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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
PROGRAMA DE MESTRADO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
FATORES DETERMINANTES DE PERMANÊNCIA NA EaD:
um estudo de caso em uma IES no Piauí
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção da Universidade Paulista – UNIP, para obtenção do título de Mestre em Engenharia de Produção.
LUIS ANTÔNIO MENDES DE MESQUITA ARAÚJO
SÃO PAULO
2016
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
PROGRAMA DE MESTRADO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
FATORES DETERMINANTES DE PERMANÊNCIA NA EaD:
um estudo de caso em uma IES no Piauí
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção da Universidade Paulista – UNIP, para obtenção do título de Mestre em Engenharia de Produção.
Área de Concentração: Gestão de Sistemas de Operação. Linha de Pesquisa: Redes de Empresas e Planejamento da Produção. Projeto de Pesquisa: Gestão de Operações de Serviços – Formas Organizacionais, Métodos e Ferramentas Para a Gestão. Orientadora: Prof.ª Dr.ª Marcia Terra da Silva
LUIS ANTÔNIO MENDES DE MESQUITA ARAÚJO
SÃO PAULO
2016
Araujo, Luis Antonio Mendes de Mesquita. Fatores determinantes de permanência na EAD: um estudo de caso em
uma IES no Piauí / Luis Antonio Mendes de Mesquita Araujo. - 2016.
79 f. : il. + DVD.
Dissertação de Mestrado Apresentado ao Programa de Pós-Graduação em
Engenharia de Produção da Universidade Paulista, São Paulo, 2016.
Área de concentração: Gestão de Sistemas de Operação.
Orientadora: Prof.ª Dra. Márcia Terra da Silva.
1. Permanência. 2. EAD. 3. Evasão. I. Silva, Márcia Terra da (orientadora). II. Título.
LUIS ANTÔNIO MENDES DE MESQUITA ARAUJO
FATORES DETERMINANTES DE PERMANÊNCIA NA EaD:
um estudo de caso em uma IES no Piauí
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção da Universidade Paulista – UNIP, para obtenção do título de Mestre em Engenharia de Produção.
Aprovado em:
BANCA EXAMINADORA
________________________________/_____/____
Prof.ª Dr.ª Marcia Terra da Silva (orientadora) Universidade Paulista - UNIP
________________________________/_____/____
Prof.ª Dr.ª Irenilza Naas
Universidade Paulista - UNIP
________________________________/_____/____
Prof. Dr. Márcio Aurélio Carvalho de Morais Instituto Federal do Piauí - IFPI
4
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a minha esposa Lia Rayane, sem ela nunca teria conseguido me
tornar uma pessoa melhor. Aos meus amigos, em especial a Tatiana Araújo.
À professora Antonella Maria por todo o suporte sempre me dado.
Aos meus irmãos e pai, agradeço por tudo.
A minha querida mãe, onde quer que esteja continua sendo a luz que me ilumina.
Ao meu primo Danylo Davi Andrade, saudades eternas.
A minha sogra e meu sogro, que sempre estiveram comigo.
5
AGRADECIMENTOS
Primeiramente, agradeço a Deus.
Agradecimentos especiais à professora e orientadora Dr.ª Marcia Terra da Silva, que
suportou toda a dor de cabeça que provoquei a ela.
Aos professores do programa que, com sabedoria, nos conduziram por todo o curso.
6
RESUMO
Esta pesquisa tem como temática a investigação da permanência dos alunos nos cursos de
educação a distância (EaD). Foi realizado um estudo em uma Instituição de Ensino Superior
(IES) pública federal do Piauí, no período de fevereiro de 2016 a junho do mesmo ano. Foram
reconhecidas razões que influenciam na permanência dos estudantes nos cursos, e que essas
razões estão organizadas em cinco dimensões, tendo por base o trabalho de Almeida (2008).
Os resultados foram colhidos por meio de dois questionários. O primeiro intencionava perceber
a visão dos alunos de um curso de Administração que se encontravam no penúltimo período do
letivo; e o segundo levantou a perspectiva da coordenadora, dos tutores presenciais e a
distância e dos professores conteudistas acerca da temática permanência na modalidade de
educação a distância. Foram enviados 165 formulários para alunos dessa graduação, destes 65
responderam, e foram entrevistados uma coordenadora, 10 tutores e cinco professores
conteudistas. A partir da análise dos resultados foi possível determinar alguns fatores
relevantes para a permanência em cursos de educação a distância, tais como: ambiente familiar
estável, boa estrutura do polo, retorno feito pelo tutor das atividades realizadas pelo aluno, bem
como a conciliação do tempo para a realização das atividades do curso.
Palavras-chave: Educação a Distância. Permanência. Evasão.
7
ABSTRACT
The thematic of this survey is related to the importance of students being kept in the Distance
Learning (EaD). A study was performed in a Federal Public Superior Teaching Institution (IES) in
Piauí, between February 2016 and June 2016 of the same year. It has been recognized reasons that
influence the permanence of students in their courses; these reasons are organized in five
dimensions, having as a basis the work of Almeida (2008). The outcome was obtained by means of
two questionnaires. The first had as aim to realize the perception of students of Administration,
they were performing the penultimate term of the course; the second one was focused on the
perspective of the coordinator, present and distance tutors and content professors concerned in topic
of permanence of students in the modality of Distance Learning. It was sent 165 forms to students
of this graduation, 65 answered and they were interviewed by a coordinator, 10 tutors and five
content professors. Starting from the analyses of the results it was possible to identify some
relevant factors to their permanence in Distance Learning courses, as stable and familiar
environment, good structure of the place, return made by the tutor related to the student’s activities,
as well as the balanced time to do the activities of the course.
Keywords: Learning Distance. Permanence. Evasion.
8
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Mesorregiões do Piauí ............................................................................................................ 28
9
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Carga Horária Trabalhada ....................................................................................................... 59
Gráfico 2 – Procedência Escolar .................................................................................................................. 60
Gráfico 3 – Nível educacional ao iniciar o curso .................................................................................... 61
Gráfico 4 – Idade dos Respondentes ........................................................................................................... 61
10
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 – Gerações de EaD ....................................................................................................................... 21
Quadro 2 – Causas da Evasão ....................................................................................................................... 24
Quadro 3 – Cargos e funções EaD ............................................................................................................... 29
11
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
EAD – Educação a Distância
ABED – Associação Brasileira de Educação a Distância
AVA – Ambiente Virtual de Aprendizagem
UAB – Universidade Aberta do Brasil
LDB – Lei de Diretrizes e Bases
CONPED – Congresso Piauiense de Educação a Distância
TICS – Tecnologia de Informação e Comunicação
IES – Instituição de Ensino Superior
12
SUMÁRIO
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS .............................................................................................................. 13
1.1 Motivação ................................................................................................................................................. 15
1.2 Objetivos .................................................................................................................................................. 15
1.3 Organização do trabalho ................................................................................................................ 16
2 REVISÃO DA LITERATURA .............................................................................................................. 18
2.1 Ensino Superior no Brasil: breve contexto histórico ................................................... 18
2.2 Concepções e gerações de EaD ................................................................................................ 20
2.3 A EaD no Brasil .................................................................................................................................... 22
2.4 E evasão na EaD .................................................................................................................................. 23
3 METODOLOGIA ........................................................................................................................................ 26
3.1 Tipo de pesquisa ................................................................................................................................. 26
3.2 Instrumento de geração de dados ............................................................................................ 26
3.3 Definição da amostra ....................................................................................................................... 27
4 RESULTADOS .......................................................................................................................................... 30 4.1 Artigo I: Fatores de Permanência em EaD: Estudo de Caso em uma IES Piauiense..30 4.2 Artigo II: Atores da Gestão em EaD e sua ótica sobre a Permanência ............. 42
4.3 Resultados e Discussões ............................................................................................................. 59
4.3.1 Análise dos Gráficos ............................................................................................................................. 59
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................................ 63
REFERÊNCIAS .............................................................................................................................................. 64
APÊNDICE A .................................................................................................................................................. 68
APÊNDICE B .................................................................................................................................................. 74
13
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
As mudanças que acontecem na sociedade estão cada dia mais aceleradas,
proporcionando alterações em vários setores, levando transformações no modo de ensinar e
aprender. As tecnologias de comunicação e informação proporcionam maior contato entre as
pessoas; e as relações globais estão cada vez mais conectadas e próximas. A percepção de
interdependência entre pessoas e organizações está cada vez mais maior.
Dentro dessa premissa de interconexão, a educação é instrumento e, ao mesmo tempo,
instrumentalizada para a construção desse novo paradigma. Isso acontecendo em todos os
níveis: desde a educação técnica até a superior passando por cursos de pós-graduação. Percebe-
se que a maneira como as pessoas absorvem e difundem conhecimento se alterou ao longo dos
anos, chegando ao ponto de, mesmo que professor e aluno não estejam no mesmo lugar, eles
podem se comunicar em tempo real. Segundo Lévy (2009, p. 157), está acontecendo uma
“mutação contemporânea da relação com o saber”.
Simultaneamente, percebe-se cada vez mais a necessidade de instrução contínua, já que,
paralelamente à obsolescência rápida das tecnologias, os conhecimentos necessários para o
trabalho têm prazos a cada vez menores (ARIAS, 2005). Essa dinâmica de exigência de
formação ao longo da vida acaba potencializando a procura por cursos de educação a distância,
pois não são todos os alunos que conseguem frequentar cursos convencionais. Dentro desse
contexto, a EaD aparece como uma opção para solucionar a problemática da falta de tempo e
do percurso de longas distâncias.
Moran (2002, p.1) pontua que a EaD é “Ensino/aprendizagem onde os professores e
alunos não estão normalmente juntos, fisicamente, mas podem estar conectados, interligados
por tecnologias, principalmente as telemáticas, como a internet.” Assim, essa modalidade
beneficia-se desses avanços dos meios de comunicação e informação para responder às
demandas sociais vigentes. Apesar disso, ainda que haja as já citadas facilidades e demandas
para o desenvolvimento da modalidade de educação a distância, os números referentes à
evasão nesse segmento educacional ainda são altos. De acordo com o censo 2014 da
Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED), em todos os tipos de cursos de EaD o
abandono identificado está na faixa de até 25%. O mesmo documento aponta que a falta de
tempo para estudar ou participar do curso é apontada pela a maioria das instituições como
impulso para a evasão nessa modalidade.
Na fase contemporânea, em que coexistem experiências de ensino e aprendizagem
diferentes, é importante a atenção à metodologia empregada nos cursos de educação a distância
14
EaD) para que não exista a emulação de práticas da educação presencial. Conjectura-se, então,
que devem existir novas atitudes dos discentes, dos professores e da coordenação dos cursos
para oferecimento de uma estrutura adaptada, todos agindo adequadamente para proporcionar
mais facilidade a esse processo distinto do habitual de construção da educação.
Essas novas atitudes podem ser relacionadas, também, com o que Palloff e Pratt (2002)
afirmam nos estudos feitos pelo California Distance Learning Project, segundo os quais os
estudantes que obtiveram bons resultados na modalidade de educação a distância tinham
algumas particularidades em comum: idade média maior do que a dos outros alunos,
abordagem mais compenetrada do curso, autodirecionamento na busca por conteúdos e, no
geral, maior cumprimento dos ditames do curso.
Sendo assim, as temáticas de evasão e permanência são assuntos pertinentes a quase todas
instituições de educação superior, tanto na esfera pública, quanto na privada. Diante desse
entendimento, faz-se necessário compreender os fatores que levam os discentes a permanecerem
nos cursos da modalidade de educação a distância, para minimizar os índices de evasão e contribuir
para o maior sucesso do curso. Dessa forma, no presente trabalho iremos interpretar que sucesso é
o término das obrigações do programa do curso, não levando em conta o que o aluno irá fazer
depois de formado. Para isso, este estudo intenciona investigar as razões determinantes da
manutenção dos alunos em um curso de graduação de uma IES pública, na modalidade a distância,
oferecida em 10 cidades-polo do interior do estado do Piauí.
Com a revisão da literatura percebe-se que muitos pontos contribuintes para a evasão e,
consequentemente, a não permanência na EaD são procedentes de um paradigma mental da
modalidade presencial. A esse respeito, podemos citar como características evidentes desse
paradigma o contato dos participantes, professor e aluno, no mesmo espaço físico e ao mesmo
tempo e relacionamento com os outros alunos. Todos esses são aspectos ausentes na modalidade a
distância, sendo que uma razão específica para o surgimento das dificuldades de quem cursa um
programa de educação em EaD é a falta de contato entre docente e discente, que proporciona
barreiras para o andamento do curso, provocando o grande número de desistentes.
Para que isso não ocorra, Pacheco (2007) defende que haja uma gestão mais efetiva das
atividades que ocorrem presencialmente, bem como o uso de ferramentas que permitam
atividades grupais, para que os alunos não se sintam isolados e, por conseguinte, desmotivados.
As pesquisas sobre evasão de alunos nas instituições de ensino superior se encontram ainda em
estágio inicial, e estão intimamente relacionadas com a escassa atenção direcionada à educação
no nosso país (CISLAGHI, 2008).
15
1.1 Motivação
Apesar de haver literatura importante sobre os motivos que provocam a evasão, bem
como os fatores que proporcionam a permanência na educação a nível superior (PACHECO,
2007; ALMEIDA, 2007; MAURÍCIO e SCHLEMMER, 2014; SIHLER e FERREIRA, 2011),
o debate ainda está em aberto sobre essas questões. No que se refere à modalidade de educação
a distância, a avaliação é mais complicada por envolver tecnologias que ainda estão se
desenvolvendo e metodologias de curso diferentes do ensino tradicional e que ainda não estão
suficientemente difundidas. Portanto, percebe-se como válida a efetivação de pesquisas sobre a
situação das instituições de ensino superior brasileiras que oferecem a modalidade a distância,
para que haja um panorama de informações que proporcione um conjunto de ações relativas ao
abandono e à permanência discente na já citada modalidade.
Em se tratando de temas ligados ao uso do ambiente virtual de aprendizagem (AVA),
desenvolvimento da gestão e dos profissionais que trabalham com essa modalidade, bem como
a elaboração de material próprio para EaD, autores como Paloff e Pratt (2004), Moore e
Kearsley (2011) e Litto (2012) já conseguiram traçar um quadro de tais problemáticas.
As explorações efetuadas por Silva (2012), Borges (2011) e Amidani (2004),
evidenciam aspectos concernentes ao discente, tais como: a complexidade de manejo do
tempo, os contratempos para harmonizar estudos e trabalho, formação acadêmica deficitária e a
falta de estímulo para perseverar nos estudos. Esses pontos são correlatos à abordagem do
aluno sobre o programa e, portanto, fundamentais para a continuação ou a desistência do curso.
A observação desses estudos permite constatar que ainda são tímidos os trabalhos que
percebem a visão dos estudantes e de quem realiza os processos operacionais nas instituições
(coordenação, professores, tutores) em relação ao abandono e manutenção discente na
modalidade de educação a distância. Olhando essa conjectura e o estímulo para a feitura dessa
análise, determina-se como tema: Evasão e permanência discente na educação superior a
distância. A investigação intenciona responder à seguinte questão: “Quais fatores são mais
relevantes para permanência dos estudantes nos cursos de educação a distância?”
