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Diario do Alentejo
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SEXTA-FEIRA, 11 JANEIRO 2013 | Diretor: Paulo BarrigaAno LXXXI, N.o 1603 (II Série) | Preço: € 0,90
É bom viver em Barrancose em Castro e Sines tambémNuma lista de 30 municípios, liderada por Lisboa, Barrancos surge em 17.º lugar no âmbito de um estudo para avaliar a qualidade de vida em Portugal. Castro está em 24.º lugar e Sines (15.º) é o melhor local para viver no Alentejo. págs. 4/5
Cão perigoso mata criança em BejaFaleceu a criança de 18 meses que, no domingo, sofreu um violento ataque de um cão cruzado de pitbull. O incidente ocorreu num bairro social de Beja. O cão, que foi recolhido para abate, pertencia ao tio da vítima e vivia na mesma casa. pág. 9
Candidatos autárquicosapresentados a conta-gotas Enquanto o PCP prolonga o tabu em torno dos seus candidatos por janeiro dentro, o PS apressa-se a antecipar os seus cabeças de lista aos diferentes municípios e o PSD vai apresentando candidaturas a conta- -gotas às Autárquicas 2013. pág. 8
Maior radiotelescópio do mundo em MouraA herdade da Contenda, em Moura, está a servir de “sala” de ensaios para os protó-tipos do maior radiotelescópio do mundo, o SKA. Que a partir de 2016 será instalado em África e na Austrália. pág. 10
A segunda vida da candidaturado cante a Património da Humanidade
Comissão Nacional da Unesco recebe proposta alentejana a 25 de janeiro ou 2 de fevereiro
Entrevista com o antropólogo Paulo Lima nas págs. 6/7
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JOSÉ
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O projeto MyFarm.com, do
Instituto Politécnico de Beja,
acaba de ser distinguido com
uma menção honrosa no Prémio
Agricultura 2012. A ideia é
muito simples e passa por gerir
uma horta verdadeira sem sair
de casa, através da Internet. Uma
espécie de big brother hortícola
para agricultores urbanos. Mas
à séria. pág. 12
Hortas dentro de computadores
Natureza
Projeto LIFEajuda peneireiro,sisão e abetarda pág. 11
Tauromaquia
Em memória de Varela Crujo e Francisco Mendes pág. 28
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3 EditorialReportagemPaulo Barriga
A SIC passou no domingo uma reportagem que os bejenses estão a classifi-
car como extraordinariamente ofensiva ao seu bom nome. E um exemplo acabado de mau jor-nalismo. Ou seja: nem a forma nem o conteúdo lhes agradou no filme que o jornalista Pedro Mourinho elaborou sobre as su-postas “obras faraónicas” que se têm levantado em Beja. A repor-tagem é o género maior da prá-tica jornalista. É o poema épico, é a obra-prima, é a pradaria do jornalismo. É na reportagem, na boa reportagem, que as regras não têm regra. Que os géneros se misturam sem qualquer tipo de constrangimento. Que os factos se associam livremente às sensa-ções recolhidas pelo próprio re-pórter. É na reportagem, na boa reportagem, que a escrita jorna-lística ganha a vida que as nor-mas, os códigos de conduta e a severidade usualmente lhe re-tiram. Deste prisma, do lado da forma, a reportagem de Pedro Mourinho é uma bela reporta-gem. Dinâmica, participativa, algo irónica, a roçar o documen-tário, criativa, inovadora no for-mato. De onde emerge, então, a irritação dos bejenses? Muito simples: do preconceito. Não do preconceito deles, dos bejenses. Mas do preconceito do jornalista em relação à sua matéria. Pedro Mourinho cometeu um dos er-ros mais comuns ao jornalismo estagiário. Foi para o terreno em busca de justificações para a sua tese – a de que em Beja se gasta dinheiro mal gasto em obras da treta – em vez de ter vindo para o terreno em busca da sua pró-pria tese. E esse é, por ventura, o grande fundamento da própria reportagem: contornar o impre-visto com o improviso. Ao con-trário, Mourinho emprenhou pelos ouvidos. E preferiu defen-der até ao final, a todo o custo, pateticamente, a ideia preconce-bida que alguém em Lisboa lhe vendeu como boa. E isso fez dele um mau repórter. Porque não teve perspicácia para olhar para lá do objeto, não se deixou con-tagiar pela sua própria intuição, não teve talento para encontrar os protagonistas certos para con-solidar a sua história, não teve humildade suficiente para corri-gir a rota em pleno voo. É pena que assim tenha sido. Porque com o investimento financeiro que a SIC fez na reportagem de Pedro Mourinho, os telespeta-dores mereciam muito mais do que uma boa (ou bonita) má re-portagem. Principalmente os de Beja, que com ele andam zanga-dos. Por estes dias.
A SIC passou no domingo à noite uma peça jornalística, inserida numa nova rubrica, sobre os investimentos públicos em Beja, na qual não me revejo! Participei
nela sem saber ao que ia (…) Qual não é o meu espanto quando hoje um amigo me diz que se comenta (naturalmente nos meios onde a mesquinhez, a inveja e a falta de escrúpulos vai fazendo escola), que tinha sido EU a encomendar a peça!
(…) Claro que não levo a sério os energúmenos que colocam a circular boatos infundados, desafiando todos os que lançaram essas atordoadas a prová-lo.
Mário Simões, presidente da distrital de Beja do PSD, via Facebook
Paulo
36 anos, vendedorA meu ver, a perigosidade de um animal passa pela educa-ção que lhe é dada pelo dono. Muitos comportamentos ca-ninos refletem os ensinamen-tos das pessoas que os tratam. Devia haver uma maior fis-calização sobre a verdadeira motivação que existe para al-guém querer adquirir um ani-mal de raça considerada peri-gosa. E a própria lei impedir a entrada destes animais no País.
Maria Nazaré
45 anos, professoraTal como nós, também os ani-mais precisam de cuidados de saúde, de higiene, de carinho e de espaço para viver harmo-niosamente. Quando estas con-dições não existem, os animais têm tendência para desenvolve-rem agressividade. Há, no en-tanto, raças mais propícias a comportamentos hostis, que não deviam ser consideradas domésticas. E por isso deve-riam ser proibidas de adquirir.
Maria Duarte
57 anos, domésticaNão sou contra as pessoas te-rem animais de estimação em casa. Mas não concordo que seja permitido ter cães de raças consideradas perigosas. Estes animais não são domesticáveis, colocam as pessoas em risco. Assistimos continuamente, de norte a sul do País, a ataques trágicos destes cães. Por isso considero mesmo que a lei por-tuguesa os deve proibir de vez.
Inácio Penas
60 anos, bate-chapasPara já, acho que nenhum cão, seja de que raça for, deva viver numa casa pequena, sem quin-tal. Os animais precisam de es-paço, não podem estar presos. Um animal preso torna-se peri-goso. Em relação a estes cães o perigo é ainda maior. Eu acre-dito que estas raças, mais tarde ou mais cedo, manifestam o seu comportamento agressivo. Por melhor que os donos os tratem.
Voz do povo Concorda que se tenham cães perigosos em casa? Inquérito deJosé Serrano
Vice-versaA propósito da reportagem sobre Beja que a SIC transmitiu no último domingo, a Federação do Baixo Alentejo do Partido Socialista considera que “o seu conteúdo e a sua finalidade não é mais que um novo ataque à região do Baixo Alentejo e aos baixo alentejanos, alimentada pelo deputado e líder distrital do PSD, Mário Simões, que, com ligeireza e irresponsabilidade, contribui para o bloqueio ao desenvolvimento da região e dos cidadãos que deveria representar”.
Pedro do Carmo, presidente da Federação do Baixo Alentejo do PS
Fotonotícia O homem que não mordeu o cão. O cão que está por detrás destas grades matou uma criança. Foi esta se-
mana, num bairro social de Beja. Trata-se de um pitbull terrier, arraçado. Uma raça que consta do índex dos cães potencialmente perigosos.
Mas a lei portuguesa que estabelece esta classificação é de tal forma branda e amanteigada que ninguém dela faz caso. Os bairros problemá-
ticos – e não só – estão pejados de armas vivas. Tão ou mais mortíferas do que este aparentemente simpático cachorro que está por detrás
destas grades. Quando, na verdade, quem deveria lá estar agora não era ele, o cão… PB Foto de José Serrano
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Rede social
Disse recentemente que estão reunidas as condi-
ções para o aumento da pobreza…
Importa enquadrar o contexto dessa afirmação, começando por clarificar alguns aspetos das dife-rentes dimensões que a pobreza assume. Podemos falar, por um lado, da “pobreza moral”, caracteri-zada sobretudo pela falta ou ausência de valores. Existe depois a “pobreza de espírito”, a qual é po-tenciadora da existência de uma “cultura de po-breza”, caracterizada pela baixa autoestima, falta de fé e de esperança. A “pobreza económica e fi-nanceira” é uma consequência, e potencia, por seu lado, o desemprego, a exclusão social, o aumento de grupos de risco. De referir que o número de pessoas em risco de pobreza e de exclusão é defi-nido de acordo com três indicadores: risco de po-breza, privação material e agregado familiar sem emprego. Se nada for feito para combater as ver-dadeiras causas potenciadoras da “pobreza”, esta corre o risco de aumentar.
No seu entender, como é que se poderá comba-
ter esse aumento?
No combate à “pobreza moral”, qualquer mudança começa a nível individual, podemos ser agentes da mudança, pela “contaminação positiva” de valo-res. No combate à “pobreza de espírito” deve-se promover as competências, a esperança e a auto-estima das pessoas. No combate à “crise”, importa fomentar a redescoberta do nosso território, do País e da alma lusa abençoada por Deus, valori-zando critérios de diferenciação. O setor agrícola assume-se como o grande potenciador de cresci-mento económico na região. O turismo é também fundamental para a entrada de divisas. A externa-lização do nosso know-how deve ser valorizada, através de uma mais estreita ligação ao “mundo lusófono”. Importante seria a “instituição” de uma plataforma efetiva de coordenação da luta contra a pobreza e a exclusão social em Portugal.
Perante o cenário de aumento da pobreza, qual é
a estratégia de intervenção do núcleo distrital de
Beja para o ano que agora se iniciou?
A nível nacional, a EAPN possui um plano estraté-gico, com reflexo na materialização de ações no todo nacional, sendo que para o seu núcleo de Beja con-sideramos fundamental o trabalho em rede, pro-mover a “contaminação positiva”, a “redescoberta do nosso território” e continuar e alargar o traba-lho em rede com os demais parceiros da EAPN e da rede social do distrito, onde continuaremos a dar a voz aos mais excluídos da sociedade.
Qual é a realidade atual do distrito em termos de
pobreza?
No caso português apenas o Observatório da Luta Contra a Pobreza da cidade de Lisboa é que pos-sui dados distritais e concisos sobre a pobreza em Lisboa – pelo que podemos apelar aos inte-ressados que queiram colaborar na criação do Observatório do Alentejo. Conscientes da dificul-dade de quantificar o que é viver no limiar da po-breza em Portugal, a EAPN Portugal em parce-ria com a Universidade Técnica de Lisboa e com a Universidade Católica estão a promover a realiza-ção de um “Estudo sobre o rendimento adequado em Portugal”, em que Beja é uma das localidades escolhidas para a amostra do estudo.
Nélia Pedrosa
4 perguntasa João
Martins Coordenador do núcleo distrital de Beja
da EAPN Portugal//Rede Europeia Anti Pobreza
Semana passada
DOMINGO, DIA 6
SANTIAGO DO CACÉM DESPISTE DE VEÍCULO LIGEIRO FAZ UM MORTO
O despiste de um veículo ligeiro de passageiros provocou um morto, na Estrada Nacional 390, entre Abela e São Domingos, no concelho de Santiago do Cacém, disse fonte dos bombeiros. A vítima mortal é um homem de 83 anos, que residia em São Bartolomeu da Serra, concelho de Santiago do Cacém. Estiveram envolvidos no socorro ao acidente, segundo o CDOS, sete bombeiros da corporação de Santiago do Cacém, apoiados por três veículos, e uma viatura médica de emergência e reanimação (VMER), do Hospital do Litoral Alentejano.
SEGUNDA-FEIRA, DIA 7
VIDIGUEIRA CÂMARA PROMOVE DISCUSSÃO PÚBLICA DE PLANO ESTRATÉGICO
A Câmara Municipal de Vidigueira promoveu durante a semana reuniões com a população, em todas as localidades do concelho, para apresentação da proposta do Plano Estratégico de Desenvolvimento de Vidigueira. O plano estratégico, de acordo com a autarquia, é um documento que visa a definição das principais linhas orientadoras e dos caminhos que a nível do município devem ser seguidos para “alcançar o desejado desenvolvimento económico e social, dentro de uma perspetiva de um concelho cada vez mais sustentável”.
BEJA PSP IDENTIFICA SUSPEITA DE FURTAR ARMA DE FOGO DE UMA RESIDÊNCIA
A PSP anunciou que identificou uma mulher, de 44 anos, suspeita de ter furtado no sábado, do interior de uma residência em Beja, uma arma de fogo de caça que foi recuperada. Após uma denúncia, a Esquadra de Investigação Criminal da PSP de Beja efetuou, “de imediato”, várias diligências que resultaram na identificação da suspeita e na recuperação da arma no sábado.
QUARTA-FEIRA, DIA 9
SANTO ANDRÉ AUTARQUIAS HOMENAGEIAM 17 PESCADORES QUE MORRERAM HÁ 50 ANOS
Na passagem dos 50 anos sobre o trágico acidente ocorrido na Costa de Santo André, a 9 de janeiro de 1963, no qual 17 pescadores perderam a vida, a Junta de Freguesia de Santo André, com o apoio da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, inaugurou um memorial de homenagem às vítimas, erigindo naquele local. “Na altura quase todas as famílias de pescadores perderam familiares, houve mesmo famílias que deixaram Santo André e foram para outros lugares. Existe por exemplo uma comunidade importante da Costa de Santo André em Sines”, lembra o presidente da junta, Jaime Cáceres, adiantando que segundo relatos dos sobreviventes “estavam 60 pessoas nesse dia na Lagoa quando foram surpreendidas por uma onda gigante. Os homens foram cuspidos e foram ao fundo, 17 morreram. Os sobreviventes da tragédia falam de um dia de horror”. O monumento, com a inscrição dos nomes dos 17 pescadores falecidos e uma breve história do acontecimento, consiste numa peça em pedra, em bruto, que simboliza “a força e a brutalidade da natureza”, adiantou o autarca.
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Árvore de Natal da Partilha de Moura vence concurso A Árvore de Natal da Partilha, erguida em Moura, foi a vencedora no concurso “Árvore de Natal Ecológica Europeia”, do Centro de Informação Europe Direct de Aveiro. A árvore da partilha é uma iniciativa que pretende assinalar o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência.
Cante aos Reis em Figueira de Cavaleiros A igreja Matriz de Figueira de Cavaleiros encheu-se ao final da tarde de sábado para ouvir cantar aos Reis pelas vozes de grupos corais oriundos de Figueira de Cavaleiros, Sete, São Marcos de Atabueira e Cantanhede. O programa inclui ainda um jantar convívio.
Câmara de Beja celebra as Janeiras As crianças do Jardim de Infância de Santiago Maior, em Beja, deslocaram-se aos paços do concelho para cantaram as Janeiras. Na cerimónia foram ainda anunciados os vencedores do sorteio integrado na campanha de promoção das compras de Natal no comércio tradicional.
Alunos de Serpa cantaram aos ReisE na Cidade Branca também os meninos e meninas do Pólo 2 da EB 1 cantaram aos Reis, em plena praça da República, acompanhados por Armando Torrão. Os pequenos cantores ainda se fizeram ouvir no Centro de Dia de Santa Maria e no Lar de São Francisco.
Animações desportivas encerram campanha de Natal Várias demonstrações desportivas abertas à população, entre treino funcional, ginástica acrobática, dança rítmica ou zumba, assinalaram, no fim de semana, o encerramento da campanha de promoção de compras de Natal no comércio tradicional de Beja.
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Barrancos
Vila no 17.º lugar nacional em termos de qualidade de vida
Uma vez barranquenho, para sempre barranquenho
Numa lista de 30 municípios liderada
por Lisboa, Barrancos surge em 17.º
lugar no âmbito de um estudo uni-
versitário para avaliar a qualidade
de vida em Portugal. Uma classifica-
ção que deixa orgulhosos habitantes
e município local, que considera este
honroso lugar “uma responsabilidade
acrescida no sentido de criar condições
para a fixação de jovens”. Equipada de
adequadas infraestruturas culturais,
desportivas e sociais e mantendo o es-
pírito empreendedor que nunca lhe
falhou, faltam à vila raiana boas aces-
sibilidades e emprego. É que o barran-
quenho tem um raro apego à terra:
“Só em último caso é que sai”.
