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Documento informativo destinado a pais e encarregados de educação
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2010
José Ilídio Alves de Sá
Bullying - A violência entre pares
Manual de Apoio
Escola Secundária Dr. Manuel Gomes de Almeida – Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
Escola Secundária Dr. Manuel Gomes de Almeida – Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
Escola Secundária Dr. Manuel Gomes de Almeida – Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
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O que é o Bullying? Quatro definições…
“Um aluno está a ser vítima de bullying quando ele ou ela se encontra exposto, de forma
repetida e ao longo do tempo, a acções negativas por parte de um ou mais alunos”
(Olweus, 2005: 9)
“Uma forma de comportamento agressivo que, para além de ser deliberado, provoca
normalmente dor; trata-se, por outro lado, de um comportamento persistente, que
perdura, por vezes, ao longo de semanas, meses ou, até, anos e que faz com que seja
difícil para aqueles que são vitimados poderem defender-se. Por trás da maior parte das
manifestações de bullying encontramos um abuso de poder e um desejo de intimidar e
de dominar”.
(Sharp & Smith, 1995: 1)
“Um comportamento que pode ser definido como o ataque repetido – físico,
psicológico, social ou verbal – por aqueles que se encontram numa situação de poder,
que é formal ou situacionalmente definido, sobre aqueles que são impotentes para
resistir, com a intenção de causar sofrimento para o seu próprio ganho ou gratificação.”
(Besag, 1989: 4)
“Um abuso sistemático de poder.”
(Rigby, 2002: 1)
“É preciso saber olhar para os olhos de uma criança para
saber o que vai na alma.”
(Torrente Ballester)
Escola Secundária Dr. Manuel Gomes de Almeida – Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
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• Três principais elementos que caracterizam o comportamento levado a cabo por um
bully:
• Questões a considerar:
1. A intencionalidade do acto…como medir? …tratou-se de brincadeira?
…existiu maldade?
2. A repetição do acto… como detectar? … como quebrar o silêncio das
vítimas e dos pares?
3. A desproporcionalidade de poder…de que forma se pode manifestar?
O seu carácter
agressivo e a intenção em
provocar dor
O seu carácter
repetitivo ao
longo do tempo
A
desproporcionalidade
de poder entre agressor
e vítima
Escola Secundária Dr. Manuel Gomes de Almeida – Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
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O bullying pode manifestar-se de forma directa ou indirecta.
Bullying
Actos
Directo
“…ataques
abertamente
confrontacionais”
Físico
-bater
-socar
-dar cotoveladas
-pontapear
-puxar o cabelo
-beliscar
-arranhar
-empurrar
-cuspir
-rasteirar
-agredir com recurso a objectos
-forçar comportamentos sexuais
-obrigar a vítima a realizar tarefas servis contra a sua vontade
-roubar haveres
-estragar material
-extorquir dinheiro
Verbal
-chamar nomes
-insultar
-pôr alcunhas desagradáveis
-mentir ou tecer comentários com conteúdo ofensivo à vítima ou à
sua família
-gozar
-ameaçar
-provocar
-fazer reparos racistas e/ou que salientam qualquer defeito ou
deficiência
Indirecto
“…ataques manipulativos
secretos”
-difundir comentários maliciosos sobre os atributos e/ou condutas
de alguém com vista a destruir a sua reputação
-excluir sistematicamente a vítima de grupos
-ameaçar com frequência a perca de amizade
-difundir rumores
-enviar sms / emails
-tirar imagens de telemóvel comprometedoras ou do visado em
situações ridicularizadoras
-cyberbullying (bullying electrónico)
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AAccttoorreess ddoo bbuullllyyiinngg
Os actores do bullying
“Todos nós, ao longo da vida, já presenciámos ou
participámos em situações de agressão, assumindo o papel
de agressor, vítima, observador passivo ou interveniente.”
Pereira (1997: 18)
Vítimas
Agressores
Testemunhas
Testemunhas
Testemunhas
Agressoras
Testemunhas
Escola Secundária Dr. Manuel Gomes de Almeida – Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
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Se o seu filho está a ser vitimado:
“Os pais dos alunos envolvidos nestes episódios não estão familiarizados com esta
problemática e, quando o estão, apenas dialogam com os seus filhos acerca de algumas
das suas vertentes.” (Olweus, 2005: 21)
• O que sentirá:
Preocupação
Transtorno
Frustração
Impotência
Revolta
• Fique atento aos sinais de alerta:
Apresentação de danos corporais (cortes, arranhões, nódoas negras…)
para os quais não são adiantadas explicações convincentes.
Mudança súbita nos padrões comportamentais:
-maior silêncio
-maior isolamento
-maior agressividade
-maior exigência de atenção
-angústia constante
-menor apetite
-pesadelos
Manifestações constantes de indisposição física para ir à escola:
-dores de barriga, de cabeça
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-vomitar
Demonstração súbita de falta de interesse pela escola:
-decréscimo no aproveitamento escolar
-falta de assiduidade
Desaparecimento inexplicado de bens materiais, de dinheiro, das
senhas de almoço.
Tentativas de fuga de casa ou de suicídio.
• O que não deve fazer:
Minimizar, explicar ou justificar o comportamento do agressor.
Ignorar o sucedido.
Aconselhar o seu filho a evitar o agressor.
Aconselhar o seu filho a ripostar ao agressor.
Assumir atitudes precipitadas.
Confrontar directamente o agressor ou os pais do agressor.
