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POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A PESSOA COM DEFICIÊNCIA: A
MATERIALIZAÇÃO NA LUTA POR DIREITO
IIICONGRESO / COLOQUIO
FRANCO-LATINOAMERICANO
DE INVESTIGACIÓN EN DISCAPACIDAD
Ms. Ana Cristina Cardoso da Silva
Profa. Dra. Fátima Correa Oliver
Programa de Pós-Graduação em Terapia Ocupacional
Objetivo
Este trabalho apresenta resultados parciais de uma dissertação, em que se
buscou investigar os movimentos sociais das pessoas com deficiência e de
suas organizações no município de São Carlos-SP numa interlocução com
o cenário das políticas públicas.
POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A PESSOA COM DEFICIÊNCIA: A
MATERIALIZAÇÃO NA LUTA POR DIREITO
CENÁRIO DA PESQUISA:
Município de São Carlos – SP, Brasil
Há diferentes Organizações engajadas no trabalho com e para as pessoas com
deficiência.
Algumas pessoas com deficiência tornaram-se importantes lideranças das
mobilizações e representantes do segmento
CENÁRIO DA PESQUISA: Município de São Carlos – SP, Brasil
3 Organizações DE pessoas com
deficiência:
• ONG MID
• Pastoral da Inclusão
• ASSC
5 Organizações PARA pessoas com
deficiência:
• CONDEF
• APAE
• ACORDE
• ONG Guarda Anjo
• Grupo AMais
- Organizações -
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
• Estatuto
• Plano anual
• Atas
• Folders
• Cartilhas
• Fotografias
• Artigos de jornal
• Projetos de lei
• Leis
• Decretos
• Documentos de Conferências (PcD, Saúde e Educação
• Presidentes
• Coordenadores
Após a identificação das organizações os dados foram construídos a partir de :
Pesquisa documentalEntrevista semiestruturada
(MANZINE, 2014; MAY, 2004)
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Percebeu-se que os movimentos sociais das pessoas com deficiência e de suas
Organizações são importantes:
Para construir alternativas de assistência
Na luta pelos direitos e por maior espaço de participação social e política
Na luta pelos direitos e por maior espaço de participação social e política
Na construção social da deficiência
Na proposição, implantação e controle de políticas públicas e sociais
A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com
Deficiência (CDPD) foi fruto do trabalho conjunto de
Organizações nacionais e internacionais e dos Conselhos na
esfera política.
CDPD foi adotada pela Organização das Nações Unidas
(ONU) em 2006 e promulgada no Brasil, com equivalência
de emenda constitucional, no ano de 2009.
(BRASIL, 2009)
Proposição, implantação e controle de políticas públicas e sociais
- MARCO INTERNACIONAL -
Plano Viver sem Limite (Decreto 7.612/2011)
Tem o compromisso de atender à CDPD
(BRASIL, 2012; 2013)
É constituído de políticas públicas organizadas em quatro eixos:
• Acesso à educação
• Inclusão social
• Atenção à saúde
• Acessibilidade
Proposição, implantação e controle de políticas públicas e sociais
- REPERCUSSÃO NACIONAL -
(BRASIL, 2013)
Entrou em vigor no Brasil no ano de 2015.
Articulação entre representantes do Senado, Secretaria
Nacional de Promoção dos Direitos Humanos, do Conselho
Nacional das Pessoas com Deficiência (CONADE) e
profissionais capacitados para elaboração de leis.
Construída com embasamento na CDPC
(BRASIL, 2015)
Proposição, implantação e controle de políticas públicas e sociais
- REPERCUSSÃO NACIONAL -
Visa inclusão e cidadania a partir do acesso aos direitos essenciais
Proposição, implantação e controle de políticas públicas e sociais
- REPERCUSSÃO LOCAL -
- Áreas preconizadas no município de São Carlos -
Educação inclusiva
Acessibilidade arquitetônica e nos meios de transporte
Acessibilidade nos espaços de cultura, lazer e esporte
Proposição, implantação e controle de políticas públicas e sociais
- Estratégias no município de São Carlos -
Participação no Conselho Municipal das Pessoas com Deficiência
Participação nas Conferências Municipais, Regionais e Nacionais da Pessoa com
deficiência e de outros setores (Saúde; do Idoso e da Assistência Social)
Participação em audiências públicas e reuniões da Câmara Municipal
Organização de reuniões entre as entidades
Estudo das políticas públicas
Proposição, implantação e controle de políticas públicas e sociais
- Desafios a serem vencidos -
Na cidade de São Carlos-SP...
É raro o envolvimento das pessoas com deficiência na produção de políticas públicas
É dada pouca atenção as etapas de implantação e implementação das políticas
No Brasil...
As resoluções não têm sido fruto de diálogo entre os setores governamental e a
sociedade civil
Os grupos sociais em situação de vulnerabilidade e de exclusão social têm se tornado
apenas objeto de benevolência do Estado
(JUNQUEIRA, 2004)
É preciso que profissionais, pesquisadores e sociedade civil organizada criem
mecanismos e estratégias para que as pessoas com deficiência e familiares possam
tornar-se sujeitos políticos no cotidiano, de modo a também contribuírem para
criação, implantação e avaliação das políticas públicas e, portanto, construírem
caminhos para a ampliação da dignidade humana e justiça social.
Proposição, implantação e controle de políticas públicas e sociais
- Construindo uma luta unificada -
Planejamento de encontros, grupos, rodas de conversa e/ou fóruns em parceria
com equipamentos sociais comunitários.
Criar programas de capacitação técnica e política dos militantes e da população
em geral
Busca ativa de demandas e necessidades da população com
deficiência/familiares/cuidadores
Proposição, implantação e controle de políticas públicas e sociais
- Construindo uma luta unificada -
adotar metodologias e estratégias de base territorial
REFERÊNCIAS
BRASIL. Decreto n° 6.949, de 25 de agosto de 2009. Convenção Internacional sobre os Direitos das
Pessoas com Deficiência. Brasília, DF, ago. 2009.
BRASIL. Lei 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão das Pessoas com Deficiência
(Estatuto da Pessoa com Deficiência). Diário Oficial da União 2015; 7 jul.
BRASIL. Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR). Secretaria Nacional de
Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SNPD), Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com
Deficiência - Viver sem Limite, 2013. 92p.
JUNQUEIRA, L. A. P. A gestão intersetorial das políticas sociais e o terceiro setor. Saúde e Sociedade, v. 13,
n.1, p. 26-35, jan./abr. 2004.
MANZINI, E. J. Entrevista semiestruturada: análise de objetivos e de roteiros. Marília, 2004. Disponível
em: <www.sepq.org.br/IIsipeq/anais/pdf/gt3/04.pdf> Acesso em: 10 mar. 2014.
MAY, T. Pesquisa social: questões métodos e processos. 3 ed. Porto Alegre. Artmed, 2004.