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5/21/2018 AULA06-slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/aula-06-561ac0a2d13cc 1/77 Aula 06 Questões Comentadas de Direito Tributário p/ AFRFB 2014 Professor: Alexandre JK  -

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    Questes Comentadas de Direito Tributrio p/ AFRFB 2014Professor: Alexandre JK

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    AULA 06

    SUMRIO PGINA

    1. Questes da aula - sem comentrios 01

    2. Gabarito 18

    3. Questes da aula comentadas 19

    Ol pessoal!

    Estamos iniciando a nossa stima aula do nosso curso. Hoje

    trataremos de assuntos que possuem longos detalhamentos no CTN. Vocs

    vo ver que eu consegui dar uma mesma lgica para trs institutos

    diferentes, o que vai ajudar muito na hora da memorizao. Ao fim, temos

    um assunto espinhoso, mas obvio, devidamente esquematizado para

    vocs. Vamos pessoal! Falta pouco! Fora na peruca! Rsss!

    MEU GRUPO DE ESTUDOS:

    https://www.facebook.com/groups/457328964398344/

    QUESTES DA AULA SEM COMENTRIOS

    Q.01 - (ESAF ACE 2012) Assinale a opo que, a teor do disposto no Cdigo Tributrio Nacional, no

    constitui hiptese de suspenso da exigibilidade do crdito tributrio.

    a) Recurso interposto ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais.

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    b) Adeso, por parte do contribuinte, a parcelamento.

    c) Depsito de montante integral para garantia do juzo.

    d) Consignao em pagamento.

    e) Concesso de antecipao de tutela em ao judicial.

    Q.02 - (ESAF ISS-RJ 2010) a) o depsito de seu montante integral e a concesso de medida liminar

    em mandado de segurana, exclusivamente.

    b) o depsito de seu montante integral, a compensao e a concesso de

    liminar em mandado de segurana.

    c) a interposio de reclamaes ou recursos administrativos, a prescrio,

    a decadncia e concesso de liminar em mandado de segurana.

    d) o depsito de seu montante integral, o parcelamento, a concesso de

    liminar em mandado de segurana ou de tutela antecipada em outras

    espcies de ao judicial.

    e) a compensao, a transao, a concesso de medida liminar em

    mandado de segurana e a remisso.

    Q.03 - (ESAF ISS-RJ 2010) O mandado de segurana tem ampla utilizao em matria tributria,

    sendo utilizado sempre que o contribuinte se sente ameaado por uma

    imposio tributria que repute indevida. Sobre o mandado de segurana

    em matria tributria, assinale a opo correta.

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    a) A sentena que nega a segurana de carter declaratrio negativo,

    cujos efeitos no retroagem data da impetrao. Assim, a cassao da

    liminar no permite a cobrana dos acrscimos moratrios, mas somente

    do montante principal do dbito tributrio.

    b) A concesso de medida liminar em mandado de segurana impede o

    Fisco de realizar atos tendentes sua cobrana, tais como inscrev-lo em

    dvida ativa, ajuizar execuo fiscal e promover o seu lanamento.

    c) Os substitudos tributrios tm legitimidade para pleitear, em mandado

    de segurana preventivo, o afastamento das regras reputadas ilegais de

    exigncia de tributos ou contribuies, mas para que possam pleitear o

    ressarcimento por recolhimentos indevidos, mediante restituio ou

    compensao tributria, devem provar que suportaram o encargo

    tributrio, ou seja, de que no repassaram o encargo para os consumidores

    finais.

    d) O mandado de segurana no constitui ao adequada para a declarao

    do direito compensao tributria.

    e) A liminar em mandado de segurana tem eficcia pelo prazo de noventa

    dias, prorrogvel por mais trinta dias.

    Q.04 - (ESAF - ACF/SEFAZ CE/2007)

    Sobre a moratria, hiptese de suspenso da exigibilidade do crdito

    tributrio, podemos dizer que

    a) pode ser concedida por despacho da autoridade administrativa, desde

    que em condies especficas.

    b) pode ser concedida por despacho da autoridade administrativa, em

    quaisquer casos, incondicionalmente.

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    c) no pode ser concedida em carter individual.

    d) no pode, em nenhuma hiptese, ser concedida pela Unio em relao

    a tributos de competncia estadual.

    e) a lei que a prever no poder restringi-la a determinada regio do

    territrio do ente tributante.

    Q.05 (FCC - AFR SP/SEFAZ SP/Gesto Tributria/2013) A empresa Argonautas Unidos S.A. obteve a concesso de medida liminar

    em mandado de segurana preventivo que impetrara contra a Fazenda

    Pblica Estadual a fim de no pagar determinado tributo por entender

    indevido. Em razo desta concesso, a empresa realizou operao

    mercantil sem o devido destaque do imposto, deixando tambm de cumprir

    as obrigaes acessrias relacionadas. O Fisco, por sua vez, a fim de

    prevenir a decadncia do direito de lanar, lavrou auto de infrao contra

    o contribuinte. Passados 121 dias, o mandado de segurana foi julgado no

    mrito desfavoravelmente ao contribuinte, tendo transitado em julgado.

    Surpreendido com a deciso, o contribuinte foi at a repartio fiscal e

    entregou documentos relativos a apartamento de sua propriedade,

    alegando que poderia pagar o tributo mediante dao em pagamento de

    bem imvel. Em face da situao hipottica apresentada e do ordenamento

    jurdico vigente,

    a) a medida liminar em mandado de segurana e a remisso praeter

    tempus, espcies de suspenso do crdito tributrio, ficam sem efeito

    quando denegado o mandado de segurana pela sentena, retroagindo os

    efeitos da deciso contrria.

    b) justifica-se o no cumprimento pela empresa das obrigaes acessrias

    relacionadas com o tributo cujo pagamento foi obstado pela ordem judicial

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    obtida pela empresa, pois nesta situao h dispensa legal do cumprimento

    das obrigaes acessrias.

    c) o pagamento de tributos mediante dao em pagamento de bem imvel

    uma das formas previstas de excluso do crdito tributrio, devendo o

    contribuinte cumprir a forma e as condies estabelecidas em lei.

    d) a suspenso da exigibilidade do crdito tributrio na via judicial impede

    o Fisco de praticar qualquer ato contra o contribuinte visando cobrana

    de seu crdito, tais como inscrio em dvida, execuo e penhora, mas

    no impossibilita a Fazenda de proceder a regular constituio do crdito

    tributrio para prevenir a decadncia do direito de lanar.

    e) caso fosse previsto em lei ordinria, o contribuinte poderia fazer a

    compensao do tributo devido com o bem imvel, exercendo seu direito

    subjetivo ao uso de uma das espcies de extino do crdito tributrio.

    Q.06 (CESPE - DPE TO/2013) Acerca da suspenso do crdito tributrio, assinale a opo correta.

    a) A moratria geral concedida pela Unio nunca alcanar os tributos de

    competncia dos estados, do DF nem dos municpios, pois sempre se limita

    aos tributos de competncia federal.

    b) A suspenso da exigibilidade do crdito tributrio tambm suspende as

    demais obrigaes vinculadas ao tributo, dispensando-se o cumprimento

    das obrigaes acessrias dependentes da obrigao principal dela

    consequentes.

    c) De acordo com entendimento do STJ, o seguro garantia judicial, assim

    como a fiana bancria, no equiparvel ao depsito em dinheiro para

    fins de suspenso da exigibilidade do crdito tributrio.

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    d) A converso do depsito em renda modalidade de suspenso do crdito

    tributrio.

    e) A moratria individual no se inclui no mbito da reserva legal, pois,

    tendo natureza de ato administrativo que independe de lei, concedida por

    portaria da autoridade fiscal competente.

    Q.07 - (ESAF ANALISTA DA RFB 2009) De acordo com o disposto no artigo 175 do Cdigo Tributrio Nacional,

    excluem o crdito tributrio a iseno e a anistia. Sobre estas, comparadas

    a outros benefcios dos quais resultam renncia de receita, podemos

    afirmar, exceto, que:

    a) a iseno exclui o crdito tributrio, ou seja, surge a obrigao mas o

    respectivo crdito no ser exigvel; logo, o cumprimento da obrigao

    principal, bem como das obrigaes acessrias dela decorrentes, fica

    dispensado.

    b) ainda no caso da alquota zero, no caso do IPI Imposto sobre Produtos Industrializados, permite-se ao Poder Executivo restabelecer as alquotas a

    qualquer tempo, sem a necessidade de edio de lei para tal finalidade.

    c) o efeito econmico da iseno assemelha-se ao do benefcio fiscal da

    alquota zero, sendo esta uma soluo encontrada pelas autoridades

    fazendrias no sentido de excluir o nus da tributao sobre certos

    produtos, temporariamente, sem o isentar.

    d) caso o tributo tenha sido institudo por lei complementar, a concesso

    de sua iseno tem de ser feita por meio de diploma legislativo de mesmo

    nvel, ou seja, tambm por lei complementar.

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    e) a anistia fiscal capitulada como a excluso do crdito (gerado pela

    infrao) e no como extino (caso de remisso), pois se trata de crditos

    que aparecem depois do fato violador, abrangendo apenas infraes

    cometidas anteriormente vigncia da lei que a concede.

    Q.08 - (ESAF ANALISTA DA RFB 2012) Analise os itens a seguir e assinale a opo correta.

    I. A iseno, desde que concedida por prazo certo, e independentemente

    de ser condicionada a contrapartidas por parte do contribuinte, no poder

    ser revogada por lei.

    II. A anistia s abrange as infraes cometidas a partir da sua vigncia,

    devido ao princpio da irretroatividade das leis.

    III. A anistia dos crimes, concedida em lei penal, no estende seus efeitos

    matria tributria.

    a) Somente o item I est correto.

    b) Somente o item II est correto.

    c) Somente o item III est correto.

    d) Esto corretos os itens I e III.

    e) Esto corretos os itens II e III.

