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Diario do Alentejo
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SEXTA-FEIRA, 12 OUTUBRO 2012 | Diretor: Paulo BarrigaAno LXXXI, N.o 1590 (II Série) | Preço: € 0,90
O desemprego é o maior problema do Alentejo e do País
Carlos Moedas, secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro, em entrevista ao “DA”
Entrevista nas págs. 6, 7 e 8
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Beja, três anos depoisPS faz balanço positivoCDU acusa executivo de cruzar os braços
pág. 10
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Esta edição do “DA” é dedicada
ao Ano Luso-Brasileiro. Fomos
até São Miguel do Pinheiro,
Mértola, à descoberta das origens
de António Raposo Tavares, o
Bandeirante. E andámos por
Beja à conversa com cidadãos
brasileiros que escolheram o
Alentejo para se fi xarem. Uns por
necessidade. Outros por opção de
vida. Reportagens nas págs. 4/5 e 16/17
Os trilhos do Brasil no Alentejo
PCP propõe “visita urgente” ao IP8Bernardino Soares, líder da bancada comunista, anunciou no fi nal das Jornadas Parlamentares do PCP que vai propor à Comissão de Obras Públicas uma visita urgente ao IP8. pág. 9
RTS continua com ordenados em atrasoO empresa mãe dos investimentos de João Paulo Ramôa pagou esta semana parte dos ordenados em atraso, mas continua com dívidas aos seus traba-lhadores. pág. 11
Alojamento para estudantes em altaApesar da crise e da diminuição do número de alunos, os senhorios de Beja mantêm os preços dos alojamen-tos em alta. Um quarto pode custar entre 110 e 175 euros. pág. 12
Uma mulher entre homens na arbitragemMaria Sousa tem 23 anos. É natural de São Matias, Beja. E chegou esta época ao quadro nacional de arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol. pág. 20
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012 Editorial
AldeiasPaulo Barriga
Há já largos meses que o “Diário do Alentejo” se aventurou numa verda-
deira demanda pelas aldeias da região. Avançámos com o propó-sito primeiro de assinalar o Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre Gerações, que este ano se celebra. Ainda esta semana proporcionamos aos nos-sos leitores uma visita a São Miguel do Pinheiro, Mértola. A terra onde nasceu e foi batizado António Raposo Tavares. O Bandeirante. E o que fomos nós lá encontrar? Precisamente o mesmo que des-cobrimos um pouco por todas os pequenos povoados rurais do Alentejo: uma população envelhe-cida, entregue ao seu próprio des-tino, abandonada, sem grandes perspetivas futuras. Em Lisboa – ou mesmo em Beja – não será difícil descobrir quem olhe para estes pe-quenos aglomerados de casas obs-tinadamente tisnadas de branco e diga: “isto sim é qualidade de vida”. Mas essa é uma perigosa e saloia visão do território, da coesão ter-ritorial. Na qual o pitoresco se so-brepõe à mingua, o folclórico apaga os problemas reais das pessoas e o cante dos passarinhos emudece o desespero. A não ser que “quali-dade de vida”, para a gente das ci-dades, queira dizer isolamento, solidão, desemprego, falta de assis-tência médica, de apoio social, de uma palavra de ânimo, tão apenas. A grande riqueza do Alentejo são as pessoas. A grande riqueza das aldeias são as pessoas que as habi-tam. Os verdadeiros guardiões do campo são as pessoas que habitam as aldeias. E quando estas, as pes-soas, estão física, emocional, social e economicamente moribundas, é o Alentejo que está agonizante, são as aldeias e os campos que fene-cem. E é contra essa morte anun-ciada, contra esse fatalismo, contra essa suposta irreversibilidade que o “DA” irá prosseguir a sua vereda de aldeia em aldeia. Todas as sema-nas. Escutando as pessoas. As suas queixas e aspirações. Os seus so-nhos e desaires. A sua maneira de viver e de ver o mundo. Seja em São Miguel do Pinheiro, em Sobral da Adiça, na Zambujeira do Mar ou em Baleizão. Onde ainda esta se-mana assaltaram a escola primá-ria. E de onde levaram leite e iogur-tes. Apenas isso. Esses malandros que não sabem dar valor à quali-dade de vida.
“O trabalho desenvolvido pela maioria PS tem demonstrado, ano após ano, que as promessas eleitorais não passaram de vãs expetativas e, sucessivamente, tem-se assistido a práticas contrárias. [Jorge Pulido Valente] é um mestre na arte da culpabilização” e “tende, frequentemente, a escamotear as suas responsabilidades e a procurar atribuir aos outros a responsabilidade dos seus fracassos”
Vítor Picado, vereador da CDU
Lenice Santos,
42 anos, desempregadaÉ uma medida errada. A crise já é enorme e este aumento vai contribuir para que Portugal se afunde ainda mais. Quem ainda tem trabalho arrisca-se a ficar sem ele. E quem está de-sempregado não tem hipóte-ses de alterar a situação. As di-ficuldades são muitas. Depois de oito anos em Portugal te-nho de regressar ao Brasil.
Vanda Machado,
45 anos, engenheira geógrafaÉ excessivo. A consequên-cia será a diminuição do po-der de compra. E as empre-sas vão perder competividade. Vão reduzir-se postos de tra-balho e o desemprego irá au-mentar. Eu até concordo com uma reestruturação da admi-nistração pública, mas não desta forma. Falta sentido mo-ral aos governantes para dar o exemplo. Espontaneamente, sem ser por legislação.
Barbara Peste,
51 anos, agricultoraEste aumento de impostos vai traduzir-se em fome. No pas-sado não devíamos ter usufru-ído de muitas coisas. Agora va-mos ter que as pagar todas de uma só vez. E dói sempre aos mesmos, a classe média e baixa. Aos grandes ninguém lhes toca. E os políticos são todos uns gatunos. Da esquerda à di-reita não se aproveita nenhum.
Paulo Maria,
35 anos, advogado comercialEste aumento levará a uma di-minuição do consumo, à estag-nação da economia. Trabalho com vendas e as notícias que têm surgido impedem os ne-gócios. Julgo que este esforço adicional não trará quais-quer benefícios ao País. Ao im-pedir a evolução económica, conduzirá ao efeito de andar-mos de austeridade em auste-ridade. Permanentemente.
Voz do povo O que pensa deste novo aumento de impostos? Inquérito de José Serrano
Vice-versaO executivo do PS [na Câmara de Beja] faz um balanço “muito positivo” dos três anos de mandato, “apesar de todas as contrariedades e de todos os obstáculos” por parte do Governo e da oposição municipal da CDU, que “adotou uma estratégia de terra queimada, não ajudando a resolver, mas sim procurando criar novos problemas”.
Jorge Pulido Valente, presidente da Câmara de Beja
Fotonotícia Grão a grão... São poucos os habitantes de Vila Azedo, mas quando toca a comer grão o panorama muda
de figura. É caso para dizer: grão a grão enche-se a terra de gente. E a culpa, essa, é de um festival gastronómico dedicado à legumi-
nosa. Já é a quinta vez que população e forasteiros se juntam à mesma mesa. O almoço? “Grão com todos”. E foram muitos os que,
entre garfadas e danças, fizeram a festa. Sim, porque aqui, para além de se degustar um dos produtos da terra, brinda-se ao que de
melhor a terra tem e com muita animação, com várias atividades, para que agradem a pequenos e graúdos. Uma festa. Em honra do
grão, claro. BS Foto de José Ferrolho
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012Rede social
Beja assinalou o Dia Mundial do
Animal com um conjunto de iniciativas
da responsabilidade de várias entida-
des privadas e públicas. O que é que se
pretendeu com esta comemoração?
Tentámos reunir as forças vivas da ci-dade que trabalham para o bem-estar animal. O objetivo foi o de organizar uma série de atividades que pudessem proporcionar momentos de convívio e divertimento tanto aos animais como aos seus donos. Participaram também no evento os animais que esperam ser adotados no canil do Cantinho (mui-tos deles há anos) e que foram passe-ados por muitos voluntários e tam-bém por um grupo muito especial dos Escoteiros de Beja. Podemos consi-derar a iniciativa um verdadeiro su-cesso, tanto ao nível do número de par-ticipantes, como pelo ambiente de festa que se sentiu no parque. Foi muito re-compensador poder proporcionar a tantos animais a oportunidade de pas-searem numa tarde de sol, rodeados de afeto e mimos. Continuaremos certa-mente a organizar mais atividades em torno desta temática. A região tem vindo a assistir, à seme-
lhança de outras zonas do País, a um
aumento de animais abandonados
devido ao agravamento das condi-
ções económicas das famílias?
O problema do abandono sempre exis-tiu e é nossa convicção que as con-dições económicas são apenas mais um dos fatores que podem conduzir à decisão de abandonar um animal. Preferimos centrar-nos nas causas de abandono que podemos minimizar, aconselhando pessoas que pensam ter um animal de companhia sobre quais são as espécies e raças mais adequadas ao seu estilo de vida e personalidade. Acreditamos que se conseguirmos este “casamento perfeito” entre animal e proprietário, quem opta, no final, por levar um animal para casa tem menos probabilidade de o abandonar. E que repercussões está a ter o contexto
de crise nos tratamentos veterinários?
Os nossos clientes sentem a crise mas também um grande amor pelos seus animais. São muito exigentes quanto ao nível de cuidados de saúde que lhes são prestados e querem, naturalmente, sempre o melhor para eles com o menor custo possível. Atualmente atendemos um maior número de casos relaciona-dos com doença clínica em detrimento dos atos de profilaxia, que têm vindo a decrescer refletindo, quanto a nós, o pa-norama económico atual. No entanto, está comprovado que a despesa asso-ciada ao tratamento de doenças é sem-pre maior do que com a sua prevenção e é essa a mensagem que passamos dia-riamente a quem nos procura. NP
3 perguntasa André Cláudio
Veterinário e um dos promotores das comemorações
do Dia do Animal em Beja
Semana passada
QUINTA-FEIRA, DIA 4
MÉRTOLA HOTEL SÃO DOMINGOS PODERÁ FECHAR
A sociedade gestora do Hotel São Domingos, na Mina de São Domingos, no concelho de Mértola, deverá avançar com um processo de insolvência, noticiou a Rádio Pax. A La Sabina, proprietária da unidade hoteleira, “pondera fechar o hotel na época baixa e abrir apenas na época alta, devido aos prejuízos”, apurou a rádio junto da Câmara Municipal de Mértola. “Em rico estão 11 funcionários”. O presidente da autarquia, Jorge Rosa, afirmou à Pax que “dispõe de poucas informações e mostra-se preocupado com os trabalhadores que deverão ficar no desemprego”.
OURIQUE APROVADOS PLANOS DE URBANIZAÇÃO DAS FREGUESIAS
A Câmara de Ourique aprovou a execução dos planos de urbanização das freguesias do concelho, que irão permitir reorganizar os perímetros urbanos das freguesias, “valorizando uma melhor e mais eficaz regeneração” dos territórios e da paisagem. “A execução dos planos de urbanização é da mais fundamental importância para uma reorganização urbanística que responda às necessidades estratégicas de coesão demográfica e territorial, constituindo um novo instrumento de reforço da competitividade”, explica o município. Segundo a autarquia, os planos “promovem ainda a facilitação dos processos de construção por parte de cidadãos, empresas e instituições até à conclusão definitiva do Plano Diretor Municipal”.
DOMINGO, DIA 7
ODEMIRA HOMEM RESGATADO POR HELICÓPTERO APÓS QUEDA EM ZONA DE ROCHAS
Um homem de 23 anos foi resgatado por um helicóptero do INEM numa praia do concelho de Odemira, após uma queda em zona de rochas, de difícil acesso, tendo sofrido ferimentos leves, disse fonte dos bombeiros. Fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Beja acrescentou à Lusa que o acidente ocorreu na praia da Amália, na freguesia de São Teotónio. A vítima, residente em Oeiras, foi transportada para o Hospital do Litoral Alentejano, em Santiago do Cacém. Estiveram envolvidos na operação de resgate, para além do helicóptero, elementos da Polícia Marítima e seis bombeiros da corporação de Odemira, apoiados por duas viaturas.
SEGUNDA-FEIRA, DIA 8
FERREIRA DO ALENTEJO HOMENAGEM AO MÉDICO ANÍBAL COELHO COSTA
Aníbal Coelho Costa, antigo deputado do PS falecido há pouco mais de um ano e conhecido como “o médico de Ferreira”, foi homenageado em Ferreira do Alentejo, através de uma cerimónia promovida pela Assembleia Municipal. A cerimónia juntou amigos e população do concelho e incluiu a atuação de um grupo coral, leitura do curriculum e passagem de um documentário alusivo ao homenageado, testemunhos e a inauguração do busto de Aníbal Coelho Costa no Jardim Público da vila. Aníbal Coelho Costa, que era pai do atual presidente da Câmara de Ferreira do Alentejo, Aníbal Reis Costa, radicou-se na vila, onde exerceu a sua atividade desde 1958, tendo-se destacado como “um grande homem, médico, político e cidadão exemplar”, explica o município. Militante do PS desde 1974, Aníbal Coelho Costa foi deputado à Assembleia da República e presidente da Assembleia Municipal de Ferreira do Alentejo e da Administração Regional de Saúde de Beja e foi distinguido com o título da Ordem da Liberdade pelo antigo Presidente da República Jorge Sampaio.
OURIQUE COLISÃO ENTRE AUTOMÓVEL E CAVALO PROVOCA FERIDO GRAVE
Um homem ficou ferido com gravidade na sequência de uma colisão entre o veículo ligeiro onde viajava e um cavalo na Estrada Nacional 383, na freguesia de Garvão, Ourique. A operação de socorro envolveu duas ambulâncias e sete elementos dos Bombeiros de Ourique, uma ambulância de Suporte Imediato de Vida (SIV) e a GNR.
03
A favor da Cercibeja, de Nuno Carvalho e de Luís BelchiorA praça de touros José Varela Crujo, em Beja, recebeu mais um festival taurino de solidariedade social promovido pela Cercibeja. Um festival que, mais do que uma festa para amantes desta arte, se assume como uma oportunidade para se apoiarem causas.
“O médico de Ferreira” foi homenageado “Um grande homem, médico, político e cidadão exemplar”. Aníbal Coelho Costa, antigo deputado do PS falecido há um ano e conhecido como “o médico de Ferreira”, foi homenageado na terra que o acolheu, numa cerimónia que juntou amigos e população.
Fotógrafos de Beja na Casa da Cultura Até ao final do mês, e numa organização da Bedeteca de Beja, a Casa da Cultura “veste-se de mil imagens” e “abre várias janelas” sobre o mundo da fotografia. Entre as mostras patentes, destaca-se a coletiva “Fotógrafos de Beja”, que reúne imagens de 37 fotógrafos.
Beja marcha contra o desemprego Foram muitos os que marcharam em vários concelhos do distrito de Beja “contra o desemprego”, numa iniciativa da CGTP/IN. O protesto chega amanhã ao fim, na capital do País, onde se juntam as duas cordas da marcha, uma vinda do Norte e outra do Sul.
Bandeirante alentejano evocado em Beja e Mértola António Raposo Tavares, o bandeirante alentejano que contribuiu de “maneira fundamental para a formação territorial do Brasil”, foi evocado em Beja e na sua terra natal, São Miguel do Pinheiro, numa altura em que se comemora o ano de Portugal no Brasil e do Brasil em Portugal.
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São Miguel do PinheiroCerca de 700 pessoas vivem na freguesia, dispersas entre 19 povoações
A terra do bandeirante desconhecido M
esmo sem fazer ideia de quem é o conterrâneo que vai ser homenage-ado lá no alto, Adélia Castilho faz-
-se à estrada, a pé, sob o sol baixo de outono. Vista de longe, é uma figura quase român-tica: de traje domingueiro, avança solitária, pelo asfalto que rasga a plantação de jovens pinheiros, resguardada por um frágil guarda--chuva. Será a primeira a chegar ao largo da igreja paroquial. E ainda terá que esperar um bom bocado até que a cerimónia se concre-tize, com o descerramento de uma placa em memória de António Raposo Tavares, ali ba-tizado nos finais do século XVI, e o mesmo que ficou imortalizado numa estátua junto à gare rodoviária da capital de distrito. Mas quem é, afinal, este homem que fez um pu-nhado de universitários brasileiros atraves-sar todo um oceano para lhe prestar tributo? Adélia, 76 anos, não sabe e quase que aposta que, em toda a freguesia, não há quem saiba. “Há dias ouvi falar sobre isso, mas não sei de nada. Vou ver”, confessa, enquanto observa o largo ainda vazio. Ao que parece, terá sido um importante bandeirante português que, no século XVII, expandiu as fronteiras brasi-leiras para além da linha de Tordesilhas acor-dada com os espanhóis. Veremos mais tarde o que desvenda a placa ainda tapada com os panos das bandeiras nacionais de Portugal e do Brasil, sobrepostas num abraço transa-tlântico.
Chegam ao cimo os primeiros carros. Entretanto, enquanto a romagem não en-grossa, fala-se tão-só de São Miguel do Pinheiro, localidade serrana do concelho de Mértola, e do que mudou com os anos. E Adélia, que sempre cuidou da casa, com uns trabalhos de costura pelo meio, não duvida que o que mudou foram as pessoas. “Há cada vez menos, vão morrendo, e os mais novos têm que se ir embora daqui para longe”. Disso fala com propriedade, porque tem as duas fi-lhas a residir no Algarve e uma delas até já passou pela Suíça e pelo Luxemburgo. O que não mudou, ou pelo menos não tanto, foi a tradição de fazer pão, numa terra cujo ex lí-bris é um moinho de vento, hoje todo recupe-rado e transformado em núcleo museológico. “Nesse tempo, todas as semanas cozíamos o pão; íamos comprar a farinha ao moinho e à fábrica. Porque houve também aqui uma fá-brica, mas já fechou há muito tempo”, lem-bra, sublinhando que o “bom pão, caseiro”, ainda é imagem de marca da freguesia.
De uma carrinha de caixa aberta saem duas mulheres que logo se abeiram do muro do cemitério. Nota-se-lhes familiaridade no gesto, o que se confirma. “Faz hoje oito dias que estive aqui no cemitério. Temos aqui fa-miliares”, explica Fernanda Filipe que, com 60 anos, é uma das mais jovens habitan-tes de Monte da Corcha, povoação a sete Romagem O povo subiu até à igreja para prestar homenagem ao conterrâneo Raposo Tavares
Descanso Num sábado de fim de semana prolongado, a tarde é para passear na aldeia
São Miguel do Pinheiro só há pouco tempo teve conhecimento da exis-
tência de um conterrâneo notável, cuja ação terá sido decisiva para a
definição das fronteiras do Brasil que conhecemos hoje. Foi aqui, nesta
freguesia serrana do concelho de Mértola, dispersa entre 19 povoações
quase sem gente e sangue novo, que António Raposo Tavares, o bandei-
rante, nasceu e foi batizado. Pouco se sabe sobre o assunto mas, em dia
de homenagem, o povo não quis faltar, acreditando que “algum benefí-
cio” isso trará à terra.
Texto Carla Ferreira Fotos José Serrano
quilómetros da sede de freguesia que hoje não terá muito mais que 20 habitantes. Um isolamento que não apoquenta Fernanda, já que nunca residiu em nenhum outro lugar. “Sinto-me bem no lugar onde nasci”, diz, or-gulhosa, não sem lamentar a decadência da atividade agrícola numa freguesia que não vivia de outra coisa. “Há uns anos atrás, a grande atividade económica era a agricul-tura. Agora isso já não existe. Quem tinha as terras plantou pinheiros, e azeitonas, tam-bém já não há quem as apanhe”.
As amigas também não conhecem Raposo Tavares mas vieram “ver o que se vai pas-sar”. Maria Luísa Costa, a residir na Cruz de Pau, no concelho do Seixal, aproveitou o fe-riado nacional para mais uma visita mensal à terra natal do marido. Em Monte da Corcha, na casa que os sogros lhes deixaram, “o meu marido vem arranjar a terra, porque temos ali umas árvores. Para o mês que vem, se ca-lhar já vimos apanhar azeitonas. Isto aqui é um sossego, sossega-nos a cabeça e apanha-mos ar puro”, conta. Mas como o roman-tismo também limites, Maria Luísa apressa--se a esclarecer que está fora de questão uma mudança de ares, a título definitivo. “É muito isolado. Passar aqui um mês, 15 dias, de vez em quando, quando estivermos reformados, tudo bem, mas vir viver para cá nem pensar”, declara.
Chega finalmente a comitiva promotora da homenagem. E descerra-se uma placa onde se descobre a real dimensão deste con-terrâneo desconhecido, nas palavras do his-toriador Jaime Cortesão: “Como Vasco da Gama em relação ao Índico, ou Fernão de Magalhães ao Pacífico, Raposo Tavares me-diu a sua grandeza por dois dos maiores pa-drões da natureza: os Andes e o Amazonas”.
Sucedem-se então os discursos, mas Francisco Vaz, 75 anos, prefere ouvi-los cá de fora, com vista para o pinhal em volta. É natural de Serranos, mais uma das 19 po-voações da freguesia, e trabalhou como po-dador de árvores, quase sempre para os “proprietários das herdades”, aqueles que ainda hoje, e apesar da crise, “vivem bem”. Trouxe-o a filha, que já há anos trabalha numa fábrica de automóveis no distrito de Setúbal, ela e o marido. Diz ele que “as pes-soas novas têm desabelhado daqui todas” e lamenta ver “tudo desprezado” nos campos. Aponta para o que em tempos foi uma horta próspera: “Trabalhava aí um casal que ti-nha 10 filhos. Criaram-se aí, trabalharam aí toda a vida. Os patrões morreram, os traba-lhadores morreram e a horta está morta”. E Raposo Tavares? Francisco Vaz pouco sabe do assunto mas quer acreditar que “algum benefício trará” à terra. Por que outro mo-tivo andaria “tanta gente envolvida nisso?”, pergunta-se.
Nesse tempo, todas as semanas cozíamos o pão; íamos comprar
a farinha ao moinho e à fábrica. Porque houve também aqui
uma fábrica, mas já fechou há muito tempo” Adélia Castilho
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Quantos são atualmente os habitantes de São
Miguel do Pinheiro?
Sei que são menos, no último Censos ficámos cá por aí abaixo. Andamos à volta de 700 pes-soas, entre 19 povoações, algumas delas até grandes, como são os casos de Alcaria Longa, Góis, Penedos, Espargosa, Diogo Martins… Desde 2001, a população deve ter baixado cerca de 30 por cento.
Ao que é que isso se deve? Ao facto de não haver trabalho. A mina da Somincor é quem ainda vai empregando al-guém e também a Câmara de Mértola. Mas é para a mina que vão as pessoas mais novas. Posso dizer-lhe que, anualmente, morrem 30 a 40 pessoas. Há anos em que nasce um ou dois, outros anos não nasce nenhum e al-gum novo que está capaz de trabalhar vai-se embora. Para todo o lado, é onde há trabalho. Eu tenho dois filhos: ela trabalha em Chaves e ele trabalha em Barcelona. Se houver traba-lho, há pessoas; e o pessoal que está fora volta com certeza para cá. Não havendo trabalho, o que é que o pessoal vem fazer para aqui? Têm as suas razões, não é porque não gostem da terra.
Historicamente é uma freguesia muito ligada
ao pão. O que é que resta dessa atividade?
São poucas mas são algumas as pessoas que estão empregadas nesse ramo. Aqui na fre-guesia, entre a sede e outras localidades, há pelo menos umas três padarias. Curiosamente não têm desaparecido; têm é vindo a cres-cer. Havia muitos moinhos. Em São Miguel há três; na Corredoura, havia mais dois e de-pois havia os moinhos de água. Havia tam-bém uma moagem de farinha, aqui na sede de freguesia, que também já desapareceu. E os moinhos praticamente não temos nenhum a funcionar. Temos um, da freguesia, que está pronto a funcionar. Foi recuperado há aí uns 16 anos e é o único que, se lhe pusermos ve-las, ele funciona. É muito visitado, sobretudo por parte das escolas do concelho. Faz parte do Ciclo do Pão.
Há aqui a funcionar, na herdade das Pereiras,
a Central Fotovoltaica de Olva. Foi impor-
tante este investimento, do ponto de vista da
criação de emprego? Não teve impacto nenhum. Estão lá um fun-cionário ou dois, mas não dá para se notar.
O que é que se sabe aqui na freguesia sobre
António Raposo Tavares, o bandeirante?
É uma coisa de que se tem vindo agora a fa-lar, porque isto não era sabido. Sabíamos da-quela estátua, em Beja; e em Beja, que é Beja, as próprias pessoas não sabem quem é. Mas depois veio a descobrir-se que ele nasceu em São Miguel e isso é o porquê de agora se es-tar a dar os primeiros passos. Vamos ver onde isto vai chegar. Hoje temos aí os nossos ami-gos brasileiros e não há muito ainda a dizer porque estamos nos primeiros passos.
Um alentejano no processode formação territorial do Brasil
Foram dois dias de homenagem, em Beja e em Mértola, as terras
de origem de António Raposo Tavares. No sábado, 6, o dia começou
com o seminário “A Formação Territorial do Brasil – O Contributo
de António Raposo Tavares” e culminou com uma romagem à
igreja paroquial de São Miguel do Pinheiro, onde o bandeirante
foi batizado. Uma cerimónia promovida pelo Departamento do
Património Histórico e Artístico (DPHA) da Diocese de Beja e pela
Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo, à qual se as-
sociaram também a Câmara de Mértola e o Instituto Histórico e
Geográfico de São Paulo, bem como a Embaixada do Brasil.
António Raposo Tavares nasceu em 1598, em São Miguel
do Pinheiro, de pais oriundos de Beja e perseguidos pela
Inquisição pela sua condição de cristãos-novos ( judeus con-
vertidos ao cristianismo), o que explica que viesse a nas-
cer na recatada localidade serrana do concelho de Mértola.