1.2 Objetivos
Este trabalho tem como objetivo principal apontar quais os fatores que corroboram para
permanência dos alunos em cursos da modalidade a distância, particularmente em uma
instituição de ensino superior pública federal do estado do Piauí, no curso de graduação em
16
Administração de Empresas que é oferecido em 29 cidades-polo, sendo que, dentre estas, 10
polos se encontram no último módulo para conclusão do curso. Os objetivos específicos deste
trabalho são três:
A) Apontar elementos influenciadores na manutenção discente em curso de modalidade a
distância, por meio de revisão da literatura;
B) Averiguar a concepção dos coordenadores, professores conteudista e tutores acerca das
razões preponderantes para a retenção dos alunos nos cursos de modalidade a distância;
C) Identificar ações gerenciais para aumentar o sucesso de um curso de graduação a
distância.
1.3 Organização do trabalho
Este trabalho estrutura-se seguindo os moldes recomendado pelo o programa de Pós-
Graduação em Engenharia de Produção da Universidade Paulista (UNIP), com o intuito de
tornar mais eficiente as publicações das respostas encontradas das propostas dos projetos
trabalhados no programa. Este estudo é dividido da seguinte maneira:
1) O capítulo um versa sobre a parte introdutória, abordando os motivos, conjecturas e
justificativa para o estudo, contextualizando o assunto abordado, o objetivo e os
objetivos específicos;
2) O capítulo dois discorre a respeito da revisão da literatura exibindo arcabouço teórico
sobre a Educação Superior, a Educação a Distância (EaD), a modalidade de educação a
distância no Brasil, o programa Universidade Aberta do Brasil (UAB), a evasão e a
permanência na Educação a Distância;
3) O capítulo três apresenta o método utilizado para efetivação do trabalho, englobando o
detalhamento da instituição a ser pesquisada, fontes de obtenção dos dados trabalhados
na investigação, o método de análise dos questionários acerca da manutenção na EaD.
Por meio dessas informações, os outros pesquisadores poderão, se acharem por bem,
emular as análises;
4) O capítulo quatro aponta as conclusões que estão sendo logradas ao longo do progresso
deste estudo. Para tal, apresentam-se os resultados parciais obtidos até o momento por
meio de artigos publicados;
17
5) O capítulo cinco aponta as conclusões parciais do trabalho feito, assinalando os
resultados mais relevantes obtidos até o momento.
18
2 REVISÃO DA LITERATURA
Este capítulo tem a intenção de aprofundar a compreensão teórica sobre o tema,
expondo várias óticas concernentes ao cerne do estudo, explicitando os pontos similares entre
os autores, bem como perspectivas em que discordam; divagando, também, com o
posicionamento do autor. Para este trabalho, define-se, inicialmente, a educação superior para
que, em seguida, sejam apresentadas as abordagens acerca das concepções e gerações da EaD,
além dos fatores influenciadores de permanência e evasão discente na educação a distância e a
estrutura de uma instituição de ensino superior que atua nessa modalidade.
2.1 Ensino Superior no Brasil: breve contexto histórico
No Brasil, a educação superior foi formalizada com a vinda dos Jesuítas, em torno do
ano de 1553. Esse tipo de educação passou por várias configurações alcançando, na década de
1970, um período de grande expansão. É de se destacar que, mesmo os jesuítas tendo as
primeiras intenções de instalar a educação superior no Brasil, o Estado demonstrou iniciativa
própria para a efetivação desse projeto somente com a chegada da coroa portuguesa em 1808.
Depois disso, foram instituídos de maneira separada os cursos de Engenharia, Direito e
Medicina (MARBACK NETO, 2007).
Cavalcante (2000, p.7) argumenta ainda que “[...] em relação ao ensino superior,
entretanto, a tônica histórica tem sido a subordinação ao governo central, desde a criação do
ensino superior profissional em 1808, com a chegada da corte portuguesa ao Brasil”. Esse
mesmo autor ainda enfatiza que na fase inicial da República, a União, apoiando-se em um ato
constitucional de 1891, conferia a responsabilidade de legislar sobre a educação superior para o
Congresso Nacional. No entanto, essa situação mudou e em 1930, não só a educação superior
bem como o ensino primário e o secundário, voltaram a ser de responsabilidade do Governo
Federal daquela época. Porém, com a promulgação da primeira Lei de Diretrizes e Bases da
Educação, Lei nº 4.024/60, a Educação Superior ficou sob a tutela da União e o ensino de 1º e
2º graus a cargo dos Estados.
A partir de 1996, as ações e execuções no Brasil são orientadas pela nova Lei de
Diretrizes e Bases (LDB) que apresenta, de maneira mais clara, a finalidade da Educação
Superior. Especificamente a Lei 9.394/96 que traz 16 artigos, dos quais se destaca o Artigo 43
que apresenta os propósitos da educação superior:
19
Desenvolver o espírito científico e o pensamento reflexivo;
Formar profissionais que participem do desenvolvimento econômico do país;
Incentivar a pesquisa e investigação científica com o intuito de desenvolvimento da
sociedade;
Promover a divulgação de conhecimento;
Proporcionar o desenvolvimento constante.
De modo geral, compreende-se que a Educação Superior aparece em todo o globo como
uma forma para graduar os indivíduos da sociedade, aperfeiçoar as relações de trabalho, pois
tem como fim a instrução de profissionais que operarão no meio social.
Nesse sentido, infere-se que há, atualmente, uma sociedade mais preocupada em
consumir conhecimento, embora nem sempre a realidade seja esta pelo fato de o ensino não
estar disponível para todos. Sendo assim, abre-se um mercado de oportunidades não apenas
para quem estuda, mas para as instituições de ensino.
A esse respeito, Cavalcante (2000, p. 15) esclarece, por meio do Artigo 45 da LDB de
1996 que, a Educação Superior é “[...] ministrada em instituições de ensino superior, públicas
ou privadas, com variados graus de abrangência ou especialização, aberta a candidatos que
tenham concluído o ensino médio ou equivalente e sido aprovados em processo seletivo”. Isso
pode ser entendido, também, como favorável para o mercado com a expansão de diversas
instituições de ensino superior (IES), principalmente as organizações privadas que ofertam
algum tipo de educação nessa área.
O Decreto nº 2.306/97, que regulamenta a LDB, define para o Sistema Federal de
Ensino, a seguinte organização acadêmica das instituições de ensino superior: Universidades,
Universidades Especializadas, Centros Universitários, Centros Universitários Especializados e
Centros de Educação Tecnológica. Sendo assim, é muito comum que não se saibam diferenciar
Universidades de Faculdades. As universidades são “[...] instituições pluridisciplinares de
formação de quadros profissionais de nível superior e caracterizam-se pela dissociabilidade das
atividades de ensino, pesquisa e extensão [...].” (CAVALCANTE, 2000, p. 15). Já as
faculdades pertencem ao grupo dos Centros Universitários Especializados voltados para a
formação profissional. Conclui-se, até o momento, que as instituições de ensino superior
trabalham para disseminação dos cursos formais a fim de proporcionar a democratização do
ensino e, posteriormente, facilitar a equalização das oportunidades.
20
2.2 Concepção e gerações de EaD
Para compreender o que é educação a distância, antes é necessário lançar um olhar na
sua história. Contrariando o que todos pensam, a EaD não é uma modalidade de ensino e
aprendizagem nova, muito pelo contrário, há indícios da sua prática desde o século XVIII, com
as experiências educacionais de um professor de taquigrafia chamado Caleb Philips, em 1728,
publicadas em um jornal de Boston, Estados Unidos da América. Há registros de que em 1833
já havia as primeiras experiências com o ensino por correspondência. (ALVES, 2012; MAIA e
MATTAR, 2007).
Com o passar do tempo, a EaD vem adquirindo várias designações. Na França foi
denominada de tele-ensino, como também ensino a distância. Em Portugal, é chamada de tele-
educação, na Alemanha, de ensino ou estudo a distância, na Espanha chama-se educação a
distância, na Grã-Bretanha é efetivada na matriz de educação por correspondência. No Brasil, a
maneira de se referir é educação a distância (EaD) que, de acordo com Maia e Mattar (2007), é
educação porque engloba os dois processos de ensino e aprendizagem.
Em vista disso, a educação a distância é um meio pedagógico de alcance potencializado
e que depende da incorporação de tecnologias de comunicação e informação para atingir os
seus êxitos educacionais, ou no dizer de Moore e Kearsley (2007), é uma modalidade de
educação na qual professores e alunos encontram-se em locais diferentes durante todo, ou
grande parte, do tempo em que aprendem ou ensinam.
Para sua efetivação, a EaD conta com um conjunto sistêmico de métodos organizados
para servir estudantes que tenham interesse e maturidade para encarar uma forma que difere do
modelo tido como convencional e que exige autoaprendizagem para a aquisição do
conhecimento e para a finalização do curso. Esquematicamente, há atributos próprios da EaD e
que devem ser observados como: a) processo de comunicação realizado por meios de
tecnologias de informação e comunicação; b) aprendizado programado e não eventual e c)
Instrução em local diferente do local de ensino.
A EaD vem se readequando às modificações tecnológicas, determinando-lhe novas
metodologias. Dessa forma, é factível ordenar a metodologia educacional em fases. Autores
como Moore e Kearsley (2007) segmentaram a história da educação a distância em cinco
gerações. Tais gerações podem ser verificadas no quadro 1:
21
Quadro 1 - Gerações de EaD
Gerações Características
Apareceu de maneira formal em meados do século XIX, impulsionada pelo aprimoramento dos meios de comunicação e transporte.
Primeira geração
Cursos por Os interessados em estudar no trabalho ou em casa teriam pela primeira vez a
correspondência oportunidade de obter instrução de um docente a distância.
O surgimento de novas mídias como o televisor, o rádio, os telefones, bem como as fitas de áudio e vídeo foram preponderantes para essa fase. Apareceu as IES abertas de ensino a distância, animadas pelo o advento da Open Univesity Britância.
Segunda geração As grandes universidades a distância começaram a se espalhar pelo mundo, Novas tecnologias, instituições como a FernUniversität in Hagen na Alemanha; a Central Radio and TV
mídias e universidades University na China, a Universidad Nacional de Educación a Distancia (Uned) na
abertas: Espanha e a Centre National d’Enseignement à Distance (CNED) na França.
Pautada pelo uso da informática e da telefonia, do computador, que tem a capacidade de integrar texto, som e imagem, proporcionando o nascimento da EaD on-
Terceira geração line.
EaD on-line
No ano de 1995, o desenvolvimento da internet marcou a EaD. O ambiente virtual
de aprendizagem tornou-se realidade.
Era marcada pela utilização da teleconferência, tecnologia que é pautada pela conferência simultânea a distância.
Quarta geração Muito utilizada atualmente por diversos segmentos educacionais, especificamente
Uso da teleconferência aqui no Brasil, é manuseada pelos cursinhos preparatórios das mais diversas naturezas.
Moore e Kearsley (2007), pontuam que está fase é baseada em aulas virtuais, com uso intensivo de computador com acesso à internet.
Quinta geração Diferentemente da terceira fase, esta etapa se utiliza de mecanismo de plataformas
Ensino por computador de vídeos dedicadas, faz uso também de chats simultâneos, e plataformas específicas
e Internet para difusão de conteúdo.
Fonte: Moore e Kearsley (2007)
Depreende-se, então, que a EaD foi evoluindo conforme a evolução tecnológica vigente
em cada época. Nesse sentido, alguns autores que refletiam sobre EaD no começo dos anos de
1990 conseguiam fazer uma avaliação assertiva sobre o tema. Um desses autores é Keegan
(1990) que lista um conjunto de características que ainda podem ser relacionadas na atualidade
à educação a distância, tais como a) comunicação de mão dupla, da maneira que o aluno possa
ser beneficiado pela a existência de diálogo; b) o uso de tecnologias, como áudio, vídeo e
material impresso que serão necessárias para a união do aluno e do professor; c) a influência de
uma organização de ensino no planejamento das demandas educacionais que irão dar suporte
ao alunato; d) a separação entre o docente e discente no decorrer do processo de ensino e
aprendizagem.
22
Landim (1997), Moore e Kearsley (2007) apontam alguns objetivos estabelecidos por
essa modalidade de ensino. O conhecimento desses objetivos ajuda a compreender o sentido
original da EaD, que é o de democratizar o ensino. São seus objetivos:
Reduzir custos: busca economia de escala, minimiza custos iniciais vistos como altos,
por conta da confecção de materiais didáticos e operacionalização dos sistemas virtuais;
Propor ensino inovador: amplia o oferecimento de cursos; proporciona um sistema de
educação inovador, utiliza meios pedagógicos multimídias;
Estimular a educação permanente: sacia a demanda crescente e as intenções de
diversificados grupos com a proposição de atividades de extensão, como também
propõe estratégias e ferramentas para a formação permanente, aperfeiçoamento e
reciclagem profissional;
Proporcionar uma aprendizagem autônoma aliada à experiência: encoraja a instrução
fora do contexto da sala de aula tradicional; estimula o autogerenciamento dos estudos
dos alunos, forjando-os a conscientização da aprendizagem autônoma; incentiva a
pesquisa independente e bem como o estudo colaborativo;
Democratizar o acesso à educação: oferece educação para todos, fazendo chegar a
quem não conseguia acessar a educação tradicional, promove facilidade para quem
antes tinha a limitação de congregar estudo, trabalho e vida familiar; elimina as
distâncias para quem mora longe de centros com oportunidades de ensino. Todas essas
limitações podem ser eliminadas com a atuação da educação a distância.
2.3 A EaD no Brasil
De acordo com Alves (2009) existem registros de notícias da EaD no Brasil datados de
1900. Esses registros faziam menção ao curso de datilografia por correspondência. O primeiro
registro oficial de que se tem notícia de um curso EaD no Brasil é de 1904, especificamente um
curso ofertado por uma instituição norte-americana na área de aperfeiçoamento profissional.
Outros projetos foram importantes para o desenvolvimento da EaD no Brasil. Apontam-
se cursos da Marinha brasileira ofertados por meio de correspondência, posteriormente a
criação do Instituto Universal Brasileiro, bem como o Telecurso Segundo Grau da Fundação
Roberto Marinho, que ofertava desde da educação básica até extensões universitárias, também
por correspondência, promovido pela Universidade de Brasília (UnB).
23
No Brasil, apesar de a trajetória a partir de 1922 ser representativa, considera-se tardia a
tratativa da EaD referente à Educação Superior; mesmo existindo intenções a respeito da
Educação superior desde de 1972, com a intenção de criação da Open University no Brasil,
ação arquivada pela Comissão da Câmara dos Deputados da época.
Depois de um pouco mais de três décadas, em 2005, foi concebida a Universidade
Aberta do Brasil (UAB), estruturada como um consórcio de Universidade para o oferecimento
de Educação Superior.
