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Aula 06
Questes Comentadas de Direito Tributrio p/ AFRFB 2014Professor: Alexandre JK
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AULA 06
SUMRIO PGINA
1. Questes da aula - sem comentrios 01
2. Gabarito 18
3. Questes da aula comentadas 19
Ol pessoal!
Estamos iniciando a nossa stima aula do nosso curso. Hoje
trataremos de assuntos que possuem longos detalhamentos no CTN. Vocs
vo ver que eu consegui dar uma mesma lgica para trs institutos
diferentes, o que vai ajudar muito na hora da memorizao. Ao fim, temos
um assunto espinhoso, mas obvio, devidamente esquematizado para
vocs. Vamos pessoal! Falta pouco! Fora na peruca! Rsss!
MEU GRUPO DE ESTUDOS:
https://www.facebook.com/groups/457328964398344/
QUESTES DA AULA SEM COMENTRIOS
Q.01 - (ESAF ACE 2012) Assinale a opo que, a teor do disposto no Cdigo Tributrio Nacional, no
constitui hiptese de suspenso da exigibilidade do crdito tributrio.
a) Recurso interposto ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais.
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b) Adeso, por parte do contribuinte, a parcelamento.
c) Depsito de montante integral para garantia do juzo.
d) Consignao em pagamento.
e) Concesso de antecipao de tutela em ao judicial.
Q.02 - (ESAF ISS-RJ 2010) a) o depsito de seu montante integral e a concesso de medida liminar
em mandado de segurana, exclusivamente.
b) o depsito de seu montante integral, a compensao e a concesso de
liminar em mandado de segurana.
c) a interposio de reclamaes ou recursos administrativos, a prescrio,
a decadncia e concesso de liminar em mandado de segurana.
d) o depsito de seu montante integral, o parcelamento, a concesso de
liminar em mandado de segurana ou de tutela antecipada em outras
espcies de ao judicial.
e) a compensao, a transao, a concesso de medida liminar em
mandado de segurana e a remisso.
Q.03 - (ESAF ISS-RJ 2010) O mandado de segurana tem ampla utilizao em matria tributria,
sendo utilizado sempre que o contribuinte se sente ameaado por uma
imposio tributria que repute indevida. Sobre o mandado de segurana
em matria tributria, assinale a opo correta.
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a) A sentena que nega a segurana de carter declaratrio negativo,
cujos efeitos no retroagem data da impetrao. Assim, a cassao da
liminar no permite a cobrana dos acrscimos moratrios, mas somente
do montante principal do dbito tributrio.
b) A concesso de medida liminar em mandado de segurana impede o
Fisco de realizar atos tendentes sua cobrana, tais como inscrev-lo em
dvida ativa, ajuizar execuo fiscal e promover o seu lanamento.
c) Os substitudos tributrios tm legitimidade para pleitear, em mandado
de segurana preventivo, o afastamento das regras reputadas ilegais de
exigncia de tributos ou contribuies, mas para que possam pleitear o
ressarcimento por recolhimentos indevidos, mediante restituio ou
compensao tributria, devem provar que suportaram o encargo
tributrio, ou seja, de que no repassaram o encargo para os consumidores
finais.
d) O mandado de segurana no constitui ao adequada para a declarao
do direito compensao tributria.
e) A liminar em mandado de segurana tem eficcia pelo prazo de noventa
dias, prorrogvel por mais trinta dias.
Q.04 - (ESAF - ACF/SEFAZ CE/2007)
Sobre a moratria, hiptese de suspenso da exigibilidade do crdito
tributrio, podemos dizer que
a) pode ser concedida por despacho da autoridade administrativa, desde
que em condies especficas.
b) pode ser concedida por despacho da autoridade administrativa, em
quaisquer casos, incondicionalmente.
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c) no pode ser concedida em carter individual.
d) no pode, em nenhuma hiptese, ser concedida pela Unio em relao
a tributos de competncia estadual.
e) a lei que a prever no poder restringi-la a determinada regio do
territrio do ente tributante.
Q.05 (FCC - AFR SP/SEFAZ SP/Gesto Tributria/2013) A empresa Argonautas Unidos S.A. obteve a concesso de medida liminar
em mandado de segurana preventivo que impetrara contra a Fazenda
Pblica Estadual a fim de no pagar determinado tributo por entender
indevido. Em razo desta concesso, a empresa realizou operao
mercantil sem o devido destaque do imposto, deixando tambm de cumprir
as obrigaes acessrias relacionadas. O Fisco, por sua vez, a fim de
prevenir a decadncia do direito de lanar, lavrou auto de infrao contra
o contribuinte. Passados 121 dias, o mandado de segurana foi julgado no
mrito desfavoravelmente ao contribuinte, tendo transitado em julgado.
Surpreendido com a deciso, o contribuinte foi at a repartio fiscal e
entregou documentos relativos a apartamento de sua propriedade,
alegando que poderia pagar o tributo mediante dao em pagamento de
bem imvel. Em face da situao hipottica apresentada e do ordenamento
jurdico vigente,
a) a medida liminar em mandado de segurana e a remisso praeter
tempus, espcies de suspenso do crdito tributrio, ficam sem efeito
quando denegado o mandado de segurana pela sentena, retroagindo os
efeitos da deciso contrria.
b) justifica-se o no cumprimento pela empresa das obrigaes acessrias
relacionadas com o tributo cujo pagamento foi obstado pela ordem judicial
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obtida pela empresa, pois nesta situao h dispensa legal do cumprimento
das obrigaes acessrias.
c) o pagamento de tributos mediante dao em pagamento de bem imvel
uma das formas previstas de excluso do crdito tributrio, devendo o
contribuinte cumprir a forma e as condies estabelecidas em lei.
d) a suspenso da exigibilidade do crdito tributrio na via judicial impede
o Fisco de praticar qualquer ato contra o contribuinte visando cobrana
de seu crdito, tais como inscrio em dvida, execuo e penhora, mas
no impossibilita a Fazenda de proceder a regular constituio do crdito
tributrio para prevenir a decadncia do direito de lanar.
e) caso fosse previsto em lei ordinria, o contribuinte poderia fazer a
compensao do tributo devido com o bem imvel, exercendo seu direito
subjetivo ao uso de uma das espcies de extino do crdito tributrio.
Q.06 (CESPE - DPE TO/2013) Acerca da suspenso do crdito tributrio, assinale a opo correta.
a) A moratria geral concedida pela Unio nunca alcanar os tributos de
competncia dos estados, do DF nem dos municpios, pois sempre se limita
aos tributos de competncia federal.
b) A suspenso da exigibilidade do crdito tributrio tambm suspende as
demais obrigaes vinculadas ao tributo, dispensando-se o cumprimento
das obrigaes acessrias dependentes da obrigao principal dela
consequentes.
c) De acordo com entendimento do STJ, o seguro garantia judicial, assim
como a fiana bancria, no equiparvel ao depsito em dinheiro para
fins de suspenso da exigibilidade do crdito tributrio.
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d) A converso do depsito em renda modalidade de suspenso do crdito
tributrio.
e) A moratria individual no se inclui no mbito da reserva legal, pois,
tendo natureza de ato administrativo que independe de lei, concedida por
portaria da autoridade fiscal competente.
Q.07 - (ESAF ANALISTA DA RFB 2009) De acordo com o disposto no artigo 175 do Cdigo Tributrio Nacional,
excluem o crdito tributrio a iseno e a anistia. Sobre estas, comparadas
a outros benefcios dos quais resultam renncia de receita, podemos
afirmar, exceto, que:
a) a iseno exclui o crdito tributrio, ou seja, surge a obrigao mas o
respectivo crdito no ser exigvel; logo, o cumprimento da obrigao
principal, bem como das obrigaes acessrias dela decorrentes, fica
dispensado.
b) ainda no caso da alquota zero, no caso do IPI Imposto sobre Produtos Industrializados, permite-se ao Poder Executivo restabelecer as alquotas a
qualquer tempo, sem a necessidade de edio de lei para tal finalidade.
c) o efeito econmico da iseno assemelha-se ao do benefcio fiscal da
alquota zero, sendo esta uma soluo encontrada pelas autoridades
fazendrias no sentido de excluir o nus da tributao sobre certos
produtos, temporariamente, sem o isentar.
d) caso o tributo tenha sido institudo por lei complementar, a concesso
de sua iseno tem de ser feita por meio de diploma legislativo de mesmo
nvel, ou seja, tambm por lei complementar.
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e) a anistia fiscal capitulada como a excluso do crdito (gerado pela
infrao) e no como extino (caso de remisso), pois se trata de crditos
que aparecem depois do fato violador, abrangendo apenas infraes
cometidas anteriormente vigncia da lei que a concede.
Q.08 - (ESAF ANALISTA DA RFB 2012) Analise os itens a seguir e assinale a opo correta.
I. A iseno, desde que concedida por prazo certo, e independentemente
de ser condicionada a contrapartidas por parte do contribuinte, no poder
ser revogada por lei.
II. A anistia s abrange as infraes cometidas a partir da sua vigncia,
devido ao princpio da irretroatividade das leis.
III. A anistia dos crimes, concedida em lei penal, no estende seus efeitos
matria tributria.
a) Somente o item I est correto.
b) Somente o item II est correto.
c) Somente o item III est correto.
d) Esto corretos os itens I e III.
e) Esto corretos os itens II e III.