Parte para o Brasil, em 1618, com o pai, nomeado governa-
dor da capitania de São Vicente. E em 1627 comanda a sua pri-
meira bandeira (expedição militar) atingindo o Rio Grande do
Sul, de onde expulsou os jesuítas espanhóis, “que representa-
vam uma guarda-avançada do país vizinho, contrária aos por-
tugueses, apesar de se estar ainda numa monarquia dual, sob
a égide de Filipe III”, tal como explicou José António Falcão,
diretor do DPHA da Diocese de Beja. Desta ampliação de fron-
teiras resulta o que hoje são os estados brasileiros do Paraná,
Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.
Em 1647, já após a restauração da independência, Raposo Tavares
é chamado a Portugal e é-lhe confiada a missão de avançar até
aos limites do Peru, com “o pretexto oficial de buscar prata”, mas
com o verdadeiro intuito de “definir, sem despertar as descon-
fianças dos espanhóis, os interesses de Portugal na região”. Será
a sua última expedição, antes da morte em São Paulo, em 1658.
O que se recordou em Mértola, disse ainda o responsável, foi o
“papel decisivo deste bandeirante na definição das fronteiras do
Brasil” e a sua ação enquanto “símbolo das vontades indómitas
que formaram aquele que se veio a tornar, após a independência,
o maior estado-nação da América do Sul, nunca desmentindo as
suas raízes portuguesas”.
Apesar de resgatado do esquecimento nos anos 60, graças a um
estudo de Jaime Cortesão (Raposo Tavares e a Formação Territorial do
Brasil), a sua existência continua a ser praticamente desconhecida
localmente. Jorge Rosa, presidente da Câmara de Mértola, con-
fessou-o na ocasião: “Foi há bem pouco tempo que tomámos co-
nhecimento da história e vida de Raposo Tavares”. E disse ainda
esperar que o que agora se celebrou seja o “início de uma suces-
são de acontecimentos e parcerias, não só para aproximar estes
dois povos irmãos, como também para benefício desta freguesia
e para desenvolvimento da região”.
Joaquim NobrePresidente da Junta de Freguesia de São Miguel do Pinheiro
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A TSU na minha opinião teria sido uma boa medida. É complexa e foi mal compreendida,
certamente também por nossa culpa. Podia aliviar a tesouraria de muitas empresas, impedir
que algumas fechassem, estancar o crescimento do desemprego e promover o investimento
daquelas que estão numa fase de crescimento. E repare que a economia é feita de empresas”.
06
Redigiu o programa eleitoral do
PSD. Fez-se eleger deputado por
Beja na presente legislatura.
Passos Coelho chamou-o para o
governo. E entregou-lhe as ne-
gociações com a Troika. É o único
secretário de estado com as-
sento no Conselho de Ministros.
E é repetidamente apontado
para substituir o atual minis-
tro da Economia. Carlos Moedas,
natural de Beja, diz ao “Diário
do Alentejo” que tem “muito or-
gulho” em representar a terra
onde nasceu e cresceu. Mas que
está a trabalhar para Portugal
num todo e a ajudar o País a sair
da crise “de cabeça erguida”.
Sublinha que o “desemprego é o
maior problema que o País en-
frenta” e que “todos os portu-
gueses estão a ser chamados”
para contribuir. Continua a sus-
tentar que a TSU “teria sido uma
boa medida” e não esconde que
o próximo Orçamento do Estado
contempla novos aumentos de
impostos. Quanto ao Alentejo,
sublinha que as suas maiores po-
tencialidades são a agricultura e
o turismo; que a região, no caso
da A26, está a ser afetada por er-
ros do passado; e que Alqueva es-
tará concluído em 2015.
Texto Paulo Barriga
EntrevistaCarlos Moedas, secretário de Estado Adjuntodo Primeiro-Ministro, em entrevista ao “DA”
“O desemprego é o maior problema do País”
caminhar para uma economia mais susten-tável, mas isso implica menos receita de im-postos. Por outro lado, o desemprego está a surpreender pela negativa e tal tem também consequências para a arrecadação fiscal. Estes fatores explicam a revisão das metas. Mas repare que aquilo que está no controlo do governo, a despesa, tem evoluído muito bem e até acima das expectativas. Poucos governos terão reduzido tanta despesa pú-blica em tão pouco tempo. A nossa despesa primária passou de 83 mil milhões em 2010 para 70 mil milhões em 2012. Uma queda de 13 mil milhões de euros.
Considera que a proposta de aumento da
TSU para os trabalhadores foi um verda-
deiro “tiro no pé” para este governo?
Não, não posso concordar com isso. A TSU, na minha opinião, teria sido uma boa
O Governo está a falhar as metas impostas
para o défice a para a consolidação das con-
tas públicas, mesmo num ano de extrema
austeridade. Estas derrapagens surpreen-
dem-no? Onde é que o Governo falhou?
Um programa de ajustamento tem múlti-plas dimensões. Portugal não tinha ape-nas um problema de défice. Portugal foi obrigado a recorrer a ajuda externa por causa de múltiplos problemas e desequilí-brios. Endividamento excessivo, tanto pú-blico como privado, um setor financeiro sob stress, um défice externo insustentável – repare que todos os anos a diferença en-tre o que se importava e exportava era ne-gativa, de cerca de 10 por cento do PIB, au-mentando a nossa dívida externa em cerca de 17 mil milhões de euros em cada ano. Portugal estava também com uma econo-mia estagnada não só por causa destes de-sequilíbrios mas também porque sucessivos governos foram tímidos nas reformas es-truturais necessárias para promover o cres-cimento. É verdade que tivemos que rever as metas, mas isso deveu-se a menores recei-tas e não por falta de controlo da despesa. Tivemos menos receitas em parte porque o ajustamento está a ser mais rápido do que o esperado. As pessoas estão a poupar mais, o que é positivo mas afeta a receita do IVA. E as exportações estão a surpreender pela po-sitiva, o que mais uma vez é positivo mas que também afeta a receita – ao importar-mos menos carros, por exemplo, estamos a
medida. É complexa e foi mal compreen-dida, certamente também por nossa culpa. Podia aliviar a tesouraria de muitas empre-sas, impedir que algumas fechassem, estan-car o crescimento do desemprego e promo-ver o investimento daquelas que estão numa fase de crescimento. E repare que a econo-mia é feita de empresas. Não podemos ser um país próspero sem empresas saudáveis. Mas o Governo teve a humildade de com-preender que não estavam reunidas as con-dições mínimas para executar a medida. Estamos já a trabalhar noutras medidas de promoção da competitividade e de apoio às empresas. Temos, por exemplo, a grande ambição de fazer com que Portugal tenha um dos melhores ambientes de negócios da Europa mas para tal há muito trabalho pela frente: temos que ter estabilidade regulató-ria, temos que eliminar barreiras burocrá-ticas, simplificar o licenciamento e melho-rar a justiça.
O que quis dizer quando afirmou que “a
TSU tem gerado equívocos”?
Exatamente pelo que lhe acabei de dizer. Esta medida não foi bem compreendida.
O Governo a que pertence ainda tem mar-
gem de manobra para fazer subir os impos-
tos? Isso vai acontecer neste orçamento
do Estado? De que forma?
O Orçamento do Estado ainda não está fechado, mas como foi já anunciado
governos foram tímidos nas reformas es-truturais necessárias para promover o cres-cimento. É verdade que tivemos que rever as metas, mas isso deveu-se a menores recei-tas e não por falta de controlo da despesa. Tivemos menos receitas em parte porque o ajustamento está a ser mais rápido do que o esperado. As pessoas estão a poupar mais, o que é positivo mas afeta a receita do IVA. E as exportações estão a surpreender pela po-sitiva, o que mais uma vez é positivo mas que também afeta a receita – ao importar-mos menos carros, por exemplo, estamos a
rar a justiça.
O que quis dizer quando afirmou que “a
TSU tem gerado equívocos”?
Exatamente pelo que lhe acabei de dizer. Esta medida não foi bem compreendida.
O Governo a que pertence ainda tem mar-
gem de manobra para fazer subir os impos-
tos? Isso vai acontecer neste orçamento
do Estado? De que forma?
O Orçamento do Estado ainda não está fechado, mas como foi já anunciado
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pelo senhor ministro das Finanças, o OE contém subidas nos impostos. Nunca es-condemos aos portugueses que os graves problemas acumulados na economia por-tuguesa não se resolviam de um dia para o outro. Em 2010 tivemos um défice de cerca de 10 por cento. Reduzimos a despesa pri-mária em cerca de 13 Mil Milhões de Euros, que é uma redução de cerca de 16 por cento. Mas infelizmente há ainda um caminho a percorrer. Em 2013 continuará a baixar-se o défice, pelo lado da despesa mas também pelo lado da receita.
Quando Pedro Passos Coelho fala que o fu-
turo do País “depende muito da nossa von-
tade coletiva” está a insinuar que os traba-
lhadores e os pensionistas vão novamente
ser penalizados?
O que eu entendo das palavras é que todos, mas todos, os portugueses estão a ser cha-mados a contribuir para as mudanças que estão a ser feitas no país. O Governo sabe que os portugueses estão a fazer um grande esforço para que as dificuldades do país se-jam ultrapassadas. O Governo está muito consciente dos sacrifícios que pede e acre-dite que nenhum governo gosta de o fazer. Mas este é o caminho, não há outro. Por isso, é necessário um esforço coletivo em nome de uma causa comum.
Este governo é amplamente acusado de fa-
zer incidir as suas políticas de austeridade
sobre os rendimentos do trabalho e das
pensões e de deixar de fora as grandes for-
tunas e o capital. Não estará na hora de in-
verter esta marcha?
Não posso concordar com o que está a di-zer. Já está a ser exigido um esforço acres-cido aos contribuintes com rendimentos
mais elevados. Os impostos sobre os ren-dimentos de capitais e mais-valias já sofre-ram aumentos e vão continuar a aumen-tar. As empresas com maiores lucros vão ter uma tributação sobre o capital agravada. O património de elevado valor e os bens de luxo também pagam impostos mais altos. E posso dar-lhe exemplos: os proprietários de prédios urbanos de elevado valor serão su-jeitos a tributação agravada através de uma nova taxa em sede de Imposto do Selo, a que acresce um agravamento no pagamento do IMI em 2013 e os detentores de veículos li-geiros de alta cilindrada, as embarcações de recreio e as aeronaves de uso particular so-frem um novo aumento significativo.
Como encara as manifestações do dia 15
de setembro? Não teme que o Governo es-
teja refém do Programa de Ajustamento
Económico e Financeiro e que, aos olhos da
opinião pública, tenha caído em desgraça?
O PAEF é um programa nosso, é um pro-grama dos portugueses. É um programa exi-gente, com múltiplos sacrifícios, mas a al-ternativa era a insustentabilidade do Estado e a incapacidade de pagar as suas funções sociais. Quanto às manifestações entendo--as e sei as dificuldades que as pessoas estão a passar. O Governo está a fazer o seu tra-balho, mas não desconhece as dificuldades que as pessoas enfrentam. Sabe uma coisa, eu também tenho pessoas da minha família no desemprego. Não estou de forma alguma alheado dessa realidade.
A privatização da totalidade ou de parte
dos ativos da Caixa Geral de Depósitos é
inevitável?
Quando chegámos ao governo muitas pes-soas diziam que não devíamos privatizar.
Achámos que era muito importante cum-prir o programa de privatização acordado com os nossos parceiros internacionais do FMI e da União Europeia. Estamos a ser bem-sucedidos neste dossiê. É importante atrair capital e gerar atividade e como tal o Governo continuar atento a novas opor-tunidades de privatização. No entanto não foi tomada nenhuma decisão sobre a Caixa Geral de Depósitos.
A generalidade dos analistas políticos prevê
como inevitável uma profunda revisão go-
vernamental. Carlos Moedas é repetida-
mente apontado para a pasta da Economia.
Aceitará mais esse desafio, caso lhe seja
colocado?
Estou muito focado e entusiasmado no meu trabalho e na missão que me confiou o se-nhor primeiro-ministro. É uma missão de grande importância para o País e que desem-penho com grande dedicação e trabalho.
É o próprio Carlos Moedas que afirma que
“o dia tem 24 horas e a troika 25”. Ou seja,
não temos um minuto para respirar…
É verdade, não temos um minuto para respi-rar, não temos um minuto a perder. Temos muito trabalho pela frente, não tenho dú-vida disso, mas também não duvido que se o fizermos bem, dentro de algum tempo va-mos ter um país muito melhor.
Como é que encara o futuro da região que
o elegeu? Tem-lhe sobrado algum tempo
para olhar para a sua terra?
O Alentejo é uma região com um enorme potencial a nível da agricultura e também do turismo. Infelizmente vou ao Alentejo menos vezes do que gostaria porque o meu trabalho não o permite. Mas sempre que vou ganho nova energia e ainda mais von-tade de trabalhar. Numa das últimas vezes que lá fui pude ver de perto o que tem evolu-ído a nossa agricultura. Conversei com vá-rios agricultores que estão a ser muito bem--sucedidos, o que me enche de orgulho.
Que comentário lhe merece o abandono do
projeto da autoestrada entre Beja e Sines?
Acha que deve ser o interior, neste caso o
Baixo Alentejo, a pagar as dívidas que não
contraiu?
Infelizmente Portugal teve que desacelerar fortemente o investimento em obras públi-cas. Sabemos que foram feitos muitos erros no passado, erros que explicam a crise e a austeri-dade que vivemos agora. Houve um excesso de construção. É triste que certas regiões sejam agora afetadas por erros que se fizeram, por-ventura noutro domínios, mas a verdade é que todo o País está a passar por isto.
A renegociação da concessão rodoviária
do Baixo Alentejo mantém no terreno o
mesmo consórcio de obras públicas. Não
acha arriscado avançar com empresas que
já demonstraram não se encontrarem fi-
nanceiramente de saúde. Isso não pode co-
locar em causa a conclusão das obras tal
como foram renegociadas?
Não sou a pessoa indicada para me pro-nunciar em detalhe sobre esta matéria.
Quanto às manifestações entendo-as e sei as dificuldades que as pessoas estão a passar. O Governo está a fazer o seu trabalho, mas não desconhece as dificuldades que as pessoas enfrentam. Sabe uma coisa, eu também tenho pessoas da minha família no desemprego. Não estou de forma alguma alheado dessa realidade.
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Julgo saber que até à data não temos co-nhecimento de que tenha ocorrido qual-quer incumprimento material do contrato de subconcessão que justifique a adoção de medidas mais drásticas por parte da EP, en-quanto concedente. Parece-nos, assim, não existirem razões que permitam antever que este consórcio não esteja em condições de concluir as obras desta subconcessão, nos termos renegociados. Mas como referi, não sou a pessoa certa para discutir este tema.
Em tempos afirmou ao “Diário do Alentejo”
que não era o Alentejo que precisava do País,
era o País que precisava do Alentejo. Pelos
vistos é isso mesmo que parece estar a acon-
tecer mas pelos piores motivos…
O País precisa do Alentejo e precisa de todas as regiões do País. Neste caminho que esta-mos a percorrer é necessário o esforço de todos.
O Governo, depois de conhecido o relató-
rio sobre o aeroporto de Beja, tem algum
projeto para aquela infraestrutura? Existem
empresas interessadas no tal “aeroporto
empresa”?
O relatório do grupo de trabalho sobre o ae-roporto de Beja foi muito útil porque permi-tiu finalmente um consenso em torno da vo-cação daquela infraestrutura. De facto, mais do que procurar passageiros para o terminal civil, a estrutura deve estar focada em fazer parte do cluster nacional aeronáutico. Este consenso é relevante, porque se demonstrou este ano que a vertente de passageiros nunca permitiria a rentabilização dessa infraestru-tura. É importante não descurar a visão local e regional desta infraestrutura, mas deve ser olhada sobretudo como parte de um todo in-tegrante da realidade nacional. Obviamente, o Governo terá isto em consideração no âm-bito do processo de privatização da ANA que está em curso.
Pode garantir que o Governo conseguirá
financiamento para concluir o projeto
Alqueva até 2015? Como o fará?
O projeto do Alqueva é muito importante e ainda há poucos meses visitei mais uma vez o projeto. Andei nos campos, vi muitas ter-ras transformadas em campos de cultivo e conheci agricultores de sucesso, e posso di-zer-lhe que fiquei muito satisfeito com o que vi. Posso dizer-lhe que 80 por cento do inves-timento promovido pela EDIA já está con-cretizado. São cerca de 2,5 mil milhões e os 520 milhões que ainda faltam serão lança-dos durante 2012 e 2013 de forma a permitir
a conclusão do projeto até 2015.
Pode confirmar oficialmente que a ligação
ferroviária entre Beja e Casa Branca vai ser
eletrificada? Existe alguma candidatura a
fundos estruturais nesse sentido? O governo anterior chegou a fazer um despa-cho para encerrar esta linha, por considerar que tinha pouca procura e era altamente de-ficitária. O atual governo, na prática, salvou esta linha, revertendo essa decisão e man-tendo a intenção de a manter, reformulando os horários das ligações regionais e interci-dades Lisboa – Beja/Évora e oferecendo hoje um serviço melhor do que o que existia an-tes, com menores custos para a CP e para o erário público.
O Alentejo continua a liderar os índices de
desemprego no País. Como é que olha para
esta realidade? Que saídas existirão para
esta região quando o desinvestimento do
Estado é notório e a economia está pelas
ruas da amargura?
O desemprego é o maior problema que o País enfrenta. E requer respostas de curto prazo e respostas mais estruturais. Apenas tere-mos criação de emprego sustentada quando tivemos a casa em ordem, as contas públicas equilibradas e as empresas a investir. Havia muito emprego que era pouco sustentável: em obras públicas de duvidosa utilidade, em
setores protegidos da concorrência, em mer-cados alimentados por endividamento insus-tentável das famílias. Temos que caminhar para uma economia assente na livre-concor-rência, no setor exportador, na criatividade dos portugueses. O caminho não se faz de um dia para o outro mas está já a ser feito. E veja os setores tradicionais, algo relevante aqui no nosso Alentejo. Há uns anos, muitos diziam que estes setores estavam condena-dos ao desaparecimento. Mas hoje vemos que muitas empresas conseguiram dar a volta por cima, subir na cadeia de valor, exportar produtos com maior valor acrescentado. Esse é o caminho para gerar novamente emprego. O Governo, com as reformas estruturais em curso, está a contribuir para este processo. Estamos a eliminar barreiras ao crescimento da economia para que a economia possa cres-cer, para que as empresas criem mais postos de trabalho e para que dessa forma a taxa de desemprego comece a descer.
Na altura da campanha eleitoral afirmou re-
petidamente que, com a sua eleição, o Baixo
Alentejo teria alguém que o representasse a
nível nacional. Considera que esse “alguém”
continua a ser o Carlos Moedas?
Claro que sim. Sou alentejano, sou de Beja e tenho muito orgulho na minha região. Sou naturalmente um representante da região e não me esqueço disso. Mas faço parte deste governo, do governo de Portugal e, portanto, estou a trabalhar para todos os portugueses, estou a trabalhar para o País.
Enquanto membro do Governo, e bejense,
que mensagem quer deixar às pessoas que o
elegeram e aos alentejanos em geral?
Que tenho muito orgulho em representar a terra onde nasci e onde cresci. Que estou a trabalhar de forma determinada, com uma grande equipa, para que Portugal consiga sair desta crise de cabeça erguida, com me-lhores contas públicas e, portanto, com me-lhores condições de autonomia, e com uma economia mais forte e dinâmica, e, portanto, com mais oportunidades.
As perguntas desta entrevista foram enviadas a Carlos Moedas a 28 de setembro. Pelo que, neste espaço de tempo, outros assuntos da atualidade governativa se impuseram e aca-baram por não ser aqui abordados. A entre-vista foi efetuada por email. O que invalidou, necessariamente, qualquer tipo de réplica às respostas do nosso entrevistado, bem como qualquer pedido de aprofundamento dos te-mas agora focados. PB
Sou alentejano,sou de Beja e tenho muito orgulho na minha região. Sou naturalmente um representante da região e não me esqueço disso. Mas faço parte deste governo, do governode Portugal e portanto estou a trabalhar para todos os portugueses, estou a trabalhar para o País.
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Câmara de Beja promove “Semana aberta” na fregue-sia de Baleizão Termina hoje, sexta-feira, na freguesia de Baleizão, mais uma “Semana aberta” promovida pela Câmara Municipal de Beja. A ini-ciativa visa “uma aproximação cada vez mais efetiva” entre o executivo e os serviços da autarquia e os munícipes, explica a câmara. O programa para este último dia prevê, entre outras ações, a apresentação do projeto “Baleizão
Aldeia Amiga das Pessoas Idosas” (Luís Rosa, enfermeiro), um debate sobre a importância dos projetos comunitários na comunidade (Cristina Palma, en-fermeira) e a apresentação dos resultados do projeto Ginástica Sénior (Edgar Calhau). Terá lugar ainda uma preleção sobre os valores naturais da freguesia de Baleizão, com apresentação de imagens, por Dinis Cortes, e a atuação de grupos corais, a que se seguirá um lanche convívio.
O município de Cuba deliberou, em reunião de câmara,
que a taxa de IMI a cobrar no concelho no próximo ano, no
que respeita aos prédios urbanos avaliados nos termos do
CIMI, é de 0,3 por cento. Esta tomada de decisão, adianta a
autarquia, “teve como pressuposto minimizar as dificuldades
financeiras que a esmagadora maioria da população do concelho
atravessa em virtude da atual crise que a todos nos afeta”.
Câmarade Cuba
aprova IMI aplicando a
taxa mínima
Almodôvar baixaimpostos municipaisa aplicar em 2013A Assembleia Municipal de Almodôvar
aprovou a proposta da câmara
municipal de aplicar novos valores em
2013 referentes ao imposto municipal
sobre imóveis (IMI) e à derrama.
No que respeita ao IMI, adianta a
autarquia, passa a ser aplicado o valor
mínimo do imposto sobre o valor
tributável dos prédios. “Para os prédios
urbanos ainda não avaliados baixará
de 0,6 por cento para o mínimo de 0,5
por cento em 2013, e para os prédios
urbanos já avaliados a descida será de
0,35 por cento para o mínimo de 0,3”.
No que respeita aos prédios urbanos
degradados “foi ainda aprovada uma
majoração de 30 por cento e para os
prédios em ruínas o triplo do valor do
respetivo imposto”. Quanto à derrama,
que incide sobre o lucro tributável e não
isento do imposto sobre o rendimento
de pessoas coletivas (IRC), “a taxa a
aplicar baixará de um por cento para
0,5 por cento, nos casos de empresas
que apresentem um volume de negócios
inferior a 150 000,00 euros”.
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AtualJornadas Parlamentares comunistas decorreram em Beja
PCP propõe “visita urgente” ao IP8
Bernardino Soares frisou ainda que a interrupção da obra do IP8, e a anun-ciada renegociação da parceria com
o consórcio Estradas da Planície, “resume--se afinal ao cancelamento substancial de investimento, viadutos inacabados e dei-xados ao abandono, movimentações de ter-ras não estabilizadas, caminhos rurais da-nificados ou até intransitáveis, ameaças à segurança de pessoas e bens”. O deputado comunista denunciou que esta situação é “resultado de uma parceria que perma-
Bernardino Soares Aeroporto de Beja é um instrumento essencial para o desenvolvimento da região
nece em vigor, com pagamento de centenas de milhões de euros do Estado à subcon-cessionária ao longo das próximas déca-das”. O que é “insustentável”, acrescentou Bernardino Soares.
Já em relação ao aeroporto de Beja, Bernardino Soares referiu que se trata de um projeto que, “tal como a região, é vítima da falta de estratégia e da falta de vontade polí-tica de sucessivos governos”. O PCP defende que o aeroporto “faz parte de um todo coe-rente” e é “um instrumento essencial para
o desenvolvimento da região”. Pelo que os acessos rodoviários e ferroviários são fun-damentais para esta estrutura. Bernardino Soares defendeu a criação de um interface ferroviário que ligue o aeroporto à rede já existente.
Outro dos temas locais abordados pelos deputados comunistas foi o Alqueva. Após visita ao empreendimento, Bernardino Soares disse aos jornalistas que era neces-sário “concluir este projeto e garantir que ele é posto ao serviço do interesse nacional”.
“Viemos aqui e penso que o tempo foi muito bem aproveitado para demonstrar que este país e esta região têm grandes potencia-lidades e que, apesar de ainda haver algu-mas insuficiências na sua concretização, há aqui um potencial de produção agrícola de grande valor”.
Já na abertura das Jornadas Parlamentares do PCP, Jerónimo de Sousa se tinha referido ao Alqueva e à questão da posse e do uso da terra no Alentejo. O secretário-geral do PCP defendeu uma “política de revitalização dos campos”, concretizando a criação de “uma reforma agrária que liquide a propriedade fundiária”. Uma revisão territorial para en-tregar “a terra a quem a trabalha a título de propriedade ou de posse” e que “ponha fim à cultura do subsídio”.
Em relação ao Alqueva, Jerónimo de Sousa pediu ao Governo “investimento, en-volvimento e empenhamento” no seu inte-gral aproveitamento, com a elaboração de “um plano estratégico” para o perímetro ir-rigado. “O Alqueva”, disse o dirigente co-munista, “pode e deve contribuir para redu-zir o défice agroalimentar português e para potenciar o valor das suas produções com uma política de apoio e incentivo à indus-trialização e transformação da produção agrícola, criando novas indústrias e novos postos de trabalho”.
O Partido Comunista Português vai propor à comissão parlamentar de Economia e Obras Públicas “uma vi-sita urgente” ao IP8, “com a observa-ção das condições desta via e o encon-tro com autarquias e outras entidades”. A proposta foi anunciada na última terça-feira, em Beja, no encerramento das Jornadas Parlamentares do PCP. O líder da bancada comunista evidenciou na ocasião “o estado precário e peri-goso em que foi deixada esta via es-truturante” e que a parceria público--privada “constituída em torno deste projeto confirmou-se como uma opção ruinosa para o interesse público”.
Texto Paulo Barriga Foto José Serrano
Mário Simõesquestiona EDIAsobre pagamentos do ProderO deputado do PSD eleito pelo círculo
de Beja vai questionar o presidente
o concelho de administração da
EDIA – Empresa de Desenvolvimento
e Infraestruturas do Alqueva no
seguimento de uma denúncia feita
por alguns dirigentes de associações
de agricultores relativamente a
financiamentos no âmbito do Proder.
