursal para a realização das auditorias em Portugal Continental e nas regiões
autónomas.
No dia 23 de agosto de 2012, foi aprovado pela ERSE o documento com as Bases do Caderno de
Encargos para a realização das auditorias.
3.2 OBJETO E ÂMBITO DA AUDITORIA
No que se refere ao âmbito da auditoria, esta foi determinada que abrangeria o universo dos contadores
dos clientes em BTN com contadores multi-tarifa. A auditoria deveria cumprir os seguintes objetivos:
• Efetuar uma análise, através de uma amostra representativa, do funcionamento dos contadores
multitarifa de clientes em BTN;
• Analisar os procedimentos de verificação por parte dos técnicos de leitura do correto
funcionamento dos contadores, designadamente dos seus relógios, quando visitados para leitura,
assim como os procedimentos de reporte de anomalias, da sua correção e do desencadear do
processo de pagamento de compensações, sempre que tal se justifique à luz da regulamentação
aplicável;
• Analisar os procedimentos adotados na aquisição dos contadores e os seus reflexos nas
anomalias de contagem, bem como propor recomendações visando a correção de procedimentos.
Na concretização destes objetivos, a auditoria deveria avaliar o grau de cumprimento da regulamentação
aplicável, designadamente o RRCSE, o GMLDD e a Diretiva da ERSE n.º 10/2012, de 5 de julho.
Assim, a auditoria deveria contemplar, nomeadamente o seguinte:
• Inspeção local a uma amostra representativa do universo de contadores abrangidos para
verificação da sua parametrização, designadamente no que se refere aos períodos tarifários e
hora marcada (desajustes dos relógios).
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• Identificação dos procedimentos seguidos pelos operadores das redes de distribuição na deteção
e correção das anomalias.
• Identificação dos procedimentos de aquisição e especificações de contadores.
• Verificação da adequação dos procedimentos anteriormente referidos no cumprimento do disposto
regulamentarmente.
• Avaliação do funcionamento e da robustez dos mecanismos de controlo e correção de erros e de
anomalias.
• Avaliação da correção da informação registada nos sistemas do Operador da Rede de Distribuição
para o universo de contadores com vista à correção dos problemas referidos; incluindo o registo
das substituições verificadas desde o início do ano corrente e das reclamações existentes nos
serviços das empresas.
• Identificação da necessidade de correção de procedimentos e de recomendações de melhoria.
• Avaliação do processo de atribuição de compensações aos consumidores, associadas à
identificação de anomalias de medição, determinado pela Diretiva da ERSE n.º 10/2012, de 5 de
julho.
O caderno de encargos da auditoria atribuía aos concorrentes a identificação de amostras
representativas do universo de contadores objeto de auditoria. Esta representatividade deveria ser
assegurada, em termos do tipo de equipamentos instalados, da sua localização regional (NUTS II) e dos
valores de potência contratada. Nas amostras escolhidas, deveria igualmente ser verificada a
parametrização dos contadores, designadamente no que se refere aos períodos tarifários e hora
marcada (desajuste dos relógios).
3.3 AMOSTRA UTILIZADA NA AUDITORIA
Sendo um dos aspetos mais relevantes da auditoria aos contadores multitarifa a garantia da
representatividade da amostra a visitar, a análise às propostas entregues pelos concorrentes, mostrou
uma disparidade muito significativa relativamente à dimensão apresentada em cada uma delas (20 000
na 1ª, 1500 na 2ª e por definir na 3ª).
Tendo em conta esta disparidade e a importância da representatividade da amostra, o Júri decidiu
convidar uma entidade independente para a definição da mesma.
O convite foi endereçado aos Professores Catedráticos do Instituto Superior de Estatística e Gestão de
Informação (ISEGI) Manuel Vilares e Pedro Coelho, que apresentaram a amostra definida no Anexo III,
com uma dimensão global de 9 595 contadores repartidos por divisão geográfica (NUTS II), tipo de
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contador (híbrido ou estático), tipo de tarifa (bi-horária ou tri-horária) e classe de potência, que os
referidos consideraram ser estatisticamente representativa do universo a caracterizar.
Com base na dimensão da amostra definida no caderno de encargos, que prevê uma precisão global de
1,0 p.p para um intervalo de confiança de 95%, a EDP Distribuição forneceu ao auditor informação de
modo a que este selecionasse aleatoriamente uma amostra estratificada não proporcional, de modo a
satisfazer os requisitos previstos na seleção apresentada pelos Professores Manuel Vilares e Pedro
Coelho. Por segurança, e tendo por base a informação de dificuldades de acesso a um conjunto de
contadores, o auditor sobredimensionou esta amostra, inicialmente de 9 596 contadores, para um valor
próximo do dobro. Esta seleção rigorosamente aleatória não teve em conta o método das quotas ou dos
itinerários.
3.4 SITUAÇÕES CONFORMES IDENTIFICADAS NA AUDITORIA
De acordo com o expresso no relatório final da auditoria, determinou-se que as seguintes situações se
encontram conformes com os procedimentos aprovados e/ou regulamentação em vigor:
1. Processo de leitura de contadores
Analisado o processo de leituras à luz dos procedimentos da empresa, os testes realizados permitem
concluir que o processo segue os trâmites estipulados na definição de procedimentos.
Referência: pág. 44 e 78 do Relatório da Auditoria
2. Aquisição de contadores
Verificou-se que o concurso de Aquisição de Contadores lançado em 2006 foi feito à luz da
regulamentação aplicável à data (Decreto-Lei nº223/2001), com exceção das lacunas abaixo descritas,
tendo sido possível validar a conformidade do processo com os requisitos da legislação em vigor.
Verifica-se ainda que o mesmo seguiu os trâmites dos procedimentos estipulados internamente.
Referência: pág. 75 e 76 do Relatório da Auditoria
3. Reclamações Data/Hora
As atividades inerentes ao tratamento das reclamações Data/Hora rececionadas encontram-se definidas
e estipuladas internamente, tendo-se verificado para a amostra analisada a conformidade do tratamento
realizado com os procedimentos aplicáveis.
Referência: pág. 80 do Relatório da Auditoria
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4. Reporte e correção de anomalias
Verificou-se que existe um processo interno instaurado para o tratamento das anomalias, e que o mesmo
é periodicamente alvo de avaliação e validação com o objetivo de controlar a eficácia na sua execução.
Para a amostra em análise, foi possível constatar que as atividades realizadas seguem os trâmites
definidos.
Referência: pág. 81 do Relatório da Auditoria
5. Regularizações
Para analisar o processo de Regularizações, selecionou-se uma amostra para a qual foi testada a sua
conformidade com a regulamentação aplicável (RRCSE e GMLDD) e com os procedimentos internos da
EDPD. Validou-se que todos os requisitos aplicáveis à amostra selecionada foram respeitados através
da análise das evidências relacionadas, as quais comprovam a sua conformidade.
Referência: pág. 82 do Relatório da Auditoria
6. Compensações
O processo de Compensações foi analisado à luz da Diretiva ERSE n.º10/2012 e dos procedimentos
internos levados a cabo pela EDP Distribuição criados para a resolução destes casos específicos (e que
se encontram alinhados com a Diretiva). Foi possível verificar que os requisitos definidos nesta Diretiva
foram devidamente cumpridos, nomeadamente no que respeita aos parâmetros Universo de
Consumidores a Compensar, Responsabilidade da Compensação, Prazo para a Compensação e
Acionamentos do Procedimento. Foi ainda possível validar, para a amostra selecionada, a conformidade
dos cálculos efetuados para apuramento dos valores a compensar, bem como confirmar com os
comercializadores que os valores comunicados à ERSE foram realmente os valores recebidos.
Referência: pág. 84 do Relatório da Auditoria
Ainda assim, o Auditor formula a seguinte recomendação: “(…) a EDPD deverá acordar junto da ERSE
uma data final para o fecho desta campanha e definir uma revisão periódica para estes casos, de modo
a solucionar o maior número possível. Deste acordo deverá sair um plano de ação para os diversos tipos
de casos em que o contador não foi ainda substituído”.
Referência: pág. 85 do Relatório da Auditoria
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3.5 SITUAÇÕES DESCONFORMES IDENTIFICADAS NA AUDITORIA
a. ANÁLISE DO FUNCIONAMENTO DOS CONTADORES
A análise evidenciou um total de 3.081 contadores, cerca de 30,02%, que não apresentam desvios.
Importa salientar que a nossa análise foi efetuada ao minuto, visto que nem todos os contadores têm
visíveis os segundos.
Foi avaliado o funcionamento dos contadores em termos de desvios horários e foi concluído, com base
na amostra de 10.264 contadores, que 95,04% dos desvios detetados se situam entre avanços de 12
minutos e atrasos de 9 minutos.
Referência: pág. 21 do Relatório da Auditoria
Adicionalmente, e quando olhamos para os desvios dos contadores da amostra que não foram
intervencionados em 2012, e que representam 45% da amostra, concluímos que, embora não se
observem alterações significativas no que diz respeito à distribuição global dos desvios de hora
absolutos, a percentagem de relógios sem desvio passa de 30% para 26%.
Referência: pág. 74 do Relatório da Auditoria
A norma IEC 62 054-21 (2004) define a precisão dos relógios dos contadores e prevê um desvio máximo
diário de ± 0,5 seg/dia à temperatura de referência de 23 ºC, acumulável com um desvio máximo diário
de ± 0,15 seg por cada ºC de diferença face à temperatura de referência.
Referência: pág. 26 do Relatório da Auditoria
Com base na informação recolhida, o Auditor formula as seguintes recomendações referentes ao
funcionamento dos contadores: “(…) a ERSE, ouvidos a EDPD e os outros intervenientes no mercado,
deverá definir procedimentos de acerto dos relógios dos contadores mais detalhados, designadamente a
banda de tolerância aceitável de desvios horários dos relógios que assegure uma exatidão mínima para
cada consumidor, tendo em conta a relação custo / benefício associada, pois só desta forma se garante
um benefício global para o sistema e para os consumidores em geral.”.
“(…) Adicionalmente, consideramos fundamental que seja definida uma campanha de informação junto
do consumidor final, cujo objetivo será clarificar assuntos que causam alguma controvérsia.
Nomeadamente, essa campanha deverá tocar em aspetos como:
− Como podem determinar se o seu contador está a trabalhar adequadamente;
− Como devem apresentar uma reclamação;
− Os impactes estimados que os desvios horários dos contadores possam representar;
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PROPOSTA DE DIRETIVA
14
− Como a EDPD atua para corrigir a situação detetada.”
Referência: pág. 75 do Relatório da Auditoria
b. AQUISIÇÃO DOS CONTADORES
No âmbito do processo de aquisição de contadores, foi realizado um conjunto de atividades no sentido
de, através de um processo de levantamento e análise de informação, identificar os procedimentos
implementados e pontos de controlo do processo.
Para tal, foi selecionado para análise o concurso realizado em 2006, justificado pelo auditor pelo facto de
ser o concurso mais recente cujo processo de aquisição já se encontrava integramente concluído. Além
do mais foi este o concurso ao abrigo do qual foram adquiridos os contadores auditados.
Na análise deste procedimento foram realizadas verificações:
• À conformidade do concurso público com a regulamentação (DL n.º 223/2001, entretanto
substituído DL n.º 18/2008, que rege o Código do Contratos Públicos);
• Ao Caderno de encargos (cumprimento dos prazos estipulados e dos critérios de adjudicação
técnicos e comerciais); e
• Ao cumprimento dos procedimentos internos da EDPD (aprovação pelo respetivo Conselho de
Administração).
Uma vez analisado o processo de aquisição em todas as suas vertentes, foram detetadas as seguintes
lacunas:
• A seleção de um fornecedor que não satisfazia todos os requisitos do caderno de Encargos (6
ppm em vez de 5 ppm), embora a proposta apresentada estivesse alinhada com a norma
internacional em vigor (verificou-se entrada em armazém de contadores deste fornecedor até
2009). No entanto, o desvio máximo admissível indicado por este fornecedor estava alinhado com
a norma internacional, que foi invocada nos documentos entregues, razão pela qual foi
considerado adequado.
• Seleção de um fornecedor para o qual não foi possível obter evidência de um certificado técnico
em falta à data da negociação comercial.
• Não foi possível obter evidências para todas as prorrogações dos contratos relacionados com o
concurso de 2006.
• Verificou-se também que o Caderno de Encargos não previa todas as especificações do concurso
de aquisição de contadores, nomeadamente no que concerne à aquisição de contadores com
ANÁLISE TÉCNICA DAS CONCLUSÕES DA AUDITORIA AOS CONTADORES DA EDP DISTRIBUIÇÃO E
PROPOSTA DE DIRETIVA
15
determinadas características (como foi o caso dos contadores com a porta RS232), o que à luz do
atual DL n.º 18/2008, pode ser visto como uma oportunidade de melhoria.
Referência: pág. 28 a 36 do Relatório da Auditoria
Com base nesta análise, o Auditor formulou as seguintes recomendações:
• “Definição das especificações técnicas do Caderno de Encargos alinhadas com as normas
internacionais, não permitindo qualquer complacência de desvios neste parâmetro, sendo o
mesmo um critério de exclusão.”
• “Desenho e implementação de um controlo que garanta que todos os requisitos documentais do
concurso são cumpridos pelos fornecedores (p. ex. checklist), permitindo verificar se todos os
documentos necessários foram entregues.”
• “Manutenção de um registo completo e atualizado da documentação entregue pelos fornecedores
adjudicados, quer no decorrer do concurso, quer nas prorrogações de contrato, no sentido de
evidenciar a transparência do concurso e o cumprimento dos requisitos da legislação aplicável
(Decreto-Lei n.º 223/2001 [nota ERSE:, entretanto substituído pelo Decreto-Lei n.º 18/2008], atualmente o Código de Contratação Pública), facilitando ao simultaneamente o processo de
possíveis auditorias.”