Texto Carla Ferreira Fotos José Serrano
Barrancos surge como o concelho do distrito de Beja mais bem posicio-nado num estudo da Universidade
da Beira Interior que pretende avaliar a qua-lidade de vida dos municípios portugueses. Entre os primeiros 30, com Lisboa à cabeça, ocupa o 17.º lugar, numa classificação que teve em conta condições como a existência de serviços de saúde, os equipamentos cultu-rais por cada mil habitantes, a taxa de esco-larização ou o dinamismo económico. Dirão os mais céticos, surpreendidos, que o estudo terá esquecido fatores de peso, como o iso-lamento geográfico, as más acessibilidades e a débil rede local de emprego. Mas os bar-ranquenhos, em geral, reagem orgulhosos a este honroso posicionamento. Cuja notí-cia, aliás, já se encontra exibida em vários lo-cais públicos da vila raiana, entre o edifício da câmara e a Sociedade Recreativa Artística Barranquense, umas das duas coletividades, bem no coração da terra, em que se divide a pacata vida social.
Mas o lugar poderia ter sido outro, mais modesto, que o orgulho barranquenho não sairia decerto beliscado. Este “bairrismo”, este “apego à terra”, como lhe chama o pre-sidente da câmara, António Tereno, é qual-quer coisa de muito arreigada e, por isso, imune às circunstâncias. Dificilmente se consegue arrancar um barranquenho da sua terra. E quando isso acontece, a distân-cia será só, e apenas, física. José Pelicano,
com 63 anos e já sem sotaque, é bem o exem-plo disso. Saiu, ainda nos anos 60, rumo à Grande Lisboa, no “tempo da vida difí-cil”; trabalhou na estação de Correios do Terreiro do Paço, fez dois anos de tropa na Guiné, em plena guerra colonial, e, quando regressou, ainda insistiu na ideia de se es-tabelecer na raia, “mas já não se conseguia, porque não havia trabalho para mim”. Hoje, já reformado, vive “repartido entre Almada e Barrancos” que é, para si, a corporização daquilo a que se chama “qualidade de vida”. Um conceito onde cabem fatores como “a tranquilidade e a gastronomia”. E sobretudo a forte e incontornável presença da natureza, que lhe é muito cara. “O campo diz-me tudo, de tal forma que já incuti isso nas minhas netas”, confessa. São elas, e não Almada, que o fazem sair deste lugar, onde interrompe o discurso de três em três palavras para cum-primentar pelo nome quem passa. “Vim an-tes do Natal e vou estar cá até me fartar”, o que é o mesmo que dizer “até ter muitas sau-dades do meu pessoal, sobretudo das netas”, explica. Em Barrancos, a discrepância en-tre os números da natalidade e os da mor-talidade é algo que o deixa “apreensivo”. No seu ano de nascimento, 1949, terão vindo ao mundo perto de 70 crianças. “Éramos mui-tos e agora quando nascem quatro, cinco, já é muito bom”, comenta, depositando es-peranças nos novos investimentos que es-tão a surgir no parque empresarial local, em
concreto na área da transformação de car-nes. “Oxalá que sim, que dê aqui um novo impulso”, espera.
É também com o coração que fala Maria Mercedes Tereno, de 65 anos. “É a minha terra, gosto de viver aqui, sou mesmo bar-ranquenha a 100 por cento”, atira, sem mais elaborações. Só lamenta o facto de “estar-mos longe de tudo”, o que se torna particular-mente grave em caso de doença. “Uma pessoa doente, se vai muito mal, morre a caminho do Hospital de Beja, porque são cento e tal quiló-metros”. De resto, com o novo centro de saúde e a médica que lá atende a população durante a semana, entre as 8 e 30 e as 17 e 30 horas, diz não ter razões de queixa, e tem também boas referências do novo lar de terceira idade, que acolhe até “muita gente de fora e tudo”. Mesmo não lhes dando muito uso, sendo “caseira”, está a par e aprova os equipamen-tos culturais e desportivos existentes, e, além disso, é da opinião de que “apesar de tudo, ainda vai havendo emprego”.
Com ela talvez não concordem Conceição Garcia e Alexandrino Baleizão, dois conter-râneos na casa dos 40 anos e ambos desem-pregados de longa duração. Conceição teve “empregos temporários” e foi mitigando a an-gústia de estar parada com vários “cursos”. Por isso, se tivesse uma oferta de trabalho – suponhamos, em Lisboa – aceitaria de bom grado, mesmo ciente de que, podendo esco-lher, “escolheria sempre a minha terra; gosto
de viver aqui, gosto das pessoas, gosto do am-biente, é uma vila muito pacata”.
Experiente em trabalhos agrícolas, há mais de uma década que Alexandrino não encontra a tão desejada estabilidade laboral. “Tenho feito algum contrato por aí e depois volto outra vez ao desemprego. Sempre tra-balhei no campo, embora me tenha dedicado também a outras coisas, como cursos de cal-ceteiro e outras oportunidades que tem ha-vido. E a idade já vai pesando”. Com 48 anos, Alexandrino Baleizão já viu partir a filha para Lisboa e o filho para Moura e ele próprio também não desdenha a possibilidade de sair, assim surja uma oportunidade. “Mas ia cus-tar-me um bocado”, confessa, lembrando a grande vantagem de fazer parte de um “povo pequeno”. “Aqui haver fome ainda não, gra-ças a Deus. Não chegámos ainda a esse ponto. Mal ou bem, vai-se tirando, porque temos o apoio da família e, quando não temos fami-liares, temos sempre alguns amigos”.
Outros dos pontos negros, que ensom-bram a qualidade de vida barranquenha, conclui Alexandrino, são as estradas, “fa-tais” – assim mesmo, com o sentido que lhe dão os vizinhos espanhóis – e os ser-viços de saúde que, tendo melhorado, não cobrem todas as necessidades. “Ainda há poucas noites, tive que ir a Encinasola, ao centro de saúde, que está aberto 24 horas. O centro de saúde aqui está aberto até às cinco da tarde”, queixa-se.
Com 48 anos, Alexandrino Baleizão já viu partir a filha para Lisboa e o filho
para Moura e ele próprio também não desdenha a possibilidade de sair,
assim surja uma oportunidade. “Mas ia custar-me um bocado”, confessa,
lembrando a grande vantagem de fazer parte de um “povo pequeno”.
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Como reage a este posicionamento e como o
justifica?
É plenamente justificado, tendo em conta o traba-lho que foi feito ao longo de muitos anos. A popu-lação está plenamente servida de equipamentos culturais, desportivos e sociais e é isso que dita a qualidade de vida em Barrancos. É evidente que não chega. Também teríamos que ter outro tipo de apoios, nomeadamente ao nível das acessibi-lidades. Mas isso são coisas que nos extravasam um pouco, e nós continuamos a lutar nesse sen-tido. Tendo nós espírito empreendedor, eu te-nho muita esperança que, num futuro muito pró-ximo, o nosso parque empresarial possa acolher novas fábricas. Temos a Barrancarnes, o grande empregador privado do concelho, que garante à volta de 40 postos de trabalho fixos; uma unidade de transformação de materiais lenhosos e vamos ter outra na área da padaria. E temos uma nova unidade na área dos presuntos, pronta a iniciar a sua atividade em dois, três meses. É um investi-mento português, barranquenho, e criará possi-velmente perto de duas dezenas de postos de tra-balho, o que é muito importante numa época de grande desemprego.
A classificação tem em conta 48 indicadores, en-
tre eles os cuidados de saúde. Barrancos, há uns
anos atrás, debatia-se com carências a esse nível.
Como estamos de momento?
Estes cuidados funcionam muito por via da ini-ciativa do município. Se temos médico ao fim de semana, é ao município que cabe essa responsa-bilidade. Durante a semana, temos o novo centro de saúde, aberto desde o ano passado, que move-mos mundos e fundos para ter. Dispomos de uma médica, num horário que é diminuto, e nós que-ríamos mais, porque estamos longe de Moura, de Beja, e isso preocupa-nos. O ideal seria ter mais um médico em Barrancos e queremos também alargar o horário até às 20 horas. Depois temos aqui o apoio dos nossos vizinhos de Encinasola, que têm um centro de saúde aberto durante 24 horas, o que nos tranquiliza muito.
Apesar do isolamento geográfico, Barrancos é
um bom sítio para se viver e criar uma família?
Claro. Temos o Parque de Natureza de Noudar, uma paisagem linda, o castelo, que neste mo-mento está a ser recuperado, também a expensas próprias do município, temos uma fauna e flora riquíssimas e somos exatamente o fim da cordi-lheira da serra Morena. Isto é um microclima que facilita a criação de um presunto excecional. Por alguma coisa somos a única Denominação de Origem Protegida (DOP) do País. É evidente que teremos que ter também desenvolvimento econó-mico associado à qualidade de vida, para poder-mos manter cá as pessoas, tendo em conta que o barranquenho, neste caso o jovem barranquenho, pelo seu bairrismo, pelo seu apego à terra, não quer sair de Barrancos. Nós temos que arranjar condições para eles. Eu diria que esta classificação ótima é uma responsabilidade acrescida para nós, autarcas, no sentido de criar condições para a fi-xação de jovens.
“Somos portugueses porque queremos”
Não chegam aos 1 900 os habitantes de Barrancos e os nascimentos – no ano passado foram apenas oito – são insuficientes para alimentar esperanças de cres-cimento demográfico. Há, pois, que contar com o forte “bairrismo” do barranquenho, que “só em último caso é que sai”. E dar-lhe condições para que fique. É intei-ramente com esse espírito que foi desenhado o orça-mento camarário para 2013, “que fixa a atenção nas pessoas”, explica António Tereno, enumerando me-didas como o programa de arrendamento jovem, vi-sando os jovens casais e o reaproveitamento das casas sem uso no centro histórico. Ou o programa de apoio a associações para a criação de emprego, além das bol-sas de estudo atribuídas a alunos que estudem den-tro ou fora do concelho, para que se “mantenha sem-pre a ligação à terra natal”. Quanto à possível fusão ou agregação de municípios mais pequenos no âmbito do processo de reorganização administração em curso, o autarca mantém uma atitude serena e determinada: “No século XIX já tivemos este problema e voltámos a ser concelho. Não durou um ano a nossa integração no concelho de Moura. O município de Barrancos continu-ará a existir sempre por todos os séculos. Somos por-tugueses porque queremos. É bom que o poder central entenda isto”.
Sines (15.º) e Castro Verde (24.º) também na lista
Do distrito de Beja, além de Barrancos, encon-tra-se também Castro Verde, que ocupa o 24.º lu-gar entre os primeiros 30 concelhos do Indicador de Desenvolvimento Económico e Social de Portugal. O estudo foi desenvolvido pela Universidade da Beira Interior, no último trimestre de 2012, contemplando 48 indicadores baseados em dados estatísticos oficiais de 2010, referentes aos 308 concelhos de Portugal.Francisco Duarte, presidente da Câmara de Castro Verde, congratula-se com a classificação mas não se mostra surpreendido. É que as razões da qualidade de vida em Castro Verde, aqui reconhecidas, devem-se à “conjugação de dois fatores” conhecidos, justifica. Por um lado, “o trabalho desenvolvido pelo Poder Local ao longo de mais de 30 anos”; por outro, a existência da mina de Neves-Corvo, que gerou “uma estabilização da população e um nível de empregabilidade muito bons”. Mas o autarca não se deixa deslumbrar pe-las estatísticas e alerta que “é bom não esquecer que temos uma população extremamente envelhecida, que continua com níveis de reforma muito baixos”. Também Sines, no distrito de Setúbal, se encontra nosprimeiros 30 lugares, ocupando a 15.ª posição.
António TerenoPresidente da Câmara Municipal de Barrancos
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EntrevistaCandidatura do cante entregue na Unesco a 25 de janeiro ou 2 de fevereiro
Cante alentejano procura reconhecimento internacional
O antropólogo Paulo Lima é o gestor da Casa do Cante, em Serpa. Entidade inaugurada
em julho de 2012 e a quem caberá a entrega, na Comissão Nacional da Unesco, da candi-
datura do cante alentejano a Património Cultural Imaterial da Humanidade. O que acon-
tecerá nos próximos dias 25 de janeiro ou 2 de fevereiro. Um momento de extrema im-
portância para um dos “grandes pilares da nossa identidade”, segundo reconhece Paulo
Lima nesta entrevista onde também fala das origens do cante, dos desencontros em
torno da candidatura e, acima de tudo, da dignificação dos cantadores, os verdadeiros
detentores de um bem cultural que está prestes a ser reconhecido internacionalmente.
Texto Paulo Barriga Fotos José Serrano
O que mudou foi o olhar sobre o cante. Houve uma certa tomada de consciência desse bem. Mesmo que por parte de algumas instituições tivessem existido críticas, isso já implica ter um olhar sobre o cante. E, no fundo, percebeu-se que há aqui qualquer coisa valiosa que se tem de cuidar. Ou seja, criou-se uma nova dinâmica e ainda estamos a tentar perceber o que está verdadeiramente a suceder”.
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Assumiu recentemente a di-
reção da Casa do Cante, em
Serpa. O que se pretende
com este equipamento?
A minha função na Casa do Cante é de gestão. Não vou criar um plano cien-tífico nem um plano de eventos, vou antes fazer a gestão de um bem, entre as pessoas que detêm esse bem. Ou seja: criar as condições para que os diferentes atores possam, a partir da Casa do Cante ou com a Casa do Cante, criar projetos no Alentejo e noutros sítios onde haja esta “coisa” chamada cante alentejano.
A Casa do Cante,
não propriamente
um local de ciência,
um local onde se es-
tude o cante, mas an-
tes um ponto de en-
contro entre as gentes
do cante?
É isso mesmo. A investi-gação é feita nas universi-dades e nos locais próprios. A Casa do Cante pode pro-porcionar e incentivar o es-tudo e, ao mesmo tempo, criar a possibilidade de dia-logar com os investigadores.
Uma das coisas que a Casa do Cante tem de fazer é ajudar a reu-nir informação, construir conhe-cimento e divulgar o saber. Para identificarmos exatamente o ob-jeto que estamos a tratar. O que é o cante? É essa a questão que temos de colocar. Parece simples a res-posta, mas não é.
O que é o cante, afinal?
O cante como nós o entendemos, o cante que é alvo desta candida-tura a Património Imaterial da Humanidade, é um movimento co-ral popular que surge no Alentejo no princípio do século XX, na vila de Serpa, que é autónomo em si e que faz parte de um movimento maior que é o movimento orfeó-nico popular. Os reportórios têm como origem diferentes expres-sões poéticas, musicais perfor-mativas do Alentejo e de outras zonas.
Estamos a falar de uma prática
bastante recente…
Podemos encontrar nos reportó-rios e nas interpretações formas mais antigas. Mas o movimento a que chamamos cante, estrutu-rado, formalizado, é facilmente datável pela documentação, a par-tir do verão de 1907, em Serpa. A polifonia é outra história. A poli-fonia é uma expressão musical que vai desde o Alto Minho à serra al-garvia. E no Alentejo não existe só
a polifonia associada ao cante, há outras formas de polifonia no Alto e no Baixo Alentejo. Claro que depois existem formas diferen-tes de interpretar esse cante cole-tivo. Agora aquele a que chama-mos cante alentejano, é um cante estruturado que se tornou a iden-tidade de uma região.
E esse é o objeto da candidatura a
Património Imaterial da Unesco?
É este o objeto. E é este o bem que a Casa do Cante associa a si.
Quando é que vai ser novamente
entregue a candidatura deste
cante polifónico e coralista à
Unesco?
Há duas datas possíveis: 25 de ja-neiro ou 2 de fevereiro. É interesse da Casa do Cante, que por razões diversas chamou a si este pro-jeto na sua fase final, terminá-lo o mais rapidamente possível.
Em termos de candidatura o que é
que mudou em relação à primeira
proposta que foi recusada pelo
próprio Governo português?
A proposta em si não foi recusada. O que aconteceu em março não teve a ver com a qualidade do do-cumento nem com as questões as-sociadas à presença dos cantado-res. Para a candidatura ser aceite pela Comissão Nacional da Unesco e pelo Estado tinha que haver uma aprovação alargada. Nos últimos
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tempos, isso é público, houve al-gumas vozes discordantes em re-lação a um processo que teve um tempo muito curto para se construir.
Esse tempo curto foi suficiente
para solidificar uma candidatura
boa e ganhadora?
A qualidade do bem, do cante alentejano, ultrapassa tudo isso.
Quer dizer que havia condições
para se ter avançado em 2012? Em minha opinião havia clara-mente condições para se ter avan-çado em março, porque depois ainda tínhamos mais alguns me-ses para melhorar o documento e responder às questões que a Unesco pudesse colocar.
Que importância teve a saída de
Rui Vieira Nery neste processo de
recusa?
Ele não saiu porque nunca chegou a estar.
Não é bem assim…
A questão do professor Rui Vieira Nery nesta candidatura, a forma como ele a colocou nos media, provocou um conjunto de ondas que depois foram muito compli-cadas de gerir. Acabou por se dar relevo aos aspetos menos positivos da candidatura, que eram muito poucos, e tornou-se a parte num todo. Muitas pessoas não percebe-ram as valias que a região teria ga-nho e que cada município teria ga-nho com este reconhecimento.
A principal censura que se colo-
cou teve a ver com o centralismo
da Câmara de Serpa em todo este
processo. Aceita essa crítica?
Não, por vários motivos. Serpa é um concelho que pode ser po-tenciado com esta candida-tura, mas como Serpa mais uns 30. A questão é esta: o que é que cada município é capaz de fazer com esta candidatura a seguir ao
seu reconhecimento. É claro que Serpa suportou a contrapartida nacional e todas as despesas ine-rentes à candidatura, mas procu-rou três outras instituições para a promoverem: a Casa do Alentejo, a MODA e a Confraria do Cante Alentejano.