Q.09 (ESAF - AFRFB/SRFB/2009) Sobre a excluso do crdito tributrio, assinale a opo correta.
a) Nas modalidades de excluso do crdito tributrio, verifica-se a
ocorrncia do fato gerador, a declarao da obrigao tributria e a
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constituio do crdito tributrio, porm, no subsiste a obrigao de
pagamento.
b) A iseno causa de no-incidncia tributria.
c) A Unio, mediante lei complementar e atendendo a relevante interesse
social ou econmico nacional, poder conceder isenes de impostos
estaduais e municipais.
d) Segundo orientao do Supremo Tribunal Federal, a revogao de
iseno no se sujeita ao princpio da anterioridade, fazendo com que o
tributo volte a ser imediatamente exigvel.
e) As isenes tributrias concedidas, sob condio onerosa, podem ser
suprimidas por convenincia da Administrao.
Q.10 - (ESAF - AFTE/SET RN/2005)
Avalie as indagaes abaixo e em seguida assinale a resposta correta.
permitido conceder anistia que abranja atos praticados com simulao
por terceiro em benefcio do sujeito passivo?
permitido que lei tributria concessiva de anistia condicione o benefcio
fiscal ao pagamento de tributo?
Admite-se a revogao por lei, a qualquer tempo, de iseno concedida por
prazo certo e em funo de determinadas condies?
permitido que a iseno e a anistia sejam concedidas restritamente a
determinada regio do territrio do ente tributante, em funo de condies
a ela peculiares?
a) Sim, no, sim, sim
b) Sim, sim, no, sim
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c) Sim, sim, no, no
d) No, no, no, sim
e) No, sim, no, sim
Q.11 (FCC - AFR SP/SEFAZ SP/Gesto Tributria/2013) Por meio de lei ordinria, o Estado do Rio Grande do Norte instituiu iseno
do ICMS exclusivamente para operaes com determinadas mercadorias a
fim de incentivar o desenvolvimento econmico e social de determinada
UHJLmRDTXDOSRVVXtDRPHQRUQGLFHGH'HVHQYROYLPHQWR+XPDQR,'+estadual. Conforme previsto na Lei, este benefcio seria concedido apenas
aos estabelecimentos que estivessem localizados na referida regio e que
previamente apresentassem requerimento. A empresa Anaximandro
Indstria e Comrcio Ltda. requereu o direito de adotar esta iseno em
suas operaes, pois est estabelecida dentro da regio prevista. Em face
da situao hipottica apresentada e do ordenamento jurdico vigente,
correto afirmar:
a) A empresa, em funo de a iseno ter sido concedida em carter
regional, tem o direito subjetivo de no recolher as taxas estaduais durante
o perodo de fruio do benefcio, mormente por estas taxas onerarem suas
atividades, o que no se coaduna com o objetivo socioeconmico da lei.
b) A empresa pode utilizar-se da iseno, por estar prevista em lei ordinria
estadual e ser norma vlida, vigente e eficaz, independentemente de
despacho da autoridade administrativa.
c) A empresa, no requerimento apresentado autoridade administrativa,
deve fazer prova do preenchimento das condies previstas na lei ordinria
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editada pelo Estado do Rio Grande do Norte, a fim de que seja autorizada
a adoo desta forma de excluso do crdito tributrio em suas operaes.
d) A limitao desta iseno aos contribuintes estabelecidos em
determinada regio do Estado ilegal, pois trata de forma desigual
contribuintes estabelecidos no mesmo Estado da Federao, razo pela
qual as empresas localizadas em outras regies, por analogia, podem
adotar a iseno.
e) A empresa em razo da maneira como deve ser interpretada a legislao
tributria que dispe sobre iseno, conforme comando do CTN, poder
estender os efeitos deste benefcio para todas as mercadorias que no
esto previstas na lei instituidora, sobretudo pelo carter socioeconmico
da lei.
Q.12 (FCC Proc./AL PB/2013) Com relao excluso do crdito tributrio correto afirmar:
a) Nos casos de excluso de crdito tributrio so dispensadas as
obrigaes acessrias relativas obrigao principal cujo crdito seja
excludo.
b) Lei tributria estadual pode conceder iseno para taxas e contribuies
de melhoria.
c) Despacho de autoridade administrativa concedendo iseno em carter
individual gera direito adquirido para o beneficirio desta modalidade de
excluso de crdito tributrio insuscetvel de posterior fiscalizao.
d) Iseno pode ser concedida por contrato, mesmo na ausncia de lei
especfica, no sendo causa de responsabilidade funcional.
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e) So causas excludentes do crdito tributrio: iseno, anistia e
moratria.
Q.13 (ESAF - ATPS/MPOG/Previdncia/2012) So formas de extino do crdito tributrio:
a) o pagamento e a moratria.
b) a compensao e a remisso.
c) a converso do depsito em renda e o depsito do montante integral do
crdito.
d) a transao e o parcelamento.
e) a consignao em pagamento e a moratria.
Q.14 - (ESAF ANALISTA DA RFB 2012) O CTN prev que a importncia de crdito tributrio pode ser consignada
judicialmente pelo sujeito passivo, nos casos de
a) recusa de recebimento.
b) cobrana ou pagamento espontneo de tributo indevido ou maior que o
devido em face da legislao tributria aplicvel.
c) subordinao do recebimento ao cumprimento de exigncias
administrativas sem fundamento legal.
d) subordinao do recebimento ao pagamento de outro tributo ou de
penalidade, ou ao cumprimento de obrigao acessria legalmente
estipulada.
e) exigncia, por mais de uma pessoa jurdica de direito pblico, de tributo
idntico sobre um mesmo fato gerador.
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Q.15 - (ESAF - AJ/SEFAZ CE/2007)
Sobre o pagamento, a principal e mais comum hiptese de extino da
obrigao tributria, o Cdigo Tributrio Nacional estabelece uma srie de
normas que o disciplinam. Assinale a seguir o item incorreto.
a) O crdito no integralmente pago no vencimento acrescido de juros de
mora, seja qual for o motivo determinante da falta, sem prejuzo da
imposio das penalidades cabveis e da aplicao de quaisquer medidas
de garantia previstas na legislao tributria.
b) Quando a legislao tributria no fixar o tempo do pagamento, o
vencimento do crdito ocorre trinta dias depois da data em que se considera
o sujeito passivo notificado do lanamento. A legislao tributria pode
conceder desconto pela antecipao do pagamento, nas condies em que
estabelea.
c) O pagamento de um crdito no importa em presuno de pagamento,
quando parcial, das prestaes em que se decomponha e, quando total, de
outros crditos referentes ao mesmo ou a outros tributos.
d) O pagamento dos tributos efetuado, como regra, em moeda corrente,
cheque ou vale postal, mas h tributos em que a lei preveja o seu
pagamento em estampilha, em papel selado ou por processo mecnico.
e) Quando a lei no dispuser a respeito, o pagamento efetuado na
repartio competente do local em que tenha sido verificada a ocorrncia
do fato gerador daquele tributo.
Q.16 (ESAF - AFRFB/SRFB/Tecnologia da Informao/2005)
Sobre o pagamento indevido de tributos correto afirmar-se, de acordo
com o Cdigo Tributrio Nacional, que
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a) a reforma, a anulao, a revogao ou a resciso de deciso
condenatria, vista da qual se tenha efetuado o recolhimento, afinal tido
por indevido tambm podem ensejar a restituio.
b) a restituio de tributos que comportem, por sua natureza, transferncia
do respectivo encargo financeiro, ser feita a quem comprove ter efetuado
o pagamento indevido, tenha ele ou no assumido o referido encargo
financeiro.
c) ao falar de sujeito passivo, est a referir-se ao obrigado que o seja na
condio de contribuinte, no quela em que ele tenha figurado como
responsvel.
d) para que haja o direito restituio, nos casos de tributos sujeitos a
lanamento por homologao, necessria a prtica do ato homologatrio
por parte da autoridade fazendria.
e) o sujeito passivo tem direito restituio total ou parcial do tributo,
recolhido indevidamente ou a maior do que o devido, desde que comprove
ter havido erro, de sua parte, na interpretao da legislao aplicvel ao
caso.
Q.17 (FCC - AJ/TRF 2/Judiciria/Execuo de Mandados/2012) No que se refere extino do crdito tributrio, INCORRETO afirmar:
a) A remisso o resgate sempre total da dvida tributria por parte do
devedor ou de terceiro, enquanto que a remio o ato de perdoar essa
dvida, porm parcialmente, ou a renncia de um direito.
b) No caso de tributos sujeitos ao lanamento por homologao, o
contribuinte calcula o montante do tributo devido e recolhe
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antecipadamente aos cofres pblicos, ocorrendo a extino do crdito
tributrio sobre a importncia paga.
c) No Direito Tributrio, a compensao sempre legal, isto , s ser
admitida a compensao do crdito tributrio com dvidas da Fazenda
Pblica quando a lei expressamente a autorizar, sendo necessrio consenso
do sujeito passivo.
d) A hiptese em que a legislao prev a possibilidade do sujeito passivo
pagar a multa com desconto de 50% (cinquenta por cento), desde que paga
at determinada data e com a desistncia da defesa, representa uma forma
de transao.
e) A deciso administrativa irreformvel, assim entendida a definitiva na
rbita administrativa, que no mais possa ser objeto de ao anulatria
ocorre quando a deciso favorvel ao contribuinte. Mas, se desfavorvel
a este, poder resolver pelas vias judiciais.