Mário Simões ficou surpreendido,
lê-se em nota de imprensa, “com
a revelação veiculada por alguns
dirigentes de associações de agricultores
que estranhavam o facto de a EDIA
em ano e meio não ter solicitado
qualquer pagamento ao Proder para
financiamento de blocos de regadio
em Alqueva, apesar de o dinheiro estar
disponível para esse fim”. O deputado
solicita “que tanto os agricultores como
os baixo alentejanos em geral sejam
informados sobre o que passa” e exige
“que os financiamentos já aprovados
para o projeto sejam acionados para
que a obra não sofra uma maior
derrapagem”.
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PS faz balanço positivo, CDU nem por isso
Beja, três anos depoisTrês anos após a conquista da Câmara de Beja pelo Partido Socialista, Jorge Pulido Valente, presidente do execu-tivo, faz um balanço “bastante po-sitivo”. No entanto, a CDU, que diri-giu o concelho durante 33 anos, pela voz do vereador Vítor Picado, acusou os socialistas de estarem de “braços cruzados”.
Jorge Pulido Valente disse à Lusa que quando o executivo PS tomou posse, em outubro de 2009, a dívida total do
município, entre empréstimos e fornece-dores, era de “cerca 34 milhões de euros” e, em setembro deste ano, era de “28 mi-lhões de euros”.
O autarca faz um “balanço positivo” dos três anos de mandato, mas queixa-se de não ter tido apoio por parte do Governo, e de ter lidado com uma oposição munici-pal que “adotou uma estratégia de terra
queimada, não ajudando a resolver, mas sim procurando criar novos problemas”.
Vítor Picado, vereador da CDU, recusa a acusação e diz que Jorge Pulido Valente “é um mestre na arte da culpabilização” e “tende, frequentemente, a escamotear as suas responsabilidades e a procurar atri-buir aos outros responsabilidade dos seus fracassos”, considerando ainda que as promessas eleitorais “não passaram de vãs expetativas goradas”.
Pulido Valente aponta como pontos positivos da sua gestão o “equilíbrio” da autarquia “em termos financeiros”; a “modernização muitíssimo significa-tiva dos serviços”; o papel que o muni-cípio desempenhou para “algum desen-volvimento de projetos estruturantes, como Alqueva e o aeroporto”; e a re-qualificação urbana de que destacou as obras no bairro da Mouraria e na baixa da cidade.
No entanto, para o vereador comu-nista Vítor Picado, se não fossem as obras de projetos que transitaram do anterior executivo CDU, como a requalificação do bairro da Mouraria, o trabalho do execu-tivo tinha sido “completamente nulo”.
E quanto à acusação, por parte do exe-cutivo, de entrave à atividade da câmara, o vereador da oposição afirma que a CDU tem feito “um trabalho construtivo”, apre-sentando “propostas muito concretas”, mas que têm sido “vedadas” pelo execu-tivo PS.
Confrontado com estas afirmações, Jorge Pulido Valente afirma que o execu-tivo PS “não está de braços cruzados, tem obra feita e um projeto para 10 anos”, que está a “cumprir”.
“Não fizemos promessas, mas sim pro-postas, que estamos a realizar, embora al-gumas com um ligeiro atraso em relação ao prazo inicial”, admite Pulido Valente.
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Freguesia de Santo Agostinho apoia idosos A Junta de Freguesia de Santo Agostinho, em Moura, deu iní-cio no final da semana passada a uma ronda de contactos te-lefónicos para as residências dos idosos da freguesia “de forma a conhecer a realidade de cada agregado, cada idoso, as suas dificuldades diárias, os problemas com os quais têm de lidar
diariamente”. Do contacto com este público-alvo, os serviços pretendem também “colher contributos na primeira pessoa so-bre que medidas poderão ser acrescentadas à oferta social da freguesia de Santo Agostinho” atualmente prestada. Os idosos que não possuem telefone em casa serão visitados por colabo-radores devidamente identificados. Recorde-se que através do
programa “Freguesia porta-a-porta”, a junta leva a cabo “pe-quenas reparações sem custos nas residências dos idosos mais desfavorecidos, presta apoio nas deslocações a entidades ban-cárias e CTT para levantamento das pensões de reforma, em-presta equipamentos ortopédicos (cadeiras de rodas, canadia-nas, andadeiras, etc...), entre outros.
Para assinalar o Dia Mundial da Alimentação, a Câmara Municipal de
Aljustrel promove na próxima terça-feira, dia 16, pelas 15 horas, nas Oficinas
de Formação e Animação Cultural, um colóquio subordinado ao tema
“Alimentação e estilos de vida saudáveis”. Destinada à população em geral
e aos alunos da Universidade Sénior de Aljustrel, a conferência “irá abordar
as alterações dos padrões de nutrição provocadas essencialmente pelas
modificações do consumo alimentar e do modo de vida das pessoas”.
Câmara de Aljustrel alerta munícipes para estilos de vida
saudáveis
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Nerbe/Aebal lamentaa não adesão ao PAEL
O Nerbe/Aebal – Associação Empresarial do Baixo
Alentejo e Alentejo Litoral lamenta que “as autarquias
que apresentam um elevado endividamento” não
se candidatem ao Programa de Apoio à Economia
Local (PAEL). A entidade assume assim “uma atitude
crítica face aos intervenientes políticos regionais que
impossibilitem as candidaturas”, porque “se trata de
inviabilizar que as autarquias cumpram com os seus
compromissos e injetem dinheiro na economia local, que
enfrenta grandes problemas de tesouraria”. O Nerbe/
/Aebal adianta ainda que, embora não seja “indiferente
a implicações que surjam do incumprimento do
empréstimo”, considera que “o financiamento à
economia é imprescindível à sobrevivência de muitas
empresas da região”. A associação apela assim “a todos
os intervenientes que ponderem a sua posição e que num
esforço de última hora ainda seja possível viabilizar as
candidaturas, que, repetimos, são essenciais ao tecido
empresarial da região”.
PCP questiona Governo sobre contribuições dos agricultores
Os deputados do PCP João Ramos e Rita Rato
questionaram o Ministério da Solidariedade e da
Segurança Social sobre as contribuições dos pequenos
empresários e agricultores. O PCP, referem os deputados
no requerimento, “teve conhecimento que alguns
pequenos empresários e agricultores do distrito de
Beja, tendo sempre pago as suas contribuições para
a Segurança Social, são agora informados que têm
dívidas para com esta entidade, uma vez que houve
um erro no cálculo do valor da prestação”. A agravar
o problema, adiantam os deputados, “está a situação
de alguns beneficiários que, tendo direito a receber
apoios estatais, como por exemplo os agricultores, ficam
inibidos de receber estes apoios por terem dívidas à
Segurança Social”. O PCP quer assim saber “com caráter
de urgência”, se “o Governo confirma esta situação; que
enquadramento justifica uma situação desta natureza;
por que razão estão a ser imputados aos beneficiários
erros dos serviços; e se o Governo tem noção de que o
erro dos serviços está a prejudicar a vida destas pessoas”.
Autarca de Santiago convida Governo a visitar obras suspensas da A26
O presidente da Câmara de Santiago do Cacém revelou esta
semana ter convidado o secretário de Estado das Obras
Públicas para visitar o “cemitério de obras e infraestruturas”
deixado no seu município pela suspensão da construção
da A26. Vítor Proença manifestou também a intenção de
“reclamar”, aquando da eventual visita do secretário de
Estado, Sérgio Silva Monteiro, que a estrada que atravessa
o concelho seja “reposta no estado inicial”, observando que
“ficou pior do que estava”. Vítor Proença considerou que a
suspensão das obras da A26 entre Relvas Verdes e Grândola,
determinada pela renegociação do contrato de concessão
entre a Estradas de Portugal e a Estradas da Planície,
subconcessionária do Baixo Alentejo, é um “golpe de morte
numa ligação segura em perfil de autoestrada” naquela
região, deixando um “cemitério de obras e infraestruturas”.
O autarca afirmou que existe “perigo para vidas humanas”,
apontando as “bermas com alturas extraordinariamente
perigosas”, algumas “quase com um metro de altura”.
Guarda recebeu 65 praças na segunda-feira
Novos militares da GNR em Beja
O Comando de Beja da GNR está a ser reforçado com novos mi-litares, tendo já recebido 82,
entre sargentos, praças e oficiais, e de-verá receber mais nas próximas sema-nas, revelou à Lusa fonte da Guarda.
Após ter recebido 12 sargen-tos na semana passada, o Comando Territorial de Beja da GNR recebeu na última segunda-feira 65 praças, “es-sencialmente guardas”, e cinco ofi-ciais, precisou o oficial de relações
públicas do comando, o tenente-coro-nel Carlos Belchior.
Dentro de “algumas semanas”, o co-mando deverá receber “mais dois ofi-ciais”, adiantou, referindo que os no-vos militares vão reforçar o dispositivo operacional da GNR no distrito de Beja, que, “a nível nacional e em termos de números absolutos”, é “um dos distritos que maior reforço de militares recebe”.
Os novos militares vão ser distri-buídos por vários postos da GNR no
distrito de Beja, sobretudo os situados nas sedes de concelho, explicou.
Os postos reforçados vão ter “uma maior autonomia em termos de resposta policial” e poder apoiar os postos que têm efetivos menores e que, para já, “não é possível” serem reforçados, explicou.
Segundo Carlos Belchior, o reforço vai permitir “repor efetivos” no Comando Territorial de Beja da GNR, que, desde “há dois ou três anos”, tem vindo a sofrer “uma baixa significativa” de militares.
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Municípios debatem sustentabilidade O Instituto Politécnico de Beja recebe hoje, sexta-feira, a partir das 9 e 30 horas, o seminário “Urbes fórum by Assecos”, promovido pela Assecos – Associação para a Competitividade e Inovação da Energia e Construção Sustentáveis, com o apoio da Inovobeja EEM, entre outras
entidades. O evento pretende “dar a conhecer o que de me-lhor se faz em sete municípios que fazem parte da Rede ECOS (rede essa dinamizada pela Assecos) sob o tema da sustentabilidade”. São eles Moura (líder do projeto), Serpa, Beja, Silves, Torres Vedras, Óbidos e Peniche. Para além da presença dos presidentes dos sete municípios envolvidos, o
seminário deverá contar com a participação do diretor-ge-ral da Adene, em representação do secretário de Estado da Energia. Estará ainda patente uma exposição com alguns trabalhos desenvolvidos por empresas locais e escolas da cidade no âmbito da sustentabilidade, com especial enfo-que para a energia solar.
A Empresa Municipal de Água e Saneamento (EMAS) de Beja lançou o
novo serviço balcão digital, disponível na Internet e que disponibiliza
a fatura eletrónica, para “ir ao encontro das necessidades” dos clientes.
Segundo a EMAS, o balcão digital é um portal on line que permite ao
cliente gerir, “de uma forma simples, cómoda e segura”, o contrato de
água e toda a informação associada, como enviar a leitura do consumo
de água, consultar faturas e históricos de consumo ou aderir ao débito
direto. Para poder utilizar o balcão virtual, o cliente terá apenas que
se registar em http://balcaodigital.emas-beja.pt, associar o contrato
de água correspondente e proceder à ativação do serviço. Com o
lançamento do balcão virtual, a EMAS passa a disponibilizar também
a fatura eletrónica e, através de uma campanha “muito especial”, vai
doar um euro a uma instituição de solidariedade social do município
de Beja por cada adesão à fatura eletrónica.
EMAS lança serviço
balcão digital
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Os 27 trabalhadores da RTS, empresa de prefabricados de Betão, continuam com futuro incerto. Os funcionários têm salá-rios em atraso desde agosto último e ainda não receberam o subsídio de Natal de 2011 nem o subsídio de férias do presente ano. E sobre eles pende um processo de des-pedimento coletivo que o Sindicato da Cerâmica do Sul garante ser “ilegal e in-fundamentado”. Um dos administradores da empresa, João Paulo Ramôa, prometeu regularizar a situação dos trabalhadores. Na passada quarta-feira liquidou os orde-nados de julho e pagou por conta 600 euros referentes aos salários de agosto.
João Paulo Ramôa, que o “Diário do Alentejo” tentou contatar sem sucesso ao longo da semana, estará neste momento
em Moçambique, onde detém outra sociedade do ramo, a Premap Prefabricados de Maputo, na qual a RTS mantém uma posição domi-nante. A ausência de Ramôa é fortemente criti-cada pelos trabalhadores que se dizem “aban-donados ao seu próprio destino”. Fátima Messias, do Sindicato da Cerâmica do Sul, re-fere mesmo que o administrador não com-parece na sede da empresa, em Montemor-o- -Novo, “há mais de um ano. A fábrica está em autogestão”.
A RTS tem 21 trabalhadores em Montemor--o-Novo e seis em Beja. E é sobre eles que a ad-ministração da empresa avançou com um processo de despedimento coletivo. Fátima Messias garante que se trata de um “processo ilegal e imoral”. A sindicalista revela que “os fundamentos para o despedimento foram apresentados em meia dúzia de linhas, numa
folha A4, e não têm qualquer credibilidade. Uma empresa não pode avançar para um des-pedimento coletivo com ordenados em atraso, a lei não o permite”.
Esta representante do Sindicato da Cerâmica do Sul acusa João Paulo Ramôa de estar a “fugir às suas responsabilidades. Há di-nheiro e os trabalhadores estão sem receber. Este empresário tem dinheiro que investe nou-tros locais e deixa os trabalhadores nesta situ-ação aflitiva”.
Na quarta-feira, João Paulo Ramôa terá pago o ordenado de julho e parte do de agosto aos tra-balhadores. O antigo governador civil de Beja disse à Lusa que a redução do número de em-pregados “dispensáveis” passaria de 27 para 11, seis em Montemor e cinco em Beja, onde a RTS ficaria apenas com um fiel de armazém. Ramôa justificou esta decisão com o facto de a empresa
ter deixado de fabricar as pontes para a subcon-cessão rodoviária do Baixo Alentejo: “Não só nos ficaram a dever imenso dinheiro, como pa-rou tudo. É um reajuste que a empresa precisa de fazer, tendo em conta que o mercado caiu a pique e não conseguimos ter uma massa salarial que comporte mais do que 18 funcionários”, as-segurou Ramôa.
A RTS, para além de deter em Maputo a Premap, também tem uma posição dominante na Alentubo. Uma fábrica de tubos de betão de grandes dimensões que está sediada no parque industrial de Beja e que, neste momento, se en-contra parada por falta de encomendas do seu único cliente, a empresa de desenvolvimento de Alqueva. No arranque da Alentubo, em ou-tubro de 2010, a RTS cedeu três funcionários para a fábrica de Beja. Que agora também es-tão com o futuro incerto. PB
João Paulo Ramôa ausente em Moçambique
RTS continua com salários em atraso
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Senhorios não alteraram valores apesar da crise
Ensino superior “cada vez mais elitista”O
s alunos deslocados que frequentam o ensino su-perior em Beja estão a pa-
gar por alojamento entre 110 e 175 euros mensais. As experiências são múltiplas, as condições que vão en-contrar também mas, numa breve ronda pelas associações de estu-dantes das escolas do Instituto Politécnico de Beja, foram estes os valores mínimos e máximos apu-rados. Ao que parece, numa aná-lise global, as importâncias não se alteraram muito, ou seja, os senho-rios bejenses não parecem estar dispostos a fazer grandes cedên-cias, mesmo diante da diminuição do número de alunos ou do ma-nifesto emagrecimento do rendi-mento mensal das famílias. “O co-nhecimento que eu tenho é que os preços mantêm-se. Acho que os senhorios ainda não interioriza-ram bem que temos que nos aju-dar todos uns aos outros”, ex-plica António Sardinha, presidente da Associação de Estudantes da Escola Superior Agrária, confir-mando que há menos alunos a in-gressar no estabelecimento de en-sino, o que faz com que “haja mais casas a não serem ocupadas e mesmo as que estão ocupadas es-tão a ficar com quartos livres, com um aumento das despesas para os próprios estudantes”. Entre 110 e 160 euros é o palpite de António Sardinha, de acordo com os casos que conhece e a sua própria expe-riência. Isto “por um quarto indi-vidual dentro de um apartamento
com três ou quatro quartos e com despesas à parte”, esclarece.
Sónia Dias, dirigente da Associação de Estudantes da Escola Superior de Saúde e natural da Covilhã, tem a mesma impres-são. “Os preços não se alteraram. Mantêm-se desde há dois anos e eu estou cá há três”, afirma, mas apressa-se a esclarecer que são pou-cos os alunos deslocados a frequen-tar esta escola superior. “A maior parte das pessoas é aqui da zona e faz uso dos transportes públicos”. Porém, os que têm que recorrer ao aluguer de quartos deparam-se com uma baliza que vai dos 150 aos 175 euros, excetuando despesas com água, luz e gás. “Na zona do IPBeja, nomeadamente nos apar-tamentos mais próximos da Escola de Saúde, os preços variam entre 170 e 175 euros. Mas, por exemplo, na zona do Parque da Cidade os va-lores já baixam. Ficam entre os 140 e os 150 euros, porque já é mais dis-tante. Mais baixo do que isto não se encontra”, garante.
Representante dos alunos numa escola com uma grande percenta-gem de deslocados – do Algarve à Madeira, passando pela zona de Lisboa ou pelo norte do País – Hugo Santos, dirigente da Associação de Estudantes da Escola Superior de Educação, foi o único dos contac-tados a dar conta de uma diminui-ção dos preços. Pela primeira casa onde viveu – está em Beja há qua-tro anos – pagava 175 euros men-sais. “Só tinha que atravessar a rua
para ir para a escola mas o apar-tamento não tinha sala comum; a sala estava transformada em quarto”, diz, adiantando que hoje, em média, em toda a zona do cam-pus universitário, “paga-se à volta de 150 euros”. Mais longe, junto ao Parque da Cidade, onde os valores “rondam os 120, 130 euros”, ou na zona do Carmo/Bairro Alemão, “os preços são mais acessíveis”, escla-rece. O arrendamento é geralmente feito de uma “forma informal”, ra-ramente passando pelas imobiliá-rias, e também são “muito raros os senhorios que passam recibos”, in-forma ainda Hugo Santos.
Mesmo sem dispor ainda de nú-meros concretos, no que todos con-cordam é no “aumento significa-tivo” dos pedidos de apoio social por parte dos alunos, face ao que sucedia há uns anos atrás. Se às despesas com alojamento, comida, livros e transportes juntarmos um montante anual de cerca de 800 eu-ros em propinas, o que se conclui, alerta Hugo Santos, é que “o en-sino superior está a ficar cada vez mais elitista. Já não é toda a gente que tem oportunidade de estudar, o que é muito infeliz visto que te-mos uma Constituição que diz uma coisa e o que acontece na prá-tica é outra”.
O “Diário do Alentejo” tentou também obter informações junto da Associação de Estudantes da Escola Superior de Tecnologia e Gestão mas, até ao fecho da edição, tal contacto não foi possível.
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Certificação e qualidade em debate em seminário promovido pela Taipa “Importância de um sistema de qualidade” é o nome do seminário que a Taipa – Organização Cooperativa para o Desenvolvimento Integrado do Concelho de
Odemira vai promover o próximo dia 26, a partir das 9 e 30 horas, no auditório da Biblioteca Municipal de Odemira. O evento, destinado a abordar a temática da certificação para a qualidade, com especial en-foque nos processos de certificação de instituições
particulares de solidariedade social (IPSS), associa-ções de desenvolvimento local (ADL) e empresas, de-verá contar com a presença de representantes do IPQ – Instituto Português da Qualidade e de consultores com experiência comprovada na área.
O Cebal – Centro de Biotecnologia e Agroalimentar do Baixo
Alentejo recebe na próxima segunda-feira, dia 15, a segunda
visita da comissão de acompanhamento técnico/científico
(CATC) que irá avaliar as atividades técnico-científicas
desenvolvidas e em curso. A comissão é constituída João
Lopes Batista (presidente da CATC, professor jubilado
da Universidade de Aveiro); Alexandre Quintanilha
(presidente do conselho dos laboratórios associados);
Renato Araújo (ex-reitor da Universidade de Aveiro);
Lélio Lobo (Universidade de Coimbra); Pedro Queiroz
(diretor-geral da Federação de Indústrias Portuguesas
Agroalimentares); Armando Sevinate Pinto (assessor da
Presidência da República); e Júlio Pedrosa (Universidade
de Aveiro, ex-reitor e ex-ministro da Educação).
Comissão de acompanhamento técnico/científico
avalia Cebal
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Mesmo face à crise e à diminuição do número de alunos no en-sino superior, os preços do alojamento para estudantes em Beja parecem não ter sofrido grandes alterações. A baliza está entre os 110 e 175 euros mensais.
Texto Carla Ferreira Ilustração Susa Monteiro
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13O Centro Cultural Manuel da Fonseca, em Ferreira do Alentejo, acolhe hoje, sexta-
-feira, entre as 14 e 30 e as 17 horas, as VI Jornadas Ambientais, organizadas pela câmara
municipal local. A iniciativa, que tem como tema “Economia do Baixo Carbono – Desafio
Inovador para as PME”, vai centrar “as atenções nas alterações climáticas, bem como na
forma de minimizar os seus efeitos”. As jornadas contam com a participação de várias
individualidades e entidades ligadas ao setor. Ainda no âmbito das VI Jornadas Ambientais,
será apresentado o Plano Estratégico de Alterações Climáticas para Ferreira do Alentejo.
Ferreirado Alentejo
recebe VI Jornadas
Ambientais
Aljustrel e Castro recebem espetáculo de teatro sobre a gravidez na adolescência
No âmbito do projeto IGualaRTe, a Baal17 e a Esdime,
em parceria com as escolas secundárias e municípios de
Aljustrel e Castro Verde, apresentam nos próximos dias 15
e 16 o espetáculo de Teatro participativo “16_Dezasseis”.
Dirigido aos alunos dos 10.º, 11.º e 12.º anos, o debate
final destes espetáculos deverá contar com as presenças de
Magda Alves, da UMAR (União de Mulheres Alternativa
e Resposta), e de Cristina Santos, da Associação para o
Planeamento Familiar. Produzido pela Baal17 com e a
partir dos alunos da Escola Secundária de Serpa, em 2008,
o espetáculo “16_dezasseis” tem percorrido escolas e
auditórios do País e regressa agora numa última incursão
pelas escolas do distrito. “16_dezasseis” aborda temas
“que refletem alguns dos problemas da vida agitada da
juventude de hoje.
“Flora grega e cultura clássica” no Museu Botânico de Beja
No ano em celebra o seu décimo aniversário, o Museu
Botânico do Instituto Politécnico de Beja vai levar a cabo
um conjunto de iniciativas, nomeadamente um ciclo de
workshops, cursos breves, seminários e exposições. Na
próxima quarta-feira, dia 17, o museu promove um workshop
sobre “Flora grega e cultura clássica”, que decorrerá entre as
15 e as 17 horas. De acordo com os responsáveis, “a flora grega
é a que, no continente europeu, apresenta maior diversidade
de espécies e muito terá influenciado os Gregos na sua
cosmogonia”.
ANA – Aeroportos concedeuma bolsa de estudo em Beja
A ANA – Aeroportos de Portugal vai conceder no presente ano
letivo 11 bolsas de estudo a alunos carenciados, sendo uma
delas destinada a Beja. Com um valor de 3 000 euros anuais,
pagos em 10 prestações mensais, as bolsas ANA Solidária
destinam-se a alunos do 12.º ano das escolas circundantes dos
aeroportos, “apoiando-os durante a frequência do 1.º ciclo de
Bolonha”. São candidatáveis os alunos que “tenham tido bom
aproveitamento, com média igual ou superior a 14 valores,
que residam numa freguesia limítrofe de um aeroporto da
ANA e que tenham frequentado o último ano do secundário
numa escola pública com sede num concelho limítrofe de um
desses aeroportos”. Os alunos terão ainda que “ter até 20 anos
e serem economicamente carenciados, com um rendimento
per capita do agregado familiar não superior ao salário
mínimo nacional”. O prazo de candidatura termina no dia 31
deste mês.
Comando de Operações de Socorro de Beja apresentou o livro Nós e os riscos
O Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de
Beja apresentou esta semana o livro Nós e os riscos, que
pretende informar os mais jovens sobre medidas a adotar
em caso de catástrofes. A apresentação do livro integra-se
nas comemorações do Dia Internacional para a Redução
das Catástrofes, que se assinala hoje, sexta-feira. Concebido
pelo CDOS da Guarda, Nós e os riscos é um livro interativo,
que pretende, de “uma forma divertida”, “informar os mais
jovens sobre as medidas que devem adotar quando ocorrem
catástrofes”, como inundações, terramotos ou incêndios,
para poderem “proteger-se a si e aos que os rodeiam”.
Beja recebe I Festa Azul
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A cidade de Beja recebe entre hoje e amanhã, dias 12 e 13, a I Festa Azul, um evento da res-ponsabilidade da Real Associação do Baixo
Alentejo e que deverá contar com a presença de Duarte Pio de Bragança, entre outras “personalida-des da vida pública portuguesa”.
A festa, que tem como principais objetivos “a de-fesa e preservação dos costumes e tradições da região alentejana”, terá como um dos momentos altos a re-criação do batizado do embaixador do rei do Congo, ocorrido no século XV na igreja de Santa Maria, em Beja. A cerimónia, agendada para as 17 horas de hoje, estará a cargo de um grupo de atores e de alunos da Escola D. Manuel I e contará igualmente com a parti-cipação de um grupo de cavaleiros alentejanos.
No mesmo espaço haverá ainda interpretação
de temas da época pelo Coro de Câmara da Igreja do Carmo e de canções populares pelos alunos que atuam como figurantes. Uma missa, concelebrada pelo bispo de Beja e pelo pároco de Santa Maria, e um jantar com Duarte Pio de Bragança, dão por encerra-das as festividades.
Do programa para amanhã, sábado, o destaque vai para o espetáculo Festa Azul, que decorrerá a par-tir das 21 e 30 horas no pavilhão da Escola de Santa Maria, e cujas receitas reverterão a favor da Liga dos Amigos do Hospital de Beja.
O concerto contará com as atuações do fadista António Pinto Basto, do grupo de música tradi-cional alentejana A Moda da Mãe, do Grupo Coral Etnográfico da Casa do Povo de Serpa e de diversas tunas académicas.
