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Bairros em Lisboa
…ainda e sempre
Maria Assunção Gato
Pontos de Partida:
• Conseguir avançar um pouco mais na
leitura/compreensão do conceito de
Bairro – do que se fala?
• Perceber o sentido do Bairro no actual
contexto de Lisboa – porquê continuar a
falar de Bairros?
Bairros - territórios de geometrias e
intensidades variáveis:
• Realidades diversas sob um mesmo conceito -
típicos, históricos, sociais, sem história, sem dimensão
colectiva, com plano, espontâneos, homogéneos,
heterogéneos…
• Representações socialmente localizadas,
tendencialmente homogéneas e com
dimensões de quotidiano - espaços de vida e de
acção, rotinas, encontros e interconhecimento,
vizinhanças, solidariedades e controle social.
• Territórios delimitados - quase nunca existem
limites administrativos, mas existem contornos de
proximidade reconhecidos, mapeamentos individuais e
colectivos, objectivos e subjectivos, negociados entre o
interior e o exterior e mais ou menos coincidentes.
• Unidades de observação e análise, onde se
cruzam diversas escalas – espaciais, vivenciais,
identitárias.
• Lugares (des)Qualificados, (des)Valorizados,
(in)Seguros – dimensão espacial
+
dimensão social
+
dimensão comercial
+
dimensão histórica
+
dimensão identitária
=
ambiente “de bairro”
Porquê continuar a falar de bairros?
• Lugares de apropriação e ancoragem urbana,
apreendidos através das práticas e
representações dos seus habitantes
• Portadores de memórias e outras cargas
simbólicas que lhes conferem expressividades
únicas
• Unidades espaciais de intervenção,
mobilização, acção e criatividade
• Realidades abertas à cidade e cujas
dinâmicas se vão reproduzindo de acordo com
as vivências e representações negociadas
entre o exterior e interior
• Lugares onde a dimensão colectiva é
inteligível à percepção pessoal, gerando efeitos
e ambiências particulares e valorizadas, quer
por residentes gentrificadores, quer pelos
residentes antigos
• Espacializações potenciadoras de redes
sociais fortes e que poderão “fazer a diferença”
num contexto urbano.
• Lugares de absoluta importância, sobretudo
para quem tem mobilidade reduzida,
rendimentos limitados
• Mas também continuam sendo lugares
valorizados por “tipicidades”, “bairrismos”,
“idealismos” que fogem à realidade concreta.
Bairro – um “Valor Acrescentado”?
A importância do Capital Social e sua relação com o
Bairro face:
• Envelhecimento /perda de mobilidade
• Aprisionamento /perda de actividade e recursos
• Reorganização territorial
Novas dinâmicas locais de proximidade, de
cuidado, de integração, de solidariedade, de
criatividade – identificar problemas e encontrar
soluções
Alain Bourdin (2011) -O Urbanismo Depois da Crise
O regresso às identidades locais é uma ilusão e os lugares
simbólicos deverão perder importância face ao aumento
das mobilidades
• Mobilidades diferenciadas
• Multiplicação de escalas que podem reforçar a escala Local
• Valorização das identidades locais
• Valorização dos lugares simbólicos
• Dinâmicas regeneradoras e criativas, nos Bairros e sobre os
bairros
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