E XAMES LABORATORIAIS NO PERÍODO GESTACIONAL IGOR MENDES TALYTA MOTA PROJETO ENFERMAGEM NA...

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EXAMES LABORATORIAIS NO

PERÍODO GESTACIONAL

IGOR MENDESTALYTA MOTA

PROJETO ENFERMAGEM NA PROMOÇÃO DA SAÚDE MATERNA

PROGRAMA DE HUMANIZAÇÃO NO PRÉ-NATAL E NASCIMENTO: ACOMPANHAMENTO PRÉ-NATAL

Grupo sangüíneo e fator Rh (quando não realizado anteriormente); Hemoglobina e Hematócrito (Hb/Ht); Glicemia de jejum; Urina tipo I; Sorologia para sífilis (VDRL); Teste anti-HIV; Sorologia para hepatite B (HBsAg); Sorologia para toxoplasmose; Colpocitologia oncótica.

Liana
Apresentar os exames nessa mesma ordem.

SISTEMA ABO Material analisado: sangue;

Objetivo: identificar tipo sanguíneo;

Tipos sanguíneos:

SISTEMA ABO

FATOR RH

FATOR SANGUÍNEO

ANTÍGENO ANTICORPO

Rh (+) Antígeno D -

Rh (-) - Anti-D

O fator Rh é um dos dois grupos de antígenos eritrocitários de importância clínica, envolvido nas reações transfusionais hemolíticas e na Doença Hemolítica do Recém-Nascido (DHRN ou Eritroblastose fetal). Sua determinação juntamente com a dos antígenos pertencentes ao sistema ABO, no procedimento laboratorial denominado Tipagem sanguínea (ABO e Rh) --- ou simplesmente tipagem sanguínea -- é obrigatória antes de qualquer transfusão sangüínea.

FATOR RH Interpretação dos Resultados:

- Mulher Rh positivo: Escrever no cartão o resultado;Informar à gestante sobre seu tipo sangüíneo;- Mulher Rh negativo: Parceiro com fator Rh positivo e/ou desconhecido: solicitar teste de Coombs indireto. Coombs negativo: repeti-lo em torno da 30ª semana. Coombs positivo: pré-natal de alto risco.

TESTE DE COOMBS

Material analisado: sangue;

Teste de Coombs direto ou teste de antiglobulina direto (TAD): consiste em detectar a presença de IgG ligados às hemácias de um indivíduo.

Teste de Coombs indireto ou teste de antiglobulina indireto (TAI): consiste em associar hemácias padrão Rh+ e soro (do paciente) e então adicionar o reagente de Coombs (anticorpo de coelho anti-Ig humana).

TESTE DE COOMBS DIRETOS

Uma amostra de sangue contendo hemácia com anticorpos ligados (auto ou alo-anticorpos) é incubada com a anti-globulina humana (Soro de Coombs), após uma incubação de 10 minutos a 37º C seguida de lavagem, observa-se a ocorrência de aglutinação (reação positiva).

TESTE DE COOMBS INDIRETO

Uma amostra de sangue contendo anticorpos anti-antígenos eritrocitários é incubada com hemácias-padrão, após uma incubação de 10 minutos a 37º C seguida de lavagem, adiciona-se a anti-globulina humana (Soro de Coombs), após nova incubação de 10 minutos a 37º C e lavagem, observa-se a ocorrência de aglutinação (reação positiva).

TESTE DE COOMBS Indicações:

Solicitar Coombs Indireto se: gestante Rh negativo e parceiro com fator Rh positivo e/ou desconhecido:

Interpretação dos resultados:Positivo: mãe já está sensibilizada. Acompanhar a gestação detalhadamente e, caso o feto apresente algum tipo de sofrimento deve-se realizar transfusão sanguínea intra-uterina ou outro procedimento.Negativo: deve-se administrar imunoglobulina anti-D na gestante na 28ª semana de gestação, e até 72 horas após o parto ou um aborto.

HEMOGLOBINAMaterial analisado: sangue;

Objetivo: detectar a existência de infecções e anemia;

Período de realização: primeira consulta e 30ª semana;- Poderá ser repetido outras vezes, conforme necessidade.

HEMOGLOBINA E HAMATÓCRITO Interpretação dos Resultados:

- Hemoglobina ≥11 g/dl: ausência de anemia.40 mg/dia de ferro elementar e 5 mg de ácido fólico, a partir da 20ª semana.

- Hemoglobina < 8 g/dl: anemia grave. - Pré-Natal de Alto Risco.

HEMOGLOBINA E HAMATÓCRITO

- Hemoglobina < 11 g/dl e > 8 g/dl: anemia leve a moderada.Solicitar parasitológico de fezes;Sulfato ferroso em dose de tratamento de anemia ferropriva (120 a 240 mg de ferro elementar/dia).

Repetir o exame em 60 dias. Se os níveis estiverem subindo, manter o tratamento até a hemoglobina atingir 11 g/dl;Se os níveis permanecerem estacionários ou em queda, referir a gestante ao pré-natal de alto risco.

SUMARIO DE URINAMaterial Analisado: Urina

Objetivo: Detectar uma possível infecção urinária. Se não for tratada, pode desencadear anemia, ruptura prematura da bolsa amniótica e parto prematuro.