2.4 Evasão na EaD
Pacheco (2010) em sua tese de doutorado de título “Evasão e permanência dos
estudantes de um Curso de Administração do Sistema Universidade Aberta do Brasil: uma
teoria fundamentada em fatos e na gestão do Conhecimento”, fundamentou-se em
pesquisadores como Belloni (2002), entre outros, para inquirir quais as instruções conduzem a
coordenação do curso de Administração a distância da Universidade Federal de Santa Catarina
(UFSC) nos procedimentos de permanência e evasão do discente, sob o enfoque
multiparadigmático, e chegou ao seguinte resultado de “que o fator tempo e consequentemente
a sobre carga de trabalho comprometem o desenvolvimento da atividade discente nos cursos de
educação a distância.” (PACHECO 2010, p. 80).
Um dos fatores mais recorrentes na bibliografia para explicar a evasão de cursos a
distância é a falta de tempo (NEVES, 2006; ALMEIDA, 2007; RAMMINGER, 2006;
PACHECO, 2007; SANDE e COSTA, 2011; MAURÍCIO e SCHLEMMER, 2014), como uma
condição externa à que o aluno tem que se submeter.
Alguns autores que citam a questão do tempo dão ênfase a uma característica do aluno
que pode ser apreendida, vencida, ou modificada e indicam que um fator importante para a
evasão é a dificuldade de gerenciar seu tempo (PALLOF E PRATT, 2004; CASARIN, 2011).
Nessa mesma linha, outro aspecto bastante citado é a autodisciplina coligada à autonomia para
o enfrentamento dos desafios dos cursos, questão levantada por autores como Saraiva et al
(2006) e Ramminger (2006).
Existe literatura diversa que se ocupa do tema evasão. Por exemplo, Favero (2006) aponta
que a desistência do curso engloba os estudantes que em nenhum momento se apresentaram, ou se
anunciaram, para os outros cursantes ou representantes do curso. Na presente dissertação,
consideraram-se os evadidos aqueles que iniciaram a formação, mas que não deram continuidade.
Para melhor compreensão, foi construído um resumo, quadro 2, com alguns
24
autores vistos e os fatores que elencaram como sendo mais relevantes para a evasão na
educação a distância. Quadro 2- Causas da Evasão
Autor Causa da Evasão
Fator falta de tempo, seguido da desmotivação causada pela falta de Neves companheiros presenciais no processo. A infraestrutura também foi
(2006) um fator considerado na pesquisa. Para a autora da dissertação, há
fortes indícios de que os cursos em EAD, quando bem estruturados,
podem vir a ser um importante instrumento de escolha para as formações profissionais.
Almeida Fatores situacionais, falta de apoio acadêmico, problemas com a
(2007) tecnologia, falta de apoio administrativo, sobrecarga de trabalho são pontos em comum com as outras pesquisas e que merecem maior
atenção por parte das propostas de cursos a distância.
Falta de motivação, falta de tempo, problemas familiares, questão financeira. A falta de disciplina para estudar e a autonomia necessária
Ramminger para acompanhar um curso a distância; a falta de tempo para se dedicar
(2006) aos estudos; a desmotivação; a demora do retorno dos tutores; e as
dificuldades técnicas foram fatores elencados e que contribuem para a evasão. A falta de contato físico foi um elemento diferenciado das outras pesquisas apresentadas anteriormente.
Comarella Na EaD foi verificado que há uma evasão maior nos primeiros meses (2009) do curso, quando o estudante ainda está se adaptando a esta
modalidade de ensino.
Pacheco Declara que a dificuldade de acesso a computador e internet para (2007) estudo, além da falta de tempo para estudo são alguns dos fatores
dificultadores e contribuintes para a evasão.
A importância dos estilos de aprendizagem; a adequação ao curso a ser Sanchez oferecido; o planejamento; a preferência pela metodologia
(2011) andragógica, que impera como possibilidade de melhoria e de qualidade na Educação a Distância.
Sande e Costa Ressaltam a falta de tempo como fator preponderante para a evasão em (2011) cursos de educação a distância.
Palloff e Pratt Apresentam dificuldades de gerenciar seu tempo para incluir as
(2004) atividades do curso.
Coelho Um dos fatores que contribuem para a evasão e as desistências é a falta
(2001) de motivação e de disciplina.
Atribuem a evasão ao grau de satisfação do aluno e verificam que a Sihler e Ferreira falta de preparo do professor para atuar como tal e ainda o ambiente
(2011) virtual e suas implicações no nível de interação dos participantes são as causas que mais foram enfatizadas na pesquisa.
Casarin Apresenta ainda como condicionantes desse processo a administração
(2011) do tempo e do espaço
Identificaram três zonas de tensões que foram caracterizadas por Saraiva et al. situações que apresentam rebatimentos no desenvolvimento dos
(2006)
25
programas de educação a distância: a autonomia do aluno adulto, as
posições de aprendente e ensinante e a aliança do aluno com o curso.
Afirma que os discentes alegam que desistiram do curso em virtude do Almeida excesso de trabalhos, de problemas com o tutor, de muitas mensagens
(2008) enviadas para os discentes e de não conseguirem dar conta das atividades. Os problemas com a tecnologia computador também foram fatores que contribuíram para o afastamento dos estudos.
Falta de tempo, ambiente de aprendizagem virtual, rotatividade de tutores, carência de um modelo mental da modalidade a distância, falta
Maurício e Schlemmer de tempo para dedicar ao curso, crença de que cursos a distância
(2014) requerem menos esforços, desconhecimento da prática da
aprendizagem a distância, ausência de interatividade, problemas
pessoais, perda de emprego, que representa a perda do acesso a internet, desinteresse do tutor em responder em tempo hábil.
Fonte: elaborado pelo autor (2016)
26
3 METODOLOGIA
3.1 Tipo de pesquisa
A pesquisa deste trabalho é quantitativa. Na pesquisa quantitativa, as informações são
de natureza numérica. O pesquisado busca classificar, ordenar ou medir as varáveis para
apresentar estatísticas, comparar grupos ou estabelecer associações (VIEIRA, 2009).
3.2 Instrumento de geração de dados
O instrumento escolhido para gerar os dados desta pesquisa foi o questionário, pois
segundo Vieira (2009, p. 15) “Questionário é um instrumento de pesquisa constituído por uma
série de questões sobre determinado tema. O questionário é apresentado aos participantes da
pesquisa, chamados de respondentes, para que respondam às questões e entreguem o
questionário preenchido”.
A escolha desse instrumento justifica-se, ainda, por apresentar vantagens tais como:
alcance de uma grande quantidade de participantes, mesmo distantes geograficamente; menores
gastos; garantia de anonimato dos participantes propiciando mais conforto em responder de
forma sincera às perguntas em relação à conversa face a face com o pesquisador; conveniência
de tempo para responder ao questionário e ausência de exposição dos entrevistados à influência
do pesquisador (GIL, 2007).
Nessa perspectiva, foram elaborados dois questionários com perguntas fechadas para
serem aplicados a dois grupos distintos de participantes: o Grupo 1 (alunos) e o Grupo 2
(coordenador, professores conteudista e tutores). Os questionários foram entregues aos
participantes de dois modos impresso e eletronicamente, já que na visão de Melo (2013, p.123)
“o questionário deve ser administrado pelo pesquisador, que pode enviá-lo aos entrevistados,
por meio impresso ou eletrônico, sendo possível oferecer assistência ou não para o
preenchimento ou fazer a pesquisa presencialmente.” À vista disso, ao Grupo 1 foi aplicado o
questionário impresso entregue pelos tutores presenciais e, ao Grupo 2, o formulário foi
entregue eletronicamente.
A apresentação do questionário é parte essencial, portanto, o pesquisador deve se
preocupar com a apresentação gráfica para facilitar as respostas, bem como com as instruções
sobre o preenchimento correto do questionário. O software utilizado para aplicação do
questionário foi o Google Docs que permitiu a construção do instrumento com perguntas
27
objetivas, além de oferecer opções para o tipo de pergunta possibilitando exportar os dados em
planilhas Excel.
Para a elaboração das perguntas do questionário foi utilizado como referência o
trabalho de Almeida (2008), “Evasão em Cursos a Distância: análise dos motivos de
desistência” que apresenta cinco dimensões que abordam um conjunto de características e
situações fundamentais para a permanência dos alunos nessa modalidade de ensino. A partir
dessas dimensões foram construídas 25 questões que, como dito anteriormente, foram
aplicadas aos dois grupos de participantes da pesquisa.
A operacionalização da aplicação dos questionários se deu em dois momentos.
Primeiramente, foi aplicado para o Grupo 1 formado por 165 alunos que estavam cursando o
penúltimo período do curso de bacharelado em Administração de Empresas em 10 diferentes
polos. Desses, apenas 65 alunos responderam e retornaram o questionário. É preciso salientar
que foi utilizada a ajuda dos tutores dos polos para aplicação do questionário. O período de
aplicação dos questionários abrangeu o período entre 15 de fevereiro a 15 de março de 2016.
No segundo momento, foi aplicado os questionários do Grupo 2 (tutores, professores
conteudista e coordenadora). Ao todo, os respondentes foram 16, sendo uma coordenadora,
cinco professores conteudista, cinco tutores a distância e cinco tutores presenciais. O
questionário foi aplicado no período de 15 de abril a 15 de maio de 2016.
No questionário do Grupo 1, os alunos foram indagados sobre quais fatores são mais
relevantes para a manutenção discente na EaD. E no questionário do Grupo 2 utilizou-se o
mesmo escopo de questões abordadas na primeira pesquisa, apenas adaptando para a ótica das
pessoas que trabalham com EaD. A análise feita sobre as respostas foi simples, fazendo uso
apenas da percentagem dos itens das respostas sobre o total respondido para interpretação da
relevância desse aspecto como influenciador da permanência discente na educação a distância.
3.3 Definição da Amostra
O objeto de estudo é um curso superior de graduação em Administração oferecido por
uma instituição superior pública federal no estado do Piauí. Esse curso existe desde o ano de
2006, sendo primeiro oferecido em um consórcio com o Banco do Brasil, projeto denominado
piloto. A partir do ano de 2008, porém, o curso passou a ser oferecido de maneira regular,
dessa vez concebido por meio de consórcio entre o Governo Federal, o Estado, e as Prefeituras.
A estrutura da instituição de ensino pesquisada é composta de uma sede localizada na
capital do estado do Piauí, e de polos de instrução presencial localizados em cidades 39 cidades
28
do já referido estado, além de existir dois polos que funcionam em cidades baianas. Há oferta
de 15 cursos de graduação, bem como 15 programas de especialização e 2 mestrados, tudo pela
modalidade a distância. O curso pesquisado é o de Administração, que funciona em 29 cidades
distribuídas por todas as mesorregiões Piauienses, que são:
Mesorregião do Centro-Norte Piauiense
Mesorregião do Norte Piauiense
Mesorregião do Sudeste Piauiense
Mesorregião do Sudoeste Piauiense
Figura 1 – Mesorregiões Piauí
Fonte: Baixar Mapas
O número de estudantes atendidos pelo o programa é de 765 alunos, distribuídos em
dois módulos, o quinto e o décimo módulo. Isso acontece pois não há vestibular em todos os
períodos, não há um padrão, pois houve vestibular em um determinado período e após cinco
períodos é que se sucedeu nova oferta. Os encontros acontecem quinzenalmente e são
acompanhado por dois tutores e, eventualmente, pelo professor conteudista da disciplina
ofertada no momento. Os colaboradores que fazem a operacionalização desse curso são:
29
Quadro 3 – Cargos e Funções EaD
Cargo Função
Administra todas as demandas do curso, organiza o plano político pedagógico, Coordenador do Curso contrata deste de tutores a distância e tutores presenciais, como professores
conteudistas, organiza o calendário acadêmico, envia as apostilas e a atividades para
o polo, faz o gerenciamento dos pagamentos, bem como a destinação das diárias.
Avalia a atuação dos tutores, a nível de plataforma AVA, no caso dos tutores a Coordenador de distância, como a ação dos tutores presenciais no polo de apoio.
Tutoria
Tem a incumbência de produzir o material usado no curso, orienta os tutores sobre Professor Conteudista as demandas da disciplina, e viaja para ministrar aulas nos polos.
Tem a obrigatoriedade de prestar 20 horas semanais nos polos, para estar à disposição Tutor Presencial em tirar qualquer dúvida dos alunos, e dá suporte aos tutores a distância e os
professores conteudistas quando estes se dirigem aos polos.
Conduz as atividades virtuais do curso utilizando a plataforma AVA, e viaja aos Tutor a distância polos para difundir instrução referente a disciplina ministrada.
Fonte: próprio autor (2016)
A instituição, ao oferecer o vestibular, disponibiliza 50 vagas por polo. Com base nessa
informação, é importante ressaltar que, para cada 25 alunos existe a necessidade de um tutor
presencial e um tutor a distância, portanto, cada polo tem o total de quatro tutores, divididos
entre presenciais e a distância.
Há dificuldades de contratação de mão-obra em alguns polos, pois existem cidades em
que não há profissionais com formação superior e especialização no curso de Administração.
Para amenizar essa problemática, existem polos que contratam profissionais com outras
formações, como Direito e Contabilidade.
Quando a disciplina se inicia, acontece um encontro dos tutores a distância com a
coordenação e o professor conteudista. Nessa reunião, a coordenação apresenta o andamento das
ações planejadas no programa acadêmico e os professores conteudistas repassam para os tutores os
pontos que devem ser abordados no decorrer da disciplina, além de haver o apontamento dos
pontos fundamentais que devem ser destacados tanto na plataforma, como nos encontros.
Os polos funcionam nos moldes de parceria. O prédio, geralmente, é cedido pelo
Governo do Estado e os funcionários administrativos desse polo são de responsabilidade das
prefeituras, já o corpo docente é de responsabilidade da instituição pública federal pesquisada.
30
4 RESULTADOS
A leitura dos resultados foi construída por meio da anexação de dois artigos submetidos
no I CONPED, Congresso Piauiense de Educação a Distância, Gestão Sustentável, Novos
Saberes e Tecnologias, evento realizado no ano de 2016.
No primeiro artigo, são abordadas as concepções sobre educação a distância, evasão e
permanência, contudo o cerne deste trabalho se dá na análise da opinião de uma amostra de
alunos pesquisados de uma instituição de ensino superior piauiense e a percepção desses
discentes sobre quais fatores são mais relevantes para manutenção dos estudantes em um curso
de educação a distância.
No segundo artigo, vemos novamente a abordagem referente à evasão e à permanência,
mas há um outro aspecto importante para a construção deste trabalho, a apresentação dos
sujeitos pedagógicos da educação a distância, ou seja, as pessoas que fazem todo o processo de
ensino e aprendizagem dessa modalidade e qual a opinião deles acerca dos fatores mais
importantes da permanência do aluno na educação a distância.
