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O que há a fazer na enorme tempestade que se avizinha? Sinto-me atordoado, impotente
quanto ao que se segue. Um sentimento de calma e de ansiedade contraditória faz-me chorar.
Choro que teve estreia na vinda ao mundo pós processo ontogenético. As melodias acalmam e
assustam. Está lá algo que não consigo explicar por palavras escritas. Tento procurar como
verbalizar e não consigo. A figura do homem idealizado tornou-se mais ideal para mim.
Conversa que me aconchegou mas que não encontro solução para o problema exposto em
antemão. A resolução é seguir. A solução é olhar para trás. Como nos devemos colocar no
mundo? Porque devem colocar alguém no mundo? Porque devem deslocá-lo? As exigências de
onde emerge tudo vem uma força inerte. Os corpos parecem naturalmente acompanhar o
movimento, mas quando se tenta modificá-lo, de trajetória, ou de travá-lo, esses continuam.
A camada fumegante que torna irrespirável a mínima aproximação com o ar leva à tortura
sacrificial e ao isolamento de quem pensa com individualidade de que lhe é própria, esta
contra a individualização que permeia todos os indivíduos e os transformam em colectivos
pseudo-individualizados. Não é possível fugir porque ela é a única realidade que sendo racional
é por única e exclusivamente verdadeira. Todas as ideias tendem a desaparecer. Todas as
ideias tendem a transformar-se. Pois bem, na arqueologia da mente infinita causal e dispersa
dos seus conteúdos mais pragmáticos, alberga a resposta contrária ao fluxo fragmentário que
impõe uma abstração existencial necessária para valorizar a moral moralizada sem ética,
dando uma oportunidade de uma outra forma de pensar não discriminada pelos vigentes
olhares inertes.
Spatializing States: toward an ethnography of neoliberal governmentality – James Ferguson
Diz o autor que as percepções de verticalidade entre a sociedade e o estado formam-se nas
práticas burocráticas rotineiras do dia a dia. O conceito de governamentalidade transnacional
tem posto em causa a verticalidade de poder entre estado e local através do que o autor
refere como “grassroots politics”.
“Estado” como entidades que são conceptualizadas e representadas culturalmente (construído
através de mecanismos de simbólicos e imaginativos (Anderson, 1991). Este autor quer dar
enfase a uma percepção que tem sido escamoteada que é a da espacialização.
Questões que quer abordar neste artigo: “How is it that people come to experience the state
as an entity with certain spatial characteristics and properties? Through what images,
metaphors, and representational practices does the state come to be understood as a
concrete, overarching, spatially encompassing reality?”
Estado apresenta~se como entidades reificadas com determinadas características espaciais –
introduz noção de “vertical encompassment”. A legitimação do Estado e a naturalização do seu
poder faz-se através de práticas burocráticas quotidianas. A politica transnacional económica
no entanto poe a autoridade vertical do Estado em causa. Através da análise da relação entre
os Estados africanos e a rede emergente de organizações internacionais percebe-se a confusão
que cria na compreensão da espacialização do estado. O estudo dessas mudanças é útil para
novo conhecimento da antropologia do estado e esclarecer aspectos das políticas
contemporâneas da globalização.
Para Hegel o Estado é objectificado sendo que este autor trata d
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