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OpiniãoTemos direitoao sal da vida Beja Santos Defesa do consumidor
Uma antropóloga de renome mun-dial recebe um postal de um ou-tro cientista, algures nas Hébridas (Escócia), referindo que ali estava numa semana “roubada” de férias. Mordida pela curiosidade, interro-gou-se: quem rouba o quê? E disse para os seus botões: não podemos escamotear a cada dia aquilo que faz o sal da vida. E decidiu, para
surpresa de quem conhece os seus escritos antropológicos, enumerar numa frase quase interminável, que se vai soltando aos repelões, um grande monólogo murmurado, como se estivesse a empilhar, no de-vir da consciência, sensações, emoções, pequenos prazeres, grandes alegrias, profundas desilusões, momentos luminosos da existência. Assim surgiu o contagiante e belíssimo O sal da vida (por Françoise Héritier, Círculo de Leitores e Temas e Debates, 2012).
Agora, em que a cultura não esconde a tentação de atuar pre-dominantemente ao serviço do entretenimento, não deixa de sur-preender ver uma intelectual quase octogenária chamar a atenção para as pequenas coisas de que fugimos falar, como se as compras, os preparativos das refeições, os arranjos da casa, o conversar com os filhos, as relações sociais não se cruzassem com o descanso, a es-crita, o devaneio, a amizade, o namoro, a reflexão. Essas coisas que constituem o sal da vida, julgamos nós, não devem ser contadas, tal o risco de serem tomadas como uma forma de ligeireza, imprópria das sofisticações do prazer intelectual. A lista desta antropóloga é um misto de intimidade e de sensualidade, um registo de insigni-ficâncias que a põem de bem com o mundo, aliás é com esse pen-samento que ela se despede do leitor: “O mundo existe através dos nossos sentidos antes de existir de forma ordenada no nosso pen-samento e é preciso fazermos tudo para conservarmos ao longo da existência esta faculdade criadora dos sentidos: ver, escutar, obser-var, ouvir, tocar, acariciar, sentir, cheirar, provar, ter gosto por tudo, pelos outros, pela vida”. Esta enumeração é uma fantasia, um hino a celebrar a vida, como ela aliás escreve: “Ter consciência da fuga-cidade das coisas e da necessidade de as aproveitar”. Tudo lhe pa-rece importar, tudo lhe diz respeito: os cheiros dos bolos, os gri-tos alegres das crianças, ouvir Mozart e os Beatles, ficar à espera do eclipse, esquecer-se de ver o correio, instalar-se regaladamente num sofá demasiado profundo, ficar na penumbra sem fazer nada, ler romances policiais ou boa ficção científica, ouvir a Callas ou o vento a gemer ou o granizo a crepitar, ver ao luar um casal de leões a atravessarem silenciosamente a picada, observar o andar de quem passa e fazer psicologia barata, atirar seixos à água e contar os res-saltos, descobrir uma metáfora, retorquir secamente se for preciso, puxar o lustro aos cobres, cabecear numa conferência aborrecida, abrir um presente, estar curiosa e ávida pelo dia seguinte.
Ao agradecer a ideia daquele cientista que lhe enviara um postal e que aludia ao roubo das férias, a autora deste avassalador monó-logo onde pesam as insignificâncias e os signos leves de que os inte-lectuais fazem discrição, escreve com ternura: “Não se trata aqui de elevadas especulações metafísicas, nem de reflexões muito profun-das sobre a futilidade da existência, nem da intimidade abrasadora de cada um de nós. Trata-se simplesmente de fazer de cada episó-dio da sua vida um tesouro de beleza e de graça que cresce sem ces-sar, por si, e onde nos podemos renovar todos os dias. Nada de tudo isto é inteiramente misterioso, pois não? Existem decerto entre esta confusão heteróclita sentimentos, sensações, emoções, felicidades que já experimentou e que há de sempre experimentar. E tem a sua provisão de recordações próprias que apenas pedem para ressur-gir e lhe fazerem companhia e o sustentarem em todos os seus atos futuros. Eu aprendi a reconhecer aquilo que verdadeiramente são: os saborosos marcos da nossa vida. De repente, ela torna-se muito
mais rica e muito mais interessante do que aquilo que se pensa. E, sobretudo, sabe muito bem que nada disso lhe poderá alguma vez ser roubado”.
Manifestação e mudançaRuy Ventura Poeta e ensaísta
“Se queres que os portugueses se mexam, vai-lhes aos víveres”. Não sei bem quem é o autor desta frase. Há quem diga que foi escrita por Eça de Queirós – e é bem possível.
Muito nos faz palrar ou falar, pouco nos move. Mas quando se trata de defender o nosso rendimento, não hesitamos. E fazemos bem – embora façamos pouco. Muito pouco.
Raramente participo em manifestações. Mesmo quando con-cordo com as motivações que levam os meus compatriotas a des-filar pela rua. Não tenho feitio nem paciência para ajuntamentos e, além disso, julgo que são mais eficazes outras estratégias ardilo-sas de exposição da opinião coletiva ou da indignação de uma co-munidade ou de um grupo profissional. Tal não significa, contudo, que rejeite ou reprove esta forma de luta – desde que seja expressão de uma ânsia de justiça social, em prol da dignidade da pessoa hu-mana. Quando tal acontece (e nem sempre acontece…), emociono--me, mesmo à distância.
Os portugueses vêm manifestando de muitas e variadas for-mas o seu repúdio contra as medidas “de austeridade” postas em prática por este Governo, impulsionado pelas organizações inter-nacionais que nos emprestaram dinheiro para que o Estado cum-prisse as suas obrigações, nomeadamente o pagamento de salários e de pensões. Não têm feito mal. É até proveitoso, interna e exter-namente, pois assim se sublinha que a estratégia não pode ser apli-cada “custe o que custar” e que há outras vias – mais equilibradas e mais dignificantes – para chegar ao mesmo lugar. Temo, contudo, que estes episódios de comoção coletiva não passem de explosões de alma sem consequências na mudança de vida e de mentalidade, de atos de rebeldia que não chegam a uma verdadeira epifania da liberdade.
Infelizmente, se circularmos pela Internet e por outros espaços de discussão aberta, chegamos à conclusão de que as palavras do escritor espanhol Miguel de Unamuno, escritas há um século, con-tinuam atuais, infelizmente. Uma boa parte dos portugueses é sub-missa “até quando se rebela. […] Têm a cólera do veado ou do car-neiro, que os leva a atos de violência frenética. Quando o ovino se irrita, arremete contra o primeiro que encontra, e depois tudo fica como dantes. Por aí se explica o regicídio e as suas consequências. Rebeldia, sim; independência, não. Aqui, como na Galiza, pode florescer o anarquismo, mas não o sentimento de verdadeira liber-dade. E a anarquia é servidão.”
Acredito e acreditarei na justiça das manifestações surgidas e a surgir, se elas forem expressão de independência de espírito e de um olhar poliédrico sobre os erros que nos trouxeram até aqui. Passos Coelho e o seu governo merecem palavras indignadas sempre que não tomarem decisões certas e patrióticas, mas igualmente devem ser alvo da nossa voz exaltada Sócrates e os seus auxiliares no re-gabofe dos últimos anos, os cidadãos que se deixaram deslumbrar por autarcas e governantes fazedores de obra a todo o custo, os por-tugueses que nunca hesitaram em pedir “um jeitinho” (e são tan-tos), os nossos compatriotas que corromperam e foram corrompi-dos, aqueles para quem não há vida além do subsídio, quantos têm contribuído para o desemprego por atos e por omissões, os agen-tes que têm transformado a justiça em injustiça, a União Europeia que engulosou meio mundo com dinheiro fácil “a fundo perdido”
e pagou para não se produzir, etc., etc.. Tirando uma curta faixa de jovens e de crianças, todos somos um pouco ou muito culpados… Na encruzilhada em que estamos, uma manifestação tem de ser um ato de protesto, mas também um momento de catarse, de con-trição e de propósito de mudança.
“Uma pancada nos olhos faz ver”, como afirmava uma frase inscrita num armazém de Cacilhas? Fará ver se abrirmos os olhos e virmos quem e o que nos bateu.
Há, no entanto, algo que nos devemos recusar a aceitar. Custe o que custar. São os ataques à dignidade humana, expressos no de-semprego injustificado, nos salários indignos, nos horários de tra-balho iníquos, nas políticas antifamiliares, nos ardis que visam es-tupidificar os cidadãos, na erosão do direito à saúde, à educação e à cultura, no esvaziamento calculado do interior, nas estratégias pro-motoras do êxodo e da emigração. Contra eles, devemos lutar por todas as vias, sem tréguas, sem hesitações. Esta tarefa árdua me-rece a manifestação das nossas convicções, do nosso empenho e do nosso trabalho.
O meu bairroFrancisco Pratas Jornalista
Depois de mim, quantas gera-ções por ali passaram?
É uma interrogação que me coloco, certo de que já foram de-masiadas. Numa destas últimas tardes, um familiar amigo facul-tou-me uma visita ao bairro onde nasci e vivi até à idade adulta, que caminhos daqueles já não são para as minhas pernas.
E gostei do que vi. O bairro da Mouraria está a ser alvo de obras de reabilitação que não lhe desvirtuam o cunho original e isso, para mim, o saúdo, como vitória das consciências.
Na visita, porém, chorou-me a alma, já que na soleira das por-tas, como outrora era hábito, nem um rosto conhecido a saudar a mi-nha passagem. Pessoas e coisas, obedecendo também à imutável lei da vida, há muito deixaram estes lugares que só a saudade tende em manter, onde se geraram sonhos, se carpiram mágoas e viveram vi-das, uma outra continuidade se repete, embora com outras gentes, outros gostos e outros costumes.
E é ainda a rua da Mouraria, a rua onde eu nasci, e que atravessa o bairro de um extremo ao outro. Da casa da prima Augusta Gargulha à mercearia do senhor Galamba, uns quantos metros bem contados, tantos como a curta distância que separa as duas extremidades.
Por tudo isto, ao acordar em mim os caminhos da minha infân-cia, pretendendo reviver coisas e gentes, como neste caso o antigo bairro mouro “com o seu casario fechado cegante de cal”, como o es-creveu algures Urbano Tavares Rodrigues, vejo ainda nele, ou quero ver, as casas baixas do meu tempo, o asseio dos seus interiores, os seus dramas e as suas paixões.
Senti falta ali do velho “cantinho da cabina”, extinto que foi com o desaparecimento, por mor do camartelo camarário, que se en-carregou de demolir a velha casa de dois pisos que, durante mui-tos anos, me serviu de segunda residência, e me dava via de acesso ao secular bairro. A construção ali da velha casa dava, ao tempo, lugar a uma estreita “travessa”, que outro nome nunca lhe conhe-cemos (talvez a travessa da muralha) e que obrigava, por força da sua construção, a criar ali um pequeno “canto” que servia de re-fúgio à maralha mais jovem. A coberto daquele improvisado res-guardo, muitos dos moços fumaram ali o seu primeiro cigarro e sentiram o despertar de proibidas cobiças. Era o “cantinho da ca-bina”, já que próximo estava instalada, em casa própria, a central elétrica que controlava todo o consumo público na vasta zona das Portas de Moura.
Enfim, um punhado de saudades que não deixaram de me incomodar!
[Passos Coelho] resolveu pôr o ministro das Finanças a dizer na Assembleia, com a sua voz tão peculiar, que os impostos vão aumentar imenso e em conjunto a vida dos portugueses – com destaque para a classe média – ia piorar muito. Que falta de sensibilidade política e de vergonha! Mário Soares, “Diário de Notícias”, 9 de outubro de 2012
14 O PCP realizou em Beja as suas jornadas parlamentares prévias ao Orçamento de Estado. Os deputados comunistas
aproveitaram os dois dias de trabalho não apenas para definir as suas estratégias parlamentares futuras, como também para tomarem conhecimento dos problemas da região. De louvar a descentralização deste tipo de reuniões que colocam as regiões, neste caso o Baixo Alentejo, na agenda mediática. PB
Um 5 de Outubro sem povo, não faz sentido nenhum. É pró-prio de uma ditadura, não de um regime que ainda se diz democrático (…) Quando os governantes (…) manifestam medo do povo – e fogem dele – algo vai muito mal. Mário Soares, “Diário de Notícias”, 9 de outubro de 2012
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(…) é o povo quem mais ordena. Não é uma simples frase. E agora que se habituou a ir à rua – e o medo mudou de campo – é preciso que continue nos seus protestos pacíficos e não deixe de lutar por mais democracia, mais dignidade no trabalho, maior intervenção social, apontar os corruptos, de modo a não ficarem impunes, exigir uma justiça eficaz e rápida, e, sobretudo, recla-mar contra a austeridade, que não tem sentido, lutar contra o desemprego, esse flagelo do nosso tempo, e combater a pobreza e os salários de miséria. Mário Soares, “Diário de Notícias”, 9 de outubro de 2012
15 O Governo, numa manobra meramente ilusória e propagandística, recomendou a extinção de diversas FUNDAÇÕES por este País
afora. Muitas destas propostas, como é o caso da Casa das Histórias Paula Rego ou do Côa Parque, são verdadeiras aberrações. Tal como o são as propostas de extinção das fundações Odemira e Serrão Martins, em Mértola. Ambas sob a alçada do poder local. Ambas de grande utilidade para as comunidades onde se inserem. PB
Celebra-se em 2012 o ANO LUSO-BRASILEIRO. Em Beja e em Mértola e em São Miguel do Pinheiro a efeméride foi
assinalada relembrando os feitos de António Raposo Tavares, o Bandeirante. Mas o “DA” quis ir mais longe e foi saber como sobrevive em Beja a comunidade brasileira. E ficámos a saber que a crise bate à porta com violência na maior comunidade estrangeira no Alentejo. Tudo normal, portanto. PB
Vila Novade MilfontesCarlota Santos Milfontes
É com grande orgulho que escrevo: vivo em Vila Nova de Milfontes. Há 29 anos atrás, vim morar para esta terra que era ainda um pouco selvagem e que se trans-formou naquilo que é hoje.
Tivemos uma grande senhora, a D. Graciete, que junto com outras pessoas conseguiram melhorar a terra, ao ponto que está hoje. Bem-haja o vosso sacrifício e disponibilidade. Gosto de viver cá, é ca-tivante, acolhedor. Terra de gente simpá-tica que está sempre pronta para ajudar quem solicite, mesmo que seja só para informação de algo.
Vila Nova de Milfontes tem uma grande história, desde há muitos séculos e bastante interessante.
O senhor professor e grande histo-riador António Martins Quaresma sem-pre se interessou por esta terra, pesqui-sou e conseguiu saber muito; escreveu vários livros, que eu aconselhava que les-sem: Vila Nova de Milfontes, História ou Rio Mira, Moinhos de Maré.
Obras muito interessantes em que nos explica tudo. Todos os milfontenses, turistas, deviam ter estes livros consigo. Porque muita gente nem sabe das suas raízes.
O rio Mira nasce na serra do Caldeirão, em Monchique, e a sua foz é em Milfontes. Aqui respira-se saúde, te-mos três componentes muito importan-tes: serra, rio, mar.
Milfontes tem muitos turistas, que a vêm descobrir, e outros que voltam pelos seus encantos, paz e tranquilidade.
Até mesmo os “artistas” se sentem bem aqui, porque não há paparazzi a fo-tografar cada passo que dão. São pessoas iguais às outras, que vão às compras, aos cafés, aos bares.
O peixe é a especialidade de quase todos os restaurantes, grelhado ou em caldeirada. O marisco também é prato forte.
É uma vila bonita que tem quase de tudo. O castelo e a barbacã são pontos de referência. Praias dentro de Milfontes, e arredores, muito boas e bastante procuradas.
Agora vamos falar da praia premiada: as Furnas, primeira das 7 Maravilhas de Portugal, na categoria de praia de rio. A madrinha é a Sofia Duarte Silva. A sua beleza natural, águas límpidas, areia fina e água temperada. Foi uma grande dis-tinção que o Baixo Alentejo, e nós por cá, recebemos. Também a Zambujeira do Mar, na sua categoria, e Odeceixe, já
pertencendo ao Algarve, (fica na fron-teira entre o Alentejo e o Algarve) tam-bém na sua categoria.
Acho que estamos todos de parabéns. Não é todos os dias que nos é revelada tanta alegria. Em tantas terras nomea-das, nós todos recebemos três grandes nomeações.
Fim de fériasReinaldo Amador Henrique Rebelo Almada
Já sou octogenário e até à idade de 13 anos, data em que vim residir para Setúbal (já era aluno do Seminário de Beja), vivi na terra onde nasci, a terra dos três bês da Costa Vicentina, perten-cente ao maior concelho do País, há dias premiada em Troia, na gala destinada à entrega de prémios do concurso reali-zado pelo canal 1 da TV, como sendo a melhor “praia de rio” do País.
Como é natural, conheço bem o rio Mira, onde aprendi a remar e a pes-car, cujo percurso se realiza, hodier-namente, em pouco mais de três ho-ras, mesmo com almoços no Moinho da Asneira e na Zambujeira, com regresso a Milfontes, após algumas horas de pas-seio fluvial.
Quando fiz exame de instrução pri-mária era examinadora a falecida pro-fessora D. Maria Camacho, mãe do fale-cido e conhecido ator Camacho Costa.
Milfontes, considerada a “joia” do nosso Alentejo, está diferente dos meus tempos de infância e puerícia. Com efeito, as tabernas do meu tempo são agora pubs e o custo de vida, especial-mente durante o pedido estival, subiu com o advento dos holandeses e de ou-tros cidadãos estrangeiros.
De dois em dois anos desloco-me a Beja para participar nos “encontros dos antigos alunos”. Ainda há poucos meses me desloquei, com outros antigos cole-gas, à Ovibeja, tendo constatado que a terra do Lidador, Diogo Fernandes de Beja, Jacinto Freire de Andrade, Frei Amador Arrais e José Agostinho de Macedo, pouco mais evoluiu desde que na cidade de Pax Julia foi instalada a base alemã ou da NATO.
O CoretoEx.mo senhor diretor
Já me esqueci do ano em que aqui me colocaram com promessas de destaque e de grande atividade. Durante anos fui ponto de referência neste jardim. Vinha bastante gente ouvir as bandas de mú-sica tocar no coreto. Sentia-me bastante lisonjeado com toda essa gente à minha
volta. Havia muitas pessoas que vinham de propósito visitar o jardim só para me verem. Mas com o decorrer do tempo fo-ram-se esquecendo de mim, pois as ban-das de música deixaram de vir tocar. Haverá pessoas na cidade que não sai-bam da minha existência? Jovens que não saibam o meu nome e para que estou aqui? Crianças há que ao subirem as mi-nhas escadas dizem virem brincar para o mirante. Sobre a música há opiniões di-vergentes: mas dizem que estou habitado por uma filarmónica fantasma, pois ou-vem mas não veem. Outros, que talvez seja a alma penada de alguma banda de música que por aqui passou, sem conse-guir atuar. Já me ia sentindo um pouco velho, mas pela remodelação do jardim, meteram-me na forja e fiquei como novo e para me animarem dão-me música du-rante todo o dia. Há pouco tempo, os das Palavras Andarilhas vestiram-me de novo. Mas tudo isso não basta, sinto--me triste e desesperado, já ninguém olha para mim, as pessoas (poucas) pas-sam como se eu não existisse. Gostava de voltar aos “meus” tempos em que me jul-gava vedeta, rodeado por muita gente. Senhor diretor, peço-lhe: manifeste às filarmónicas e bandas de música que se lembrem de mim. Quando quiserem ve-nha usufruir de todo o meu espaço e ao mesmo tempo animar este belo jardim que, tal como eu, parece que foi abando-nado e votado ao esquecimento. Nota: a banda de música da cidade ainda existe?
Sem mais e atentamente, o Coreto
Agora é que barragemde Alquevafoi descobertaDiamantino António Funcheira
Em 21 de setembro foi publicada uma grande entrevista nas páginas do “Diário do Alentejo”, o entrevistado foi o se-nhor João Basto. Este senhor é uma pes-soa muito engraçada, só fala bem agora, depois de as outras pessoas terem princi-piado os trabalhos, como foi o caso do go-verno de José Sócrates, que deixou tudo planeado para melhorar o País, como seja a barragem de Alqueva, as estradas e tam-bém as pontes. Assim que o governo do Partido Social Democrata tomou posse, por inveja, mandou parar todas as obras por terem sido principiadas por um go-verno socialista. Agora vem um senhor com pezinhos de lã, o senhor João Basto, como se fosse ele que tivesse descoberto o caminho marítimo para a Índia.
Há 50 anosPílulas,minhocascanibaise Relvas
O “Diário do Alentejo” dos come-ços dos anos Sessenta publicava nas suas quatro enormes pá-
ginas, quase sem fotografias, diversas notícias (regionais, nacionais e do es-trangeiro), textos de opinião, publici-dade (muita) e, também, artigos “cien-tíficos”.
Numa das edições dos primei-ros dias de outubro de 1962, com hon-ras de primeira página, havia um “re-corte” (o jornal não explicava de onde era a transcrição) que pode ainda hoje interessar ao ministro Miguel Relvas, o tal braço direito de Passos Coelho e se-nhor de múltiplas habilidades, ligações e saberes que tem a seu cargo, entre ou-tros dossiês, os negócios com angola-nos e brasileiros, a abertura de portas, a educação dos jornalistas e a explicação ao povo ignaro dos “sacrifícios” que os mandantes a soldo das tríades nacional e estrangeira impõem dia após dia.
Intitulado “Ingere a pílula e fica com um curso”, a transcrição, com origem em Londres, anunciava: “O estudante do futuro não precisará de estudar para tirar um curso universitário – bastar- -lhe-á tomar uma pílula, assegura um psicólogo norte-americano que inves-tiga sériamente a teoria defendida pelos canibais de que se adquirem as faculda-des e aptidões da pessoa que devoram”.
E prosseguia o interessante texto “científico”:
“O cientista, cujo nome não foi reve-lado, e os seus colaboradores iniciaram as pesquisas com experiências efectu-adas em minhocas, segundo revela o último número de ‘The Practicioner’. Começaram por treinar uma série de minhocas a reagir à luz por meio de re-flexos condicionados por choques eléc-tricos. Depois, alimentaram as minho-cas ‘educadas’”. As minhocas canibais – prossegue o artigo – “reagiram apro-ximadamente duas vezes melhor du-rante os primeiros dias do que as mi-nhocas que haviam devorado”.
A publicação salienta que se for descoberta a diferença molecular en-tre as minhocas treinadas e não treina-das encontrar-se-á, talvez, a chave para a memória. “O que os cientistas têm em mente é que alguma empreende-dora fábrica de produtos farmacêuticos consiga sintetizar os processos bioquí-micos envolvidos e que os estudantes venham a tomar pílulas em vez de li-ções” – escreve.
“É possível que muitos não conside-rem particularmente utópica tal pers-pectiva, mas é óbvio que ela seduzirá os admiradores do admirável mundo novo de Aldous Huxley.”
Carlos Lopes Pereira
Cartas ao diretor
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Reportagem
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“Não entendo esta mania de os brasi-leiros escolherem nomes america-nos”. É assim que Lincoln Pinheiro
começa por falar de si. Lincoln, que “herdou da América”, Pinheiro, que herdou do pai, portu-guês. Brasileiro de nascença, 33 anos, cabelo aos caracóis, barba semifeita e óculos redondos. Chegou de São Paulo. Viveu em Lisboa, mas não gostou. Veio para Beja.
“Resolvi sair de Lisboa para procurar uma cidade mais pequena, mais acolhedora”. Encontrou-a: Beja. Ele e tantos outros cidadãos brasileiros que resolveram imigrar em busca de uma vida melhor. De uma oportunidade em solo alentejano.
Já foram mais, hoje são menos. Este percurso não satisfez todos. A situação do País alterou-se e muitos regressaram ao país de origem, tantos outros tentaram a sorte por essa Europa fora.
Lincoln Pinheiro ficou. “Está a ser uma ex-periência gratificante, apesar das dificuldades”, diz. E não esmorece, embora agora esteja sem
Histórias de quem escolheu a região para viver
Alentejo brasileiroAbraçados pelo idioma, pela história, Portugal e Brasil assinalam o ano Luso -
-Brasileiro. O Alentejo, à semelhança de muitas outras regiões do País, também
é destino de imigração e local de acolhimento de muitos cidadãos brasileiros,
que vieram à procura de uma oportunidade. De uma mudança de vida. Eles, por
cá, contam a sua história, o que os faz ficar ou ter vontade de regressar.
Texto Bruna Soares Fotos José Ferrolho Ilustração Susa Monteiro
desemprego é muito alto, independentemente de o país estar ou não em crise”.
Entre Portugal e Brasil encontra algumas di-ferenças. No entanto, considera: “Há coisas, po-rém, em que são muito parecidos, por exemplo na área da política. Vendo o que acontece por cá dá para entender porque tem muito erro tam-bém no Brasil”.
Garante que encontrou no Alentejo “um povo mais parecido com o brasileiro”. “O alentejano é bem mais acolhedor”, considera.
Lincoln já pensou, porém, em regressar mui-tas vezes. Mas, neste momento, nem pode pen-sar em fazê-lo. “Não teria dinheiro para comprar a passagem de volta. Penso, mas na verdade eu quero ficar. Espero conseguir ficar”, afirma.
Quanto aos tempos de prosperidade que o Brasil vive, Lincoln considera que “as coisas não são bem assim”. “Se for visto pelos núme-ros do PIB, de renda per capita de algumas re-giões, é verdade. Há muitas regiões pobres que cresceram, que melhoraram um pouco, mas a
trabalho e com o seu grande objetivo por sa-tisfazer: estudar. “Quero muito estudar. Quero formar-me em História. Foi para isso que vim. Apenas preciso de encontrar um part-time que me permita fazê-lo. Tenho boas referências de historiadores em Portugal, os quais admiro. José Mattoso, por exemplo, é uma referência”. Mas até agora ainda não conseguiu. Ou trabalha a tempo inteiro para se sustentar, ou procura trabalho
novamente. O futuro historiador já fez um pouco de tudo.