    Q.09 (ESAF - AFRFB/SRFB/2009) Sobre a excluso do crdito tributrio, assinale a opo correta.

    a) Nas modalidades de excluso do crdito tributrio, verifica-se a

    ocorrncia do fato gerador, a declarao da obrigao tributria e a

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    constituio do crdito tributrio, porm, no subsiste a obrigao de

    pagamento.

    b) A iseno causa de no-incidncia tributria.

    c) A Unio, mediante lei complementar e atendendo a relevante interesse

    social ou econmico nacional, poder conceder isenes de impostos

    estaduais e municipais.

    d) Segundo orientao do Supremo Tribunal Federal, a revogao de

    iseno no se sujeita ao princpio da anterioridade, fazendo com que o

    tributo volte a ser imediatamente exigvel.

    e) As isenes tributrias concedidas, sob condio onerosa, podem ser

    suprimidas por convenincia da Administrao.

    Q.10 - (ESAF - AFTE/SET RN/2005)

    Avalie as indagaes abaixo e em seguida assinale a resposta correta.

    permitido conceder anistia que abranja atos praticados com simulao

    por terceiro em benefcio do sujeito passivo?

    permitido que lei tributria concessiva de anistia condicione o benefcio

    fiscal ao pagamento de tributo?

    Admite-se a revogao por lei, a qualquer tempo, de iseno concedida por

    prazo certo e em funo de determinadas condies?

    permitido que a iseno e a anistia sejam concedidas restritamente a

    determinada regio do territrio do ente tributante, em funo de condies

    a ela peculiares?

    a) Sim, no, sim, sim

    b) Sim, sim, no, sim

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    c) Sim, sim, no, no

    d) No, no, no, sim

    e) No, sim, no, sim

    Q.11 (FCC - AFR SP/SEFAZ SP/Gesto Tributria/2013) Por meio de lei ordinria, o Estado do Rio Grande do Norte instituiu iseno

    do ICMS exclusivamente para operaes com determinadas mercadorias a

    fim de incentivar o desenvolvimento econmico e social de determinada

    UHJLmRDTXDOSRVVXtDRPHQRUQGLFHGH'HVHQYROYLPHQWR+XPDQR,'+estadual. Conforme previsto na Lei, este benefcio seria concedido apenas

    aos estabelecimentos que estivessem localizados na referida regio e que

    previamente apresentassem requerimento. A empresa Anaximandro

    Indstria e Comrcio Ltda. requereu o direito de adotar esta iseno em

    suas operaes, pois est estabelecida dentro da regio prevista. Em face

    da situao hipottica apresentada e do ordenamento jurdico vigente,

    correto afirmar:

    a) A empresa, em funo de a iseno ter sido concedida em carter

    regional, tem o direito subjetivo de no recolher as taxas estaduais durante

    o perodo de fruio do benefcio, mormente por estas taxas onerarem suas

    atividades, o que no se coaduna com o objetivo socioeconmico da lei.

    b) A empresa pode utilizar-se da iseno, por estar prevista em lei ordinria

    estadual e ser norma vlida, vigente e eficaz, independentemente de

    despacho da autoridade administrativa.

    c) A empresa, no requerimento apresentado autoridade administrativa,

    deve fazer prova do preenchimento das condies previstas na lei ordinria

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    editada pelo Estado do Rio Grande do Norte, a fim de que seja autorizada

    a adoo desta forma de excluso do crdito tributrio em suas operaes.

    d) A limitao desta iseno aos contribuintes estabelecidos em

    determinada regio do Estado ilegal, pois trata de forma desigual

    contribuintes estabelecidos no mesmo Estado da Federao, razo pela

    qual as empresas localizadas em outras regies, por analogia, podem

    adotar a iseno.

    e) A empresa em razo da maneira como deve ser interpretada a legislao

    tributria que dispe sobre iseno, conforme comando do CTN, poder

    estender os efeitos deste benefcio para todas as mercadorias que no

    esto previstas na lei instituidora, sobretudo pelo carter socioeconmico

    da lei.

    Q.12 (FCC Proc./AL PB/2013) Com relao excluso do crdito tributrio correto afirmar:

    a) Nos casos de excluso de crdito tributrio so dispensadas as

    obrigaes acessrias relativas obrigao principal cujo crdito seja

    excludo.

    b) Lei tributria estadual pode conceder iseno para taxas e contribuies

    de melhoria.

    c) Despacho de autoridade administrativa concedendo iseno em carter

    individual gera direito adquirido para o beneficirio desta modalidade de

    excluso de crdito tributrio insuscetvel de posterior fiscalizao.

    d) Iseno pode ser concedida por contrato, mesmo na ausncia de lei

    especfica, no sendo causa de responsabilidade funcional.

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    e) So causas excludentes do crdito tributrio: iseno, anistia e

    moratria.

    Q.13 (ESAF - ATPS/MPOG/Previdncia/2012) So formas de extino do crdito tributrio:

    a) o pagamento e a moratria.

    b) a compensao e a remisso.

    c) a converso do depsito em renda e o depsito do montante integral do

    crdito.

    d) a transao e o parcelamento.

    e) a consignao em pagamento e a moratria.

    Q.14 - (ESAF ANALISTA DA RFB 2012) O CTN prev que a importncia de crdito tributrio pode ser consignada

    judicialmente pelo sujeito passivo, nos casos de

    a) recusa de recebimento.

    b) cobrana ou pagamento espontneo de tributo indevido ou maior que o

    devido em face da legislao tributria aplicvel.

    c) subordinao do recebimento ao cumprimento de exigncias

    administrativas sem fundamento legal.

    d) subordinao do recebimento ao pagamento de outro tributo ou de

    penalidade, ou ao cumprimento de obrigao acessria legalmente

    estipulada.

    e) exigncia, por mais de uma pessoa jurdica de direito pblico, de tributo

    idntico sobre um mesmo fato gerador.

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    Q.15 - (ESAF - AJ/SEFAZ CE/2007)

    Sobre o pagamento, a principal e mais comum hiptese de extino da

    obrigao tributria, o Cdigo Tributrio Nacional estabelece uma srie de

    normas que o disciplinam. Assinale a seguir o item incorreto.

    a) O crdito no integralmente pago no vencimento acrescido de juros de

    mora, seja qual for o motivo determinante da falta, sem prejuzo da

    imposio das penalidades cabveis e da aplicao de quaisquer medidas

    de garantia previstas na legislao tributria.

    b) Quando a legislao tributria no fixar o tempo do pagamento, o

    vencimento do crdito ocorre trinta dias depois da data em que se considera

    o sujeito passivo notificado do lanamento. A legislao tributria pode

    conceder desconto pela antecipao do pagamento, nas condies em que

    estabelea.

    c) O pagamento de um crdito no importa em presuno de pagamento,

    quando parcial, das prestaes em que se decomponha e, quando total, de

    outros crditos referentes ao mesmo ou a outros tributos.

    d) O pagamento dos tributos efetuado, como regra, em moeda corrente,

    cheque ou vale postal, mas h tributos em que a lei preveja o seu

    pagamento em estampilha, em papel selado ou por processo mecnico.

    e) Quando a lei no dispuser a respeito, o pagamento efetuado na

    repartio competente do local em que tenha sido verificada a ocorrncia

    do fato gerador daquele tributo.

    Q.16 (ESAF - AFRFB/SRFB/Tecnologia da Informao/2005)

    Sobre o pagamento indevido de tributos correto afirmar-se, de acordo

    com o Cdigo Tributrio Nacional, que

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    a) a reforma, a anulao, a revogao ou a resciso de deciso

    condenatria, vista da qual se tenha efetuado o recolhimento, afinal tido

    por indevido tambm podem ensejar a restituio.

    b) a restituio de tributos que comportem, por sua natureza, transferncia

    do respectivo encargo financeiro, ser feita a quem comprove ter efetuado

    o pagamento indevido, tenha ele ou no assumido o referido encargo

    financeiro.

    c) ao falar de sujeito passivo, est a referir-se ao obrigado que o seja na

    condio de contribuinte, no quela em que ele tenha figurado como

    responsvel.

    d) para que haja o direito restituio, nos casos de tributos sujeitos a

    lanamento por homologao, necessria a prtica do ato homologatrio

    por parte da autoridade fazendria.

    e) o sujeito passivo tem direito restituio total ou parcial do tributo,

    recolhido indevidamente ou a maior do que o devido, desde que comprove

    ter havido erro, de sua parte, na interpretao da legislao aplicvel ao

    caso.

    Q.17 (FCC - AJ/TRF 2/Judiciria/Execuo de Mandados/2012) No que se refere extino do crdito tributrio, INCORRETO afirmar:

    a) A remisso o resgate sempre total da dvida tributria por parte do

    devedor ou de terceiro, enquanto que a remio o ato de perdoar essa

    dvida, porm parcialmente, ou a renncia de um direito.

    b) No caso de tributos sujeitos ao lanamento por homologao, o

    contribuinte calcula o montante do tributo devido e recolhe

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    antecipadamente aos cofres pblicos, ocorrendo a extino do crdito

    tributrio sobre a importncia paga.

    c) No Direito Tributrio, a compensao sempre legal, isto , s ser

    admitida a compensao do crdito tributrio com dvidas da Fazenda

    Pblica quando a lei expressamente a autorizar, sendo necessrio consenso

    do sujeito passivo.

    d) A hiptese em que a legislao prev a possibilidade do sujeito passivo

    pagar a multa com desconto de 50% (cinquenta por cento), desde que paga

    at determinada data e com a desistncia da defesa, representa uma forma

    de transao.

    e) A deciso administrativa irreformvel, assim entendida a definitiva na

    rbita administrativa, que no mais possa ser objeto de ao anulatria

    ocorre quando a deciso favorvel ao contribuinte. Mas, se desfavorvel

    a este, poder resolver pelas vias judiciais.