4.1 Artigo I: Fatores de Permanência em EaD: Estudo de Caso em uma IES Piauiense
Fatores de Permanência em EaD: Estudo de Caso em uma IES Piauiense
Luis Antonio Mendes de Mesquita Araujo1
Márcia Terra da Silva2
Daiane da Silva Algarves Castelo Branco3
Tatiana Sousa Araujo4
Resumo O presente trabalho, intenciona apontar fatores que são preponderantes na decisão do discente
em se manter em um curso de educação a distância. Para isso foi aplicado um questionário que
foi construído através de leitura de artigos científicos e que focou em cinco dimensões
principais para a constatação das razões mais importantes para a manutenção dos estudantes
nos cursos de educação a distância. Foram abordados 165 alunos de uma graduação em
administração de uma instituição pública federal do estado do Piauí, destes apenas 65 voltaram
para análises. Foi feita uma leitura percentual dos fatores e uma interpretação acerca das suas
influências para permanência discente na EaD. O trabalho inferiu que os fatores com maiores
percentagens fogem ao controle do gestor da instituição, mas que há situações no âmbito da
estrutura da EaD que o dirigente pode se fazer presente e focalizar o trabalho com a intenção
de manter os estudantes no curso. Palavras-Chaves: Permanência, EaD, Aluno, Piauí 1 Administrador, professor de instituições de ensino superior, tutor docente da UFPI.
2 Engenheira de Produção, professora do programa de pós-graduação stricto sensu da UNIP.
3 Bacharel em computação, professora do IFMA, e analista de tecnologia do TJ-PI.
4 Professora, design instrucional da EaD do IFPI
31
Abstract This work intends to point out factors that are crucial in the student’s decision to remain at a
distance education course. For this a questionnaire was constructed by reading scientific papers
and focused on five main dimensions for the realization of the most important reasons for the
maintenance of students in education distance learning courses has been applied. They were
addressed 165 students a degree in administration of a federal public institution of the state of
Piaui, of these only 65 returned for analysis. One percentage reading of the factors and
interpretation about their influences to students stay in distance education was made. The study
inferred that the factors with higher percentages beyond the control of the institution's manager,
but there are situations within the framework of distance learning that the leader can do this and
focus on the work with the intention of keeping students in the course. Keywords: Permanence, Distance Education, Student, Piauí State.
1. Introdução
A evolução acelerada das novas ferramentas tecnológicas digitais, tem permitido a
sociedade, maneiras novas de ensinar e aprender. Nos últimos tempos presenciou-se a
disseminação da modalidade de educação a distância que se utilizou do desenvolvimento das
tecnologias de informação e comunicação vigentes no momento. A partir de então,
experiências educativas utilizando os conceitos de educação a distância têm aparecido nos mais
variados níveis, desde da formação técnica, a superior, é utilizada também nas pós-graduações
e não esquecendo do seu uso pela educação coorporativa.
Segundo Belloni (2001) aponta que a EaD é uma modalidade de oferecimento de
educação e um intermediário de acesso a informação e a instrução generalizada ou técnica,
para alunos que não são capazes de frequentarem cursos das mais diversas naturezas. Já para
Moore e Kearsley (1996) a EaD é compreendida como o aprendizado planejado que
normalmente ocorre em localidade diferentes.
Uma característica relevante sobre a EaD é o papel que o aluno assume. A este respeito
Paulsen (2003) afirma que o discente é o comandante de seus interesses, tendo liberdade e
flexibilidade para estruturar seus próprios horários e definir a melhor maneira para abordar os
conteúdos ministrados no curso, fazendo assim que o aluno em comparação a metodologia
tradicional de ensino aprendizagem fique mais desprendido.
Ainda nesta seara, o California Distance Learning Project (1997), pesquisa citada por
Palloff e Pratt (2002, p. 27), destaca alguns pontos sobre os procedimentos metodológicos
adotados na educação a distância:
A separação do professor e do aluno durante, pelo menos, a maior parte de cada processo
de instrução, é uma afirmação as facilidades que esta modalidade pode apresentar, bem
32
como um ponto primordial das dificuldades da mesma, pois esta separação propicia
liberdade e consequentemente flexibilidade, bem como promove isolamento, que se não
notado rapidamente, pode proporcionar dificuldades para o discente.
O uso de mídia educacional para unir professor e aluno e para transmitir o conteúdo do
curso, que é pautada no uso de tecnologias, na grande maioria, computacionais, para o
estreitamento do contato discente professor, facilitando a dinâmica dos cursos ofertados
em EaD.
O oferecimento de uma via dupla de comunicação entre o professor, tutor ou agente
educacional e o aluno, que possa evitar ruídos de comunicação entre as partes
envolvidas no processo, e elimine as dúvidas surgidas no andamento das disciplinas, e
possa ser reforçado por um ambiente virtual de aprendizagem de fácil manuseio.
Entretanto, tanto no ensino presencial quanto no ensino em EaD ambas modalidades
apresentam dificuldades no processo de ensino-aprendizagem. Neste sentido, Oliveira (2014)
aponta que já não basta a dificuldade de equilibrar a utilização das inovações tecnológicas com
a necessidade de diminuição de distâncias, a EaD precisa administrar a transição dos discentes
frente a essa diferente modalidade, e ainda que esses paradigmas contribuem para evasão
presente não só na modalidade a distância, mas também no ensino convencional. Ou seja, o
que é apontado pelo autor é que o aluno deve ser o sujeito central do processo educacional.
A evasão é um evento que se caracteriza pelo não frequência do estudante nas atividades
realizadas pelo o programa do curso, com base nesta afirmação Favero (2006) enfatiza que a
evasão é o abandono do curso, tanto por parte dos alunos matriculados e que nunca se fizeram
presentes, como os estudantes que frequentaram o curso e que por algum motivo deixaram de
participar. Diferentemente de Favero (2006), Abbad, Carvalho e Zerbini (2005) apontam que
evasão é a deserção definitiva do curso em qualquer momento do mesmo, sem especificar se os
discentes que fazem a matrícula e não iniciam o curso, estão nesta percepção. Dentro deste
contexto, este trabalho levará em consideração que os alunos que fazem as matrículas e iniciaram
terão sucesso se os mesmos conseguirem terminar o curso, sendo que não é levado em
consideração na análise proposta, o que os discentes farão após terminar o programa.
Para Fiuza e Sarriera (2012) a conservação do estudante no curso, e sua participação até
a finalização e consequentemente a obtenção daquela formação específica é primordial. Os
autores ainda apontam que reforçar as razões ligadas a permanência, pode ser uma condição
para atacar a evasão, refletindo sobre como o aluno interpreta o curso de educação a distância
para perseverar na modalidade.
33
Portanto, o objetivo deste trabalho é identificar os fatores relacionados com a condução
de um curso a distância que são relevantes para evitar a evasão, tendo como base para tal
identificação, a percepção dos alunos cursantes.
2. Referencial Teórico
2.1 Concepções sobre Educação a Distância
A educação a distância (EaD) aparece como uma solução, um caminho para a inovação.
A educação a distância é inovadora não apenas por responder às demandas quantitativas de
democratização do acesso ao ensino superior, técnico e supletivo, mas também por contribuir
para a melhoria da qualidade da educação: ao favorecer a integração das TICs aos processos
educacionais, atividades de ensino a distância estimulam e possibilitam a inovação
metodológica, permitindo que os sistemas educacionais se modernizem e ofereçam um ensino
mais sintonizado com as culturas das novas gerações e com as demandas da sociedade
(Belloni, 2012: 1).
A educação a distância para o Ministério da Educação, é “a modalidade educacional na
qual a mediação didático-pedagógica no processo de ensino aprendizagem ocorre com a
utilização de meios de tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores
desenvolvendo atividades educativas em lugares e tempos diversos” de acordo com o Decreto
nº 5.622, de 19/12/2005, que regulamenta a EaD no Brasil (2005).
As definições acerca de EaD são várias, mas existe um entendimento em relação a
modalidade a distância que é a ideia que as atividades em sua grande maioria são realizadas sem a
presença simultânea do aluno juntamente com o professor no mesmo lugar. (ABED, 2014), sendo
favorecida pela a evolução das tecnologias de informação e comunicação (TIC), responsabilizada
pela disseminação da modalidade de ensino a distância. Ademais o contato entre aluno e professor
pode se dá de qualquer lugar do globo, desde de que ambos tenham acesso a estruturas tecnológicas
que permitam uma via de comunicação entre o docente e o aprendiz.
2.2 Evasão
Os fatos envolvendo a evasão surgem de um conceito multifacetado, cada IES possui
características que corroboram para o acontecimento do abandono, esse diagnóstico converge
34
para a exigência de análise do contexto, já que o nível de evasão nas instituições não é
constante (FAVERO, 2006).
Fazer a diferença entre desistência e evasão reporta a um quesito técnico. De um modo,
a deserção imediatamente após a a matrícula e de outro lado, a desistência baseada na vivência
com o curso (ANDRADE, 2010). Para o discente que desiste do curso antes mesmo da
experiência de uma disciplina, não há um vínculo com o curso o bastante para identificar sua
evasão, mas sim, desistência. Independentemente da expressão usada, a ação a ser tomada
frente a um aluno que desiste ou evadi é a investida da recuperação. Como a ideia de ação, o
termo usado para o enfrentamento da evasão, será a permanência.
No trabalho de Almeida (2008), são colocados como desafios para a evasão escolar a
familiaridade com tecnologias, o diálogo, o suporte da família e a situação do aluno, a
tecnologia utilizada, o modelo de curso adotado, a qualificação de tutores e professores, como
também da equipe dos gestores, a estrutura dos polos, a sistematização do curso e a dimensão
institucional da EaD.
2.3 Permanência em cursos de EaD
Embora a abordagem da evasão e permanência tenha sido academicamente muitas feitas de
maneiras distintas, entende-se que esses fatores não podem ser lidos de maneira separada. Estão
ligados, muitas razões podem se repetir em outras situações, pela conexão, especificidade e
equivalência. Além da necessidade de se pesquisar o abandono como maneira de propor tática para
dirimi-las, analisar a permanência ocasiona o contraponto aos motivos influenciadores na evasão e
coloca o articulador a levantar motivos que fazem os alunos a perdurar em suas metas. Utilizando-
se do acesso a literatura científica levantou-se o posicionamento do que é relevante para o discente
permanecer na modalidade de educação a distância.
De acordo com Daudt (2012), é necessário que o estudante se identifique com o grupo
social que irá estar inserido ao realizar o curso, clareza e objetividade das metas estabelecidas
também são importantes, bem como da estrutura relacionada ao programa de educação a
distância deve ser consistente e clara quanto a sua atuação, da mesma maneira como a
automotivação ocupa um papel determinante na decisão de permanecer no curso.
Já para Favero (2006) a comunicação da instituição de ensino superior e a clareza das
informações para com o aluno, são de fundamental importância para retenção dos alunos nos
cursos.
35
Fiuza (2012) acredita que o posicionamento do professor e o incentivo para que o aluno
continue é primordial para a continuação dos mesmos nos programas em EaD, as questões
afetivas, dispositivos de tecnologia, a persistência, a adaptabilidade dos horários, são
substanciais para o prosseguimento do discente.
Portal (2016) organizou um quadro com motivos e suas abrangências, levando em conta
as citações mais vistas em vários autores que o mesmo acessou para a construção de sua
dissertação denominada “Estratégias para minimizar a evasão e potencializar a permanência
em EaD a partir de sistema que utiliza mineração de dados educacionais e learning analytics”.
Quadro 1 – Fatores relevantes permanência.
Atitude/ comportamento do professor.
Atividades. Incentivos. Atitude/Comportamento do tutor. Material didático. Disciplinas.
Consistência e clareza dos objetivos e suporte institucional.
Fatores Institucionais Clareza das políticas e dos procedimentos relacionados ao curso.
Aulas.
Inserção dos educadores a modalidade. Interação/Comunicação. Integração Social. Informações claras e Honestas da IES. Diálogo entre professor e aluno na plataforma de aprendizagem virtual.
Fatores Econômicos Renda Familiar.
Maior interação e contato com o estudante. Persistência. Automotivação.
Identificar-se com a escola e com os colegas de turma (senso de comunidade)
Questões afetivas.
Fatores Pessoais Organização do tempo.
Adequação das expectativas do aluno com as expectativas da IES.
Comprometimento do aluno.
Boa formação anterior.
Consistência e clareza dos objetivos, das infraestruturas e suporte
Infraestrutura Institucional.
Recursos tecnológicos.
Otimização dos meios informacionais.
Fonte: Portal (2016)
36
A permanência conjectura-se a continuação e a finalização do curso pelo aluno, e é
investigada como fator que pode auxiliar a combater o abandono, isto é, se não existir a
concentração das instituições de ensino superior para solidificar a permanência, acaba-se
abrindo abertura para a evasão. Muller (2008, p. 32) formula permanência como “o estado em
que estudantes desejam participar continuamente em seus programas educacionais e concluir
seus cursos ou disciplinas, atingindo os seus objetivos educacionais”. Enquanto Berge e
Huang (2004, p. 14) defendem que a persistência é “resultado de decisões dos estudantes para
continuar a sua participação no evento de aprendizagem em análise”
Observa-se que existe um sentimento de relacionamento ou pertencimento vinculados,
Mileto (2010) aponta que aspectos comuns na trajetória de vida e nos fatores acadêmicos
acabam sendo positivos para a continuação de cursos estudados na modalidade de educação
de jovens e adultos.
Pontua-se que a persistência é um processo no qual os discentes controlam e dirigem
sua realidade acadêmica, superando constantemente as dificuldades que surgem e persistindo
nos objetivos pessoais e profissionais estabelecidos.
Enquanto a persistência é o ato de empreender e direcionar os esforços para
superar as dificuldades, a evasão é a via oposta, tende a suprimir esse esforço. Na persistência é possível determinar algumas coisas, dentre elas, o
sucesso ou o fracasso do aluno no ambiente cibernético e a interação do professor com os alunos é mais importante que o conteúdo propriamente
dito. (MARTINEZ, 2003, p.01).
3. Método
A pesquisa teve como objeto de análise uma instituição de ensino superior pública
federal, com atuação desde do ano de 2006, primeiramente com um curso piloto em parceria
com o Banco do Brasil; atualmente esta instituição oferece, 15 cursos de graduações, 15
especializações e um mestrado, a estruturação para o oferecimento dos cursos se dá em
regime de consórcio com o governo estadual e as prefeituras, onde a responsabilidade da
instituição de ensino superior (IES) pública federal repousa sobre a área estritamente
acadêmica dos programas, já as responsabilidades referentes a estrutura física dos polos, bem
como os dispositivos de tecnologia de informação e comunicação, ficam a cargo das
prefeituras e do governo do estado.
A amostra utilizada foi coletada através de questionário com 25 perguntas abertas e
fechadas, estes foram aplicados aos alunos que cursam o penúltimo período do bacharelado em
37
administração da já referida instituição; somado ao todo 165 alunos dos quais apenas 65
responderam, representando uma amostra de 39% do universo, estes questionários foram
expostos aos alunos através dos tutores a distância que se aproveitaram do dia de encontro
para executá-los; o curso pesquisado é o maior em funcionando nesta IES, possuindo ao todo
765 alunos, divididos em 29 polos, que vão do extremo norte do Piauí, como a polo na cidade
de Luís Correia, ao extremo sul do estado, representado pelo polo em funcionamento na
cidade de Gilbués, localizada a 789 quilômetros ao sul da capital Teresina.
