Doenças causadas pelos gêneros de Staphylococcus INTOXICAÇÕES ALIMENTARES ESPINHAS E FORMAÇÃO...

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Doenças causadas pelos gêneros de Staphylococcus

INTOXICAÇÕES ALIMENTARES

ESPINHAS E FORMAÇÃO DE ABCESSOS CUTÂNEOS

(foliculite, carbúnculo)

DOENÇAS SISTÊMICAS COM SEPTICEMIA FATAL (hemolisinas, coagulases e toxinas extracelulares)

BACTEREMIAS (INFECÇÕES VIAS URINÁRIAS E RESPIRATÓRIAS, ENDOCARDITE, MENINGITE) –

disseminação pela corrente sanguínea a

partir de infecção cutânea)

Patogenicidade dos Staphylococcus

BACTÉRIAS OPORTUNISTAS

Desenvolvem rápida resistência no corpo do hospedeiro

Resistência a vários antibióticos a 37°C

Dependentes da produção de -lactamase: resistência à tetraciclina, eritromicina, aminoglicosídeos

Alguns antibióticos (nafcilina, noticilina, oxacilina, meticilina, dicloroxacilina) não dependem da produção da -lactamase; 30-50% spp de Staphylococcus são resistentes

Resistência do S. aureus:

1944 – Introdução da penicilinapenicilina no tratamento de infecções;

1960 – Introdução da meticilinameticilina (penicilase resistente);

1988 – resistência à meticilinameticilina

1996 – casos de resistência à vancomicinavancomicina no Japão;

1998 – mortes em NY por infecção de S. aureus

VANCOMICINA – único antibiótico eficiente para cepas meticilina -resitentes

Resistência conferida por genes extra-cromossômicos;

Mutação nos cromossomos;

Adição de material genético por transposons;

1993 – Enterococcus possuem genes plasmidiais responsáveis pela resistência à vancomicina (tranferência p/ Staphylococcus)(PLP) – perfil de proteína de ligação à penicilina;

(R) cepas meticilina –resistentes

(S) Cepas sensíveis à meticilina

Conjugação, Transformação, Transdução

Por que a resistência acontece?

Uso prolongado de vancomicina

Aumento da utilização de antibióticos na agricultura, desenvolvendo cepas resistentes

Uso inadequado de vancomicina e glocipeptídeo (overdoses)

Falha no diagnóstico e utilização de antibióticos errados

Estruturas Antigênicas dos Staphylococcus

PAREDE CELULAR

Camada espessa de Peptidoglicanos com ligações cruzadas

Indução da produção de INTERLEUCINAS em monócitos Ativação da produção a

atuação de linfócitos polinucleados

ÁCIDO TEICÓICO

Ligado à camada de peptideoglicano

Responsável pela fixação da bactéria nas mucosas (intestino, boca, órgãos) – estimulação de respostas humorais específicas (Igs-imunoglobulinas)

PROTEÍNA “A”

Liga-se ao IgG que se combina com o antígeno específico

Proteção contra a eliminação de Staphylococcus no sistema linfático

A maioria dos S.aureus apresentam a Proteína A

CÁPSULA (S. aureus)

Inibe a fagocitose da bactéria pelos leucócitos

Facilita a aderência da bactéria em enxertos, prótese, catéteres, válvulas e demais materiais cirúrgicos

ENZIMAS

Catalase: transforma peróxido de hidrogênio em água gás oxigênioCoagulase: desvia a reação de coagulação sanguínea (fibrinogênio se transforma em fibrina insolúvel – depósito ao redor das células bacterianas)

Hialuronidase: facilita a disseminação dos estáfilos nos tecidos humanos;

Estafiloquinases (fibrinolisinas);

Lipases: garante a sobrevivência dos estáfilos nas regiões sebáceas e também na invasão de tecidos cutâneos e sub-cutâneos;-lactamase: resistência á várias penicilinas pela hidrólise do anel -lactâmico

- a produção desta enzima é controlada por genes plasmidiais

TOXINAS (lisam eritrócitos, causam necrose, letais aos animais)

Staphylococcus

Exotoxinas/Enterotoxinas

Proteína A

Cápsula

Carotenóide/catalase

Invasinas

Leucocidinas/hemolisinas

Receptor de alfa-toxina

Membrana celular

Staphylococcus aureus

Produção de Coagulase

Produção de Toxinas Citolíticas (Hemolisinas)