Q.18 - (FCC - AFR SP/SEFAZ SP/Gesto Tributria/2009)
Em abril de 2008, foi realizada fiscalizao em empresa atacadista, na qual
constatou-se, em sua escrita fiscal, em relao ao ICMS devido no perodo
de setembro de 2002 a novembro de 2003, que no teria havido o
correspondente pagamento antecipado por parte do contribuinte e, em
relao ao ICMS devido no perodo de dezembro de 2003 a maro de 2005,
teria havido pagamento antecipado a menor. Em virtude de tais fatos, foi
lavrado Auto de Infrao e Imposio de Multa com cobrana das diferenas
de ICMS devido, mais multa e juros de mora. A regular notificao do Auto
de Infrao deu-se em abril de 2008. Nesse caso,
a) os dbitos de novembro de 2002 a novembro de 2003 esto prescritos.
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b) os dbitos de dezembro de 2003 a abril de 2004 esto prescritos.
c) houve decadncia em relao aos dbitos do perodo de setembro de
2002 a novembro de 2002.
d) houve decadncia em relao aos dbitos do perodo de novembro de
2002 a maro de 2003.
e) houve decadncia e prescrio em relao aos dbitos do perodo de
novembro de 2002 a maro de 2003.
Q.19 - (FCC - DPE RS/2011)
Um determinado contribuinte apresentou Fazenda a Guia de Informao
e Apurao do ICMS (GIA) e deixou de recolher no prazo legal o imposto
nela informado, relativo a fatos geradores do ms de fevereiro do ano de
2005. O vencimento do tributo devido era no ltimo dia til do ms de
maro de 2005. No ms de junho de 2010, a Fazenda ajuizou ao de
execuo fiscal, tendo o contribuinte apresentado embargos execuo
alegando a prescrio do crdito tributrio. Tendo em conta essas
circunstncias e a atual jurisprudncia do Superior Tribunal de Justia,
correto afirmar que
a) no se trata de prescrio, mas de decadncia, cujo prazo para o
lanamento ainda no se escoou, pois, cuidando-se na hiptese de
lanamento de ofcio ou direto, o prazo decadencial de 5 (cinco) anos conta-
se a partir do primeiro dia do exerccio seguinte quele em que o
lanamento poderia ter sido efetuado.
b) no ocorreu nem prescrio nem decadncia, pois, tratando-se, o ICMS,
de tributo sujeito a lanamento por homologao, adota-se a chamada tese
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dos 5 (cinco) mais 5 (cinco), de modo que o prazo para cobrana de 10
(dez) anos, o qual ainda no decorreu.
c) ocorreu a prescrio, pois, tratando-se de tributo sujeito a lanamento
por homologao, a entrega da GIA constitui o crdito tributrio,
independentemente de qualquer outra providncia do Fisco relativa a
lanamento, sendo que, no caso, j se escoou o prazo prescricional de 5
(cinco) anos contados do vencimento do dbito tributrio.
d) no ocorreu a prescrio, pois, tratando-se de lanamento direto ou de
ofcio, o prazo prescricional conta-se a partir do primeiro dia do exerccio
seguinte quele em que o lanamento poderia ter sido efetuado.
e) embora o prazo no seja de prescrio, mas de decadncia, o fato que
esta ltima j se configurou, pois, tratando-se o ICMS de tributo sujeito a
lanamento por homologao, o prazo decadencial de 5 (cinco) anos conta-
se a partir da data do vencimento do tributo ou da data da entrega da GIA,
o que ocorrer por ltimo.
Q.20 - (ESAF - AFRE/SEFAZ CE/2007)
A ao para a cobrana do crdito tributrio prescreve em 5 (cinco) anos
contados da data de sua constituio definitiva. O prazo prescricional se
interrompe em determinadas hipteses elencadas pelo Cdigo Tributrio
Nacional. Assinale abaixo a opo que contenha hipteses de interrupo
da prescrio.
a) Protesto judicial / ato inequvoco que importe em reconhecimento de
dbito pelo devedor / citao vlida em execuo fiscal.
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b) Qualquer ato judicial ou extrajudicial que constitua em mora o devedor
/ ato inequvoco que importe em reconhecimento de dbito pelo devedor /
protesto judicial.
c) Despacho do juiz que ordenar a citao em execuo fiscal/ qualquer ato
judicial ou extrajudicial que constitua em mora o devedor / protesto
judicial.
d) Citao vlida em execuo fiscal / qualquer ato judicial que constitua
em mora o devedor / protesto judicial.
e) Despacho do juiz que ordenar a citao em execuo fiscal/ ato
inequvoco que importe em reconhecimento de dbito pelo devedor /
protesto judicial.
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AULA 06: GABARITO
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15
D D C A D C A C D D C B B * E
16 17 18 19 20
A A C C E
*14 - ANULADA
-
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QUESTES DA AULA COMENTADAS
Q.01 - (ESAF ACE 2012) Assinale a opo que, a teor do disposto no Cdigo Tributrio Nacional, no
constitui hiptese de suspenso da exigibilidade do crdito tributrio.
Comentrios:
A suspenso um atributo a determinada situao que impede a cobrana
do crdito tributrio pelo perodo em que perdurar essa qualidade.
Lembrando que um macetinho para decorar essas hipteses o
MODERECOPAR. Para saber o porqu, vamos lembrar o CTN reparando nas
iniciais em negrito:
CTN-Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crdito tributrio: I - moratria;
II - o depsito do seu montante integral;
III - as reclamaes e os recursos, nos termos das leis reguladoras do
processo tributrio administrativo;
IV - a concesso de medida liminar em mandado de segurana.
V a concesso de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espcies de ao judicial;
VI o parcelamento. Vamos para as alternativas.
a) Recurso interposto ao Conselho Administrativo de Recursos
Fiscais.
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Correta. Recurso uma impugnao do sujeito passivo. Faz parte do
macete RE. (CTN-Art. 151. III)
b) Adeso, por parte do contribuinte, a parcelamento.
Correta. O parcelamento uma medida para que o sujeito passivo quite
suas dvidas com o Fisco de forma diferida. Faz parte do macete PAR. (CTN-
Art. 151. VI)
c) Depsito de montante integral para garantia do juzo.
Correta. Depositar o montante integral, significa garantir para outra parte
do processo, no caso o fisco, que voc tem a boa-f de quitar suas
obrigaes. Faz parte do macete DE. (CTN-Art. 151. II)
d) Consignao em pagamento.
Incorreta. Rsss! Aqui o examinador veio preparado para pegar o candidato
que s soubesse o macete!! Gente, o macete para ajudar a decorar, mas
lgico que vocs precisam saber o que significa MODERECOPAR. No caso,
essa alternativa est incorreta pois consignao em pagamento uma
forma de extino do crdito tributrio. Atravs dela, o sujeito passivo,
quando tiver a inteno de pagar, mas estiver encontrando alguma
dificuldade imposta por parte do fisco, poder consignar judicialmente seu
pagamento.
e) Concesso de antecipao de tutela em ao judicial.
Correta. Tutela em ao judicial uma medida prvia, geralmente no incio
do processo, que tem o objetivo de resguardar o direito da parte. Est
dentro do macete CO. (CTN-Art. 151. V)
GABARITO: D
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Q.02 - (ESAF ISS-RJ 2010) Suspendem a exigibilidade do crdito tributrio:
Comentrios:
Vamos para as alternativas.
a) o depsito de seu montante integral e a concesso de medida
liminar em mandado de segurana, exclusivamente.
Existem 6 hipteses de suspenso e no apenas 2 como afirma a
alternativa. Alternativa incorreta.
b) o depsito de seu montante integral, a compensao e a
concesso de liminar em mandado de segurana.
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A compensao forma de extino do crdito tributrio. Alternativa
incorreta.
c) a interposio de reclamaes ou recursos administrativos, a
prescrio, a decadncia e concesso de liminar em mandado de
segurana.
A prescrio e decadncia so formas de extino do crdito tributrio.
Alternativa incorreta.
d) o depsito de seu montante integral, o parcelamento, a
concesso de liminar em mandado de segurana ou de tutela
antecipada em outras espcies de ao judicial.
Perfeito. Todas so hipteses de suspenso do crdito tributrio.
Alternativa correta.
e) a compensao, a transao, a concesso de medida liminar em
mandado de segurana e a remisso.
A compensao, a transao e a remisso so modalidades de extino do
crdito tributrio.
GABARITO: D
Q.03 - (ESAF ISS-RJ 2010) O mandado de segurana tem ampla utilizao em matria tributria,
sendo utilizado sempre que o contribuinte se sente ameaado por uma
imposio tributria que repute indevida. Sobre o mandado de segurana
em matria tributria, assinale a opo correta.
a) A sentena que nega a segurana de carter declaratrio
negativo, cujos efeitos no retroagem data da impetrao. Assim,
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a cassao da liminar no permite a cobrana dos acrscimos
moratrios, mas somente do montante principal do dbito
tributrio.