Baseado em Almeida (2008), a matriz do questionário parte de cinco dimensões
influentes na evasão, apresentadas no quadro 2 e a partir dessas dimensões elaborou-se 20
questões que podem ser vistas no quadro 3 na seção resultados e análises:
Quadro 2- Dimensões influentes na evasão
Dimensão Abrangência
Situacional Problemas de saúde. Problemas familiares. Falta de apoio no trabalho
Acadêmica Falta de feedback do tutor. Falta de apoio do tutor.
Falta de interação alunos / professor.
Tecnológica Falta de computador e de acesso à Internet. Envio de tarefas via fax ou correio. Falta de habilidade
para o uso das tecnologias.
Sobrecarga de trabalho Excesso de trabalho e problemas de conciliação do curso com as atividades laborais, dificuldade
de gerenciamento do tempo. Fonte: Elaborado pelo autor
4. Resultados e análises
Como exposto anteriormente, foi aplicado um questionário para 165 alunos, dos quais
apenas 65 responderam, correspondendo a 39, 39% do total de alunos que cursam o penúltimo
período do bacharelado em Administração da IES já apontada.
No quadro 3, foram alocadas as respostas apenas das questões objetivas, neste
concentram-se os questionamentos e seus graus de relevâncias apontados pelos os estudantes
respondentes. A averiguação das percentagens relacionadas as respostas serviram para
interpretação dos fatores de relevância para permanência em EaD.
Quadro 3-Respostas das porcentagens de relevância apontados pelos alunos respondentes
38
Nem
Questão Muito
Relevante relevante e
Irrelevante Totalmente
relevante nem irrelevante
irrelevante
Se trabalhar, o apoio (financeiro e 41,7% 33,3% 4,2% 12,5% 8,3% motivacional) da em empresa que trabalho para
a continuação do curso é:
As preocupações referentes a família, por 25% 64,3% 7,1% 3,6% 0% exemplo quanto a saúde, é para o andamento do
curso?
Problemas de deslocamento, é para o 29,6% 40,7% 18,5% 3,7% 7,4% andamento do curso:
A quantidade de encontros presenciais, é para o 63% 33,3% 3,7% 0% 0% andamento do curso:
A valorização do curso no mercado de trabalho 92,9% 7,1% 0% 0% 0% é para você:
A didática usada pelo o professor conteudista é: 57,1% 35,7% 7,1% 0% 0%
O incentivo do tutor para que eu estude é: 64,3% 32,1% 0% 3,6% 0%
O relacionamento do tutor com a turma é: 64,3% 32,1% 0% 3,6% 0%
A ausência e a eventual substituição do tutor 50% 39,3% 7,1% 3,6% 0% nos encontros é:
O Contato do aluno com o professor 53,6% 32,1% 3,6% 7,1% 3,6% conteudista é
Para o bom andamento do curso, ter acesso ao 92,9% 7,1% 0% 0% 0% computador e internet na sua residência é:
O fácil acesso ao laboratório de informática no 50% 28,6% 10,7% 7,1% 3,6% polo de ensino presencial é:
A fácil interatividade do ambiente virtual de 75% 25% 0% 0% 0% aprendizagem é:
A boa estrutura do polo de apoio presencial é: 64,3% 32,1% 3,6% 0% 0%
A orientação da coordenação do curso é: 60,7% 32,1% 3,6% 3,6% 0%
As atividades didáticas adequadas, exemplo, 64,3% 32,1% 0% 3,6% 0% trabalhosdegrupos bemelaborados,
respeitando o fato do curso ser semipresencial,
para você é:
O retorno do professor as minhas atividades é: 64,3% 35,7% 0% 0% 0%
A resolução dos problemas acadêmicos pela a 60,7% 32,1% 7,1% 0% 0% coordenação é:
A disponibilidade de tempo que tenho para 64,3% 32,1% 3,1% 0% 0% estudar é:
Se trabalhar, a conciliação do curso com o 50% 42,3% 7,7% 0% 0% trabalho é:
39
Da percepção dos alunos cursantes da já citada IES, as questões referentes a
valorização do curso pelo mercado de trabalho e alusiva ao acesso à internet na residência,
ocupam lugar de destaque pela alta percentagem no quesito de muita relevância, números
acima de 90%, demonstrando a necessidade de atenção sobre esses itens.
A questão que faz menção a problemas de cunho pessoal, especificamente com a
família, seara está dentro da dimensão situacional, ocupa fator de relevância, mas
diferentemente do senso comum, não tem a opção de muita relevância como resposta com
maior porcentagem, sendo que 64,3% dos entrevistados apontaram como relevante,
demonstrando assim que, mesmo que existam problemas familiares, estes não serão
extremamente influentes na decisão de abandono.
Percebe-se que os questionamentos que envolvem questões acadêmicas são pontos
influenciadores para a percepção do discente sobre o programa, pois apresentam números
percentuais de muita relevância acima de 50%, denota-se com isso que as vias de comunicação
entre os atores da EaD (Coordenadores, Professores, Tutores e Alunos) devem ser as mais sem
ruídos possíveis para que haja um entendimento constante por quem compõe esta modalidade.
Em suma, todas as questões foram consideradas relevantes pelos respondentes,
comprovando a quantidade de variáveis que interferem na persistência do aluno para concluir
o curso.
5. Considerações Finais
A educação a distância como uma modalidade que assume um caráter social, ou seja,
que vem democratizar o acesso a informação e a instrução deve ter preocupações para a
manutenção dos estudantes que a procuram.
Dentro desta premissa o trabalho analisou um questionário que foi baseado em 5
dimensões vista como importantes para permanência do aluno. Os resultados obtidos,
demonstraram que os fatores tocantes a valorização do curso no mercado de trabalho e a
internet na residência do cursante são pontos de muita relevância, o fato é que ambas as
abrangências não são de controle das IES, não há como as instituições terem intervenção
sobre fatos externos a sua influência.
Destaca-se como importante, fatores que são de controle da instituição e que foram
tratados como muito relevantes pelos discentes, como o referente à relação dos componentes da
EaD, a comunicação eficiente, objetiva e clara, das demandas e responsabilidades requeridas
40
no curso, são pontos que podem ser atacados pelos os gestores, para que não haja ruídos e
consequentemente interpretações precipitadas dos ditames do curso.
Referências
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42
4.2 Artigo II - Atores da Gestão em EaD e sua ótica sobre a Permanência
Este item será demonstrado por meio do artigo “Atores da Gestão em EaD e sua ótica
sob a Permanência”, submetido ao I CONPED, Congresso Piauiense de Educação a Distância,
gestão sustentável, novos saberes e tecnologias, 2016.
Atores da Gestão em EaD, e sua ótica sobre a Permanência
Luis Antonio Mendes de Mesquita Araujo∗
Márcia Terra da Silva∗∗
Daiane da Silva Algarves Castelo Branco∗∗∗
Tatiana Sousa Araujo∗∗∗∗
Resumo: Este estudo intencionou apontar quais razões os discentes de um curso a distância levam em
consideração para continuar no curso na ótica da parte administrativa das instituições,
especificamente coordenador, tutores presenciais e a distâncias e os professores conteudistas. A abordagem qualitativa traçou essa pesquisa tendo como técnica a leitura das respostas dos
questionários aplicados via email para um corpo de funcionários de um curso em EaD de uma Universidade Pública Federal do estado do Piauí, objetivamente do curso de graduação em
Administração de Empresas. Participaram da investigação 16 respondentes que prestam serviço para estudantes que se encontram no último módulo de um curso que tem o total de 9
períodos, os questionamentos foram feitos a uma coordenadora e quinze outros entrevistados segmentados entre tutores presenciais, a distância, bem como professores conteudistas do já
apontado curso. Foi utilizado leitura de artigos acadêmicos dispostos em plataformas de
anexação virtual de material científico, para construção de sólida referência bibliográfica para sedimentar mais consistentemente a pesquisa. Dentro desta construção foram apresentados
estes atores da EaD, e o que cada um destes fazem dentro da estrutura da modalidade, foram tratados também os aspectos de relacionamento destes componentes e como se inter-
relacionam as funções. Na averiguação das razões que são relevantes para a manutenção discentes, surgiram aspectos que saíram foram do escopo de atuação das instituições de ensino
superior e foi percebido da mesma forma, motivos que são de controle das instituições de ensino superior que podem fazer que o estudante permaneça no curso.
Palavras-chave: Permanência, EaD, Evasão, Piauí
∗ Admisnistador, professor de instituições de ensino superior, tutor docente da UFPI. ∗∗ Engenheira de Produção, professora do programa de pós-graduação stricto sensu da UNIP. ∗∗∗ Bacharel em computação, professora do IFMA, e analista de tecnologia do TJ-PI. ∗∗∗∗ Professora, design instrucional da EaD do IFPI.
43
Abstract:
This study purposed point what reasons the students of a distance learning course take into
account to continue the course in the view of the administrative part of the institutions,
specifically coordinator, present tutors and distances and content teachers. The qualitative
approach outlined this research having as technical reading of the responses from questionnaires
via email to a body of employees of an ongoing distance education a Federal Public University of
Piaui state, objectively the undergraduate degree in Business Administration. Participated in the
investigation 16 respondents who provide services to students who are in the last module of a
course that has a total of 9 times, questions were made to a coordinator and fifteen other
respondents targeted between present tutors, distance, and content teachers the already appointed
course. It was used reading academic articles arranged in virtual annexation platforms of scientific
material for the construction of solid bibliographic reference to sediment more consistently
research. Within this construction were presented these actors of distance education, and what
each of these are within the structure of the mode were also treated the relationship aspects of
these components and how they interrelate funções.Na the investigation of the reasons that are
relevant to the students maintain emerged aspects that came out were the scope of action of higher
education institutions and was perceived similarly reasons that are control of higher education
institutions that can make the student to remain on course.
Keywords: Permanence. Distance Education. Drop out. Piauí State.
Introdução
A modalidade a distância de educação está em processo de expansão, tal no que diz
respeito ao número de estudantes envolvidos como no que é relacionado ao número de cursos
oferecidos. Uma das razões para seu avanço reporta-se ao fato que muitas pessoas não tiveram
oportunidade de fazer um curso por diversos fatores tais como dificuldade de acesso as
estruturas físicas das instituições convencionais, ou a não disposição de tempo suficiente para
se fazer presente em curso presencial, e que agora podem eliminar essas barreiras com a oferta
de cursos em EaD.
Um dos principais aportes desse modelo de ensino é a popularização da possibilidade
de formação, pois logra êxito oferecendo oportunidade para indivíduos que antes não se viam
oportunizados com a possibilidade de procurar qualificação, por conta da rotina tanto de
trabalho como os compromissos familiares não conseguiam frequentar um ambiente de aula
presencial, outro benefício é em oferecer conteúdo antes oferecidos apenas em regiões mais
desenvolvidas.
44
Segundo Rodrigues (2012) o crescimento da modalidade de educação a distância, também
é justificada por motivos como, portabilidade, possibilidade de particularização da formação,
como também um aporte financeiro menos dispendioso se comparado ao tradicional.
Baseado nessa premissa os discentes tem a oferta de cursos mais baratos, como
oferecidos em horários flexíveis, facilitando a organização do aluno no que se refere ao tempo
de dedicação ao programa, além de não necessitar o deslocamento a unidade física da
oferecedora do curso.
Mas nem só de aspectos positivos a modalidade de educação a distância é constituída,
e um desses desabonos é o fato dos cursos coexistirem com índices relevantes de taxas de
abondono.
Apontada como um fato recorrente e progressivo em programas de educação a
distância, a evasão é de acordo com Abbad Zerbini e Souza (2010), pouco abordada em
profundidade. Nas instituições de ensino superior brasileiras este evento é algo cada vez mais
recorrente, mas não existem esforços para analisar as causas que promovem essa fuga de
alunos, para combate-la e propor ações que consolidem o discente no curso.
O presente trabalho intenciona expor algumas observações sobre o que faz o aluno da
modalidade distância permanecer até a finalização do curso, utilizando-se para tanto a
perspectiva dos coordenadores, professores e tutores a distância como presencias. A intenção
para discorrer sobre tal tema se deu pelo conhecimento dos números referente a evasão, no
Brasil no derradeiro Censo de EaD aplicado pela ABED (Associação Brasileira de Educação a
Distância) do ano de 2014, salienta-se que a média de desistências em cursos autorizados de
educação a distância é de 25%.
2. Atores na Educação a Distância
No modelo de ensino a distância existem participantes determinantes que fazem parte
da estrutura da instituição, estes são incumbidos de determinar e administrar o procedimento
de ensino aprendizagem, além de constituir o desenvolvimento da comunicação entre todos os
envolvidos. Sublinhamos:
Tutor Presencial: Desenvolve suas funções no polo de apoio presencial, acompanha o
desenvolvimento dos estudantes, procurando estimular o aluno a cumprir com as atividades
45
propostas, além de eliminar as dúvidas dos mesmos, é peça importante para a manutenção dos
discentes no curso. Tem obrigatoriedade de fazer 20 horas semanais de atendimento.
Tutor a Distância: Trabalha no suporte virtual aos alunos através de inserções no AVA
(Ambiente Virtual de Aprendizagem), faz a intercessão e a apreciação no processo de ensino
aprendizagem do discente, eliminando dúvidas quando houver além de desempenhar o papel
de incentivador. O nível de comunicação entre ele e os outros envolvidos no processo deve ser constante, para
que todas as demandas dos alunos sejam de conhecimento de todos, e para que a busca de
soluções surja o mais rápido possível.
Professor Conteudista: A incumbência desse profissional é confeccionar o material
didático que será utilizado pelos alunos, além de manter constante interação com os tutores
com o intuito de eliminar qualquer dificuldade dos estudantes. Este profissional deve ter experiência reconhecida na área que tem responsabilidade de
produzir material.
Coordenador do Polo: Tem a atribuição de administrar a estrutura tanto física quanto
humana disposta no polo de apoio presencial. Quando há necessidade fazem a impressão de material, cedem dispositivos que serão
utilizados para o desenvolvimento das atividades no polo, bem como ajudam na seleção de
tutores presenciais.
Coordenador de Curso: Encarregado de superintender a inserção e a aplicação do curso,
de selecionar e contratar os profissionais que irão trabalhar no programa, tais como tutores,
tanto os presenciais quanto os a distância, faz a admissão também dos professores
conteudistas; está encarregado de projetar o projeto político pedagógico do curso.
Confecciona o cronograma das atividades, efetua periodicamente reuniões entre os
professores conteudistas e os tutores, afim de gerar acertos referente a disciplina, tal como
garante o emprego das normas de regulamento de ensino preconizado pela a instituição.
46
2.1 Relacionamento entre os responsáveis por gerir a EaD
Como já percebido, existem diferentes participantes responsáveis pelo gerenciamento
de uma estrutura de educação a distância, e cada uma desses integrantes possuem
responsabilidades e para o desenvolvimento dessas funções precisam interagir com os outros
membros, portanto, a seguir será exposto como se dá a relação entre as partes organizacionais
da EaD.
a) Entre tutores
O tutor presencial tem a incumbência de dirimir dúvidas que venham a surgir dos
alunos, para isso, fica 20 horas divididas pelos os dias na semana no polo de apoio presencial,
mas também tem acesso ao AVA (ambiente virtual de aprendizagem), já os tutores a distância
ficam apenas na plataforma virtual de aprendizagem, com isso, grande parte da comunicação
desses dois atores da educação a distância se dá através de troca de informações por
dispositivos de mensagem contidos no ambiente virtual de aprendizagem.