Período de realização: Se faz praticamente durante toda a gravidez, em intervalos de um a dois meses. E sempre que houver queixas como ardor ao urinar acompanhado ou não de febre.

URINA TIPO I

Valorizar a presença dos seguintes componentes

Proteínas “Traços”: sem sinais clínicos de pré-eclâmpsia (hipertensão,

ganho de peso) – repetir em 15 dias.

“Positivo” na presença de hipertensão – pré-eclâmpsia leve. Orientar repouso e controle de movimentos fetais, alertar para a presença de sinais clínicos, se possível solicitar proteinúria em urina de 24 horas e agendar retorno em, no máximo, sete dias.

“Maciça” referir imediatamente ao pré-natal de alto risco.

URINA TIPO I

Bactérias / leucócitos / piócitos sem sinais clínicos de infecção do trato urinário: deve-se solicitar urocultura com antibiograma e agendar retorno mais precoce que o habitual para resultado do exame.

Hemácias se associadas à bacteriúria: proceder da mesma forma que o anterior. Se hematúria isolada, excluir sangramento genital e referir para consulta especializada.

Cilindros: referir ao pré-natal de alto risco.

GLICEMIA DE JEJUM

Material Analisado: Sangue

Objetivo: analisar a possibilidade de diabetes mellitus gestacional

(DMG), independentemente da presença de fatores de risco. Se a gestante está no primeiro trimestre, a glicemia de jejum auxilia a detectar alterações prévias da tolerância à glicose.

Período de Realização: A dosagem da glicemia de jejum é o primeiro teste para avaliação do estado glicêmico da gestante. O exame deve ser solicitado a todas as gestantes na primeira consulta do pré-natal.

ANTI - HIVo Material analisado: sangue;

o Objetivo: detectar o vírus do HIV

o É solicitado na 1ª consulta de pré-natal e dependendo da gestante repetido após 3 meses

ANTI - HIV ELISA

Western-Blot (caso ELISA positivo)

Positivo: a gestante terá indicação do uso do AZT a partir da 14º semana para redução do risco de transmissão vertical devendo ser encaminhada para unidade de referência para acompanhamento

VDRL

Material analisado: sangue;

Objetivo: detectar sífilis, não-treponêmico, pois utiliza, como antígeno, não o treponema, mas um lipídio: a cardiolipina.

Deve ser solicitado na 1ª consulta de pré-natal

Pode ocorrer falsos VDRLs positivos

o Caso o VDRL seja positivo usa-se o FTA ABS para confirmar

• VDRL + (títulos baixos) / FTA ABS - >> não é sífilis;VDRL + (qualquer titulação) / FTA ABS + >> sífilis;VDRL - / FTA ABS + >> sífilis: "cicatriz sorológica" (sífilis tratada) ou infecção antiga, sem tratamento

o Em caso de diagnosticado, o tratamento de sífilis é feito com penicilina benzatina

VDRL

SOROLOGIA PARA RUBÉOLA Material analisado: sangue;

Objetivo: detectar IgG e IgM específicos

Pode ser solicitada na 1ª consulta de pré-natal

Nem sempre é possível realizá-la pelo seu alto custo e por a rubéola causar imunidade em que já teve

SOROLOGIA PARA RUBÉOLA• IgG ( + ) e IgM ( - ) : Imune• IgG ( - ) e IgM ( +) : pré-natal de alto risco –

Infecção Aguda• IgG ( + ) e IgM ( +) : pré-natal de alto risco -

Infecção Aguda• IgG ( - ) e IgM ( -) : realizar imunização no

puerpério

o Não existe tratamento

SOROLOGIA PARA TOXOPLASMOSE Material analisado: sangue;

Objetivo: detectar IgG e IgM específicos

Realizado na 1ª consulta de pré- natal

Exames sorológicos: Sabin-Feldman, fixação do complemento, aglutinação direta, hemaglutinação passiva, imunofluorescência indireta, ELISA, ISAGA, immunoblot, antibody capture agglutination assay e polimerase chain reaction (PCR).

• IgG (+) IgM (-) = infecção crônica / imunidade

• IgG (+) IgM (+) = infecção recente ou aguda

• IgG (-) IgM (+) = infecção aguda• IgG (-) IgM (-) = susceptível (repetir a cada

3 meses)

SOROLOGIA PARA TOXOPLASMOSE

Pacientes que iniciam o pré-natal IgG positivas e IgM negativas são consideradas imunes e sem riscos de toxoplasmose congênita. A exceção é feita para pacientes HIV-positivas ou imunocomprometidas que podem apresentar reativação da doença crônica

Após o diagnóstico da infecção aguda materna, independentemente da idade gestacional, deve-se iniciar espiramicina (Rovamicina®) 3g/dia, divididos em 3 tomadas diárias, que devem ser mantidas até a pesquisa da infecção fetal

SOROLOGIA PARA TOXOPLASMOSE

SOROLOGIA PARA HEPATITE B

Material analisado: sangue;

Objetivo: rastreamento por HbsAg ou IgM anti-HBc

Realizado na 1ª consulta de pré- natal

SOROLOGIA PARA HEPATITE B Quando o HbsAg é (+) o diagnóstico é

positivo, iniciando um pré-natal de alto risco e a gestante devera ser acompanhada por um médico hepatologista

Quando a mãe é portadora do vírus da hepatite B, a criança é vacinada à nascença, podendo depois ser alimentada com o leite materno

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