    Q.18 - (FCC - AFR SP/SEFAZ SP/Gesto Tributria/2009)

    Em abril de 2008, foi realizada fiscalizao em empresa atacadista, na qual

    constatou-se, em sua escrita fiscal, em relao ao ICMS devido no perodo

    de setembro de 2002 a novembro de 2003, que no teria havido o

    correspondente pagamento antecipado por parte do contribuinte e, em

    relao ao ICMS devido no perodo de dezembro de 2003 a maro de 2005,

    teria havido pagamento antecipado a menor. Em virtude de tais fatos, foi

    lavrado Auto de Infrao e Imposio de Multa com cobrana das diferenas

    de ICMS devido, mais multa e juros de mora. A regular notificao do Auto

    de Infrao deu-se em abril de 2008. Nesse caso,

    a) os dbitos de novembro de 2002 a novembro de 2003 esto prescritos.

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    b) os dbitos de dezembro de 2003 a abril de 2004 esto prescritos.

    c) houve decadncia em relao aos dbitos do perodo de setembro de

    2002 a novembro de 2002.

    d) houve decadncia em relao aos dbitos do perodo de novembro de

    2002 a maro de 2003.

    e) houve decadncia e prescrio em relao aos dbitos do perodo de

    novembro de 2002 a maro de 2003.

    Q.19 - (FCC - DPE RS/2011)

    Um determinado contribuinte apresentou Fazenda a Guia de Informao

    e Apurao do ICMS (GIA) e deixou de recolher no prazo legal o imposto

    nela informado, relativo a fatos geradores do ms de fevereiro do ano de

    2005. O vencimento do tributo devido era no ltimo dia til do ms de

    maro de 2005. No ms de junho de 2010, a Fazenda ajuizou ao de

    execuo fiscal, tendo o contribuinte apresentado embargos execuo

    alegando a prescrio do crdito tributrio. Tendo em conta essas

    circunstncias e a atual jurisprudncia do Superior Tribunal de Justia,

    correto afirmar que

    a) no se trata de prescrio, mas de decadncia, cujo prazo para o

    lanamento ainda no se escoou, pois, cuidando-se na hiptese de

    lanamento de ofcio ou direto, o prazo decadencial de 5 (cinco) anos conta-

    se a partir do primeiro dia do exerccio seguinte quele em que o

    lanamento poderia ter sido efetuado.

    b) no ocorreu nem prescrio nem decadncia, pois, tratando-se, o ICMS,

    de tributo sujeito a lanamento por homologao, adota-se a chamada tese

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    dos 5 (cinco) mais 5 (cinco), de modo que o prazo para cobrana de 10

    (dez) anos, o qual ainda no decorreu.

    c) ocorreu a prescrio, pois, tratando-se de tributo sujeito a lanamento

    por homologao, a entrega da GIA constitui o crdito tributrio,

    independentemente de qualquer outra providncia do Fisco relativa a

    lanamento, sendo que, no caso, j se escoou o prazo prescricional de 5

    (cinco) anos contados do vencimento do dbito tributrio.

    d) no ocorreu a prescrio, pois, tratando-se de lanamento direto ou de

    ofcio, o prazo prescricional conta-se a partir do primeiro dia do exerccio

    seguinte quele em que o lanamento poderia ter sido efetuado.

    e) embora o prazo no seja de prescrio, mas de decadncia, o fato que

    esta ltima j se configurou, pois, tratando-se o ICMS de tributo sujeito a

    lanamento por homologao, o prazo decadencial de 5 (cinco) anos conta-

    se a partir da data do vencimento do tributo ou da data da entrega da GIA,

    o que ocorrer por ltimo.

    Q.20 - (ESAF - AFRE/SEFAZ CE/2007)

    A ao para a cobrana do crdito tributrio prescreve em 5 (cinco) anos

    contados da data de sua constituio definitiva. O prazo prescricional se

    interrompe em determinadas hipteses elencadas pelo Cdigo Tributrio

    Nacional. Assinale abaixo a opo que contenha hipteses de interrupo

    da prescrio.

    a) Protesto judicial / ato inequvoco que importe em reconhecimento de

    dbito pelo devedor / citao vlida em execuo fiscal.

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    b) Qualquer ato judicial ou extrajudicial que constitua em mora o devedor

    / ato inequvoco que importe em reconhecimento de dbito pelo devedor /

    protesto judicial.

    c) Despacho do juiz que ordenar a citao em execuo fiscal/ qualquer ato

    judicial ou extrajudicial que constitua em mora o devedor / protesto

    judicial.

    d) Citao vlida em execuo fiscal / qualquer ato judicial que constitua

    em mora o devedor / protesto judicial.

    e) Despacho do juiz que ordenar a citao em execuo fiscal/ ato

    inequvoco que importe em reconhecimento de dbito pelo devedor /

    protesto judicial.

    -

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    AULA 06: GABARITO

    GABARITO

    01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15

    D D C A D C A C D D C B B * E

    16 17 18 19 20

    A A C C E

    *14 - ANULADA

    -

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    QUESTES DA AULA COMENTADAS

    Q.01 - (ESAF ACE 2012) Assinale a opo que, a teor do disposto no Cdigo Tributrio Nacional, no

    constitui hiptese de suspenso da exigibilidade do crdito tributrio.

    Comentrios:

    A suspenso um atributo a determinada situao que impede a cobrana

    do crdito tributrio pelo perodo em que perdurar essa qualidade.

    Lembrando que um macetinho para decorar essas hipteses o

    MODERECOPAR. Para saber o porqu, vamos lembrar o CTN reparando nas

    iniciais em negrito:

    CTN-Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crdito tributrio: I - moratria;

    II - o depsito do seu montante integral;

    III - as reclamaes e os recursos, nos termos das leis reguladoras do

    processo tributrio administrativo;

    IV - a concesso de medida liminar em mandado de segurana.

    V a concesso de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espcies de ao judicial;

    VI o parcelamento. Vamos para as alternativas.

    a) Recurso interposto ao Conselho Administrativo de Recursos

    Fiscais.

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    Correta. Recurso uma impugnao do sujeito passivo. Faz parte do

    macete RE. (CTN-Art. 151. III)

    b) Adeso, por parte do contribuinte, a parcelamento.

    Correta. O parcelamento uma medida para que o sujeito passivo quite

    suas dvidas com o Fisco de forma diferida. Faz parte do macete PAR. (CTN-

    Art. 151. VI)

    c) Depsito de montante integral para garantia do juzo.

    Correta. Depositar o montante integral, significa garantir para outra parte

    do processo, no caso o fisco, que voc tem a boa-f de quitar suas

    obrigaes. Faz parte do macete DE. (CTN-Art. 151. II)

    d) Consignao em pagamento.

    Incorreta. Rsss! Aqui o examinador veio preparado para pegar o candidato

    que s soubesse o macete!! Gente, o macete para ajudar a decorar, mas

    lgico que vocs precisam saber o que significa MODERECOPAR. No caso,

    essa alternativa est incorreta pois consignao em pagamento uma

    forma de extino do crdito tributrio. Atravs dela, o sujeito passivo,

    quando tiver a inteno de pagar, mas estiver encontrando alguma

    dificuldade imposta por parte do fisco, poder consignar judicialmente seu

    pagamento.

    e) Concesso de antecipao de tutela em ao judicial.

    Correta. Tutela em ao judicial uma medida prvia, geralmente no incio

    do processo, que tem o objetivo de resguardar o direito da parte. Est

    dentro do macete CO. (CTN-Art. 151. V)

    GABARITO: D

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    Q.02 - (ESAF ISS-RJ 2010) Suspendem a exigibilidade do crdito tributrio:

    Comentrios:

    Vamos para as alternativas.

    a) o depsito de seu montante integral e a concesso de medida

    liminar em mandado de segurana, exclusivamente.

    Existem 6 hipteses de suspenso e no apenas 2 como afirma a

    alternativa. Alternativa incorreta.

    b) o depsito de seu montante integral, a compensao e a

    concesso de liminar em mandado de segurana.

    -

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    A compensao forma de extino do crdito tributrio. Alternativa

    incorreta.

    c) a interposio de reclamaes ou recursos administrativos, a

    prescrio, a decadncia e concesso de liminar em mandado de

    segurana.

    A prescrio e decadncia so formas de extino do crdito tributrio.

    Alternativa incorreta.

    d) o depsito de seu montante integral, o parcelamento, a

    concesso de liminar em mandado de segurana ou de tutela

    antecipada em outras espcies de ao judicial.

    Perfeito. Todas so hipteses de suspenso do crdito tributrio.

    Alternativa correta.

    e) a compensao, a transao, a concesso de medida liminar em

    mandado de segurana e a remisso.

    A compensao, a transao e a remisso so modalidades de extino do

    crdito tributrio.

    GABARITO: D

    Q.03 - (ESAF ISS-RJ 2010) O mandado de segurana tem ampla utilizao em matria tributria,

    sendo utilizado sempre que o contribuinte se sente ameaado por uma

    imposio tributria que repute indevida. Sobre o mandado de segurana

    em matria tributria, assinale a opo correta.

    a) A sentena que nega a segurana de carter declaratrio

    negativo, cujos efeitos no retroagem data da impetrao. Assim,

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    a cassao da liminar no permite a cobrana dos acrscimos

    moratrios, mas somente do montante principal do dbito

    tributrio.

