Conceito de método Os métodos tradicionais de alfabetização Métodos de marcha sintética ...

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Conceito de método

Os métodos tradicionais de alfabetização Métodos de marcha sintética Métodos de marcha analítica Método Global Métodos mistos ou analítico-sintéticos

Caminho para atingir um fim Ação intencional na qual o educador

relaciona cada ato, procedimento, atividade pedagógica com os resultados esperados

Metodologia = estudo dos métodos Técnica = forma considerada mais eficaz

para realizar uma atividade

Os primeiros métodos usados para alfabetizar foram os de marcha sintética (iam da "parte para o "todo“)

O mais antigo é o da soletração ou letração (alfabético), utilizado já pelos gregos há 2.500 anos.

Começa apresentando o nome das letras, que depois de decoradas são usadas para formar sílabas e palavras. Ex: b+a=ba

LetraçãoParte das letras, ensinando depois a “juntar” para

formar sílabas e letras. Não é propriamente um método.

SilabaçãoParte das sílabas para formar palavras e frases.

Destaca a primeira letra dentro da sílaba.

Fonético ou FônicoParte do som, mostrando a correspondência com as

letras.

Iniciam o ensino da leitura/escrita com a apresentação das letras e seus nomes (método da soletração/alfabético), ou de seus sons (método fônico), ou das famílias silábicas (método da silabação), sempre de acordo com certa ordem – seja a ordem alfabética, seja uma ordem crescente de dificuldades lingüísticas ou ortográficas.

Exemplo de procedimento de ensino no método sintético da silabação:

Simplicidade para o(a) alfabetizador(a) – requerem menor grau de conhecimento linguístico e pedagógico

Oferecem uma sequencia bem estruturada de trabalho, com lições que se sucedem em uma ordem pré-determinada

Facilitam a avaliação e o acompanhamento do progresso dos alunos

Vantagens dos métodos sintéticos

Processo lento, que exige grande esforço de memorização

A leitura e a escrita são feitas mecanicamente sem compreensão do significado das palavras

Os alfabetizando têm dificuldade com as sílabas mais complexas

Os alunos não desenvolvem o gosto pela leitura e pela produção de textos

A partir de 1890 com a reforma da instrução pública no Estado de São Paulo, torna-se obrigatória sua utilização.

Influência da Pedagogia norte-americana No método analítico, o ensino da leitura deveria ser

iniciado pelo “todo”, para depois se proceder à análise de suas partes constitutivas.

Há diferentes variações, dependendo do que se considera o “todo”: a palavra, a sentença ou a "historieta“ (conto).

O processo baseado na "historieta" foi institucionalizado em São Paulo, mediante a publicação do documento Instrucções praticas para o ensino da leitura pelo methodo analytico – modelos de lições. (Diretoria Geral da Instrução Pública/SP – [1915]).

Palavração Parte de palavras-chave que são decompostas

em sílabas e (eventualmente) em letras. Recorre em geral à associação da palavra com uma imagem.

Sentenciação Parte das frases (geralmente com sentido moral)

e decompõe em palavras, sílabas e letras.

Contos ou historietas Parte do de uma pequena história escrita,

destacando palavras e partes menores.

Conto ou historieta

Parte de uma pequena história escrita, destacando palavras. Não existe a decomposição de palavras em partes menores. Os alunos aprender a reconhecer as palavras pelo todo (gestalt) sem fazer a oralização (decodificação).

A criança tem contato com textos logo no início da alfabetização

Incentivam a criança a desenvolver estratégias de descoberta a partir do material de leitura, estimulando a curiosidade e o interesse

Estimulam o gosto pela leitura e a compreensão do que é lido

Vantagens dos métodos analíticos

As crianças “adivinham” as palavras em vez de ler

Ênfase excessiva na leitura, deixando de lado a escrita

Os textos de leitura são artificiais, produzidos pelo professor ou autor das cartilhas

Os alunos decoram palavras e frases, mas não aprendem a ler ou escrever palavras novas

Parte de uma unidade de significado (palavra, frase ou pequeno texto), trabalha a decomposição dessa unidade (fase analítica) e depois a formação de novas palavras, frases ou textos (fase sintética)

Críticas baseadas na Escola Nova e no Construtivismo:

Os métodos tornam o processo mecânico, tolhem a liberdade do aluno e do professor

Desconsideram os processos de elaboração da criança e suas etapas de evolução

São baseados no ponto de vista do adulto sobre a linguagem escrita

Consideram a escrita apenas como transcrição da fala

Críticas baseadas na Pedagogia Libertadora de Paulo Freire:

Os métodos tradicionais desconsideram a realidade social dos educandos

Os textos e as palavras usados na alfabetização são alienados (ocultam a realidade de exploração e dominação)

São baseados na cultura dominante (do opressor) e abafam o desenvolvimento da cultura popular

Consideram a escrita apenas como um fenômeno lingüístico e psicológico e não histórico e social

1. Qual a importância de usar um método para Alfabetizar?

2. Existe um método que seja “o melhor”? Por quê?

3. Procure identificar qual o método pelo qual você foi alfabetizado(a).

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