Então como se justifica toda esta
polémica?
Tendo em conta o pouco tempo que existiu, acho que as pessoas não pararam para pensar e não conseguiram separar o acessório do nuclear. Acho que houve aqui um problema de comunicação, deu-se muito espaço aos mediado-res e muito pouco aos detentores do bem, do cante alentejano.
Como assim?
Os detentores são os cantado-res. É para os cantadores que esta candidatura é feita. O pa-trimónio imaterial, ao contrá-rio de outro tipo de património, tem que respeitar duas regras. A primeira tem a ver com a auto-rização dos detentores, de quem canta, a uma entidade para que se faça essa inscrição. Por outro lado, essa inscrição tem de ser centralizada nos cantadores e nos grupos corais. Porque esses é que são os detentores do bem. E não vi por parte de nenhum grupo coral dizer que não queria a candidatura.
Como é que comenta o facto de
a Câmara Municipal de Beja ser
a única com grupos de cante no
seu concelho que não apoia a
candidatura? O que posso perceber é que fize-ram uma má leitura da informação disponível. E depois há aqui outra coisa que é o desconhecimento…
A Câmara de Beja voltou a ser
contactada para esta nova
candidatura?
A Casa do Cante antes de entregar
a candidatura…
Agora é a Casa do Cante a enti-
dade promotora?
É um processo que começou agora. Uma das coisas que a Casa do Cante quer fazer é entrar em diálogo muito rapidamente com todas as entidades que são impor-tantes para este processo. E dispo-nibilizar amplamente toda a infor-mação que, aliás, desde há muitos meses foi sendo distribuída pelos grupos corais, pela MODA, pela própria Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral. As câmaras podem ter ra-pidamente o conhecimento e po-dem aceder a essa informação. Eu compreendo que algumas câma-ras possam não se ter revisto na candidatura, agora ela foi sempre disponível para dialogar com to-das as pessoas, com todas as insti-tuições e com todas as entidades.
Os grupos corais estão com a
candidatura?
Temos documentação que assim o diz.
Sentiu que houve mudanças no
cante ao longo deste ano em
que se falou intensamente nesta
prática?
Na minha opinião o que mudou foi o olhar sobre o cante. Houve uma certa tomada de consciência desse bem. Mesmo que por parte de al-gumas instituições tivessem exis-tido críticas, isso já implica ter um olhar sobre o cante. E, no fundo, percebeu-se que há aqui qualquer coisa valiosa que se tem de cui-dar. Por outro lado começaram a aparecer, mais na zona de Lisboa, encontros para discutir o cante a diferentes níveis: a questão da transmissão, da sua história, do papel dos grupos… Houve igual-mente um reforço do ensino do cante nas escolas… Ou seja, criou--se uma nova dinâmica e ainda es-tamos a tentar perceber o que está verdadeiramente a suceder.
O que ganha o cante com esta
candidatura?
Pa r a já , re c on he c i mento internacional.
Apenas isso?
E um reforço da sua própria iden-tidade. É muito importante exis-tir um olhar internacional sobre um determinado bem. Os deten-tores do bem, os grupos corais, te-rão um outro espaço de reivindi-cação local, regional, nacional e mesmo internacional. Por fim im-porta para o empreendedorismo local ter mais um recurso como elemento da sua oferta. De re-pente, podemos ter no Alentejo, em diferentes níveis ou em dife-rentes tipos de património mate-rial e imaterial, um conjunto de classificações que são também elas um reforço e um suporte para um desenvolvimento sustentado da região.
Costuma dizer-se que os grupos
corais estão envelhecidos. Como é
que está a ser feita a transmissão
geracional do cante?
A transmissão é fundamental para agarrar as novas gerações e não só. Tem de se apostar fortemente na
transmissão feita pelos próprios grupos, ou seja: os próprios gru-pos devem fazer essa formação. A verdadeira Casa do Cante é onde se canta e é onde são as sedes dos grupos e é onde eles cantam, nas tabernas, nas ruas, nos espetácu-los. A verdadeira Casa do Cante é tudo isto. É onde há cante.
Outra das questões que se coloca
a esta candidatura, e ao próprio
cante, tem a ver com as questões
de ética…
A par da transmissão, a ética é uma questão nuclear. As questões da ética têm de estar sempre presen-tes. E a ética começa nessa coisa tão simples que é o respeito pelo outro que canta. Esse respeito tem de ser mantido acima de tudo. É o caso, por exemplo, do direito à imagem. Quando se compila, quando se re-colhe, temos de ter esse respeito. No fundo temos de dizer, e isto tem de ser muito claro, que quem manda são aqueles que cantam e são os gru-pos corais. São esses os donos do bem.
Qual o papel da Casa do Cante
neste reconhecimento dos
cantadores?
A Casa do Cante eticamente não diz se um grupo canta melhor que o outro. É preciso é que cantem. Não nos interessa se põem modas novas ou modas velhas. Importa é que cantem. E eu penso que aquilo que temos que ter sempre em cima da mesa é que o Alentejo tem uma dívida imensa para com milha-res de pessoas que generosamente, a custo de nada, todas as sema-nas se juntam para ensaiar e es-tão sempre disponíveis para ir a qualquer sítio, sem ter sobre isso nenhuma troca, apenas para can-tar, porque gostam. Porque têm um amor quase incompreensível àquela prática, àquela sua iden-tidade. O nosso contributo é pro-porcionar as melhores condições e o maior respeito às pessoas que nos dão generosamente um dos pilares da nossa identidade, umas das grandes identidades do sul do Alentejo.
E essa identidade é de tal forma
valiosa que a Unesco a reconhe-
cerá este ano como Património da
Humanidade?
Estou certo disso. Ainda para mais quando a Comissão Nacional da Unesco assumiu a candidatura como a candidatura do Estado português. Falta apenas entregar os documentos. O que acontecerá nos próximos dias.
O cante como nós o entendemos, o cante que é alvo desta candidatura a Património Imaterial da Humanidade, é um movimento coral popular que surge no Alentejo no princípio do século XX, na vila de Serpa.
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AtualPS e PSD mais ativos no distrito de Beja
Candidatos a conta-gotasComeçam a ganhar contornos as di-ferentes estratégias dos partidos po-líticos para as Autárquicas 2013, no Baixo Alentejo. Enquanto o PCP pro-longa o tabu em torno dos seus can-didatos por janeiro dentro, o PS apressa-se a antecipar os seus cabe-ças de lista aos diferentes municípios e o PSD vai apresentando candidatu-ras a conta-gotas.
Sem grandes surpresas, o Partido Socialista anunciou a recandi-datura do atual presidente da
Câmara Municipal de Aljustrel. Nelson Brito vai assim tentar revalidar a vitó-ria socialista num município que foi, du-rante três décadas, um dos mais simbó-licos bastiões do PCP no Alentejo. Pelo que se espera, do lado dos comunistas, o aparecimento de uma candidatura vi-gorosa. O antigo presidente eleito pela CDU, José Godinho, é uma possibili-dade. Outra é a candidatura do atual pre-sidente da Junta de Freguesia de Ervidel, Manuel Nobre.
Já em Beja, outro dos concelhos que o PS conquistou à CDU em 2009, as coisas começam a ganhar contornos. Um mo-vimento de independentes liderado pelo ex-autarca comunista Lopes Guerreiro pode baralhar as contas à esquerda. A CDU acredita que é possível retomar a câmara da capital de distrito e apostará forte num dos seus dois putativos can-didatos: João Rocha ou José Maria Pós - -de-Mina. Já o PSD, depois de um ver-dadeiro para arranca inicial, avança
Comunidade educativa de Beja aguarda decisão governamental
Conselho Municipal de Educação contra mega-agrupamentos
08 A ACOS tem calendarizadas várias ações de formação para os
meses de janeiro e fevereiro, algumas das quais são obrigatórias. As
formações destinam-se a técnicos ativos dos sectores da produção,
transformação ou comercialização e silvicultura. A primeira ação
terá lugar no próximo dia 14 e será subordinada ao tema “Planos
de Gestão Florestal”. Segue-se, a 15, o curso “ArcGis Desktop 1:
Iniciação aos SIGS”. No dia 18 iniciam-se os cursos “Produção
Integrada em Vinha”, “Produção Integrada em Oliveira” e “Produção
Integrada Animal”. De frequência obrigatória, conforme legislação
em vigor, para quem quiser atuar nas áreas da distribuição,
comercialização e aplicação de produtos fitofarmacêuticos, vão
iniciar-se dois cursos: a 16 e a 30 deste mês. Para mais informações
os interessados deverão consultar o site da ACOS ou dirigir-se
ao Departamento de Formação Profissional da associação.
ACOS inicia 2013 com
várias acções de formação profissional
Cebal aprova orçamento de um milhão e 300 mil euros A assembleia geral do Cebal – Centro de Biotecnologia Agrícola e Agroalimentar do Baixo Alentejo e Litoral aprovou re-centemente o plano de atividades e orçamento para 2013 no va-lor de um milhão e 300 mil euros. O centro vai continuar os tra-balhos em curso nos quatro grupos de investigação, que incidem sobre a valorização dos recursos endógenos da região. O plano
de atividades inclui a sequenciação do genoma do sobreiro; no-vas tecnologias de tratamento de resíduos; a pesquisa de no-vas aplicações na área das ciências da saúde para plantas como cardo, esteva e eucalipto; e processos de melhoramento da qualidade dos frutos. O presidente da direção do Cebal, Pulido Valente, adianta que o centro está numa “fase de consolidação e crescimento”.
Angolanos visitam BejaO deputado Mário Simões acompanhou
esta semana uma delegação da embaixada
de Angola que se deslocou a Beja a
seu convite. A missão diplomática,
chefiada pela ministra conselheira,
Isabel Godinho, visitou várias casas
agrícolas ligadas ao setor do vinho e do
azeite e reuniu-se com responsáveis do
Instituto Politécnico de Beja, EDIA e
ANA. Em nota publicada no Facebook, o
deputado diz que “foi uma iniciativa de
diplomacia económica, que permitiu dar
a conhecer muito do potencial do distrito,
estreitando relacionamento e abertura
de portas a possíveis investimentos”.
Cristas no Alentejo A ministra da Agricultura afirmou
no final da semana passada que o
trabalho de reconversão da agricultura
no Alentejo, através do Alqueva, traz
“oportunidades relevantes” para o
investimento estrangeiro no setor em
Portugal e para a exportação de produtos
agrícolas portugueses. A governante
falava aos jornalistas durante uma visita
a infraestruturas do projeto Alqueva, nos
concelhos de Cuba e Ferreira do Alentejo,
acompanhando o ministro da Agricultura
e Florestas da Finlândia, Jari Koskinen.
Municípios reúnem-se com profissionais da GuardaRepresentantes da delegação sul da
Associação dos Profissionais da Guarda
(APG/GNR) reuniram-se recentemente
com autarcas das câmaras de Alvito,
Cuba, Serpa e Odemira. As reuniões
tiveram como objetivo encontrar
“soluções conjuntas de intervenção
junto da tutela ”, sobretudo no que
diz respeito “às instalações e às suas
condições de funcionamento”.
Associação do Comércio esclarece empresários sobre novas regras de faturação A Associação do Comércio, Serviços e
Turismo do Distrito de Beja, perante a
escassez de informação no que respeita às
novas regras de faturação, recentemente
entradas em vigor, vai realizar durante o
mês um ciclo de sessões de esclarecimento
sobre o tema destinadas a abranger
os empresários de todo o distrito. As
sessões serão ministradas por um técnico
especialista em autoridade tributária.
Hoje, sexta-feira, terá lugar uma
sessão de esclarecimento destinada a
empresários dos concelhos de Almodôvar,
Mértola e Ourique. A ação decorrerá
no salão nobre dos paços do concelho
de Almodôvar, pelas 19 e 30 horas.
O Conselho Municipal de Educação do concelho de Beja, reunido no final de dezembro, validou o pa-
recer aprovado por unanimidade no exe-cutivo da Câmara Municipal e que “vai contra a constituição dos mega-agrupa-mentos” escolares na área educativa de Beja.
Na reunião, em que participaram ele-mentos de toda a comunidade escolar (pais, professores, representantes do en-sino privado e cooperativo, membros do hospital e das forças de segurança, co-merciantes e jovens), foram ainda apro-vadas propostas das associações de pais
e das escolas, que vão no mesmo sentido que o parecer, e que foram anexadas ao do-cumento enviado para a Direção Geral de Educação do Alentejo.
José Velez, vereador com o pelouro da Educação no executivo bejense, disse ao “Diário do Alentejo” que aguardam res-posta do ministério para, em diálogo, po-derem “encontrar as melhores soluções” para a situação.
Por seu lado, Maria da Fé, dirigente sin-dical da Fenprof, disse ao nosso jornal que os professores estão “frontalmente contra” estas medidas que contribuem para “a de-gradação do ensino” e não têm nenhum
“objetivo pedagógico”, visando apenas a “redução dos recursos humanos do pes-soal docente e não docente”.
A sindicalista condena as “medidas eco-nomicistas do Governo”, em que se en-quadram, para além da criação dos mega - -agrupamentos, “o aumento do horário de trabalho para as 40 horas semanais, a su-bida do número de alunos por turma e as al-terações curriculares” que contribuem para haver “menos professores nas escolas”.
Para protestar contra estas medidas, os professores realizam no próximo dia 26, no Terreiro do Paço, em Lisboa, uma ma-nifestação nacional. AF
António Bota
com o ainda presidente de Almodôvar, António Sebastião. O que aperta as con-tas ao atual presidente e candidato pelo PS, Jorge Pulido Valente.
Com a impossibi l idade legal de António Sebastião se recandidatar, a disputa por Almodôvar ganha redo-brado interesse. O PSD tem entre mãos uma auto candidatura do presidente da concelhia local, Ricardo Colaço, e ainda não se pronunciou sobre o assunto. Já do lado do PS acaba de ser tornada pública a candidatura do professor universitário António Bota.
Em Cuba, e na impossibilidade de uma recandidatura de Francisco Orelha, o Partido Socialista fez anunciar esta se-mana o concurso de Ana Raquel Soudo a presidente da autarquia. A presidente da Comissão Política Concelhia do PS de Cuba aguarda pelo anúncio do seu prin-cipal concorrente, o candidato da CDU.
Apenas o PSD avançou esta semana com os seus cabeças de lista às cidades de Moura e Serpa. Em coligação com o CDS-PP, como acontece, aliás, em to-das as câmaras do distrito, os sociais - -democratas apostam em Humberto Nixon, para Moura, e em José Madeira, para Serpa. Tudo leva a crer que Tomé Pires sucederá a João Rocha nas listas da CDU a Serpa. Já a sucessão de Pós--de-Mina, em Moura, será mais traba-lhosa de def inir num concelho onde o PS aposta forte na candidatura de Canudo Sena, ant igo comandante distrital da Autoridade Nacional de Proteção Civil. PB
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Acidente com consequências trágicas ocorreu no domingo, 6
Faleceu menino atacado por cão perigoso
Não resistiu aos ferimentos graves a criança de 18 meses que, no domingo, em Beja, sofreu o ataque de um cão cruzado com pitbull. O animal, reco-lhido em canil para posterior abate, pertence a um tio da vítima e vivia na mesma casa.
Acabou por falecer, na terça-feira, 8, o menino de 18 meses que foi atacado no último domingo, em Beja, por
um cão cruzado com pitbull, raça conside-rada potencialmente perigosa. Recorde-se que, após o ataque, a criança ficou grave-mente ferida e foi transportada pela própria mãe para o Hospital de Beja, de onde, pouco tempo depois, terá sido transferida de heli-cóptero para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, vítima de um “traumatismo cranio-encefálico grave”, tal como explicou à Lusa o avô do menino, Jacinto Pinto. O cão perten-cia a um tio da vítima mortal, que vivia na mesma casa com os pais e os avós. Segundo o mesmo familiar, o animal encontrava-se “às escuras” na cozinha da casa, quando o menino foi àquela divisão. “Caiu-lhe em cima” e o cão atacou-o, contou, adiantando tratar-se de um acidente que “não tem ex-plicação”, já que o cão “era meigo”, habitu-ado a conviver com crianças e sem “nunca” antes ter demonstrado agressividade para com seres humanos.
O cão foi recolhido, logo na segunda--feira, 7, para o canil/gatil intermunicipal da Associação de Municípios Alentejanos para a Gestão do Ambiente (Amalga), em Beja, onde, de acordo com a veterinária
municipal, Linda Rosa, será abatido no início da próxima semana. Como deter-mina a lei, o cão, de nove anos, está iso-lado e permanecerá em observação numa box específica do canil ao longo de oito dias, após o que “irá ser abatido”, explicou ainda a clínica, referindo tratar-se de “um cão perigoso”, na medida em que “atacou uma criança”, e cujo “fim é a eutanásia”.
Entretanto, mesmo antes de conhe-cer as consequências trágicas do ataque, e apesar de a família da criança não ter apre-sentado queixa, a PSP participou o caso
ao Ministério Público (MP). Logo na se-gunda-feira, “de imediato”, a PSP elaborou “uma participação a relatar tudo o que se tinha passado”, enviando-a para o MP, ex-plicou à Lusa a oficial de relações públicas do Comando de Beja da PSP, sub-comis-sária Maria do Céu Silva. Ainda de acordo com a subcomissária, na segunda-feira, durante o processo de recolha do cão para o canil, a PSP pediu ao dono os documen-tos do animal, que disse tê-los mas de facto “não os apresentou”, alegando que “não sa-bia onde estavam”.
