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AVALIAÇÃO ECONÔMICO-
FINANCEIRA DAS EMPRESAS DO
SETOR ENERGÉTICO DO ÍNDICE DE
SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL -
ISE PELO MÉTODO DEA
Gioconda Suncion Acuna (UFRN )
giocondasuncion@yahoo.com.br
Alice Paraguassu Fonseca de Macedo (UFRN )
aliceparaguassu@gmail.com
Luciano Queiroz de Araujo Junior (UFRN )
lucianojr_demolay@hotmail.com
Luis Filipe Azevedo de Oliveira (UFRN )
luisfilipeao@hotmail.com
Em resposta às mudanças oriundas da globalização e da disseminação
das tecnologias da informação, as quais possibilitaram à sociedade a
compreensão de seu poder de mercado, as empresas estão sendo
forçadas a levar em consideração o comportaamento de gestão,
enfatizando a necessidade de maior transparência e
responsabilidade.O artigo tem por objetivo avaliar a eficiência
financeira das empresas energéticas presentes na carteira 2010/2011
do ISE. A analise doi realizada através do DEA (análise envoltoria de
dados), onde o balanço financeiro e os investimentos em meio ambiente
representaram os inputs e a receita financeira o output. Com base na
percepção acerca da importância adquirida das práticas sustentáveis
pelas empresas, este trabalho atendeu ao seu objetivo geral ao discutir
a eficiencia da combinação dos valores financeiros com os
investimentos em meio ambiente.
Palavras-chaves: analise de eficiencia, indice de sustentabilodade
empresarial, receita financeira, patrimonio liquido
XXXIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO A Gestão dos Processos de Produção e as Parcerias Globais para o Desenvolvimento Sustentável dos Sistemas Produtivos
Salvador, BA, Brasil, 08 a 11 de outubro de 2013.
XXXIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO A Gestão dos Processos de Produção e as Parcerias Globais para o Desenvolvimento Sustentável dos Sistemas Produtivos
Salvador, BA, Brasil, 08 a 11 de outubro de 2013.
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1. Introdução
Em resposta às mudanças oriundas da globalização e da disseminação das tecnologias da
informação, as quais possibilitaram à sociedade a compreensão de seu poder de mercado, as
empresas estão sendo forçadas a levar em consideração o comportamento de gestão,
enfatizando a necessidade de maior transparência e responsabilidade. A responsabilidade
social empresarial (RSE) está, portanto, se tornando uma parte vital do negócio, na medida em
que pode auxiliar no alcance da competitividade, por meio da retenção de funcionários
talentosos e da satisfação das expectativas dos stakeholders (LO; SHEU, 2007).
Conforme Carrol (2008), desde meados da metade do século passado, RSE tem sido um tema
presente nas esferas empresarias e acadêmicas. Ao longo dos anos, foram propostas diversas
definições para RSE. Porém, não há consenso sobre uma definição unificada. Blowfield &
Murray (2008) afirmam que o que se quer dizer com RSE está constantemente a mudar,
porque a própria sociedade evolui e isso afeta as expectativas face às empresas e à sua relação
com a sociedade.
Um setor bastante reconhecido pelas ações sustentáveis é o setor energético, o destaque para
esse setor se deve a sua representação frente à economia brasileira e sua capacidade de se
reinventar. Dessa forma, a assunção do perfil de empresas socialmente responsáveis, deixou
de ser uma opção, passando a ser uma questão de visão estratégica e, na maioria dos casos, de
sobrevivência no mercado.
O artigo tem por objetivo avaliar a eficiência financeira das empresas energéticas presentes
na carteira 2010/2011 do ISE. Foram constadas 11 empresas do setor de energético listadas
no ISE, as quais serão à base de estudo desde artigo que está configurado no desenvolvimento
do referencial teórico, abordando os três principais pilares científicos – Sustentabilidade,
estratégicas corporativas e Matriz Energética Brasileira – atrelados em seguida a metodologia
de análise das empresas, conseguinte a análise dos dados e bibliografia.
