Dra. Carla Tadei

Preview:

Citation preview

MICROBIOMA AO LONGO DA VIDA, MODULAÇÃO

DE PROBIÓTICOS E EFEITOS NA SAÚDE

PROFA. DRA. CARLA TADDEI – FCF/USP

MICROBIOTA INTESTINAL HUMANA

O TGI possui uma microbiota residente

Convive harmonicamente com o hospedeiro

A estabilidade é mantida por interações bactéria-bactéria e bactéria-

hospedeiro

Torna-se patogênica quando o ecossistema é perturbado

Infecções intestinais, uso de antibióticos e imunossupressores

População microbiana: 1011 a 1012 UFC/mL de conteúdo intestinal

MICROBIOTA INTESTINAL HUMANA

Funções:

Proteger o hospedeiro contra bactérias patogênicas

Competição por sítios de adesão, produção de substâncias antimicrobianas, competição

por nutrientes

Modulação imunológica

Efeito estimulante no desenvolvimento do sistema imunológico e da tolerância

imunológica

Intestino – maior órgão imunológico – 40mg/kg/dia – 80% cél. produtoras

Nutrição e metabolismo

Síntese de vitamina K, atividade enzimática, fermentação de carboidratos

Interfere no pH do intestino e na motilidade

favorecendo a absorção de íons e água

MICROBIOMA E PARTO

A microbiota intestinal humana começa a ser estabelecida ao nascimento

No interior do útero o trato gastrointestinal (TGI) do feto é estéril????

Parto cesáreo x parto normal

PARTO - DOMINGUEZ-BELLO e col. 2010 E 2016

MICROBIOTA NOS PRIMEIROS 1000

DIAS DE VIDA

- Gestação: microbiota materna

- Antibióticos na Gestação

- Parto

- Estímulos ambientais

- Genótipo da criança

- Maturidade da Microbiota – 2 anos de vida – 1000

dias

- Maturidade??????

MICROBIOTA INTESTINAL HUMANA

Fatores interferentes no processo de estabelecimento da microbiota

Fatores internos

Peristaltismo, ácidos biliares, pH intestinal, resposta imune

Fatores externos

Composição da microbiota materna

Forma de nascimento

Alimentação

- Fator Bifido - methyl-N-acetyl D-glucosamine no leite materno.

Ambiente

PAPEL DO LEITE MATERNO NA MICROBIOTA INTESTINAL

Fonte de carboidratos

Proteínas

Gordura

Anticorpos

Bactérias – origem?

Resiliência da microbiota intestinal

do bebe

Dice (Tol 1.0%-1.0%) (H>0.0% S>0.0%) [0.0%-100.0%]

DGGE

100

90

80

70

60

50

40

DGGE

13.8 (6 meses)

13.9 (7 meses)

13.12 (10 meses)

13.13 (11 meses)

13.10 (8 meses)

13.11 (9 meses)

13.2 (7 dias)

13.15 (1 ano)

13.16 (1 ano e 4 meses)

Dice (Tol 1.0%-1.0%) (H>0.0% S>0.0%) [0.0%-100.0%]

DGGE

10

0

80

60

40

DGGE

14.11 (9 meses)

14.14 (1 ano)

14.10 (8 meses)

14.12 (10 meses)

14.5 (3 meses)

14.8 (6 meses)

14.7 (5 meses)

14.9 (7 meses)

14.2 (7dias)

14.3 (1mês)

14.1 (48 horas)

14.13 ( 11 meses)

Dice (Tol 1.0%-1.0%) (H>0.0% S>0.0%) [0.0%-100.0%]

DGGE

10

0

90

80

70

60

50

40

30

20

DGGE

17.2 (7 dias)

17.7 (5 meses)

17.12 (1 ano e 1 mês)

17.14 (1 ano e 3 meses)

17.11 (10 meses)

17.12 (11 meses)

17.10 (9 meses)

17.3 (1 mês)

17.8 (6 meses)

17.9 (7 meses)

A

B

C

Dice (Tol 1.0%-1.0%) (H>0.0% S>0.0%) [0.0%-100.0%]