09
Largo do Carmo vai ser renovado O Largo do Carmo vai ser renovado até ao final
deste primeiro trimestre do ano. Dos quatro
projetos de requalificação apresentados
pela Câmara de Beja, no decorrer de uma
reunião realizada com os moradores e com
os responsáveis pela Junta de Freguesia de
São João Batista, foi aprovado o que prevê a
proibição de estacionamento na placa central
do largo, em redor da estátua da Virgem
Maria. A zona central do largo deverá ser
embelezada com mais uma área verde no
canto oposto ao canteiro relvado já existente
e terá ainda novos bancos e algumas mesas.
Em relação ao estacionamento fora da placa
central, a câmara vai avaliar uma proposta
apresentada por um morador e que prevê
o estacionamento em espinha em redor do
largo, com exceção da rua Dr. Mira Fernandes,
onde o estacionamento será proibido e só
haverá circulação automóvel. Nessa rua o piso
será sobrelevado, de modo a garantir “uma
maior ligação e comunicação” entre a praça
e a casa mortuária da Igreja do Carmo.
Câmara de Beja remodela avenida Vasco da Gama A Câmara de Beja e a Junta de Freguesia de
São João Baptista deram início esta semana
à obra de remodelação e beneficiação da
avenida Vasco da Gama. Os trabalhos
consistem na substituição do piso
betuminoso da placa central do topo norte
da avenida Vasco da Gama por calçada,
instalação de sistema de rega automática
e replantação de árvores e sebes arbóreas.
Serão ainda corrigidas depressões e
sobre-elevações nas faixas de rodagem
e passeios envolventes. A intervenção
“está também inserida na estratégia do
município BejaEcoPolis e no âmbito das
ações integradas de beneficiação do espaço
público, neste caso em colaboração com a
junta de freguesia”, esclarece a câmara.
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A Voz da Planície – Cooperativa Cultural de Animação
Radiofónica realiza no próximo dia 17, pelas 20 e 30
horas, na sede da cooperativa, uma assembleia geral
ordinária, que tem como ordem de trabalhos a eleição
dos corpos sociais para o biénio 2013/2014; apreciação e
votação do plano de atividades e orçamentos para 2013;
e outros assuntos de interesse para a cooperativa.
Nerbe aprovou orçamento “rigoroso e de controlo de despesas” A assembleia geral do Nerbe/Aebal – Associação Empresarial do Baixo Alentejo e Litoral aprovou, no final da semana passada, o plano de ati-vidades e orçamento para 2013, no valor de 868 mil euros.
De acordo com o presidente da associação, Filipe Pombeiro, este é um orçamento “rigoroso e de controlo de despesas”, que vem ajudar a alcançar a “solidez financeira” da associa-ção. No que toca ao plano de atividades, que pretende “aju-dar o tecido empresarial a ultrapassar este ano tão negro”,
o Nerbe vai continuar a apoiar os empresários ao nível do financiamento, tesouraria e internacionalização das pe-quenas, médias e micro empresas assim como defender os projetos considerados estruturantes para a região, como Alqueva, aeroporto de Beja e porto de Sines.
Voz da Planície – Cooperativa Cultural elege novos corpos
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SKA vai ser instalado a partir de 2016 em África e na Austrália
Moura testa maior radiotelescópio do mundo
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Lógica entra no mercado de certificação de módulos fotovoltaicos O laboratório da em-presa municipal Lógica, de Moura, já pode operar no mer-cado mundial de certificação de módulos fotovoltaicos, após ter recebido a acreditação necessária, tornando-se o “único” laboratório português certificado para o efeito.
Segundo a Câmara de Moura, com a acreditação, concedida pelo Instituto Português de Acreditação (IPAC), o laborató-rio vai poder realizar ensaios de certificação de módulos fo-tovoltaicos de silício cristalino e de filme fino, passando a “operar no mercado mundial de certificação de módulos fotovoltaicos”. O laboratório, equipado “ao mais alto nível
da tecnologia disponível para a realização de todo o tipo de ensaios no domínio do estudo da energia solar fotovol-taica”, é o “primeiro” do País especializado no estudo desta fonte de energia e o “único” português acreditado para re-alizar ensaios de certificação de módulos fotovoltaicos, su-blinhou o município.
As Oficinas de Formação e Animação Cultural recebem entre hoje, sexta-feira, e 2 de fevereiro, a
exposição de pintura “O espelho de Salomão”. Da autoria do artista plástico André Salguero, conhecido
artisticamente por Zandre, a mostra, que é inaugurada pelas 18 horas, “revela telas de uma intensidade
avassaladora”, adianta a Câmara de Aljustrel. Zandre, natural de Barrancos, “através das suas obras,
que por sua vez ‘transpiram’ naturalismo e realismo, pretende contar-nos as suas experiências de
vida e as suas gentes. Assim é possível ver nas suas obras os homens e as mulheres barranquenhos; os
jovens, os velhos; os animais; o branco alvo das casas alentejanas, a planície e as suas azinheiras”.
Zandre revela “O espelho de
Salomão” numa exposição em
Aljustrel
Odemira acolhe 7.ª Bdteca – Mostra de Banda Desenhada
Até ao dia 30 de março, Odemira vai
estar no centro das atenções do mundo
da banda desenhada, com a realização
da 7.ª edição da Bdteca – Mostra de
Banda Desenhada de Odemira. A
Biblioteca Municipal será o centro
de várias atividades, num programa
vasto que integra um concurso de BD,
exposições, feira do livro, workshops
e tertúlias. A Bdteca é promovida pela
Câmara Municipal de Odemira e pela
Sopa dos Artistas – Associação Local
de Artistas Plásticos. Para além de se
“divulgar este género artístico e estimular
a criatividade”, pretende-se “afirmar
Odemira como um dos principais centros
de desenvolvimento da banda desenhada
na região e no País”. O Concurso de Banda
Desenhada decorrerá até ao dia 20 de
fevereiro, sendo conhecidos os vencedores
e expostos os trabalhos concorrentes no
dia 9 de março, na Biblioteca Municipal
de Odemira.
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O concelho de Moura está a servir para testar os protótipos do maior radio-telescópio do mundo, o SKA, que
será instalado a partir de 2016 em África e na Austrália, num investimento superior a 1 500 milhões de euros. Antes da instalação efetiva, a herdade da Contenda, em Moura, está a ser “a plataforma tecnológica de teste das soluções” do SKA na Europa, disse à Lusa Domingos Barbosa, membro europeu do projeto.
“A Europa não tem um deserto com condi-ções climáticas e geográficas compatíveis” com o SKA, mas Moura dispõe de “condições propícias para testar os protótipos”, porque tem um espe-tro radioelétrico limpo, “a maior radiação solar
da Europa” e um clima muito semelhante ao dos países onde o SKA vai ser instalado, frisou.
Numa primeira fase, que arrancou em 2010, os protótipos do SKA foram instalados e testa-dos no terreno na Contenda e, em breve, serão alvo de ensaios climáticos em câmaras térmi-cas na empresa municipal de Moura Lógica para testar a resistência dos materiais a tempe-raturas elevadas.
“Parte das infraestruturas do SKA ficará em zonas relativamente remotas e onde será di-fícil criar uma rede de energia elétrica” para as alimentar e, por isso, algumas terão que funcio-nar de forma autossuficiente e através de ener-gia solar, disse.
Nesse sentido, durante o primeiro trimes-tre deste ano, através do projeto “Biostirling 4 SKA”, orçado em seis milhões de euros e finan-ciado pela Comissão Europeia, começarão a ser instalados na Contenda os sistemas de forne-cimento de energia solar para os protótipos do SKA. Trata-se de concentradores solares, “uma espécie de antenas parabólicas em vidro”, que, através de concentração solar térmica, conver-tem a radiação solar em energia elétrica. “Os protótipos do SKA serão os primeiros autossu-ficientes energeticamente na área da radioas-tronomia e das ciências do espaço” e o SKA será “um sistema de rastreio do universo alimen-tado a energia solar”, frisou.
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Programa terminou no final de 2012
Abetarda, sisão e peneireiro sobrevivem com projeto LIFE
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Concelho de Vidigueira recebe rastreio do can-cro da mama O concelho de Vidigueira recebe durante este mês o Programa de Rastreio do Cancro da Mama, promovido pela Liga Portuguesa Contra o Cancro. O programa tem como ob-jetivos “a deteção do cancro da mama num estádio o mais preco-cemente possível, aumentando, assim, as possibilidades de cura,
proporcionando um tratamento menos agressivo, incrementando a sobrevivência e diminuindo a mortalidade desta doença”. São utilizadas unidades móveis e fixas, “guarnecidas por técnicas cre-denciadas em radiologia, que executam os respetivos exames às mulheres (convidadas, através de carta personalizada, a participar) com idade compreendida entre os 45 e os 69 anos, grupo etário a
que se destina o rastreio”. Posteriormente, os exames são avalia-dos por uma equipa de médicos radiologistas, que elaborarão os respetivos relatórios. Depois de Pedrógão e Marmelar, entre hoje, sexta-feira, e dia 14, será a vez das localidades de Selmes e Alcaria. A última etapa do rastreio, que decorrerá entre os dias 16 e 29, terá como destinatárias as habitantes de Vidigueira e Vila de Frades.
A Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo anunciou recentemente,
na última edição do jornal do município, o regresso da Feira Nacional
da Água e do Regadio, que se deverá realizar entre os dias 28 e
30 de junho. Recorde-se que o certame foi suspenso em 2012 pela
autarquia, devido “à conjuntura económica e financeira altamente
restritiva”. O azeite será o tema central da próxima edição da feira.
Feirado Regadio regressa a Ferreira do
Alentejo
“Castro e o comércio” com prazo de entrega alargado
Face ao reduzido número de participações
no concurso de fotografia “Castro e o
comércio”, promovido pelo Gabinete de
Apoio ao Desenvolvimento da Câmara
Municipal de Castro Verde, o júri
deliberou efetuar algumas alterações
ao regulamento, que visam não só uma
simplificação na apresentação dos
trabalhos fotográficos, que poderão ser
entregues por email (castroecomercio@
gmail.com) até ao dia 31 deste mês,
como também permitirá dar resposta
ao objetivo final do concurso, ou seja,
entregar os restantes prémios, de forma
a fomentar as compras no comércio local
e aproximar os cidadãos do mesmo.
Recorde-se que o concurso tinha como
finalidade “desenvolver uma ação de
promoção e valorização do comércio
local de Castro Verde durante a época de
Natal 2012”. A divulgação do resultado do
concurso será feita publicamente no dia
22 de fevereiro.
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O projeto para conservação da abe-tarda, sisão e peneireiro-das-tor-res permitiu comprar terrenos,
construir torres de nidificação e sinalizar linhas elétricas, para evitar a morte das aves, no Alentejo, uma área importante de reprodução.
O Projeto LIFE Estepárias, destinado às aves que fazem os seus ninhos nos campos cerealíferos do Baixo Alentejo, terminou no final de 2012 e foi coordenado pela Liga para a Proteção da Natureza (LPN), com o objetivo principal de recuperar e proteger habitats.
A iniciativa tornou possível desenvolver
várias ações para conservar aquelas espécies e Rita Alcazar, da LPN, realçou à Lusa a aqui-sição de 168 hectares de terrenos, numa área “muito importante para a reprodução” da abetarda, ameaçada a nível mundial.
“A abetarda é uma espécie ‘bandeira’ deste tipo de habitats. Se o conseguirmos manter em boas condições, conseguimos preservar as espécies características destas áreas”, resumiu a técnica.
Agora que o programa acabou, a LPN pretende continuar a “gerir bem as terras e encontrar formas criativas de zelar pelas es-pécies que fazem parte do património” do País. Rita Alcazar reconhece a dificuldade
de obter mais apoios comunitários já que o LIFE não abrange “ações correntes”, de ma-nutenção dos projetos.
A estes trabalhos acrescentam-se as vá-rias ações de sensibilização e informação em escolas, junto de proprietários, agricultores e gestores de caça, “sem os quais a conserva-ção da estepe cerealífera não seria possível”.
O projeto abrangeu quatro zonas da Rede Natura do Baixo Alentejo: Castro Verde, Moura-Mourão-Barrancos, Piçarras e Vale do Guadiana. E contribuiu para que atu-almente já existam cerca de 1 400 indiví-duos da espécie abetarda e 450 casais de peneireiros-das-torres.
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Projeto recebeu menção honrosa no Prémio Agricultura 2012
MyFarm.com de Beja para
o mundoO projeto Hort@ n@ Net trans-formou-se na empresa MyFarm.com. Foi recentemente distin-guido com uma menção hon-rosa no Prémio Agricultura 2012 e são muitos os desafios que se adivinham, até porque já suscita curiosidade além-fronteiras. A ideia? Gerir uma horta à distân-cia de um clique, na Internet.
Texto Bruna Soares
Ilustração Paulo Monteiro
O projeto piloto MyFarm.com instalou-se, em abril do ano passado, em 20 parcelas no
Centro Hortofrutícola do Instituto Politécnico de Beja. Recentemente foi distinguido com uma menção hon-rosa no Prémio Agricultura 2012, um galardão que pretende promo-ver os casos de sucesso na área agrí-cola, agroindustrial e florestal em Portugal. E pensar que tudo começou com um desafio proposto a alunos do IPBeja, tendo por base a discussão de ideias inovadoras de negócio, uti-lizando o Politécnico de Beja como plataforma de testes das mesmas.
E o primeiro desafio que surgiu
foi a ideia de Hort@ n@ Net, que é agora o projeto MyFarm.com. Mas que ideia foi esta? Fornecer às pes-soas a possibilidade de gerirem, a partir da Internet, a sua horta. Dar--lhes a possibilidade de acompanhar a evolução da sua horta, bem como o crescimento dos produtos que esco-lhem e que posteriormente lhes che-gam a casa.
Este projeto pretende, na ver-dade, possibilitar a pessoas residen-tes em meios urbanos a hipótese de terem uma horta real, com os seus le-gumes, sendo a mesma gerida unica-mente através da Internet. Os clientes definem, de acordo com os aconse-lhamentos técnicos que os promoto-res do projeto fornecem, os modos de produção, e são os próprios colabora-dores do MyFarm.com que efetuam todo o trabalho prático na horta.
Outra das curiosidades do pro-jeto é que “o cliente tem ainda a pos-sibilidade de, através da sua conta no site do projeto, aceder, única e exclu-sivamente, à visualização, em tempo real, da sua parcela (7X7 metros), que será filmada 24 horas por dia”.
E como se chega à empresa MyFarm.com? Luís Luz, docente
do IPBeja e gestor e coordena-dor do projeto, começa por expli-car ao “Diário do Alentejo”: “O projeto Hort@ n@ Net, resultado de uma iniciativa do Centro de Transferência de Conhecimento do IPBeja para estimular o empre-endedorismo no IPBeja, mudou de nome e é agora a empresa MyFarm.com, Lda”. E com a mudança de nome, como não poderia deixar de ser, existiram evoluções, nomeada-mente relativamente ao modelo de negócio. “Graças ao projeto-piloto (ainda a decorrer nas instalações do Centro Hortofrutícola da Escola Superior Agrária) e ao feedback que temos obtido dos nossos clientes, consideramos que podemos ir mais além do que tínhamos previsto ori-ginalmente, ‘transformando’ os nossos clientes em cyber-agriculto-res. Ou seja, permitir que os nossos clientes produzam não só para seu consumo, mas também que possam rentabilizar as suas hortas e vender os seus excessos de produção ao pú-blico em geral”, avança. Os promo-tores consideram, assim, que para esta nova aposta “existe mercado”, pois garantem que “têm produtos de
qualidade comprovada”. “Outra aposta nossa irá passar
por vender metros quadrados de pro-dução hortícola, ou seja, criar uma versão low cost das nossas hortas, na qual as pessoas podem adquirir um metro quadrado de um determinado produto, sabendo de antemão todo o processo produtivo pelo qual esse produto vai passar até chegar à sua mesa”, afirma Luís Luz.
O projeto tem suscitado muita curiosidade e parece já ter ultrapas-sado as fronteiras do País. “Tem ori-ginado interesse no exterior. Temos recebido emails de vários pontos do mundo. Já fomos referenciados inter-nacionalmente por pessoas com pro-vas dadas ao nível do empreendedo-rismo e recebemos, em setembro, a visita de três sul-coreanos que qui-seram vir conhecer, no local, o nosso projeto. E temos muitos interessados por esse mundo fora, nomeadamente em desenvolverem este projeto nos seus respetivos países, com o nosso apoio”, confessa o docente.
O objetivo, agora, é chegar o mais rapidamente possível às zonas urba-nas do País. “É para isso que estamos a trabalhar e estamos já em contacto
com potenciais investidores que pos-sam apoiar esta nossa expansão. Uma outra meta a médio prazo passa pela expansão além-fronteiras”.
O investimento inicial rondou os 12 mil euros, para além do forte in-vestimento que tem havido do IPBeja, “não em recursos financeiros, mas através da disponibilização de outros recursos, tais como os terrenos onde o projeto está a decorrer”, como ex-plica Luís Luz. Recorde-se ainda que o investimento monetário foi conse-guido graças ao patrocínio de empre-sas da região, nomeadamente a EDIA e a Agrobeja.