Quando há encontros presenciais no polo, os tutores também se encontram, pois ambos
têm a responsabilidade de dirigir o encontro. O tutor a distância pode manter o tutor
presencial informado das datas das atividades, bem como sobre as demandas da disciplina,
tais demandas tendo sido repassadas pelo o professor conteudista.
Quanto mais contato estes profissionais manterem, melhor será o desenvolvimento das
atividades do programa de um curso de educação a distância, pois ambos podem se beneficiar
de uma visão mais ampla, o tutor presencial informando o tutor a distância sobre os alunos
que frequentam o polo durante a semana para sanar dúvidas e o tutor a distância
encaminhando as demandas da coordenação e do professor conteudista.
b) Relação entre professor conteudista e tutor a distância
Sendo o professor conteudista o responsável pela disciplina, no que se refere a
conteúdos, perguntas chaves entre outros, nota-se uma relevância na comunicação entre ele e
os tutores, pois será através destes parceiros que suas demandas referentes a disciplina
chegará aos alunos.
47
O tutor a distância também pode prover o professor conteudista com referências
relevantes dos estudantes, pois é ele que comanda os encontros presenciais, aplica as
atividades no polo, corrige as práticas pedidas no ambiente virtual de aprendizagem, além de
ser uma fonte mais direta de tirada de dúvidas dos discentes.
Portanto, para que o planejamento estipulado pela coordenação do curso ocorra da
maneira mais satisfatória possível, é importante que estes dois integrantes mantenham um
nível de sinergia mais próximo do ideal. Essa sinergia é possibilitada por encontros habituais,
ocorrendo geralmente antes dos encontros presenciais, onde os professores responsáveis pela
disciplina, repassam todos os afazeres para o melhor desenvolvimento do conteúdo. Existe
também a possibilidade de comunicação através da plataforma virtual de aprendizagem, por
meio de dispositivos específicos de mensagem, ou por intermédio de e-mail.
Essa interlocução entre o tutor a distância e o professor conteudista é uma das
condições para o bom andamento do planejamento da disciplina, pois os professores, como já
falado arquitetam o que e como deve ser trabalhado e a que tempo deve ser cobrado, e os
tutores a distância executam o acordado.
c) Coordenação e Tutoria
Os coordenadores de curso são responsáveis pela administração dos programas de
educação a distância, sendo desses profissionais a incumbência de executar o projeto
educacional. Partindo desse pressuposto, selecionar e admitir os tutores a distância e os
presenciais, informar sobre as atribuições da tutoria, tendo ainda a responsabilidade de
imprimir e enviar para os polos as avaliações, as atividades didáticas, assim como determinar
quais serão as atividades desenvolvidas pelo o tutor nos polos.
Além disso, a manutenção do controle, inclusive da relação entre os tutores e os
professores conteudistas, é realizada através de reuniões para que os detentores da
responsabilidade de comandar a disciplina, no caso os professores conteudistas, aqui já
citados, possam transmitir tudo aos tutores. Assim sendo a coordenação tem o encargo de
recrutar e selecionar os candidatos a tutores, identificando quais serão os requisitos que estes
profissionais devem ter para realização das atividades de maneira satisfatória. Aos tutores
cabe a responsabilidade de realizar todas as ações acordadas nas reuniões acadêmicas, além de
recorrerem à coordenação para sanar dúvidas.
48
d) Coordenação e Professor Conteudista
Como já tratado anteriormente, dentro da operação da modalidade EaD estes dois
personagens representam uma parte primordial, pois é deles que vem as incumbências e
determinações de como deve ser o programa do curso, e para que isso ocorra de maneira
adequada, essas peças chaves devem trabalhar de maneira sinérgica, sempre respeitando é
claro, a hierarquia, pois é coordenador que decide quais serão as decisões macro que devem
ser tomadas no âmbito do curso, ficando a cargo do professor conteudista transformar essas
decisões em ações palpáveis. Os coordenadores indicam em que tempo a disciplina deve ser
oferecida, e os professores conteudistas adequam o conteúdo no cronograma estabelecido.
2.2 Evasão
A atenção com a questão da evasão em cursos de educação a distância não é atual.
Dada a relevância do tema “evasão” evidencia-se nos dias de hoje no contexto de educação a distância, de tal maneira, a nível nacional e internacional. Em função da escassa
produção de trabalhos científicos, este trabalho teve a intenção de determinar quais são os
fatores mais importantes na retenção dos alunos em um curso de EaD, investigando a ótica
dos profissionais que prestam serviço em instituições que ofertam essa modalidade.
No rol de pessoas que adentram em um curso, nem todas obterão êxito e conseguirão
chegar a finalizar, pelas mais variadas razões. Todavia, ao se pesquisar os índices de evasão
apresentados na literatura, é necessário considerar qual o conceito de evasão abordado pelo
pesquisador para precisar o abandono.
De acordo com Vargas (2007) cada autor apresenta um conceito para evasão, cujo
alcance pode mudar de acordo com os critérios estabelecidos para definir os procedimentos de
entrada e saída dos alunos dos cursos.
Vargas (2007) ainda analisa alguns pesquisadores tais como, Abbad, Carvalho e
Zerbini (2005), que definem evasão como abandono do curso seja qual for o momento, já para
Maia e Meirelles (2005) evasão consiste em discentes que não finalizam o curso,
considerando até os alunos que se matriculam e abdicam de frequentar antes mesmo das
atividades do programa iniciarem e por fim Utiyama e Borba (2003) definem evasão como a
saída definitiva do curso sem finalizá-lo.
49
Segundo Ramble (1992), a efetividade ou o fracasso do curso é analisado pela a ótica
dos alunos que terminam ou abandonam o curso. Sendo assim, existe uma propensão para se
conceber as taxas de conclusão ou abandono como dimensão de avaliação de sucesso de
programas de EaD. Mas o autor afirma que esta leitura é apenas uma verdade sujeita a
questionamentos, pois a evasão deve ser avaliada com muita atenção em decorrência de um
conjunto de razões que podem incidir para mais ou para menos as taxas encontradas.
Para este pesquisador, muitos estudantes que fazem um curso a distância escolhem
fazê-lo sem antes organizarem um planejamento de abordagem para a realização das
demandas exigidas para a finalização do curso. Todavia, muitos discentes não conseguem
nem começar o curso, e pela perspectiva da instituição eles nunca nem iniciaram de fato o
curso. Ressalta-se que para este trabalho a interpretação de evasão é relacionada aos alunos
que começaram mas abandonaram o curso em alguma etapa.
2.3 Motivos para Evasão
Apesar de sua necessidade em um ambiente global tão desenvolvido
tecnologicamente, que precisa diminuir as distâncias e efetivar a aprendizagem colaborativa
pautada por ferramentas tecnológicas, esbarramos na objeção entre a metodologia formal e
tradicional e o consentimento com a metodologia de aprendizagem virtual.
São prováveis motivos para a evasão o não conhecimento prévio das tecnologias de
informação e comunicação (TiCs), a falta de motivação, bem como a dificuldade de criar uma
autonomia e consequentemente independência para estudar por conta própria, ação necessária
para o desenvolvimento na Educação a Distância.
Estudar em um ambiente virtual de aprendizagem (AVA) é bem distinto de se aprender em
uma sala de aula presencial. É necessário destruir obstáculos e obter novas práticas, como ter
autonomia para pesquisar e ler na internet, acessar as plataformas de disseminação de
conhecimento para se colocar a par do que está acontecendo no curso e o que está sendo
produzido em termos de conhecimento, a capacidade de reflexão também se faz necessária.
Deste modo, é fundamental desenvolver a autonomia, e tornar-se um estudante crítico
e disposto a construir colaborativamente retornos para o enriquecimento da comunidade
educacional.
50
2.4 Condições para Permanência na EaD
Antes de expor as condições preponderantes para a permanência na EaD, é relevante
abordar a concepção do que seria permanência em um curso de educação a distância. Segundo
Portal (2016), permanência é a continuação e finalização do curso pelo discente, sendo que
esta premissa é fundamental para combater a evasão. Ou seja, se não houver atenção para a
permanência haverá o abandono por parte do estudante.
Deste modo, Silva, Oliveira e Mourão (2013) no trabalho “Fatores que levaram à
permanência e ao sucesso dos alunos em um curso a distância” delineiam três tópicos
determinantes que incidem na decisão do aluno permanecer cursando um programa em EaD.
No quadro 1 observa-se os tópicos e suas relativas abrangências.
Quadro 1 – Condições para a Permanência
Tópico Abrangência
-Determinação; -Incentivo Externo;
Compromisso pessoal -Identificação com o curso; -Oportunidade no mercado de trabalho;
-Necessidade de ter um curso superior.
-Credibilidade da Instituição;
Compromisso institucional -Identificação com a Universidade;
-Utilização de recursos tecnológicos;
Integração acadêmica -Dificuldades pontuais de cursar determinadas matérias; -Percepção da dificuldade de estudar
autonomamente. Fonte: elaborado pelo próprio autor
As considerações feitas pelos os autores foram também percebidos em outros
trabalhos, fazendo crer que tais premissas são de um modo geral importantes para a
manutenção dos alunos nos cursos.
3. Método
O trabalho utilizou como matéria para análise uma universidade pública federal, esta
oferece cursos na modalidade a distância desde do ano de 2006, que atualmente oferece
quinze cursos de ensino superior, divididos entre licenciatura e bacharelado, e quinze pós-
graduações Lato Sensu e uma pós-graduação Stricto Sensu.
51
Para o oferecimento destes cursos em 29 cidades do interior do Piauí, a organização
realiza parcerias com os poderes municipal e estadual, pois estes fornecem material humano
no que se refere a funcionários administrativos do polo, além do coordenador do polo está
ligado a estrutura estadual de governo, é de responsabilidade dos mesmos também o
oferecimento de uma estrutura física para que as aulas aconteçam, bem como os aparelhos de
facilitação áudio visual que estão dispostos em sala de aula.
A amostra utilizada foi coletada através de questionário composto de 25 perguntas
abertas e fechadas, que foram sujeitos a 01 coordenadora de curso, 5 professores conteudistas
e 10 tutores, estes divididos em 5 tutores presenciais e 5 tutores a distância que trabalham no
momento nos polos que se encontram no último período de um curso de graduação em
Administração de Empresas.
Aplicou-se o questionário através do uso de e-mail para acessar os entrevistados,
sendo que no total de 20 entrevistados, 16 retornaram com o arquivo respondido,
correspondendo então a 80% da intenção de alcance da entrevista.
O questionário foi construído através da análise do trabalho de Almeida (2008),
intitulado “EVASÃO EM CURSOS A DISTÂNCIA: ANÁLISE DOS MOTIVOS DE
DESISTÊNCIA” onde a mesma aborda quatro dimensões que são de fundamental
importância na ação de evasão de cursos a distância, as dimensões são:
A) Dimensão Situacional: Que contempla problemas de ordem mais pessoal, como
problemas de saúde tanto do aluno como de familiares, questão relacionadas ao
suporte do trabalho para a realização do curso também são levadas em consideração
nesta dimensão;
B) Dimensão Acadêmica: Que aborda questões relacionadas a ação do tutor, bem
como os problemas de comunicação do professor conteudista em relação ao grupo de
estudantes;
C) Dimensão Tecnológica: Que trata de aspectos mais voltados as tecnologias
necessárias para a execução do curso, de maneira mais clara, questões pertinentes ao
uso de computador, acesso à internet e estrutura do ambiente virtual de aprendizagem;
D) Dimensão Administrativa: Que versa sobre a atuação da coordenação do curso, e
tudo que dela depende, como: logística de distribuição do material, instrução clara e
objetiva das demandas do curso, organização do calendário acadêmico, bem como
outras obrigações;
52
E) Dimensão Sobrecarga de Trabalho: Ocupa-se de questões pertencentes a
conciliação do trabalho com as responsabilidades do curso, fazendo conexão com a
gerência de tempo tão necessária na modalidade, pois muitos dos discentes se ocupam
os três turnos, com afazeres laborais, familiares e estudantis.
4. Resultados e Discussão
Posteriormente a coleta de dados, foram organizadas as respostas em quadro resumo
da proposta de dimensões a serem investigadas, com o intuito de identificar quais foram os
aspectos mais relevantes para a permanência do discente em cursos de EaD, ressaltando as
respostas que obtiveram índices acima de 50% nas alternativas propostas pela pesquisa.
O quadro 2 dispõe das dimensões, questões e alternativas, e as respostas
correspondentes, bem como, a porcentagem destas respostas frente ao total do resultado.