Referência: pág. 76 e 77 do Relatório da Auditoria
c. LEITURA DOS CONTADORES
No âmbito do processo de aquisição de contadores, e após identificada a empresa responsável pela
realização das leituras de contadores (EDP Soluções Comerciais), foi efetuado um conjunto de
atividades no sentido de, através de um processo de levantamento e análise de informação, identificar os
procedimentos implementados e pontos de controlo do processo.
Tendo por base a verificação dos documentos associados a este processo, nomeadamente as Notas de
Leitura resultantes de situações de inconformidades, foi analisada a sua conformidade:
• Com a regulamentação (Verificação da conformidade dos procedimentos implementados com a
documentação interna); e
• Com os procedimentos internos da EDPD (verificação da execução das Notas de Leitura)
Apesar de o processo seguir os trâmites estipulados processualmente, foi detetada a existência de
falhas de informação essencial no preenchimento do terminal portátil de leitura (TPL) que provocam a
anulação de Notas de Leitura que posteriormente terão de ser repetidas (cerca de 20%), atrasando a
resolução de todo o processo.
ANÁLISE TÉCNICA DAS CONCLUSÕES DA AUDITORIA AOS CONTADORES DA EDP DISTRIBUIÇÃO E
PROPOSTA DE DIRETIVA
16
Referência: pág. 36 a 44 do Relatório da Auditoria
Com base nesta análise, o Auditor formulou as seguintes recomendações:
• “Alterações nas especificações do TPL no sentido de não permitir dar por concluída a Nota de
Leitura por inconformidade, caso toda a informação imprescindível para o tratamento da mesma
não esteja inserida. Estas alterações passam, por exemplo, pela implementação de validações de
campos automáticas, que obrigam ao preenchimento dos campos obrigatórios.”
• “Criar mecanismos de análise ao tratamento estatístico das Notas de Leitura por inconformidade,
no sentido de serem estabelecidos padrões causa/efeito, que permitam aplicar medidas corretivas
e consequentemente minorar estas ocorrências. O auditor considera que já estão a ser efetuados
controlos à performance dos PSL´s através de análises estatísticas, mas que as mesmas podem
ser melhoradas no sentido de diminuírem o número de Notas anuladas. Estas melhorias podem
passar pela criação de KPI´s associados ao tratamento das inconformidades e anomalias
detetadas pelos PSL´s.”
• “Realização de um estudo que permita apurar os custos da operação relacionados com o
tratamento das Notas de Leitura anuladas (custos da EDP Soluções Comerciais e custos com
Ordens de Serviço geradas por estas notas).”
Referência: pág. 78 e 79 do Relatório da Auditoria
d. REPORTE DE CORREÇÃO DE ANOMALIAS
Foram identificados os processos decorrentes da identificação de uma anomalia, bem como controlos à
correta resolução de anomalias, tenso sido efetuada uma análise da conformidade do processo de
reporte e tratamento de anomalias com os procedimentos internos da empresa.
A alteração do “Estado da Nota de Leitura” apresentou um controlo insuficiente, tendo-se verificado
casos de alterações incorretas, nomeadamente uma Nota de leitura incorretamente anulada e outra
pendente quando já terá sido resolvida com o cliente. Estes casos tendencialmente originam situações
prejudiciais para os PSL’s mas poderão originar também casos em que prejudicam a EDPD ou mesmo o
consumidor final.
Referência: pág. 50 a 54 do Relatório da Auditoria
Com base nesta análise, o Auditor formulou a seguinte recomendação: “Revisão detalhada com recurso
a amostra numa base mensal, de forma a identificar Notas de Leitura incorretamente classificadas no
seu estado. Para além disso, a revisão deverá também incidir sobre as Notas de Leitura em
aberto/pendentes, especialmente as mais antigas. Estas revisões deverão considerar a possibilidade de
ANÁLISE TÉCNICA DAS CONCLUSÕES DA AUDITORIA AOS CONTADORES DA EDP DISTRIBUIÇÃO E
PROPOSTA DE DIRETIVA
17
extração automática de informação ou criação de relatórios/alertas automáticos a partir dos sistemas de
suporte ao processo de leituras já existentes.”
Referência: pág. 81 do Relatório da Auditoria
e. TRATAMENTO DE RECLAMAÇÕES DE DATA E HORA
Foram identificados e analisados os procedimentos e pontos de controlo do processo de reporte e
correção de anomalias, tenso sido efetuada uma análise da conformidade dos processos com os
procedimentos internos da empresa.
Nos casos analisados verificou-se que as respostas finais às reclamações efetuadas pelos clientes
apresentaram tempos de resposta incoerentes entre si, uma vez que não segue uma lógica de
tratamento por ordem de entrada no que respeita às regularizações decorrentes de reclamações. Este
facto traduz-se em tempos de resolução bastante dispares para reclamações apresentadas em datas
semelhantes.
Referência: pág. 44 a 47 do Relatório da Auditoria
Com base nesta análise, o Auditor formulou a seguinte recomendação: “Definição de um procedimento
de tratamento de reclamações por ordem de entrada (e/ ou outro critério/ conjunto de critérios que
potencie a coerência de tratamento) e que contemple também a definição de um prazo de
processamento de regularização, para melhor informação do consumidor final.”
Referência: pág. 80 do Relatório da Auditoria
f. REGULARIZAÇÕES
Na análise deste processo foram realizadas verificações,
• À conformidade com a regulamentação aplicável (RRC e GMLDD) e
• Ao cumprimento dos procedimentos internos da EDPD (análise dos cálculos efetuados e das
evidências do processo)
Os prazos para apurar os valores a regularizar não estão definidos, sendo que a regulamentação
aplicável (GMLDD) apresenta apenas um período desejável de 15 dias. O auditor identificou ainda uma
grande disparidade nos prazos de pagamento das regularizações, bem como a utilização de diferenciais
de preços não associados ao horizonte da correção em causa.
Referência: pág. 55 a 63 do Relatório da Auditoria
ANÁLISE TÉCNICA DAS CONCLUSÕES DA AUDITORIA AOS CONTADORES DA EDP DISTRIBUIÇÃO E
PROPOSTA DE DIRETIVA
18
O auditor validou que todos os requisitos aplicáveis à amostra selecionada foram respeitados através da
análise das evidências relacionadas, as quais comprovam a sua conformidade.
Referência: pág. 82 do Relatório da Auditoria
Com base nesta análise, o Auditor formulou as seguintes recomendações:
• “Definição de um processo interno padronizado para o processamento de regularizações. Este
processo deverá clarificar o tratamento de regularizações em termos de prioridades bem como
definir os prazos exequíveis a aplicar neste tratamento, para que o cliente final possa ser melhor
informado da análise que decorre.”
• “Consideramos que a EDPD deverá analisar junto do regulador (ERSE) a possibilidade de aplicar
o diferencial tarifário por período de anomalia em vez de pelo máximo dos diferenciais do período.
Para o ajustamento em termos de perfis o auditor considera relevante que a EDPD torne público
(por exemplo, através do site) os procedimentos de cálculo adotados bem como a aplicação do
perfil Multitarifa EDPD nestas situações.”
Referência: pág. 82 e 83 do Relatório da Auditoria
g. OUTRAS SITUAÇÕES
No seguimento da análise realizada aos diversos processos e no âmbito da regulamentação existente,
nomeadamente o RRC e o GMLDD, o Auditor propôs algumas recomendações de alterações e
clarificações a ser potencialmente incluídas na referida regulamentação:
• “Definição de procedimentos base a adotar no tratamento de reclamações e regularizações, com
especificação dos prazos máximos e de orientações sobre a forma como estes casos devem ser
tratados, nomeadamente em termos de ordem de tratamento, que potenciem a equidade e
consistência das ações.”
• “Definição de uma banda de tolerância dos desvios dos contadores, a partir da qual teria que ser
necessária a reparação / substituição do mesmo.”
Referência: pág. 85 do Relatório da Auditoria
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PROPOSTA DE DIRETIVA
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4 PROPOSTA DE COMPENSAÇÃO DOS CLIENTES EM TARIFA BI-HORÁRIA E TRI-HORÁRIA
Os resultados da auditoria realizada pela Ernst & Young, bem como o respetivo relatório de auditoria,
permitem extrair as seguintes conclusões gerais:
1. No final de 2012, 95,2% dos contadores apresentavam desvios horários inferiores a 10 minutos. Esta
situação é o resultado de um esforço acentuado desenvolvido pela EDP Distribuição ao longo do ano
de 2012 para proceder ao acerto dos relógios na sequência da introdução de melhorias nos
procedimentos de reporte de anomalias de desfasamento dos relógios alterando-se o anterior
período de reporte de mais ou menos uma hora para quinze minutos.
2. A realização da auditoria permitiu evidenciar que, até maio de 2012, não era guardado registo das
intervenções efetuadas nos locais de consumo, designadamente as que respeitavam a anomalias
relacionadas com o desacerto dos relógios dos contadores.
3. A informação recolhida pelo auditor permitiu identificar que, em 2012, foram intervencionados cerca
de 55% dos contadores multi-tarifa, tendo sido identificadas duas subamostras da amostra global da
auditoria: uma para o conjunto de contadores não intervencionados (45 % dos contadores da
amostra geral) durante 2012, e outra para os contadores objeto de intervenção (55 % dos
contadores da amostra geral) durante 2012.
4. O trabalho de análise do auditor explicita, no que respeita à análise de funcionamento dos
contadores, que as duas subamostras atrás mencionadas e a amostra global apresentam um
comportamento semelhante.
5. Esta última circunstância, cruzada com a inexistência de registos de intervenções até maio de 2012,
torna evidente que não é possível, a partir do trabalho de auditoria, comparar as situações de
funcionamento dos relógios do parque de contadores multi-tarifa antes e depois do programa de
intervenções que foi levado à prática.
6. As amostras trabalhadas na auditoria permitiram evidenciar que, à data de realização do trabalho de
campo do auditor, 95,2 % dos casos apresentam desvios horários inferiores a 10 minutos,
evidenciando ter sido este o critério seguido no âmbito da intervenção por parte do operador de rede
de distribuição.
Importa acrescentar que de acordo com as normas técnicas internacionais de equipamentos de
contagem de energia os relógios dos contadores poderão apresentar um desvio máximo de +/- 0,5
segundos por dia, situação equivalente a um desvio de 3 minutos por ano. Este valor é definido para
uma temperatura de 23º celsius. Por cada grau acima ou abaixo desta temperatura de referência, a
norma estabelece um erro diário adicional de +/- 0,15 segundos. Os contadores apesar de cumprirem as
especificações determinadas pela norma em termos de desvios horários poderão ao longo do seu tempo
de vida útil vir a apresentar desvios horários que se acumulam em cada ano. Por esta razão torna-se
ANÁLISE TÉCNICA DAS CONCLUSÕES DA AUDITORIA AOS CONTADORES DA EDP DISTRIBUIÇÃO E
PROPOSTA DE DIRETIVA
20
necessário proceder ao reporte das situações de desfasamento superiores a um determinado limiar de
forma a acertarem-se os relógios dos contadores.
Apesar da situação agora e com base na informação recolhida pela auditoria aos contadores parecer ser
adequada no que respeita ao acerto dos relógios dos contadores (95,2 % dos contadores apresentam
desvios horários inferiores a dez minutos) importava saber sobre a sua adequabilidade antes da
aprovação da Diretiva n.º 10/2012. O atual conhecimento pela ERSE de que o procedimento de reporte
de anomalias adotava um desfasamento superior a uma hora é revelador de que a situação anterior
apresentaria desvios horários muito superiores aos agora determinados.
A Auditoria aos Contadores não foi eficaz na determinação da distribuição dos desvios horários
anteriores à aprovação da Diretiva n.º 10/2012. Consequentemente, o exercício de avaliação de
impactes económicos observados pelos consumidores requer a estimativa dos desvios horários
anteriores ao esforço desenvolvido pela EDP Distribuição visando a correção de anomalias de
contagem.
Com base em informação anteriormente enviada pela EDP Distribuição no âmbito da caracterização das
anomalias que justificaram a aprovação da Diretiva n.º 10/2012 é possível determinar a distribuição dos
desvios horários dos contadores antes da intervenção massiva que a EDP Distribuição levou a cabo no
acerto dos relógios dos contadores.
Conhecendo-se esta distribuição dos desvios horários e os impactes económicos associados determina-
se o valor da compensação a pagar pela EDP Distribuição aos clientes em tarifa bi-horária e tri-horária.
No ponto 4.1 apresentam-se os efeitos económicos em cada consumidor dos desvios horários dos
contadores.
No ponto 4.2 sintetiza-se a distribuição de desvios horários existente antes da Diretiva n.º 10/2012 e da
intervenção massiva de acerto de relógios levada a cabo pela EDP Distribuição, comparando-se com a
distribuição em dezembro de 2012 determinada pelo relatório de auditoria da Ernst & Young.
No ponto 4.3 estabelece-se o valor da compensação a pagar pela EDP Distribuição aos consumidores
em tarifa bi-horária e tri-horária.
4.1 EFEITOS ECONÓMICOS DOS DESVIOS HORÁRIOS DE CONTAGEM
A Figura 4-1 exemplifica, a título de exemplo, as consequências resultantes dum desvio horário,
nomeadamente dum atraso de 2 horas, do relógio do contador para um consumidor com tarifa bi-horária.
Adota-se o perfil padrão de consumo tipo C, representativo da generalidade dos consumidores em BTN
com uma potência contratada inferior a 13,8 kVA e consumo anual inferior a 7.140 kWh.
ANÁLISE TÉCNICA DAS CONCLUSÕES DA AUDITORIA AOS CONTADORES DA EDP DISTRIBUIÇÃO E
PROPOSTA DE DIRETIVA
21
No período de manhã a energia assinalada a azul é contabilizada indevidamente como sendo de vazio e
consequentemente o consumidor observa um benefício resultante do produto desta energia pela
diferença dos preços da energia fora de vazio e da energia de vazio. Em contrapartida no período de
noite a energia é indevidamente contabilizada como fora de vazio e consequentemente o consumidor
observa um prejuízo resultante do produto desta energia pela diferença dos preços da energia fora de
vazio e da energia de vazio. A diferença entre estas duas situações, apresentada a laranja na figura,
representa a quantidade de energia contabilizada indevidamente como energia fora de vazio quando na
realidade se trata de energia consumida no período de vazio. O prejuízo para o consumidor é
determinado pelo produto da área laranja da figura pela diferença dos preços da energia fora de vazio e
da energia de vazio.