E voltando ao prémio, ao prémio Agricultura 2012, Luís Luz conclui: “É o reconhecimento de todo o tra-balho e dedicação que a nossa equipa tem desenvolvido neste projeto. Uma equipa multifacetada, que tenho tido o prazer de coordenar e com a qual tenho aprendido bastante. É tam-bém um prémio para os nossos cy-ber-agricultores, e patrocinadores, os quais têm confiado no nosso tra-balho e empenho e nos têm apoiado nesta ainda curta caminhada. É, fi-nalmente, uma indicação de que es-tamos no caminho certo”.
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Feliz Ano Novo com bombas e bichaninasBruno Ferreira Humorista
A malta adora bombas e bichani-nas. E não perde uma oportu-nidade para fazer a festa. Haja crise ou abastança, o povo quer é um pé de dança, já dizia o an-tigo ditado que acabei agora de inventar. E este fim de ano não foi exceção. Comemorámos a passagem de um desgraçado ano terrível para um 2013 que
será um dos mais negros da história do País. E o País tem sido pródigo em anos negros.
Mas porque raio festejamos e comemoramos algo que, para além de não sabermos como vai ser, tem grades pro-babilidades de ser bastante pior do que a situação de que adoramos despedir-nos? Lá está: a malta quer é bombas e bichaninas. E apitos e flautas. É preciso é um motivo para largar violentos explosivos dotados de um belo pavio ereto. Quanto mais barulho fizerem, mais vibram as gentes. No meu caso nunca fui fã de fogo de artifício. Nem de fogo de artifício nem de circo. Que por coincidência costumam ata-car juntos nas mesmas alturas. Entre o Natal e o Ano Novo.
E a verdade é que no fim de 2012, lá voltámos a feste-jar este Novo Ano. Fizemos a contagem decrescente, abri-mos garrafas de champanhe, enfardámos passas, dançámos e cantámos. Isto tudo para dar as boas vindas ao ano em que vamos perder poder de compra, pagar mais impostos, contribuir com mais para a segurança social, ver menos da segurança social, ter mais desempregados, ver aumentar o preço do gás, da luz, da água, entre mais uma série de des-graças. Mas a malta lá esteve. Fiel à festança. Para receber em grande comemoração este ano da besta.
Uma coisa é desejarmos um feliz ano novo. Ou até, como disse comezinhamente Cavaco Silva, esperar que ele seja “tão bom quanto possível”. Outra coisa é desatar a feste-jar quando sabemos que só vamos ter motivos para chorar. Quando muito, no fim de cada ano, podíamos festejar o que esse ano teve de bom. E nesse caso era boa ideia começar já, porque os motivos para celebrar o que quer que seja são cada vez menos. Agora comemorar o que ainda está para vir é anacrónico.
Mas diz-me o leitor atento: então por que é que comemo-ramos o nosso aniversário cada vez que fazemos mais um ano? Ora aí está, leitor. O que comemoramos é precisamente o facto de termos sobrevivido mais um ano, e não aquele que não sabemos sequer se vamos completar. Se fazemos 30, não é o trigésimo que nesse momento se inicia que festeja-mos. São os 29 que já conseguimos colecionar.
Depois há essa pergunta de algibeira clássica que é “en-tão, como é que foram essas entradas?” Como foram as en-tradas? Normalmente de taça na mão e gravata na testa a iniciar fase das figuras pouco edificantes. O que conta não são as entradas, nem as saídas, que se resumem a dois se-gundos. A pergunta certa a fazer é “então, como é que es-tão essas permanências?” Porque o difícil são os 364 dias que se seguem. Entrar e sair é para meninos, passar o ano é que é para homens – e algumas mulheres – de barba rija. Outra coisa das passagens de ano é as pessoas não saberem até quando desejar um bom ano. Às vezes estamos a entrar em março e ainda andamos nisto.
A estas considerações acresce o facto de o nosso ano ser composto por um conjunto de 365,2422 dias, de acordo com o Calendário Gregoriano. Podiam ser mais dias, ou menos
dias, tanto fazia, que a malta havia de se acotovelar para as-sistir a uma bela demonstração químico-detonante. Porque ao fim e ao cabo há calendários para todos os gostos: luna-res, como o islâmico, solares, como o persa, luni-solares, como o hebraico, arbitrários, como o juliano, ou austeros, como o do Vítor Gaspar. Já para não falar do calendário es-colar, do judicial, do fiscal, do desportivo, ou do chinês, que são aqueles que as lojas dos chineses oferecem aos clientes que gastam mais de 30 euros, e que se penduram atrás da porta da cozinha.
Continuaríamos a festejar o Ano Novo, fosse ele mais comprido, ou mais encolhido. Para Alberto João Jardim, por exemplo, dava jeito que os anos fossem mais pequenos, para fazer – aí de três em três meses, vá – o habitual estar-dalhaço de fogo de artifício que se observa com nitidez do alto do Kilimanjaro; ou para Rui Rio e Luís Filipe Menezes, os dois autarcas arqui-inimigos do Porto e Gaia que todos os anos vão a meças com os seus foguetes. Sim, que isto de ser autarca também se reveste de virilidade. Na primeira noite do ano, a minha bichanina é maior do que a tua.
Beja, a SICe o fantasmado Natal passadoMarcos Aguiar Licenciado em Psicologia
Dois dias passados do Natal de 2012, o deputado do PSD eleito por Beja recebeu o Pai Natal. Sim, leu bem – Mário Simões recebeu o Pai Natal em Beja. A SIC, esse canal conhecido pela sua isenção e pelo jornalismo criterioso, respondeu à importância do acontecimento e deslocou
uma equipa de reportagem para cobrir o encontro. O tête--à-tête entre Simões e Santa Clause foi encenado num es-forço contraditório de nos convencer que o PSD-Beja con-segue defender o investimento público na região, ao mesmo tempo que nos assusta com o fantasma do despesismo nos projetos das acessibilidades rodoviárias regionais lançados pelo anterior governo e suspensos pelo atual, obras que li-gariam com dignidade a capital do distrito ao resto do País. Ainda que com dois dias de atraso, os alentejanos ficaram agradecidos e jamais esquecerão tão sublime presente de Natal que nos voltou a colocar nas bocas do País. Obrigado Pai Natal!
Posteriormente, no Dia de Reis, o mesmo canal de televi-são, certamente guiado pela mesma “estrela” que dias antes o tinha trazido a Beja, deu-nos mais uma prendinha. Desta feita no Jornal da Noite, em prime-time, foram vários os in-vestimentos públicos realçados pelo conto de Natal do jor-nalista Pedro Mourinho – aeroporto, novo edifício da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (Estig), Expobeja, entre ou-tros. Entrevistou-se o presidente da Câmara de Beja, Jorge Pulido Valente, que fez o que pôde para desmontar a arma-dilha. Deu-se voz a Lopes Guerreiro, em representação do movimento “Por Beja com todos”, que foi “independente” ao ponto de não vislumbrar que um dos projetos que aca-bou visado na peça (Expobeja) foi dirigido precisamente por si. Ouviu-se Pedro Beja Neves, diretor do aeroporto, que foi alvo de uma tentativa vergonhosa de chacota por parte do jornalista, e, como não poderia deixar de ser, regressou--se a Mário Simões, que tornou a insinuar o habitual – os
investimentos públicos no Alentejo são o arquétipo do des-pesismo nacional. Obrigado deputado!
Esta postura da SIC é muito preocupante. Não só porque a reportagem em questão constituiu uma ofensa grave aos alentejanos e a todos os portugueses afetados pela crise, que mereciam que lhes fosse explicitada a verdadeira génese dos problemas nacionais, mas principalmente porque eviden-cia um padrão de comportamento da comunicação social nacional que colide com a sua nobre e insubstituível mis-são – informar com isenção. Como é possível que um canal de televisão com o prestígio e a maturidade da SIC ignore de forma tão flagrante a deontologia e a ética jornalística e faça tudo para que os portugueses acreditem no “Fantasma do Natal passado”?
Pois fiquem o PSD, o Pedro Mourinho, a SIC, o Pai Natal, o seu amigo Mário Simões e todos os duendes e renas do trenó a saber que não somos tolos – longe disso! Quase to-dos nós já percebemos que os fantasmas não existem e nem os meninos e as meninas alentejanos, que ainda vão acre-ditando no Pai Natal, se deixam embarrilar por contos de Natal tão esfarrapados.
Um 2013 com mais juízo… recomenda-se!
Novo ano: ainda há lugar para a esperança!
Manuel António Guerreiro do Rosário Padre
Grande parte das “profecias” para 2013 concedem poucos motivos para sorrir e pouco espaço à es-perança. Se partirmos daquela velha máxima segundo a qual: “a esperança é a última a mor-rer”, o que resta?
Se é verdade que não de-vemos fugir da realidade, ou pintá-la com cores irreais, não é
menos verdade que, se retiram a esperança do nosso horizonte, onde vamos encontrar forças para enfrentar os desafios que se colocam? Realismo não se confunde com pessimismo.
A verdade, penso eu, deve nortear todas as opções e ações, e comprometer quem governa e quem é governado, pois só a par-tir dela é possível encontrar caminhos de autêntica renovação.
Como cristão só poderia ter uma atitude positiva perante o futuro, apesar de reconhecer que atravessamos tempos difí-ceis. A fé, com efeito, traz consigo uma dinâmica de esperança transcendente que não se confunde com messianismos mun-danos, nem se subordina às pseudo previsões das pitonisas do nosso tempo. Ambas (fé e esperança) rejeitam, quer o sau-dosismo de um Éden irreal e etéreo, quer o lamaçal do pessi-mismo e do desânimo, antes nos desafiando ao compromisso de desbravarmos caminhos que desenhem, com verdade, ce-nários de mais justiça e fraternidade, nos quais o desenvolvi-mento tenha o Homem no centro e como seu objetivo final.
Espero que para nós cristãos o Ano da Fé, convocado pelo Papa Bento XVI, e o Sínodo Diocesano, desejado pelo nosso Bispo, D. António Vitalino, tragam uma lufada de renovação à Igreja, que necessita de cristãos mais ativos e operantes no Mundo do que na sacristia, mais comprometidos com a justiça, a verdade e a caridade autênticas, e menos centrados em ques-tões menores que infantilizam e descredibilizam.
Desejo a todos os nossos leitores, ao nosso país e a toda a Humanidade um ano de 2013 pleno da convicção de que o amanhã pode ser melhor, se todos quisermos, e não nos recu-sarmos a dar o nosso contributo, por mais pequeno que seja.
13Nos próximos dias torna a dar entrada na Comissão Nacional da Unesco a candidatura do CANTE a
Património Cultural Imaterial da Humanidade. Uma oportunidade única para a nossa expressão cultural mais identitária ser reconhecida internacionalmente. A quase totalidade dos grupos corais, os detentores deste bem, estão unidos. E nós com eles. PB
É fácil fazer uma reportagem dizendo mal dos projetos, mas o Pedro Mourinho esquece que os alentejanos não têm culpa dos políticos desprezarem o Alentejo ao longo da história e não valorizarem tudo o que de bom se faz nesta região. Se o Alqueva é um investimento de interesse nacional por que razão a Ovibeja, Estig e o aeroporto não o serão? Fernando Mártires Real, Facebook, 7 de janeiro de 2013
OpiniãoEsta foi uma reportagem feita para provar uma ideia, que infelizmente é apoiada por alguns bejenses, de que todos os in-vestimentos públicos aqui feitos são “elefantes brancos”. Por isso do que lhes foi dito (no meu caso foi assim) só aproveita-ram o que poderia contribuir para essa ideia, cortando frases ou retirando-as do contexto em que foram proferidas. José Lopes Guerreiro, alvitrando.blogs.sapo.pt, 7 de janeiro de 2013
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É inadmissível que os sucessivos governos tenham esvaziado a cidade de Beja de competências e agora pretendam fazer de nós o bode expiatório para a má gestão do País. Porque as contas são públicas, ou deviam ser, está na hora de exigir, como o fez Espanha, que seja identificada a responsabilidade de cada distrito e município no total do défice e da dí-vida pública. (…) Se o Alentejo não serve os interesses de Lisboa, talvez esteja na hora de aprofundar a regionalização pois não precisamos de atitudes paternalistas. Orlando Roque, Facebook, 7 de janeiro de 2013
14 PEDRO MOURINHO, jornalista coordenador do jornal da noite de domingo da SIC, passou este fim
de semana uma reportagem sobre as obras faraónicas e desnecessárias que supostamente existirão em barda aqui em Beja. Um trabalho preconceituoso e armadilhado que apanhou na rede algumas figuras públicas cá da terra. Péssima imagem, a que foi deixada. PB
Esta semana faleceu em Beja uma criança vítima de um ataque intempestivo de um CÃO DE RAÇA
considerada PERIGOSA. Um aviso muito sério a todas as pessoas, a todos os pais, para o perigo efetivo que estas armas vivas representam. E para que acidentes deste género não se repitam apenas há uma solução: não permitir a existência destes cães. PB
A fomeDidimo Correia Godinho, Aljustrel
Meio século de fascismo, meio século de re-pressão, meio século de fome trinta e oito anos depois da Revolução de Abril custa a crer que ainda haja alguém que não queira saber que isto seja uma realidade.
Recentemente os meios de comunicação diziam que 10 mil crianças vão para a escola com fome. Uma notícia que choca qualquer ser humano e principalmente aqueles que recordam aquele meio século antes do 25 de Abril de 1974.
Se tivermos em conta que muitas dessas crianças que foram para a escola com fome antes do 25 de Abril são agora os pais e avós destas crianças mencionadas nas capas dos jornais. Não vamos dizer nem pensar que se trata de uma calamidade hereditária.
Mas vamos pensar e dizer as vezes que forem necessárias que hereditários são to-dos os responsáveis por toda esta situação.
Creio que já há muita gente que vai com-preendendo onde está a chaga de toda esta situação, mas ainda há quem não queira compreender e tente culpar quem não tem culpa nenhuma do que está a acontecer neste momento e que se tem passado nos úl-timos 38 anos.
Ainda pensam da mesma maneira que pensava ou ainda pensará o senhor pri-meiro sargento da GNR.
O senhor António Manuel dos Santos que me foi apresentado num casamento há al-guns anos atrás pelo pai da noiva que por si-nal também era primeiro sargento da GNR.
Estávamos a festejar o acontecimento num restaurante em Viseu. E tanto eu como a minha mulher além dos nossos familiares de uma maneira geral os outros convidados eram-nos desconhecidos
A festa estava a decorrer muito bem, tudo estava normalíssimo.
A certa altura o senhor primeiro sar-gento da GNR aproximou-se de mim e co-meçou por me oferecer um copo, o que eu concordei pois a ocasião era para confraternizar.
A seguir veio a conversa e o senhor pri-meiro sargento perguntou: se eu era alente-jano e eu naturalmente sim sou alentejano e com muito prazer. E ele acrescentou: não me diga que também é comunista? Sou sim se-nhor e como muito orgulho: Então pertence aquele grupo de incendiários e bombistas?
Ao ouvir tal reação de uma pessoa que afinal era uma autoridade vindo do pas-sado, senti-me deveras ofendido, humilhado e muito triste. E respondi: em primeiro lu-gar respeito o lugar onde nos encontramos e porque de maneira alguma lhe quero fal-tar ao respeito vou apenas responder-lhe o seguinte: Esse grupo de incendiários e bom-bistas a que o senhor se refere não tem nada a ver com o partido a que eu pertenço.
Há realmente um grupo de incendiários e bombistas responsável por muitos milha-res de hectares de matas ardidas, casas des-truídas, dezenas de mortes incluindo alguns bombeiros, eu agora limito-me a fazer-lhe uma muito importante pergunta: O senhor, como primeiro sargento da GNR, foi e é uma autoridade competente para agir sem-pre que for necessário em qualquer lugar e em qualquer altura. Então se sabe quem são essas pessoas porque não os prende, ou não os leva a tribunal?
E foi esta a resposta que dei ao senhor primeiro sargento da GNR.
Passaram-se vários anos e a situação no País nada melhorou mas tudo piorou no que diz respeito aos incendiários, bombis-tas, ladrões, assassinos, mentirosos, pedó-filos, prostitutas, drogados, etc.. Se formos mencionar tudo o que tem aumentado para mal nestes últimos anos seria preciso uma enciclopédia.
Eu agora pergunto ao senhor primeiro sargento se pensa que toda esta calamidade em que o país se encontra é da responsabili-dade do Partido Comunista Português?
Nem só pergunto ao senhor Santos como a todos os Santos, padres, bispos e car-deais que o Partido Comunista Português nunca fez e não faz parte dessa morraça que acabei de mencionar. Sempre lutou e lutará por uma sociedade melhor que esta onde a autoridade se dê ao respeito e seja respei-tada, onde não haja fome, onde haja um go-verno humano e amigo do povo que traba-lha e produz toda a riqueza.
Mas temos que ter em conta que alguém é responsável por toda esta calamidade. São os comunistas?
Senhor doutor. Olhe que não. Olhe que não. Olhe que não.
2012 não deixa saudadesJosé Fernando Batista Aljustrel
O ano de 2012 chegou ao fim sem deixar saudades, marcado pela austeridade so-bre os bolsos dos portugueses, pela que-bra da atividade económica e pelo elevado desemprego.