Alfa-toxina (): desorganiza a musculatura lisa, causando lesões teciduais e sub-cutâneas;

Formação de poros

Eliminação de Ca+

Delta-toxina () : rompimento de membrana através da ação -detergente;

Gama-toxina (): modo de ação não definido, sendo relacionada com a lise de eritrócitos;

Beta-toxina (): formação de abscessos, destruição tecidual junto com alfa-toxina;

Produção de Leucocidinas: possui papel não definido na multiplicação da bactéria e na sua resistência à fagocitose pelo sistema de defesa;

Fagocitose de bactéria por células de defesa

Toxinas do Choque Tóxico (Síndrome do Choque Tóxico)

Austrália (1928) – morte de crianças por vacinas contaminadas com S.aureus;

1980: mulheres apresentaram o choque tóxico no período menstrual, devido o uso de tampões absorventes;

Cepas podem se multiplicar na vagina ou em uma ferida (febre, disfunção do sistema respiratório, urinário, hepático, intestinal e descamações de mãos e pés

Infecção fatal com comprometimento cutâneo

Toxinas Esfoliativa (Síndrome da Pele Escaldada Estafilocócica)

Bolhas e vesículas cutâneas, descamação do epitélio (regeneração entre 7-10 dias)

1878 – Dermatite Esfoliativa Bolhosa (em bebês): vermelhidão e inflamação ao redor da boca;

Bactérias não são encontradas nas bolhas, e sim a toxina

Baixa taxa de mortalidade por infecções secundárias devido a pele desnuda.

O impetigo bolhoso é uma forma localizada da Síndrome da Pele Escaldada Estafilocócica

Enterotoxinas estafilocócicas (tipos A, B, C1-3, D, E, H)

Endotoxinas termoresistentes (100°C por 30 minutos);

Ativam o peristaltismo intestinal, causando cólicas e vômitos;

Intoxicação alimentar: 105 UFC/g de alimento;

Sintomas aparecem quando 25 g de toxina é ingerida – ciclo rápido.

São solúveis e resistentes à ação da pepsina, tripsina e quimotripsina;

Proteínas simples (cadeias peptídicas únicas): 26-29kDa

Resumo das principais doenças causadas por Staphylococcus e suas formas de contágio

Legenda:

4+ (alto grau de contágio)

3+ (considerado grau de contágio)

2+ (moderado grau de contágio)

1+ (baixo grau de contágio)

Diagnóstico Laboratorial

Amostragem de material coletado com “Swab” (pus, sangue, espirado traqueal, vagina): cultivo em manitol salgado (7,5 – 15% NaCl)

Esfregaço e Coloração de Gram

Crescimento de cultura em Ágar-sangue (18 hs a 37°C) – hemólise e produção de pigmentos;

Meios diferenciais:

S. Aureus – colônias crescidas em ágar-sangue;

S. Haemolyticus – colônias azuis;

S. Epidermidis – colônias brancas menores;

S. Warneri – colônias brancas mais largas.Columbia Ágar

Testes bioquímicos (fermentação manitol e atividade enzimáticas)

Teste de sensibilidade à antibióticos - Antibiograma

Sorologia: detecção do anticorpo contra o ácido teicóico

Análise de Ácidos Nuclélicos, DNA, RNA, Plasmídeos, fagotipagem (suceptibilidade a bacteriófagos)

Tratamento

Vancomicina endovenosa;

Novas drogas projetadas com estruturas diferentes, modelando novos sítios de ligação para as cepas meticilina e vancomicina- resistentes

Vacina para Staphylococcus (polissacarídeo de cápsula): age na bactéria antes da liberação de toxinas pelo corpo

-diferente dos antibióticos (agem na bactéria após produção da toxina e da ocorrência dos sintomas)

Outro tipo de vacina (anti-RNAIII):

- RAP (RNAIII-activating protein) - ativa RNA III que regula a expressão do gene codificador da toxina no Staphylococcus;

- RIP (RNAIII-inhibiting protein) - inibe a transcrição, bloqueando a atividade do RAP em ativar o RNA III

Ratos de laboratório: desenvolvimento de anticorpos para RAP, prevenindo a produção desta enzima pela bactéria – ausência de toxina

Proteína ativadora da RNA III

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