Figura 4-1 – Consequências dos desvios de relógio de um contador bi-horário
Seguidamente determinam-se as consequências económicas dos desvios horários para os clientes em
tarifa bi-horária. Para o efeito considera-se a média dos consumidores com tarifa bi-horária, que
apresentam uma potência contratada de 10,35 kVA e um consumo anual de cerca de 5,3 MWh e o perfil
típico para estes fornecimentos ou seja o perfil C.
No Quadro 4-1 apresentam-se os desvios de faturação associados às situações de avanço do relógio do
contador. Em contrapartida no Quadro 4-2 apresentam-se os desvios de faturação associados às
situações de atraso do relógio do contador. Verifica-se que para um avanço de 1 hora o consumidor
médio em tarifa bi-horária pagará uma fatura anual de 920,2 € em vez de 932,8 € sendo por
consequência beneficiado em 12,6 €. Em contrapartida para um atraso de 1 hora o consumidor será
prejudicado em 9,2 € pagando uma fatura anual de 942 € em vez do valor correto de 932,8 €.
ANÁLISE TÉCNICA DAS CONCLUSÕES DA AUDITORIA AOS CONTADORES DA EDP DISTRIBUIÇÃO E
PROPOSTA DE DIRETIVA
22
Quadro 4-1 – Variação da fatura anual do consumidor médio em tarifa bi-horária considerando o perfil de consumo padrão e uma situação de avanço do relógio do contador
Avanço Certo 30M 1H 1H30M 2H 2H30M 3H 3H30M 4H 4H30M 5H 6H 7H 8H 9H 10H 11H 12H
Total 932,8 927,0 920,2 912,5 904,4 897,1 890,6 885,1 880,7 877,0 874,0 869,5 866,8 866,8 869,5 875,0 883,2 892,9
Δ Abs 0,0 -5,7 -12,6 -20,3 -28,3 -35,7 -42,2 -47,6 -52,1 -55,8 -58,8 -63,3 -66,0 -66,0 -63,3 -57,8 -49,6 -39,9
Δ % 0,00% -0,62% -1,35% -2,18% -3,04% -3,83% -4,52% -5,11% -5,59% -5,98% -6,30% -6,79% -7,07% -7,07% -6,78% -6,20% -5,32% -4,27%
Quadro 4-2 - Variação da fatura anual do consumidor médio em tarifa bi-horária considerando o perfil de consumo padrão e uma situação de atraso do relógio do contador
Atraso Certo 30M 1H 1H30M 2H 2H30M 3H 3H30M 4H 4H30M 5H 6H 7H 8H 9H 10H 11H 12H
Total 932,8 937,8 942,0 945,2 947,2 947,9 947,5 946,2 943,9 940,9 937,1 929,5 922,7 916,3 910,6 906,4 901,0 892,9
Δ Abs 0,0 5,0 9,2 12,4 14,4 15,1 14,7 13,4 11,2 8,1 4,3 -3,2 -10,1 -16,5 -22,1 -26,4 -31,8 -39,9
Δ % 0,00% 0,53% 0,99% 1,33% 1,54% 1,62% 1,58% 1,44% 1,20% 0,86% 0,47% -0,35% -1,08% -1,77% -2,37% -2,83% -3,40% -4,27%
Os resultados apresentados, tal como referido, consideram o perfil de consumo padrão do tipo C como
representativo da dinâmica de consumo dum consumidor bi-horário. Uma vez que este perfil de consumo
resulta de uma agregação dos variados tipos de consumidores que se encontram dentro da sua
categoria (consumo anual inferior a 7.140 kWh e potência contratada inferior a 13,8 kVA) considera-se
relevante proceder a um exercício semelhante ao já apresentado mas considerando um perfil de
consumo mais elástico com base nos hábitos de consumo específicos dum consumidor de tarifa bi-
horária. Diversos estudos propõem a adoção de valores de elasticidade cruzada para os consumidores
residenciais de 0,05%. Esta situação conduz a uma transferência de 5% do consumo do período de fora
de vazio para o período de vazio, na medida em que a diferença de preços é de 100%. As elasticidades
cruzadas são mais elevadas nas horas próximas da mudança de período tarifário onde é possível
antecipar consumo no período da manhã de mudança do vazio para fora de vazio e adiar consumo no
período da noite de mudança de fora de vazio para vazio. Assim no perfil mais elástico o perfil de
consumo tipo C foi alterado antecipando-se consumo durante a última hora do período de vazio da
manha e adiando-se consumo durante a última hora do período de fora de vazio da noite.
De acordo com o Relatório de Auditoria verifica-se que a EDP Distribuição utiliza no cálculo das
compensações por desvios horários os perfis de consumo aprovados pela ERSE e obtidos tendo por
base a tipologia de consumo horária de uma amostra de consumidores representativa do consumo
nacional. Utiliza também um perfil de consumo representativo dos consumidores em tarifa bi-horária que
importa ser apresentado à ERSE. O valor da compensação paga aos consumidores corresponde ao
máximo dos valores obtidos com cada um dos perfis referidos.
Nos quadros seguintes apresentam-se os desvios de faturação para as situações de avanço e atraso do
relógio considerando o perfil modificado nos termos anteriormente apresentados. Para este perfil verifica-
ANÁLISE TÉCNICA DAS CONCLUSÕES DA AUDITORIA AOS CONTADORES DA EDP DISTRIBUIÇÃO E
PROPOSTA DE DIRETIVA
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se que os prejuízos associados aos atrasos são mais significativos. Para o exemplo anteriormente
identificado correspondente a uma hora de atraso o prejuízo passa de 9,2 € para 23 €. Em contrapartida
os benefícios associados às situações em avanço reduzem-se globalmente. É assim possível concluir
que os prejuízos observados pelos consumidores em tarifa bi-horária que apresentam um perfil de
consumo mais elástico serão superiores aos determinados pelo perfil base.
Quadro 4-3 - Variação da fatura anual do consumidor médio considerando o perfil de consumo mais elástico e uma situação de avanço do relógio do contador
Avanço Certo 30M 1H 1H30M 2H 2H30M 3H 3H30M 4H 4H30M 5H 6H 7H 8H 9H 10H 11H 12H
Total 919,0 920,1 920,2 912,5 904,4 897,1 890,6 885,1 880,7 877,0 874,0 869,5 866,8 866,8 869,5 883,6 883,2 892,9
Δ Abs 0,0 1,1 1,2 -6,6 -14,6 -21,9 -28,4 -33,9 -38,4 -42,0 -45,0 -49,5 -52,2 -52,2 -49,5 -35,4 -35,8 -26,1
Δ % 0,00% 0,12% 0,13% -0,71% -1,59% -2,39% -3,09% -3,69% -4,17% -4,57% -4,90% -5,39% -5,68% -5,68% -5,39% -3,85% -3,90% -2,84%
Quadro 4-4 - Variação da fatura anual do consumidor médio considerando o perfil de consumo mais elástico e uma situação de atraso do relógio do contador
Atraso Certo 30M 1H 1H30M 2H 2H30M 3H 3H30M 4H 4H30M 5H 6H 7H 8H 9H 10H 11H 12H
Total 919,0 930,9 942,0 945,2 947,2 947,9 947,5 946,2 943,9 940,9 937,1 929,5 922,7 916,3 910,6 911,5 901,0 892,9
Δ Abs 0,0 11,9 23,0 26,2 28,1 28,9 28,5 27,2 24,9 21,8 18,1 10,5 3,7 -2,7 -8,4 -7,5 -18,0 -26,1
Δ % 0,00% 1,29% 2,50% 2,85% 3,06% 3,14% 3,10% 2,96% 2,71% 2,38% 1,97% 1,15% 0,40% -0,30% -0,91% -0,82% -1,96% -2,84%
4.2 CARACTERIZAÇÃO DOS DESVIOS HORÁRIOS ANTES DA DIRETIVA N.º 10/2012
A auditoria aos contadores executada pela Ernst & Young identifica os desacertos horários dos
contadores multi-tarifa no final do ano de 2012. Esta análise será substancialmente diferente da situação
que se registava antes da Diretiva n.º 10/2012. Com efeito, durante o ano 2012 e na sequência da EDP
Distribuição ter aperfeiçoado o procedimento de reporte de anomalias dos relógios de contadores de +/-
1 hora para +/-15 minutos, foram intervencionados diversos contadores de forma a serem ajustados os
seus relógios, situação que contribuiu para agora cerca de 95,2% dos contadores apresentarem desvios
horários inferiores a 10 minutos.
Com base nos resultados apresentados no ponto anterior é possível estimar o valor económico da
subsidiação cruzada associada aos desvios horários dos contadores. Para tal torna-se necessário
conhecer o universo de contadores afetados por anomalias de contagem no período anterior à Diretiva
n.º 10/2012.
O conhecimento dos desvios horários dos contadores com erro de software na mudança de hora legal de
inverno ou de verão poderá ser utilizado para sintetizar a distribuição dos desvios horários dos restantes
contadores. O desacerto dos relógios associado ao erro de software depende da data de
ANÁLISE TÉCNICA DAS CONCLUSÕES DA AUDITORIA AOS CONTADORES DA EDP DISTRIBUIÇÃO E
PROPOSTA DE DIRETIVA
24
parametrização. No período de hora legal correspondente à data em que foi feita a parametrização os
relógios deveriam estar certos, sendo que no período de hora legal seguinte não estarão corretos devido
ao erro de programação. Assim os contadores parametrizados no inverno deveriam apresentar relógios
certos no inverno e devido ao erro de programação no verão estariam atrasados 2 horas. Em
contrapartida os contadores parametrizados no verão deveriam estar certos no verão e no inverno
estariam avançados 2 horas. Corrigindo as situações de desfasamento em torno das 2 horas obtém-se a
distribuição dos desvios horários espectável antes da diretiva n.º 10/2012.
A Figura 4-2 e a Figura 4-3 apresentam o referido para, respetivamente, as situações de avanço e atraso
do relógio dos contadores. A Figura 4-4 apresenta a mesma informação para o desvio horário agregado.
No fundo considera-se que os desvios horários anteriores à diretiva coincidem com os desvios horários
observados pela amostra de contadores sujeita ao erro de software, corrigindo-se os efeitos desse erro
com impacte nos desfasamentos em torno das duas horas, conforme se apresenta na figura. A amostra
apresenta uma dimensão considerável de 14.067 contadores.
Figura 4-2 – Distribuição dos desvios horários em avanço anteriores à Diretiva n.º 10/2012
Avanço (min) ]0 – 10] ]10 – 20] ]20 – 30] ]30-40] ]40-50] ]50-60] ]60-90] ]90-180] >180
N.º Contadores 3.646 2.090 871 271 162 90 74 146 121
0
500
1 000
1 500
2 000
2 500
3 000
3 500
4 000
10 20 30 40 50 60 90 180 > 180
Núm
ero de
contadores
Limite superior do avanço (min)
Estimativa anterior à Diretiva Reportado a Maio 2012
ANÁLISE TÉCNICA DAS CONCLUSÕES DA AUDITORIA AOS CONTADORES DA EDP DISTRIBUIÇÃO E
PROPOSTA DE DIRETIVA
25
Figura 4-3 – Distribuição dos desvios horários em atraso anteriores à Diretiva n.º 10/2012
Atraso ]0 – 10] ]10 – &20] ]20 – 30] ]30-40] ]40-50] ]50-60] ]60-90] ]90-180] >180
N.º Contadores 3.543 1.812 531 150 108 88 97 146 121
Figura 4-4 – Distribuição dos desvios horários absolutos (integra avanços e atrasos) anteriores à Diretiva n.º 10/2012
Desvio Absoluto Sem problema ]0 – 10] ]10 – 20] ]20 – 30] ]30-40] ]40-50] ]50-60] ]60-90] ]90-180] >180
N.º Contadores 3405 7.189 3.902 1.402 421 270 178 171 292 242
Na Figura 4-5 compara-se a distribuição apresentada anteriormente, dos desvios horários anteriores à
aplicação da Diretiva n.º 10/2012, com a distribuição obtida no final de 2012, apresentada no relatório de
auditoria, registando-se uma melhoria substancial.
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
8000
0 10 20 30 40 50 60 90 180 > 180
Núm
ero de
contadores
Limite superior do desvio absoluto (min)
Estimativa anterior à Diretiva Reportado a Maio 2012
ANÁLISE TÉCNICA DAS CONCLUSÕES DA AUDITORIA AOS CONTADORES DA EDP DISTRIBUIÇÃO E
PROPOSTA DE DIRETIVA
26
Figura 4-5 – Comparação da distribuição dos desvios horários anteriores à Diretiva n.º 10/2012 e da auditoria realizada pela Ernst & Young
4.3 DETERMINAÇÃO DA COMPENSAÇÃO AOS CLIENTES EM TARIFA BI-HORÁRIA E TRI-HORÁRIA RELATIVA AOS DESACERTOS DOS RELÓGIOS DOS CONTADORES
O valor total da subsidiação cruzada associado aos desvios horários dos contadores pode ser obtido
através do produto do número de contadores que apresentam desvios horários num determinado
intervalo de tempo pelo valor económico correspondente a esses desvios.
Nos quadros seguintes apresenta-se o valor da subsidiação cruzada anual em tarifa bi-horária para as
situações de avanço do relógio tendo por base a distribuição dos desvios horários apresentados na
Figura 4-2 bem como os impactes na fatura do consumidor médio com perfil de consumo base e mais
elástico apresentados no Quadro 4-1 e no Quadro 4-3.