Infelizmente, o ano que agora começa não se perspetiva melhor, bem pelo contrá-rio, tal a colossal estupidez de aumentar de forma brutal os impostos sobre os trabalha-dores, reformados e empresas, para pagar o enorme roubo que foi o BPN, um caso eluci-dativo do compadrio de figuras que gover-naram o País, que se encheram à grande e à francesa.
Vai ser um ano terrível, com uma carga fiscal desumana sobre os mesmos de sem-pre, que não têm culpa nenhuma dos des-varios praticados pelos governantes dos
últimos 30 anos, todos eles bem na vida mas que deixaram o País falido para os con-tribuintes resgatarem. Sim, porque este é o maior embuste a que Portugal está a ser submetido, é o branqueamento da realidade do País, porque se a troika emprestou 76 mil milhões de euros, os contribuintes pagam todos os anos cerca de 80 mil milhões em impostos, ou seja, quem empresta 76 impõe as regras do jogo, quem dá 80 é ainda mais esfarrapado, quando é mais que evidente que o verdadeiro objetivo do resgate é levar as nações à falência, porque este é o modelo perfeito para muita gente enriquecer.
E mesmo a propósito, acabo agora de ler, num estudo da revista “Dinheiro Vivo”, que as maiores fortunas nacionais aumentaram, acompanhando uma tendência mundial.
Mais palavras para quê?
Nataltodos os diasJosé A. Ramos Almada
Natal é nascimento, é esperança, vida, paz e amor. Um Natal muito especial foi o nas-cimento do Messias, Cristo Jesus, filho de Deus, anunciado pelos profetas.
O profeta Isaías, cerca de 700 anos an-tes, já dizia do nascimento e futuro reino do príncipe da paz: “porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu. O governo está sobre os seus ombros, e o seu nome será: maravilho conselheiro, deus forte, pai da eternidade, príncipe da paz. Dilatará o seu domínio com uma paz sem limites, para o estabelecer com justiça para sempre. O zelo do senhor dos exércitos fará isto”.
E o profeta Miqueias acrescenta: “E tu Belém, pequena demais para figurar entre as famílias de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel…”.
Muitos anos depois de um anjo anun-ciar a uma virgem cujo nome era Maria: “eis que conceberás e darás à luz um filho a quem chamarás pelo nome de Jesus. Ele será grande e será chamado Filho do Altíssimo”. Tempos depois o anjo revelava a pastores que guardavam seus rebanhos: “não temais, eis aqui vos trago boa nova de grande ale-gria, que o será para todo o povo, é que hoje vos nasceu na cidade de David (Belém) o Salvador que é o Cristo (Messias, Ungido) o Senhor. E aparecendo com o anjo uma mul-tidão da milícia celestial, louvavam a Deus: Glória a Deus nas maiores alturas e paz na terra aos homens de boa vontade”. Devemos saber que os anjos anunciaram paz, mas sim a homens e mulheres de bem, de boa consci-ência, paz nos corações, simples e humildes como simples e naturais foram as pessoas e seres que compuseram a primeira assem-bleia de Natal – o menino Jesus, Maria, José, os pastores, os três magos do Oriente (talvez
da Pérsia, atual Irão), que estavam perto da natureza criada pelo Criador, as terras, os montes, as árvores, ribeiros, animais…
Que paz, que amor, que beleza na sua simplicidade!
E que esperança maravilhosa no me-nino recém-nascido!
Sim, para um mundo novo, para uma terra restaurada com verdadeira paz, com-preensão, amor e justiça. Ele teve que nascer fisicamente, para assim voltar! Ele fez boas obras, ensinou, fez sinais, milagres, mara-vilhas, deixou-se sacrificar por amor, pa-gando o pecado (“não há um justo, nem um sequer”) daqueles que sinceramente se arre-pendem e o aceitam como salvador e rei.
Deus disse na Bíblia: “Farei nova Terra em que habitará a justiça”.
Com um senhor justo e bom, será assim. Com fé, temos Natal todos os dias!
Sim, apesar da crise, com fé e tendo uma boa esperança.
António TeixeiraPaula Teixeira Beja
Obrigada por toda a atenção e amizade para com o meu pai, sr. António Luís Teixeira, dos Armazéns Teixeira, em Beja.
Apesar de transmontano, o meu pai amava o Alentejo e tudo o que se relacionasse com a cidade de Beja, tendo tido um carinho muito grande pelo “Diário do Alentejo”, no qual che-gou a publicar alguns dos seus versos.
Estou triste, mas muito orgulhosa do pai que tive.
A televisão que temos em BejaUm telespetador inconformado
“Ó da guarda” quem acode aos idosos do centro histórico e não só?
Sempre se viu televisão em Beja sem problemas de maior. Impuseram essa coisa do “digital” com a ação vergonhosa do mal-dito apagão. Só deixou de estar às escuras quem comprou televisores novos ou adqui-riu essas caixinhas mágicas, “baratas” e fá-ceis de adaptar. Mas “não para toda a gente” (…) Mas isso foi amor de pouca dura. Os problemas continuaram a registar-se com o semiapagão em traços indivisos ou sem de-finição. O resultado é verem-se televisores com as respetivas caixinhas junto dos con-tentores do lixo. Quem é que anda a meter a mão no bolso dos reformados com pensões de 200 ou 300 euros? Além da vergonhosa crise, os idosos (e não só) estão a ser priva-dos da pouca coisa que lhes restava. Senhor diretor, alerte para alguém nos informar do que se está a passar.
Cartas ao diretor
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Há 50 anosO maioraldrabãodo Mundo
O ano de 1963 começou placidamente no “Diário do Alentejo”.
A edição de 11 de janeiro publicava na primeira página notícias de pouco relevo: os novos presidente e vice-presidente da Câmara Municipal de Beja, nomeados pelo governo sala-zarista, iriam tomar posse na semana seguinte; a Lisboa tinha chegado, em visita particular, Kubitschek de Oliveira, antigo Presidente da República do Brasil; no Congo, tropas das Nações Unidas combatiam no Katanga o que restava das forças de Tchombé. Havia uma Nota do Dia so-bre a peste suína africana, “problema da maior actualidade e importância para a vida econó-mica de todo o Alentejo”, e um artigo de opinião do engenheiro agrónomo Joaquim Sampaio so-bre “A valorização do Baixo-Alentejo no tríplice aspecto agrícola-industrial-turístico”. E uma breve informação revelava que “em Lourenço Marques, na praia da ilha Xefina, quando to-mava banho com um camarada, pereceu afogado o soldado Pedro da Conceição Martins, natural de Moura”.
Dias antes, numa das primeiras edições do novo ano, o jornal inseria com destaque um curioso “Recorte” (secção habitual onde eram transcritos artigos de outros órgãos de informação, prática no vespertino bejense que, muitas vezes, como neste caso, não referia a origem), intitulado “Três aldra-bices premiadas nos Estados Unidos...”:
“Bullington – O título de ‘Maior Aldrabão do Mundo’ foi conferido a Walter Lewis, de Williamsport, que contou a seguinte história seca:
‘O tempo estava tão seco, este ano, que quando o meu canário estava com sede eu tinha de puxar o poço cá para cima e passá-lo por um espremedor para lhe tirar uma gota de água.’
Ao anunciar os prémios, o ‘Clube dos Mentirosos de Bullington’ revelou que alcançou menção honrosa a história apresentada por Neil Clementson, de Howard, acerca das barragens construídas ao longo do Missouri pelo governo: ‘Tivemos chuva abundantíssima este Verão e, durante alguns dias, as luzes f icaram obscu-recidas por causa da água suja que corria pelas turbinas.’
Crancis Carrier, de Boulder City, concorreu com a história do ‘Grand Canyon do Colorado, no Arizona, que tem mais de quilómetro e meio de profundidade e que tem sido tão fotografado pelos turistas que as suas paredes rochosas já co-meçam a apresentar sinais de uso e fadiga’”.
Ora aí está uma ideia que o “Diário do Alentejo” de hoje bem pode aproveitar, com êxito garantido: um concurso, a nível nacional, para apuramento do maior aldrabão português contemporâneo. Certamente, candidatos não faltariam...
Carlos Lopes Pereira
PoemárioO Cante do CisneMariana Goinhas
Trago sombras no sangue e cãs na almaSeco trago o sol e o luarPerdida a dor; a compaixãoSuspenso por um fio o coração
Acuso! Os criminosos que ensombraramAs promessas que abril fez em mimDevastando esta terra outrora fértilDe alfombras um dia já a vi
Desgrenhou-se a centelha da esperançaO orvalho e a voz da cotoviaFantasmas vazios carregam à forçaO ódio enferrujando o dia a dia
A ganância estonteia os depravadosO ventre da besta rasgou-se em transvalDunas de areia sobre os corpos mutilados Honra, raça, sem pedra e sem cal
Passam as horas rente aos homens já tragados
Amargo a existência na tarde sombriaQuimeras rasgam sonhos já paradosO cante do cisne lá longe gemiaNo ermo longínquo a fome pariaDilatados ventres gemendo agonia
No focinho do tempo agonizam os ventosO cisne gemia ninguém o ouviaAbril perecia perdendo o alentoRugindo em frangalhos; roído pelos ratos Lembrando batalhas, homens de outros tempos
Abrasa-me a memória na lembrançaNa tarde serena choro sozinhaA mágoa deste enredo, desta teiaCanta o cisne num gemer de carpideira
E neste exílio amargo a existênciaSéculo vinte e um; ano dois mil e doze,onze milhões que são menos de onze milparados no tempo, parados na vida, parados na teia!Parados aqui!
Cânons arcaicas, obsoletas, anacrónicasDescompensada a espera extática e friaGlebas causticadas; cidades afónicasSuspensa na impossessão a agonia
Acuso! Os criminosos que ensombraramO brilho de um País que já foi beloMatando lentamente na ganânciaa memória daqueles que o ergueram
No aziago fardo imposto por gentalhaOutrora belo, bordado só de opalas,De feitos grandes em ouro historiadoEis que jaze entre os mais pobres; os mais desvalizados
Acuso! Os criminosos que ensombraramNos jovens o direito ao seu PaísNo sarcasmo deslavado, irresponsávelInculcando o desalento no escárnioAsfixiados, obrigados a partir
Carcomido até ao tutanoDelapidado na herança abastecidaGovernado por Senhores longe daquiLevanta-te oh meu povo, oh minha gente,Esta terra é nossa, ficamos aqui!
Flamejam húmidas as esperançasCanta o cisne o seu cante derradeiroViva a história, vivam as lembrançasDe heróis idolatrados bravo povoLevanta-te de novo!
Icem bandeiras, junquem o chão de cravos Florescem pães nos cabos das enxadas Vamos podar as chuvas; re-colher as adagas As palavras são liras; são harpas fei-tas de água
Cantemos o hino de Camões; na doçura suave dos poentes Vamos vingar abril; desapertar grilhões Este País é belo; é nosso, minha gente Amado, idolatrado; de promessas fulgentes Basta de reco-recos!
Cançãode Embalar 2013Ramiro Morais
Come filho o que quiseresQue a mãe faz a bainhaQue é p’ra ti após comeresTeres roupa remendadinha.
Coma muito quem te deuAs roupas p’rá tua idadeE tivesse algo, eu,Devolvia a caridade.
Enquanto comeres não morresE quando morreres não comes,Hás de ir parar ao céu.
Se tu comeres não te somesE os restos não têm donoE a seguir ao teu sonoHá coisas piores que as fomes.
Come filho o que quiseres,Do lixo não é roubar,E se ouvires alcovitarSão só coisas de mulheres.
E quando morreres não comes,Enquanto comeres não morres,Enquanto comeres não morres,E quando morreres não comes,
Depois é a vez da mãe.
Outrora natalManuel Dias Horta
No meu País que o mar abraça e beija, perdida na frieza das folhas do calendário, desapareceu a alegria de viver, sumiu-se a esperança que é a última coisa a morrer.
Por poetas cantado, por Deus abençoado e por políticos tão mal tratado.
Natal um mundo mágico e fantástico – o mundo da criançaNatal é o culminar da maturação dos desejos
Já não se vê o encanto do sorriso duma criança, porque não aparece o brinquedo prometido.Na magreza da bolsa familiar está o segredo
Já não há sinais de festa em cada larJá não há Natal!
No meu País há manchas de sombras em cada rosto. No meu País juntam-se todos os pecados numa lágrima.
Na minha Terra procura-se uma remota clareira e tenta expulsar-se a sombra sofredora
No meu País é Natal, sempre que o Homem queira.
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imagens2012
Ao longo de 2012 os repórteres fotográficos do “Diário do Alentejo” registaram os grandes acontecimentos da região e, em simultâneo, capturaram em imagens o lado menos visível, menos noticiável, da atualidade: personagens
anónimas, lugares ermos e distantes, casos e ocorrências discretos, o dia-a-dia das pessoas tal como ele é. Vagaroso, simples, descomplexado. Esta fotorreportagem de José Serrano é apenas um breve olhar sobre o lado
de lá das notícias que marcaram 2012.
Fotorreportagem José Serrano
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3Futebol juvenil
Aljustrelense venceu em Lagoa e subiu dois lugares na tabela
Moura recebe o líder
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Desporto
Campeonato Distrital de Benjamins (11.ª jor-nada) – Série A: Alvito-Ferreirense A, 0-12; Bairro da Conceição-Figueirense, 3-5; Vasco Gama-Spor-ting Cuba, 9-3; Despertar A-Aljustrelense, 2-0. Folgou o Sporting Cuba. Líder: Ferreirense, 26 pon-tos. Próxima jornada (12/1): Ferreirense A-Bairro Conceição; Desportivo Beja-Alvito; Figueirense --Vas co Gama; Sporting Cuba-Despertar A. Folga o Al jus trelense. Série B: CB Beja-Despertar B, 2-3; Sobral da Adiça-NS Beja, 0-17; Santo Aleixo-Serpa, 11-3; Ferreirense B-Piense, 2-1. Folgou o Moura. Líder: NS Beja, 27 pontos. Próxima jornada (12/1): Despertar B-São Domingos; Sobral da Adiça-CB Beja; Moura-Santo Aleixo; Serpa-Ferreirense B; Piense-NS Beja. Folga o Despertar B. Série C: São Marcos-Odemirense, 0-6; Almodôvar-Renascente, 4-1; Milfontes A-Boavista, 2-2; Ourique-Mil fon-tes B, 6-3; Castrense-Rosairense, 19-0. Líder: Ode mirense, 31 pontos. Próxima jornada (12/1): Odemirense-Milfontes A; Almodôvar-São Marcos; Boavista- Ourique; Milfontes B- Castrense; Rosairense-Renascente.
Campeonato Distrital de Infantis (11.ª jor-nada) – Série A: Sporting Cuba-Vasco Gama, 6-0; Despertar A-Alvito, 6-1; Alvorada-Bairro Conceição, 2-9; Ferreirense-Desportivo Beja, 6-3. Folgou o NS Beja. Líder: Despertar A, 27 pontos. Próxima jorna da (12/1): Vasco Gama-Despertar A; NS Beja -Spor-ting Cuba; Alvito-Alvorada; Bairro da Conceição - -Ferrei rense. Folga o Desportivo Beja. Série B: Aldenovense-Amarelejense, 2-3; Piense-Guadiana, 4-3; Serpa-Despertar B, 1-3; Moura-CB Beja, 8-0. Folgou o Moura. Líder: Amarelejense, 27 pon-tos. Próxima jornada (12/1): Amarelejense-Piense; Operário-Aldenovense; Guadiana-Serpa; Despertar B-Moura. Folga a CB Beja. Série C: Milfontes A-Aljustrelense, 1-5; Castrense A-Milfontes B, 3-2; Boavista-Castrense B, 3-1; Odemirense-Almodôvar, 3-2. Folgou o Renascente. Líder: Odemirense, 27 pon-tos. Próxima jornada (12/1): Aljustrelense -Cas trense A; Renascente-Milfontes A; Milfontes B-Boavista; Castrense B-Odemirense. Folga o Almodôvar.
Campeonato Distrital de Iniciados (11.ª jor-nada): Milfontes-Moura, 0-1; Vasco Gama --Gua diana, 1-3; Ourique-Sporting Cuba, 1-3; Amarelejense-Rio de Moinhos, 2-3; Odemirense - -Des pertar, 3-0. Folgou o Serpa. Líder: Moura, 29 pontos. Próxima jornada (13/1): Guadiana-Serpa; Sporting Cuba-Vasco Gama; Rio de Moinhos-Ou-rique; Despertar-Amarelejense; Bairro Conceição --Ode mirense. Folga o Milfontes.
Campeonato Distrital de Juvenis (2.ª jornada): Almodôvar-Desportivo Beja, 1-7; Aljustrelense-Cas-trense, 1-0; Moura-Serpa, 1-0. Folgou o Despertar. Líder: Desportivo Beja, seis pontos. Próxima jornada (13/1): Castrense-Despertar; Serpa-Aljustrelense; Almodôvar-Moura. Folga o Desportivo Beja.
Campeonato Distrital de Juniores (jogo em atraso da 8.ª jornada): Despertar-Vasco Gama, 4-0. Líder: Castrense, 19 pontos. Próxima jor-nada (12/1): Cabeça Gorda-Despertar; Vasco Gama-Odemirense; Sobral da Adiça-Aldenovense; Desportivo Beja-Castrense.