DGGE

100

80

60

40

20

DGGE

15.10 (7 meses)

15.17 (1 ano e 3 meses)

15.11 (8 meses)

15.16 (1 ano)

15.12 (9 meses)

15.3 (1 mês)

15.7A (5 meses)

15.7B (5 meses)

15.8 (5 meses)

15.4 (2 meses)

15.1 (48 horas)

15.2 (7 dias)

Dice (Tol 1.0%-1.0%) (H>0.0% S>0.0%) [0.0%-100.0%]

DGGE

10

0

90

80

70

60

50

40

30

DGGE

02.13 (10 meses)

02.14 (11 meses)

02.6 (4 meses)

02.9 (6 meses)

02.15 (1 ano)

02.A (48 horas)

02.B (48 horas)

02.16 (1 ano e 1 mês)

02.2 (7 dias)

02.3 (1 mês)

MICROBIOTA INTRA-ÚTERO

DESMAME E INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS SÓLIDOS

DISCUSSÃO- SUCESSÃO MICROBIANA DESCRITA

Anaeróbios facultativos

E. coli Streptococcus

Anaeróbios

Bifidobacterium

E. coliBifidobacterium Lactobacillus Bacteroides Prevotella

OXIGÊNIO

1o

dia

10 d

ias 1

mês

Produção de AGCC

UMA JANELA PARA INTERVENÇÕES

NASCIMENTO 3 6 1

22

4

1

8IDADE

(MESES)

13

Sistema imune moldável

12(MESES)

14

TH2 > TH1 Doença atópica

Rela

ção

TH

1:T

H2

TH1>TH2 Doença auto-imune

? TH2 = TH1 Saúde

Janela para regulação imune

Ambiente contaminado

Elevada higiene ambiental

Regulação TH

Desequilíbrio TH

Baixa prevalência de

atopia e doenças auto-imunes

Elevada prevalência de

atopia e doenças auto-imunes

Teoria da higiene

SI reage a antígenos ambientais

Studies on the indigenous gastrointestinal flora ofGuatemalan children. Leonardo Mata et al, Guatemala,

1971“A vila tem características típicas de áreas pré-industriais rurais como baixo nível educacional, baixa renda per capta, alto índice de natalidade, condições sanitárias do ambiente deficientes, escassez de água e alimentação deficiente.”

“Num ecossistema tão pobre, o recém-nascido é rapidamente exposto a colonização microbiana...”

2º dia de vida: ~100% colonizados por E. coli;

1/3 colonizados por bifidobactérias que se tornaram predominantes;

não descreveu a ocorrência de Staphylococcus.

Reduced enterobacterial and increased Staphylococcalcolonization on the infantile bowel: an effect of hygienic

lifestyle? Adlerberth I et al, 2006

Colonização por bactérias anaeróbias facultativas:

3º dia:•Staphylococcus ~ 99%.• E. coli – 18%

30º dia:•Staphylococcus ~ 95% • E coli - 58%

Passado:

Enterobactériascolonizadores

iniciais

Práticas rigorosasde higiene

Redução de enterobactérias

ABUNDÂNCIA RELATIVACrianças saudáveis em São Paulo

- Alta abundância de Escehrichia coli

- Ausência de Bifidobacterium

- Aumento da diversidade

QUANTIFICAÇÃO DE BACTÉRIAS ANAERÓBIAS POR PCR EM TEMPO REAL

CRIANÇAS E MICROBIOTA

MICROBIOMA

ADULTO

ENTEROTIPOS

DISBIOSE

Figure 1. Sketch of the development of the microbiota from the first inoculum as an infant through continued change, modified by

diet, genetics and the environment, throughout life.

Maria Gloria Dominguez-Bello, Martin J. Blaser, Ruth E. Ley, Rob Knight

Development of the Human Gastrointestinal Microbiota and Insights From High-Throughput Sequencing

Gastroenterology, Volume 140, Issue 6, 2011, 1713–1719

Carla Taddei

crtaddei@usp.br

OBRIGADA!!

Recommended