Quadro 4-5 – Subsidiação cruzada anual para a tarifa bi-horária associada aos desvios horários em avanço considerando o consumidor médio com perfil de consumo base
Perfil base Até 30M até 1H até 1H30M até 2H até 2H30M Total
% contadores 17% 3% 0% 1% 1% 22%
# contadores 125.948 22.246 3.247 6.406 5.309 163.157
Valor (€) 723.962 279.270 66.017 181.539 350.176 1.600.963
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
0 10 20 30 40 50 60 90 180 >180
Núm
ero de
contadores
Limite superior do desvio (min)
Estimativa pré Diretiva nº10/2012 Auditoria E&Y
ANÁLISE TÉCNICA DAS CONCLUSÕES DA AUDITORIA AOS CONTADORES DA EDP DISTRIBUIÇÃO E
PROPOSTA DE DIRETIVA
27
Quadro 4-6 - Subsidiação cruzada anual para a tarifa bi-horária associada aos desvios horários em avanço considerando o consumidor médio com perfil de consumo mais elástico
Perfil Alterado Até 30M até 1H até 1H30M até 2H até 2H30M Total
% contadores 17% 3% 0% 1% 1% 22%
# contadores 125.948 22.246 3.247 6.406 5.309 163.157
Valor (€) 141.252 27.080 21.304 93.322 277.065 560.023
Assumindo a distribuição de situações de atraso na contagem apresentada na Figura 4-3 bem como os
impactes na fatura do consumidor médio com perfil de consumo base (Quadro 4-2) e mais elástico
(Quadro 4-4), determina-se a subsidiação cruzada anual associada à tarifa bi-horária apresentada no
Quadro 4-7 e no Quadro 4-8.
Quadro 4-7 – Subsidiação cruzada anual para a tarifa bi-horária associada aos desvios horários em atraso considerando o consumidor médio com perfil de consumo base
Perfil base Até 30M até 1H até 1H30M até 2H até 2H30M Total
% contadores 13% 2% 1% 1% 1% 17%
# contadores 99.661 14.717 4.126 6.210 5.147 129.862
Valor (€) 495.244 135.674 51.306 89.279 205.113 976.616
Quadro 4-8 - Subsidiação cruzada anual para a tarifa bi-horária associada aos desvios horários em atraso considerando o consumidor médio com perfil de consumo mais elástico
Perfil Alterado Até 30M até 1H até 1H30M até 2H até 2H30M Total
% contadores 13% 2% 1% 1% 1% 17%
# contadores 99.661 14.717 4.126 6.210 5.147 129.862
Valor (€) 1.183.034 338.345 108.125 174.799 148.522 1.952.824
À semelhança do adotado na Diretiva n.º 10/2012, no cálculo dos valores da subsidiação cruzada são
consideradas todas as situações com desvios superiores a dez minutos.
Para obter o valor total da subsidiação cruzada associada aos desvios horários é necessário recordar
que em 2008 foram determinados novos períodos horários para aplicar a partir do ano de 2009 e que a
EDP Distribuição procedeu à adequação dos contadores a essa nova realidade. É aceitável considerar
que os desvios dos relógios dos contadores têm vindo a aumentar desde esse momento.
ANÁLISE TÉCNICA DAS CONCLUSÕES DA AUDITORIA AOS CONTADORES DA EDP DISTRIBUIÇÃO E
PROPOSTA DE DIRETIVA
28
Em resultado do referido considera-se que o valor total da subsidiação cruzada abarca a deriva
acumulada desde 2009 até ao momento atual, resultando na necessidade de duplicar os valores anuais
anteriormente identificados.
Como tal e assumindo para cada tipo de anomalia de contagem (avanço ou atraso) o valor
correspondente ao perfil de consumo base obtêm-se um valor de compensação total de cerca de cinco
milhões de euros. Considerando a totalidade da potência contratada do universo de contadores bi-
horários em BTN este montante corresponde a uma compensação de 0,86 €/kVA.
Aplicando uma compensação idêntica às opções tri-horárias, em linha com o determinado na Diretiva
n.º 10/2012, obtém-se um valor total a pagar pela EDP Distribuição aos consumidores com multi-tarifa de
cerca de sete milhões de euros.
A compensação a pagar aos consumidores em tarifa bi-horária e tarifa tri-horária para cada escalão de
potência contratada em BTN apresenta-se no quadro seguinte.
Quadro 4-9 – Compensação a atribuir a cada consumidor com opção tarifária multi-tarifa consoante o seu escalão de potência contratada em resultado de desacertos nos relógios dos
contadores anteriores à Diretiva n.º10/2012
Excluem-se da aplicação desta compensação todas as situações previstas na Diretiva n.º 10/2012 já
sujeitas a compensação nos termos comprovados pela auditoria realizada aos contadores.
Potência (kVA) €/cliente
3,45 3,04,6 3,95,75 4,96,9 5,9
10,35 8,913,8 11,8
17,25 14,820,7 17,727,6 23,634,5 29,541,4 35,4
ANÁLISE TÉCNICA DAS CONCLUSÕES DA AUDITORIA AOS CONTADORES DA EDP DISTRIBUIÇÃO E
PROPOSTA DE DIRETIVA
29
A compensação ora proposta deverá ser efetuada pelo operador de rede de distribuição ao
comercializador do cliente multi-tarifa, devendo este posteriormente evidenciar o valor e a origem da
compensação na fatura do cliente.
O pagamento das compensações devidas aos clientes deve ser efetuado na primeira fatura a emitir após
terem decorrido 30 dias sobre a data de publicação da respetiva Diretiva.
O relatório de auditoria aos contadores identifica que a EDP Distribuição compensou alguns
consumidores que foram prejudicados pelos desvios horários dos contadores. Com base em informação
enviada pela EDP Distribuição a 1 de Março de 2013 foram compensadas, a partir de Junho de 2012 e
até 1 de Março de 2013, 24.069 consumidores por anomalias associadas a desvios horários dos
contadores, ou seja cerca de 2,6 % do total de consumidores em multi-tarifa, valor muito inferior à
percentagem de contadores intervencionados.
Nestas circunstâncias determina-se que a EDP Distribuição deverá proceder à comparação entre os
valores já pagos por compensação de desvios horários não enquadráveis no âmbito da Diretiva
n.º10/2012 e os valores apresentados na Quadro 4-9 devendo proceder ao pagamento da diferença caso
os valores agora estabelecidos sejam superiores aos já pagos. Nas situações contrárias não existirá
lugar a acerto.
O valor das compensações a pagar deverá ser evidenciado nas contas reguladas da EDP Distribuição
pelo auditor que as certifica de modo a não ser integrado nos proveitos permitidos da empresa.
ANÁLISE TÉCNICA DAS CONCLUSÕES DA AUDITORIA AOS CONTADORES DA EDP DISTRIBUIÇÃO E
PROPOSTA DE DIRETIVA
31
5 PROPOSTA DE DIRETIVA DA ERSE
ENTIDADE REGULADORA DOS SERVIÇOS ENERGÉTICOS
DIRETIVA N.º #/2013
Determinação de medidas corretivas, de intervenção e de compensação aos clientes resultantes da auditoria aos contadores bi-horários e tri-horários da EDP Distribuição
O fornecimento de eletricidade, nos termos legais e regulamentares em vigor, compreende a adoção de
opções tarifárias correspondentes a faturação da energia consumida em períodos temporais distintos.
Essas opções e os ciclos de contagem inerentes, foram aprovados pela Entidade Reguladora dos
Serviços Energéticos (ERSE), com a publicação do Despacho da ERSE n.° 59/2009, de 2 de janeiro.
No período compreendido entre o final de 2011 e o primeiro trimestre de 2012, foram identificados
problemas específicos de reparametrização incorreta de contadores e de precisão insuficiente do relógio
de uma série determinada de contadores.
Visando corrigir a situação e compensar os consumidores, o Conselho de Administração da ERSE
aprovou, após audição do Conselho Tarifário, a Diretiva n.º 10/2012, de 5 de julho, publicada em Diário
da República, 2.ª Série, de 5 de julho, que determinou a compensação dos consumidores afetados pelas
anomalias de contagem anteriormente referidas.
Aprovou ainda, de forma a garantir o cumprimento de todas as obrigações legais, regulamentares e
contratuais e a apurar, de forma exaustiva, a verdadeira situação de todo o parque de contadores multi-
tarifa, a realização de uma auditoria, por entidade externa e independente, para análise aprofundada das
realidades existentes ao nível dos contadores multi-tarifa e dos procedimentos internos da EDP
Distribuição.
A referida Diretiva n.º 10/2012, de 5 de julho, mencionava que, em face dos resultados da auditoria a
desenvolver, a ERSE determinaria as medidas adicionais que se viessem a justificar.
De acordo com as bases do caderno de encargos da auditoria, aprovadas pelo Conselho de
Administração da ERSE, sujeitas a parecer prévio do Conselho Tarifário, aceites pela EDP Distribuição,
suportados nas obrigações legais e regulamentares e nos pressupostos que estiveram na base da
aprovação da Diretiva nº 10/2012, de 5 de julho, os objetivos da auditoria, a cumprir pela entidade
contratada, foram:
• Analisar os procedimentos adotados para cumprimento das obrigações de compensação aos clientes
abrangidos pela aplicação da Diretiva n.º10/2012;
ANÁLISE TÉCNICA DAS CONCLUSÕES DA AUDITORIA AOS CONTADORES DA EDP DISTRIBUIÇÃO E
PROPOSTA DE DIRETIVA
32
• Analisar os procedimentos adotados na aquisição dos contadores e os seus reflexos nas anomalias
de contagem, bem como propor recomendações visando a correção de procedimentos.
• Efetuar uma análise, através de uma amostra representativa, do funcionamento dos equipamentos de
contagem que possam estar a afetar o universo constituído pelos consumidores em BTN com preços
da eletricidade diferenciados por períodos horários;
• Analisar os procedimentos de verificação por parte dos técnicos de leitura do correto funcionamento
dos contadores, designadamente dos seus relógios, quando visitados para leitura, assim como os
procedimentos de reporte de anomalias, da sua correção e do desencadear do processo de
pagamento de compensações, sempre que tal se justifique à luz da regulamentação aplicável;
A Empresa Ernst & Young, escolhida de acordo com as condições do Caderno de Encargos, viu
formalizada a adjudicação no dia 28 de novembro de 2012, tendo entregue o Realatório Final, datado de
8 de fevereiro, à ERSE no dia 14 de março de 2013.
O Conselho de Administração da ERSE, após análise do Relatório Final entregue pela Ernest & Young,
após avaliação e ponderação da Análise Técnica das Conclusões da Auditoria aos Contadores da EDP
Distribuição, feita pelas Direções de Tarifas e Preços e de Mercados e Consumidores, constatatou:
1. De acordo com o relatório final da auditoria, verificou-se que o processo de compensações
decorrentes da Diretiva n.º 10/2012, de 5 de julho, cumpriu todos os requisitos definidos naquela
Diretiva.
2. Os processos de Aquisição de contadores, Leitura de contadores, Reporte e correção de anomalias,
Tratamento de Reclamações Data e Hora e Regularizações apresentam situações dispares que
importa melhorar ou corrigir.
3. No âmbito do procedimento de verificação e análise do funcionamento do relógio dos contadores, a
auditoria efetuada considerou uma amostra total de 10 264 contadores com desagregação de
contagem bi-horária e tri horária extraindo-se as seguintes conclusões gerais:
a) Foi desenvolvida pela EDP Distribuição ao longo do ano de 2012 uma atuação visando proceder
ao acerto dos relógios na sequência da introdução de melhorias nos procedimentos de reporte
de anomalias de desfasamento dos relógios, alterando-se o anterior período de reporte de mais
ou menos uma hora para quinze minutos.
b) A realização da auditoria permitiu evidenciar que, até maio de 2012, não era guardado nem
consolidado o registo das intervenções efetuadas nos locais de consumo, designadamente as
que respeitavam a anomalias relacionadas com o desacerto dos relógios dos contadores.
ANÁLISE TÉCNICA DAS CONCLUSÕES DA AUDITORIA AOS CONTADORES DA EDP DISTRIBUIÇÃO E
PROPOSTA DE DIRETIVA
33
c) A informação recolhida pelo auditor permitiu identificar que, em 2012, foram intervencionados
cerca de 55% dos contadores multi-tarifa, tendo sido identificadas duas subamostras da amostra
global da auditoria: uma para o conjunto de contadores não intervencionados (45 % dos
contadores da amostra geral) durante 2012, e outra para os contadores objeto de intervenção
(55 % dos contadores da amostra geral) durante 2012.
d) O trabalho de verificação do auditor explicita, no que respeita à análise de funcionamento dos
contadores, que as duas subamostras atrás mencionadas e a amostra global apresentam um
comportamento semelhante.
e) Esta última circunstância, cruzada com a inexistência de registos de intervenções até maio de
2012, torna evidente que não é possível, unicamente e a partir do trabalho de auditoria,
comparar as situações de funcionamento dos relógios do parque de contadores multi-tarifa antes
e depois do programa de intervenções que foi levado à prática.
f) As amostras trabalhadas na auditoria permitiram evidenciar que, à data de realização do trabalho
de campo do auditor, 95,2 % dos casos apresentam desvios horários inferiores a 10 minutos,
evidenciando ter sido este o critério seguido no âmbito da intervenção por parte do operador de
rede de distribuição.
De acordo com as normas técnicas internacionais de equipamentos de contagem de energia, aprovadas
pela Norma IEC 62054-21, publicada pela International Electrotechnical Commission em janeiro de 2003,
os relógios dos contadores poderão apresentar um desvio máximo de +/- 0,5 segundos por dia, situação
equivalente a um desvio de 3 minutos por ano. Este valor é definido para uma temperatura de 23º
celsius. Por cada grau acima ou abaixo desta temperatura de referência, a norma estabelece um erro
diário adicional de +/- 0,15 segundos. Os contadores, apesar de cumprirem as especificações
determinadas pela norma em termos de desvios horários, podem, ao longo do seu tempo de vida útil,
apresentar desvios horários que se acumulam em cada ano, no caso de não serem objeto de
intervenção de acerto do relógio. Por esta razão torna-se necessário proceder ao reporte das situações
de desfasamento, de forma a acertarem-se os relógios dos contadores, nos termos do capítulo IV do
Guia de Medição, Leitura e Disponibilização de Dados, aprovado pela Diretiva da ERSE n.º 2/2012, de 6
de Janeiro.