Passou por pastelarias, por hotéis, por arquivos de bancos e está disposto a continuar a fazê-lo, assim lhe surja uma oportunidade, seja em que área for.
Mas o que o fez sair do seu país? “A violência”, responde sem hesitar. Para rapidamente acres-centar: “É tudo muito complicado no Brasil. O
Lincoln Pinheiro Procura trabalho para poder estudar História José Brito Trabalhava na construção da A26. Espera por melhores dias
Damila da Silva Espera regressar ao Brasil daqui a três anos Ivone Sousa Trabalha na Cáritas de Beja e espera ficar em Beja com a sua família
É o número de brasileiros que se julga viver no
distrito de Beja atualmente.1 500
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Comunidade brasileira em maioria na região
Na região são várias as entidades que prestam apoio à imigração e o “Diário do Alentejo” chegou à conversa com duas delas. Com a Solim – Solidariedade Imigrante e com o Centro Local de Apoio ao Imigrante da Cáritas Diocesana
de Beja (Claii).De acordo com Alberto Matos, da Solim, devem viver no distrito “cerca de 1500
brasileiros”. Número, este, que já foi maior. “O povo brasileiro é menos qualificado. Trabalha essencialmente na agricultura, na construção civil, embora tenha sofrido uma grande queda, nas limpezas, na restauração e na hotelaria”, afirma.
E, embora o Brasil esteja em fase de crescimento, segundo Alberto Matos, “sobre-tudo há oportunidades para gente qualificada. Pessoal de baixa formação, como são a maioria dos imigrantes brasileiros que vieram para cá, ao regressaram para o seu país, voltam para situações complicadas”. A Solim garante que “embora muitos te-nham ido embora, como foram de todas as nacionalidades, o que ainda se nota na re-gião é uma prevalência de brasileiros”.
O Claii também pretende dar apoio aos imigrantes e minimizar situações mais complicadas e, segundo Ana Soeiro, coordenadora do Centro Local de Apoio ao Imigrante da Cáritas Diocesana de Beja, “a comunidade brasileira é a que mais re-corre aos atendimentos da instituição. E o que se tem vindo a notar é que se há um tempo os atendimentos estavam mais relacionados com questões burocráticas, neste momento centram-se mais na questão do apoio social”.
“A comunidade brasileira tem especificidades muito diferentes de outras comuni-dades. Os brasileiros são muito aventureiros, por exemplo, às vezes imigram sem te-rem noção da real situação do país para que vêm. Houve famílias que vieram por in-teiro e, neste momento, está a ser um pouco difícil reorganizarem-se. No entanto, esta comunidade é muito alegre. Apesar de poder estar a passar por vários problemas, por vezes, não transmite isso. É uma comunidade muito unida que se entreajuda e que não se recusa a trabalhar”, considera Ana Soeiro. De acordo com a coordenadora, apesar de o seu país estar a prosperar, “a maioria não pensa regressar, tenta manter-se”. BS
desigualdade, o desemprego, ainda são muito grandes. Portugal está sofrendo um dos maiores índices de desemprego, cerca de 15 por cento. Em São Paulo, que é a cidade de onde eu vim, mesmo com o país crescendo, melhorando, o desem-prego é quase de 12 por cento. A vossa crise é, as-sim, a nossa alegria”.
Quem também escolheu o Alentejo para vi-ver, em detrimento da sua pátria mãe, foi José Brito. De camisola laranja envergada, puxa do te-lemóvel, enquanto espera que os números avan-cem na placa que indicará a chegada da sua vez. A senha, com o seu algarismo, prendea-a na ou-tra mão. À porta da delegação regional do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) espera com toda a paciência do mundo. Veio de Vila Nova de Milfontes. “Tratar dos papéis”, como diz. O so-taque brasileiro denuncia-o. Homem de poucas palavras e muitos sorrisos. “Estou sem trabalho, infelizmente. Entretanto estou a receber o subsí-dio e à espera de melhores dias”.
José Brito estava a trabalhar na construção da A26. “As obras pararam. Não há o que fazer lá. Espero que recomecem em breve. Tenho essa es-perança. Estava entre Sines e Grândola”, diz.
“Aqui encontram-se imigrantes de todos os sítios. Há muita gente a trabalhar no Alentejo”, avança. No que diz respeito a brasileiros, diz que na sua zona de residência também “existem mui-tos”, até porque no litoral alentejano “há algum trabalho”. E enuncia: “Na construção, embora esteja mais parada, e na agricultura, nomeada-mente nas estufas”.
“Não posso dizer que estava bem no meu País e até gosto de estar em Portugal. Por enquanto, não penso voltar para o Brasil, só para passear. Sei que este país está em crise, que é mais difícil de encontrar trabalho, contudo, penso que tudo isto irá passar e que melhores dias virão. Temos de ser otimistas”, avança.
Volta a desviar o olhar, perde-se em sorrisos, e as palavras escasseiam. Pega na bolsa que traz, onde guarda religiosamente todos os papéis, para que nada se perca, para que nada ponha em risco a sua permanência no país de acolhimento. Olha para os números que avançam. E enxerga que está quase a chegar a sua vez. “Não pensei de a situação em Portugal estar tão ruim, mas ainda não me arrependi. No Brasil também não é fácil”, diz. Os números avançam e José senta-se na cadeira. Tira os papéis para fora. Suspira para que esteja tudo em ordem e termina a conversa. Coisas mais importantes há a tratar.
Coisas, tantas coisas que já passaram pela ca-beça de Damila da Silva, sendo que a mais forte que tem em mente é a certeza de querer voltar para o Brasil. Está em Beja há sete anos. “Desci do avião e vim direta para esta cidade”. Casou,
de ser alegres não é? É o que levamos desta vida. Mesmo estando longe do meu país gosto de um churrasco e morro de saudades desses momen-tos passados em família”.
Volta a ficar séria. O sorriso esmorece. “Ultrapassamos a questão da comida, do tempo, mas este não é o nosso país. As pessoas são mais fechadas. Nem sempre é fácil para nós”, explica. E por tudo isto e até muito mais não tem dúvidas: quer regressar. “Daqui a três anos. Ainda falta al-gum tempo. Estabeleci esse tempo. Estou a tirar um curso no IPBeja, Assistente Social, a minha filha ingressou no 10.º ano, então julgo que seja o tempo necessário para termos uma base sólida”.
E quando chegar ao Brasil? “Acontecerá o que tiver de acontecer. Sem planos. Não tenho grandes expetativas. Não espero muito. É viver”, conclui.
Com mais ou menos dificuldades, estes imi-grantes continuam a sua busca por uma vida melhor. Muitos admitem ter escolhido o País pelo idioma, à partida uma barreira quebrada, outros pela forte ligação que existe entre as duas nações. “Estamos ligados pela história, pela lín-gua”, diz Ivone Sousa, outra das cidadãs brasilei-ras que encontrou no Alentejo um lar. “Sinto-me cá muito bem. Gosto do que faço”. Trabalha na Cáritas. Ajuda no que é necessário, tanto pode la-var as escadas como dar uma ajuda na cozinha.
Ajeita os óculos e apruma a bata que enverga. Em Beja conheceu o seu atual marido, também de nacionalidade brasileira. “Foi obra do des-tino”, garante. “Os meus filhos estão ligados tam-bém a esta cidade. Tenho cá seis netos. Só Deus saberá se um dia regressamos ao Brasil definiti-vamente”, conta, enquanto aguarda pela hora de almoço, que não tardará em chegar.
Delicia-se com a comida portuguesa. “É gostosa. Os portugueses comem muito peixe. No Brasil não é bem assim. A carne não tem o mesmo sabor da nossa, mas também nos ha-bituamos”, diz. Queixas? As rendas das casas em Beja. “São muito altas”, afirma. Os pontei-ros avançam no relógio e a hora que tem para al-moço começa a encurtar. É preciso dar alimento ao corpo, que a tarde, essa, voltará a ser de traba-lho, felizmente. “É uma bênção termos trabalho, sustento”, confessa.
Lincoln continua a sua busca por emprego, por um emprego que lhe permita estudar. José regressa a Vila Nova de Milfontes com os papéis tratados e só deseja um trabalho e, se possível, que as obras da A26 tenham outro destino. Damila continua no seu emprego, continua a estudar no IPBeja e daqui a três anos espera poder regressar ao Brasil. Ivone continua com a sua família grande, grata por es-tar na Cáritas. Grata por poder continuar, até que Deus queira, neste Alentejo brasileiro.
divorciou-se e voltou a ficar por cá. “Tem sido uma aventura com muitos altos e baixos. Com muitas coisas boas e coisas más. É uma experi-ência. É assim em qualquer lado que estejamos e por isso só tenho de pensar positivamente”. Otimismo é algo que não lhe falta e o pessi-mismo dos portugueses, por vezes, até a assusta. “Encontramos uma pessoa na rua e pergun-tamos se está tudo bem, mas a resposta é sem-pre mais ou menos, está tudo péssimo. Ficamos ainda mais para baixo”. O espírito brasileiro, na
verdade, não lhe sai do corpo, por mais anos que viva ausente do seu torrão natal.
Damila trabalha e estuda. Investe em si, pro-cura um equilíbrio, uma base sólida. Para si e para as suas filhas, para a sua família. “Já fiz um pouco de tudo. Faço o que seja necessário. O povo brasileiro é assim. Agarra qualquer coisa. Os portugueses reclamam mais. Somos diferentes nisso, faz parte da cultura de cada um”, afirma.
Ajeita o cabelo pintado, a realçar a cor violeta. Dispersa o olhar e dá gargalhadas fartas. “Temos
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Jorge Costa
Jorge Costa é mais um antigo joga-dor do Desportivo de Beja, clube onde completou todo o seu per-
curso de formação. Tendo atingido a idade de sénior, iniciou um périplo por diversos clubes, começando pela Zona Azul, seguindo para o Baleizão e daí para o Vasco da Gama da Vidigueira. No regresso a Beja, vestiu a camisola do Penedo Gordo e do Desportivo das Neves e concluiu a carreira de jogador na equipa de futsal do CCD Bairro da Conceição, onde foi campeão distrital. O seu percurso de treinador começou ao lado de Luís Figueira, no Desportivo das Neves. Mais tarde foi adjunto de José António Lindeza nos juvenis do Despertar e de Carlos Guerreiro nos seniores do Despertar, Ferreirense e Castrense. Habilitado com o curso de treinador de 2.º grau da FPF, é atual-mente o treinador principal do Bairro da Conceição, clube onde vai cumprir a sua terceira época.
(2) AMARELEJENSE/AL-DE NOVENSEO Amarelejense tem no fa-tor casa a sua grande moti-vação, mas a qualidade dos jogadores do Aldenovense será decisiva para que a
balança penda a seu favor.
(X) DESPORTIVO DE BEJA/SERPASão duas equipas que procuram a primeira vitória. O fator casa poderá ser importante, até pelo tapete de relva natural, mas o Serpa tem mais-valias individuais que jus-tificam o meu prognóstico de empate.
(X) ALMODÔVAR/MILFONTESEquipas muito bem orientadas e consti-tuídas por bons jogadores. Ambas procu-ram os lugares cimeiros da tabela. Mais um jogo de empate.
(2) SPORTING DE CUBA/ROSAIRENSEO Rosairense tem um percurso extraor-dinário deste há três ou quatro épocas. Mudou de treinador, mas isso não fragili-zou a equipa, que será capaz de conquis-tar os três pontos em Cuba.
(1) PIENSE/SÃO MARCOSO São Marcos tem uma equipa com joga-dores muito experientes. O relvado natu-ral do 1.º de Maio e a equipa aguerrida que o Piense apresenta justificam o triunfo dos locais.
(2) CABEÇA GORDA/B. DA CONCEIÇÃOPara ser coerente comigo e com a motiva-ção que tenho que transmitir aos jogado-res, quero acreditar que a minha equipa vai vencer o Ferróbico.
(1) ODEMIRENSE/GUADIANAUma equipa que joga para o título, com ou-tra que joga pela manutenção. Vitória do Odemirense que, a jogar no seu terreno, não irá facilitar.
Castrense mudou de treinador mas foi goleado em Moura
O declínio de um candidato...
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Desporto
Futebol juvenil
13/10 - Campeonato Distrital de Benjamins (1.ª jornada) Série A: Desportivo de Beja-Ferreirense A; Alvito-Figueirense; Bairro Conceição --Sporting Cuba; Vasco da Gama-Aljustrelense. Folga o Despertar A. Série B: Sobral da Adiça-Despertar B; CB Beja-Moura; São Domingos-Serpa; Santo Aleixo-Piense; Ferreirense B-NS Beja. Série C: Almodôvar-Odemirense; São Marcos-Boavista; Milfontes A-Milfontes B; Ourique-Rosairense; Castrense --Renascente.13/ 10 – Campeonato Distrital de Infantis (1.ª jornada) Série A: NS
Beja-Vasco da Gama; Sporting Cuba-Alvito; Despertar A-Bairro Conceição; Alvorada-Desportivo Beja. Folga o Ferreirense. Série B: Operário --Amarelejense; Aldenovense-Guadiana; Piense-Despertar B; Serpa-CB Beja. Folga o Moura. Série C: Renascente-Aljustrelense; Milfontes A-MilfontesB; Castrense A-Castrense B; Boavista-Almodôvar. Folga o Odemirense.12/10 – Campeonato Distrital de Futsal (1.º jornada)N.S.Moura-Vasco da Gama; Vila Ruiva-Politécnico de Beja; AD VNSBento-Desportivo de Beja; Alcoforado-Ferreirense; Baronia-Luzerna; Almodovarense-Safara.
Resultados Campeonato Nacional de Iniciados Série G (5.ª jornada): São Luís-Louletano, 0-5; Desportivo de Beja-Lagos, 0-5; Olhanense-V.Setúbal, 2-1; Lusitano VRSA-Despertar, 5-0; Odiáxere-Imortal, 0-6. Classificação: 1.º Olhanense, 15 pontos. 2.º V. Setúbal, 12. 3.º Imortal, 12. 4.º Lagos e Louletano, nove. 6.º. São Luís, quatro. 7.º Lusitano VRSA. 8.º Despertar e Desportivo de Beja, três. 10.º Odiáxere, um. Próxima jornada (14/10): Louletano-Odiáxere; Lagos-São Luís; V. Setúbal-Desportivo Beja; Despertar-Olhanense; Imortal --Lusitano VRSA.
O jogo entre o Desportivo de Almodôvar e o Milfontes, no próximo domingo, no terreno dos almodovarenses, é, in-
discutivelmente, uma das partidas de maior in-teresse da 3.ª jornada do distrital da 1.ª divisão. São dois conjuntos muito bem apetrechados e com grandes ambições para este campeonato. O Odemirense, um dos líderes, recebe o Guadiana e é favorito; o São Marcos, que ainda não perdeu, tem difícil deslocação ao 1.º de Maio em Pias; o Desportivo recebe o Serpa, equipa que até ao mo-mento averbou dois empates. O Aldenovense
O treinador é sempre o elo mais fraco, nem sempre o único rosto do insucesso. Não era expectável que o Castrense ga-nhasse em Moura, mas que não saísse vergado a uma derrota tão humilhante.
Texto Firmino Paixão
A ronda do próximo domingo, no Nacional da 3.ª Divisão, não será fá-cil para as equipas o distrito de Beja.
Senão vejamos. O Aljustrelense desce até Lagos para o campo da equipa com a me-lhor defesa e uma das duas que ainda não perderam nas quatro jornadas. O Vasco da Gama, fragilizado pela derrota caseira do passado domingo, vai para Reguengos de Monsaraz bater-se contra uma equipa que, sendo difícil, vem moralizada do triunfo em Aljustrel. O Castrense, esperemos que
com as feridas de Moura já saradas, visita o União de Montemor, líder do campeonato e a segunda equipa que ainda não perdeu. Finalmente o Moura, também a jogar fora de casa, visita o Monte Trigo embalado pelo folgado triunfo conquistado no Algarve há oito dias.
Na jornada anterior, que marcou a estreia de Mário Tomé ao leme do Castrense, assina-lada com uma volumosa derrota em Moura, diremos que são jogos, não para esquecer, mas para sempre recordar. O Aljustrelense sofreu a primeira derrota em casa para o campeonato, frente ao Reguengos, adver-sário que no mesmo recinto os tinha afas-tado da Taça de Portugal. O Vasco da Gama fraquejou frente ao Juventude e sofreu a se-gunda derrota no seu terreno. O Moura, em segundo lugar, é a nossa melhor equipa na tabela de pontos.
Hoje palpito eu...
O jogo mais importante da jornada opõe o Almodôvar ao Milfontes
O primeiro milho é dos pardais
3.ª Divisão – Série F
4.ª jornada
Esp. Lagos-U. Montemor .................................................. 0-0Aljustrelense -At. Reguengos ..........................................0-1 CF Vasco da Gama-Juventude Évora ..............................1-2 Sesimbra-Lagoa ..................................................................1-1 Lusitano FC VRSA-Monte Trigo ....................................... 1-6 Moura-Castrense.................................................................7-1 J V E D G P
U. Montemor 4 3 1 0 6-3 10
Moura 4 3 0 1 12-4 9
Esp. Lagos 4 2 2 0 5-1 8
At. Reguengos 4 2 1 1 4-2 7
Sesimbra 4 2 1 1 5-5 7
Aljustrelense 4 2 1 1 5-2 7
CF Vasco da Gama 4 2 0 2 8-7 6
Juventude Évora 4 1 1 2 3-6 4
Lagoa 4 1 1 2 4-8 4
Monte Trigo 4 1 0 3 9-8 3
Lusitano VRSA 4 1 0 3 5-11 3
Castrense 4 0 0 4 4-13 0
Próxima jornada (14/10/2012): Esp. Lagos-Aljustrelense, At.
Reguengos-CF Vasco da Gama, Juventude Évora-Sesimbra,
Lagoa-Lusitano VRSA, Monte Trigo- Moura, U. Montemor -
-Castrense.
1.ª Divisão – AF Beja
2.ª jornada
Amarelejense-Odemirense ............................................. 0-2Aldenovense-Desp. Beja .................................................. 1-0Serpa-Almodôvar ................................................................1-1 Praia Milfontes-Sp. Cuba .................................................. 3-0 Rosairense-Piense ...............................................................3-2 São Marcos-Cabeça Gorda................................................1-1 Bairro da Conceição-Guadiana ........................................3-1 J V E D G P
Rosairense 2 2 0 0 7-2 6
Odemirense 2 2 0 0 3-0 6
São Marcos 2 1 1 0 3-2 4
Almodôvar 2 1 1 0 3-2 4
Piense 2 1 0 1 5-4 3
Bairro da Conceição 2 1 0 1 3-2 3
Aldenovense 2 1 0 1 2-2 3
Praia Milfontes 2 1 0 1 4-3 3
Serpa 2 0 2 0 1-1 2
Desp. Beja 2 0 1 1 0-1 1
Amarelejense 2 0 1 1 0-2 1
Sp. Cuba 2 0 1 1 0-3 1
Cabeça Gorda 2 0 1 1 1-5 1
Guadiana 2 0 0 2 2-5 0
Próxima jornada (14/10/2012): Amarelejense-Aldenovense,
Desp. Beja-Serpa, Almodôvar-Praia Milfontes, Sp. Cuba-Rosai-
rense, Piense-São Marcos, Cabeça Gorda-Bairro da Conceição,
Odemirense-Guadiana.
é favorito na sua deslocação a Amareleja e o Rosairense terá um teste difícil em Cuba. O Cabeça Gorda receberá o Bairro da Conceição, num confronto que os visitados podem vencer.
No passado fim de semana marcaram - -se 19 golos, com três equipas em branco, Amarelejense, Desportivo e Cuba, que ainda não marcaram qualquer golo neste campeonato. O Odemirense é a única formação cujas redes não foram violadas e o Rosairense (um pouco à pala dos 4-0 na Cabeça Gorda) é a equipa mais rea-lizadora (sete golos). O Odemirense venceu no
difícil Campo das Cancelinhas, na Amareleja, naquele que foi o único triunfo em casa alheia. A jornada produziu também dois empates, am-bos a uma bola, um em Serpa e penalizador para os locais, outro em São Marcos, morali-zador para o Cabeça Gorda. O Aldenovense ga-nhou tangencialmente ao Desportivo de Beja, o Milfontes venceu o Cuba com facilidade e o Rosairense superou o Piense. Finalmente, em Beja, o Guadiana foi para o intervalo em vanta-gem, mas o Bairro da Conceição deu a volta.
Firmino Paixão
Distrital O Bairro foi para o intervalo a perder mas no segundo tempo deu a volta ao marcador
Beja Basket Clube O Campeonato Nacional de Basquetebol da 2.ª Divisão (fase in-ter-regional) vai iniciar-se no dia 9 de novembro, com a formação do Beja Basket Clube in-cluída na Zona Sul B. O calendário da jornada inaugural é o seguinte: Ferragudo-Tubarões; Reguengos-Imortal Basket e Portimonense-Beja Basket Clube.
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As equipas de formação do Lusitano de Évora dominaram a 1.ª Copa Alentejo – Torneio de Futebol Infantil, cujo qua-dro competitivo encerrou em conví-vio e festa no Complexo Desportivo Fernando Mamede, em Beja.
Texto e foto Firmino Paixão
A Copa Alentejo voltou à cidade de Beja para o encerramento de um torneio que envolveu centenas de
crianças, potenciais grandes futebolistas, ou não, mas todos unidos num espírito de missão e convívio, troca de experiên-cias, melhorando competências pelo con-tacto com realidades distintas. E se estes eram os grandes objetivos da organização, tem que se dizer que as metas foram supe-radas, porque as famílias, o público anó-nimo e as claques deram o toque final de qualidade.
Não admira que na hora da avaliação final, Florival Graça, um dos rostos da or-ganização, tenha dito que “a Copa Alentejo teve um sucesso excecional, as pessoas que estão neste mundo do futebol juvenil não esperavam um sucesso tão elevado, tanta adesão do público, os miúdos conviveram, divertiram-se, foi um sucesso para os clu-bes alentejanos que se empenharam na organização”.
O dirigente do Desportivo de Beja des-valorizou os resultados competitivos e su-blinhou que “os principais ganhadores fo-ram todos os jovens que participaram no
evento”. E lembrou: “Estes pequenos gran-des jogadores viveram estas jornadas em que foram eles os principais protagonis-tas, foi pensando neles que a organização trabalhou e, naturalmente, que são eles que ganham competências ao nível social e ao nível desportivo, com a presença em eventos desta dimensão”. Florival Graça quis ainda “sublinhar a ajuda e o empenho dos pais e outros familiares dos miúdos e de todos os técnicos que, diariamente, colaboraram”.
Numa oportuna alusão aos restantes parceiros da organização, Florival Graça confirmou a realidade que foi sempre vi-sível: “Foram parceiros extraordinários, empenharam-se muito neste mundialito alentejano, sobretudo a Imagem 4, que fo-ram inexcedíveis, mas também o Grupo Desportivo Afeiteira e o Lusitano de Évora”, realçou. O dirigente recordou tam-bém que “além do processo desportivo, esta Copa Alentejo permitiu que se esta-belecessem boas relações entre as pessoas, que se proporcionassem vivências diferen-tes aos miúdos, o que está aqui em causa é o futuro deles no plano desportivo e so-cial e também o futuro do futebol nesta região”.
Não será por isso de admirar que o olhar do dia seguinte tenha sido logo diri-gido para a Copa 2013: “A segunda edição da Copa Alentejo já está a ser preparada, já iniciámos o diálogo com as pessoas, já temos equipas empenhadas em partici-par no próximo ano e a efetuar já a sua
pré-inscrição, o que significa que fomos bem-sucedidos e que as pessoas ficaram satisfeitas”, revelou o responsável.
Acolhendo esta inédita e bem-sucedida realização, o Clube Desportivo de Beja dá sinais de uma grande afirmação do seu trabalho no futebol juvenil. Florival Graça não tem dúvidas disso: “O Desportivo de Beja, desde há dois anos, ganhou uma nova dinâmica na sua vertente de for-mação, e com a participação nesta Copa Alentejo sem dúvida que vamos ter mais visibilidade, mas temos que agradecer aos pais dos miúdos e aos membros da comis-são administrativa que se empenharam, porque sem eles nada seria possível, tanto nesta copa como no dia-a-dia das nossas equipas, e congratulamo-nos por termos triplicado o número de miúdos do ano pas-sado”, concluiu o dirigente bejense.
Classificações: Petizes: 1.º Lusitano Évora. 2.º Desportivo de Beja A. 3.º Casa do Benfica de Beja. 4.º Desportivo de Beja B. Traquinas: Desportivo de Beja A. 2.º Lusitano Évora. 3.º Afeiteira A. 4.º Desportivo de Beja B. 5.º Afeiteira B. Benjamins: 1.º Lusitano Évora. 2.º Ferreirense. 3.º Afeiteira A. 4.º Casa do Benfica de Beja. 5.º Ferreirense B. 6º. Desportivo de Beja B. 7.º Alvito. 8.º Afeiteira B. 9.º Desportivo de Beja A. 10.º Santa Vitória. Infantis: 1.º Lusitano Évora. 2.º Ferreirense. 3.º Alvito. 4.º Afeiteira. 5.º Desportivo de Beja B. 6.º Desportivo de Beja A.
1.ª Copa Alentejo – Torneio de Futebol Infantil terminou em Beja
Os miúdos foram todos campeões
Troféu Município de Beja 2012Em três palcos distintos realizou-se a
primeira fase do Troféu Município de Beja,
competição dirigida às equipas do concelho
que vão competir na Taça Fundação Inatel.
Os resultados foram os seguintes: Série
A (jogos em São Matias): São Matias-
Beringelense, 3-1; Albernoense-São Matias,
1-1; Beringelense-Albernoense, 0-1. Série B
(jogos em Neves): Salvadense-Louredense,
0-0; Desportivo das Neves-Penedo Gordo
0-2; Louredense-Desportivo das Neves,
2-0; Salvadense-Penedo Gordo, 2-0. Série
C (jogos em Mombeja): Trindade-Mombeja
2-0; Quintos-Trindade 0-1; Mombeja -
-Quintos 1-0. A fase final disputa-se na tarde
de amanhã no Campos de Jogos do Bairro
da Conceição e no Complexo Desportivo
Fernando Mamede (sintéticos 1 e 2).