Antes de mais nada bom comentar que essa questo fugiu bem do padro
de cobrana sobre essa matria. O mandando de segurana um remdio
constitucional que concedido para proteger direito lquido e certo, no
amparado por "habeas-corpus" ou "habeas-data", quando o responsvel
pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pblica ou agente de
pessoa jurdica no exerccio de atribuies do Poder Pblico. Uma liminar
nesse tipo de ao uma concesso antecipada do direito pleiteado pela
parte, em funo do perigo da demora em resolver a situao. Perceba que
ela um direito provisrio, precrio, dependente de futura confirmao,
cujos efeitos sero definitivos. Assim sendo, se uma liminar for cassada,
todos os direitos da parte contrria esto mantidos, pois aquela deciso
no continha efeitos permanentes, tendo efeitos ex-tunc. Portanto, no caso
da questo, se a liminar for cassada, ser permitida a cobrana dos
acrscimos moratrios alm da cobrana do tributo. Alternativa incorreta.
b) A concesso de medida liminar em mandado de segurana
impede o Fisco de realizar atos tendentes sua cobrana, tais como
inscrev-lo em dvida ativa, ajuizar execuo fiscal e promover o
seu lanamento.
Essa alternativa interessante porque ela sempre cobrada em prova e os
alunos confundem alguns conceitos. Uma coisa a cobrana do crdito
tributrio, a execuo do sujeito passivo por sua inadimplncia. Outra coisa
so os atos necessrios para que no se perca do direito de cobrar. So
coisas distintas. Esses ltimos atos, so aqueles com a finalidade de
proteger o direito do Fisco, que no implicaro exigncia imediata da
exao. Assim sendo, a liminar em mandado de segurana realmente
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suspende o crdito tributrio e impede que o fisco o COBRE. Entretanto,
no impede que ele se proteja dos efeitos da prescrio e decadncia,
podendo o inscrever em dvida ativa, ajuizar execuo fiscal e promover o
seu lanamento. Alternativa incorreta.
c) Os substitudos tributrios tm legitimidade para pleitear, em
mandado de segurana preventivo, o afastamento das regras
reputadas ilegais de exigncia de tributos ou contribuies, mas
para que possam pleitear o ressarcimento por recolhimentos
indevidos, mediante restituio ou compensao tributria, devem
provar que suportaram o encargo tributrio, ou seja, de que no
repassaram o encargo para os consumidores finais.
Vamos resolver essa pela lgica. Os substitudos tributrios tambm podem
ser sujeitos passivos e com esse atributo, tambm podem sofrer o abuso
de regras reputadas ilegais de exigncia de tributos ou contribuies. No
caso de tributos em que o contribuinte de direito (que pratica o fato
gerador) diferente do contribuinte de fato (que arca com o nus
tributrio), se houver recolhimento indevido de tributo, necessrio que o
primeiro contribuinte esteja autorizado pelo segundo a receber a restituio
ou que prove que foi ele que suportou o encargo tributrio. Alternativa
correta.
CTN-Art. 166. A restituio de tributos que comportem, por sua natureza, transferncia do respectivo encargo financeiro somente ser feita
a quem prove haver assumido o referido encargo, ou, no caso de t-lo
transferido a terceiro, estar por este expressamente autorizado a receb-
la. d) O mandado de segurana no constitui ao adequada para a
declarao do direito compensao tributria.
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A compensao uma forma de extino do crdito tributrio prevista em
lei, que permite ao sujeito passivo compensar dbitos com seus crditos
perante o fisco. Portanto, representa um direito do contribuinte. Como todo
direito, ele pode sofrer abuso e, por esse motivo, pode ensejar o mandado
de segurana. Alternativa incorreta. Veja o STJ:
STJ Smula n 213 - O mandado de segurana constitui ao adequada para a declarao do direito compensao tributria. e) A liminar em mandado de segurana tem eficcia pelo prazo de
noventa dias, prorrogvel por mais trinta dias.
A norma que disciplina o mandado de segurana (LEI 12.016/2009) prev
que a eficcia da liminar, se no cassada, se estender at a prolao da
sentena. Alternativa incorreta.
GABARITO: C
Q.04 - (ESAF - ACF/SEFAZ CE/2007)
Sobre a moratria, hiptese de suspenso da exigibilidade do crdito
tributrio, podemos dizer que
Comentrios:
A moratria e parcelamento so as formas de suspenso do crdito
tributrio que possuem maiores detalhamentos no CTN. Vamos relembrar:
CTN-Art. 152. A moratria somente pode ser concedida: I - em carter geral:
a) pela pessoa jurdica de direito pblico competente para instituir o
tributo a que se refira;
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b) pela Unio, quanto a tributos de competncia dos Estados, do
Distrito Federal ou dos Municpios, quando simultaneamente concedida
quanto aos tributos de competncia federal e s obrigaes de direito
privado;
II - em carter individual, por despacho da autoridade
administrativa, desde que autorizada por lei nas condies do inciso
anterior.
Pargrafo nico. A lei concessiva de moratria pode circunscrever
expressamente a sua aplicabilidade determinada regio do territrio da
pessoa jurdica de direito pblico que a expedir, ou a determinada classe
ou categoria de sujeitos passivos. Vamos ver ento o que esse artigo tem de relevante. A moratria uma
dilao de prazo de pagamento. Ela pode ser dar de duas maneiras, de
forma Geral ou Individual. A primeira possibilidade se divide em outras
duas: 1) Pela prpria pessoa jurdica que possui a competncia, ou seja,
o caso do Municpio dando moratria ao pagamento do IPTU e 2) Pela Unio
em relao a tributos Estaduais e Municipais, desde que tambm conceda
dos seus. Muito cuidado para no confundir essa ltima hiptese com a
vedao s isenes heternomas, uma coisa no tem ligao com a outra.
Vamos ver o prximo artigo:
CTN-Art. 153. A lei que conceda moratria em carter geral ou autorize sua concesso em carter individual especificar, sem prejuzo de
outros requisitos:
I - o prazo de durao do favor;
II - as condies da concesso do favor em carter individual;
III - sendo caso:
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a) os tributos a que se aplica;
b) o nmero de prestaes e seus vencimentos, dentro do prazo a
que se refere o inciso I, podendo atribuir a fixao de uns e de outros
autoridade administrativa, para cada caso de concesso em carter
individual; c) as garantias que devem ser fornecidas pelo beneficiado no caso de
concesso em carter individual.
O artigo 153 traz as condies para que a moratria seja instituda. No
havendo muito o que se explicar a respeito.
CTN-Art. 154. Salvo disposio de lei em contrrio, a moratria somente abrange os crditos definitivamente constitudos data da lei
ou do despacho que a conceder, ou cujo lanamento j tenha sido
iniciado quela data por ato regularmente notificado ao sujeito passivo.
Pargrafo nico. A moratria no aproveita aos casos de dolo,
fraude ou simulao do sujeito passivo ou do terceiro em benefcio
daquele. J o artigo 154 tem uma lgica que merece ser explicada. Como disse, o
objetivo da moratria dar uma ajuda a alguns sujeitos passivos que esto
passando por uma determinada dificuldade. Pode ser o caso de uma crise
econmica internacional que afete um setor, ou um caso isolado de uma
geada que destrua todo um plantio de soja. Assim sendo, so casos em
que os contribuintes no vo ter condies de pagar seus tributos ao fisco.
Ora, se estamos falando de dificuldade de pagar, estamos assumindo que
existe alguma cobrana formalizada, algum direito, ou seja, um crdito
tributrio constitudo ou pelo menos em fase de constituio. Um simples
fato gerador praticado e, portanto, no formalizado, no precisa estar
contido nessa moratria pois, muito provavelmente, o sujeito passivo
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atingido por uma dificuldade ir conseguir sair dela at a formalizao
dessa obrigao pelo lanamento. Deu pra entender? Rsss! J o pargrafo
nico exclui da moratria os crditos gerados por dolo, fraude ou
simulao, representando um desestmulo prtica dessas atividades.
CTN-Art. 155. A concesso da moratria em carter individual no gera direito adquirido e ser revogado de ofcio, sempre que se apure
que o beneficiado no satisfazia ou deixou de satisfazer as condies ou
no cumprira ou deixou de cumprir os requisitos para a concesso do favor,
cobrando-se o crdito acrescido de juros de mora:
I - com imposio da penalidade cabvel, nos casos de dolo ou
simulao do beneficiado, ou de terceiro em benefcio daquele;
II - sem imposio de penalidade, nos demais casos.
Pargrafo nico. No caso do inciso I deste artigo, o tempo decorrido
entre a concesso da moratria e sua revogao no se computa para efeito
da prescrio do direito cobrana do crdito; no caso do inciso II deste
artigo, a revogao s pode ocorrer antes de prescrito o referido direito. Por fim, o Art. 155 traz uma regra para moratria individual, situao que
no ser permanente para o sujeito passivo, ou seja, no gera direito
adquirido. Assim sendo, se o beneficiado no cumprir com as condies
estabelecidas, ir perder o direito a usufru-lo, podendo sofrer uma
penalidade dependendo de sua conduta. J o pargrafo nico traz uma
proteo ao direito de cobrana para o Estado. No caso do inciso I, o sujeito
passivo no podia ser beneficiar da moratria, mas o fez enganando o fisco
(simulando, com dolo). Por esse motivo, esse tempo em que determinado
sujeito se beneficiou no ser levado em considerao para a contagem da
prescrio (perda do direito de exigir o crdito tributrio).
Vamos para as alternativas.
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a) pode ser concedida por despacho da autoridade administrativa,
desde que em condies especficas.
Vimos em nosso resumo que existe a possibilidade de moratria individual,
que nesse caso ser concedida por despacho da autoridade administrativa,
desde que exista lei autorizando. Alternativa correta.
b) pode ser concedida por despacho da autoridade administrativa,
em quaisquer casos, incondicionalmente.