A auditoria em referência identifica, ainda, as seguintes circunstâncias:
1) Não existe comunicação, por parte da EDP Distribuição aos consumidores afetados, conforme
determinado pelo Guia de Medição, Leitura e Disponibilização de Dados, dados de correção aos
equipamentos de medição;
2) A inexistência dessa comunicação aos consumidores afetados inviabilizou qualquer possibilidade de
confirmação da melhor estimativa das grandezas durante o período em que a anomalia se verificou,
ANÁLISE TÉCNICA DAS CONCLUSÕES DA AUDITORIA AOS CONTADORES DA EDP DISTRIBUIÇÃO E
PROPOSTA DE DIRETIVA
34
conforme determina o Guia de Medição, Leitura e Disponibilização de Dados; a inexistência dessa
informação prejudica a fundamentação das reclamações apresentadas pelos consumidores, bem
como a sua efetiva verificação, nos termos do artigo 47.º do Regulamento da Qualidade de Serviço,
aprovado pelo Despacho n.º5255/2006, de 8 de março, da Direção-Geral de Geologia e Energia.
Apesar da situação ter sido devidamente caracterizada, a auditoria aos contadores não foi eficaz na
determinação da distribuição dos desvios horários anteriores à aprovação da Diretiva n.º 10/2012, de 5
de julho . Porém, a circunstância confirmada pela auditoria em referência, de que o procedimento de
reporte de anomalias adotava um desfasamento superior a uma hora confirma de que a situação anterior
apresentava desvios horários muito superiores aos agora determinados. Consequentemente, o exercício
de avaliação de impactes económicos observados pelos consumidores no período anterior à Diretiva n.º
10/2012, de 5 de julho, obriga à determinação dos desvios horários que se verificavam antes do esforço
desenvolvido pela EDP Distribuição visando a correção das anomalias de contagem.
Nestes termos, a ERSE incorporou, na análise das inconformidadas demonstradas pela auditoria e para
efeitos da aplicação da presente diretiva, a metodologia de apuramento da informação de consumo
remetida er validada oficialmente pela EDP Distribuição, previamente à intervenção de correção dos
desvios horários realizada, por esta empresa, nos contadores de tarifa bi-horária e tri-horária.
Para o efeito foi considerada a informação oficial da EDP Distribuição relativa aos desvios horários dos
relógios dos contadores com erro de parametrização na mudança de hora legal de Inverno ou de Verão
e que vieram a ser corrigidos com a aplicação da Diretiva n.º 10/2012, de 5 de julho, expurgando-se o
efeito das correções já tratadas. Por outro lado, foi considerada nesta análise técnica, a situação global
existente no momento da realização da auditoria e que expressa um erro de precisão dos relógios
associados aos contadores de bi-horária e tri horária em torno de um valor absoluto de 10 minutos.
O critério de análise, baseado nos resultados da auditoria e na informação remetida pela EDP
Distribuição, desenvolvido pela ERSE considera uma avaliação dos efeitos económicos associados ao
erro de precisão dos relógios dos contadores de tarifa bi-horária e tri horária, designadamente por via da
ponderação do comportamento do consumo específico associado à existência de períodos temporais
distintos e da natureza dos próprios erros estimados.
Tratando-se de um universo de consumidores afetados de enorma dimensão, constatando-se que as
situações respetivas não podem ser solucionadas, unicamente e em exclusivo, pela aplicação de
medidas corretivas individualizadas, e que, à semelhança do que foi aceite pela EDP Distribuição e
concretizado para aplicação da Diretiva n.º 10/2012, de 5 de julho, não pode proceder-se, unicamente, à
alteração das carteiras de comercialização.
ANÁLISE TÉCNICA DAS CONCLUSÕES DA AUDITORIA AOS CONTADORES DA EDP DISTRIBUIÇÃO E
PROPOSTA DE DIRETIVA
35
Nestas circunstâncias, tornam-se necessárias e justificadas a determinação de medidas corretivas
globais que estabeleçam compensações automáticas a aplicar a todos consumidores afetados por
desajustes dos relógios dos contadores.
As situações anteriormente indicadas constituem, por isso, a inobservância de preceitos regulamentares,
contantes do Regulamento de Relações Comerciais, do Guia de Medição, Leitura e Disponibilização de
Dados nele previsto, bem como do Regulamento da Qualidade de Serviço.
Nestes termos,
Ao abrigo do previsto na alínea a) do nº 2 do artigo 3º, no artigo 7º, na alínea s) do artigo 8º, na alínea b)
e c) do nº 2 do artigo 11º, do artigo 14º, do nº 5 do artigo 21º e no artigo 31.º dos Estatutos da ERSE,
anexos ao Decreto Lei n.º 97/2002, de 12 de abril, com a última redação dada pelo Decreto-Lei n.º
212/2012, de 25 de setembro, bem como na alínea d) do número 4 do artigo 9º, no nº 4 do artigo 51º,
nos artigos 54.º, 182.º, 187.º, 190.º e na alínea h) do 191.º do Regulamento de Relações Comerciais,
aprovado pelo Regulamento n.º 496/2011, de 19 de agosto, com a redação que lhe foi dada pelo
Regulamento n.º 468/2012, de 12 de novembro, e do disposto na secção III do capítulo IV do Guia de
Medição, Leitura e Disponibilização de Dados, o Conselho de Administração da Entidade Reguladora
dos Serviços Energéticos delibera o seguinte:
1. No âmbito dos procedimentos adotados para cumprimento das obrigações de compensação aos
clientes abrangidos pela aplicação da Diretiva n.º10/2012, de 5 de julho:
a) Determinar a regularização no prazo de três meses, de todas as situações em que, demonstrando
erro de falta de precisão do relógio, os contadores não foram, ainda, substituídos.
b) Determinar que a EDP Distribuição deve encerrar todos os procedimentos relativos ao
cumprimento da Diretiva nº 10/2012, de 5 de julho, até ao dia 30 de junho de 2013 e remeter
relatório final de execução à ERSE até ao dia 31 de julho de 2013.
2. No âmbito dos procedimentos adotados na aquisição dos contadores e dos seus reflexos nas
anomalias de contagem:
a) Determinar que a EDP Distribuição cumpra, de forma cabal, os procedimentos previstos no
Decreto-Lei nº 18/2008, de 29 de janeiro, retificado pela Declaração de Retificação nº 18-A/2008,
de 31 de Março, no que se refere aos futuros procedimentos de aquisição de contadores.
b) Determinar que todos os procedimentos de aquisição de contadores a promover pela EDP
Distribuição, bem como todos os fornecedores, devem obedecer ás certificações técnicas
regulamentarmente exigidas.
ANÁLISE TÉCNICA DAS CONCLUSÕES DA AUDITORIA AOS CONTADORES DA EDP DISTRIBUIÇÃO E
PROPOSTA DE DIRETIVA
36
c) Determinar a manutenção de um registo completo e atualizado de todas as informações e
documentos entregues pelos fornecedores, quer no decorrer dos concursos quer em todo o tempo
de verificação posterior.
3. No âmbito da leitura dos contadores:
a) Determinar a existência, nos manuais de boas práticas, do dever de informação relativo às
inconformidades das Notas de Leitura, bem como os procedimentos a seguir em caso de
inconformidade.
b) Determinar medidas relativas ao desempenho dos PSL’s que façam reduzir o número de Notas de
Leitura anuladas.
c) Determinar que os relógios dos contadores sejam verificados de forma sistemática no âmbito da
leitura dos contadores e a informação relativa às atuações de acerto efetuadas deve originar um
registo que a EDP Distribuição deverá manter por um período de três anos.
4. No âmbito das reclamações, dos procedimentos de verificação do funcionamento dos contadores,
designadamente dos seus relógios, assim como os procedimentos de reporte de anomalias, da sua
correção:
a) Determinar a existência de um procedimento de reclamações que inclua, obrigatoriamente, o
prazo de processamento de regularização.
b) Determinar a existência de um processo interno padronizado, para o processamento de
regularizações que clarifique as prioridades e os prazos indicativos de correção.
5. No âmbito da compensação aos consumidores:
a) Aprovar uma compensação financeira, a pagar pela EDP Distribuição, enquanto operador de rede
de distribuição, a todos os clientes de BTN com fornecimento em opção bi-horária e tri-horária,
não abrangidos pela aplicação da Diretiva n.º 10/2012, publicada em Diário da República, 2.ª
Série, de 5 de julho, nos valores indicados no Anexo à presente Diretiva e que dela faz parte
integrante.
b) A compensação financeira referida no número anterior é suportada, exclusivamente, pelo operador
de rede de distribuição e incluída, como crédito, na faturação ao comercializador do cliente,
devendo o comercializador, por sua vez, evidenciar o valor e a origem da compensação na
respetivas faturas aos seus clientes.
ANÁLISE TÉCNICA DAS CONCLUSÕES DA AUDITORIA AOS CONTADORES DA EDP DISTRIBUIÇÃO E
PROPOSTA DE DIRETIVA
37
c) A compensação deverá ser identificada nas faturas com a seguinte designação: «Compensação
incluída na fatura por determinação da ERSE aplicável aos clientes com contadores multi-tarifa
potencialmente afetados por anomalias de medição, nos termos da Diretiva n.° nn/2013.».
d) O pagamento das compensações devidas aos clientes deve ser efetuado na primeira fatura a
emitir após terem decorrido 30 dias sobre a data de publicação da presente Diretiva.
e) O pagamento das compensações aos clientes dos universos identificados na alínea a) deste
número 5º é efetuado de forma automática através de crédito na fatura de eletricidade, sem
necessidade de reclamação dos consumidores afetados.
f) Nas situações em que o pagamento de compensações a clientes de BTN com fornecimento em
opção bi-horária e tri-horária, não abrangidos pela aplicação da Diretiva n.º 10/2012, já tenha sido
realizado pelo operador da rede de distribuição, por aplicação de valores distintos dos que
integram o Anexo à presente Diretiva, deverá considerar-se o maior dos valores de entre o valor
apurado pelo operador da rede de distribuição e o valor constante do Anexo à presente Diretiva.
g) O valor das compensações pagas até à publicação da presente diretiva e referido na alínea
anterior, que não correspondendo às obrigações previtas na Diretiva nº 10/2012, de 5 de julho,
incluem-se no universo analisado pela auditoria, devendo ser identificado nas contas reguladas
da EDP Distribuição e certificado, de forma autónoma, pelo ROC que sobre elas é responsável.
h) Nas situações abrangidas pelas alíneas f) e g) e sempre que o maior dos dois valores
corresponder ao valor constante do Anexo à presente Diretiva, o operador da rede de distribuição
deverá compensar o cliente pelo respetivo diferencial.
i) A EDP Distribuição deverá enviar trimestralmente à ERSE um relatório quantificado sobre a
identificação das anomalias, a sua correção e a aplicação das compensações aos consumidores,
nomeadamente os pagamentos efetuados e o número de consumidores compensados, por cada
um dos escalões de potência contratada.
O Conselho de Administração da ERSE deliberou ainda:
1. Proceder à divulgação do Relatório da Auditoria realizada pela Ernst & Young, da Análise Técnica
das Direções de Tarifas e Preços e Mercados e Consumidores da ERSE, de todos os documentos
técnicos complementares que suportam a auditoria e a análise técnica referidas e a presente diretiva,
no site www.erse.pt.
2. Determinar à EDP Distribuição o cumprimento do n.º 6 do artigo 9.º do Regulamento de Relações
Comerciais.
ANÁLISE TÉCNICA DAS CONCLUSÕES DA AUDITORIA AOS CONTADORES DA EDP DISTRIBUIÇÃO E
PROPOSTA DE DIRETIVA
38
3. Determinar que as situações supervenientes à decisão de abertura do procedimento concursal
relativo à auditoria em referência, designadamente as que sejam remetidas pela EDP Distribuição,
sejam objeto de análise técnica e posterior deliberação por parte do Conselho de Administração da
ERSE.
4. Determinar que o valor das compensações previstas na presente diretiva seja obrigatoriamente
evidenciado nas contas reguladas da EDP Distribuição e certificado, de forma autónoma, pelo ROC
que sobre elas é responsável, de modo a não ser integrado nos proveitos permitidos a esta empresa.
5. Determinar que a EDP apresente, no final da concretização das compensações referidas na presente
diretiva um relatório de execução com procedimentos, os valores finais das compensações e os
universos abrangidos.
A presente diretiva entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.
ANEXO
COMPENSAÇÃO AOS CONSUMIDORES COM TARIFA BI-HORÁRIA E TRI-HORÁRIA AFETADOS POR ANOMALIAS DE CONTAGEM
A compensação financeira a atribuir a cada consumidor, em euros, por escalão de potência contratada e
por tipo de anomalia de medição é a seguinte:
Escalão de Potência
Contratada (kVA)
Compensação Financeira
(euros/cliente)
3,45 3,00
4,6 3,90
5,75 4,90
6,9 5,90
10,35 8,90
13,8 11,80
17,25 14,80
20,7 17,70
27,6 23,60
34,5 29,50
41,4 35,40
ANÁLISE TÉCNICA DAS CONCLUSÕES DA AUDITORIA AOS CONTADORES DA EDP DISTRIBUIÇÃO E
PROPOSTA DE DIRETIVA
39
Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos
20 de março de 2013
O Conselho de Administração
Prof. Doutor Vitor Santos
Doutor José Braz
Dr. Ascenso Simões
ANÁLISE TÉCNICA DAS CONCLUSÕES DA AUDITORIA AOS CONTADORES DA EDP DISTRIBUIÇÃO E
PROPOSTA DE DIRETIVA
41
ANEXOS
ANÁLISE TÉCNICA DAS CONCLUSÕES DA AUDITORIA AOS CONTADORES DA EDP DISTRIBUIÇÃO E
PROPOSTA DE DIRETIVA
I. RELATÓRIO DO AUDITOR
ANÁLISE TÉCNICA DAS CONCLUSÕES DA AUDITORIA AOS CONTADORES DA EDP DISTRIBUIÇÃO E
PROPOSTA DE DIRETIVA
II. CADERNO DE ENCARGOS E DOCUMENTOS DO CONCURSO
Consulta para apresentação de propostas para
“AUDITORIA AO UNIVERSO DE CONTADORES DE ELETRICIDADE DE TARIFA BI-HORÁRIA E TRI-HORÁRIA.”