2. Revisão da literatura
Para que se possa levantar uma base teórica que sirva como um alicerce para o entendimento
do assunto, foram aqui apanhadas visões de diversos autores no que diz respeito a aspectos
importantes do tema abordado, tal tema foi fundamentado em 2 pilares
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2.1. Gestão da Sustentabilidade
Questões de sustentabilidade estão cada vez mais integradas em estratégias corporativas,
ações e comportamentos. Diferente abordagens, sistemas e instrumentos foram desenvolvidos
para apoiar a gestão da sustentabilidade empresarial (BAUMGARTNER, R. J. e WINTER,
T., 2013).
A Sustentabilidade Corporativa está enraizada no conceito mais amplo de “desenvolvimento
sustentável”, que segundo um relatório do Comissão Brundtland, em 1987, afirma que “é o
desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das
gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades'' (WCED, 1987).
A sustentabilidade empresarial necessita da conciliação da boa operacionalização com a
preservação do meio ambiente, com a gestão eficiente, responsável e sustentável, fornecendo
produtos seguros, qualidade dos produtos e segurança no trabalho apresentando uma boa
imagem aos consumidores e gerando mais lucros (CARDOSO, OLIVEIRA e HOLANDA,
2007).
2.2. Índice de Sustentabilidade Empresarial
Medição e elaboração de relatórios ambientais e de sustentabilidade, embora com perfis
diferentes nos vários países, é conhecido como uma prioridade estratégica atual entre as
principais organizações privadas mundial, com crescente interesse a nível internacional
(RAMOS et al, 2013).
Neste cerne, relata Silva e Quelhas (2006), o mundo está seguindo uma tendência de
valorização dos conceitos de desenvolvimento sustentável. No mercado financeiro, a procura
por investimentos socialmente responsáveis (ISR) por parte dos investidores tem determinado
a criação de índices de ações, para identificar as empresas que incorporem esses conceitos em
diversos países.
A bolsa de valores de São Paulo – BM&FBOVESPA (2011) lançou no Brasil em 2005, em
conjunto com várias instituições tais como a ABRAPP, ANBIMA, APIMEC, IBGC, IFC,
Instituto ETHOS e MMA, o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) com o objetivo de
reunir empresas que possuem ISR, sendo uma forma de benchmarking dos empreendimentos
engajados com o desenvolvimento sustentável.
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O questionário do ISE aborda as várias ‘facetas’ da sustentabilidade mediante 07 aspectos e
dezenas de critérios e indicadores, que estão listados a seguir.
Natureza do produto: Impactos pessoais; impactos difusos; princípio da precaução e
informação ao consumidor
Geral: Compromissos; Alinhamento; Transparência e corrupção
Governança Corporativa: Propriedade; Conselho de administração; Auditoria &
fiscalização; Conduta e conflito de interesses.
Mudanças climáticas: Política; Gestão; Desempenho e Reporting.
Ambiental: Política; Gestão; Desempenho e Cumprimento Legal.
Econômico-Financeiro: Política; Gestão; Desempenho e Cumprimento Legal.
Social: Política; Gestão; Desempenho e Cumprimento Legal.
A metodologia de avaliação combina três etapas:
a) Análise quantitativa (pontuação no questionário)
Considera a pontuação obtida no questionário:
- Todas as dimensões tem o mesmo peso (100) informados pesos de Critérios e
Indicadores;
- Combina o desempenho total, das dimensões e cluster
b) Análise qualitativa (verificação dos documentos)
Baseia-se na verificação dos documentos:
- Todas as respostas são passíveis de comprovação
- Sugestão de documentos comprobatórios disponíveis ao longo do questionário
- Findo o período de preenchimento são indicadas as perguntas cujas respostas devem
ser comprovadas (pareceres: Aceito, Aceito CR e Adverso)
c) Avaliação e decisão do CISE
Avaliação do Comitê Deliberativo do ISE
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2.3. Setor Energético Brasileiro
As características tecnológicas e os impactos sociais, econômicos e ambientais da produção,
transformação e uso final da energia ressaltam a importância estratégica do setor energético
como objeto de estudo. O setor tem grande importância para as economias nacionais e global
(THERIVEL et al., 1992), sendo importante em si mesmo como um elemento da produção
nacional, um contribuinte essencial para outros setores das economias nacionais (tais como o
de transportes e o industrial) e como um componente das atividades domésticas
(ORGANIZATION FOR ECONOMIC CO-OPERATION AND DEVELOPMENT- OECD,
1992).