Quadro 2 – Tabulação dos Resultados
Dimensão situacional Questão Alternativas
Muito relevante
Relevante
Relevante nem Irrelevante Totalmente
relevante, nem irrelevante
irrelevant
e Se trabalhar, o Nº Porcentagem Nº Porcentagem Nº Porcentagem Nº Porcentagem do Nº Porcentagem do
apoio (financeiro do total do total do total total total
e motivacional)
8 50% 4 25% 4 25% 0 0% 0 0% da empresa em
que trabalha para
a continuação do
curso é:
Questão Alternativas
Muito relevante
Relevante
Relevante nem Irrelevante Totalmente
relevante, nem irrelevante
irrelevant
e
As preocupações Nº Porcentagem Nº Porcentagem Nº Porcentagem Nº Porcentagem do Nº Porcentagem do
referentes à do total do total do total total total
família, por
6 37,5% 7 43,75% 2 12,5% 1 6,25% 0 0% exemplo, quanto à
saúde, é para o
andamento do
curso
Questão Alternativas
Muito relevante
Relevante
Relevante nem Irrelevante Totalmente
relevante, nem irrelevante
irrelevant
e
53
Problema de
Nº Porcentagem Nº Porcentagem Nº Porcentagem Nº Porcentagem do Nº Porcentagem do
deslocamento, é do total do total do total total total
para o curso
7 43,75% 7 43,75% 2 12,5% 0 0% 0 0%
Questão Alternativas
Muito relevante Relevante
Relevante nem Irrelevante Totalmente
relevante, nem irrelevante
irrelevant
e
A valorização do Nº
Porcentagem Nº Porcentagem Nº Porcentagem Nº Porcentagem do Nº Porcentagem do
curso no mercado do total do total do total total total
de trabalho é para
12 75% 4 25% 0 0% 0 0% 0 0% você
Dimensão acadêmica Questão Alternativas
Muito relevante Relevante
Relevante nem Irrelevante Totalmente
relevante, nem irrelevante
irrelevant
e
A quantidade de Nº Porcentagem Nº Porcentagem Nº Porcentagem Nº Porcentagem do Nº Porcentagem do
encontros do total do total do total total total
presenciais é para
5 31,25% 10 62,5% 1 6,25% 0 0% 0 0% o andamento do
curso:
Questão Alternativas
Muito relevante Relevante
Relevante nem Irrelevante Totalmente
relevante, nem irrelevante
irrelevant
e A didática usada
Nº Porcentagem Nº Porcentagem Nº Porcentagem Nº Porcentagem do Nº Porcentagem do
pelo professor do total do total do total total total
conteudista é:
9 56,25% 5 31,25% 2 12,5% 0 0% 0 0%
Questão Alternativas
Muito relevante Relevante
Relevante nem Irrelevante Totalmente
relevante, nem irrelevante
irrelevant
e
O incentivo do Nº
Porcentagem Nº Porcentagem Nº Porcentagem Nº Porcentagem do Nº Porcentagem do
tutor para que eu do total do total do total total total
estude é:
10 62,5% 6 37,5% 0 0% 0 0% 0 0%
54
Questão Alternativas
Muito relevante Relevante
Relevante nem Irrelevante Totalmente
relevante, nem irrelevante
irrelevant
e
O relacionamento Nº Porcentagem Nº Porcentagem Nº Porcentagem Nº Porcentagem do Nº Porcentagem do
do tutor com a do total do total do total total total
turma é
12 75% 4 25% 0 0% 0 0% 0 0%
Questão Alternativas
Muito relevante Relevante
Relevante nem Irrelevante Totalmente
relevante, nem irrelevante
irrelevant
e
A ausência e a Nº Porcentagem Nº Porcentagem Nº Porcentagem Nº Porcentagem do Nº Porcentagem do
eventual do total do total do total total total
substituição
do
5 31,25% 10 62,5% 1 6,25% 0 0% 0 0% tutor
nos
encontros é:
Questão Alternativas
Muito relevante Relevante Relevante
nem Irrelevante Totalmente relevante, nem irrelevante
irrelevant
e
O contato do Nº Porcentagem Nº Porcentagem Nº Porcentagem Nº Porcentagem do Nº Porcentagem do
aluno com o do total do total do total total total
professor
7 43,75% 6 37,5% 2 12,5% 0 0% 1 6,25% conteudista é
Questão Alternativas
Muito relevante Relevante
Relevante nem Irrelevante Totalmente
relevante, nem irrelevante
irrelevant
e
As atividades Nº Porcentagem Nº Porcentagem Nº Porcentagem Nº Porcentagem do Nº Porcentagem do
didáticas do total do total do total total total
adequadas,
11 68,75% 4 25% 1 6,25% 0 0% 0 0% exemplo,
trabalhos em
grupo,
respeitando o fato
de o curso ser
semipresencial,
para você é:
Questão Alternativas
Muito relevante Relevante
Relevante nem Irrelevante Totalmente
relevante, nem irrelevante
irrelevant
e
O retorno do Nº Porcentagem Nº Porcentagem Nº Porcentagem Nº Porcentagem do Nº Porcentagem do
professor das do total do total do total total total
minhas atividades
8 50% 7 43,75% 1 6,25% 0 0% 0 0% é:
55
Dimensão tecnológica Questão Alternativas
Muito relevante Relevante
Relevante nem Irrelevante Totalmente
relevante, nem irrelevante
irrelevant
e O fácil acesso Nº Porcentagem Nº Porcentagem Nº Porcentagem Nº Porcentagem do Nº Porcentagem do ao laboratório de do total do total do total total total
Informática
no
8 50% 4 43,75%
1
6,25%
0 0%
0
0%
polo de ensino
presencial é
Questão Alternativas
Muito relevante Relevante
Relevante nem Irrelevante Totalmente
relevante, nem irrelevante
irrelevant
e A fácil Nº Porcentagem Nº Porcentagem Nº Porcentagem Nº Porcentagem do Nº Porcentagem do interatividade do do total do total do total total total
ambiente virtual
11 68,75% 4 25% 1 6,25% 0 0% 0 0%
é:
Questão Alternativas
Muito relevante Relevante
Relevante nem Irrelevante Totalmente
relevante, nem irrelevante
irrelevant
e Para o bom Nº Porcentagem Nº Porcentagem Nº Porcentagem Nº Porcentagem do Nº Porcentagem do andamento do do total do total do total total total
curso, ter acesso
14 87,5% 2 12,5% 0 0% 0 0% 0 0%
ao computador e
internet na sua
Dimensão administrativa
Questão Alternativas
Muito relevante Relevante
Relevante nem Irrelevante Totalmente
relevante, nem irrelevante
irrelevant
e A boa estrutura do Nº Porcentagem Nº Porcentagem Nº Porcentagem Nº Porcentagem do Nº Porcentagem do polo presencial é: do total do total do total total total
12 75% 4 25% 0 0% 0 0% 0 0%
Questão Alternativas
Muito relevante Relevante
Relevante nem Irrelevante Totalmente
relevante, nem irrelevante
irrelevant
e
A orientação da Nº Porcentagem Nº Porcentagem Nº Porcentagem Nº Porcentagem do Nº Porcentagem do coordenação do do total do total do total total total
curso é:
16 100% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0%
56
Questão Alternativas
Muito relevante Relevante
Relevante nem Irrelevante Totalmente
relevante, nem irrelevante
irrelevant
e
A resolução dos Nº Porcentagem Nº Porcentagem Nº Porcentagem Nº Porcentagem do Nº Porcentagem do
problemas do total do total do total total total
acadêmicos pela
11 68,75% 4 25% 1 6,25% 0 0% 0 0% coordenação é:
Dimensão sobrecarga laboral
Questão Alternativas
Muito relevante Relevante
Relevante nem Irrelevante Totalmente
relevante, nem irrelevante
irrelevant
e
A disponibilidade Nº Porcentagem Nº Porcentagem Nº Porcentagem Nº Porcentagem do Nº Porcentagem do
de tempo que do total do total do total total total
tenho para estudar
6 37,5% 10 62,5% 0 0% 0 0% 0 0% é:
Questão Alternativas
Muito relevante Relevante
Relevante nem Irrelevante Totalmente
relevante, nem irrelevante
irrelevant
e
Se trabalhar, a Nº Porcentagem Nº Porcentagem Nº Porcentagem Nº Porcentagem do Nº Porcentagem do
conciliação do do total do total do total total total
trabalho com o
6 37,5% 10 62,5% 0 0% 0 0% 0 0% curso é:
Fonte: elaborado pelo próprio autor
Observa-se que principalmente aspectos relacionados a rotina acadêmica são mais
relevantes na percepção dos profissionais que trabalham em EaD para que os alunos permaneçam
nos cursos de educação a distância, nota-se que na questão referente ao relacionamento do tutor
com o aluno 75% dos respondentes classificaram como muito relevante esse aspecto, interpreta-se
que o contato eficaz entre as partes envolvidas é fundamental para que não haja distorções do que
é demandado pelos os administradores do processo e do que é realizado nos polos de
acompanhamento presencial, ação fundamental para bons resultados acadêmicos, o aspecto
relacionados a interatividade, especificamente a utilização da plataforma de aprendizagem virtual
também foi apontado como de extrema importância, pois 68,75% dos
57
entrevistados apontaram como muito relevantes este aspecto para a manutenção do discente
nas atividades do curso, denotando que novamente o aspecto de comunicação e a
operacionalidade do sistema é muito importante para evitar a evasão.
Há de se destacar que 100% dos que responderam o questionário, apontaram que a
atuação da coordenação do curso é de muita relevância para que os alunos finalizem o curso,
pois é através das tomadas de decisão dessa peça tão importante dos programas de EaD que o
curso toma forma, no que se refere a estrutura pedagógica, datas, ação dos tutores e dos
professores do curso.
Para os atores da educação a distância as questões relacionadas a tempo não ocupam
espaço de extrema relevância, apesar de apontarem que é importante o gerenciamento do
mesmo, isso vai de encontro o pesquisador chegou a pensar anteriormente.
Dois pontos que não são de controle da instituição de ensino superior apresentaram um
alto índice de muita relevância, um é a valorização do curso no mercado de trabalho, com
75% de indicação de muita relevância e o outro é o fato do aluno dispor de computador com
internet em casa, com 87,50% de muita relevância, isso implica que apesar dos esforços das
estruturas educacionais, existem coisas que são importantes para manutenção discente na EaD
mas que as mesmas não podem gerenciar.
Conclusões
Este trabalho procurou averiguar as razões para a manutenção discente da EaD pela a
perspectiva de quem faz esta EaD, os coordenadores, tutores, e professores conteudistas que
através de resolução de questionário apontaram aspectos dentro de uma gradação de relevância
que podem fazer a diferença na tomada de decisão do estudante para permanecer nos programas
de educação a distância. Os resultados desta investigação proporcionaram inúmeras inferências
para determinar quais as razões mais preponderantes para solidificar a manutenção discente na
EaD. Neste sentido, a análise das respostas feitas na pesquisa qualitativa resultou que alguns
fatores de ordem da operação, ou seja, que estão sobre a autonomia das instituições são de acordo
com a pesquisa realizada, de extrema importância na permanência em EaD, aponta-se que fatores
da esfera acadêmica, referentes em boa parte da atuação do tutor obtiveram números percentuais
em grande parte acima dos 60% de muita relevância.
58
Há de se apontar também que pontos que não são de controle das instituições de
ensino superior apresentam alto índice de relevância, concluindo-se que infelizmente há
pontos importantes, mas que não podem ser combatidos pelas as estruturas educacionais.
Destaca-se que a comunicação clara e objetiva mesmo que implicitamente é vista
como algo basilar para que o estudante fique, nos quesitos de relacionamento os índices
sempre se mostram acima de 50% de muita relevância.
Bibliografia:
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____________. Zerbini, T., & Souza, D. B. L. (2010). Panorama das pesquisas em educação a distância no Brasil. Estudos de Psicologia, 15(3),291-298.
ALMEIDA, Onília Cristina de Souza de. Evasão em cursos a distância: análise dos motivos de desistência. Disponível em http://www.abed.org.br/ congresso2008/tc/552008112738PM.pdf. Acessado em 10/05/2016.
ANPAD, 29, 2005, Brasília, DF. Anais. Brasília: Anpad, 2005. 1 CD-ROM.
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PORTAL, Cleber. Estratégias para minimizar a evasão e potencializar a permanência em
EAD a partir de sistema que utiliza mineração de dados educacionais e learning analytics.
Cleber Portal. -- 2016
RUMBLE, G. The management of distance learning systems. Paris: UNESCO: International Institute for Educational Planning. 1992.
RODRIGUES, Elisângela Campos. Desenvolvendo autonomia nos estudos a distância. Curitiba: IESDE, 2012.
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ao sucesso dos alunos em um curso a distância. São Luís, MA – Abril, 2013.
VARGAS, M. R. M. Barreiras à implantação de Programas de Educação e Treinamento a Distância. Tese (Doutorado em Psicologia). Instituto de Psicologia, Universidade de Brasília, Brasília, 2004.
59
4.3 Resultados e Discussões
4.3.1 Análise dos Gráficos
Nesta etapa serão apresentados os gráficos que discutem o resultado das pesquisas.
Gráfico 1 – Carga Horária Trabalhada
Carga Horária Laboral
Ho
ras
Tra
bal
had
as S
eman
ais
70
60
50
40
30
20
10
0
Código dos Entrevistados
Fonte: elaborado pelo autor (2016)
De acordo com pesquisa realizada para construção deste trabalho, percebe-se que a
maioria dos respondentes mantém uma quantidade de tempo trabalho igual ou acima de 40
horas semanais. Esse nível de carga horária pode ser um impeditivo para o bom andamento do
curso, pois a literatura afirma que existe uma correlação entre o abandono e as outras
obrigações dos cursantes, como família e trabalho. Quanto menos tempo o estudante tem para
se dedicar ao curso, maior será a possibilidade de ele abandonar o programa.
Segundo Neves (2006), o aspecto tempo é relevante para o discente, pois uma parte
considerável dos estudantes tem a rotina de três períodos, estudam, trabalham e, além disso,
mantêm atenção com as demandas emocionais e familiares, portanto, há uma dificuldade para
adequar de maneira equilibrada o tempo para solucionar todas as notificações diárias.
60
No gráfico apresentado um dado curioso é o fato de apenas seis pessoas que
responderam os questionários trabalharem menos que 30 horas por semana. Sendo assim,
estes teriam, em tese, mais tempo para dar atenção ao programa de curso de educação a
distância, sendo que a dimensão tempo é repetitivamente lembrada como importante para
execução do curso.
Gráfico 2 – Procedência Escolar
Não responderam
5%
Particular 13%
Pública Pública
82%
Particular
Fonte: próprio autor (2016)
No trabalho de Vianney (2008), intitulado: “A ameaça de um modelo único para a
EaD no Brasil” há uma pesquisa que traça o perfil dos estudantes da modalidade a distância.
Os números apontam, de maneira majoritária, que os discentes, assim como na pesquisa aqui
discutida, originam-se de escolas públicas, e que não possuem apoio instrucional dos seus
pais, pois os familiares não evoluíram escolarmente e isso pode ser fator facilitador para
desistência do aluno no curso que se utiliza da modalidade a distância.
Esse indicador demonstra que um número muito expressivo dos alunos da instituição
pesquisada é oriundo de escolas públicas. Diante da realidade brasileira em que as instituições
de ensino formadoras públicas não possuem suporte necessário para a formação integral do
estudante, isso pode acabar criando obstáculos futuros que, por sua vez, podem influir na
decisão de desistência do curso.
61
Gráfico 3 – Nível educacional ao iniciar o curso
8% 9% 24%
Graduação
Ensino Médio
Pós Graduação 59%
Graduação Imcompleta
Fonte: elaborado pelo autor (2016)
Outro gráfico relevante para a pesquisa é o que aponta a maturidade educacional dos
discentes. A figura demonstra que mais da metade dos alunos, ao entrar no curso, tinham
cursado apenas o Ensino Médio, mas há também a presença, especificamente 24% dos
respondentes, que afirmaram possuírem outas graduações, portanto, há pessoas que já tem
experiência em curso superior, com capacidade de interpretar antecipadamente as demandas
de um programa de curso superior. Sugerem-se aqui trabalhos que consigam contemplar a
relação do nível educacional ao adentrar os cursos de educação a distância, com os índices de
finalização. De acordo com Saraiva et al. (2006), a maturidade ao iniciar um curso na
modalidade de ensino a distância pode proporcionar facilidades ao aluno quando forem
apresentadas as limitações inerentes ao modelo EaD.
Gráfico 4 – Idade dos Respondentes
Não Respondeu Idade dos Respondentes
2% Maior 45
6%
Maior 18
Maior 18
43% Maior 30
Maior 30
Maior 45
49% Não Respondeu
Fonte: elaborado pelo autor (2016)
62
A idade das pessoas que cursam o programa pode influenciar como os estudantes
operacionalizam as suas atividades nos curso de EaD. Na instituição pesquisada observa-se
que a maioria dos alunos que responderam o questionário têm mais de 30 anos, isso aponta
para a possibilidade de essas pessoas encararem com mais responsabilidade as demandas que
são expostas no programa.
Paulsen (2003) aponta que o estudante é o comandante de suas ações na EaD, portanto,
alunos com mais idade conseguem ter a liberdade e a segurança para dar continuidade às
atividades presentes nos cursos.
Há de se considerar alguns números que são expressivos nas pesquisas. No estudo que
foi realizado com os estudantes, 92, 9% dos respondentes afirmam que a valorização do curso
no mercado de trabalho é muito relevante, aspecto que foge ao poder de ação da instituição.