Concurso “Auditoria a contadores – 2012”
CONDIÇÕES CONTRATUAIS
agosto de 2012
Consulta para apresentação de proposta para a realização de auditoria ao universo de contadores de tarifa bi-
horária e tri-horária
Caderno de Encargos – Condições Contratuais
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Índice 1 Enquadramento da Consulta e do Contrato 3
2 Requisitos da entidade para a realização da auditoria 5
3 Objetivos e âmbito da auditoria 6
4 Descrição dos trabalhos a realizar 8
4.1 Análise dos equipamentos de contagem 8
4.2 Análise dos procedimentos em vigor 8
4.3 Elaboração do relatório e recomendações 9
5 Conteúdo a incluir no relatório final e recomendações 10
6 Documentos do Contrato 12
7 Modificações ao Contrato 13
8 Partes no Contrato 14
9 Responsabilidade do ADJUDICATÁRIO 15
10 Execução do Contrato 16
10.1 Execução dos serviços. Serviços. Documentação técnica 16
10.2 Prazo de execução do Contrato 17
10.3 Programação dos trabalhos 17
10.3.1 Plano de atividades 17
10.3.2 Atrasos no Plano de Atividades 18
10.3.3 Controlo do Plano de Atividades 19
10.4 Pessoal e meios auxiliares do ADJUDICATÁRIO 20
10.4.1 Pessoal 20
10.4.2 Meios auxiliares do ADJUDICATÁRIO 20
11 Preços. Condições de pagamento. Penalidades 21
11.1 Disposições gerais 21
11.2 Condições de pagamento 21
11.3 Penalidades 22
12 Propriedade 23
13 Confidencialidade 24
14 Legislação. Extinção do Contrato. Contencioso 26
14.1 Lei do Contrato 26
14.2 Rescisão e resolução convencional do Contrato 26
14.3 Foro competente 26
15 Cessão de posição contratual 27
16 Anexos 28
Consulta para apresentação de proposta para a realização de auditoria ao universo de contadores de tarifa bi-
horária e tri-horária
Caderno de Encargos – Condições Contratuais
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1 ENQUADRAMENTO DA CONSULTA E DO CONTRATO
O presente capítulo pretende disponibilizar aos concorrentes informação pertinente para a elaboração de
propostas, relativas à realização de uma auditoria aos contadores de clientes em Baixa Tensão Normal
(BTN) com preços da eletricidade diferenciados por períodos tarifários, bem como para a prestação dos
serviços que vierem a ser contratados
A auditoria objecto da consulta surge na sequência da recente deteção, no Continente, de problemas
com os contadores de clientes com multi-tarifa. Estes problemas caracterizam-se essencialmente por
duas vertentes:
• Desajustamento dos períodos horários de contadores (híbridos) de tarifa bi-horária por anomalia
de software utilizado na sequência da operação de reparametrização iniciada em 2009;
• Desajustes num conjunto de contadores estáticos, provocados pela baixa precisão dos respetivos
relógios.
Tendo em vista a resolução destas situações quanto ao impacto nos consumidores, a Entidade
Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) elaborou e submeteu a parecer do Conselho Tarifário (CT)
uma proposta para a compensação global e automática dos consumidores afetados pelas anomalias de
contagem mencionadas. Para melhor caracterização das situações identificadas, o documento elaborado
pela ERSE é apresentado em anexo (Anexo I).
Em sequência, e em complemento ao referido, a ERSE decidiu promover a realização de auditorias ao
universo de contadores de clientes em BTN com preços da eletricidade diferenciados por períodos
tarifários1, quer no Continente quer nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira.
Estas auditorias de conformidade2 deverão proceder a uma análise das anomalias do parque de
contadores dos clientes referidos.
Serão também avaliados tanto os procedimentos de aquisição bem como os de verificação e leitura dos
referidos contadores, à luz dos regulamentos aplicáveis e de acordo com as boas práticas do setor3.
1 Contadores de clientes com potência contratada entre 3,45 kVA e 41,4 kVA, com preços diferenciados por períodos tarifários (diferenciação bi-horária, tri-horária). 2 Auditorias destinadas à avaliação comportamental e correção de procedimentos por ordem da ERSE, nos termos que esta determinar. 3 A ERSE estabeleceu no Regulamento de Relações Comerciais do Setor Elétrico que as atividades relativas à gestão e leitura dos equipamentos de medição são desenvolvidas pelos operadores das redes, relativamente aos equipamentos de medição das instalações ligadas às suas redes. O mesmo RRC estabelece que as regras e os procedimentos a observar na medição, leitura e disponibilização de dados devem integrar o Guia de Medição, Leitura e Disponibilização de Dados. O Guia de Medição aplicável no Continente foi publicado pela Diretiva ERSE n.º2/2012, de 6 de janeiro.
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Caderno de Encargos – Condições Contratuais
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Adicionalmente a auditoria deverá também avaliar as substituições verificadas desde o início do ano
corrente e as reclamações existentes nos serviços das empresas.
Finalmente, no caso do Continente, deverá ser avaliado o processo de atribuição de compensações aos
consumidores, associadas à identificação de anomalias de medição, determinadas pela Diretiva da
ERSE n.º 10/2012, de 5 de Julho (Anexo II).
Este conjunto de trabalhos permitirá estimar a dimensão das anomalias e contribuirá para a melhoria dos
atuais procedimentos envolvendo a utilização de contadores.
A presente auditoria será acompanhada pela ERSE em todas as suas fases.
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Caderno de Encargos – Condições Contratuais
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2 REQUISITOS DA ENTIDADE PARA A REALIZAÇÃO DA AUDITORIA
A entidade selecionada para a realização da auditoria deve preencher, no mínimo, os requisitos que a
seguir se identificam:
1. Ser independente da empresa auditada ou do grupo de empresas de que a entidade auditada faz
parte.
2. Ter competência e idoneidade reconhecida a nível nacional/internacional no que respeita à
realização de auditorias.
3. Ter experiência em trabalhos realizados sobre a temática da auditoria ou em áreas similares às da
auditoria a realizar.
4. Apresentar auditores cujos perfis profissionais constituam uma equipa de trabalho adequada ao tipo
de trabalho a ser realizado.
5. Não ter participado diretamente, ou colaborado, no desenho ou produção dos equipamentos de
medição nem na conceção ou implementação dos sistemas e procedimentos em avaliação no
presente trabalho.
6. Não ter realizado, demonstrado através de declaração sob compromisso de honra, nos últimos cinco
anos, direta ou indiretamente, qualquer auditoria no universo dos procedimentos de contagem, bem
como às tipologias de contadores motivo de reclamação.
Os concorrentes devem apresentar uma declaração em como não estão abrangidos pelos impedimentos
anteriormente referidos.
A entidade selecionada deve cumprir os requisitos estabelecidos no presente capítulo durante a
execução do contrato.
Consulta para apresentação de proposta para a realização de auditoria ao universo de contadores de tarifa bi-
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Caderno de Encargos – Condições Contratuais
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3 OBJETIVOS E ÂMBITO DA AUDITORIA
O âmbito da auditoria abrange o universo dos contadores dos clientes em BTN com preços de
eletricidade diferenciados por períodos tarifários.
A auditoria terá os seguintes objetivos:
• Efetuar uma análise, através de uma amostra representativa, do funcionamento dos equipamentos
de contagem que possam estar a afetar o universo constituído pelos consumidores em BTN com
preços da eletricidade diferenciados por períodos horários;
• Analisar os procedimentos de verificação por parte dos técnicos de leitura do correto
funcionamento dos contadores, designadamente dos seus relógios, quando visitados para leitura,
assim como os procedimentos de reporte de anomalias, da sua correção e do desencadear do
processo de pagamento de compensações, sempre que tal se justifique à luz da regulamentação
aplicável;
• Analisar os procedimentos adotados na aquisição dos contadores e os seus reflexos nas
anomalias de contagem, bem como propor recomendações visando a correção de procedimentos.
Na concretização dos objetivos acima identificados, deverá ser avaliado o grau de cumprimento da
regulamentação aplicável, designadamente o Regulamento de Relações Comerciais do Setor Elétrico
(RRC). É ainda aplicável o Guia de Medição Leitura e Disponibilização de Dados (GMLDD) e a Diretiva
nº 10/2012 aprovada pela ERSE.
Assim, a auditoria deverá contemplar, nomeadamente o seguinte:
• Inspeção local a uma amostra representativa do universo de contadores abrangidos para
verificação da sua parametrização, designadamente no que se refere aos períodos tarifários e
hora marcada (desajustes dos relógios);
• Identificação dos procedimentos seguidos pela EDP DISTRIBUIÇÃO, enquanto operador de redes de
distribuição, para deteção e correção das anomalias detetadas;
• Identificação dos procedimentos de aquisição e especificações de contadores;
• Verificação da adequação dos procedimentos anteriormente referidos no cumprimento do disposto
regulamentarmente;
• Avaliação do funcionamento e da robustez dos mecanismos de controlo e correção de erros e de
anomalias;
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Caderno de Encargos – Condições Contratuais
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• Avaliação da correção da informação registada nos sistemas da EDP DISTRIBUIÇÃO para o
universo de contadores com vista à correção dos problemas referidos; incluindo o registo das
substituições verificadas desde o início do ano corrente e das reclamações existentes nos serviços
das empresas.
• Identificação da necessidade de correção de procedimentos e de recomendações de melhoria.
• Avaliação do processo de atribuição de compensações aos consumidores, associadas à
identificação de anomalias de medição, determinadas pela Diretiva da ERSE n.º 10/2012, de 5 de
julho.
A auditoria deverá identificar amostras representativas de cada universo de contadores objeto de
auditoria. Esta representatividade deverá ser assegurada, em termos do tipo de equipamentos
instalados, da sua localização regional (NUTS II) e dos valores de potência contratada, atendendo à
caracterização dos universos constantes no Anexo III. Nas amostras escolhidas, deverá ser verificada a
parametrização dos contadores, designadamente no que se refere aos períodos tarifários e hora
marcada (desajuste dos relógios).
A auditoria dever-se-á suportar em informação e documentos disponibilizados pela EDP DISTRIBUIÇÃO. A
EDP DISTRIBUIÇÃO facilitará o acesso aos equipamentos e a recolha de informação nas instalações a
inspecionar, bem como cópias dos dados e informação existente que seja solicitada pelas equipas
auditoras.
As auditorias serão acompanhadas pela ERSE nas suas fases determinantes.
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Caderno de Encargos – Condições Contratuais
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4 DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS A REALIZAR
A auditoria compreenderá as seguintes fases:
1. Análise dos equipamentos de contagem e dos sistemas de registo de anomalias e reclamações
2. Análise dos procedimentos em vigor
3. Elaboração do relatório final e recomendações.
Seguidamente apresenta-se a descrição de cada uma das fases anteriormente identificadas.
4.1 ANÁLISE DOS EQUIPAMENTOS DE CONTAGEM E DOS SISTEMAS DE REGISTO DE ANOMALIAS E
RECLAMAÇÕES
Nesta fase será efetuada uma análise dos equipamentos de contagem incluídos na amostra selecionada,
devendo ser listados os problemas identificados que possam estar a afetar o funcionamento horário dos
mesmos.
Para este efeito deverá ser utilizada uma amostra tecnicamente justificada devendo ser indicado pelo
concorrente a metodologia considerada adequada de modo a permitir uma caracterização correta do
estado presente de funcionamento do universo dos contadores a auditar, descrito no Anexo III.
Serão analisados os registos das substituições de contadores, verificadas desde o início do ano corrente,
os sistemas de registo de anomalias de medição e das reclamações existentes nos serviços das
empresas.
4.2 ANÁLISE DOS PROCEDIMENTOS EM VIGOR
Nesta fase serão analisados e validados os procedimentos abaixo identificados, devendo ser elaboradas
recomendações nas situações que justifiquem a necessidade de correção. Em particular, deverão ser
analisados os seguintes procedimentos:
a) Processo de aquisição de contadores;
• Especificação técnica dos equipamentos de contagem
• Características do caderno de encargos
• Características do concurso
Consulta para apresentação de proposta para a realização de auditoria ao universo de contadores de tarifa bi-
horária e tri-horária
Caderno de Encargos – Condições Contratuais
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b) Leitura de contadores;
c) Verificação do correto funcionamento horário dos contadores;
d) Reporte de anomalias e respetiva resolução;
e) Identificação e pagamento de compensações à luz da regulamentação aplicável4.
4.3 ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO FINAL E RECOMENDAÇÕES
Nesta fase e com base em toda a informação anteriormente analisada, deverá ser elaborado um
Relatório final com a caracterização dos procedimentos em vigor e análise das situações de anomalias
de contagem identificadas na auditoria realizada. Este relatório deverá incluir as recomendações que se
revelem necessárias para assegurar o integral cumprimento da legislação e regulamentação aplicável.
Com base no relatório final e para efeitos de divulgação pública será elaborado um documento síntese,
com o seguinte conteúdo mínimo:
• Objetivos e âmbito da auditoria;
• Descrição dos trabalhos realizados;
• Conclusões e recomendações.
A elaboração do documento síntese deverá salvaguardar questões de confidencialidade da empresa
auditada e do auditor, respeitar integralmente a legislação de proteção de dados pessoais e assegurar a
confidencialidade de toda a informação comercialmente sensível.
