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AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS DO USO DO SISTEMA DE PLANTIO DIRETO PARA PRODUÇÃO DE HORTALIÇAS
Gabriela Rincon Ligoski1, Carlos Eduardo Pacheco Lima2, Mariana Rodrigues
Fontenelle2, Nuno Rodrigo Madeira2, Juscimar da Silva2, Ítalo Moraes Rocha
Guedes2 1Engenheira Ambiental pela Universidade Católica de Brasília, Universidade
Católica de Brasília, QS 07, Lote 01, Águas Claras,
CEP: 71966-700, Taguatinga, DF, ligoskigabriela@gmail.com 2Pesquisadores da Embrapa Hortaliças, Rodovia Brasília/Anápolis BR 060 Km 09
Gama-DF, CEP: 70359-970, Brasilia, DF, Caixa-postal: 218, carlos.pacheco-
lima@embrapa.br
Introdução
Panorama da Horticultura Brasileira
• Cerca de 809.000 ha anuais cultivados*;
• Geração de renda que chega a aproximadamente 41 bilhões de reais ao ano*;
• Atividade que emprega cerca de 7,3 milhões de pessoas*;
• Sistemas agrícolas altamente degradantes (intenso revolvimento de solo e
aporte de insumos);
• Culturas com elevada produtividade, o que promove uma intensa extração de
nutrientes dos solos;
• Importantes áreas de cultivo em relevo montanhoso.
*Dados retirados do Anuário Hortaliças (2013).
Introdução
Sistema de Plantio Direto
• Sistema conservacionista de cultivo agrícola;
• Primeiro princípio: revolvimento localizado do solo;
• Segundo princípio: manutenção da cobertura do solo por palha ou vegetação
durante todo o ciclo de cultivo;
• Terceiro princípio: rotação de culturas;
• Vantagens: proteção do solo contra processos erosivos, redução da incidência
de plantas espontâneas, manutenção de maiores teores de matéria orgânica
do solo, menor temperatura do solo, maior umidade do solo, manutenção de
melhor estrutura do solo, menor emissão de gases de efeito estufa, etc...
Material e Métodos
Amostra e Questionário
• Foram entrevistados 10 técnicos de extensão rural dos estados do Rio de
Janeiro (3), Minas Gerais (2), Paraná (2) e Distrito Federal (3);
• Os técnicos de extensão rural entrevistados têm experiência comprovada com
a horticultura, especialmente o Sistema de Plantio Direto de Hortaliças (SPDH)
e atendem áreas de produção com estimados 2500 produtores rurais;
• Para a avaliação foi construído e aplicado um questionário, com 26 perguntas,
que tinha como objetivo levantar informações necessárias ao AMBITEC-AGRO
de forma resumida;
• De acordo com as respostas obtidas, foram atribuídos os coeficientes de
alteração para preenchimento da planilha AMBITEC-AGRO;
• A escala do AMBITEC-AGRO vai de -15 a +15.
Figura 1 – Componentes e indicadores de qualidade ambiental utilizados pelo AMBITEC-
AGRO.
Fonte: Rodrigues et a. (2003)
Material e Métodos
Tabela 1 – Coeficientes de alteração aplicáveis ao AMBITEC-AGRO
Tabela 2 – Fatores de ponderação associados à escala de ocorrência do impacto utilizados
pelo AMBITEC-AGRO
Fonte: Rodrigues et al. (2003)
Resultados e Discussão
Tabela 3 – Coeficientes de impacto e Índices agregados de impacto ambiental da Inovação
Agropecuária, para cada entrevistado e médios, calculados a partir dos coeficientes de alteração
atribuídos.