• O que deve fazer:
Leve o seu filho muito a sério caso ele lhe comunique que está a ser
vítima de agressão, pois, para além de necessitar da sua ajuda, ele precisa de sentir que
está do seu lado.
Demonstre total disponibilidade e abertura para que o seu filho possa
falar consigo acerca de tudo que ele quiser.
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Adopte uma postura instrutiva e construtiva, não contribuindo para o
agravamento da situação.
Ouça o que ele tem para lhe relatar, com calma e de forma atenta.
Anote todo o tipo de informação relacionada com o(s) dia(s), a(s)
hora(s), o local, o nome do(s) agressor(es) e eventuais testemunhas.
Ajude o seu filho a sentir que ele não é culpado pela situação e que ele
não merece ser vítima de agressão.
Reforce a auto-estima do filho, levando-os a pensarem por si e a
encararem as contrariedades da vida como problemas que devem ser resolvidos.
Fale com ele acerca do que ambos podem fazer para pôr fim às
situações de agressão.
Aconselhe-o a relatar as agressões ao seu Director de Turma ou a outro
professor.
Dirija-se à escola e comunique o sucedido ao Director de Turma do seu
educando. Faça-o com calma e de forma clara de modo a que possa ser encontrada uma
solução para pôr fim às agressões.
Exponha a situação ao Director da escola caso o Director de Turma não
tenha conseguido resolver o problema.
Incentive o seu filho a continuar a falar consigo acerca da sua vida na
escola, passe mais tempo com ele e demonstre-lhe o seu apoio incondicional.
Escola Secundária Dr. Manuel Gomes de Almeida – Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
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2. Se o seu filho é o agressor:
• Fique atento aos sinais de alerta:
Exibição usual de condutas agressivas (bater, pontapear, empurrar, uso
de linguagem ofensiva).
Manifestações de comportamentos impulsivos (frustração, fúria).
Recurso à agressão como meio privilegiado para resolver problemas.
Necessidade de:
-controlar ou exercer domínio sobre terceiros;
-humilhar ou achincalhar outras crianças.
Manifestação de atitudes cruéis para com outras crianças ou animais de
estimação.
Ausência de sentimentos de empatia / insensibilidade face aos
sentimentos evidenciados por terceiros, revelando egocentrismo.
Culpabilização de terceiros por actos praticados, nunca assumindo a
sua autoria.
Atitudes de provocação deliberada de outras crianças.
• O que deve fazer:
Mantenha a calma e procure saber junto do seu filho o(s) motivo(s)
pelo qual ele agride os colegas.
Explique ao seu filho que qualquer tipo de comportamento agressivo é
intolerável.
Procure, em conjunto com o seu filho, formas de compensar a vítima.
Escola Secundária Dr. Manuel Gomes de Almeida – Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
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Apoie o seu filho caso ele seja objecto de um procedimento disciplinar
na escola.
Passe mais tempo com o seu filho, acompanhando mais de perto o seu
comportamento.
Promova um clima de tranquilidade e de harmonia nas suas relações
familiares.
Evite que o seu filho veja filmes violentos ou que aceda a jogos virtuais
com o mesmo cariz.
2. Se o seu filho é testemunha:
• O que deve fazer:
Fale com o seu filho com regularidade acerca do seu dia-a-dia na
escola.
Incentive o seu filho a denunciar qualquer tipo de comportamento
agressivo que ocorra na escola.
Ajude-o a desenvolver as competências necessárias para que ele se
sinta suficientemente confiante para relatar essas condutas.
Mostre-lhe que o silêncio só poderá contribuir para piorar a situação.
Dirija-se à escola no sentido de ter a certeza de que existem
mecanismos na escola que possam garantir a segurança do seu filho caso ele denuncie
esses comportamentos agressivos.
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SSííttiiooss nnaa IInntteerrnneett
Nome do Sítio Endereço APAV - Associação Portuguesa de Apoio à Vítima
http://www.apav.pt/portal/
Comissão Nacional de Protecção das Crianças e Jovens em Risco
http://www.cnpcjr.pt/
MiúdosSegurosNa.Net Tito de Morais
http://www.miudossegurosna.net/
PortalBullying – Centro de Ajuda Online Tânia Paias
http://www.portalbullying.com.pt/
ProCiv – EsmgaSegura Escola Secundária Dr. Manuel Gomes de Almeida - Espinho
http://esmgasegura.blogspot.com
Projecto Dadus Comissão Nacional de Protecção de Dados
http://dadus.cnpd.pt/
Programa de Redução do Comportamento Agressivo Entre Estudantes (Brasil)
http://www.bullying.com.br
Anti-bullying Alliance (Reino Unido)
http://www.anti-bullyingalliance.org.uk
Bullies to Buddies (Canadá)
http://www.bullies2buddies.com/
Bully Blocking (Austrália)
http://www.bullying.com.au/
Bully Free Program Allan Beane (Estados Unidos da América)
http://www.bullyfree.com/
Bullying Org (Canadá)
http://www.bullying.org/public/
Bullying No Way (Austrália)
http://www.bullyingnoway.com.au
Bullying UK (Reino Unido)
http://www.bullying.co.uk/
BullyWatch (Reino Unido)
http://www.bullywatch.org/
International Bullying Prevention Association (Estados Unidos da América)
http://www.stopbullyingworld.org/
School Bullying and Violence (União Europeia)
http://www.bullying-in-school.info
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