4 Diretiva n.º 10/2012, da ERSE.
Auditoria – Contadores de eletricidade de tarifa bi‐horária e tri‐horária
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5 CONTEÚDO A INCLUIR NO RELATÓRIO FINAL E RECOMENDAÇÕES
Com a realização da auditoria pretende-se que seja elaborado um relatório final que deverá
conter a descrição dos objetivos e âmbito do trabalho realizado e nele deve constar o racional
que suporta as conclusões e recomendações produzidas, bem como qualquer reserva,
qualificação ou limitação de âmbito relativamente às matérias em análise.
Deste Relatório final e recomendações deverá constar uma análise sobre o grau de execução e
qualidade das medidas de resolução de anomalias de medição e compensação dos
consumidores de acordo com a determinação da Diretiva da ERSE n.º 10/2012, de 5 de julho.
Esta análise deverá incluir o relacionamento direto com os consumidores, no que diz respeito à
substituição dos contadores, pagamento da compensação e prestação de informação sobre o
processo.
O relatório deverá apresentar o seguinte conteúdo mínimo, considerando o âmbito e os objetivos
definidos para o trabalho, à luz da regulamentação aplicável e das boas práticas do setor:
• Descrição detalhada da metodologia utilizada na realização do trabalho, incluindo a
definição e caracterização da amostra, a metodologia de seleção dos contadores a visitar
e descrição das atividades realizadas pelos auditores nas visitas às instalações de
consumo;
• Análise das anomalias de contagem existentes;
• Análise dos registos das substituições de contadores, verificadas desde o início do ano
corrente;
• Análise das reclamações existentes nos serviços da EDP DISTRIBUIÇÃO;
• Análise e avaliação das metodologias e critérios utilizados pela EDP DISTRIBUIÇÃO para
identificação e resolução de não conformidades associadas a equipamentos de medição e
sistemas de registo de anomalias;
• Análise e avaliação dos procedimentos utilizados, designadamente durante as operações
de leitura, para verificação do correto funcionamento dos relógios dos contadores, bem
como recomendações de melhoria dos procedimentos;
• Análise e avaliação dos procedimentos de reporte de anomalias e da sua correção, em
particular através da análise dos registos de acertos de contadores realizados no primeiro
semestre de 2012 comparativamente com igual período de 2011;
• Análise e avaliação das metodologias e critérios utilizados para a aquisição de contadores
tendo em conta nomeadamente os reflexos nas anomalias de contagem;
• Análise e avaliação dos procedimentos de desencadeamento do processo de identificação
e pagamento de compensações nas situações de anomalias de contagem,
Auditoria – Contadores de eletricidade de tarifa bi‐horária e tri‐horária
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nomeadamente os decorrentes da aplicação da Diretiva da ERSE n.º 10/2012, de 5 de
julho;
• Identificação dos procedimentos auditados e dos respetivos sistemas e documentos de
suporte;
• Conclusões e Recomendações:
− Descrição de situações de incumprimento ou de oportunidades de melhoria face às
metodologias estabelecidas para a aquisição e verificação de contadores objeto de
auditoria, assim como na identificação e tratamento de anomalias naqueles
equipamentos de contagem. Caso aplicável, análise dos respetivos impactos sobre o
funcionamento dos relógios dos contadores;
− Racional de suporte às conclusões e análise numa ótica de custo/benefício das
recomendações produzidas.
Auditoria – Contadores de eletricidade de tarifa bi‐horária e tri‐horária
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6 DOCUMENTOS DO CONTRATO
O Contrato integra os seguintes documentos:
a) O Convite;
b) O Programa da Consulta;
c) As Condições Contratuais;
d) As alterações resultantes de erros ou omissões das Condições Contratuais identificados
pelos concorrentes e aceites de forma expressa pela ENTIDADE ADJUDICANTE;
e) Os esclarecimentos e retificações das peças da Consulta prestadas pela ENTIDADE
ADJUDICANTE durante o processo da Consulta;
f) A Proposta;
g) Os esclarecimentos à Proposta;
h) O clausulado contratual.
Em caso de divergência entre os vários documentos que integram o contrato, a prevalência
entre aqueles obedece à ordem por que vêm enunciados supra.
A prevalência dos anexos ao clausulado contratual sobre os restantes documentos que integram
o Contrato será estabelecida no próprio clausulado contratual.
Os aditamentos ao Contrato estabelecerão a sua ordem de prevalência relativamente aos
restantes documentos.
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7 MODIFICAÇÕES AO CONTRATO
A ENTIDADE ADJUDICANTE reserva-se o direito de introduzir alterações de pormenor ou exigir a
realização da prestação de serviços e estudos para os quais o ADJUDICATÁRIO esteja apto, desde
que relacionados com o objecto do Contrato.
O ADJUDICATÁRIO poderá propor modificações das condições do Contrato, devendo fazê-lo
sempre que o julgue técnica ou economicamente aconselhável. Tais modificações carecem de
aprovação prévia, específica e escrita da ENTIDADE ADJUDICANTE.
As modificações supra referidas serão objecto de Adendas ao Contrato, valendo como Adenda a
troca de cartas assinadas.
Auditoria – Contadores de eletricidade de tarifa bi‐horária e tri‐horária
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8 PARTES NO CONTRATO
As Partes no contrato são a ENTIDADE ADJUDICANTE e a empresa adjudicatária, neste texto
designada por ADJUDICATÁRIO.
As relações com o ADJUDICATÁRIO serão estabelecidas através do Conselho de Administração
da ENTIDADE ADJUDICANTE e dos representantes designados no Programa da Consulta.
Durante a execução do Contrato o acompanhamento dos trabalhos de desenvolvimento da
Auditoria será efectuado por uma “Comissão de Acompanhamento”, que integrará elementos da
ERSE e da ENTIDADE ADJUDICANTE.
O ADJUDICATÁRIO far-se-á representar em todas as reuniões para que seja convocado pela
ENTIDADE ADJUDICANTE com uma antecedência em regra não inferior a 8 (oito) dias. As reuniões
efectuar-se-ão no local indicado na convocatória, com a presença dos técnicos com
especialização adequada aos objetivos das reuniões.
Auditoria – Contadores de eletricidade de tarifa bi‐horária e tri‐horária
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9 RESPONSABILIDADE DO ADJUDICATÁRIO
O ADJUDICATÁRIO é o responsável único pela totalidade dos estudos e serviços realizados ao
abrigo do Contrato. Essa responsabilidade implica serem de sua conta todas as alterações e
substituições indispensáveis ao exacto cumprimento do Contrato, cabendo-lhe suportar as
consequências que no mesmo estejam previstas para as diversas situações de incumprimento.
A responsabilidade do ADJUDICATÁRIO de natureza civil contratual e extracontratual - por factos
ilícitos, por factos lícitos e pelo risco - ou de natureza criminal, seja perante a ENTIDADE
ADJUDICANTE, seja perante terceiros, será regulada pela lei geral.
O ADJUDICATÁRIO não poderá ceder a sua posição contratual, no todo ou em parte, a outra
entidade para a execução do contrato, sem prévio acordo escrito da ENTIDADE ADJUDICANTE.
O ADJUDICATÁRIO é exclusivamente responsável pela infração de quaisquer direitos de patente,
de projecto, de marcas, de nomes ou de outros direitos de autor, bem como de propriedade
industrial, respeitantes à prestação dos serviços e estudos por si fornecidos.
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10 EXECUÇÃO DO CONTRATO
10.1 EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS. SERVIÇOS. DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA
O ADJUDICATÁRIO reconhece ter recebido da ENTIDADE ADJUDICANTE todas as indicações de
carácter geral necessárias à execução do Contrato e à possibilidade do seu cumprimento nos
termos e condições estabelecidos.
O ADJUDICATÁRIO deve solicitar à ENTIDADE ADJUDICANTE, em tempo útil, todas as informações
complementares e de pormenor indispensáveis à boa execução da prestação de serviços.
Sempre que para a execução do Contrato tal se revele necessário, a ENTIDADE ADJUDICANTE
assegurará, mediante solicitação do ADJUDICATÁRIO, as competentes autorizações e condições
para permitir o acesso à informação e documentação detida pela própria e pelas entidades que
lhe prestam serviços, garantindo, ainda, o acesso às instalações, próprias e dos seus clientes,
nos termos definidos na legislação e na regulamentação aplicável.
O ADJUDICATÁRIO deve propor as modificações que julgue convenientes à boa execução do
Contrato. Esta mesma obrigação existe relativamente aos erros ou omissões que sejam
detetados nos documentos fornecidos pela ENTIDADE ADJUDICANTE durante a execução do
Contrato.
O ADJUDICATÁRIO compromete-se a prestar os serviços nas datas estipuladas na programação
acordada, para o que se dotará dos recursos necessários e suficientes.
O ADJUDICATÁRIO entregará, nas datas e condições indicadas no Programa de Consulta e na
Proposta, a documentação técnica necessária à completa definição dos trabalhos contratados,
entre outra, aquela que permitir à ENTIDADE ADJUDICANTE:
a) Implementar os procedimentos adequados ao controlo da programação;
b) Avaliar e controlar a atividade de eventuais subcontratados.
Todos os documentos entregues pelo ADJUDICATÁRIO, bem como quaisquer legendas e
anotações, deverão ser redigidos em português.
A ENTIDADE ADJUDICANTE transmitirá ao ADJUDICATÁRIO, nos prazos fixados nos Documentos do
Contrato, o seu acordo ou observações aos documentos entendendo-se que estes estão
aprovados se, no referido prazo, não tiverem merecido comentários da ENTIDADE ADJUDICANTE.
Os documentos aprovados não poderão ser modificados pelo ADJUDICATÁRIO sem autorização
escrita da ENTIDADE ADJUDICANTE.
Toda a documentação recebida como parte da prestação de serviços será considerada pela
ENTIDADE ADJUDICANTE como de sua propriedade.
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Toda a documentação enviada pela ENTIDADE ADJUDICANTE ao ADJUDICATÁRIO para execução do
Contrato permanece propriedade daquela, não podendo o ADJUDICATÁRIO divulgar, comunicar a
terceiros ou publicar as suas reproduções sem a prévia autorização escrita da ENTIDADE
ADJUDICANTE.
10.2 PRAZO DE EXECUÇÃO DO CONTRATO
O prazo máximo de execução do Contrato é de 11 semanas, a partir da data da aceitação da
adjudicação pelo Adjudicatário em conformidade com o número 18.1 do Programa da Consulta,
devendo cumprir os seguintes prazos máximos:
• início dos trabalhos: 2 semanas
• trabalhos de campo e relatório preliminar – 7 semanas
• Relatório Final – 2 semanas
A Auditoria só se considerará completa com a conclusão de todas as componentes indicadas
nas presentes Condições Contratuais, incluindo a aceitação do Relatório Final.
A partir da data de receção do Relatório Final, e uma vez verificada a conformidade entre o
respectivo conteúdo e os termos das Condições Contratuais, a aceitação definitiva do referido
Relatório deverá ser efectuada no prazo de 5 (cinco) dias úteis.
A ENTIDADE ADJUDICANTE dispõe de 3 (três) dias úteis para informar o ADJUDICATÁRIO da sua
decisão final.
10.3 PROGRAMAÇÃO DOS TRABALHOS
10.3.1 PLANO DE ATIVIDADES
O Plano de Atividades, que deverá ser aprovado pela ENTIDADE ADJUDICANTE, indicará as datas
limite para a execução dos trabalhos.
O Plano de Atividades não poderá ser alterado sem a concordância expressa da ENTIDADE
ADJUDICANTE.
Sempre que a ENTIDADE ADJUDICANTE proponha uma alteração do Plano de Atividades, o
ADJUDICATÁRIO compromete-se a fazer tudo o que puder para dar satisfação a tal pedido, quer
se trate de um avanço quer de um atraso.
A duração das diversas atividades e as datas do respetivo início e fim deverão ser
rigorosamente respeitadas pelo ADJUDICATÁRIO, devendo este, para isso, equipar-se com os
Auditoria – Contadores de eletricidade de tarifa bi‐horária e tri‐horária
18/28
meios humanos e materiais que permitam levar a bom termo a execução dessas atividades, em
conformidade com o constante da Proposta oportunamente apresentada.
10.3.2 ATRASOS NO PLANO DE ATIVIDADES
Se, relativamente ao Plano de Atividades aprovado, os trabalhos decorrerem com atrasos não
imputáveis à ENTIDADE ADJUDICANTE, serão aplicadas ao ADJUDICATÁRIO as penalidades prevista
no 11.3.
Todavia, serão considerados justificados, não envolvendo aplicação de penalidades, os atrasos
resultantes dos seguintes casos de força maior, devidamente comprovados, quando afetem a
execução dos serviços:
a) Estados de guerra, mobilização ou alteração grave da ordem pública;
b) Greve de âmbito setorial ou nacional;
c) Terramoto, inundação, incêndio, naufrágio, descarrilamento, epidemia, ciclone, raio ou
outra catástrofe.
O ADJUDICATÁRIO deverá notificar a ENTIDADE ADJUDICANTE, no prazo de 10 (dez) dias a contar
da sua ocorrência e por carta registada, da ocorrência de qualquer caso referido no número
anterior, indicando, se possível, a duração do acontecimento e os seus efeitos na execução do
Contrato, juntando certificado das entidades competentes a atestar a realidade e exatidão dos
factos alegados e oferecendo prova de, em devido tempo, ter esgotado todos os meios para
reduzir ao mínimo o atraso dos trabalhos.
Se a duração desse acontecimento exceder o citado prazo de 10 (dez) dias ou não puderem ser
logo determinadas totalmente as suas consequências na execução do contrato, o ADJUDICATÁRIO
deverá adotar procedimento em tudo idêntico ao acima indicado, mas apenas dando conta dos
efeitos cuja avaliação no momento lhe for possível fazer.
Se os certificados para atestação dos factos alegados ou a avaliação dos seus efeitos não
puderem ser apresentados dentro do prazo previsto por razões não imputáveis ao
ADJUDICATÁRIO, sê-lo-ão logo que possível, mediante justificação do atraso.