Coeficiente de impacto
Indicador Ent. 1 Ent. 2 Ent. 3 Ent. 4 Ent. 5 Ent. 6 Ent. 7 Ent. 8 Ent. 9 Ent. 10 Média±EP
UA -1,0 5,0 4,5 3,0 2,0 2,0 5,5 3,0 3,0 3,0 3,00±0,58
UE -0,5 1,5 1,5 -0,5 2,0 1,5 4,0 -0,5 -0,5 1,0 0,95±0,47
URN 0,0 0,0 0,0 0,0 1,5 0,0 4,5 0,0 0,0 0,0 0,60±0,46
ATM 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,00±0,00
QS 5,0 3,8 0,0 15,0 7,5 12,5 11,3 5,0 5,0 3,8 6,89±1,47
QA 2,5 0,0 0,0 2,5 1,5 2,5 0,0 0,0 2,5 2,5 1,40±0,39
BIOD. 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,00±0,00
RA 0,2 0 0,2 0,2 0,6 0,6 0,2 0,2 0,2 0,2 0,26±0,06
IAIA 0,78 1,28 0,78 2,53 1,89 2,39 3,18 0,96 1,28 1,31 1,64±0,26
UA – Uso de agroquímicos; UE – Uso de energia; URN – Uso de recursos naturais; ATM –
Atmosfera; QS – Qualidade do solo; QA – Qualidade da água; BIOD. – Biodiversidade; RA –
Recuperação ambiental; IAIA – Índice agregado de impacto ambiental da inovação agropecuária;
EP – Erro padrão da média.
Resultados e Discussão
Tabela 4 – Estatística descritiva dos dados obtidos a partir da aplicação de questionários e
preenchimento das planilhas AMBITEC-AGRO.
UA – Uso de agroquímicos; UE – Uso de energia; URN – Uso de recursos naturais; ATM –
Atmosfera; QS – Qualidade do solo; QA – Qualidade da água; BIOD. – Biodiversidade; RA –
Recuperação ambiental; IAIA – Índice agregado de impacto ambiental da inovação agropecuária;
EP – Erro padrão da média.
Intervalo de confiança
Indicador N Média Mediana VMin VMax - 95 % + 95 % Variância DP EP
UA 10 3,00 3,00 -1,00 5,50 1,68 4,32 3,39 1,84 0,58
UE 10 0,95 1,25 -0,50 4,00 -0,11 2,01 2,19 1,48 0,47
URN 10 0,60 0,00 0,00 4,50 -0,44 1,64 2,10 1,45 0,46
ATM 10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
QS 10 6,89 5,00 0,00 15,00 3,57 10,21 21,59 4,65 1,47
QA 10 1,40 2,00 0,00 2,50 0,51 10,21 1,54 1,24 0,39
BIOD. 10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
RA 10 0,26 0,20 0,00 0,60 0,12 0,39 0,04 0,19 0,06
IAIA 10 1,64 1,29 0,00 3,18 1,05 2,23 0,68 0,82 0,26
Resultados e Discussão
Figura 2 – Análise de componentes principais dos dados obtidos.
UA – Uso de agroquímicos; UE – Uso de energia; URN – Uso de recursos naturais; ATM –
Atmosfera; QS – Qualidade do solo; QA – Qualidade da água; BIOD. – Biodiversidade; RA –
Recuperação ambiental; IAIA – Índice agregado de impacto ambiental da inovação agropecuária;
EP – Erro padrão da média.
Conclusões e Considerações finais
• O impacto ambiental médio do uso do SPDH foi positivo e igual a 1,64±0,26
(média ± erro padrão);
• O maior impacto ambiental médio foi obtido para o componente Qualidade do
Solo, que foi igual a 6,89±1,47;
• Impactos consideráveis também foram observados para os componentes Uso
de Agroquímicos (3,00±0,58) e Qualidade da Água (1,40±0,39);
• A Análise de Componentes Principais não mostrou relações locais, culturais,
sociais ou econômicas entre os entrevistados;
• É provável que a alta variabilidade dos dados, principalmente aqueles
referentes à qualidade do solo, tenham a ver com difícil percepção deles, à
variabilidade dos solos nas regiões avaliadas e, por fim, à subjetividade do
método utilizado.
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