    Antes de mais nada bom comentar que essa questo fugiu bem do padro

    de cobrana sobre essa matria. O mandando de segurana um remdio

    constitucional que concedido para proteger direito lquido e certo, no

    amparado por "habeas-corpus" ou "habeas-data", quando o responsvel

    pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pblica ou agente de

    pessoa jurdica no exerccio de atribuies do Poder Pblico. Uma liminar

    nesse tipo de ao uma concesso antecipada do direito pleiteado pela

    parte, em funo do perigo da demora em resolver a situao. Perceba que

    ela um direito provisrio, precrio, dependente de futura confirmao,

    cujos efeitos sero definitivos. Assim sendo, se uma liminar for cassada,

    todos os direitos da parte contrria esto mantidos, pois aquela deciso

    no continha efeitos permanentes, tendo efeitos ex-tunc. Portanto, no caso

    da questo, se a liminar for cassada, ser permitida a cobrana dos

    acrscimos moratrios alm da cobrana do tributo. Alternativa incorreta.

    b) A concesso de medida liminar em mandado de segurana

    impede o Fisco de realizar atos tendentes sua cobrana, tais como

    inscrev-lo em dvida ativa, ajuizar execuo fiscal e promover o

    seu lanamento.

    Essa alternativa interessante porque ela sempre cobrada em prova e os

    alunos confundem alguns conceitos. Uma coisa a cobrana do crdito

    tributrio, a execuo do sujeito passivo por sua inadimplncia. Outra coisa

    so os atos necessrios para que no se perca do direito de cobrar. So

    coisas distintas. Esses ltimos atos, so aqueles com a finalidade de

    proteger o direito do Fisco, que no implicaro exigncia imediata da

    exao. Assim sendo, a liminar em mandado de segurana realmente

    -

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    suspende o crdito tributrio e impede que o fisco o COBRE. Entretanto,

    no impede que ele se proteja dos efeitos da prescrio e decadncia,

    podendo o inscrever em dvida ativa, ajuizar execuo fiscal e promover o

    seu lanamento. Alternativa incorreta.

    c) Os substitudos tributrios tm legitimidade para pleitear, em

    mandado de segurana preventivo, o afastamento das regras

    reputadas ilegais de exigncia de tributos ou contribuies, mas

    para que possam pleitear o ressarcimento por recolhimentos

    indevidos, mediante restituio ou compensao tributria, devem

    provar que suportaram o encargo tributrio, ou seja, de que no

    repassaram o encargo para os consumidores finais.

    Vamos resolver essa pela lgica. Os substitudos tributrios tambm podem

    ser sujeitos passivos e com esse atributo, tambm podem sofrer o abuso

    de regras reputadas ilegais de exigncia de tributos ou contribuies. No

    caso de tributos em que o contribuinte de direito (que pratica o fato

    gerador) diferente do contribuinte de fato (que arca com o nus

    tributrio), se houver recolhimento indevido de tributo, necessrio que o

    primeiro contribuinte esteja autorizado pelo segundo a receber a restituio

    ou que prove que foi ele que suportou o encargo tributrio. Alternativa

    correta.

    CTN-Art. 166. A restituio de tributos que comportem, por sua natureza, transferncia do respectivo encargo financeiro somente ser feita

    a quem prove haver assumido o referido encargo, ou, no caso de t-lo

    transferido a terceiro, estar por este expressamente autorizado a receb-

    la. d) O mandado de segurana no constitui ao adequada para a

    declarao do direito compensao tributria.

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    A compensao uma forma de extino do crdito tributrio prevista em

    lei, que permite ao sujeito passivo compensar dbitos com seus crditos

    perante o fisco. Portanto, representa um direito do contribuinte. Como todo

    direito, ele pode sofrer abuso e, por esse motivo, pode ensejar o mandado

    de segurana. Alternativa incorreta. Veja o STJ:

    STJ Smula n 213 - O mandado de segurana constitui ao adequada para a declarao do direito compensao tributria. e) A liminar em mandado de segurana tem eficcia pelo prazo de

    noventa dias, prorrogvel por mais trinta dias.

    A norma que disciplina o mandado de segurana (LEI 12.016/2009) prev

    que a eficcia da liminar, se no cassada, se estender at a prolao da

    sentena. Alternativa incorreta.

    GABARITO: C

    Q.04 - (ESAF - ACF/SEFAZ CE/2007)

    Sobre a moratria, hiptese de suspenso da exigibilidade do crdito

    tributrio, podemos dizer que

    Comentrios:

    A moratria e parcelamento so as formas de suspenso do crdito

    tributrio que possuem maiores detalhamentos no CTN. Vamos relembrar:

    CTN-Art. 152. A moratria somente pode ser concedida: I - em carter geral:

    a) pela pessoa jurdica de direito pblico competente para instituir o

    tributo a que se refira;

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    b) pela Unio, quanto a tributos de competncia dos Estados, do

    Distrito Federal ou dos Municpios, quando simultaneamente concedida

    quanto aos tributos de competncia federal e s obrigaes de direito

    privado;

    II - em carter individual, por despacho da autoridade

    administrativa, desde que autorizada por lei nas condies do inciso

    anterior.

    Pargrafo nico. A lei concessiva de moratria pode circunscrever

    expressamente a sua aplicabilidade determinada regio do territrio da

    pessoa jurdica de direito pblico que a expedir, ou a determinada classe

    ou categoria de sujeitos passivos. Vamos ver ento o que esse artigo tem de relevante. A moratria uma

    dilao de prazo de pagamento. Ela pode ser dar de duas maneiras, de

    forma Geral ou Individual. A primeira possibilidade se divide em outras

    duas: 1) Pela prpria pessoa jurdica que possui a competncia, ou seja,

    o caso do Municpio dando moratria ao pagamento do IPTU e 2) Pela Unio

    em relao a tributos Estaduais e Municipais, desde que tambm conceda

    dos seus. Muito cuidado para no confundir essa ltima hiptese com a

    vedao s isenes heternomas, uma coisa no tem ligao com a outra.

    Vamos ver o prximo artigo:

    CTN-Art. 153. A lei que conceda moratria em carter geral ou autorize sua concesso em carter individual especificar, sem prejuzo de

    outros requisitos:

    I - o prazo de durao do favor;

    II - as condies da concesso do favor em carter individual;

    III - sendo caso:

    -

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    a) os tributos a que se aplica;

    b) o nmero de prestaes e seus vencimentos, dentro do prazo a

    que se refere o inciso I, podendo atribuir a fixao de uns e de outros

    autoridade administrativa, para cada caso de concesso em carter

    individual; c) as garantias que devem ser fornecidas pelo beneficiado no caso de

    concesso em carter individual.

    O artigo 153 traz as condies para que a moratria seja instituda. No

    havendo muito o que se explicar a respeito.

    CTN-Art. 154. Salvo disposio de lei em contrrio, a moratria somente abrange os crditos definitivamente constitudos data da lei

    ou do despacho que a conceder, ou cujo lanamento j tenha sido

    iniciado quela data por ato regularmente notificado ao sujeito passivo.

    Pargrafo nico. A moratria no aproveita aos casos de dolo,

    fraude ou simulao do sujeito passivo ou do terceiro em benefcio

    daquele. J o artigo 154 tem uma lgica que merece ser explicada. Como disse, o

    objetivo da moratria dar uma ajuda a alguns sujeitos passivos que esto

    passando por uma determinada dificuldade. Pode ser o caso de uma crise

    econmica internacional que afete um setor, ou um caso isolado de uma

    geada que destrua todo um plantio de soja. Assim sendo, so casos em

    que os contribuintes no vo ter condies de pagar seus tributos ao fisco.

    Ora, se estamos falando de dificuldade de pagar, estamos assumindo que

    existe alguma cobrana formalizada, algum direito, ou seja, um crdito

    tributrio constitudo ou pelo menos em fase de constituio. Um simples

    fato gerador praticado e, portanto, no formalizado, no precisa estar

    contido nessa moratria pois, muito provavelmente, o sujeito passivo

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    atingido por uma dificuldade ir conseguir sair dela at a formalizao

    dessa obrigao pelo lanamento. Deu pra entender? Rsss! J o pargrafo

    nico exclui da moratria os crditos gerados por dolo, fraude ou

    simulao, representando um desestmulo prtica dessas atividades.

    CTN-Art. 155. A concesso da moratria em carter individual no gera direito adquirido e ser revogado de ofcio, sempre que se apure

    que o beneficiado no satisfazia ou deixou de satisfazer as condies ou

    no cumprira ou deixou de cumprir os requisitos para a concesso do favor,

    cobrando-se o crdito acrescido de juros de mora:

    I - com imposio da penalidade cabvel, nos casos de dolo ou

    simulao do beneficiado, ou de terceiro em benefcio daquele;

    II - sem imposio de penalidade, nos demais casos.

    Pargrafo nico. No caso do inciso I deste artigo, o tempo decorrido

    entre a concesso da moratria e sua revogao no se computa para efeito

    da prescrio do direito cobrana do crdito; no caso do inciso II deste

    artigo, a revogao s pode ocorrer antes de prescrito o referido direito. Por fim, o Art. 155 traz uma regra para moratria individual, situao que

    no ser permanente para o sujeito passivo, ou seja, no gera direito

    adquirido. Assim sendo, se o beneficiado no cumprir com as condies

    estabelecidas, ir perder o direito a usufru-lo, podendo sofrer uma

    penalidade dependendo de sua conduta. J o pargrafo nico traz uma

    proteo ao direito de cobrana para o Estado. No caso do inciso I, o sujeito

    passivo no podia ser beneficiar da moratria, mas o fez enganando o fisco

    (simulando, com dolo). Por esse motivo, esse tempo em que determinado

    sujeito se beneficiou no ser levado em considerao para a contagem da

    prescrio (perda do direito de exigir o crdito tributrio).

    Vamos para as alternativas.

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    a) pode ser concedida por despacho da autoridade administrativa,

    desde que em condies especficas.