O Brasil tem uma condição competitiva ímpar no setor elétrico. O estudo Plano Decenal de
Expansão de Energia (PDE 2020), desenvolvido pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE)
relata que vantagem da matriz elétrica nacional em relação à de outros países reside na
predominância da hidroeletricidade, que além de ser uma fonte renovável, é gerada por usinas
com longa vida útil. No Brasil há, atualmente, muitas delas que estão operando há bem mais
que 50 anos.
Diante disso, o Brasil possui o Índice de Sustentabilidade Empresarial – ISE atrelado a
BMF/Bovespa que elenca as principais empresas do ranking da Bovespa nos requisitos de
sustentabilidade. A carteira ISE/2013 é composta por 10 empresas no setor energético, as
quais estão discriminadas a seguir: AES Tiete, CEMIG, CESP,COPEL, CPFL, COELCE,
Eletropaulo, Eletrobrás, Light e Tractebel.
Vale salientar que cada forma de obtenção de energia, renovável ou não, possui pontos
positivos e negativos, entretanto os pesos para cada ponto devem ser atribuídos corretamente
para que o planejamento seja válido e realmente possa mitigar os impactos ambientais.
Conhece-los e quantifica-los é essencial para o modelo de negócio sustentável.
3. Método de Pesquisa
Os dados utilizados na pesquisa são referentes ao ano de 2010 e 2011 e foram obtidos por
meio da Demonstração dos Resultados e do Balanço Social das empresas pesquisadas. As
empresas selecionadas fazem as 10 empresas de energia elétrica que compõe o índice de
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sustentabilidade empresarial. Já os investimentos em maio-ambiente foram encontrados nos
relatórios das empresas objeto de estudo.
Para fim de análise, utilizou-se a Análise Envoltória de Dados (DEA) a fim de se estabelecer
um ranking baseado na eficiência de cada organização (ADLER et al, 2002). Nesse processo,
o estudo é desenvolvido em duas etapas:
a) Aplicação do modelo DEA clássico para obter o score de eficiência de cada
companhia. Neste estágio, a análise focou na conversão dos inputs em outputs, de modo a se
obter um indicador de eficiência, em uma analise transversal.
b) Cálculo do índice combinado entre as fronteiras invertida e clássica, capaz de
estabelecer um ranking que beneficie as empresas que apresentam melhor desempenho na
conversão de todos os inputs em todos os seus outputs, excluindo do grupo das unidades
eficientes aquelas que apresentam desempenho excelente em apenas uma variável.
3.1 Modelo DEA
A Análise Envoltória de Dados (DEA – Data Envelopment Analysis) é uma
ferramenta não-paramétrica que avalia a eficiência técnica relativa de unidades produtivas,
chamadas de Unidades tomadoras de decisão (DMU, da sigla em inglês Decision Making
Units), comparando entidades que realizam tarefas similares e se diferenciam pela quantidade
de recursos utilizados (inputs) e de bens produzidos (outputs).