Para 92,9% também, ter acesso a computador com internet em casa é fator muito relevante
para a manutenção discente na EaD.
Na pesquisa respondida pelos que trabalham com a educação a distância, pontos de
destaque são os 75% que acreditam que o relacionamento com o tutor é decisivo na resolução
de manutenção do estudante. Coincidindo com o que foi dito pelos os estudantes, 87,50% dos
profissionais que trabalham com a modalidade de ensino a distância pontuam que ter
computador com internet em casa é muito relevante para a preservação dos estudantes, mas o
que mais chamou atenção nesta pesquisa é que 100% dos que responderam indicam que a
orientação da coordenação é o que permite o bom andamento do curso e, consequentemente, a
queda da evasão entre os alunos.
63
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A intenção deste trabalho foi averiguar as razões que podem ser determinantes para a
manutenção dos alunos de um curso de graduação em Administração na modalidade a
distância de uma Instituição de ensino superior pública federal. Baseado nessa intenção, foi
feito um estudo sobre as causas que influenciam os discentes a permanecerem no curso. Foi
realizada uma pesquisa que verificou que boa parte das causas que fazem com que os alunos
permaneçam no curso não são controlados pela instituição, como o gerenciamento do tempo,
por exemplo. Há fatores, porém, que dizem respeito ao gerenciamento das atividades por parte
da estrutura administrativa da instituição, quase todos esses fatores orbitam a esfera da
dificuldade de manter uma comunicação clara e objetiva.
Foi realizada, também, uma pesquisa com a coordenação, com os tutores e os
professores, destacando-se que eles têm uma leitura muito similar no que diz respeito aos
fatores determinantes para que o aluno permaneça no curso. Os profissionais apontaram,
entretanto, que a influência da coordenação sobre a ação de manter o aluno no curso é
fundamental, pois os entrevistados em sua totalidade, ou seja, 100%, apontaram como fator
muito relevante para a manutenção do aluno, item que não apareceu na pesquisa realizada
com os alunos.
Aponta-se que é necessário um trabalho conjunto dos que fazem a EaD para que as
comunicações e todos as demandas do curso fiquem extremamente claras. Há a necessidade
de constante feedback entre os alunos e os gestores desse sistema para que consigam sempre
trocar informações com o intuito de prover essa modalidade com segurança e,
consequentemente, manter os níveis de permanência altos.
É importante que outros pesquisadores continuem pesquisando a problemática aqui
debatida, pois por meio de possíveis trabalhos futuros os aspectos que são preponderantes
para continuidade dos alunos nos programas de educação a distância serão mais conhecidos e,
com isso, a evasão, que tanto assola a realidade escolar brasileira, poderá ser evitada.
64
REFERÊNCIAS
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Administração) – Programa de Pós-Graduação em Administração, Universidade Federal de
Santa Catarina, Florianópolis, 2007.
______. Evasão e permanência dos estudantes de um curso de administração do sistema
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cursos de EaD em Psicologia e posterior evasão. Dissertação (Mestrado em Educação) – PUC
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Disponível em: <http://www.metacognicao.com.br/wpcontent/uploads/2012/11/EBook_Completo_Estilos_de _Aprendizagem.pdf>. Acesso em: 02 fev. 2016.
SANDE, I. C.; COSTA, N. F. S. Qualificação docente: evasão e estratégias de prevenção.
Artigo. ABED, 2011.
SARAIVA, L. M.; et al. Tensões que afetam os espaços de educação a distância.
Psicol. estud., v. 11, n. 3, p. 483-491, 2006. Disponível em:
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SIHLER, A. P.; FERREIRA, S. M. B. A afetividade mediada por meio da interação na modalidade a distância como fator preponderante para a diminuição da evasão. Congresso
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67
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VIEIRA, S. Como elaborar questionários. Atlas, 2009.
68
APÊNDICE A – Questionário para alunos matriculados em cursos na modalidade EaD
Esta é uma pesquisa conduzida por um pós graduando Stricto Senso em Engenharia de
Produção da UNIP, e com o apoio da coordenação do curso de administração do CEAD-
UFPI, para identificar os fatores mais relevantes para permanência dos alunos no curso de
graduação em Administração do CEAD-UFPI.
Público alvo: Alunos de curso em EAD.
O preenchimento deste questionário levará apenas alguns minutos de seu tempo. Por
favor, responda as questões sabendo que não há respostas certas ou erradas.
Obrigado por participar desta pesquisa conosco.
Para mais esclarecimentos, contatar: lamma82@gmail.com
*Obrigatório
Idade: * ( ) 18 a 30 anos
( ) 30 a 45 anos
( ) 45 a 60 anos ( ) Mais de 60 anos
Profissão: _________________________________________________________________
Qual foi a escola em que terminou o ensino médio?
___________________________________________________________________________
Ao iniciar o curso, qual era o seu nível de
escolaridade? ( ) Ensino Médio ( ) Graduação Incompleta
( ) Graduação ( ) Pós Graduação
Se trabalha, qual a sua carga horária de trabalho semanal?
___________________________________________________________________________
69
1) Se trabalhar, o apoio (financeiro e motivacional) da em empresa que trabalho para a
continuação do curso é: ( ) Muito relevante
( ) Relevante ( ) Nem relevante e nem irrelevante
( ) Irrelevante ( ) Totalmente irrelevante
2) As preocupações referentes a família, por exemplo quanto a saúde, é para o andamento do
curso: ( ) Muito relevante
( ) Relevante ( ) Nem relevante e nem irrelevante
( ) Irrelevante ( ) Totalmente irrelevante
3) Problemas de deslocamento, é para o andamento do curso:
( ) Muito relevante
( ) Relevante ( ) Nem relevante e nem irrelevante
( ) Irrelevante ( ) Totalmente irrelevante
4) A quantidade de encontros presenciais, é para o andamento do
curso: ( ) Muito relevante ( ) Relevante ( ) Nem relevante e nem irrelevante
( ) Irrelevante ( ) Totalmente irrelevante
5) A valorização do curso no mercado de trabalho é para você:
( ) Muito relevante
( ) Relevante
70
( ) Nem relevante e nem irrelevante
( ) Irrelevante ( ) Totalmente irrelevante
6) A didática usada pelo o professor conteudista é:
( ) Muito relevante ( ) Relevante ( ) Nem relevante e nem irrelevante
( ) Irrelevante ( ) Totalmente irrelevante
7) O incentivo do tutor para que eu estude é:
( ) Muito relevante
( ) Relevante ( ) Nem relevante e nem irrelevante
( ) Irrelevante ( ) Totalmente irrelevante
8) O relacionamento do tutor com a turma é:
( ) Muito relevante ( ) Relevante ( ) Nem relevante e nem irrelevante
( ) Irrelevante ( ) Totalmente irrelevante
9) A ausência e a eventual substituição do tutor nos encontros
é: ( ) Muito relevante ( ) Relevante ( ) Nem relevante e nem irrelevante
( ) Irrelevante ( ) Totalmente irrelevante
71
10) O Contato do aluno com o professor conteudista é:
( ) Muito relevante ( ) Relevante ( ) Nem relevante e nem irrelevante
( ) Irrelevante ( ) Totalmente irrelevante
11) Para o bom andamento do curso, ter acesso ao computador e internet na sua residência
é: ( ) Muito relevante ( ) Relevante ( ) Nem relevante e nem irrelevante
( ) Irrelevante ( ) Totalmente irrelevante
12) O fácil acesso ao laboratório de informática no polo de ensino presencial é:
( ) Muito relevante
( ) Relevante ( ) Nem relevante e nem irrelevante
( ) Irrelevante ( ) Totalmente irrelevante
13) A fácil interatividade do ambiente virtual de aprendizagem
é: ( ) Muito relevante ( ) Relevante ( ) Nem relevante e nem irrelevante
( ) Irrelevante ( ) Totalmente irrelevante
14) A boa estrutura do polo de apoio presencial é:
( ) Muito relevante
( ) Relevante ( ) Nem relevante e nem irrelevante
( ) Irrelevante
72
( ) Totalmente irrelevante
15) A orientação da coordenação do curso
é: ( ) Muito relevante ( ) Relevante ( ) Nem relevante e nem irrelevante
( ) Irrelevante ( ) Totalmente irrelevante
16) As atividades didáticas adequadas, exemplo, trabalhos de grupos bem elaborados,
respeitando o fato do curso ser semipresencial, para você é: ( ) Muito relevante
( ) Relevante ( ) Nem relevante e nem irrelevante
( ) Irrelevante ( ) Totalmente irrelevante
17) O retorno do professor as minhas atividades é:
( ) Muito relevante
( ) Relevante ( ) Nem relevante e nem irrelevante
( ) Irrelevante ( ) Totalmente irrelevante
18) A resolução dos problemas acadêmicos pela a coordenação é:
( ) Muito relevante ( ) Relevante
( ) Nem relevante e nem irrelevante
( ) Irrelevante ( ) Totalmente irrelevante
73
19) A disponibilidade de tempo que tenho para estudar é:
( ) Muito relevante ( ) Relevante ( ) Nem relevante e nem irrelevante
( ) Irrelevante ( ) Totalmente irrelevante
20) Se trabalhar, a conciliação do curso com o trabalho
é: ( ) Muito relevante ( ) Relevante ( ) Nem relevante e nem irrelevante
( ) Irrelevante ( ) Totalmente irrelevante
74
APÊNDICE B – Questionário para profissionais que atuam em EaD
Esta é uma pesquisa conduzida por um pós graduando Stricto Senso em Engenharia de
Produção da UNIP, e com o apoio da coordenação do curso de administração do CEAD-
UFPI, para identificar os fatores mais relevantes para permanência dos alunos no curso de
graduação em Administração do CEAD-UFPI.
Público alvo: Coordenador, tutores e professores de curso em EAD.
O preenchimento deste questionário levará apenas alguns minutos de seu tempo. Por
favor, responda as questões sabendo que não há respostas certas ou erradas.
Obrigado por participar desta pesquisa conosco.
Para mais esclarecimentos, contatar: lamma82@gmail.com
*Obrigatório
Quais as matérias ministradas na EaD?
___________________________________________________________________________
Qual o seu nível de
especialização? ( ) Especialização ( ) Mestrado
( ) Doutorado
Você tem algum curso específico na área de EaD?
___________________________________________________________________________
Há quanto tempo trabalha com
EaD? ( ) 0 a 02 anos ( ) 02 a 04 anos ( )
04 a 06 anos ( ) 06
a 10 anos ( ) Mais de 10 anos
75
Responda às perguntas tendo em vista a realidade do aluno.
Para todas os questionamentos, leve em consideração no início a expressão: Para o aluno
1) Se trabalhar, o apoio (financeiro e motivacional) da em empresa que trabalho para a
continuação do curso é: ( ) Muito relevante
( ) Relevante ( ) Nem relevante e nem irrelevante
( ) Irrelevante ( ) Totalmente irrelevante
2) As preocupações referentes a família, por exemplo quanto a saúde, é para o andamento do
curso: ( ) Muito relevante
( ) Relevante ( ) Nem relevante e nem irrelevante
( ) Irrelevante ( ) Totalmente irrelevante
3) Problemas de deslocamento, é para o andamento do curso:
( ) Muito relevante
( ) Relevante ( ) Nem relevante e nem irrelevante
( ) Irrelevante ( ) Totalmente irrelevante
4) A quantidade de encontros presenciais, é para o andamento do
curso: ( ) Muito relevante ( ) Relevante
( ) Nem relevante e nem irrelevante
( ) Irrelevante ( ) Totalmente irrelevante
76
5) A valorização do curso no mercado de trabalho é para você:
( ) Muito relevante ( ) Relevante ( ) Nem relevante e nem irrelevante
( ) Irrelevante ( ) Totalmente irrelevante
6) A didática usada pelo o professor conteudista é:
( ) Muito relevante
( ) Relevante ( ) Nem relevante e nem irrelevante
( ) Irrelevante ( ) Totalmente irrelevante
7) O incentivo do tutor para que eu estude é:
( ) Muito relevante ( ) Relevante ( ) Nem relevante e nem irrelevante
( ) Irrelevante ( ) Totalmente irrelevante
8) O relacionamento do tutor com a turma é:
( ) Muito relevante ( ) Relevante ( ) Nem relevante e nem irrelevante
( ) Irrelevante ( ) Totalmente irrelevante
9) A ausência e a eventual substituição do tutor nos encontros
é: ( ) Muito relevante ( ) Relevante ( ) Nem relevante e nem irrelevante
( ) Irrelevante
77
( ) Totalmente irrelevante
10) O Contato do aluno com o professor conteudista é:
( ) Muito relevante ( ) Relevante ( ) Nem relevante e nem irrelevante
( ) Irrelevante ( ) Totalmente irrelevante
11) Para o bom andamento do curso, ter acesso ao computador e internet na sua residência
é: ( ) Muito relevante ( ) Relevante ( ) Nem relevante e nem irrelevante
( ) Irrelevante ( ) Totalmente irrelevante
12) O fácil acesso ao laboratório de informática no polo de ensino presencial é:
( ) Muito relevante
( ) Relevante ( ) Nem relevante e nem irrelevante
( ) Irrelevante ( ) Totalmente irrelevante
13) A fácil interatividade do ambiente virtual de aprendizagem
é: ( ) Muito relevante ( ) Relevante ( ) Nem relevante e nem irrelevante
( ) Irrelevante ( ) Totalmente irrelevante
14) A boa estrutura do polo de apoio presencial é:
( ) Muito relevante
( ) Relevante
78
( ) Nem relevante e nem irrelevante
( ) Irrelevante ( ) Totalmente irrelevante
15) A orientação da coordenação do curso é.
( ) Muito relevante ( ) Relevante ( ) Nem relevante e nem irrelevante
( ) Irrelevante ( ) Totalmente irrelevante
16) As atividades didáticas adequadas, exemplo, trabalhos de grupos bem elaborados,
respeitando o fato do curso ser semipresencial, para você é: ( ) Muito relevante
( ) Relevante ( ) Nem relevante e nem irrelevante
( ) Irrelevante ( ) Totalmente irrelevante
17) O retorno do professor as minhas atividades é:
( ) Muito relevante
( ) Relevante ( ) Nem relevante e nem irrelevante
( ) Irrelevante ( ) Totalmente irrelevante
18) A resolução dos problemas acadêmicos pela a coordenação é:
( ) Muito relevante ( ) Relevante
( ) Nem relevante e nem irrelevante
( ) Irrelevante ( ) Totalmente irrelevante
79
19) A disponibilidade de tempo que tenho para estudar é:
( ) Muito relevante ( ) Relevante ( ) Nem relevante e nem irrelevante
( ) Irrelevante ( ) Totalmente irrelevante
20) Se trabalhar, a conciliação do curso com o trabalho
é: ( ) Muito relevante ( ) Relevante ( ) Nem relevante e nem irrelevante
( ) Irrelevante ( ) Totalmente irrelevante
21) Supondo que a permanência do aluno até o final do curso, seja considerado o sucesso,
quais são os fatores que a senhor (a) acha preponderante para esta manutenção. ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________
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