No em qualquer caso e de forma incondicional que a moratria individual
poder ser concedida. Depende do que a lei previr. Alternativa incorreta.
c) no pode ser concedida em carter individual.
A moratria pode ser concedida em carter geral e individual. Alternativa
incorreta.
d) no pode, em nenhuma hiptese, ser concedida pela Unio em
relao a tributos de competncia estadual.
Essa possibilidade existe. Cuidado para no confundir com as isenes
heternomas. Essa ltima a vedao da Unio instituir uma iseno de
tributo Estadual ou Municipal. J a moratria se refere ao prazo de
pagamento. So coisas diferentes. Alternativa incorreta.
e) a lei que a prever no poder restringi-la a determinada regio
do territrio do ente tributante.
Imagine que apenas os produtores de boi do Estado de So Paulo foram
afetados por uma crise internacional. O Estado pode restringir a moratria
do ICMS apenas regio onde esses produtores esto localizados, faz todo
o sentido. Alternativa incorreta.
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GABARITO: A
Q.05 (FCC - AFR SP/SEFAZ SP/Gesto Tributria/2013) A empresa Argonautas Unidos S.A. obteve a concesso de medida liminar
em mandado de segurana preventivo que impetrara contra a Fazenda
Pblica Estadual a fim de no pagar determinado tributo por entender
indevido. Em razo desta concesso, a empresa realizou operao
mercantil sem o devido destaque do imposto, deixando tambm de cumprir
as obrigaes acessrias relacionadas. O Fisco, por sua vez, a fim de
prevenir a decadncia do direito de lanar, lavrou auto de infrao contra
o contribuinte. Passados 121 dias, o mandado de segurana foi julgado no
mrito desfavoravelmente ao contribuinte, tendo transitado em julgado.
Surpreendido com a deciso, o contribuinte foi at a repartio fiscal e
entregou documentos relativos a apartamento de sua propriedade,
alegando que poderia pagar o tributo mediante dao em pagamento de
bem imvel. Em face da situao hipottica apresentada e do ordenamento
jurdico vigente,
Comentrios:
Vamos fazer aquele resumo. O contribuinte conseguiu medida liminar, o
que suspendeu o crdito tributrio. Ficou to feliz que enlouqueceu.
Comeou a vender mercadorias sem nota fiscal. Depois de 121 dias, o
processo foi julgado e o Estado foi vencedor. Viajando na maionese e
totalmente desesperado, o contribuinte foi a repartio tributria,
oferecendo seu apartamento para quitar as dvidas, s no levou a sogra
porque no tinha uma. RSSS! Atravs de minhas ironias eu quis mostrar
os erros de conduta do sujeito passivo. Pessoal, vocs tem que entender
que o efeito das coisas no direito recai sobre uma coisa especfica. Como
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assim? No nosso caso, a suspenso recai no direito do fisco de exigir o
crdito tributrio, no tem ligao alguma com as obrigaes acessrias.
Veja outro exemplo da questo. O fato do crdito estar suspenso, impede
o fisco de formalizar o crdito? Vejam como as coisas parecem no fazer
sentido... parecem. Como voc vai suspender algo que no existe? Pois ,
a suspenso para exigir o crdito e no para formaliz-lo. O fisco pode
realizar o lanamento para que no perca o direito atravs da decadncia.
Uma coisa uma coisa e outra coisa outra coisa, rss!
Vamos para as alternativas.
a) a medida liminar em mandado de segurana e a remisso praeter
tempus, espcies de suspenso do crdito tributrio, ficam sem
efeito quando denegado o mandado de segurana pela sentena,
retroagindo os efeitos da deciso contrria.
Primeira coisa, veja como o examinador gosta de colocar expresses para
ERWDU PHGR praeter tempus SDUHFH PDLV XPD FRLVD GR +DUU\ 3RWWHUEnfim, no importa. Pra quem tem curiosidade, essa expresso tem um
significado de fora do tempo. Quando aparecerem essas coisas na prova,
simplesmente desconsidere, v pelo contexto, ou outras dicas que a
questo vai dar. Aqui o erro simples, remisso forma de extino do
crdito e no de suspenso. Alternativa incorreta.
b) justifica-se o no cumprimento pela empresa das obrigaes
acessrias relacionadas com o tributo cujo pagamento foi obstado
pela ordem judicial obtida pela empresa, pois nesta situao h
dispensa legal do cumprimento das obrigaes acessrias.
Foi o que eu expliquei no resumo. A suspenso afeta o crdito tributrio.
Perceba que as obrigaes acessrias no tem ligao direta com esse
conceito, motivo pelo qual, no so afetadas. Alternativa incorreta.
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c) o pagamento de tributos mediante dao em pagamento de bem
imvel uma das formas previstas de excluso do crdito
tributrio, devendo o contribuinte cumprir a forma e as condies
estabelecidas em lei.
Est quase tudo certo, o problema que dao em pagamento por bem
imvel forma de extino do crdito e no de suspenso. Outra coisa,
repare que o contribuinte deve seguir as condies da lei. Ento ele no
pode aparecer do nada na repartio oferecendo o apartamento dele.
Alternativa incorreta.
d) a suspenso da exigibilidade do crdito tributrio na via judicial
impede o Fisco de praticar qualquer ato contra o contribuinte
visando cobrana de seu crdito, tais como inscrio em dvida,
execuo e penhora, mas no impossibilita a Fazenda de proceder
a regular constituio do crdito tributrio para prevenir a
decadncia do direito de lanar.
Perfeito. o que tenho explicado. A suspenso IMPEDE o fisco de EXIGIR
o crdito tributrio do sujeito passivo. Isso diferente de CONSTITUIR um
novo crdito pelo lanamento para que no ocorra a decadncia. Depois de
constitudo, o fisco dever aguardar a deciso judicial para poder exigi-lo.
Alternativa correta.
e) caso fosse previsto em lei ordinria, o contribuinte poderia fazer
a compensao do tributo devido com o bem imvel, exercendo seu
direito subjetivo ao uso de uma das espcies de extino do crdito
tributrio.
A compensao, como o prprio nome diz, uma forma de extino do
crdito tributrio pelo abatimento de crditos que ambos os sujeitos de
uma relao jurdica possuem em relao a um e a outro. o caso do
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Estado ter um crdito contra o sujeito passivo e o esse um crdito contra o
Estado. o IDPRVRYDPRVGHL[DUHODVSRUHODV2SUREOHPDpTXHXPimvel no representa um crdito contra o Estado, no podendo ser usado
na compensao. Alternativa incorreta.
GABARITO: D
Q.06 (CESPE - DPE TO/2013) Acerca da suspenso do crdito tributrio, assinale a opo correta.
a) A moratria geral concedida pela Unio nunca alcanar os
tributos de competncia dos estados, do DF nem dos municpios,
pois sempre se limita aos tributos de competncia federal.
Vimos em questes anteriores que possvel a Unio conceder moratria
de tributos Estaduais, do DF e dos Municpios, desde que conceda tambm
dos seus e das obrigaes de direito privado. Alternativa incorreta.
b) A suspenso da exigibilidade do crdito tributrio tambm
suspende as demais obrigaes vinculadas ao tributo,
dispensando-se o cumprimento das obrigaes acessrias
dependentes da obrigao principal dela consequentes.
A suspenso afeta apenas o direito do fisco de exigir um crdito tributrio.
No tem absolutamente nenhuma ligao com as obrigaes acessrias,
que devero continuar a ser cumpridas. Alternativa incorreta.
c) De acordo com entendimento do STJ, o seguro garantia judicial,
assim como a fiana bancria, no equiparvel ao depsito em
dinheiro para fins de suspenso da exigibilidade do crdito
tributrio.
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Opa, opa! Mais uma oportunidade de resolvermos algo pela lgica sem
conhecer a jurisprudncia. O depsito integral forma de suspenso do
crdito tributrio. Agora, depsito do que pessoal? Balas Juquinha? claro
que no. S possvel utilizar-se desse instituto atravs do depsito EM
DINHEIRO. No pode nem ser algo que tenha alta liquidez, s pode ser em
espcie. Dessa maneira, apesar de seguro de garantia judicial e fiana
bancria serem instrumentos de alta liquidez e bastante confiveis, no
representam dinheiro em espcie, no podendo ser utilizados como forma
de suspenso do crdito tributrio. Alternativa correta. Veja o STJ (EDcl no
AgRg no REsp 1274750 / SP):
PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTRIO. EMBARGOS DE DECLARAO. EXECUO FISCAL. SUBSTITUIO DA PENHORA EM DINHEIRO POR
SEGURO GARANTIA JUDICIAL. INVIABILIDADE. SISTEMA BACEN
JUD. LEI 11.382/2006. DECISO POSTERIOR. APLICABILIDADE. 1. O STJ
possui entendimento no sentido de que o seguro garantia judicial, assim
como a fiana bancria, no equiparvel ao depsito em dinheiro
para fins de suspenso da exigibilidade do crdito tributrio, nos termos
do art. 151 do CTN. d) A converso do depsito em renda modalidade de suspenso
do crdito tributrio.
A converso do depsito em renda forma de extino do crdito tributrio.
Alternativa incorreta.
e) A moratria individual no se inclui no mbito da reserva legal,
pois, tendo natureza de ato administrativo que independe de lei,
concedida por portaria da autoridade fiscal competente.