O DEA é uma ferramenta adequada tanto para avaliar a eficiência relativa das DMUs
quanto para o estabelecimento de metas para DMUs consideradas ineficientes,
que consiste na razão entre a soma ponderada dos outputs y e a soma ponderada dos inputs
xde cada DMU. As variáveis de decisão são o vetor u, que representa os pesos relacionados
aos outputs y, e o vetor v, que representa os pesos relacionados aos inputs x (Forsund, 2002),
3.2. Avaliação da eficiência por meio da fronteira clássica
Fundamentada na programação linear, DEA é uma técnica não-paramétrica para calcular a
eficiência relativa de um conjunto de organizações similares, os quais se distinguem no
arranjo das entradas e saídas de seus processos (EMROUZNEJAD;WITTER, 2010; JOO et
al, 2011). Esse método não indica apenas a posição das empresas eficiente e ineficientes, mas
também fornece um parâmetro para o aumento do desempenho das empresas ineficientes,
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facilitando a visualização de quanto essas empresas devem evoluir para alcançar o
desempenho das empresas benchmark do mercado (COOPER et al, 2007; COOK; SEIFORD,
2009).
A literatura clássica contempla dois modelos básicos que são comumente utilizados nas
aplicações. O primeiro é o CRS (Constant Returns to Scale), introduzido por Charnes et al
(1978), assume retornos constantes de escala, isto é, qualquer variação nos inputs produz
variação proporcional nos outputs de uma DMU (Decision Marking Unit). O segundo é o
VRS (Variable Returns to Scale), desenvolvido por Banker et al (1984), e incorporam o
conceito de retornos variáveis de escala ao DEA, assumindo que as unidades analisadas
podem adotar tecnologias com rendimentos de escala constantes, crescentes e decrescentes.
Esses modelos permitem dois tipos de orientações: ao input, em que os scores de eficiência
são obtidos pela máxima redução dos recursos e insumos, dado um nível constante de
produção; e ao output, que busca a maximização das saídas, em uma quantidade fixa dos
inputs (COOPER et al, 2007).
O modelo DEA utilizado é orientado a resultados que maximizam as saídas das seguradoras e
considera retornos de escala variáveis, conforme proposto por Banker et al (2004), visto que
são analisadas empresas de porte distintos, e com isso apresentam tecnologias com
rendimentos de escala constantes, crescentes e decrescentes. Para tais condições, o modelo de
programação linear utilizado pode ser descrito conforme Expressão 1.
Max 𝑧0 − 𝜀 𝑠𝑗−
𝑚
𝑖=1
+ 𝑠𝑟+
𝑠
𝑟=1
Sujeito a: 𝑦𝑟𝑗 𝜆𝑗
𝑛
𝑗=1
− 𝑠𝑟+ = 𝑦𝑟0𝑧0 𝑟 = 1,… , 𝑠 ,
𝑥𝑖𝑗 𝜆𝑗
𝑛
𝑗=1
+ 𝑠𝑗− = 𝑥𝑖0 𝑖 = 1,… ,𝑚 ,
𝜆𝑗
𝑛
𝑗=1
= 1
𝜆𝑗 , 𝑠𝑗−, 𝑠𝑟
+ ≥ 0 ∀ 𝑖, 𝑟, 𝑗 ,
𝑧0 irrestrito
(1)
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Os coeficientes yrj e xij, são, respectivamente, os outputs e os inputs conhecidos das j
organizações em análise (j = 1, ..., n), valores constantes, obtidos por meio de observações
passadas, em decisões tomadas quanto aos i inputs (i = 1, ..., m), resultando em um conjunto r
de outputs (r = 1, ..., s). O inverso do score de eficiência técnica, orientada ao output, é
representado por z0; xi0 e yr0 são as quantidades do i-ésimo input e do r-ésimo output,
respectivamente, apresentados pela DMU 0 analisada; si- e sr
+ são as folgas observadas nos
inputs e outputs; e λj representa a contribuição da DMU j para projetar 0 na fronteira eficiente.
Como ferramenta para viabilizar o uso da DEA, foi empregado o software Frontier Analyst.