    Vimos em nosso resumo que existe a possibilidade de moratria individual,

    que nesse caso ser concedida por despacho da autoridade administrativa,

    desde que exista lei autorizando. Alternativa correta.

    b) pode ser concedida por despacho da autoridade administrativa,

    em quaisquer casos, incondicionalmente.

    No em qualquer caso e de forma incondicional que a moratria individual

    poder ser concedida. Depende do que a lei previr. Alternativa incorreta.

    c) no pode ser concedida em carter individual.

    A moratria pode ser concedida em carter geral e individual. Alternativa

    incorreta.

    d) no pode, em nenhuma hiptese, ser concedida pela Unio em

    relao a tributos de competncia estadual.

    Essa possibilidade existe. Cuidado para no confundir com as isenes

    heternomas. Essa ltima a vedao da Unio instituir uma iseno de

    tributo Estadual ou Municipal. J a moratria se refere ao prazo de

    pagamento. So coisas diferentes. Alternativa incorreta.

    e) a lei que a prever no poder restringi-la a determinada regio

    do territrio do ente tributante.

    Imagine que apenas os produtores de boi do Estado de So Paulo foram

    afetados por uma crise internacional. O Estado pode restringir a moratria

    do ICMS apenas regio onde esses produtores esto localizados, faz todo

    o sentido. Alternativa incorreta.

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    GABARITO: A

    Q.05 (FCC - AFR SP/SEFAZ SP/Gesto Tributria/2013) A empresa Argonautas Unidos S.A. obteve a concesso de medida liminar

    em mandado de segurana preventivo que impetrara contra a Fazenda

    Pblica Estadual a fim de no pagar determinado tributo por entender

    indevido. Em razo desta concesso, a empresa realizou operao

    mercantil sem o devido destaque do imposto, deixando tambm de cumprir

    as obrigaes acessrias relacionadas. O Fisco, por sua vez, a fim de

    prevenir a decadncia do direito de lanar, lavrou auto de infrao contra

    o contribuinte. Passados 121 dias, o mandado de segurana foi julgado no

    mrito desfavoravelmente ao contribuinte, tendo transitado em julgado.

    Surpreendido com a deciso, o contribuinte foi at a repartio fiscal e

    entregou documentos relativos a apartamento de sua propriedade,

    alegando que poderia pagar o tributo mediante dao em pagamento de

    bem imvel. Em face da situao hipottica apresentada e do ordenamento

    jurdico vigente,

    Comentrios:

    Vamos fazer aquele resumo. O contribuinte conseguiu medida liminar, o

    que suspendeu o crdito tributrio. Ficou to feliz que enlouqueceu.

    Comeou a vender mercadorias sem nota fiscal. Depois de 121 dias, o

    processo foi julgado e o Estado foi vencedor. Viajando na maionese e

    totalmente desesperado, o contribuinte foi a repartio tributria,

    oferecendo seu apartamento para quitar as dvidas, s no levou a sogra

    porque no tinha uma. RSSS! Atravs de minhas ironias eu quis mostrar

    os erros de conduta do sujeito passivo. Pessoal, vocs tem que entender

    que o efeito das coisas no direito recai sobre uma coisa especfica. Como

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    assim? No nosso caso, a suspenso recai no direito do fisco de exigir o

    crdito tributrio, no tem ligao alguma com as obrigaes acessrias.

    Veja outro exemplo da questo. O fato do crdito estar suspenso, impede

    o fisco de formalizar o crdito? Vejam como as coisas parecem no fazer

    sentido... parecem. Como voc vai suspender algo que no existe? Pois ,

    a suspenso para exigir o crdito e no para formaliz-lo. O fisco pode

    realizar o lanamento para que no perca o direito atravs da decadncia.

    Uma coisa uma coisa e outra coisa outra coisa, rss!

    Vamos para as alternativas.

    a) a medida liminar em mandado de segurana e a remisso praeter

    tempus, espcies de suspenso do crdito tributrio, ficam sem

    efeito quando denegado o mandado de segurana pela sentena,

    retroagindo os efeitos da deciso contrria.

    Primeira coisa, veja como o examinador gosta de colocar expresses para

    ERWDU PHGR praeter tempus SDUHFH PDLV XPD FRLVD GR +DUU\ 3RWWHUEnfim, no importa. Pra quem tem curiosidade, essa expresso tem um

    significado de fora do tempo. Quando aparecerem essas coisas na prova,

    simplesmente desconsidere, v pelo contexto, ou outras dicas que a

    questo vai dar. Aqui o erro simples, remisso forma de extino do

    crdito e no de suspenso. Alternativa incorreta.

    b) justifica-se o no cumprimento pela empresa das obrigaes

    acessrias relacionadas com o tributo cujo pagamento foi obstado

    pela ordem judicial obtida pela empresa, pois nesta situao h

    dispensa legal do cumprimento das obrigaes acessrias.

    Foi o que eu expliquei no resumo. A suspenso afeta o crdito tributrio.

    Perceba que as obrigaes acessrias no tem ligao direta com esse

    conceito, motivo pelo qual, no so afetadas. Alternativa incorreta.

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    c) o pagamento de tributos mediante dao em pagamento de bem

    imvel uma das formas previstas de excluso do crdito

    tributrio, devendo o contribuinte cumprir a forma e as condies

    estabelecidas em lei.

    Est quase tudo certo, o problema que dao em pagamento por bem

    imvel forma de extino do crdito e no de suspenso. Outra coisa,

    repare que o contribuinte deve seguir as condies da lei. Ento ele no

    pode aparecer do nada na repartio oferecendo o apartamento dele.

    Alternativa incorreta.

    d) a suspenso da exigibilidade do crdito tributrio na via judicial

    impede o Fisco de praticar qualquer ato contra o contribuinte

    visando cobrana de seu crdito, tais como inscrio em dvida,

    execuo e penhora, mas no impossibilita a Fazenda de proceder

    a regular constituio do crdito tributrio para prevenir a

    decadncia do direito de lanar.

    Perfeito. o que tenho explicado. A suspenso IMPEDE o fisco de EXIGIR

    o crdito tributrio do sujeito passivo. Isso diferente de CONSTITUIR um

    novo crdito pelo lanamento para que no ocorra a decadncia. Depois de

    constitudo, o fisco dever aguardar a deciso judicial para poder exigi-lo.

    Alternativa correta.

    e) caso fosse previsto em lei ordinria, o contribuinte poderia fazer

    a compensao do tributo devido com o bem imvel, exercendo seu

    direito subjetivo ao uso de uma das espcies de extino do crdito

    tributrio.

    A compensao, como o prprio nome diz, uma forma de extino do

    crdito tributrio pelo abatimento de crditos que ambos os sujeitos de

    uma relao jurdica possuem em relao a um e a outro. o caso do

    -

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    Estado ter um crdito contra o sujeito passivo e o esse um crdito contra o

    Estado. o IDPRVRYDPRVGHL[DUHODVSRUHODV2SUREOHPDpTXHXPimvel no representa um crdito contra o Estado, no podendo ser usado

    na compensao. Alternativa incorreta.

    GABARITO: D

    Q.06 (CESPE - DPE TO/2013) Acerca da suspenso do crdito tributrio, assinale a opo correta.

    a) A moratria geral concedida pela Unio nunca alcanar os

    tributos de competncia dos estados, do DF nem dos municpios,

    pois sempre se limita aos tributos de competncia federal.

    Vimos em questes anteriores que possvel a Unio conceder moratria

    de tributos Estaduais, do DF e dos Municpios, desde que conceda tambm

    dos seus e das obrigaes de direito privado. Alternativa incorreta.

    b) A suspenso da exigibilidade do crdito tributrio tambm

    suspende as demais obrigaes vinculadas ao tributo,

    dispensando-se o cumprimento das obrigaes acessrias

    dependentes da obrigao principal dela consequentes.

    A suspenso afeta apenas o direito do fisco de exigir um crdito tributrio.

    No tem absolutamente nenhuma ligao com as obrigaes acessrias,

    que devero continuar a ser cumpridas. Alternativa incorreta.

    c) De acordo com entendimento do STJ, o seguro garantia judicial,

    assim como a fiana bancria, no equiparvel ao depsito em

    dinheiro para fins de suspenso da exigibilidade do crdito

    tributrio.

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    Opa, opa! Mais uma oportunidade de resolvermos algo pela lgica sem

    conhecer a jurisprudncia. O depsito integral forma de suspenso do

    crdito tributrio. Agora, depsito do que pessoal? Balas Juquinha? claro

    que no. S possvel utilizar-se desse instituto atravs do depsito EM

    DINHEIRO. No pode nem ser algo que tenha alta liquidez, s pode ser em

    espcie. Dessa maneira, apesar de seguro de garantia judicial e fiana

    bancria serem instrumentos de alta liquidez e bastante confiveis, no

    representam dinheiro em espcie, no podendo ser utilizados como forma

    de suspenso do crdito tributrio. Alternativa correta. Veja o STJ (EDcl no

    AgRg no REsp 1274750 / SP):

    PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTRIO. EMBARGOS DE DECLARAO. EXECUO FISCAL. SUBSTITUIO DA PENHORA EM DINHEIRO POR

    SEGURO GARANTIA JUDICIAL. INVIABILIDADE. SISTEMA BACEN

    JUD. LEI 11.382/2006. DECISO POSTERIOR. APLICABILIDADE. 1. O STJ

    possui entendimento no sentido de que o seguro garantia judicial, assim

    como a fiana bancria, no equiparvel ao depsito em dinheiro

    para fins de suspenso da exigibilidade do crdito tributrio, nos termos

    do art. 151 do CTN. d) A converso do depsito em renda modalidade de suspenso

    do crdito tributrio.

    A converso do depsito em renda forma de extino do crdito tributrio.

    Alternativa incorreta.

    e) A moratria individual no se inclui no mbito da reserva legal,

    pois, tendo natureza de ato administrativo que independe de lei,

    concedida por portaria da autoridade fiscal competente.