Para que exista moratria individual necessria uma lei que defina as
condies para que possa ser usufruda. A partir dela, a autoridade ir
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verificar se o sujeito se enquadra nas possibilidades, apenas declarando um
direito j existente. Alternativa incorreta.
GABARITO: C
Q.07 - (ESAF ANALISTA DA RFB 2009) De acordo com o disposto no artigo 175 do Cdigo Tributrio Nacional,
excluem o crdito tributrio a iseno e a anistia. Sobre estas, comparadas
a outros benefcios dos quais resultam renncia de receita, podemos
afirmar, exceto, que:
Comentrios:
A excluso o impedimento da constituio do crdito tributrio. Ou seja,
h fato gerador e obrigao tributria, mas acaba por aqui, ou seja, no h
lanamento. A excluso pode excluir tributo (iseno) ou infrao (anistia).
Vamos fazer um breve resumo sobre a iseno:
CTN-Art. 176. A iseno, ainda quando prevista em contrato, sempre decorrente de lei que especifique as condies e requisitos
exigidos para a sua concesso, os tributos a que se aplica e, sendo caso, o
prazo de sua durao.
Pargrafo nico. A iseno pode ser restrita a determinada regio
do territrio da entidade tributante, em funo de condies a ela
peculiares.
Art. 179. A iseno, quando no concedida em carter geral,
efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade administrativa, em
requerimento com o qual o interessado faa prova do preenchimento das
condies e do cumprimento dos requisitos previstos em lei ou contrato
para sua concesso.
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1 Tratando-se de tributo lanado por perodo certo de tempo, o
despacho referido neste artigo ser renovado antes da expirao de cada
perodo, cessando automaticamente os seus efeitos a partir do primeiro dia
do perodo para o qual o interessado deixar de promover a continuidade do
reconhecimento da iseno.
2 O despacho referido neste artigo no gera direito adquirido,
aplicando-se, quando cabvel, o disposto no artigo 155. Perceba que a iseno possui um texto praticamente idntico moratria.
Vejamos: 1) ela pode ser geral e individual, 2) se for individual depende de
despacho da autoridade administrativa, 3) se for individual no gera direito
adquirido, 4) depende de lei e 5) pode ser restrita a determinada regio do
territrio. Praticamente a mesma coisa!!!! A diferena que aqui a Unio
no pode conceder iseno de tributo Estadual e Municipal, ao contrrio da
Moratria. Assim sendo, se voc entender um instituto, automaticamente
vai absorver o outro!! O pargrafo 1 do Art. 179 prev que no caso dos
tributos por perodo certo de tempo (IPVA, IPTU), a iseno individual
dever ser renovada antes da ocorrncia do fato gerador, ou seja, no caso
dos meus exemplos, antes de cada 1 de janeiro.
Art. 177. Salvo disposio de lei em contrrio, a iseno no extensiva:
I - s taxas e s contribuies de melhoria;
II - aos tributos institudos posteriormente sua concesso. Esse artigo meio obvio, porque ele prev, por exemplo, que se o IPTU for
isento, as taxas e s contribuies de melhoria relacionadas ao imvel no
o sero. claro n pessoal! Cada tributo, regra geral, necessita de iseno
prpria. Vejam o inciso II. O que vocs acham? Um novo tributo foi
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institudo aps uma certa iseno, j obter o benefcio? No ter!
Depender de nova lei.
Vamos para as alternativas.
a) a iseno exclui o crdito tributrio, ou seja, surge a obrigao
mas o respectivo crdito no ser exigvel; logo, o cumprimento da
obrigao principal, bem como das obrigaes acessrias dela
decorrentes, fica dispensado.
Esse o nosso gabarito. Primeiramente, se h iseno, no h que se falar
de crdito tributrio. Portanto, ao afirmar que o crdito no ser exigvel,
a afirmativa j est errada, pois nem existe crdito. Em seguida, a
alternativa derrapa mais ainda ao afirmar que as obrigaes acessrias
ficam dispensadas. Pessoal, a coisa mais difcil do mundo conseguir a
dispensa de obrigaes acessrias. Se tiver que chutar um dia na prova,
chute que NUNCA essa obrigaes ficam dispensadas OK? Essa inclusive
a previso do CTN, vejam:
CTN-Art. 175 Pargrafo nico. A excluso do crdito tributrio no dispensa o cumprimento das obrigaes acessrias dependentes da
obrigao principal cujo crdito seja excludo, ou dela conseqente. b) ainda no caso da alquota zero, no caso do IPI Imposto sobre Produtos Industrializados, permite-se ao Poder Executivo
restabelecer as alquotas a qualquer tempo, sem a necessidade de
edio de lei para tal finalidade.
Correta. O IPI faz parte do grupo que denomino IMPOSTOS ECONMICOS.
Atribui esse nome pois a alterao desses tributos pode mudar
drasticamente a economia em um curto espao de tempo. O grupo possui
uma srie de regalias tributrias, dentre elas a exceo legalidade,
anterioridade, entre outras, inclusive em relao alterao de alquotas.
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c) o efeito econmico da iseno assemelha-se ao do benefcio
fiscal da alquota zero, sendo esta uma soluo encontrada pelas
autoridades fazendrias no sentido de excluir o nus da tributao
sobre certos produtos, temporariamente, sem o isentar.
Essa uma das alternativas que s basta pensar, pois no h resposta
pronta em nenhuma lei. Percebam que em ambos os casos no h cobrana
de tributo, pois no caso da alquota zero, h o lanamento, mas o valor a
se cobrar ZERO. J no caso da iseno no h lanamento e continua no
se cobrando nada, ou seja, ZERO. Apesar de institutos diferentes, possuem
um efeito muito semelhante. Correta.
d) caso o tributo tenha sido institudo por lei complementar, a
concesso de sua iseno tem de ser feita por meio de diploma
legislativo de mesmo nvel, ou seja, tambm por lei complementar.
Cuidado!! A questo trata da necessidade de lei complementar para a
instituio de iseno. O aluno bem preparado poderia se lembrar da
seguinte questo Constitucional: Um tributo que necessita de lei ordinria
pode ser institudo por Lei Complementar? A resposta sim. E como ele
deve ser alterado? A resposta : Lei Ordinria ou Complementar! O caso
da alternativa diferente. Ele trata, presumidamente, de um tributo que
necessita de lei complementar para ser institudo. Nesse caso, ser
necessrio o mesmo diploma legislativo para sua iseno. Correta.
e) a anistia fiscal capitulada como a excluso do crdito (gerado
pela infrao) e no como extino (caso de remisso), pois se
trata de crditos que aparecem depois do fato violador, abrangendo
apenas infraes cometidas anteriormente vigncia da lei que a
concede.
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Correta. A anistia apenas exclui as penalidades cometidas anteriormente
vigncia da lei que a concede, no permitindo a constituio do crdito
tributrio em relao penalidade pecuniria. Por que apenas o passado,
caro aluno? Porque se fosse diferente, ningum mais seguiria nenhuma
regra, pois saberia que existe uma anistia para livrar a cara!!!
GABARITO: A
Q.08 - (ESAF ANALISTA DA RFB 2012) Analise os itens a seguir e assinale a opo correta.
I. A iseno, desde que concedida por prazo certo, e
independentemente de ser condicionada a contrapartidas por parte
do contribuinte, no poder ser revogada por lei.
Imagine que voc tenha uma empresa de grande porte e um ente
federativo lhe convide para mudar sua sede para l. Em troca disso voc
ganhar isenes de tributos estaduais por um prazo certo. Pode ser um
bom negcio no mesmo? S que voc ter grandes investimentos para
se mudar. Imagine que ano seguinte seja eleito o partido de oposio. Voc
se sentiria seguro em relao ao seu benefcio? Sabemos bem como so as
decises polticas. Assim sendo, o CTN criou uma proteo para o
contribuinte em relao a esses tipos de isenes, as quais no podero
ser revogadas.
&71-Art. 178 - A iseno, salvo se concedida por prazo certo e em funo de determinadas condies, pode ser revogada ou
modificada por lei, a qualquer tempo, observado o disposto no inciso III do
art. 104 Alternativa incorreta.
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II. A anistia s abrange as infraes cometidas a partir da sua
vigncia, devido ao princpio da irretroatividade das leis.
A anistia, juntamente com a iseno, so formas de excluso do crdito
tributrio. A primeira tem por finalidade perdoar as infraes cometidas por
sujeitos passivos. Imagine se ela valesse para o futuro!! Todo mundo a
partir de hoje no seguiria as regras, pois saberiam que existe uma anistia
para perdo-los. Portanto, essa s pode ser retroativa para no virar
baguna.
&71-Art. 180. A anistia abrange exclusivamente as infraes cometidas anteriormente vigncia da lei que a concede Alternativa incorreta.
III. A anistia dos crimes, concedida em lei penal, no estende seus
efeitos matria tributria.
O CTN no permite que os crimes sejam beneficiados pela anistia. Portanto
essa lei penal no atingir os efeitos tributrios.
&71-Art. 180. A anistia abrange exclusivamente as infraes cometidas anteriormente vigncia da lei que a concede, no se
aplicando:
I - aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenes e
aos que, mesmo sem essa qualificao, sejam praticados com dolo, fraude
ou simulao pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefcio daquele;
II - salvo disposio em contrrio, s infraes resultantes de
conluio entre duas ou mais pessoas naturais ou jurdicas. Alternativa correta.