Os dados utilizados para compor a análise foram os mesmo usados na construção do ranking
do anuário. Assim, foram consideradas as seguintes variáveis de inputs: i) Patrimônio
Líquido, representando aqui as suas fontes de recursos, por isso sendo usada como uma proxy
do que fora investido para realizar seu processo de transformação.; e, ii) Investimentos
ambientais, que seriam as aplicações permanentes em prol de trazer resultados positivos ao
meio ambiente. Como resultado das saídas, consideraram-se os seguintes outputs: i) Receita
Financeira, agregando todo o resultado do processo produtivo da empresa.
3.3. Construção do ranking a partir do Índice Combinado
Devido a necessidade de solucionar situações de empate entre DMUs eficientes, bastante
comuns nos modelos clássicos de Análise Envoltória de Dados (DEA), utilizou-se o princípio
da Fronteira Invertida, introduzido por Yamada et al (1994) e Entani et al (2002), que pode
ser vista como uma avaliação pessimista das unidades produtivas.
De acordo com estes princípios, a DMU mais eficiente seria aquela que conseguir produzir
muito de todos os outputs e gastar pouco de todos os inputs. O que a torna eficiente é o
desempenho mais equilibrado quando analisada sob as duas perspectivas – fronteira clássica e
fronteira invertida. Portanto, a fronteira invertida busca excluir do grupo das DMUs eficientes
aquelas que apresentam desempenho excelente em apenas um único input ou em apenas um
único output, auxiliando na seleção da DMU mais eficiente dentre o conjunto analisado.
Segundo Almeida et al (2007), pode-se sistematizar o cálculo do índice combinado entre as
fronteiras clássica e invertida por meio dos seguintes passos:
1. É resolvido o problema na forma da fronteira clássica, conforme o modelo que mais se
adequa ao problema;
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2. Invertem-se os inputs e os outputs e é resolvido o problema de programação linear,
seguindo os mesmos passos adotados com a fronteira clássica, para encontrar a eficiência.
Será encontrado um valor definido como a Eficiência Pessimista das DMUs em análise;
3. Inverte-se o valor da eficiência pessimista encontrada.
4. Pelo fato de ser maior que 1, faz-se necessária aplicação de um processo normalização
dos dados em um intervalo de zero à um. Assim, obtém-se o Índice de Eficiência da
Fronteira Invertida;
5. Por fim, calcula-se os índices combinados para cada DMU, obtido pela média
aritmética dos scores de eficiência da Fronteira Clássica e da Fronteira Invertida.
Com a adoção da análise da fronteira invertida é possível obter um índice mais fidedigno à
realidade, denominado índice combinado e calculado com base nas fronteiras original e
invertida, que fornece mais adequadamente a eficiência das unidades consideradas eficientes
nos cálculos matemáticos (YAMAKAWA; SASAKI, 2010).
A Figura 1 sistematiza o modelo adotado para a avaliação das 10 empresas de energia elétrica
de atuaçãonacional, representando as variáveis de input e output pertinentes na avaliação
matemática do sistema, por meio da combinação entre os modelos de Fronteira Clássica e
Invertida.
Figura 1 – Características e variáveis do modelo a ser utilizado
InputsFronteira
ClássicaOutputs
OutputsFronteira
InvertidaInputs
10 Empresas
de Energia
Elétrica
Modelo VRS
Orientação aos
outputs
i) Receita Financeira;
i) Patrimônio Líquido;
ii) Investimentos
ambientais;
Os scores de eficiência combinado, obtidos como resultado do modelo DEA que considera a
fronteria clássica e a fronteira invertida, foram usados como parâmetro para a construção de
um novo ranking. O ranking proveniente desses resultados foi utilizado para comparar com o
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disponível na base de dados, de forma a avaliar as características indutivas à subjetividade em
rankings voltados para o setor de seguros privados.