Campeonato Distrital de Seniores Femininos (9.ª jornada): Vasco Gama-Serpa, 3-6; Almansor-CB Castro Verde, 0-5; CB Almodôvar-Odemirense, 0-25. Líder: CB Castro Verde, 22 pontos. Próxima jornada (12/1): Serpa-Almansôr; Ourique-Vasco da Gama; CB Castro Verde-CB Almodôvar.
Campeonato Distrital de Futsal (11.ª jornada): Luzerna-Safara, 6-5; Ferreirense-Barrancos, 4-1; Des portivo Beja-Almodovarense, 0-4; IP Beja --Ba ro nia (9/1); Vasco Gama-Alcoforado, 2-4; NS Moura-ADVNSão Bento, 6-3. Folgou o Vila Ruiva. Líder: Baronia, 27 pontos. Próxima jornada (18/1): Vila Ruiva-NS Moura; Baronia-Desportivo Beja; Almodovarense-Ferreirense; Barrancos-Luzerna; ADVNSBento-Vasco Gama; Alcoforado-IP Beja.
Campeonato Nacional de Iniciados (17.ª jor-nada): São Luís-Despertar, 4-5; Desportivo Beja - -Imor tal, 0-4. Líder: V.Setúbal, 45 pontos. 6.º Despertar, 23. 10.º Desportivo Beja, seis. Próxima jornada (13/1): Despertar-Louletano; Lusitano VRSA-Desportivo Beja.
Campeonato Nacional de Juvenis (17.ª jor-nada): Lusitano Évora-Despertar, 3-0; Odemirense, 1-5. Líder: V.Setúbal, 40 pontos. 9.º Despertar, nove. 10.º Odemirense, oito. Próxima jornada (13/1): C.Piedade-Odemirense; Despertar-V.Setúbal.
Campeonato Nacional de Juniores (16.ª jor-nada): Moura-Oeiras, 0-2. Líder: Oeiras, 48 pon-tos. 10.º Despertar, quatro. Próxima jornada (12/1): Farense-Moura.
3.ª Divisão – Série F
13.ª jornada
U. Montemor-At. Reguengos .......................................... 2-1 Juventude Évora-Esp. Lagos ........................................... 1-1 Lagoa-Aljustrelense ..........................................................2-4 Monte Trigo-Vasco da Gama ...........................................1-0 Castrense-Sesimbra........................................................... 1-1 Moura-Lusitano VRSA ...................................................... 0-0 J V E D G P
U. Montemor 13 9 4 0 29-7 31
Esp. Lagos 13 7 6 0 26-10 27
Moura 13 7 5 1 27-9 26
At. Reguengos 13 6 4 3 17-11 22
Aljustrelense 13 5 4 4 14-9 19
Juventude Évora 13 4 5 4 13-14 17
Sesimbra 13 4 5 4 18-24 17
Vasco da Gama 13 3 4 6 18-24 13
Castrense 13 3 2 8 13-23 11
Monte Trigo 13 3 2 8 15-23 11
Lusitano VRSA 13 1 5 7 12-24 8
Lagoa 13 1 4 8 13-37 7
Próxima jornada (13/1/2013): Esp. Lagos-At. Reguengos, Aljus-
trelense-Juventude Évora, Vasco da Gama-Lagoa, Sesimbra -
-Monte Trigo, Lusitano VRSA-Castrense, Moura-U. Montemor.
1.ª Divisão – AF Beja
13.ª jornadaSão Marcos-Bairro da Conceição .................................... 1-2 Rosairense-Guadiana ........................................................3-1 Praia Milfontes-Cabeça Gorda ....................................... 0-4 Serpa-Piense .......................................................................3-1 Aldenovense-Sp. Cuba ..................................................... 2-1 Amarelejense-Almodôvar ............................................... 1-2 Desp. Beja-Odemirense .................................................... 2-2 J V E D G P
Almodôvar 13 11 2 0 31-11 35Serpa 13 7 5 1 25-10 26Praia Milfontes 13 8 2 3 28-16 26Odemirense 13 7 3 3 18-11 24Piense 13 6 4 3 26-16 22Aldenovense 13 6 4 3 21-15 22Rosairense 13 5 3 5 20-18 18Sp. Cuba 13 5 3 5 16-15 18Cabeça Gorda 13 3 4 6 22-23 13Bairro da Conceição 13 3 2 8 10-23 11Amarelejense 13 3 1 9 14-25 10Desp. Beja 13 2 4 7 12-21 10São Marcos 13 3 1 9 11-29 10
Guadiana 13 3 0 10 15-36 9
Próxima jornada (13/1/2013): Amarelejense-Desp. Beja, Alde-novense-Almodôvar, Serpa-Sp. Cuba, Praia Milfontes-Piense, Rosairense-Cabeça Gorda, São Marcos-Guadiana, Bairro da Conceição-Odemirense.
A segunda volta do Campeonato Distrital da 1.ª Divisão da AF Beja co-meça no domingo. Uma reta final onde se verá quem são os verdadeiros candi-datos ao título.
Texto e foto Firmino Paixão
Jogo grande em Vila Nova de São Bento, com a presença do Almodôvar, numa partida em que os locais são obrigados
a conquistar os três pontos para manterem incólumes as aspirações. Mas a estrelinha do líder continua reluzente. O Serpa, agora segundo classificado, recebe o Sporting de
A única derrota sofrida pelo Moura Atlético Clube foi no terreno do União de Montemor, líder invicto da Série F da 3.ª Divisão Nacional, que no próximo domingo joga na cidade de Moura.
Texto Firmino Paixão
Só um Moura ao seu melhor nível (não aquele que há oito dias permitiu um empate ao Lusitano de Vila Real) será
capaz de impor aos montemorenses a sua primeira derrota no campeonato. E mais do que isso, só os três pontos interessam para a equipa de Joaquim Mendes reforçar a sua posição no pódio da série, depois de não te-rem aproveitado os pontos deixados em Évora pelo Esperança de Lagos, para se po-sicionarem no segundo lugar.
O Aljustrelense, embalado pelo triunfo
de Lagoa e pela subida ao quinto posto da ta-bela, joga em casa com o Juventude de Évora, adversário direto naquela zona da tabela. O Castrense, que na ronda anterior teve os três pontos na mão e deixou que o Sesimbra em-patasse, desce até Vila Real de Santo António, onde encontrará os lusitanistas ainda sur-presos pelo ponto conquistado em Moura. O Vasco da Gama tem pela frente o Lagos, uma equipa à medida de lhe permitir o regresso às vitórias, tal como era o Monte Trigo, de onde saíram, no domingo passado, sem fazerem a ceifa que era espectável.
Moura e Aljustrelense mantêm-se no grupo dos primeiros seis classificados, Vasco da Gama e Castrense são os 8.º e 9.º, respetivamente, numa tabela que, aconteça o que acontecer no domingo em Moura, se manterá sob o domínio do União de Montemor.
Cabeça Gorda foi a Milfontes golear o candidato ao título
O “distritalão” entra na reta final
Cuba, na sua segunda viagem consecutiva para além do Guadiana. Favoritismo lógico dos locais, mas… que se cuidem com esta equipa de jovens revelações.
O Milfontes, ai o Milfontes, joga de novo em casa e o adversário é o Piense, com quem sofreu a primeira derrota na aber-tura do campeonato. O Odemirense volta a Beja, desta vez para pisar o relvado do Bairro da Conceição, e o Rosairense joga de novo no seu reduto, mas com a formação do Cabeça Gorda, ou melhor, do Ferrobico. O Amarelejense abre as cancelinhas do seu es-tádio ao Desportivo de Beja e o São Marcos joga em casa com o vizinho Guadiana.
Uma jornada em que se esperam algumas surpresas.
No rescaldo da ronda anterior, nota ele-vada para o Cabeça Gorda com a humi-lhante derrota que impôs ao Milfontes, no seu próprio reduto. Vitória suada do Almodôvar em Amareleja e um triunfo im-portante do Bairro da Conceição no pelado de São Marcos. De resto, o Odemirense deixou dois pontos em Beja e o Serpa le-vou a melhor sobre o vizinho Piense. O Almodôvar mantém o primeiro lugar, agora com uma vantagem de nove pon-tos sobre os concorrentes mais diretos, o Serpa e o Milfontes.
Distrital O líder Almodôvar sofreu em Amareleja mas conseguiu o objectivo
Basquetebol O Beja Basket Clube joga amanhã à tarde no Pavilhão Laura Ayres, em Quarteira, recinto dos Tubarões, uma partida re-ferente à 5.ª jornada do Campeonato Nacional de Basquetebol da 2.ª Divisão Zona Sul B.
O Beja Basket Clube sagrou-se pela primeira vez
campeão regional de sub/14 masculinos. Na final
four disputada em Reguengos, para além da equipa
da casa, participaram Ponte de Sor, Salesianos de
Évora e BBC. O jogo inaugural contra Ponte de Sor
foi muito equilibrado, mas os bejenses acabaram
por vencer e conquistar o lugar na final, em que
também levariam a melhor perante o Reguengos. Os
protagonistas deste feito inédito são o treinador Pedro
Madeira e os atletas Paulo Rocha, André Grilo, André
Guerreiro, João Ruivo, Rafael Cabral, Pedro Lança,
João Fernandes e Alexandre Castilho. Infelizmente,
apesar de terem conquistado o direito a participarem
na taça nacional, a direção do clube, os atletas e
respetivos pais decidiram não participar na prova
devido ao reduzido número de atletas disponíveis.
Beja Basket Clube
campeão regional
de sub-14
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Vítor Pires
Há três épocas a trei-nar o Grupo Desportivo Amarelejense, Vítor Pi-
res, 45 anos, é originário do fu-tebol eborense, distrito onde fez o seu percurso como jogador. Tudo começou na época 83/84 no Alandroalense, clube que repre-sentou durante três temporadas (com um título da 2.ª divisão dis-trital), rumando à ADC Santiago Maior (emblema na sua freguesia natal), ao Perolivense, Reguengos, Mourão e Corval. Na tempo-rada 95/95 ingressou no Clube de Futebol Carneiros e ainda vestiu a camisola do Grupo Desportivo do Freixo e do Centro de Judo de Montemor, todos concorrentes ao Campeonato do Inatel. No deve e haver da sua carreira, regista um total de 466 jogos, com 213 vitó-rias, 86 empates e 169 derrotas. Marcou 47 golos em jogos oficiais e 54 em partidas de caráter particu-lar. Iniciou a carreira de treinador pelo Montoito (Inatel), prosseguiu no Centro de Judo de Montemor, Atlético de Reguengos (juniores e adjunto dos seniores), Aldeense, Corval, Atlético de Reguengos (escalões de formação) até que, na época 2010/2011, chegou a Amareleja de onde nos faz chegar os prognósticos à primeira jornada da segunda volta do “distritalão”.
(1) AMARELEJENSE/DES POR TIVO DE BEJAO fator casa pode ser determi-nante no triunfo do Grupo Desportivo Amarelejense.
(X) ALDENOVENSE/ALMODÔVARUm jogo entre duas boas equipas, com objetivos semelhantes. Nenhuma de-las quererá perder, pelo que o desfe-cho mais provável será o empate.
(1) SERPA/SPORTING DE CUBAO Serpa tem uma boa equipa e, a jogar no seu campo, não deixará escapar o triunfo.
(X) MILFONTES/PIENSEMais um jogo para empate, entre dois conjuntos que estão entre as melhores equipas do campeonato.
(2) ROSAIRENSE/CABEÇA GORDAO Cabeça Gorda tem vindo a subir de rendimento e está muito moralizado pelos recentes resultados, pelo que será capas de ganhar no Rosário.
(1) SÃO MARCOS/GUADIANAA jogar no seu terreno, e perante o seu público, a formação de São Marcos da Ataboeira não pode deixar fugir uma vitória que lhe é muito necessária.
(2) BAIRRO DA CONCEIÇÃO/ODEMIRENSEDois conjuntos com recursos e objeti-vos diferentes, com supremacia para os visitantes, capazes de sair de Beja com os três pontos.
19Hoje palpito eu...Taça Fundação Inatel – 8.ª jornadaSérie A: Salvadense-Ficalho, 2-0; Pedrógão-Quintos, 3-1; Brinches-Sobral da Adiça, 5-0 (FC). Folgou o Luso Serpense. Líder: Luso Serpense, 15 pon-tos. Próxima jornada (12/1): F i c a lh o - L u s o S e r p e n s e; Quintos-Sobral da Adiça; Brinches-Salvadense. Folga o Pedrógão.
Série B: Louredense-São Matias, 2-0; Penedo Gordo - -Faro do Alentejo, 1-0; AC Cuba-Neves, 1-0. Folgou o Beringelense. Líder: Penedo Gordo, 18 pontos. Próxima jornada (12/1): São Matias - - B e r i n g e l e n s e; Pe n e d o Gordo -AC Cuba; Neves --Louredense. Folga o Faro do Alentejo.
Série C: Vale d’Oca-Messe-janense, 4-1; Mombeja-Jun-geiros, 1-1; Figueirense-Al-vorada, 2-0. Folgou o Santa Vitória. Líder: Vale da Oca, 19 pontos. Próxima jor-nada (12/1): Messejanense - -San ta Vitória; Jungeiros --Fi gueirense; Alvorada-Vale d’Oca.
Série D: Sete-Sanjoanense, 1-1; Albernoense-Trindade, 0-0; Fernandes-Alcariense, 3-1. Líder: Fernandes, 16 pontos. Próxima jornada (19/1): S anjo anens e -Al-bernoense; Alcariense-Sete; Trindade-Fernandes.
Série E: Santa Luzia -Re lí-quias, 0-2; Sonenguense - -Co lense, 4-1; Luzianes --Cer calense, 3-0. Folgou o Amoreiras Gare. Líder: Relíquias, 19 pontos. Próxima Jornada (13/1): Relíquias - -Amo reiras; Colense-Lu-zianes; Cercalense-Santa Lu-zia. Folga o Soneguense.
Série F: Malavado-Bem-posta, 4-0; Milfontes-Cava-leiro, 3-0; Campo Redondo - -Saboia, 1-3. Folgou o Boa vista. Líder: Milfontes, 17 pontos. Próxima jornada (13/1): Bemposta-Boavista; Cavaleiro-Campo Redondo; Saboia-Malavado. Folga o Milfontes.
Série G: Serrano-Pereirense, 3 - 1 ; S a n t a c l a r e n s e -- S a n t a C l a r a - a - N o v a , 2-0; Naveredondense -Al-modo varense, 2-0. Líder: Santaclarense, 16 pontos. Próxima jornada (19/1): Pe rei-rense-Santaclarense; Al mo do-varense-Serrano; Na ve re don-dense-Santa Clara-a-Nova.
O Clube Atlético Aldenovense é consi-derado como um dos sérios candidatos ao título distrital na presente tempo-rada. Tem 13 pontos de atraso em rela-ção ao líder, equipa que recebe no pró-ximo domingo.
Texto e foto Firmino Paixão
Carlos Simão, treinador do Alde-novense, não fala em candidatura, chamam-lhe a ilusão de ganhar to-
dos domingos. O clube reuniu um plan-tel de qualidade, às ordens de um técnico experiente, e tem as metas bem defini-das. Contudo, dois ou três resultados me-nos conseguidos abanaram esta estrutura e a equipa caiu para lugares impensáveis. Agora, a margem de erro é nula, assume o treinador dos aldenovenses.
Foi uma primeira volta em consonância com
as vossas expetativas?
Não. Foi uma primeira volta que nem nós con-seguimos entender. Partimos com alguma ilu-são, a conjuntura atual favorecia a construção de um plantel de qualidade, tal como a ausên-cia desta prova de outros clubes com pergami-nhos no futebol distrital, como o Castrense, o Aljustrelense, o Moura. Temos um plantel de qualidade mas perspetivávamos um campeo-nato mais competitivo.
Por isso, o sexto lugar está um pouco aquém
das metas iniciais?
Está aquém do sentimento de todos nós. Partimos com a tal ilusão, muito forte, o pri-meiro jogo que perdemos, em Almodôvar, não terá deixado marcas, mas houve dois momen-tos que marcaram a nossa primeira volta, os jogos em casa com o Serpa (derrota) e com o Odemirense (empate), em que fizemos dois jo-gos sérios e, por isso, merecíamos algo mais. A partir daí a equipa ficou claramente afetada.
Uma desvantagem de 13 pontos será recupe-
rável na segunda volta?
Temos a consciência de que as coisas estão difíceis, a margem de erro acabou para nós. Temos um campeonato um pouco atípico, ninguém previa que, no final da primeira volta, o Almodôvar estivesse tanto à vontade em relação a nós. Perspetivámos uma prova equilibrada, que se decidisse no último terço, como eu ainda espero. No futebol aprendi que os ganhadores nunca desistem e os desistentes nunca ganham. O comportamento da equipa nos últimos jogos tem sido muito bom e as adversidades olham-se de frente, é assim que
Carlos Simão tem como lema: “Os ganhadores nunca desistem”
“Aquém da nossa própria ilusão”
vamos continuar a trabalhar.
O jogo do próximo domingo, com o líder,
pode ser determinante?