Centro de Marcha e Corrida A Câmara Municipal de Castro Verde
inaugura amanhã, sábado, o Centro
Municipal de Marcha e Corrida com uma
caminhada e um passeio de bicicleta. A
concentração para o evento está marcada
para a praça da Liberdade, pelas 15 e 30
horas, e conta com a presença da atleta Ana
Dias e do antigo atleta Ezequiel Canário.
Trata-se de uma organização do município
de Castro Verde com a colaboração da
Associação 100 Trilhos – Clube BTT.
Dia Mundial do CoraçãoA Juventude Desportiva das Neves
comemora o Dia Mundial do Coração com
uma caminhada a realizar no próximo
domingo, pelas 8 e 30 horas, com partida
do largo Catarina Eufémia. O lema da
iniciativa, grátis e aberta à população, é
“Todos juntos por um coração saudável”.
Os Independentes de SinesO Campeonato Nacional de Futsal da 3.ª
Divisão começa amanhã, sábado, sem
representantes da AF Beja uma vez que
o Politécnico de Beja (campeão distrital)
renunciou à sua participação. A região está
representada pelos Independentes e pelo
União de Montemor, equipas que amanhã
se defrontam no litoral, e pela formação
do Sporting de Viana do Alentejo, que se
desloca ao recinto dos Salesianos (Lisboa).
Mini basquetebol em SerpaA Casa do Benfica de Serpa está a promover uma ação de captação de jovens, com idades compreendidas entre os seis e os 11 anos, para a prática de mini basquetebol. Os treinados realizam-se às terças e sextas-feiras, pelas 18 horas, no pavilhão da Escola Secundária de Serpa. A organização oferece o seguro desportivo.
Copa Alentejo Santa Vitória foi a equipa com a melhor claque
Futebol de Rua: seleção
nacional no México
A seleção nacional de futebol de rua, que está no México a
disputar o Campeonato do Mundo e que tem na equipa técnica
o jovem treinador bejense Francisco Seita, está imparável.
Depois de vencer os jogos com a Áustria (6-2), Roménia (10-2),
Filipinas (13-2) e Suécia (5-2) bateu ainda a Escócia, campeã do
Mundo em 2011, por 6-3. Portugal tem hoje, sexta-feira, um jogo
com o Brasil, decisivo para a qualificação para a fase final.
Realiza-se no próximo domingo, dia 14, na barragem de Santa
Clara de Louredo, o primeiro convívio piscatório para elementos
das forças de segurança e bombeiros. A concentração terá lugar
pelas 6 e 30 horas, na sede do Clube de Pescadores de Beja, e
os pescadores, com licença de pesca, podem inscrever-se pelos
números 961327814 e 962076136 até ao meio-dia de amanhã,
sábado. O evento terminará com um almoço aberto a familiares.
Fardas vão à pesca em Santa Clara de Louredo
Almodôvar já tem voleibol A Associação de Voleibol do Alentejo anunciou a filiação do Clube Desportivo de Almodôvar nesta modalidade, tendo em vista a partici-pação em competições federadas e oficio-sas na época desportiva 2012/2013, sobre-tudo ao nível da formação.
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Iniciou-se na arbitragem de futebol na época 2007/2008 e fez todo um percurso as-cendente até atingir, esta época, o quadro feminino do Conselho Nacional de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol.
Texto e foto Firmino Paixão
Maria Alexandra Piriquito Sousa nasceu em São Matias, Beja, no dia
7 de março de 1989 (23 anos) e a sua estreia ocorreu em Beja, no jogo do Campeonato Nacional de Iniciados, entre o Despertar e o Imortal de Albufeira. Um mo-mento especial, confessa a árbitra alentejana: “Não digo que me senti emocionada, mas foi importante. Foi o primeiro passo de uma car-reira que espero que seja bem-su-cedida”.
Espera viver momentos ainda
mais importantes do que a estreia
no quadro nacional?
Claro, tenho objetivos como qual-quer árbitro. O principal, para esta época, é manter-me no quadro na-cional. Sou nova, ainda tenho muito para aprender e quero fa-zer essa aprendizagem com todos aqueles que já fazem parte deste quadro há mais tempo, mas a mi-nha meta é ir sempre melhorando e chegar o mais longe possível.
Tem orgulho do seu percurso na
arbitragem?
Posso dizer que sim, o maior orgu-lho é ter sido a primeira árbitra do quadro na Associação de Futebol
Longe vão os tempos em que o futebol de salão enchia de prazer a rapaziada que, em épocas veraneantes, se dedicava a torneios infindáveis que levavam ao rubro o prazer da bola. Recordo com saudade as noites de canícula neste nosso Alentejo e do público, em massa, que marcava a sua inquestionável presença no evento. Torneios populares onde proliferavam equipas de índole bem diferentes. Bairros, ruas, clubes e empresas davam cor a recintos em que as claques assinalavam a sua comparência. O ringue do jardim municipal de Beja, e mais tarde o pavilhão gimnodesportivo, por exemplo, foram palcos de infindáveis emoções. Acontece que o futebol de salão, com as suas regras, acabou por dar origem à atual modalidade do futsal. Uma modalidade que criou profundas raízes nacionais e que se dimensionou ao recôndito lugarejo desta pátria lusa. Olho, atentamente, a verdade da AF Beja. O futebol sénior, a nível da 2.ª divisão distrital, deparou-se, na presente época, com uma pausa forçada. Falharam os apoios, afirmam os dirigentes. Alguns clubes primodivisionários enveredaram pelo mesmo diapasão. Face ao constatado, diz-nos a realidade que o futsal ganhou um maior espaço no órgão da bola de Beja. São 13 os emblemas regionais que estão prontos para participarem num campeonato – 2012/13 – que terá o seu início no próximo fim de semana. Atendendo ao número de filiados, prevê-se um campeonato atrativo e deveras emotivo. Na minha opinião, a modalidade de futsal ultrapassou o fenómeno da futilidade e é, agora, uma prova que levará aos pavilhões adeptos sequiosos de elevar bem alto o emblema do qual é, afinal, aderente. Sabendo-se que a visibilidade do futsal tende a dimensionar-se no tempo, é lógico que vejamos o futuro campeonato como uma mola real de uma modalidade que assume, finalmente, um lugar próprio na competitividade distrital bejense.
Futsal
José Saúde
Marisa Sousa jogou futebol informalmente e hoje é árbitra nacional
Um sonho com asas para voarde Beja a atingir os quadros nacio-nais. É verdade que a Ana já esteve neste quadro, mais ela veio de ou-tra associação. Isso orgulha-me muito.
As mulheres estão a invadir um
terreno que era quase exclusivo
dos homens?
Considero que sim, apesar de ainda estarmos numa fase muito embrionária, mas estamos a pro-gredir a passos largos. A Federação Portuguesa de Futebol também tem um papel importante, por-que acolhe bem as mulheres, aposta nelas e proporciona-lhes muita formação. Trabalho muito para conciliar a arbitragem com a minha vida académica, o estudo das leis e o treino físico ocupam --me muitas horas semanais, mas quando se tem gosto no que se faz as coisas tornam-se mais fáceis.
A responsabilidade pelos seus êxi-
tos, ou os insucessos, é repartida
com os seus árbitros assistentes?
Quando fazemos a preparação dos jogos ficamos com essa noção. Sou eu que dou a cara mas nós somos uma equipa. Se eu errar, são eles que erram, se eles errarem, tam-bém sou eu a errar, somos uma equipa, não podemos fugir disto. Como estou dentro do campo sou eu que tenho que assumir a res-ponsabilidade, se existir discus-são é comigo que o fazem, mas se tivermos que sofrer sofremos os três.
Ouve o que se passa à sua volta ou
procura abstrair-se dos comentá-
rios dos espectadores?
Tento ao máximo ignorar es-ses comentários, mas é óbvio que quando estamos mais perto das linhas se nos mandarem uma “boca” temos noção disso, mas normalmente abstraio-me e nunca isso me influenciará na tomada de decisões.
Já ouviu algo que a tivesse le-
vado a pensar em desistir deste
caminho?
Já ouvi algumas coisas desagradá-veis, sobretudo no início da minha carreira. Nessa altura talvez me ti-vesse levado a refletir bem se era isto que eu queria, mas quando fazemos aquilo que gostamos, e quando o fazemos com tanta pai-xão, podem dizer o que quiserem que nada nos vai abalar.
Sente-se um exemplo de uma mu-
lher bem-sucedida no desporto
que pode trazer outras mulheres
para a arbitragem?
Não sei se sou um exemplo, mas gostaria que algumas raparigas olhassem para mim e pensassem “se ela conseguiu nós também vamos conseguir, porque temos tanta capacidade como a Marisa ou ainda mais”. Com estudo, tra-balho e, acima de tudo, muita de-dicação, todas conseguirão. Tenho pena de estar sozinha neste qua-dro, gostaria de ter mais colegas para trocarmos experiências e no-vas aprendizagens.
Que objetivos persegue na
arbitragem?
Temos que pensar num passo de cada vez. Nesta época o que desejo é manter-me no quadro nacional.
Depois, naturalmente que o sonho é ir subindo os diversos patama-res, e se conseguisse um dia atin-gir a internacionalização seria o concretizar de um grande sonho.
Esse sonho tem asas para voar
longe?
Da minha parte farei tudo o que estiver ao meu alcance, natural-mente que exigirá muito da mi-nha vida pessoal, mas o meu obje-tivo é mesmo ir por esse caminho. Tenho visto o exemplo das mi-nhas colegas internacionais que nos dizem que é muito difícil, que exige muito trabalho, mas é grati-ficante. Mas esse é o meu objetivo principal.
O que a trouxe para o mundo da
arbitragem?
Sempre estive ligada ao desporto, sobretudo ao futebol, foi sempre a minha paixão. Como aqui em Beja não havia muita aposta no futebol feminino, vi na arbitragem um ca-minho para manter essa ligação a um desporto de que gosto. Nunca fui futebolista federada, jogava na minha terra, jogava no desporto escolar, sempre tive esse bichinho pelo futebol.
Mas existe outra Marisa para além
da arbitragem?
Claro, licenciei-me em Educação Física, na especialidade de Natação, estou no último ano do mestrado em Évora, a ideia é seguir a via do ensino, mas continuar na arbitra-gem, conciliar as duas atividades, progredir não só na arbitragem como a nível pessoal e tornar-me uma grande mulher.
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Diário do Alentejo12 outubro 2012
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Recrutamento de um Técnico Superior de Gestão de Empresas M/F
A Terras Dentro – Associação para o Desenvolvimento Integrado, pretende recrutar em regime de contrato a termo certo, pelo período de 8 meses, um Técnico Superior Licenciado em Gestão de Empresas para desempenhar funções no Projeto Contrato local de Desenvolvimento Social de Vidigueira.
Perfil Solicitado:
Licenciatura em Gestão de Empresas Portador de CAP (certificado de aptidão profissional) Experiência de intervenção em territórios envelhecidos Experiência de contacto com o público Conhecimentos de programas de apoio a desempregados e empresas Boa capacidade de comunicação Carta de condução e disponibilidade para deslocações Disponibilidade para entrada imediata Preferencialmente residência no concelho de Vidigueira
Local de trabalho
Concelho de Vidigueira
Candidaturas
As candidaturas devem ser enviadas até 18 de Outubro de 2012, para: Terras Dentro – Associação para o Desenvolvimento Integrado (Projeto Contrato Local de Desenvolvimento Social de Vidigueira), Rua Rossio do Pinheiro s/n, 7090-049 Alcáçovas ou por email para clv@terrasdentro.pt, integrando carta de apresentação, Curriculum Vitae e outros elementos considerados pertinentes para a análise da candidatura.
Método de Seleção: análise curricular e entrevista
Diário do Alentejo n.º 1590 de 12/10/2012 Única Publicação
CÂMARA MUNICIPAL DE BARRANCOS
EDITAL N.º 15/2012(Publicitação das transferências concedidas
pela Câmara Municipal de Barrancos no 1.º Semestre/2012)
ANTÓNIO PICA TERENO, Presidente da Câmara
Municipal de Barrancos, torna público, nos termos e
para cumprimento do disposto na Lei n.º 26/94, de 19
de Agosto, os benefícios concedidos no 1.º semestre
de 2012
Listagem das transferências concedidas BENEFICIÁRIO
MONTANTE
TRANSFERIDO OBSERVAÇÃO
Agrupamento de Escolas de Barrancos 2.574,22 Refeições Escolares Agrupamento de Escolas de Barrancos 1.995,00 Protocolo Pavilhão Assembleia Distrital de Beja 2.238,00 Comparticipação Associação Barranquenha p/ Desenvolvimento 59.498,04 Protocolo Ação Social Associação Barranquenha p/ Desenvolvimento 8.000,00 Projeto EEAGRANTS Associação Municípios Baixo Alentejo e Alentejo Litoral
1.849,33 Projetos em parceria – comparticipação
Associação Municípios Baixo Alentejo e Alentejo Litoral
16.161,00 Comparticipação
Associação de Defesa do Património de Mértola 8.418,00 Projeto -“Tradições Orais” Associação de Defesa do Património de Mértola 11.708,00 Deliberação n.º 25/CM/12, de 14/3 Associação de Defesa do Património de Mértola 6.348,19 Projeto EEAGRANTS Associação de Reformados de Barrancos 7.837,50 Banco de Medicamentos Associação Humanitária B. V. Barrancos 14.250,00 Protocolo – Equipa de Intervenção
Permanente Associação Humanitária B. V. Barrancos 14.250,00 Protocolo de Colaboração Associação Humanitária B.V. Barrancos 12.000,00 Contrato-Programa (Apoio Saúde) Associação Humanitária B.V. Barrancos 3.140,00 Contrato.Programa - Deliberação n.º
43/CM/12, de 20/4 Associação Nacional de Municípios Portugueses 1.862,00 Encargos c/seguros BVB Barrancos Futebol Clube 5.000,00 Contrato – Programa n.º13/11
TOTAL DAS TRANSFERÊNCIAS CORRENTES …….............................. €177.129,28 Aguas Públicas do Alentejo, SA 4.585,87 Projecto – Comparticipação Associação de Municípios Alentejanos p/ Gestão do Ambiente
20.138,65 Projecto - Comparticipação
Associação Humanitária B.V.B. 10.800,00 Protocolo POVT Junta de Freguesia de Barrancos 19.611,64 Protocolo Lar Nossa Sr.ª da Conceição de Barrancos 29.000,00 Protocolo Obras Pares
TOTAL DAS TRANSFERÊNCIAS CAPITAL ……........................... €84.136,16
TOTAL: (CORRENTES + CAPITAL) ……....................... €261.265,44
Câmara Municipal de Barrancos, 10 de setembro
de 2012
O Presidente da Câmara
Dr. António Pica Tereno
Diário do Alentejo n.º 1590 de 12/10/2012 Única Publicação
ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE SERPA
EDITAL
JOSÉ FILIPE NOGUEIRA ESTEVENS, 1.º
SECRETÁRIO DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE
SERPA:
TORNA PÚBLICO: de acordo com o estipulado no
n.º 1 do artigo 50.º da Lei n.º 169/99, de 18 de se-
tembro, com a redacção dada pela Lei n.º 5-A/2002,
de 11 de janeiro e artigo 10.º do Regimento da As-
sembleia Municipal de Serpa, que no próximo dia
12 de outubro de 2012 pelas 18:00 Horas, na Sala
de Sessões da Câmara Municipal realizar-se-á uma
sessão extraordinária deste Órgão Deliberativo, cuja
ordem de trabalhos é a seguinte:
1. PERÍODO DE “ORDEM DO DIA”
1.1. Reorganização Administrativa Territorial Au-
tárquica
1.2. Impostos Municipais
1.3. Revisão ao Orçamento e Plano Plurianual de
Investimentos
1.4. Plano de Urbanização de Serpa
2. PERÍODO DE INTERVENÇÃO DO PÚBLICO
E, para constar, se publica o presente edital e
outros de igual teor, que vão ser afi xados nos locais
públicos do costume.
Serpa, 4 de outubro de 2012
O Primeiro-Secretário da Assembleia Municipal
José Filipe Nogueira Estevens
Diário do Alentejo n.º 1590 de 12/10/2012 Única Publicação
AUTORIZAÇÃO PROVISÓRIA
DE FUNCIONAMENTO N.° 2/2012
REGIME DE INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO
DE ESTABELECIMENTOS DE APOIO SOCIAL
1. Identifi cação do estabelecimento
Denominação do estabelecimento: Casa Maria
Luisa Cordes da Ponte
Localização do estabelecimento: Travessa do
Mercado, s/n
C. Postal: 7630-033 Boavista dos Pinheiros
Localidade: Boavista dos Pinheiros
Distrito: Beja
Concelho: Odemira
Freguesia: Boavista dos Pinheiros
Telefone: 283 322 246
Fax: 283 322 288
e-mail: jardimdeinfancia@sapo.pt
2. Identifi cação da entidade gestora
Nome completo: Jardim de Infância Nossa Se-
nhora da Piedade
Morada: Rua Dr. João de Paiva, n°6
C. Postal; 7630-161 Odemira
Localidade: Odemira
3. Actividade exercida no estabelecimento
Centro de Atividades de Tempos Livres
4. Lotação máxima
O estabelecimento pode abranger o número
máximo de 20 (vinte) utentes em simultâneo
5. Condições a satisfazer
(Não aplicável a instituições particulares de
solidariedade social ou equiparadas ou outras ins-
tituições sem fi ns lucrativos a abranger por acordo
de cooperação)
6. Emissão e prazo de validade
Documento válido de 2012/09/26 a 2013/03/25
(180 dias renováveis até à celebração do acordo
de cooperação)
Data 2012/09/26
Assinatura ilegível
EXPLICAÇÕES– Dou explicações de Espanhol
– Faço traduções com o par Português/ Espanhol
Contacto: 934047165 linguas.iberia@gmail.com
Diário do Alentejo12 outubro 2012
saúde22
Laboratório de Análises
Clínicas de Beja, Lda.
Dr. Fernando H. Fernandes
Dr. Armindo Miguel
R. Gonçalves
Horários das 8 às 18 horas;
Acordo com benefi ciários
da Previdência/ARS; ADSE;
SAMS; CGD; MIN. JUSTIÇA;
GNR; ADM; PSP; Multicare;
Advance Care; Médis
FAZEM-SE DOMICÍLIOS
Rua de Mértola, 86, 1º
Rua Sousa Porto, 35-B
Telefs. 284324157/ 284325175
Fax 284326470
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do Hospital SAMSCONSULTAS
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dos Médicos e pelo Hospital de Santa Marta
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de S. Paulo, 29Marcações:
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de Ginecologiae Obstetrícia
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quartas, quintas e sextas
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Obstetrícia,
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BELARMINO, LDA.
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Familiar (Fac. C.M. Lisboa)
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e Prótese sobre Implantes
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de San Pablo-Céu, Madrid)
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Superior de Medicina
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Assistente graduado
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e obstetrícia
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Directora Clínica da novaclinicaExclusividade em Ortodontia (Aparelhos)
Master em Dental Science (Áustria)Investigadora Cientifica - Kanagawa
Dental School – JapãoInvestigadora no Centro de Medicina
Forense (Portugal)
Rua Manuel AntRua Manuel Antóónio de Britonio de Briton.n.ºº 6 6 –– 1.1.ºº frente. 7800frente. 7800--522 Beja522 Beja
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Consultor de Psiquiatria
ConsultórioRua Capitão João
Francisco Sousa 56-A 1º esqº 7800-451 BEJA
Tel. 284320749
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oftalmologista
Especialista pela Ordem
dos Médicos
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de Oftalmologia
do Hospital de Beja
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ACS, CTT, EDP, CGD, SAMS.
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pelo telef. 284325059
Rua do Canal, nº 4 7800 BEJA
Fisioterapia ▼
Oftalmologia ▼
Medicina dentária ▼
Psiquiatria ▼
Luís
Payne PereiraMédico Dentista
Consultas em Beja
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nº11 – 2º
Tel. 284329975
PARADELA
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de Beja
Consultas às 6ªs feiras
na Policlínica de S. Paulo
Rua Cidade S. Paulo, 29
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Cirurgia oral/Implantologia
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a sexta-feira,
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Clínica Dentária ▼
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Hospital de Beja
Doenças de Rins
e Vias Urinárias
Consultas às 6ªs feiras
na Policlínica de S. Paulo
Rua Cidade S. Paulo, 29
Marcações
pelo telef. 284328023
BEJA
Urologia ▼
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CORREIAMarcação
de consultas
de dermatologia:HORÁRIO:
Das 11 às 12.30 horas
e das 14 às 18 horas
pelo tel. 218481447
(Lisboa) ou
Em Beja no dia
das consultas
às quartas-feiras
Pelo tel. 284329134,
depois das 14.30 horas na
Rua Manuel António de
Brito, nº 4 – 1º frente
7800-544 Beja
(Edifício do Instituto
do Coração,
Frente ao Continente)
Dermatologia ▼
DR. A. FIGUEIREDO
LUZ
Médico
Especialista
pela Ordem
dos Médicos
e Ministério da Saúde
GeneralistaCONSULTAS DE OBESIDADE
Rua Capitão João Francisco
de Sousa, 56-A – Sala 8
Marcações
pelo tm. 919788155
Obesidade ▼
FRANCISCO FINO CORREIAMÉDICO UROLOGISTA
RINS E VIAS URINÁRIAS
Marcações de 2.ª a 6.ª feira a partir das 14 horas
Rua Capitão João Francisco de Sousa, n.º 20
7800-451 BEJA Tel. 284324690
Urologia ▼
Psicologia ▼
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NERVOSOCONSULTAS
às 3ªs e 4ªs feiras,
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Rua Tenente Valadim, 44
7800-073 BEJA
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Prótese/Ortodontia
Marcações pelo telefone 284321693 ou no local
Rua António Sardinha, 3 1º G
7800 BEJA
Estomatologia Cirurgia Maxilo-facial ▼
Neurologia ▼
DR. J. S. GALHOZOuvidos,Nariz,
GargantaExames da audição
Consultas a partir das 14 horas
Praça Diogo Fernandes,
23 - 1º F (Jardim do Bacalhau)
Telef. 284322527 BEJA
Otorrinolaringologia ▼
Terapia da Fala ▼
Terapeuta da Fala
VERA LÚCIA BAIÃO
Consultas em Beja
CLINIBEJA – 2.ª a 6.ª feira
Rua António Sardinha,
25, r/c esq.
Tm. 962557043
CÉLIA CAVACOOftalmologista
pelo Instituto Dr. Gama
Pinto – LisboaAssistente graduada
do serviço de oftalmologia
do Hospital José Joaquim
Fernandes – BejaMarcações de consultas
de 2ª a 6ª feira,
entre as 15 e as 18 horas
Rua Dr. Aresta Branco,
nº 47
7800-310 BEJA
Tel. 284326728
Tm. 969320100
Oftalmologia ▼
Clínica Geral ▼
GASPAR CANO
MÉDICO ESPECIALISTA EM CLÍNICA GERAL/MEDICINA FAMILIAR
Marcações a partir
das 14 horas Tel. 284322503
Clinipax Rua Zeca Afonso, nº 6-1º B – BEJA
HELENA MANSOCIRURGIA
VASCULAR
TRATAMENTO
DE VARIZES
Convenções com PT-ACSCONSULTÓRIOS:
BejaPraça António Raposo
Tavares, 12, 7800-426 BEJA Tel. 284 313 270
ÉvoraCDI – Praça Dr. Rosado
da Fonseca, 8, Urb. Horta dos Telhais, 7000 Évora
Tel. 266749740
Cirurgia Vascular ▼
Centro de
Fisioterapia
S. João Batista
Fisiatria
Dr. Carlos Machado
Drª Ana Teresa Gaspar
Psicologia Educacional
Drª Elsa Silvestre
Psicologia Clínica
Drª M. Carmo Gonçalves
Tratamentos
de Fisioterapia
Classes de Mobilidade
Classes para Incontinência
Urinária
Reeducação do Pavimento
Pélvico
Reabilitação
Pós Mastectomia
Hidroterapia/Classes no
meio aquático
Acordos com A.D.S.E., CGD,
Medis, Advance Care,
Multicare, Allianze,
Seguros/Acidentes
de trabalho, A.D.M., S.A.M.S.
Marcações pelo 284322446;
Fax 284326341
R. 25 de Abril, 11
cave esq. – 7800 BEJA
Fisioterapia ▼
Diário do Alentejo12 outubro 2012
saúde 23
PSICOLOGIAANA CARACÓIS SANTOS
– Educação emocional; – Psicoterapia de apoio; – Problemas comportamentais;
– Dificuldades de integração escolar; – Orientação vocacional;
– Métodos e hábitos de estudo
GIP – Gabinete de Intervenção Psicológica
Rua Almirante Cândido Reis, 13, 7800-445 BEJA Tel. 284321592
CENTRO DE IMAGIOLOGIA
DO BAIXO ALENTEJO
António Lopes – Aurora Alves – Helena Martelo –
Montes Palma – Maria João Hrotko
– Médicos Radiologistas –
Convenções: ADSE, ACS-PT, SAD-GNR, CGD, MEDIS, SSMJ, SAD-
PSP, SAMS, SAMS QUADROS, ADMS, MULTICARE,
ADVANCE CARE
Horário: de 2ª a 6ª feira, das 8 às 19 horas e aos sábados, das 8 às 13 horas
Av. Fialho de Almeida, nº 2 7800 BEJA Telef. 284318490
Tms. 924378886 ou 915529387
ECOGRAFIA – Geral, Endocavitária, Osteoarticular, Ecodoppler
TAC – Corpo, Neuroradiologia, Osteoarticular, Dentalscan
Mamografi a e Ecografi a Mamária
Ortopantomografi a
Electrocardiograma com relatório
Clínica Médico-Dentáriade S. FRANCISCO, LDA.