4. Análise dos resultados
É fato que as empresas de energia vêm tendo uma participação significativa no cenário
econômico mundial, não somente levando em conta suas práticas ambientais, como inovando
na gestão dos seus recursos. Buscou-se avaliar os aspectos financeiros das empresas do ramo
energético presentes no índice de sustentabilidade empresarial, tornando-as um diferencial em
um cenário cada vez mais competitivo e exigente. Segue em anexo o quadro com os valores
do patrimônio liquido e montante investido em meio ambiente como input e receita financeira
como output.
De acordo com o quadro acima, pode-se auferir que a Eletrobrás é a empresa que mais investe
em projetos ambientais, investindo em torno de R$ 412.000,00 nos anos de 2010/2011, visto
sua alta atuação no mercado. Logo atrás vêm os investimentos da COPEL, esta investiu R$
333.262,00. A empresa que, nos dois anos, investiu menos em meio ambiente foi a Light S/A,
esta investiu R$14.000, ou seja, 3,4 % da primeira.
Tabela 1 – Dados de input e output para a análise
Empresa
Patrimônio Líquido
(R$ milhões)
Investimentos
ambientais (R$)
Resultado
Financeiro
(R$ milhões)
2011 2010 2011 2010 2011 2010
Aes Tiete 1954,10 1981,00 12546,00 13048,00 -46,60 -57,10
CEMING 11744,90 11476,10 116532,00 86686,00 -970,30 -824,50
CESP 10118,10 10475,00 39453,00 52281,00 -681,50 -506,00
COPEL 12069,50 10475,00 134732,00 198530,00 224,80 348,40
CPFL 8552,50 6749,70 105125,00 182175,00 -625,40 -271,30
COELCE 1471,00 -83,40 130925,00 86254,00 -44,60 -83,40
Eletropaulo 4009,70 3737,40 72297,00 76607,00 -21,30 103,00
Eletrobras 77202,30 70530,40 207738,00 205002,00 234,50 -364,10
Light S/A 3171,80 3289,20 4676,00 9611,00 -410,20 -319,40
Tractebel 1237,12 12850,29 77378,00 39957,00 0,37 0,43
Observa-se que a AES Eletropaulo e a AES tiete, empresas pertencentes ao grupo AEScorp
apresentam valores discrepantes no que tange ao investimento em meio ambiente, enquanto a
primeira investiu R$ 148.904,00, a segunda despendeu R$25.594,00 para projetos ambientais,
ou seja, a primeira investiu em torno de 17% a mais que a segunda.
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Após a coleta de dados, foi realizada a analise de eficiência por meio do Frontier Analyst,
com o intuito de avaliar as empresas que melhor aperfeiçoaram seu balanço financeiro, ou
seja, a ferramenta auxilia na identificação das empresas que usa seus recursos com eficiência,
neste caso específico foi combinado os valores do Balanço Patrimonial e os investimentos em
meio ambiente como inputs e a receita financeira como output. A partir disso, segue em anexo
os dados referentes ao ranking, à fronteira clássica, a fronteira invertida e o índice de
combinação das empresas analisadas.
Em 2010, A S/A light, apesar de investir menos em projetos ambientais, foi a empresa que
melhor aperfeiçoou seus recursos financeiros, e, portanto foi a mais eficiente, isso se deve as
demais. Já a AES tiete ocupou o segundo lugar entre as mais eficientes. A análise da fronteira
clássica afirma que a AES tiete, COPEL, COELCE, Eletrobrás e Light S/A são as empresas
que melhor utilizam seus recursos, porém, ao se analisar a fronteira invertida, ou seja,
invertendo as variáveis, pode-se auferir que a Light S/A ocupa o topo do ranking, já que
foram detectados ineficiências nas demais organizações.