    Para que exista moratria individual necessria uma lei que defina as

    condies para que possa ser usufruda. A partir dela, a autoridade ir

    -

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    verificar se o sujeito se enquadra nas possibilidades, apenas declarando um

    direito j existente. Alternativa incorreta.

    GABARITO: C

    Q.07 - (ESAF ANALISTA DA RFB 2009) De acordo com o disposto no artigo 175 do Cdigo Tributrio Nacional,

    excluem o crdito tributrio a iseno e a anistia. Sobre estas, comparadas

    a outros benefcios dos quais resultam renncia de receita, podemos

    afirmar, exceto, que:

    Comentrios:

    A excluso o impedimento da constituio do crdito tributrio. Ou seja,

    h fato gerador e obrigao tributria, mas acaba por aqui, ou seja, no h

    lanamento. A excluso pode excluir tributo (iseno) ou infrao (anistia).

    Vamos fazer um breve resumo sobre a iseno:

    CTN-Art. 176. A iseno, ainda quando prevista em contrato, sempre decorrente de lei que especifique as condies e requisitos

    exigidos para a sua concesso, os tributos a que se aplica e, sendo caso, o

    prazo de sua durao.

    Pargrafo nico. A iseno pode ser restrita a determinada regio

    do territrio da entidade tributante, em funo de condies a ela

    peculiares.

    Art. 179. A iseno, quando no concedida em carter geral,

    efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade administrativa, em

    requerimento com o qual o interessado faa prova do preenchimento das

    condies e do cumprimento dos requisitos previstos em lei ou contrato

    para sua concesso.

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    1 Tratando-se de tributo lanado por perodo certo de tempo, o

    despacho referido neste artigo ser renovado antes da expirao de cada

    perodo, cessando automaticamente os seus efeitos a partir do primeiro dia

    do perodo para o qual o interessado deixar de promover a continuidade do

    reconhecimento da iseno.

    2 O despacho referido neste artigo no gera direito adquirido,

    aplicando-se, quando cabvel, o disposto no artigo 155. Perceba que a iseno possui um texto praticamente idntico moratria.

    Vejamos: 1) ela pode ser geral e individual, 2) se for individual depende de

    despacho da autoridade administrativa, 3) se for individual no gera direito

    adquirido, 4) depende de lei e 5) pode ser restrita a determinada regio do

    territrio. Praticamente a mesma coisa!!!! A diferena que aqui a Unio

    no pode conceder iseno de tributo Estadual e Municipal, ao contrrio da

    Moratria. Assim sendo, se voc entender um instituto, automaticamente

    vai absorver o outro!! O pargrafo 1 do Art. 179 prev que no caso dos

    tributos por perodo certo de tempo (IPVA, IPTU), a iseno individual

    dever ser renovada antes da ocorrncia do fato gerador, ou seja, no caso

    dos meus exemplos, antes de cada 1 de janeiro.

    Art. 177. Salvo disposio de lei em contrrio, a iseno no extensiva:

    I - s taxas e s contribuies de melhoria;

    II - aos tributos institudos posteriormente sua concesso. Esse artigo meio obvio, porque ele prev, por exemplo, que se o IPTU for

    isento, as taxas e s contribuies de melhoria relacionadas ao imvel no

    o sero. claro n pessoal! Cada tributo, regra geral, necessita de iseno

    prpria. Vejam o inciso II. O que vocs acham? Um novo tributo foi

    -

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    institudo aps uma certa iseno, j obter o benefcio? No ter!

    Depender de nova lei.

    Vamos para as alternativas.

    a) a iseno exclui o crdito tributrio, ou seja, surge a obrigao

    mas o respectivo crdito no ser exigvel; logo, o cumprimento da

    obrigao principal, bem como das obrigaes acessrias dela

    decorrentes, fica dispensado.

    Esse o nosso gabarito. Primeiramente, se h iseno, no h que se falar

    de crdito tributrio. Portanto, ao afirmar que o crdito no ser exigvel,

    a afirmativa j est errada, pois nem existe crdito. Em seguida, a

    alternativa derrapa mais ainda ao afirmar que as obrigaes acessrias

    ficam dispensadas. Pessoal, a coisa mais difcil do mundo conseguir a

    dispensa de obrigaes acessrias. Se tiver que chutar um dia na prova,

    chute que NUNCA essa obrigaes ficam dispensadas OK? Essa inclusive

    a previso do CTN, vejam:

    CTN-Art. 175 Pargrafo nico. A excluso do crdito tributrio no dispensa o cumprimento das obrigaes acessrias dependentes da

    obrigao principal cujo crdito seja excludo, ou dela conseqente. b) ainda no caso da alquota zero, no caso do IPI Imposto sobre Produtos Industrializados, permite-se ao Poder Executivo

    restabelecer as alquotas a qualquer tempo, sem a necessidade de

    edio de lei para tal finalidade.

    Correta. O IPI faz parte do grupo que denomino IMPOSTOS ECONMICOS.

    Atribui esse nome pois a alterao desses tributos pode mudar

    drasticamente a economia em um curto espao de tempo. O grupo possui

    uma srie de regalias tributrias, dentre elas a exceo legalidade,

    anterioridade, entre outras, inclusive em relao alterao de alquotas.

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    c) o efeito econmico da iseno assemelha-se ao do benefcio

    fiscal da alquota zero, sendo esta uma soluo encontrada pelas

    autoridades fazendrias no sentido de excluir o nus da tributao

    sobre certos produtos, temporariamente, sem o isentar.

    Essa uma das alternativas que s basta pensar, pois no h resposta

    pronta em nenhuma lei. Percebam que em ambos os casos no h cobrana

    de tributo, pois no caso da alquota zero, h o lanamento, mas o valor a

    se cobrar ZERO. J no caso da iseno no h lanamento e continua no

    se cobrando nada, ou seja, ZERO. Apesar de institutos diferentes, possuem

    um efeito muito semelhante. Correta.

    d) caso o tributo tenha sido institudo por lei complementar, a

    concesso de sua iseno tem de ser feita por meio de diploma

    legislativo de mesmo nvel, ou seja, tambm por lei complementar.

    Cuidado!! A questo trata da necessidade de lei complementar para a

    instituio de iseno. O aluno bem preparado poderia se lembrar da

    seguinte questo Constitucional: Um tributo que necessita de lei ordinria

    pode ser institudo por Lei Complementar? A resposta sim. E como ele

    deve ser alterado? A resposta : Lei Ordinria ou Complementar! O caso

    da alternativa diferente. Ele trata, presumidamente, de um tributo que

    necessita de lei complementar para ser institudo. Nesse caso, ser

    necessrio o mesmo diploma legislativo para sua iseno. Correta.

    e) a anistia fiscal capitulada como a excluso do crdito (gerado

    pela infrao) e no como extino (caso de remisso), pois se

    trata de crditos que aparecem depois do fato violador, abrangendo

    apenas infraes cometidas anteriormente vigncia da lei que a

    concede.

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    Correta. A anistia apenas exclui as penalidades cometidas anteriormente

    vigncia da lei que a concede, no permitindo a constituio do crdito

    tributrio em relao penalidade pecuniria. Por que apenas o passado,

    caro aluno? Porque se fosse diferente, ningum mais seguiria nenhuma

    regra, pois saberia que existe uma anistia para livrar a cara!!!

    GABARITO: A

    Q.08 - (ESAF ANALISTA DA RFB 2012) Analise os itens a seguir e assinale a opo correta.

    I. A iseno, desde que concedida por prazo certo, e

    independentemente de ser condicionada a contrapartidas por parte

    do contribuinte, no poder ser revogada por lei.

    Imagine que voc tenha uma empresa de grande porte e um ente

    federativo lhe convide para mudar sua sede para l. Em troca disso voc

    ganhar isenes de tributos estaduais por um prazo certo. Pode ser um

    bom negcio no mesmo? S que voc ter grandes investimentos para

    se mudar. Imagine que ano seguinte seja eleito o partido de oposio. Voc

    se sentiria seguro em relao ao seu benefcio? Sabemos bem como so as

    decises polticas. Assim sendo, o CTN criou uma proteo para o

    contribuinte em relao a esses tipos de isenes, as quais no podero

    ser revogadas.

    &71-Art. 178 - A iseno, salvo se concedida por prazo certo e em funo de determinadas condies, pode ser revogada ou

    modificada por lei, a qualquer tempo, observado o disposto no inciso III do

    art. 104 Alternativa incorreta.

    -

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    II. A anistia s abrange as infraes cometidas a partir da sua

    vigncia, devido ao princpio da irretroatividade das leis.

    A anistia, juntamente com a iseno, so formas de excluso do crdito

    tributrio. A primeira tem por finalidade perdoar as infraes cometidas por

    sujeitos passivos. Imagine se ela valesse para o futuro!! Todo mundo a

    partir de hoje no seguiria as regras, pois saberiam que existe uma anistia

    para perdo-los. Portanto, essa s pode ser retroativa para no virar

    baguna.

    &71-Art. 180. A anistia abrange exclusivamente as infraes cometidas anteriormente vigncia da lei que a concede Alternativa incorreta.

    III. A anistia dos crimes, concedida em lei penal, no estende seus

    efeitos matria tributria.

    O CTN no permite que os crimes sejam beneficiados pela anistia. Portanto

    essa lei penal no atingir os efeitos tributrios.

    &71-Art. 180. A anistia abrange exclusivamente as infraes cometidas anteriormente vigncia da lei que a concede, no se

    aplicando:

    I - aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenes e

    aos que, mesmo sem essa qualificao, sejam praticados com dolo, fraude

    ou simulao pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefcio daquele;

    II - salvo disposio em contrrio, s infraes resultantes de

    conluio entre duas ou mais pessoas naturais ou jurdicas. Alternativa correta.