Gerência de Fernanda Faustino
Acordos: SAMS, ADMG, PSP, A.D.M.E.,
Portugal Telecom e Advancecare
Rua General Morais Sarmento, nº 18, r/chão; TEL. 284327260 7800-064 BEJA
_______________________________________
Manuel Matias – Isabel Lima – Miguel Oliveira
e Castro – Jaime Cruz Maurício
Ecografi a | Eco-Doppler Cor | Radiologia Digital
Mamografi a Digital | TAC | Uro-TC | Dental Scan
Densitometria Óssea
Nova valência: Colonoscopia Virtual
Acordos: ADSE; PT-ACS; CGD; Medis, Multicare;
SAMS; SAMS-quadros; Allianz; WDA;
Humana; Mondial Assistance.
Graça Santos Janeiro: Ecografi a Obstétrica
Marcações:
Telefone: 284 313 330; Fax: 284 313 339;
Web: www.crb.pt
Rua Afonso de Albuquerque, 7 r/c – 7800-442 Beja
e-mail: cradiologiabeja@mail.telepac.pt
Terapeuta da Fala
VERA LÚCIA BAIÃO
Consultas em Beja
CLINIBEJA – 2.ª a 6.ª feira
Rua António Sardinha,
25, r/c esq.
Tm. 962557043
Terapia da Fala ▼
Dr. Sidónio de Souza – Pneumologia/Alergologia/Desabituação tabágica – H. Pulido ValenteDr. Fernando Pimentel – Reumatologia – Medicina Desportiva – Instituto Português de Reumatologia de LisboaDr.ª Verónica Túbal – Nutricionismo – H. de BejaDr.ª Sandra Martins – Terapia da Fala – H. de BejaDr. Francisco Barrocas – Psicologia Clínica/Terapia Familiar – Membro Efectivo da Soc. Port. Terapia Familiar e da Assoc. Port. Terapias Comportamental e Cognitiva (Lisboa) – Assistente Principal – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo.Dr. Rogério Guerreiro – Medicina preventiva – Tratamento inovador para deixar de fumarDr. Gaspar Cano – Clínica Geral/ Medicina FamiliarDr.ª Nídia Amorim – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação (difi culdades específi cas de aprendizagem/dislexias) Dr. Sérgio Barroso – Especialista em Oncologia – H. de BejaDrª Margarida Loureiro – Endocrinologia/Diabetes/Obesidade – Instituto Português de Oncologia de LisboaDr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e Vias Urinárias – H. BejaDr. Daniel Barrocas – Psiquiatria – Hospital de ÉvoraDr.ª Lucília Bravo – Psiquiatria H.Beja , Centro Hospi-talar de Lisboa (H.Júlio de Matos). Dr. Carlos Monteverde – Chefe de Serviço de Medicina Interna, doenças de estômago, fígado, rins, endoscopia digestiva.Dr.ª Ana Cristina Duarte – Pneumologia/Alergologia Respiratória/Apneia do Sono – Assistente Hospitalar Graduada – Consultora de Pneumologia no Hospital de BejaDr.ª Isabel Santos – Chefe de Serviço de Psiquiatria de Infância e Adolescência/Terapeuta familiar – Centro Hospitalar do Baixo AlentejoDr.ª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital de BejaDr.ª Luísa Guerreiro – Ginecologia/ObstetríciaDr. Jorge Araújo – Ecografi as ObstétricasDr.ª Ana Montalvão – Hematologia Clínica /Doenças do Sangue – Assistente Hospitalar – Hospital de BejaDr.ª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica – Hospital de BejaDr. Diogo Matos – Dermatologia. Médico interno do Hospital Garcia da Orta.Dr.ª Madalena Espinho – Psicologia da Educação/Orientação VocacionalDr.ª Ana Margarida Soares – Terapia da Fala - Habilitação/Reabilitação da linguagem e fala. Perturbação da leitura e escrita específi ca e não específi ca. Voz/Fluência.Dr.ª Maria João Dores – Técnica Superior de Educação Especial e Reabilitação/Psicomotricidade. Perturbações do Desenvolvimento; Educação Especial; Reabilitação; Gerontomotricidade.Enfermeira Maria José Espanhol – Enfermeira especialista em saúde materna/Cuidados de enfermagem na clínica e ao domicílio/Preparação pré e pós parto/amamentação e cuidados ao recém-nascido/Imagem corporal da mãe – H. de Beja
Marcações diárias pelos tels. 284 322 503 Tm. 91 7716528 | Tm. 916203481
Rua Zeca Afonso, nº 6, 1º B, 7800-522 BejaClinipaxmail@gmail.com
Diário do Alentejo12 outubro 2012
Diário do Alentejo n.º 1590 de 12/10/2012 Única Publicação
24
Diário do Alentejo n.º 1590 de 12/10/2012 Única Publicação
CÂMARA MUNICIPAL DE MÉRTOLA
EDITAL Nº 150/2012Hasta Pública Para venda de Sucata
JORGE PAULO COLAÇO ROSA, Presidente da Câmara
Municipal de Mértola:
TORNA PÚBLICO, que esta Câmara Municipal em sua reunião
ordinária realizada no dia 3 de outubro de 2012, deliberou, por
unanimidade aceitar propostas para a Oferta Pública de Venda
de Sucata, propriedade do Município de Mértola.
A sucata é constituída por:
Lote 1 – 17 Veículos em fi m de vida
Lote 2 – Sucata Ferrosa Diversa
Acessórios de Veículos, Outros materiais
Lote 3 – Sucata Ferro/Tesoura
Diverso Material
Relativamente ao lote 1, poderá ser valorizado à unidade ou
atribuído um valor global para o conjunto dos veículos, não sendo
aceites propostas de valor inferior a 5.700,00€ (cinco mil e sete-
centos euros), para o conjunto dos 17 veículos. Todos os encargos
relacionados com a recolha, tratamento, e demais procedimentos
obrigatórios e inerentes ao próprio processo, são da responsabili-
dade da empresa a quem for adjudicado o concurso.
Relativamente ao lote 2 e 3, deverá ser apresentado um valor
unitário/kilo, considerando que não é possível proceder à pesagem
dos materiais existentes, não sendo admissíveis valores inferiores a
0,25€/kilo (vinte e cinco cêntimos) para o lote 2 e 0,17€/kilo (dezas-
sete cêntimos), para o lote 3. Todos os custos inerentes à recolha,
tratamento, pesagem e demais procedimentos obrigatórios são da
responsabilidade da empresa a quem for adjudicado o concurso.
A sucata encontra-se depositada nos armazéns municipais,
onde poderá ser verifi cada de segunda a sexta-feira, nas horas
normais de funcionamento das 08h00 às 16h00.
As propostas deverão ser entregues em sobrescrito fechado
para que seja garantida a inviolabilidade das mesmas e que
contenha no exterior a identifi cação do concorrente e a seguinte
indicação: “ PROPOSTA PARA A COMPRA DE SUCATA, PRO-
PRIEDADE DO MUNICÍPIO DE MÉRTOLA.
As propostas poderão ser entregues em mão, na secção de
expediente, da Câmara Municipal, sita na praça Luis de Camões
em Mértola, ou enviadas para: Câmara Municipal de Mértola, Praça
Luís de Camões, 7750 – 329 Mértola.
Independentemente da forma como forem entregues, só serão
aceites as propostas que deem entrada nos serviços até ao 10º dia
útil, contado a partir da data de publicação no jornal ofi cial de índole
regional, do edital que anuncie a presente oferta pública.
As propostas serão abertas em ato público, no primeiro dia
útil seguinte ao da data limite para a sua apresentação, pelas
11.00 horas, no Salão Nobre do Município, sito na praça Luís de
Camões.
Se entre as propostas apresentadas houver duas ou mais de
igual valor, proceder-se-á, em ato contínuo à respetiva abertura,
a licitação verbal entre os proponentes ou devidamente represen-
tados, presumindo-se que desiste o proponente que se recusar a
licitar ou que não estiver presente ou devidamente representado.
A venda será adjudicada à melhor proposta, entendendo-se
esta como a que apresentar o preço mais elevado.
A cotação atribuída a cada um dos lotes será analisada indi-
vidualmente e poderão ser adjudicados a empresas diferentes, de
acordo com o preço apresentado.
Para constar se publica este e outros de igual teor, aos quais
vai ser dada a devida publicidade.
Câmara Municipal de Mértola, 9 de outubro de dois mil e
doze.
O Presidente da Câmara Municipal,
Jorge Paulo Colaço Rosa
Diário do Alentejo n.º 1590 de 12/10/2012 Única Publicação
CÂMARA MUNICIPAL DE BEJA
EDITALCEMITÉRIO DE BEJA
JAZIGO PARTICULAR ABANDONADO
JORGE PULIDO VALENTE, Presidente da Câmara Municipal de Beja, faz saber que nos termos do artº 59 do Regulamento do Cemitério Municipal, os interessados no Jazigo Particular abaixo mencionado devem regularizar a sua situação no prazo de 60 dias a contar da data da publicação deste Edital, sob pena de ser considerada prescrita a respectiva concessão.
Beja, 6 de Agosto de 2012.
O Presidente da Câmara Municipal,
Jorge Pulido Valente
institucional diversos
ASSINATURA
Praceta Rainha D. Leonor, Nº 1 – Apartado 70 - 7801-953 BEJA • Tel 284 310 164 • E-mail publicidade@diariodoalentejo.pt
Redacção: Tel 284 310 165 • E-mail jornal@diariodoalentejo.pt
Desejo assinar o Diário do Alentejo, com início em _______________, na modalidade que abaixo assinalo:
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Envio Cheque/Vale Nº___________________ do Banco _____________________________________
Efectuei Transferência Bancária para o NIB 0010 00001832 8230002 78 no dia ___________________ Nome _______________________________________________________________________________
Morada ______________________________________________________________________________
Localidade ___________________________________________________________________________
Código Postal ________________________________________________________________________
Nº Contribuinte ________________________Telefone / Telemóvel ______________________________
Data de Nascimento __________________________________ Profissão _________________________
*A assinatura será renovada automaticamente, salvo vontade expressa em contrário* Cheques ou Vales Postais deverão ser emitidos a:
AMBAAL – Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral
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Diário do Alentejo12 outubro 2012
necrologia diversos 25
BEJA
†. Faleceu o Exmo. Senhor JOSÉ MANUEL CIRÍACO RAPOSO, de 80 anos, natural de Sé - Portalegre, casado com Exma. Sra. D. Maria Eugénia Jorge Madeira Ciríaco Raposo. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 05, da Igreja Paroquial do Carmo, para o cemitério de Beja.
BEJA / NOSSA SENHORA DAS NEVES
†. Faleceu o Exmo. Senhor SR. LUÍS MIGUEL CAROCINHO DA COSTA, de 41 anos, natural de São João Baptista - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Ana Luísa Graça Palma. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 06, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério de Nossa Senhora das Neves.
SALVADA / TRINDADE
†. Faleceu a Exma. Senhora D. FRANCISCA TERESA, de 90 anos, natural de Trindade - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 06, da Casa Mortuária de Salvada, para o cemitério da Trindade.
BEJA
†. Faleceu a Exma. Senhora D. ROSA DE JESUS PEREIRA COELHO FALEIRO, de 76 anos, natural de Nossa Senhora das Neves - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 07, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.
BEJA / MÉRTOLA
†. Faleceu o Exmo. Senhor MANUEL FILIPE ROSA, de 76 anos, natural de Mértola, casado com a Exma. Sra. D. Viriata dos Santos Baptista Rosa. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 07, da Igreja Paroquial do Carmo em Beja, para o cemitério do Castelo em Mértola.
FERREIRA DO ALENTEJO
†. Faleceu a Exma. Senhora D. FLORA DE CARVALHO, de 86 anos, natural de Ferreira do Alentejo, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 09, da Casa Mortuária de Ferreira do Alentejo, para o cemitério local.
BALEIZÃO
†. Faleceu a Exma. Senhora D. ANA MARIA GANHÃO CHOCA, de 73 anos, natural de Baleizão - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 10, da Casa Mortuária de Baleizão, para o cemitério de Baleizão local.
Às famílias enlutadas apresentamos as nossas mais sinceras
condolências.
Consulte esta secção em www.funerariapax-julia.pt
Rua da Cadeia Velha, 16-22 - 7800-143 BEJA Telefone: 284311300 * Telefax: 284311309
www.funerariapaxjulia.pt E-mail: geral@funerariapaxjulia.pt
Funerais – Cremações – Trasladações - Exumações – Artigos Religiosos
Vidigueira
PARTICIPAÇÃO E
AGRADECIMENTO
José Francisco
Estrela Antunes
Mestre
Mãe, fi lhos, irmãos e restante
família cumprem o doloroso
dever de participarem o fale-
cimento do seu ente querido
ocorrido no dia 07/10/2012 e
na impossibilidade de o faze-
rem individualmente vêm por
este meio agradecer a todas
as pessoas que o acompa-
nharam à sua última morada
ou que de outra forma mani-
festaram o seu pesar.
Sobral da Adiça
Moura
PARTICIPAÇÃO
Manuel Menor
Vitorino
É com pesar que partici-
pamos o falecimento do
Sr. Manuel Menor Vitorino
ocorrido no dia 05/10/2012,
de 81 anos, viúvo, natural
de Sobral da Adiça, Moura.
O funeral a cargo desta
Agência realizou-se no dia
06/10/2012, pelas 10 horas,
da Casa Mortuária de Serpa
para o cemitério local.
Apresentamos à família as
cordiais condolências.
AGÊNCIA FUNERÁRIA
SERPENSE, LDA
Gerência: António Coelho
Tm. 963 085 442 – Tel. 284 549 315
Rua das Cruzes, 14-A – 7830-344
SERPA
MISSA
Brízida Maria Galrito
Carocinho
10.º Ano de Eterna Saudade
Seus fi lhos, netos e restante
família participam a todas as
pessoas de suas relações e
amizade que será celebrada
missa pelo eterno descanso
da sua ente querida, hoje,
dia 12/10/2012, sexta-feira,
às 19 horas, na igreja do
Salvador, em Beja, e agra-
decem desde já a todos os
que comparecerem ao pie-
doso acto.
MISSA
Francisco José
Quintos Leandro1.º Ano de Eterna Saudade
Irmãozinho querido
Partiste para a eternidade
Um dia vou juntar-me a ti
Para matar tanta saudade
Irmã, cunhado e restante fa-
mília participam a todas as
pessoas de suas relações e
amizade que será celebra-
da missa pelo eterno des-
canso do seu ente querido
no dia 17/10/2012, às 18 e
30 horas, na igreja de São
Salvador, em Beja, e agra-
decem desde já a todos os
que nela participarem.
MISSA DE 30.º DIA
A famíl ia de Francisca
Anastácia Gil participa a
todas as pessoas de suas
relações e amizade que
será celebrada missa de
primeiro mês pelo eterno
descanso da sua ente que-
rida no dia 17/10/2012, pe-
las 18 e 30 horas, na igreja
da Sé, em Beja, e agrade-
ce desde já a todos os que
comparecerem ao piedo-
so acto.
Selmes
AGRADECIMENTO
Rafael Domingos
Martins Nasceu 04.05.1928
Faleceu 09.10.2012
Sua família na impossibi-
lidade de o fazer pessoal-
mente agradece por este
meio a todas as pessoas
que o acompanharam à
sua última morada ou de
outro modo manifestaram
o seu pesar.
AGÊNCIA FUNERÁRIA ESPÍRITO SANTO, LDA.
Tm.963044570 – Tel. 284441108
Rua Das Graciosas, 7
7960-444 Vila de Frades/Vidigueira
SERPA
Vende-se loja 40
m2, centro comer-
cial. Av. da Paz,
loja n.º 2.
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tms. 939458038
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Diário do Alentejo12 outubro 2012
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que no distrito de Beja todas as semanas leem o “Diário do Alentejo” na sua versão papel.
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Fonte: Marktest. Relatório de resultados da imprensa regional no período compreendido entre abril de 2010 e março de 2011
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27O Pax Julia Teatro Municipal, em Beja, acolhe
amanhã, sábado, pelas 21 e 30 horas, um desfile de
moda com as modelos e finalistas do Miss European
Portugal 2012. As modelos irão desfilar as últimas
tendências de moda de alguns espaços comerciais da
região que se associaram a esta iniciativa do European
Fashion Tour, nomeadamente Marques Soares, Primus
Beja, PHAX Swimear Portugal e Salão Cabeleireiros
Tânia Nobre. O evento conta ainda com o apoio da
Câmara Municipal de Beja. O desfile conta ainda
com a presença da dupla de cantores Denisa Figueira
(Operação Triunfo 2007) e Bruno Correia (Operação
Triunfo 2010). A apresentação do evento está a cargo
da atriz e apresentadora de TV Maria Faleiro.
Espaços comerciais mostram últimas
tendências no âmbito do Miss European
Portugal 2012
Experteoria dá emprego a 15 pessoas em São Barnabé
“Barato não é sinónimo de qualidade”
Situado no concelho de Almodôvar, na freguesia de São Barnabé, encontra--se o Monte das Soeiras. Uma mistura de ideias entre a empresária Cristina Pascoal e Hélder Francisco deu origem a uma pequena/média empresa, a EXT (Experteoria, Serviços Especializados, Lda.). Fundada há dois anos, em março de 2010, a casa tem como lema a pres-tação de um serviço por excelência.
Publireportagem Sandra Sanches
A um passo do Algarve e com um pé no Alentejo situa-se o estaleiro da Experteoria, empresa dedicada a
uma multivariedade de serviços, que vão das canalizações, pinturas, remodelações, eletri-cidade, impermeabilizações, construções ci-vis e metálicas às grandes manutenções ge-rais. São estes os serviços a que a Experteoria se presta 24 horas por dia, garantindo hones-tidade e excelência na qualidade do serviço.
A empresa nasceu através de um “mix de ideias”, afirma Hélder Francisco, cujo único e grande objetivo é prestar um trabalho ho-nesto e despreocupar o cliente relativamente à conjuntura que, por exemplo, uma obra obriga. Desta forma, a Experteoria consegue
dar resposta a vários serviços solicitados e assegura várias construções desde a raiz de uma casa ou superfície de grande porte até ao seu acabamento.
Ligada também em grande parte à cons-trução civil, consegue garantir excelentes preços ao abranger um leque multifacetado de trabalhos prestados.
Atualmente concentra o maior número de clientes na zona do Algarve (80 por cento), seguindo-se Beja, com 15 por cento. Hélder Francisco adianta que os alentejanos têm medo da inovação, pois estão muito enraiza-dos ao que têm.
Com uma satisfatória autossuficiência, a empresa conta atualmente com 15 funcioná-rios, sendo que no verão justifica-se a admis-são de mais “pessoal” e a respetiva formação das equipas de forma a responder com rapi-dez a um serviço de 24 horas por dia.
Face à conjuntura económica do País, “crise” é palavra que passa bem aos ouvi-dos de Hélder Francisco, que admite estar-mos perante uma crise, mas acrescenta que a mesma serve para aprendermos e, sobre-tudo, arriscar e não pensarmos em baixar os braços seja para o que for, pois melhores dias virão. O responsável adianta que sente a crise, mas que vai “sobrevivendo a ela”.
Hélder Francisco assemelha o serviço prestado pela Experteoria à história de “um menino que fazia biscates para ganhar o seu ganha-pão mas a sua preocupação era tanta que no fim do dia ligava para os clientes para se assegurar do serviço que tinha prestado”. Assim são os dias nesta empresa, cujo grande objetivo é a satisfação de um trabalho digno e honesto na execução.
A Experteoria consegue garantir certifi-cação a 100 por cento dos trabalhos execu-tados, como é o caso das construções de sol-daduras para refinarias, trabalhando com entidades certificadas como o ISQ e Rinave.
“Barato não é sinónimo de qualidade” e Hélder Francisco garante que a popula-ção hoje em dia interessa-se mais pelos pre-ços e não tanto pela qualidade. Concorrência é também uma palavra que não amedronta esta casa, pois o seu lema é a satisfação total do cliente. No entanto, o responsável apela à população em geral para que “quando gasta-rem dinheiro, seja ele em que serviço for, ga-rantam a qualidade em primeiro lugar”.
Aptos para todo o tipo de trabalho, os res-ponsáveis pela Experteoria ponderam a mé-dio prazo a sua expansão para o território es-trangeiro, nomeadamente Espanha, França, Suíça e Alemanha.
Portugal é o melhor destino de golfe europeu
Portugal foi distinguido com o galardão de
melhor destino de golfe da Europa e a região
do Algarve foi considerada o melhor destino
de praia europeu, na gala europeia dos World
Travel Awards (WTA) 2012, realizada no
Algarve no passado sábado. No que respeita
às categorias disputadas apenas entre
unidades portuguesas, o Algarve revelou-se
o grande vencedor, arrecadando sete de oito
galardões. A cerimónia de prémios WTA,
aclamada como os “óscares” da indústria
de viagens pelos órgãos de comunicação
mundiais, premeia as marcas do setor do
turismo que deram o maior contributo para a
indústria ao longo do ano.
Expert tem nova filial na cidade de Beja
Comércio de eletrodomésticos,
climatizações, informática, som e eletrónica,
fotografia e vídeo, 7 400 lojas distribuídas
por 22 países em todo o mundo. É assim que
se assume o grupo com maior expressão
comercial no mundo do retalho de
eletrodomésticos. Com uma excelente relação
com multimarcas e vários acordos, os clientes
gozam de uma vantagem modelo de negócio
que reúne o melhor do retalho. A avaliação da
necessidade do cliente mediante uma relação
com profissionais honestos asseguram e
oferecem uma gama completa de produtos e
serviços aos preços mais competitivos. SS
CoopCastrense avança com pedido de insolvência
A direção da CoopCastrense – Cooperativa
Popular de Consumo de Castro Verde vai
avançar com um pedido de insolvência.
De acordo com a direção da cooperativa,
“as dívidas superiores a meio milhão de
euros, o incumprimento para com as
Finanças e Segurança Social, as penhoras
e as indemnizações devidas aos ex-
-trabalhadores” justificam esta decisão.
A proposta do pedido de insolvência foi
aprovada pela assembleia com 32 votos a
favor, três contra e 10 abstenções.
I Encontro de Produtores de Vinho da Costa Vicentina
A Entidade Regional de Turismo do
Alentejo Litoral e a ADL – Associação de
Desenvolvimento do Litoral Alentejano
promovem no dia 26 deste mês, na herdade
das Barradas da Serra, em Grândola, o I
Encontro de produtores de Vinho da Costa
Alentejana. O evento, que terá início pelas
16 horas, inclui a apresentação e provas de
vinhos de 10 produtores da costa alentejana
“que serão servidos acompanhados de
degustação de acepipes da região”.
Empresas“Qualidade e excelência dede e eexexexexecucucuçãção”o”o PoPoPoPoPorqrqrqrqrqueuueeeu a a aa Experteooria aa quququerererer cccconononontitiinunnunuararrar a crescer conta com oso sseuussclclieieientntn ees pppoioois ss gagarar ntntte ses r r umum mumumumultltltltisisseseeseservrvvvrvvvvvrrvviçiçiiçiçiçiçiiiçiiiiçiçiçiiiçççosos r resespoponsnsávávelel e ecocococ mpmpmpmporororororroo tttatttatata nnn nosososossss ssss ssseueeeueuueueueuueuueueussssssssss s uqquuqquqquuququuquqquqq dddadaddddaaaddddaddddddddddrororoorororororrrrooororooroorooorororrrr ssssssssssssss s dadadaadd e eeeeeeeeempmpmpmpmpmmmmmm rererrr sasasasa pppprorofif sssss ioioonan isiscooococococomppmmpmppmpmmp ttteteteteteetete enenenenenenee tttteeeeteeteteessssss sss daddaddddddaadadaddddasssss maamamaisiiiisiss vaavariririadadadadaaa asaasas áá ááááááááááá ááárererererererererrererreereereeasasaaasasasss cccc c ccujujjujujuuujjasasasaasassaass f fff fffununnnunununuuunnçõçõõçõõçõõõçõçõõçõçõçõõçõõõçç esesesesessssessssessseeessees ãsãããsãsãsãsão o eseseseesesespepeeeeeepepeeeeeeeeeeeeeeeeeeciciciciciiiiccccicicccicicciciccciicicialallllalallalalallalalallalaaaaallalaallaaaa iziziziziiiiii adadasas. . A Acicimamamamamama ddd ddddee eee eeeee e eeee
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28 Amanhã, sábado, entre as 10 e as 13 horas, haverá na Biblioteca Municipal Manuel da Fonseca, em
Santiago do Cacém, uma sessão de apresentação Cata Livros para pais, animadores socioculturais,
técnicos de biblioteca, educadores de infância e professores. Cata Livros é o novo projeto desenvolvido
pela equipa Gulbenkian/Casa da Leitura, que utiliza a Internet para aproximar os jovens leitores de um
conjunto de títulos essenciais da literatura para a infância e juventude, com destaque para a produção
nacional, assentando no caráter lúdico e interativo das narrativas e desafios propostos. Nesta sessão serão
abordados os conteúdos disponíveis e discutidas várias formas de os utilizar para promover a leitura.
Projeto Cata Livros
em Santiago do Cacém
Pais
A páginas tantas...O livro que te trazemos esta semana já foi editado há al-guns anos pela Orfeu Mini, mas visto que o tema da pá-gina centra-se no Hallo-ween achámos ser a melhor proposta.O Estranho Mundo de Jack, li-vro que inspirou o filme com o mesmo nome, conta-nos a história de um esqueleto na floresta de Halloween, em que uma noite muito ente-diado pelo espírito da terra acaba por descobrir uma porta que o transporta de Halloween para a Cidade do Natal. Jack, o esqueleto, desco-bre assim uma forma de dar a volta à sua cidade. Um mundo fantástico e irreverente que promete um sem número de sustos, mas também umas boas gargalhadas.Podes ver um pouco do filme aqui http://www.youtube.com/watch?v=6bcTdX7sL6w&feature=player_embedded
À solta
Uma sugestão para um bolo diferente, num dia que se quer diferente.
Uma ideia para enfeitares a tua noite de Halloween. Podes usar pasta de modelar, barro ou até plasticina, deixando na cor natural ou pintando no caso da pasta e do barro.