Tabela 2 – Análise da eficiência financeira
Empresa
2011 2010
Fronteira
Clássica
Fronteira
Invertida
Índice
Combinado Ranking
Fronteira
Clássica
Fronteira
Invertida
Índice
Combinado Ranking
Aes Tiete 100,00% 43,92% 71,96% 2 100,00% 73,74% 86,87% 2
CEMING 87,00% 2,96% 44,98% 8 0,00% 4,69% 2,35% 10
CESP 29,37% 10,34% 19,85% 9 36,77% 15,12% 25,94% 9
COPEL 100,00% 4,21% 52,11% 4 100,00% 11,15% 55,57% 4
CPFL 31,29% 4,55% 17,92% 10 100,00% 4,84% 52,42% 5
COELCE 100,00% 4,00% 52,00% 5 53,34% 5,28% 29,31% 8
Eletropaulo 96,54% 2,96% 49,75% 6 39,25% 46,90% 43,08% 7
Eletrobras 100,00% 7,71% 53,85% 3 100,00% 12,55% 56,28% 3
Light S/A 100,00% 100,00% 100,00% 1 100,00% 100,00% 100,00% 1
Tractebel 90,91% 2,96% 46,94% 7 98,77% 4,69% 51,73% 6
Em 2011, a S/A light permaneceu no topo das empresas mais eficientes no que tange a
combinação dos seus investimentos ambientais com os indicadores financeiros, a AES tiete
permaneceu em segundo lugar com 100% de eficiência clássica e quase 78% da eficiência
invertida. Em terceiro lugar, permaneceu a Eletrobrás, com 100% de eficiência clássica e 13%
de eficiência invertida e 56% do índice combinado.
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A CEMING, que estava em oitavo lugar desceu para a décima posição, isso se deve a redução
dos seus investimentos em meio ambiente, como também no seu valor financeiro. Já a CPFL
subiu cinco posições no ranking, ao sair da décima para a quinta posição, devido ao aumento
significativo dos valores dos investimentos em meio ambiente e da diminuição do prejuízo na
receita financeira.
A COELCE desceu três posições no ranking, caindo para a oitava posição por causa da
diminuição das três variáveis pesquisadas, já a Eletropaulo desceu uma posição, pois
melhorou sua receita financeira, assim como aumentou os investimentos em meio ambiente.
A Tractebel subiu uma posição, ocupando o sexto lugar, com 90% de fronteira clássica, 2%
de fronteira invertida e 46% de índice combinado em 2011.
5. Considerações Finais
Com base na percepção acerca da importância adquirida das práticas sustentáveis pelas
empresas, este trabalho atendeu ao seu objetivo geral ao discutir como as empresas do setor
de energia, listadas no Índice de Sustentabilidade Empresarial - ISE influenciam em ganhos
econômico-financeiros para as empresas como suporte para seu desenvolvimento no mercado.
Através da metodologia DEA adotada para análise dos dados das empresas, identificou-se
quais empresas tem uma maior correlação entre seus investimentos em projetos de impacto
ambiental e seus ganhos no campo econômico-financeiro.
Com os resultados apresentados no item anterior, podemos destacar que embora o risco da
área financeira esteja ligado a diversos fatores, e não diretamente as práticas ambientais
desenvolvidas, pode-se ressaltar o destaque da empresa Light S/A pela caracterização de suas
práticas ambientais por meio de relatórios e diretrizes de ações voltadas para seus impactos
ambientais o que contribui de maneira significativa no sentido da empresa ter se destacado
como a mais eficiente dentre as empresas analisadas.
É importante ressaltar que o sucesso das políticas ambientais está diretamente relacionado ao
desenvolvimento de uma conscientização para um comportamento ambientalmente correto de
todos os agentes da sociedade, e não apenas ao aspecto financeiro das empresas do setor
energético. Apesar de encontrar uma grande discrepância nos valores financeiros investidos
em projetos ambientais pelas empresas estudadas, é possível afirmar que mesmo que
indiretamente, todas elas enxergam o pilar da sustentabilidade como parte da gestão
empresarial.
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Dessa forma é preciso romper os padrões com os quais a sociedade está habituada e enfrentar
os desafios para o desenvolvimento de um futuro energético mais sustentável.
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