Antes de terminar essa questo, vamos ver o que o CTN fala sobre o
assunto:
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CTN-Art. 181. A anistia pode ser concedida: I - em carter geral;
II - limitadamente:
a) s infraes da legislao relativa a determinado tributo;
b) s infraes punidas com penalidades pecunirias at determinado
montante, conjugadas ou no com penalidades de outra natureza;
c) a determinada regio do territrio da entidade tributante, em
funo de condies a ela peculiares;
d) sob condio do pagamento de tributo no prazo fixado pela lei que
a conceder, ou cuja fixao seja atribuda pela mesma lei autoridade
administrativa.
Art. 182. A anistia, quando no concedida em carter geral,
efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade administrativa, em
requerimento com a qual o interessado faa prova do preenchimento das
condies e do cumprimento dos requisitos previstos em lei para sua
concesso.
Pargrafo nico. O despacho referido neste artigo no gera direito
adquirido, aplicando-se, quando cabvel, o disposto no artigo 155. Vejam s que coisa boa!!! A moratria, a iseno e a anistia tm textos
praticamente idnticos!!!! Percebam como as ideias se repetem, apenas
muda o pano de fundo. Vamos elencar as caractersticas: 1) pode ser
concedida de forma geral ou individual, 2) pode ser limitada a determinado
aspecto, 3) quando individual depende de despacho da autoridade
administrativa, 4) depende de lei, 5) quando individual no gera direito
adquirido. Que beleza!! Tudo igual!! Rsss! O macete : entendam essas
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caractersticas, pois elas podem ser aplicadas para a moratria, para a
iseno e para a anistia!!!
a) Somente o item I est correto.
b) Somente o item II est correto.
c) Somente o item III est correto.
d) Esto corretos os itens I e III.
e) Esto corretos os itens II e III.
GABARITO: C
Q.09 (ESAF - AFRFB/SRFB/2009) Sobre a excluso do crdito tributrio, assinale a opo correta.
a) Nas modalidades de excluso do crdito tributrio, verifica-se a
ocorrncia do fato gerador, a declarao da obrigao tributria e
a constituio do crdito tributrio, porm, no subsiste a
obrigao de pagamento.
Repare no nome: excluso do crdito. Excluir no incluir, no admitir,
etc. Portanto, o crdito nem chega a ser constitudo. Alternativa incorreta.
b) A iseno causa de no-incidncia tributria.
No incidir no estar previsto no mundo abstrato, ou seja, nem o fato
gerador existe na lei. No caso da iseno, a hiptese de incidncia existe,
o fato gerador ocorre e a obrigao nasce. Alternativa incorreta.
c) A Unio, mediante lei complementar e atendendo a relevante
interesse social ou econmico nacional, poder conceder isenes
de impostos estaduais e municipais.
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Ao contrrio da moratria, na iseno no possvel que a Unio conceda
esse benefcio no campo dos Estados, DF e Municpios. a vedao
iseno heternoma. Alternativa incorreta.
d) Segundo orientao do Supremo Tribunal Federal, a revogao
de iseno no se sujeita ao princpio da anterioridade, fazendo
com que o tributo volte a ser imediatamente exigvel.
Vejamos: a anterioridade uma limitao temporal em favor do
contribuinte, na medida em que um tributo que seja INSTITUDO ou
MAJORADO, s possa ser exigido a partir do exerccio seguinte. o princpio
da no surpresa. A nossa corte entende que quando uma iseno
revogada, no h nem instituio nem majorao de um tributo, apenas a
extino de um favor que foi concedido. No sendo, portanto, uma
surpresa. Assim sendo, no necessita observar o princpio da anterioridade.
Alternativa correta. Veja o STF (RE 204062-2):
CONSTITUCIONAL. TRIBUTRIO. ISENO: REVOGAO. PRINCPIO DA ANTERIORIDADE. I. - Revogada a iseno, o tributo
torna-se imediatamente exigvel. Em caso assim, no h que se
observar o princpio da anterioridade, dado que o tributo j existente.
II. - Precedentes do Supremo Tribunal Federal. III. - R.E. conhecido e
provido. e) As isenes tributrias concedidas, sob condio onerosa,
podem ser suprimidas por convenincia da Administrao.
Vimos em questo anterior, que no caso de isenes onerosas essas no
podem ser livremente revogadas pela Administrao. mais uma proteo
ao contribuinte. Alternativa incorreta.
GABARITO: D
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Q.10 - (ESAF - AFTE/SET RN/2005)
Avalie as indagaes abaixo e em seguida assinale a resposta correta.
permitido conceder anistia que abranja atos praticados com
simulao por terceiro em benefcio do sujeito passivo?
Como vimos, essa uma das hipteses em que a anistia no poder ser
aplicada.
RESPOSTA: NO
permitido que lei tributria concessiva de anistia condicione o
benefcio fiscal ao pagamento de tributo?
A anistia pode ser usada como moeda de troca. Como assim professor? O
Estado pode perdoar as infraes cometidas pelo sujeito passivo, desde que
esse pague o tributo que deve. um bom negcio para ambas as partes,
no mesmo?
RESPOSTA: SIM
Admite-se a revogao por lei, a qualquer tempo, de iseno
concedida por prazo certo e em funo de determinadas condies?
Vimos em questo anterior, que no caso de isenes onerosas, essas no
podem ser livremente revogadas pela Administrao. mais uma proteo
ao contribuinte.
RESPOSTA: NO
permitido que a iseno e a anistia sejam concedidas
restritamente a determinada regio do territrio do ente tributante,
em funo de condies a ela peculiares?
Esto vendo? Foi o que disse para vocs. Basta entender um instituto para
praticamente poder aplicar a regra aos outros. o caso do caput da
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questo, que vale tanto para a iseno como para a anistia e para a
moratria.
RESPOSTA: SIM
a) Sim, no, sim, sim
b) Sim, sim, no, sim
c) Sim, sim, no, no
d) No, no, no, sim
e) No, sim, no, sim
GABARITO: D
Q.11 (FCC - AFR SP/SEFAZ SP/Gesto Tributria/2013) Por meio de lei ordinria, o Estado do Rio Grande do Norte instituiu iseno
do ICMS exclusivamente para operaes com determinadas mercadorias a
fim de incentivar o desenvolvimento econmico e social de determinada
UHJLmRDTXDOSRVVXtDRPHQRUQGLFHGH'HVHQYROYLPHQWR+XPDQR,'+estadual. Conforme previsto na Lei, este benefcio seria concedido apenas
aos estabelecimentos que estivessem localizados na referida regio e que
previamente apresentassem requerimento. A empresa Anaximandro
Indstria e Comrcio Ltda. requereu o direito de adotar esta iseno em
suas operaes, pois est estabelecida dentro da regio prevista. Em face
da situao hipottica apresentada e do ordenamento jurdico vigente,
correto afirmar:
Comentrios:
Temos aqui um caso de iseno individual, limitada a determinada regio,
o que permitido pelo CTN. Esta foi a prova do concurso em que fui
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aprovado. Lembro de que ao fazer essa questo a primeira coisa que pensei
foi a de que isenes do ICMS necessitam de convnio baseado na LC
24/75. Entretanto, j adianto: a questo no mencionou nada sobre o
assunto. Assim sendo, era necessrio ignorar esse fato e simplesmente ir
pela literalidade do CTN.
Vamos para as alternativas.
a) A empresa, em funo de a iseno ter sido concedida em carter
regional, tem o direito subjetivo de no recolher as taxas estaduais
durante o perodo de fruio do benefcio, mormente por estas
taxas onerarem suas atividades, o que no se coaduna com o
objetivo socioeconmico da lei.
A iseno, quando concedida para um tributo no automaticamente
estendida para as taxas e contribuies de melhoria. Alternativa incorreta.
b) A empresa pode utilizar-se da iseno, por estar prevista em lei
ordinria estadual e ser norma vlida, vigente e eficaz,
independentemente de despacho da autoridade administrativa.
Como a iseno no foi feita de forma geral e previa certas condies,
depende de despacho da autoridade administrativa, no sendo, portanto,
automtica. Alternativa incorreta.
c) A empresa, no requerimento apresentado autoridade
administrativa, deve fazer prova do preenchimento das condies
previstas na lei ordinria editada pelo Estado do Rio Grande do
Norte, a fim de que seja autorizada a adoo desta forma de
excluso do crdito tributrio em suas operaes.
Perfeito. Como vimos, esse um caso de iseno condicionada, que
depende do despacho de uma autoridade administrativa. Alternativa
correta.
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d) A limitao desta iseno aos contribuintes estabelecidos em
determinada regio do Estado ilegal, pois trata de forma desigual
contribuintes estabelecidos no mesmo Estado da Federao, razo
pela qual as empresas localizadas em outras regies, por analogia,
podem adotar a iseno.
A afirmativa possui vrios erros. Primeiramente, a iseno a determinada
regio legal, pois alm de estar prevista no CTN um instrumento de
reforo da isonomia, na medida em que diminui as desigualdades entre
contribuintes. A iseno um benefcio para o sujeito passivo e, como tal,
deve ser interpretada de forma literal, no podendo ser estendida por meio
da analogia. Alternativa incorreta.
e) A empresa em razo da maneira como deve ser interpretada a
legislao tributria que dispe sobre iseno, conforme comando
do CTN, poder estender os efeitos deste benefcio para todas as
mercadorias que no esto previstas na lei instituidora, sobretudo
pelo carter socioeconmico da lei.