Se o ADJUDICATÁRIO não respeitar as condições acima indicadas, entende-se que assume
irrevogavelmente os riscos e as consequências do atraso.
Sempre que circunstâncias fora do controlo do ADJUDICATÁRIO tornem o Plano de Atividades
inexequível, a ENTIDADE ADJUDICANTE fixará um novo plano devidamente adaptado à situação
real e apoiado em acções que garantam a recuperação dos atrasos havidos, de maneira a
serem respeitados todos os prazos contratuais. O estabelecimento deste novo plano em nada
diminui quaisquer obrigações ou responsabilidades do ADJUDICATÁRIO nos termos do Contrato,
em particular no que se refere às sanções previstas no presente documento que no caso tenham
lugar.
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Para todos os efeitos, serão considerados atrasos os períodos que decorrem entre as datas
estabelecidas no Plano de Atividades e as da execução efectiva.
10.3.3 CONTROLO DO PLANO DE ATIVIDADES
O ADJUDICATÁRIO deverá dispor de meios de controlo do Plano de Atividades eficientes e
adequados à importância da prestação de serviços e estudos, que assegurem um perfeito
conhecimento do estado de progressão e permitam intervir atempadamente no sentido de evitar
atrasos.
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10.4 PESSOAL E MEIOS AUXILIARES DO ADJUDICATÁRIO
10.4.1 PESSOAL
É da responsabilidade do ADJUDICATÁRIO a selecção e o recrutamento de todo o pessoal
especializado, não especializado e auxiliar para a prestação dos serviços e estudos objecto do
Contrato, assim como todos os encargos e despesas com esse pessoal, nomeadamente, de
viagem, alojamento, alimentação e deslocações diárias.
O recrutamento pelo ADJUDICATÁRIO do pessoal de qualquer categoria deverá obedecer à
legislação portuguesa em vigor.
Se o ADJUDICATÁRIO empregar pessoal estrangeiro será de sua responsabilidade a obtenção das
condições necessárias para esse pessoal trabalhar em Portugal.
O horário de trabalho a ser seguido pelo pessoal do ADJUDICATÁRIO deve ser o reconhecido pela
legislação portuguesa em vigor.
Serão considerados dias feriado apenas aqueles que a legislação portuguesa determine.
Durante o período da prestação de serviços, o ADJUDICATÁRIO deve comprovar:
a) Terem sido efetuados os seguros obrigatórios por lei contra acidentes de trabalho,
relativamente a todo o seu pessoal e ao dos subcontratados;
b) Encontrar-se atualizado o pagamento dos respectivos prémios de seguro;
c) Estar em dia com as contribuições para a Segurança Social.
Sempre que a natureza dos trabalhos o justifique a ENTIDADE ADJUDICANTE poderá exigir a
cobertura, por seguro, de outros riscos.
O ADJUDICATÁRIO fica obrigado ao cumprimento das disposições legais e regulamentares em
vigor sobre medicina, higiene e segurança no trabalho, abrangendo todo o pessoal afeto à
prestação de serviços objecto do contrato, quer por si próprio, quer pelos subcontratados e seus
tarefeiros.
10.4.2 MEIOS AUXILIARES DO ADJUDICATÁRIO
São de conta e responsabilidade do ADJUDICATÁRIO todos os meios de ação, serviços e
equipamentos necessários para a realização da prestação de serviços objeto do Contrato.
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11 PREÇOS. CONDIÇÕES DE PAGAMENTO. PENALIDADES
11.1 DISPOSIÇÕES GERAIS
Os preços dos serviços objecto do Contrato são expressos em euros e cobrirão o fornecimento
de todos os serviços necessários à completa e perfeita satisfação de todas as condições
contratuais.
O conjunto dos preços discriminados e incluídos no Mapa de Preços formarão o preço
contratual.
O pagamento das prestações contratuais será unicamente efectuado mediante a apresentação
de facturas ou documentos equivalentes, em triplicado, os quais, qualquer que seja a sua
designação, revestirão a característica de documentos definitivos de débito, contendo a
liquidação do IVA correspondente e conferindo, desde logo, o direito à sua dedução.
Serão recusados os documentos que contenham qualquer menção no sentido de retirar à
ENTIDADE ADJUDICANTE o direito à dedução do IVA neles contido.
A ENTIDADE ADJUDICANTE efectuará os pagamentos mediante a recepção das respectivas
facturas, em condições de poderem ser aceites.
11.2 CONDIÇÕES DE PAGAMENTO
O pagamento dos serviços do Contrato será sempre indexado a datas chave relevantes,
obedecendo ao escalonamento seguinte:
a) Na data da adjudicação será pago 20% (vinte por cento) do preço contratual.
b) A segunda prestação, a pagar após a apresentação do Relatório Preliminar, será de 30%
(trinta por cento) do preço contratual.
c) A prestação final, a entregar na data de aceitação definitiva pela ENTIDADE ADJUDICANTE do
Relatório Final da Auditoria, será de 50% (cinquenta por cento) do preço contratual.
Para efeitos da alínea c) do parágrafo anterior, a ENTIDADE ADJUDICANTE deverá pronunciar-se
formalmente sobre a conformidade do Relatório Final com a Proposta e a Adjudicação.
O prazo de pagamento será de 60 (sessenta) dias após apresentação da factura, quando esta
se encontre em condições de ser aceite.
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11.3 PENALIDADES
O ADJUDICATÁRIO é obrigado a suportar penalidades pelo incumprimento do fornecimento em
qualquer das datas chave definidas no programa contratual e sujeitas a penalidades, salvo em
caso de atraso contratualmente justificável.
A ENTIDADE ADJUDICANTE notificará o ADJUDICATÁRIO por carta registada, com aviso de receção,
da aplicação de penalidades.
Ao ADJUDICATÁRIO serão aplicadas as penalidades abaixo especificadas, decorrentes do
incumprimento dos prazos definidos para a execução da Auditoria.
a) Pelo primeiro período de 15 (quinze) dias úteis, uma penalização de 1 250 €, por cada dia
útil de atraso;
b) Pelo período a partir do 16.º dia útil até ao 30.º dia útil, uma penalização de 2 500 €, por
cada dia útil de atraso.
A ENTIDADE ADJUDICANTE reserva-se o direito de deduzir o montante da penalidade ou
penalidades aos valores devidos pela última prestação contratual.
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12. PROPRIEDADE
Uma vez terminada e aceite formalmente a Auditoria, a ENTIDADE ADJUDICANTE será a detentora
da propriedade intelectual do(s) produto(s), designadamente dos relatórios, resultante(s) da
mesma.
Em caso algum, o ADJUDICATÁRIO poderá usar os produtos provenientes da Auditoria para outros
projectos relativos a entidades externas à ENTIDADE ADJUDICANTE, estejam ou não num sector de
actividade similar ou concorrencial com esta empresa, sem que, para tal, obtenha autorização
prévia, inequívoca e escrita da ENTIDADE ADJUDICANTE.
A ENTIDADE ADJUDICANTE é livre de utilizar o produto resultante da Auditoria para outros fins que
não os expressos no âmbito das presentes Condições Contratuais, sem que, para tal, tenha que
solicitar autorização ao ADJUDICATÁRIO.
A utilização de referências à Auditoria poderá ser efectuada pelo ADJUDICATÁRIO, desde que
salvaguarde a confidencialidade da informação técnica e comercial nos termos da relação
contratual estabelecida.
O ADJUDICATÁRIO será responsabilizado por qualquer dano ou perda resultante do
incumprimento das condições previstas nos documentos contratuais, incluindo o uso indevido da
informação obtida por algum dos seus empregados, agentes ou outros colaboradores.
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13 CONFIDENCIALIDADE
O ADJUDICATÁRIO compromete-se a respeitar integralmente a Lei n.º 67/98, de 26 de outubro
(transpõe para a ordem jurídica portuguesa a Directiva n.º 95/46/CE, do Parlamento Europeu e
do Conselho, de 24 de outubro de 1995, relativa à proteção das pessoas singulares no que diz
respeito ao tratamento dos dados pessoais e à livre circulação desses dados), não comunicando
ou cedendo a terceiros, seja a que título for, os dados pessoais a que tenha acesso no âmbito
da execução do Contrato.
O ADJUDICATÁRIO manterá igualmente sigilo sobre toda a Informação a que tiver acesso, no
decurso da execução do Contrato.
Para os efeitos do número anterior, a Informação abrange, a título exemplificativo, a informação
qualificada como comercialmente sensível, todos os factos, atos, documentos de diversa
natureza, documentação técnica, procedimentos técnicos e administrativos, relativos à
organização e funcionamento da ENTIDADE ADJUDICANTE, aos clientes, comercializadores,
utilizadores da rede de distribuição, aos demais intervenientes no Sistema Eléctrico Nacional, às
entidades institucionais, bem como demais fornecedores, prestadores de serviços e
empreiteiros, etc.
Para os efeitos deste número são irrelevantes a forma e as circunstâncias em que a Informação
é obtida, e os efeitos a que se destina, sendo suficiente que a mesma se relacione, de forma
direta, indireta ou instrumental, com a execução do Contrato.
A obrigação de sigilo referida nos números anteriores manter-se-á após a cessação do Contrato.
A informação contida nas presentes Condições Contratuais e nos documentos da Consulta
correspondentes é, igualmente, estritamente confidencial e constitui propriedade da ENTIDADE
ADJUDICANTE, para todos e quaisquer efeitos legais, pelo que os elementos nela contidos, e bem
assim os da Proposta, não podem ser fornecidos nem divulgados a terceiros (para além
daqueles que forneçam bens e/ou serviços relacionados com o trabalho a realizar) sem uma
autorização prévia, escrita e explícita, de um representante da ENTIDADE ADJUDICANTE,
mandatado para o efeito.
O ADJUDICATÁRIO obriga-se a respeitar o estabelecido no parágrafo anterior durante os 3 (três)
anos subsequentes à data em que a execução do Contrato for concluída.
O ADJUDICATÁRIO tomará providências, designadamente inserindo as necessárias cláusulas em
contratos de trabalho e de prestação de serviços, a fim de garantir que os seus trabalhadores,
prestadores de serviços, e colaboradores em geral cumprem o dever de sigilo e de respeito por
dados pessoais e outra informação sigilosa da ENTIDADE ADJUDICANTE, conforme enunciado
supra, com exactamente a mesma extensão e âmbito, assim como o disposto em toda a
legislação aplicável ao Contrato, com particular destaque para as normas que vinculam a
ENTIDADE ADJUDICANTE, enquanto operador de redes de distribuição.
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Exceptua-se da obrigação de sigilo constante deste número a obediência a ordens legítimas,
emitidas por autoridade competente, caso em que será dado prévio conhecimento à ENTIDADE
ADJUDICANTE da necessidade de revelar informação confidencial, conforme se encontra
caracterizada na presente cláusula
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14 LEGISLAÇÃO. EXTINÇÃO DO CONTRATO. CONTENCIOSO
14.1 LEI DO CONTRATO
A lei portuguesa regulará o Contrato.
O ADJUDICATÁRIO obriga-se a respeitar as disposições prescritas na legislação portuguesa
aplicáveis à execução do Contrato e a suportar as consequências do seu não cumprimento quer
por si quer pelos subcontratados.
Se durante a execução do Contrato, por motivos não imputáveis a cada qualquer das Partes, as
condições contratuais existentes à data do início do mesmo sofrerem modificações substanciais
que agravem as respetivas obrigações, por forma manifestamente exagerada e cujos efeitos não
estejam diretamente contemplados no contrato, as Partes tentarão, caso a caso, acordar as
adaptações necessárias à reposição do justo equilíbrio das prestações.
14.2 RESCISÃO E RESOLUÇÃO CONVENCIONAL DO CONTRATO
A ENTIDADE ADJUDICANTE reserva-se o direito de rescindir o Contrato sempre que verifique falta
ou omissão grave na execução do mesmo, designadamente atrasos imputáveis ao
ADJUDICATÁRIO, nomeadamente se passados 30 dias sobre o prazo definido no programa de
trabalhos para a conclusão da Auditoria, a ENTIDADE ADJUDICANTE verificar que não existem
condições para se efetuar a sua aceitação, devendo o ADJUDICATÁRIO devolver os montantes
eventualmente recebidos, no prazo de 5 (cinco) dias úteis após a notificação prevista no
parágrafo seguinte.
A rescisão do Contrato será comunicada ao ADJUDICATÁRIO por carta registada com aviso de
recepção e produzirá efeitos a partir dessa mesma data, determinando a suspensão dos
pagamentos até ao apuramento definitivo dos saldos credores e devedores nos termos da lei.
A ENTIDADE ADJUDICANTE e o ADJUDICATÁRIO podem, por acordo e em qualquer momento,
resolver o Contrato e fixar os respectivos efeitos.
14.3 FORO COMPETENTE
Todas as questões que se suscitarem relativamente ao presente Contrato, designadamente de
interpretação, validade ou execução do mesmo, serão da competência dos tribunais comuns
competentes em Lisboa.
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15 CESSÃO DE POSIÇÃO CONTRATUAL
O ADJUDICATÁRIO não pode ceder a sua posição contratual no todo ou em parte, ou associar-se
a qualquer entidade, seja sob que forma for, para a execução do Contrato, sem o acordo prévio
da ENTIDADE ADJUDICANTE, sob pena de aplicação de penalidade, no montante de 10% do valor
dos trabalhos já efetuados no âmbito do Contrato e, cumulativamente, da rescisão deste.
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16 ANEXOS
ANEXO I - Proposta submetida a parecer do conselho tarifário relativa à aprovação de
compensação aos consumidores com tarifa bi-horária afetados por anomalias de
contagem
ANEXO II - Diretiva nº 10/2012 de 05 de julho
Anexo III - Caracterização do universo de contadores no âmbito da auditoria
ANEXO I
Proposta submetida a parecer do conselho tarifário relativa à aprovação de compensação aos
consumidores com tarifa bi-horária afetados por anomalias de contagem
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