Dica da semanaO trabalho que te mostramos esta semana po-dia ter a mão do Tim Burton, mas não. Pertence à designer gráfica e artista plástica Christine Phelps. A autora divide o seu tempo entre uma editora onde trabalha durante o dia e o seu pa-pel de mãe-artista à noite. Vemos assim sur-gir uma coleção de bonecos de autor especial-mente desenhados para o Halloween. Espreita o blogue em http://cphelpsdesigns.blogspot.pt/ ou ainda aqui http://pinterest.com/cphelpsdesigns/my-creations/
Para perceberes a importân-cia de Tim Burton, O MOMA, Museu de Arte Moderna em Nova Iorque, organizou uma exposição em 2010, mas ainda podes ver o seu trabalho on line. Vale a pena ir espreitar até pelos efeitos de animação do site, e ainda vais ficar a co-nhecer personagens que nem sabias que eram dele.http://www.moma.org/interac-tives/exhibitions/2009/timbur-ton/index.php
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Boa vida
29O Timba é um caniche com cerca de seis anos, meigo com as pessoas e de porte pequeno
(cerca de seis quilos). Foi encontrado abandonado na rua, com dores… provavelmente foi
atropelado. Consegue andar bem e não aparenta ter qualquer fratura…está a recuperar
mas precisa de carinho e cuidados que são difíceis de dar no canil. Venham conhecê-lo
ao Cantinho dos Animais. Será desparasitado e vacinado antes da adoção.
Contactos: 962432844 sofiagoncalves.769@hotmail.com
Comer Ensopado de coelho à pastorIngredientes:1 coelho;q.b. de farinha de trigo;q.b. de sal; 1,5 dl. de azeite;2 colheres de sopa com banha de porco;4 cravinhos;1 folha de louro;2 cebolas picadas;4 dentes de alho;10 g r. de massa de pimentão;1 molho de salsa;q.b. de vinagre;3 dl. de vinho branco alentejano;q.b. de água;1 kg. de batata;1 pão alentejano do dia anterior.
Confeção: Parta o coelho aos bocados e passe-o por farinha. Leve ao lume um tacho com o azeite e a banha. Quando esta estiver quente core o coelho de todos os lados. Reserve a carne. No mesmo tacho, coloque nas gorduras onde fritou o coelho o cravinho, a lho picado, cebola picada, sal, massa de pimentão, ramos de salsa, vinagre e o vinho branco. Deixe ferver um pouco até evaporar o álcool. Ao longo da cozedura vá adicionando água aos poucos. Quando o coelho estiver quase cozido, junte as batatas cortadas às rodelas.Retifique os temperos e no final junte mais um pouco de vinagre.Sirva com fatias de pão cortadas f inas e bom apetite…
António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora
LetrasOs monstros também amam
Chega às livrarias portugue-sas com a responsabilidade decorrente da condição de
vencedor do Prémio Nadal 2010 e de já ter vendido mais de 500 mil exemplares. Acresce a isto o pres-tígio da autora, Clara Sánchez, ex-professora universitária, cola-boradora do “El Pais” e autora de oito romances (um deles Prémio Alfaguara 2000).
Neste thriller, a história é nar-rada alternadamente por Sandra, uma jovem grávida que não ama o pai do seu bebé e está em perí-odo de reflexão sobre o seu fu-turo, e por Julián, um octagená-rio que viaja da Argentina para a costa leste espanhola depois de receber uma carta do seu velho amigo Salva. É o terrível passado de Salva e Julián que alimenta o suspense de Os monstros tam-bém amam. Republicanos sobre-viventes do campo de extermínio de Mathausen dedicaram a sua vida a procurar nazis. Salva, nos derradeiros dias da sua vida, vi-vidos num lar de idosos na aldeia de uma zona de veraneio, desco-bre um autêntico ninho de nazis.
Quanto a Sandra, o seu per-curso vai cruzar-se com o de um casal de noruegueses com os quais começa a ter uma relação de afeto – ou não? O certo é que acaba por ajudar Julián a desco-brir o que Salva terá descobrido antes de morrer sem ter, porém, deixado testemunho disso.
Apesar do tema parecer ex-traordinário é um facto que vá-rios nazis lograram viver em Espanha e é precisamente esta a circunstância que dá verosimi-lhança ao romance de Sánchez. Escrito de modo fluído, tem na figura de Julián a sua persona-gem mais conseguida embora o elenco de nazis seja convincen-temente assustador.
Maria do Carmo Piçarra
FilateliaHumoristas e engenharia em novos selos
Duas novas emissões de selos vão en-trar em circulação na próxima se-mana. Na terça-feira, dia 16, é a
emissão dedicada ao centenário da realiza-ção do 1.º Salão dos Humoristas Portugueses e na sexta-feira, dia 19, a dedicada à enge-nharia portuguesa.
A primeira destas emissões tem quatro selos e uma folha miniatura com mais oito, enquanto a segunda tem oito selos e um bloco com mais um.
Sobre o salão dos humoristas, a pagela da emissão diz-nos que foi “a 9 de maio de 1912 que se inaugurou o 1.º Salão dos Humoristas Portugueses, momento im-portante para a história da arte e da cul-tura portuguesa novecentistas. A exposi-ção decorreu em Lisboa, no Chiado, onde o Grémio Literário abriu as portas para aco-lher as obras de vinte e oito artistas”.
Sobre a outra emissão, diz-nos a mesma publicação que “os selos desta emissão fi-latélica representam as especialidades de Engenharia formalmente estruturadas na Ordem dos Engenheiros e, historicamente, as que reúnem maior representatividade no País, quer em termos do número de profis-sionais, quer ao nível das intervenções e re-alizações na Sociedade”.
A filatelia em encontro de professores Decorreu na Escola Secundária Quinta das Flores, em Coimbra, de 4 a 7 deste mês, a reunião anual de professores de matemá-tica, organizada pela respetiva associa-ção, a APM – Associação de Professores de Matemática.
Um dos temas do encontro deste ano foi a educação matemática.
A secção f i latélica da Associação Académica de Coimbra (Sfaac), com o apoio da Associação de Professores de Matemática, a Escola Secundária Quinta das Flores, os CTT – Correios de Portugal e a Federação Portuguesa de Filatelia, organi-zou uma mostra filatélica dedicada ao tema “Matemática”. Além disso, o evento contou com um posto de correio que funcionou no dia 4 de outubro, e um carimbo comemora-tivo do evento, para obliterar toda a corres-pondência aí entregue e que reproduzimos.
A Sfaac escolheu para ilustrar a educa-ção matemática um autómato, no caso uma máquina de estados finitos que é um mo-delo matemático usado para representar um programa de computador ou um cir-cuito lógico.
Este exemplo mostra uma FSM (do in-glês Finite State Machine) que determina se um número binário tem um número par ou ímpar de 0’s, onde S1 é um estado de aceitação.
A mostra teve um conjunto de reprodu-ções de selos de matemática do mundo in-teiro, que representam as variadíssimas áreas desta ciência.
Relembramos as últimas peças filatéli-cas editadas pelos CTT relacionados com a temática: selo para o público jovem, com a “Tabuada” (de 2009), emissão “Vultos da História e da Cultura” de 2008, com o pro-fessor Mira Fernandes (da Universidade de Coimbra), e os inteiros postais do Dia do Pi, deste ano, e o comemorativo do Centenário de Maria do Pilar Ribeiro (matemática) de 2011.
Geada de Sousa
Clara SánchezMatéria-prima edições366 págs.16,80 euros
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Fim de semanaProjeto Cordis apresenta-se em Serpa com Ana Sofia VarelaO projeto Cordis, piano e
guitarra portuguesa, vai estar
amanhã, sábado, em Serpa, para
um concerto que contará com a
participação especial da fadista
Ana Sofia Varela. No espetáculo,
que tem lugar no auditório da
Musibéria pelas 21 e 30 horas,
“o piano de Paulo Figueiredo e
a guitarra portuguesa de Bruno
Costa cruzam-se com paixão
e intensidade, mostrando,
através de uma nova abordagem
estética, facetas desconhecidas
de alguns clássicos da guitarra
de Coimbra”. É desta forma que
os dois instrumentos “se fundem
num constante diálogo de
cordas, divagando e explorando
a riqueza harmónica e rítmica
de peças de reconhecidos
compositores”. O resultado é
“uma fusão surpreendente de
raízes e modernidade, tradição
e inovação, traduzidos em
pinturas musicais capazes de
conduzir o ouvinte por novas
e apaixonantes viagens”,
adianta a organização, a
câmara municipal local.
Casa das Artes Mário Elias acolhe pintura de Gina FrazãoInaugurada na última quarta -
-feira, continua patente ao
público, na Casa das Artes
Mário Elias, em Mértola,
uma exposição de pintura
de Gina Frazão, intitulada
“Simplesmente uma expressão
de vida”. A artista, nascida no
Porto em 1950 e licenciada em
Pintura pela Esbal, lecionou na
Fundação Ricardo Santo Silva,
esteve ligada ao ensino especial
na Escola Preparatória Quinta
de Marrocos, em Lisboa, e foi
professora na Escola EB2 Prof.
Pedro D’Orey da Cunha, na
Damaia. Tendo participado em
inúmeras exposições individuais
e coletivas, Gina Frazão foi
distinguida com uma menção
honrosa e com o segundo
prémio no âmbito da Galeria
Aberta Museu Jorge Vieira,
respetivamente em 2007 e 2009.
“Memórias aprisionadas”, a mais re-cente produção da companhia Lendias dÉncantar estreada on-
tem, está em cena até amanhã, sábado, no es-paço Os Infantes, em Beja, com direção de António Revez e interpretação de Francisco Barradinhas.
“Memórias aprisionadas” resulta, se-gundo a companhia, da junção de vários fato-res. “Em primeiro lugar a vontade do Francisco [Barradinhas] de fazer teatro; em segundo a construção de um texto para uma performance e que rapidamente fugiu das mãos do autor e se tornou num texto teatral”.
“Tentar agarrar o universo do José Luís Peixoto pode ter perigos, o mais óbvio é a sua composição altamente viciante, mas há nele uma autonomia que lhe permite ganhar pernas de um dia para o outro e tornar-se noutra coisa que não aquilo que se pensou fazer”, continua
a companhia, adiantando que “manter um es-paço dinâmico cujas portas se querem abertas a quem queira trabalhar nas áreas artísticas no-meadamente no teatro, experimentar e arriscar tem também destas coisas: encontros como o do António Revez e do Francisco Barradinhas”.
“(…) estou na casa onde as memórias se sen-tam nas cadeiras”, é assim “que este homem vive: emparedado no seu próprio destino, no so-frimento de quem não tem forças para superar a perda, na companhia dos seus fantasmas, en-sombrado pelos bloqueios que se impõe, para-lisado pelas definitivas indecisões. O tormento das memórias e a permanente incapacidade de reagir levam-no dia após dia, a lutar por um fim: o seu”, pode ler-se na sinopse.
“Memórias aprisionadas” conta com dese-nho e operação de luz e som de Ivan Castro, gra-fismo de Ana Rodrigues e produção executiva de Ana Ademar.
Um carrossel verdadeiro é o cenário metafórico do novo
espetáculo da companhia Teatro do Mar, “Agonia”,
que é apresentado hoje e amanhã, dias 12 e 13, pelas 22
horas, no Castelo de Sines. Da autoria de Julieta Aurora
Santos, “Agnoia” é um espetáculo “com uma narrativa
de caráter poético, físico e visual”, sendo que o seu
título “tem uma dupla raiz: do grego, ignorância, e, do
português, o estado do doente que não conhece nada
do que o cerca”. Tendo o cenário como base conceptual,
“Agnoia” trabalha “as dicotomias consciência e realidade,
humanidade e animalidade, inocência e perversidade,
sonho e pesadelo” e reflete sobre “a natureza humana,
numa permanente rotação onde o tempo – invenção
humana – condiciona as ações e controla o pensamento”,
conforme se lê no seu texto de apresentação. O espetáculo
é uma produção Contra Regra/Teatro do Mar.
Em cena no espaço Os Infantes, em Beja
Lendias d’Encantar apresentam “Memórias
aprisionadas”
Teatro do Mar
estreia nova produção
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homem resgatado
na praia da amÁlia
estava tÃo desorientado
que pensava estar na praia
da madalena iglÉsias
No passado domingo, dia 7, um homem foi resgatado por helicóptero após uma queda na praia da Amália (Odemira). Felizmente, os seus feri-mentos foram ligeiros, contudo, o pessoal do INEM não ganhou para o susto, como nos confidenciou um dos intervenientes no resgate: “Ao prin-cípio o jovem parecia apenas desorientado… Quando lhe perguntámos onde estava, disse que estava na praia da Madalena Iglésias e que gos-tava muito de apanhar sol na praia da Simone de Oliveira. Mas o que nos preocupou mais nem sequer foi isso, mas sim as alucinações… Então não é que ele afirmou que estava a ver a Amália nas nuvens e que ela tinha uns óculos iguais aos do Bono dos U2! Depois, começou a cantar a ‘Casa da Mariquinhas’, agradeceu-nos em sete idiomas e disse que era uma honra estar a atuar no Olympia. Só quando lhe metemos a máscara de oxi-génio é que acalmou”, acrescentou.
Inquérito Criminalidade diminui em Beja. Acha que a cidade está mais segura?
RAÚL PÉ DE CABRA, 34 ANOS
Empresário do ramo dos croquetes para fora
É normal que a cidade esteja mais segura… Com a fome que por aí anda,
onde é que um gajo arranja energia para fugir da bófia? Diga-me lá, como é
que, ao dividir uma lata de atum com seis pessoas, um tipo fica com pica para
fugir com uma aparelhagem às costas? É uma vergonha, os pequenos e mé-
dios bandidos não têm apoios nenhuns, pá, só a grande bandidagem é que
se governa. Dói ver um jovem que se quer iniciar na bandidagem e nem for-
ças tem para correr com um autorrádio. Pudera, só com meio paposseco no
bucho...
EFIGÉNIA ESTICÃO, 112 ANOS
Pessoa com as ancas de uma serigaita de 90 anos
Nunca me senti tão insegura. Sempre que o Vítor Gaspar fala fecho a porta de
casa à chave, empurro o sofá e começo a rezar o terço. É uma violência – até
tenho de meter o comprimido debaixo da língua! Ladroagem nem há muita
por aí, mas estão-me a ir ao bolso de uma forma tão eficaz que só me dou
conta do assalto quando abro a carteira. Oh filho, isto está tão mau que já te-
nho de pagar a aspirina às prestações.
GRACIANO RADAR DE VELOCIDADE, 41 ANOS
Novo membro da GNR no distrito de Beja e bailarino exótico
Ainda agora cheguei à região, com uma data de camaradas, mas sei que isto
por aqui é muito calminho… Tenho muita vontade de ajudar os meus cole-
gas. Nos últimos anos aprendi a ser um GNR do século XXI: ninguém como eu
mete uma impressora a funcionar sem toner nem tinteiro e sou capaz de ar-
ranjar um Nissan Patrol com um elástico, um pacote de leite e uma embala-
gem de manteiga de alho. Também posso trabalhar como vigilante na praia
de Quintos – ouvi dizer que os supertubos de lá são tramados!
Pulido Valente apanhado a vender membros da Assembleia Municipal no Mercado Livre
As recentes polémicas em redor do PAEL (Plano de Apoio à Economia Local) trouxeram, mais
uma vez, ao palco político regional as indisfarçáveis tensões entre a Câmara e a Assembleia
Municipal. Recorde-se que Rodeia Machado (CDU) afirmou que a adesão da autarquia a este
plano “significaria um retrocesso civilizacional até aos tempos das pragas de gafanhotos”; já
Pulido Valente considera que o PAEL é a “melhor invenção da História da Humanidade, a seguir
à botija de água quente”. Todavia, o auge da confrontação entre estes dois órgãos registou -
-se quando Pulido Valente foi apanhado no Mercado Livre (espécie de Feira da Ladra reali-
zada no largo do Museu) a tentar vender elementos da Assembleia Municipal, como nos con-
firmou o próprio: “Olá a todos e a todas! Portanto, o objetivo era libertar-me de algumas forças
de bloqueio e fazer mais algum para os cofres da autarquia. Confirmo que bem tentei vender
o Rodeia Machado – até fiz uma promoção em que oferecia uma t-shirt com a mensagem ‘Eu,
portanto, voei no aeroporto de Beja’, mas ninguém lhe tocou… Só consegui vender, portanto,
uma gravata do Miguel Góis e uma madeixa de cabelo da Tonicha”, acrescentou.
Especialistas elogiam canal do YouTube da Entidade Regional de Turismo do Alentejo, apesar de ter poucos vídeos de ove-lhas a fazer malabarismo A Entidade Regional de Turismo do Alentejo lançou um canal personalizado no YouTube com
o objetivo de promover a região. O especialista naquela rede social, e autor da tese “A im-
portância dos vídeos de gordos a dançar fandango na Revolução Industrial”, Dr. Amílcar
Coisinho, elaborou um relatório de 3 500 páginas sobre o mesmo com as suas conclusões,
no qual referencia, entre outras coisas muito interessantes, pouco interessantes e isto não
lembra ao menino Jesus, alguns aspetos a melhorar, nomeadamente:
– O canal tem vídeos com imagens espetaculares, mas ganhava bué em incluir umas ove-
lhas a fazer malabarismo ou uns bebés a tocar bateria;
– É importante que se visualize um vídeo publicitário antes do vídeo principal, mas com
conta, peso e medida – um vídeo promocional sobre o aeroporto de Beja com 26 minutos é
capaz de desmotivar o espetador;
– Os vídeos com comida de ótima qualidade são uma mais-valia, mas tinham a ganhar se
fossem cozinhados por mulheres voluptuosas em biquíni e cobertas com azeite de Moura
extravirgem;
– Falta um vídeo inspirador com música da Vanessa Mae, imagens de planícies e frases que
oscilem entre o intelectual e o domínio da autoajuda, como: “A vida é como um melão de
Figueira dos Cavaleiros: só depois de aberto é que sabemos se comemos, sobrevivemos ou
cuspimos pevides para a estrada que é a existência humana!”.
João Rocha suspende mandato
na Câmara de Serpa e diz que
quer aproveitar outras coisas da
vida fora da política, como a ar-
quitetura da Câmara de Beja, a
decoração da Câmara de Beja e a
Internet da Câmara de Beja
A cerca de um ano das próximas elei-
ções autárquicas, João Rocha, presidente
da Câmara de Serpa, decidiu suspender
o seu mandato. O homem que cumpriu
nove mandatos consecutivos à frente dos
destinos daquela autarquia da Margem
Esquerda, e que teve como seu primeiro
mandatário o Abade Correia da Serra, con-
tou à nossa página o que o levou a tomar
esta decisão: “Tive uma vida preenchida
em Serpa, mas é tempo de seguir outros
caminhos. Ainda me lembro quando man-
dei construir o Altinho e o Castelo, mas é
tempo de mudar de ares”. Quando confron-
tado com a possibilidade de se candidatar
à Câmara de Beja, João Rocha foi prudente:
“Há outras coisas na vida para além da po-
lítica... Gostava de aproveitar os próximos
tempos para gozar outras coisas da vida,
como a arquitetura da Câmara de Beja, a
decoração da Câmara de Beja, a Internet
da Câmara de Beja, o buffet da Câmara de
Beja, o clima tropical da Câmara de Beja,
o parque de diversões da Câmara de Beja,
as correntes de ar da Câmara de Beja, etc.
Agora, começarem com teorias e conjeturas
sobre o meu futuro político e uma alegada
candidatura a qualquer câmara parece-
-me uma leitura abusiva dos senhores jor-
nalistas…”, afirmou João Rocha enquanto
acabava de folhear o livro Candidatura à
Câmara de Beja para totós!
Tenho aqui um Rodeia Machado
a 5 aérios! Queres?
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Para hoje, sexta-feira, as previsões apontam para céu com períodos de muito nublado, devendo as temperaturas oscilar entre os 14 e os 21 graus. No sábado e domingo o céu deverá apresentar-se pouco nublado.
Paulo Monteiro em destaque na Amadora BD
Paulo Monteiro, diretor da Bedeteca de Beja e
autor de O Amor Infinito que te Tenho e outras
histórias, obra premiada em 2011 com o troféu
Melhor Álbum Português do Amadora BD,
assina a “ilustração original que serve de
base à imagem global da edição deste ano”
do festival. Segundo a organização, Paulo
Monteiro estará em destaque no 23.º Amadora
BD 2012 “com uma exposição sobre a sua obra
e, sobretudo, com o álbum vencedor do troféu”.
O Festival Internacional de Banda Desenhada
da Amadora, que começa a 26, é dedicado à
autobiografia e estende-se, pela primeira vez,
a vários espaços em Lisboa. O evento decorre
até 11 de novembro no Fórum Luís de Camões,
em Amadora, onde estará concentrada a
maioria das exposições. O Amor Infinito que te
Tenho e outras histórias, publicado pela Polvo
em 2010 e que ganhou ainda o prémio Melhor
Publicação Independente Central Comics
2011, será publicado, em 2013, pela Blank Slate
Books, no Reino Unido e na Irlanda, pela Balão
Editorial, no Brasil, e pela Timof, na Polónia.
Neste momento, o também diretor do Festival
Internacional de Banda Desenhada de Beja,
“encontra-se a trabalhar no segundo livro, que
deverá estar concluído no final de 2015”.
Festival Islâmico de Moura até domingo
“Uma fantástica viagem aos finais do século
XII, período em que tiveram grande destaque
em Moura o rei D.Sancho I de Portugal e a
Dinastia al-Mhoáda (símbolo da presença
árabe no concelho)” é a proposta do Festival
Islâmico de Moura que decorre naquela
cidade entre hoje, sexta-feira, e domingo, dia
14. O evento é organizado pela Comoiprel
e pela Câmara Municipal de Moura, com o
cofinanciamento do InAlentejo, e conta ainda
com a participação da Ordem da Cavalaria
do Sagrado Portugal. Para além da recriação
histórica e da animação de época, estarão
presentes espaços comerciais, artesãos e grupos
culturais locais.PUB
Em que contexto nasceu a plataforma
ICote (INOV Contacto – Ofertas de
Trabalho no Estrangeiro) e que tipo de
informação disponibiliza?
O ICote nasceu na necessidade de ne-tworking entre os integrantes do pro-grama INOV Contacto que se en-contram espalhados pelos cinco continentes. Nasceu como um grupo no Facebook criado por Pedro Ramos (INOV Contacto em Madrid em 2010), depois eu (INOV Contacto em Maputo em 2010) decidi constituir um site onde se agregue informação e ofertas de tra-balho no estrangeiro. Empresas, head--hunters [“caça-talentos”] e a partilha de ofertas constitui a origem das ofertas de trabalho publicadas, que já são mais de 400. Atualmente conta com mais de 6 000 visitas diárias, mais de 8 000 pes-soas no grupo e 17 000 fãs no Facebook.
Em termos de oferta e procura de traba-
lho, quais são as áreas profissionais e os
países que mais se destacam?
Verifica-se uma tendência de oferta mais acentuada nas áreas de engenharia, in-formática, economia e gestão e em posi-ções em que a língua portuguesa seja um requisito obrigatório, seja em posições de direção ou posições de júnior. Em termos de países, a Europa e os países lusófonos concentram um maior número de ofer-tas. Por outro lado, os países mais procu-rados são o Brasil, Moçambique, Reino Unido e Holanda. Em relação às áreas há uma grande procura nas áreas da educa-ção, engenharia e arquitetura, áreas em que o desemprego mais tem afetado os portugueses. O site encontra-se em cons-tante atualização com as informações que portugueses em todo o mundo partilham de forma a ajudar outros portugueses.
E quem é que acede ao site em busca
de uma oportunidade de trabalho no
exterior?
O público-alvo são pessoas licenciadas
que tenham já tido experiências pro-fissionais e académicas no estrangeiro (que constitui o perfil dos integrantes do INOV Contacto). Mas pessoas de todas as áreas, experiências, idades e qualificações constituem atualmente o público do ICote. As pessoas reconhe-cem o importante valor que a informa-ção prestada tem, e o site tem crescido bastante sobretudo na referência boca a boca entre familiares, colegas e ami-gos. Se não existem oportunidades em Portugal é natural que as pessoas pro-curem lá fora. Temos ainda informa-ção de como constituir um bom curri-culum para o estrangeiro, como usar o LinkedIn e como melhorar as compe-tências de forma gratuita.
Qual é o balanço que faz destes primei-
ros seis meses de atividade do site?
Muito positivo, o grande contributo é o valor que transmite a todos os que usam as informações para obterem maiores possibilidades, seja direta-mente ou indiretamente, de forma a obterem emprego na sua área e nos países onde pretendem trabalhar. Cada vez mais empresas, head-hunters usam o ICote para chegar a um maior número de pessoas, e é necessário re-alçar o importante networking reali-zado através do Facebook, LinkedIn e Twitter. Juntamos potenciais candida-tos a potenciais recrutadores e feliz-mente várias dezenas de pessoas con-seguiram arranjar emprego através desta forma. Temos tido um excelente feedback das empresas e de algumas pessoas que agradeceram pelas infor-mações prestadas, contudo, de muitas pessoas não se recebe qualquer feed-back. Nélia Pedrosa
João Guerreiro27 anos, natural de Beja
João Guerreiro é licenciado em Gestão pelo Instituto Superior de Economia e Gestão (Universidade Técnica de Lisboa). Tem experiência na área financeira e esteve dois anos em Maputo, Moçambique, onde foi estagiárioao abrigo do INOV Contacto. Trabalha atualmente na Aicep – Agência para o Investimento e o Comércio Externo de Portugal, em Lisboa.
Site criado por João Guerreiro recebe 6 000 visitas diárias
ICote ajuda a encontrar trabalho além-fronteiras
Em 2010, Pedro Ramos, um dos estagiários portugueses do 14.º programa de estágios internacionais no âmbito do INOV Contacto, decidiu criar um grupo no Facebook,
destinado à partilha de experiências e troca de informação, o INOV Contacto – Ofertas de Trabalho no Estrangeiro (ICote). Em maio último João Guerreiro, que foi INOV
Contacto em Maputo, avançou com a criação do site ICote, onde se agrega informação e ofertas de trabalho no estrangeiro. A plataforma conta atualmente com mais
de 6 000 visitas diárias, mais de 8 000 pessoas no grupo e 17 000 fãs no Facebook.
quadro de honra
O “DA” está no canal 475533 doNº 1590 (II Série) | 12 outubro 2012
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