    Antes de terminar essa questo, vamos ver o que o CTN fala sobre o

    assunto:

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    CTN-Art. 181. A anistia pode ser concedida: I - em carter geral;

    II - limitadamente:

    a) s infraes da legislao relativa a determinado tributo;

    b) s infraes punidas com penalidades pecunirias at determinado

    montante, conjugadas ou no com penalidades de outra natureza;

    c) a determinada regio do territrio da entidade tributante, em

    funo de condies a ela peculiares;

    d) sob condio do pagamento de tributo no prazo fixado pela lei que

    a conceder, ou cuja fixao seja atribuda pela mesma lei autoridade

    administrativa.

    Art. 182. A anistia, quando no concedida em carter geral,

    efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade administrativa, em

    requerimento com a qual o interessado faa prova do preenchimento das

    condies e do cumprimento dos requisitos previstos em lei para sua

    concesso.

    Pargrafo nico. O despacho referido neste artigo no gera direito

    adquirido, aplicando-se, quando cabvel, o disposto no artigo 155. Vejam s que coisa boa!!! A moratria, a iseno e a anistia tm textos

    praticamente idnticos!!!! Percebam como as ideias se repetem, apenas

    muda o pano de fundo. Vamos elencar as caractersticas: 1) pode ser

    concedida de forma geral ou individual, 2) pode ser limitada a determinado

    aspecto, 3) quando individual depende de despacho da autoridade

    administrativa, 4) depende de lei, 5) quando individual no gera direito

    adquirido. Que beleza!! Tudo igual!! Rsss! O macete : entendam essas

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    caractersticas, pois elas podem ser aplicadas para a moratria, para a

    iseno e para a anistia!!!

    a) Somente o item I est correto.

    b) Somente o item II est correto.

    c) Somente o item III est correto.

    d) Esto corretos os itens I e III.

    e) Esto corretos os itens II e III.

    GABARITO: C

    Q.09 (ESAF - AFRFB/SRFB/2009) Sobre a excluso do crdito tributrio, assinale a opo correta.

    a) Nas modalidades de excluso do crdito tributrio, verifica-se a

    ocorrncia do fato gerador, a declarao da obrigao tributria e

    a constituio do crdito tributrio, porm, no subsiste a

    obrigao de pagamento.

    Repare no nome: excluso do crdito. Excluir no incluir, no admitir,

    etc. Portanto, o crdito nem chega a ser constitudo. Alternativa incorreta.

    b) A iseno causa de no-incidncia tributria.

    No incidir no estar previsto no mundo abstrato, ou seja, nem o fato

    gerador existe na lei. No caso da iseno, a hiptese de incidncia existe,

    o fato gerador ocorre e a obrigao nasce. Alternativa incorreta.

    c) A Unio, mediante lei complementar e atendendo a relevante

    interesse social ou econmico nacional, poder conceder isenes

    de impostos estaduais e municipais.

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    Ao contrrio da moratria, na iseno no possvel que a Unio conceda

    esse benefcio no campo dos Estados, DF e Municpios. a vedao

    iseno heternoma. Alternativa incorreta.

    d) Segundo orientao do Supremo Tribunal Federal, a revogao

    de iseno no se sujeita ao princpio da anterioridade, fazendo

    com que o tributo volte a ser imediatamente exigvel.

    Vejamos: a anterioridade uma limitao temporal em favor do

    contribuinte, na medida em que um tributo que seja INSTITUDO ou

    MAJORADO, s possa ser exigido a partir do exerccio seguinte. o princpio

    da no surpresa. A nossa corte entende que quando uma iseno

    revogada, no h nem instituio nem majorao de um tributo, apenas a

    extino de um favor que foi concedido. No sendo, portanto, uma

    surpresa. Assim sendo, no necessita observar o princpio da anterioridade.

    Alternativa correta. Veja o STF (RE 204062-2):

    CONSTITUCIONAL. TRIBUTRIO. ISENO: REVOGAO. PRINCPIO DA ANTERIORIDADE. I. - Revogada a iseno, o tributo

    torna-se imediatamente exigvel. Em caso assim, no h que se

    observar o princpio da anterioridade, dado que o tributo j existente.

    II. - Precedentes do Supremo Tribunal Federal. III. - R.E. conhecido e

    provido. e) As isenes tributrias concedidas, sob condio onerosa,

    podem ser suprimidas por convenincia da Administrao.

    Vimos em questo anterior, que no caso de isenes onerosas essas no

    podem ser livremente revogadas pela Administrao. mais uma proteo

    ao contribuinte. Alternativa incorreta.

    GABARITO: D

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    Q.10 - (ESAF - AFTE/SET RN/2005)

    Avalie as indagaes abaixo e em seguida assinale a resposta correta.

    permitido conceder anistia que abranja atos praticados com

    simulao por terceiro em benefcio do sujeito passivo?

    Como vimos, essa uma das hipteses em que a anistia no poder ser

    aplicada.

    RESPOSTA: NO

    permitido que lei tributria concessiva de anistia condicione o

    benefcio fiscal ao pagamento de tributo?

    A anistia pode ser usada como moeda de troca. Como assim professor? O

    Estado pode perdoar as infraes cometidas pelo sujeito passivo, desde que

    esse pague o tributo que deve. um bom negcio para ambas as partes,

    no mesmo?

    RESPOSTA: SIM

    Admite-se a revogao por lei, a qualquer tempo, de iseno

    concedida por prazo certo e em funo de determinadas condies?

    Vimos em questo anterior, que no caso de isenes onerosas, essas no

    podem ser livremente revogadas pela Administrao. mais uma proteo

    ao contribuinte.

    RESPOSTA: NO

    permitido que a iseno e a anistia sejam concedidas

    restritamente a determinada regio do territrio do ente tributante,

    em funo de condies a ela peculiares?

    Esto vendo? Foi o que disse para vocs. Basta entender um instituto para

    praticamente poder aplicar a regra aos outros. o caso do caput da

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    questo, que vale tanto para a iseno como para a anistia e para a

    moratria.

    RESPOSTA: SIM

    a) Sim, no, sim, sim

    b) Sim, sim, no, sim

    c) Sim, sim, no, no

    d) No, no, no, sim

    e) No, sim, no, sim

    GABARITO: D

    Q.11 (FCC - AFR SP/SEFAZ SP/Gesto Tributria/2013) Por meio de lei ordinria, o Estado do Rio Grande do Norte instituiu iseno

    do ICMS exclusivamente para operaes com determinadas mercadorias a

    fim de incentivar o desenvolvimento econmico e social de determinada

    UHJLmRDTXDOSRVVXtDRPHQRUQGLFHGH'HVHQYROYLPHQWR+XPDQR,'+estadual. Conforme previsto na Lei, este benefcio seria concedido apenas

    aos estabelecimentos que estivessem localizados na referida regio e que

    previamente apresentassem requerimento. A empresa Anaximandro

    Indstria e Comrcio Ltda. requereu o direito de adotar esta iseno em

    suas operaes, pois est estabelecida dentro da regio prevista. Em face

    da situao hipottica apresentada e do ordenamento jurdico vigente,

    correto afirmar:

    Comentrios:

    Temos aqui um caso de iseno individual, limitada a determinada regio,

    o que permitido pelo CTN. Esta foi a prova do concurso em que fui

    -

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    aprovado. Lembro de que ao fazer essa questo a primeira coisa que pensei

    foi a de que isenes do ICMS necessitam de convnio baseado na LC

    24/75. Entretanto, j adianto: a questo no mencionou nada sobre o

    assunto. Assim sendo, era necessrio ignorar esse fato e simplesmente ir

    pela literalidade do CTN.

    Vamos para as alternativas.

    a) A empresa, em funo de a iseno ter sido concedida em carter

    regional, tem o direito subjetivo de no recolher as taxas estaduais

    durante o perodo de fruio do benefcio, mormente por estas

    taxas onerarem suas atividades, o que no se coaduna com o

    objetivo socioeconmico da lei.

    A iseno, quando concedida para um tributo no automaticamente

    estendida para as taxas e contribuies de melhoria. Alternativa incorreta.

    b) A empresa pode utilizar-se da iseno, por estar prevista em lei

    ordinria estadual e ser norma vlida, vigente e eficaz,

    independentemente de despacho da autoridade administrativa.

    Como a iseno no foi feita de forma geral e previa certas condies,

    depende de despacho da autoridade administrativa, no sendo, portanto,

    automtica. Alternativa incorreta.

    c) A empresa, no requerimento apresentado autoridade

    administrativa, deve fazer prova do preenchimento das condies

    previstas na lei ordinria editada pelo Estado do Rio Grande do

    Norte, a fim de que seja autorizada a adoo desta forma de

    excluso do crdito tributrio em suas operaes.

    Perfeito. Como vimos, esse um caso de iseno condicionada, que

    depende do despacho de uma autoridade administrativa. Alternativa

    correta.

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    d) A limitao desta iseno aos contribuintes estabelecidos em

    determinada regio do Estado ilegal, pois trata de forma desigual

    contribuintes estabelecidos no mesmo Estado da Federao, razo

    pela qual as empresas localizadas em outras regies, por analogia,

    podem adotar a iseno.

    A afirmativa possui vrios erros. Primeiramente, a iseno a determinada

    regio legal, pois alm de estar prevista no CTN um instrumento de

    reforo da isonomia, na medida em que diminui as desigualdades entre

    contribuintes. A iseno um benefcio para o sujeito passivo e, como tal,

    deve ser interpretada de forma literal, no podendo ser estendida por meio

    da analogia. Alternativa incorreta.

    e) A empresa em razo da maneira como deve ser interpretada a

    legislao tributria que dispe sobre iseno, conforme comando

    do CTN, poder estender os efeitos deste benefcio para todas as

    mercadorias que no esto previstas na lei instituidora, sobretudo

    pelo carter socioeconmico da lei.