Como comentado na questo anterior, a iseno um benefcio para o
sujeito passivo e como tal deve ser interpretada de forma literal, no
podendo ser estendida. Alternativa incorreta.
GABARITO: C
Q.12 (FCC Proc./AL PB/2013) Com relao excluso do crdito tributrio correto afirmar:
a) Nos casos de excluso de crdito tributrio so dispensadas as
obrigaes acessrias relativas obrigao principal cujo crdito
seja excludo.
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Pessoal, a coisa mais difcil do mundo conseguir a dispensa de obrigaes
acessrias. Se tiver que chutar um dia na prova, chute que NUNCA essa
obrigaes ficam dispensadas OK? Essa inclusive a previso do CTN,
vejam:
CTN-Art. 175 Pargrafo nico. A excluso do crdito tributrio no dispensa o cumprimento das obrigaes acessrias dependentes da
obrigao principal cujo crdito seja excludo, ou dela conseqente. Alternativa incorreta.
b) Lei tributria estadual pode conceder iseno para taxas e
contribuies de melhoria.
Perfeito. As taxas e contribuies de melhoria so tributos de competncia
comum, ou seja, todos os entes federativos podem os instituir. Portanto,
dentro de sua competncia e discricionariedade, o Estado pode considerar
uma iseno dessas exaes. uma questo de Gesto Tributria.
Alternativa correta.
c) Despacho de autoridade administrativa concedendo iseno em
carter individual gera direito adquirido para o beneficirio desta
modalidade de excluso de crdito tributrio insuscetvel de
posterior fiscalizao.
Dois erros na questo. Primeiramente vimos que nem na moratria, nem
na anistia e nem na iseno, o benefcio quando concedido de forma
individual gera direito adquirido. Por decorrncia deste prprio fato, ele est
sujeito a futura fiscalizao e passvel de revogao. Alternativa incorreta.
d) Iseno pode ser concedida por contrato, mesmo na ausncia de
lei especfica, no sendo causa de responsabilidade funcional.
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Novamente, tanto a moratria, quanto a anistia e a iseno, necessitam de
lei. Se ela no existir o benefcio ser irregular, sendo causa de
responsabilidade funcional. Alternativa incorreta.
e) So causas excludentes do crdito tributrio: iseno, anistia e
moratria.
A moratria, apesar de ter sua estrutura textual bem prxima da iseno e
da anistia, no forma de excluso do crdito e sim de suspenso.
Alternativa incorreta.
GABARITO: B
Q.13 (ESAF - ATPS/MPOG/Previdncia/2012) So formas de extino do crdito tributrio:
Comentrios:
A extino do crdito, como o prprio nome diz, a ocorrncia de uma
determinada situao que faz com que esse direito do fisco desaparea.
Vou reproduzir as possibilidades do CTN e ao lado vou dar uma rpida
explicao:
CTN-Art. 156. Extinguem o crdito tributrio:
I - o pagamento ( a forma clssica de extino pela entrega de
dinheiro ao Estado);
II - a compensao (ocorre quando o Estado e o Sujeito Passivo
SRVVXHPFUpGLWRVXPFRQWUDRRXWUReRIDPRVRHODVSRUHODV); III - a transao (essa uma modalidade onde h alguma briga
(litgio) e as partes chegam a um acordo para termin-la);
IV remisso ( o perdo da existncia do crdito tributrio);
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V - a prescrio e a decadncia (so formas de perda de direito
do fisco. Um de lanar e outro de exigir o crdito);
VI - a converso de depsito em renda (o sujeito passivo pode
depositar o montante exigido pelo fisco em juzo para suspender o
crdito tributrio. Se ele perder a ao, esse dinheiro ser revertido
para o Estado e o crdito satisfeito);
VII - o pagamento antecipado e a homologao do lanamento nos
termos do disposto no artigo 150 e seus 1 e 4 ( uma forma de
pagamento, que fica postergada por depender da aprovao futura
da autoridade administrativa);
VIII - a consignao em pagamento, nos termos do disposto no 2
do artigo 164 ( uma modalidade que usada quando o sujeito
passivo queira pagar, mas de alguma forma no esteja conseguindo
por causa do fisco. Por esse motivo, o sujeito deposita a quantia
exigida em juzo);
IX - a deciso administrativa irreformvel, assim entendida a
definitiva na rbita administrativa, que no mais possa ser objeto de ao
anulatria (o sujeito passivo pode impugnar o lanamento de um
crdito tributrio. Se a deciso administrativa for favorvel a ele e
no puder mais ser modificada, o direito do Estado deixar de
existir);
X - a deciso judicial passada em julgado ( a mesma ideia do
inciso anterior, mas agora no poder judicirio).
XI a dao em pagamento em bens imveis, na forma e condies estabelecidas em lei. ( uma forma de satisfazer o crdito do Fisco
atravs do oferecimento de um bem imvel, que, se aceito, ser
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vendido. O produto arrecadado com a venda ser usado para
satisfazer a exao.)
Vamos para as alternativas.
a) o pagamento e a moratria.
O pagamento forma de extino do crdito, mas a moratria
modalidade de suspenso. Alternativa incorreta.
b) a compensao e a remisso.
Ambas so formas de extino do crdito tributrio. Alternativa correta.
c) a converso do depsito em renda e o depsito do montante
integral do crdito.
O depsito do montante integral do crdito suspende o crdito tributrio.
Alternativa incorreta.
d) a transao e o parcelamento.
O parcelamento suspende o crdito tributrio. Alternativa incorreta.
e) a consignao em pagamento e a moratria.
A moratria suspende o crdito tributrio. Alternativa incorreta.
GABARITO: B
Q.14 - (ESAF ANALISTA DA RFB 2012) O CTN prev que a importncia de crdito tributrio pode ser
consignada judicialmente pelo sujeito passivo, nos casos de
a) recusa de recebimento.
b) cobrana ou pagamento espontneo de tributo indevido ou maior que o
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devido em face da legislao tributria aplicvel.
c) subordinao do recebimento ao cumprimento de exigncias
administrativas sem fundamento legal.
d) subordinao do recebimento ao pagamento de outro tributo ou de
penalidade, ou ao cumprimento de obrigao acessria legalmente
estipulada.
e) exigncia, por mais de uma pessoa jurdica de direito pblico, de tributo
idntico sobre um mesmo fato gerador.
Comentrios:
A consignao em pagamento uma medida judicial que deve ser utilizada
pelo sujeito passivo quando ele tiver a inteno de pagar, mas encontrar
dificuldades, seja porque est sendo cobrado de forma errada por mais de
um sujeito ativo, seja porque no querem receber, seja por outros motivos
previstos no CTN. Essa questo foi anulada pois possui 4 alternativas
corretas pela literalidade (A, C, D, E). Perceba que na letra B o contribuinte
pagou tributo a maior ou indevido, o que ensejaria um pedido de
restituio. No hiptese de uso da medida em questo.
&71-Art. 164. A importncia de crdito tributrio pode ser consignada judicialmente pelo sujeito passivo, nos casos:
I - de recusa de recebimento, ou subordinao deste ao pagamento
de outro tributo ou de penalidade, ou ao cumprimento de obrigao
acessria;
II - de subordinao do recebimento ao cumprimento de
exigncias administrativas sem fundamento legal;
III - de exigncia, por mais de uma pessoa jurdica de direito
pblico, de tributo idntico sobre um mesmo fato gerador.
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1 A consignao s pode versar sobre o crdito que o consignante
se prope pagar.
2 Julgada procedente a consignao, o pagamento se reputa
efetuado e a importncia consignada convertida em renda; julgada
improcedente a consignao no todo ou em parte, cobra-se o crdito
acrescido de juros de mora, sem prejuzo das penalidades cabveis. GABARITO: ANULADA
Q.15 - (ESAF - AJ/SEFAZ CE/2007)
Sobre o pagamento, a principal e mais comum hiptese de extino da
obrigao tributria, o Cdigo Tributrio Nacional estabelece uma srie de
normas que o disciplinam. Assinale a seguir o item incorreto.
Comentrios:
O pagamento a forma clssica de extino do crdito tributrio pela
entrega de dinheiro em espcie. Vamos ver o que o CTN diz a respeito:
CTN-Art. 157. A imposio de penalidade no ilide o pagamento integral do crdito tributrio.
Art. 158. O pagamento de um crdito no importa em presuno de
pagamento:
I - quando parcial, das prestaes em que se decomponha;
II - quando total, de outros crditos referentes ao mesmo ou a outros
tributos.
Art. 159. Quando a legislao tributria no dispuser a respeito, o
pagamento efetuado na repartio competente do domiclio do sujeito
passivo.
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Art. 160. Quando a legislao tributria no fixar o tempo do
pagamento, o vencimento do crdito ocorre trinta dias depois da data em
que se considera o sujeito passivo notificado do lanamento.
Pargrafo nico. A legislao tributria pode conceder desconto
pela antecipao do pagamento, nas condies que estabelea. Vamos falar um pouco sobre esses primeiros 4 artigos. O Art. 157 fala o
obvio, pois se o sujeito passivo sofreu uma penalidade, essa uma
obrigao a pagar parte do tributo, ou seja, voc ainda ter que pagar os
dois. No prximo artigo a coisa tambm no muito diferente: o CTN prev
que o pagamento de uma parcela de um tributo no prova que voc pagou
as outras e nem o paga
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