    Como comentado na questo anterior, a iseno um benefcio para o

    sujeito passivo e como tal deve ser interpretada de forma literal, no

    podendo ser estendida. Alternativa incorreta.

    GABARITO: C

    Q.12 (FCC Proc./AL PB/2013) Com relao excluso do crdito tributrio correto afirmar:

    a) Nos casos de excluso de crdito tributrio so dispensadas as

    obrigaes acessrias relativas obrigao principal cujo crdito

    seja excludo.

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    Pessoal, a coisa mais difcil do mundo conseguir a dispensa de obrigaes

    acessrias. Se tiver que chutar um dia na prova, chute que NUNCA essa

    obrigaes ficam dispensadas OK? Essa inclusive a previso do CTN,

    vejam:

    CTN-Art. 175 Pargrafo nico. A excluso do crdito tributrio no dispensa o cumprimento das obrigaes acessrias dependentes da

    obrigao principal cujo crdito seja excludo, ou dela conseqente. Alternativa incorreta.

    b) Lei tributria estadual pode conceder iseno para taxas e

    contribuies de melhoria.

    Perfeito. As taxas e contribuies de melhoria so tributos de competncia

    comum, ou seja, todos os entes federativos podem os instituir. Portanto,

    dentro de sua competncia e discricionariedade, o Estado pode considerar

    uma iseno dessas exaes. uma questo de Gesto Tributria.

    Alternativa correta.

    c) Despacho de autoridade administrativa concedendo iseno em

    carter individual gera direito adquirido para o beneficirio desta

    modalidade de excluso de crdito tributrio insuscetvel de

    posterior fiscalizao.

    Dois erros na questo. Primeiramente vimos que nem na moratria, nem

    na anistia e nem na iseno, o benefcio quando concedido de forma

    individual gera direito adquirido. Por decorrncia deste prprio fato, ele est

    sujeito a futura fiscalizao e passvel de revogao. Alternativa incorreta.

    d) Iseno pode ser concedida por contrato, mesmo na ausncia de

    lei especfica, no sendo causa de responsabilidade funcional.

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    Novamente, tanto a moratria, quanto a anistia e a iseno, necessitam de

    lei. Se ela no existir o benefcio ser irregular, sendo causa de

    responsabilidade funcional. Alternativa incorreta.

    e) So causas excludentes do crdito tributrio: iseno, anistia e

    moratria.

    A moratria, apesar de ter sua estrutura textual bem prxima da iseno e

    da anistia, no forma de excluso do crdito e sim de suspenso.

    Alternativa incorreta.

    GABARITO: B

    Q.13 (ESAF - ATPS/MPOG/Previdncia/2012) So formas de extino do crdito tributrio:

    Comentrios:

    A extino do crdito, como o prprio nome diz, a ocorrncia de uma

    determinada situao que faz com que esse direito do fisco desaparea.

    Vou reproduzir as possibilidades do CTN e ao lado vou dar uma rpida

    explicao:

    CTN-Art. 156. Extinguem o crdito tributrio:

    I - o pagamento ( a forma clssica de extino pela entrega de

    dinheiro ao Estado);

    II - a compensao (ocorre quando o Estado e o Sujeito Passivo

    SRVVXHPFUpGLWRVXPFRQWUDRRXWUReRIDPRVRHODVSRUHODV); III - a transao (essa uma modalidade onde h alguma briga

    (litgio) e as partes chegam a um acordo para termin-la);

    IV remisso ( o perdo da existncia do crdito tributrio);

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    V - a prescrio e a decadncia (so formas de perda de direito

    do fisco. Um de lanar e outro de exigir o crdito);

    VI - a converso de depsito em renda (o sujeito passivo pode

    depositar o montante exigido pelo fisco em juzo para suspender o

    crdito tributrio. Se ele perder a ao, esse dinheiro ser revertido

    para o Estado e o crdito satisfeito);

    VII - o pagamento antecipado e a homologao do lanamento nos

    termos do disposto no artigo 150 e seus 1 e 4 ( uma forma de

    pagamento, que fica postergada por depender da aprovao futura

    da autoridade administrativa);

    VIII - a consignao em pagamento, nos termos do disposto no 2

    do artigo 164 ( uma modalidade que usada quando o sujeito

    passivo queira pagar, mas de alguma forma no esteja conseguindo

    por causa do fisco. Por esse motivo, o sujeito deposita a quantia

    exigida em juzo);

    IX - a deciso administrativa irreformvel, assim entendida a

    definitiva na rbita administrativa, que no mais possa ser objeto de ao

    anulatria (o sujeito passivo pode impugnar o lanamento de um

    crdito tributrio. Se a deciso administrativa for favorvel a ele e

    no puder mais ser modificada, o direito do Estado deixar de

    existir);

    X - a deciso judicial passada em julgado ( a mesma ideia do

    inciso anterior, mas agora no poder judicirio).

    XI a dao em pagamento em bens imveis, na forma e condies estabelecidas em lei. ( uma forma de satisfazer o crdito do Fisco

    atravs do oferecimento de um bem imvel, que, se aceito, ser

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    vendido. O produto arrecadado com a venda ser usado para

    satisfazer a exao.)

    Vamos para as alternativas.

    a) o pagamento e a moratria.

    O pagamento forma de extino do crdito, mas a moratria

    modalidade de suspenso. Alternativa incorreta.

    b) a compensao e a remisso.

    Ambas so formas de extino do crdito tributrio. Alternativa correta.

    c) a converso do depsito em renda e o depsito do montante

    integral do crdito.

    O depsito do montante integral do crdito suspende o crdito tributrio.

    Alternativa incorreta.

    d) a transao e o parcelamento.

    O parcelamento suspende o crdito tributrio. Alternativa incorreta.

    e) a consignao em pagamento e a moratria.

    A moratria suspende o crdito tributrio. Alternativa incorreta.

    GABARITO: B

    Q.14 - (ESAF ANALISTA DA RFB 2012) O CTN prev que a importncia de crdito tributrio pode ser

    consignada judicialmente pelo sujeito passivo, nos casos de

    a) recusa de recebimento.

    b) cobrana ou pagamento espontneo de tributo indevido ou maior que o

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    devido em face da legislao tributria aplicvel.

    c) subordinao do recebimento ao cumprimento de exigncias

    administrativas sem fundamento legal.

    d) subordinao do recebimento ao pagamento de outro tributo ou de

    penalidade, ou ao cumprimento de obrigao acessria legalmente

    estipulada.

    e) exigncia, por mais de uma pessoa jurdica de direito pblico, de tributo

    idntico sobre um mesmo fato gerador.

    Comentrios:

    A consignao em pagamento uma medida judicial que deve ser utilizada

    pelo sujeito passivo quando ele tiver a inteno de pagar, mas encontrar

    dificuldades, seja porque est sendo cobrado de forma errada por mais de

    um sujeito ativo, seja porque no querem receber, seja por outros motivos

    previstos no CTN. Essa questo foi anulada pois possui 4 alternativas

    corretas pela literalidade (A, C, D, E). Perceba que na letra B o contribuinte

    pagou tributo a maior ou indevido, o que ensejaria um pedido de

    restituio. No hiptese de uso da medida em questo.

    &71-Art. 164. A importncia de crdito tributrio pode ser consignada judicialmente pelo sujeito passivo, nos casos:

    I - de recusa de recebimento, ou subordinao deste ao pagamento

    de outro tributo ou de penalidade, ou ao cumprimento de obrigao

    acessria;

    II - de subordinao do recebimento ao cumprimento de

    exigncias administrativas sem fundamento legal;

    III - de exigncia, por mais de uma pessoa jurdica de direito

    pblico, de tributo idntico sobre um mesmo fato gerador.

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    1 A consignao s pode versar sobre o crdito que o consignante

    se prope pagar.

    2 Julgada procedente a consignao, o pagamento se reputa

    efetuado e a importncia consignada convertida em renda; julgada

    improcedente a consignao no todo ou em parte, cobra-se o crdito

    acrescido de juros de mora, sem prejuzo das penalidades cabveis. GABARITO: ANULADA

    Q.15 - (ESAF - AJ/SEFAZ CE/2007)

    Sobre o pagamento, a principal e mais comum hiptese de extino da

    obrigao tributria, o Cdigo Tributrio Nacional estabelece uma srie de

    normas que o disciplinam. Assinale a seguir o item incorreto.

    Comentrios:

    O pagamento a forma clssica de extino do crdito tributrio pela

    entrega de dinheiro em espcie. Vamos ver o que o CTN diz a respeito:

    CTN-Art. 157. A imposio de penalidade no ilide o pagamento integral do crdito tributrio.

    Art. 158. O pagamento de um crdito no importa em presuno de

    pagamento:

    I - quando parcial, das prestaes em que se decomponha;

    II - quando total, de outros crditos referentes ao mesmo ou a outros

    tributos.

    Art. 159. Quando a legislao tributria no dispuser a respeito, o

    pagamento efetuado na repartio competente do domiclio do sujeito

    passivo.

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    Art. 160. Quando a legislao tributria no fixar o tempo do

    pagamento, o vencimento do crdito ocorre trinta dias depois da data em

    que se considera o sujeito passivo notificado do lanamento.

    Pargrafo nico. A legislao tributria pode conceder desconto

    pela antecipao do pagamento, nas condies que estabelea. Vamos falar um pouco sobre esses primeiros 4 artigos. O Art. 157 fala o

    obvio, pois se o sujeito passivo sofreu uma penalidade, essa uma

    obrigao a pagar parte do tributo, ou seja, voc ainda ter que pagar os

    dois. No prximo artigo a coisa tambm no muito diferente: o CTN prev

    que o pagamento de uma parcela de um tributo no prova que voc pagou

    as outras e nem o paga