Determinante será ganharmos todos os nos-sos desafios. Naturalmente que, entrando na segunda volta a ganhar ao nosso adversá-rio direto, minimizaremos a desvantagem. O Almodôvar é uma boa equipa, bem orientada, está no 1.º lugar porque merece. Sabemos que quando vamos na frente tudo nos corre bem e até a estrelinha lá anda, mas também acredito que eles terão os seus dias não.
Quando falou em ilusão queria dizer que o
Aldenovense assume a candidatura ao título?
Isso é sempre subjetivo. Enquanto treinador, independentemente do clube que treino, terei que ter metas. Não lutamos pelo 4.º ou 5.º lu-gar. Se pudermos ser os primeiros, não sere-mos os segundos. Quando cheguei ao clube, na época passada, foi na perspetiva de melho-rarmos o que não estava tão bem, não é por-que se estivesse a trabalhar mal. Recuperámos a equipa e fizemos uma boa ponta final, esta época procuramos ir um pouco mais além.
O clube estaria em condições de assumir
os desafios do novo modelo de 2.ª Divisão
Nacional?
Ninguém está. Conheço clubes no distrito que têm uma estabilidade na sua estrutura orga-nizativa do melhor que existe e que reúnem um bom lote de jogadores, outros com estru-turas quase profissionais, que disputam uma 3.ª divisão que, temos que assumir, com me-nos qualidade que em anos anteriores e estão a sentir enorme dificuldade. Muito mais difícil
seria para o Aldenovense, ou mesmo para o Almodôvar, encararmos essa 2.ª divisão.
O futebol regional está a passar por um perí-
odo de recessão?
A todos os níveis. Há alguns anos que tenho alertado, e as opiniões pessoais que dou são sustentadas pela vivência de 40 anos de fute-bol, sem implicar pessoas, nem competências. Implica, isso sim, uma visão para o futuro, e eu tenho alertado para o decréscimo de qua-lidade do futebol distrital. As infraestruturas melhoraram, mas tem faltado um trabalho sé-rio e profundo, com uma ideia forte e um ca-minho inflexível. Não se trabalha bem na for-mação e não são os treinadores que o fazem mal, o que falta é definir um caminho. E vê-se isso até nos clubes grandes. Quem é que apro-veita os frutos da formação, onde gastam mi-lhões de euros? Aqui também existiu muita gente a dar passos largos demais para a sua es-trutura e hoje todos pagamos essa fatura.
Qual o caminho que propõe?
As pessoas têm que ter convicções. Os projetos são uma falsa questão. Quem gere os clubes tem que ter uma ideia forte sobre o caminho a seguir e não se desviar à mínima contra-riedade. Num clube desportivo há metas co-muns e as pessoas esquecem-se de criar laços de afetividade, os clubes estão a perder iden-tidade. Existe muita frieza entre as pessoas que estão no futebol e num só clube existem várias correntes. Temos que recuperar os va-lores que se perderam, através das escolinhas, passando essa mensagem da história e do pas-sado do clube e dos valores que esses símbo-los encerram.
Carlos Simão Treinador do Aldenovense espera que a equipa suba na tabela
Andebol Realiza-se na tarde de amanhã, sábado, a 12.ª jornada do Nacional da 3.ª Divisão de Andebol, em seniores, ronda em que a Zona Azul jogará no pa-vilhão do Náutico do Guadiana, o AC Sines recebe o Costa D’Oiro e o CCP Serpa cumpre a etapa de descanso. Resultados da 11.ª jornada: CCP Serpa-AC Sines, 23-22. Zona Azul-Lagos, 26-24. O Redondo lidera com 26 pontos, a Zona Azul tem 25 (2.º), o Serpa tem 20 (4.º) e o Sines soma 15 (7.º).
Diá
rio d
o A
lent
ejo
11 ja
neiro
201
320
As conversas são como
as cerejas! E é abordando
a temática desportiva
que nos chegam
conhecimentos de
pomposos feitos de atletas
amadores, sublinhe-se,
que jamais deixaram cair
em vão a sua verdadeira
alma alentejana, pátria
sagrada onde conheceram
as alvíssaras do dia.
As suas gigantescas
querenças e dedicação
transvasam as fronteiras
territoriais lusitanas,
sendo certo que noutras
nações elevam ao púlpito
o nome de Portugal e do
Alentejo mercê de êxitos
aglomerados. Numa destas
últimas tardes a trocar
opiniões desportivas com
um amigo de longa data,
dizia-me ele: “Há um moço
da nossa aldeia que é um
atleta que dá cartas a nível
nacional e internacional
no atletismo amador
de fundo”. A minha
curiosidade encheu-me de
audácia e eis-me em campo
para traçar estas linhas
sobre um homem que não
renega a sua originalidade.
Fernando Fernandes é
um nome que pouco dirá
ao leitor. Eu explicito
de quem efetivamente
se trata. Fernando
Fernandes é natural da
então Aldeia Nova de São
Bento, hoje vila, tem 51
anos e é atleta do Clube
de Atletismo Alentejanos
de Faro. Um desportista
que, não obstante a idade,
não vira a cara à luta e
tem na sua orgulhosa
montra de troféus
diversas participações
internacionais. Convém
trazer à estampa que a sua
praia é a componente de
fundo e as classifi cações
acumuladas dizem-
nos que o seu nome é
respeitado além-fronteiras
e, logicamente, a nível
nacional. Para além das
muitas batalhas travadas,
registo, justamente,
os 100 quilómetros
disputados em Seregno,
Itália, onde Fernando
Fernandes se sagrou
campeão mundial na sua
categoria de veteranos,
obviamente. Mas os
seus feitos atléticos são
indetermináveis. Ocorre -
-me dissipar pelas diversas
maratonas avocadas e
retirar delas uma infi nita
apetência para um
veterano que persiste em
correr distâncias longas
fazendo jus à sua colossal
alma alentejana. Força,
campeão!
Alma alentejana
José Saúde
Começa hoje, sexta-feira, em Beja e Vidigueira, a fase zonal sul do Torneio Interassociações de Futsal Masculino Sub/20, competição que reúne 10 sele-ções distritais e que terminará no domingo.
Texto e foto Firmino Paixão
As seleções da Madeira e da Horta são as ausentes deste torneio nacional que trouxe
ao Baixo Alentejo 10 das 20 seleções nacionais no escalão de Sub/20 (as restantes estão a competir na fase zonal norte que, também hoje, se inicia na cidade da Guarda).
A organização competitiva do torneio é da Federação Portuguesa de Futebol, em parceria com a Associação de Futebol de Beja, tendo o seu presidente José Luís
Nelson Cruz (Praia de Salema) e Sara Inácio (JD Neves) ven-ceram o II Grande Prémio de Atletismo do Campo Branco, prova coincidente com o Campeonato Distri tal de Estrada da Associação de Atletismo de Beja.
Texto e foto Firmino Paixão
A vila de Castro Verde aco-lheu no Dia de Reis esta dupla reunião que foi o II
Grande Prémio do Campo Branco,
decalcado sobre o Campeonato Distrital de Estrada, a cujos títu-los concorreram, apenas, os atle-tas filiados na associação regio-nal da modalidade. Num percurso urbano (com a extensão de 6 000 metros para os juniores e senio-res masculinos, metade para os absolutos femininos) evoluíram perto de centena e meia de atle-tas de vários escalões, numa orga-nização perfeita do município de Castro Verde e da Associação de Atletismo de Beja, enquanto de-corria uma caminhada promovida
pela associação local 100 Trilhos.João Figueiredo, do CN Alvito,
assumiu a corrida na primeira volta mas, rapidamente, cedeu o comando aos algarvios Nelson Cruz e Fernando Mendonça, am-bos do Praia de Salema, tendo Nelson Cruz conseguido des-tacar-se para vencer a corrida. Carlos Papacinza, terceiro da ge-ral, sagrou-se campeão distrital de estrada.
No setor feminino, luta cerrada entre a odemirense Ana Catarina Dias e Sara Inácio (JD Neves) com
a Sara a revelar-se mais forte na ponta final e a arrecadar o título.
Na sua primeira prova como júnior, Mussa Djau (Beja AC) ar-recadou mais um título distrital; Paula Alves e Paula Laneiro, am-bas do Ourique Desportos Clube, venceram os escalões de seniores e veteranos femininos; e o consa-grado Carlos Calado (Beja AC) ga-nhou o título de veteranos mas-culinos. Na formação, o Bairro da Conceição venceu as provas de benjamins femininos, infantis masculinos e femininos.
Grande Prémio do Campo Branco promoveu o atletismo em Castro
Nelson e Sara Reis no Campo Branco
CAMPEÕES DISTRITAIS DE ESTRADA 2013
Benjamins A – femininos: Érica Santos (NCDO); masculinos: Simão Lourenço (NDCO). Benjamins B – femininos: Joana Macedo (BNSC); masculinos: Pedro Pereira (FCC). Infantis – femininos: Ana Morais (BNSC); masculinos: Gonçalo Torrão (BNSC). Iniciados – femininos: Ana Braga (Beja AC); masculinos (João Silva (NARM). Juvenis – femininos: Maria Rosário Silva (NARM); masculinos: Luís Paulino (FCC). Juniores – femininos: Sara Inácio (JDNeves); masculinos; Mussa Djau (Beja AC). Seniores – femininos: Paula Alves (ODC); masculinos (Carlos Papacinza (CNA). Veteranos – femininos: Paula Laneiro (ODC); masculinos: Carlos Calado (Beja AC).
Grande Prémio Campo Branco Nelson Cruz (de azul) venceu a prova
AF Beja Direcção apresentou Torneio Interassociações de Futsal Sub/20
Torneio Interassociações Futsal Masculino Sub/20 em Beja e Vidigueira
Promover o futsal e a região
Ramalho, sublinhado: “É uma honra, mas também uma enorme responsabilidade, acolher um evento com esta grandeza”, numa modalidade que “se espera que
talentos de diferentes regiões do País”, lembrando que “a AF Beja tem vindo a apostar no desenvol-vimento da modalidade no dis-trito de Beja”. O dirigente, convi-dando as comunidades locais a envolverem-se nesta organização que teve o apoio dos municípios de Beja e Vidigueira, acentuou: “É também um contributo para o de-senvolvimento e para a projeção da região, sobretudo pela presença das várias comitivas”.
Serão apuradas duas das 10 equipas para a fase final, em con-junto com as duas que se apura-rem na Guarda. O selecionador nacional da modalidade, Jorge Brás, estará em Beja a assistir aos jogos, aproveitando para realizar, esta noite, uma reunião com os coordenadores técnicos e treina-dores das diferentes associações.
Pavilhão João Serra Magalhães em Beja11 de janeiro17 horas – Setúbal/Évora19 horas – Leiria/Algarve12 de janeiro10 horas – Santarém/Setúbal
12 horas – P.Delgada/A.Heroísmo16 e 30 horas – Beja/Setúbal18 e 30 horas – Lisboa/A.Heroísmo13 de janeiro9 horas – apuramento 11 horas – apuramento 13 horas – apuramento
Pavilhão de Desportos de Vidigueira11 de janeiro18 horas – Santarém/Beja20 horas – P.Delgada/Lisboa12 de janeiro10 horas – Évora/Beja
12 horas – Leiria/Portalegre16 e 30 horas – Évora/Santarém18 e 30 horas – Algarve/Portalegre13 de janeiro10 horas – apuramento12 horas – apuramento
SELEÇÃO SUB/20 FUTSAL DA AF BEJA
Fábio Silvestre e Fábio Pacheco (Desportivo Beja); Luís Marques (Vila Ruiva); João Bate. João Baião e Flávio Pereira (Alcoforado); Paulo Nunes (Ferreirense); Ricardo Pita (Vasco Gama); Diogo Lopes, André Fernandes e Rodrigo Pereira (Baronia); Bruno Ramos (Almodovarense). Selecionador – Miguel Carvalho (Baronia).
seja, brevemente, a maior modali-dade desportiva de pavilhão prati-cada em Portugal”.
O dirigente alerta para esta oportunidade de “observar jovens
Diário do Alentejo11 janeiro 2013
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Diário do Alentejo n.º 1603 de 11/01/2013 Única Publicação
DECLARAÇÃO(Processo judicial n.º 546/09.5TDEVR)
António Maria P. Fialho, condenado nos autos do referido
processo, pelo tribunal judicial de Arraiolos, vem por decisão
e condição deste tribunal, fazer um pedido de desculpas aos
visados no âmbito do processo e testemunhas indicadas pelo
Ministério Público: Manuel Gonçalves M. Nicolau; Ana Maria S.
Ildefonso; José Carlos Dias; Dr. Orlando da Conceição Macha-
do; Dr. Casimiro Heitor e Dr. Filipe Mimoso de Freitas.
Beja, 04-01-2013 – AMPF
Diário do Alentejo n.º 1603 de 11/01/2013 Única Publicação
SOCIEDADE COLUMBÓFILA
“ASAS DE BEJA”
INFORMAÇÃOInforma-se que está aberto concurso de concessão
para a exploração do Bar e Cozinha da sede da colec-
tividade até ao dia 20 de Janeiro de 2013.
As propostas devem ser entregues em carta fechada
na redação deste Jornal com referência ao anúncio
n.º 17215.
A sociedade Columbófi la “Asas de Beja”, reserva o
direito de decidir pela proposta que entender ser a mais
conveniente para os seus interesses, mesmo que não
corresponda à proposta de valor mais elevado.
Para mais informações contactar TM n.º
918467827
Diário do Alentejo n.º 1603 de 11/01/2013 Única Publicação
CLUBE NÁUTICO DE MÉRTOLA
CONVOCATÓRIAConvocam-se todos os associados do Clube Náutico de
Mértola para uma Reunião Ordinária da Assembleia-geral, a
ter lugar no próximo dia 23 de Janeiro de 2013, pelas 18.00
horas, na sua sede, com a seguinte ordem de trabalhos:
1. Ratifi cação de Novos Sócios;
2. Eleição dos Corpos Gerentes para o Triénio
2013/2015;
3. Outro Assuntos de Interesse para o Clube.
De acordo com o Art° 19, ponto 3 dos estatutos do
Clube Náutico de Mértola, as listas de candidatos para
a eleição dos Corpos Gerentes deverão ser dirigidas à
Presidente da mesa da Assembleia-geral e entregues
na secretaria do Clube até às 18:00 horas do dia 14 de
Janeiro de 2013.
Caso à hora marcada não se encontre presente a
maioria dos sócios, a Assembleia terá inicio meia hora
mais tarde com qualquer número de associados,
Mértola, 07 de Janeiro de 2013.
A Presidente da Mesa da Assembleia-geral
Assinatura ilegível
Diário do Alentejo n.º 1603 de 11/01/2013 Única Publicação
CÂMARA MUNICIPAL DE CASTRO VERDE
EDITAL N.º 2/2013CONCURSO PÚBLICO
PARA VENDA DE PASTAGENS
António João Fernandes Colaço, Vice-Presidente
da Câmara Municipal de Castro Verde:
Torna público, nos termos da alínea h) do n.º 2 do
art. 68.º da Lei nº 169/99, de 18 de setembro, com as
alterações introduzidas pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de
janeiro, que se encontra aberto concurso público para
venda de pastagens em duas propriedades desta Au-
tarquia, conforme abaixo discriminado.
1. Local e data limite para apresentação das propos-
tas: As propostas deverão ser entregues até às 17:30
horas do dia 18 de janeiro de 2013, sob pena de não
serem admitidas, na Secção Financeira e Património
ou remetidas pelo correio sob registo e com aviso de
recepção.
2. Prazo de utilização: Um ano a contar da data da
adjudicação.
Findo o prazo estabelecido, poderá o mesmo ser
renovado para o ano seguinte, se o Município assim o
entender, pelo mesmo período, mediante comunicação
expressa nesse sentido e remetido com a antecedência
mínima de trinta dias em relação à data inicial. Na falta
de comunicação não existirá renovação.
3. Forma de apresentação e elementos que devem
acompanhar a proposta: A proposta devidamente da-
tada e assinada e redigida em língua portuguesa ou
acompanhada de tradução devidamente autorizada,
deve conter a identifi cação do proponente (Nome, Mo-
rada, N.º Bilhete de Identidade ou Cartão de Cidadão
e Número de Identifi cação Fiscal), bem como o preço
proposto, e deverão ser dirigidas ao Presidente da
Câmara Municipal, em carta fechada, em cujo rosto
deverá constar a indicação: “Proposta para compra
de pastagem”, bem como a referência da propriedade
a que concorre. Não serão consideradas propostas
apresentadas com valor inferior ao valor base.
4. Abertura das propostas: A abertura das propostas
recebidas terá lugar no Edifício dos Paços do Municí-
pio – Salão Nobre e realizar-se-á pelas 10 horas do
dia útil que se seguir ao expirar do prazo para entrega
das propostas. Ao acto público pode assistir qualquer
interessado, apenas podendo nele intervir os con-
correntes e seus representantes legais, devidamente
credenciados.
5. Adjudicação: O critério para a Adjudicação será
feito segundo o preço mais alto das propostas apresen-
tadas. Em caso de empate, será aberto, após leitura
das propostas, licitação verbal entre os concorrentes
presentes, não sendo permitidos lanços inferiores a
20€ (vinte euros).
6. Modalidade de pagamento: No prazo de cinco dias
úteis depois da notifi cação da adjudicação, de uma vez
só. Se solicitado por escrito poderá ser efectuado em
duas prestações, sendo a primeira paga cinco dias após
a notifi cação da adjudicação e a segunda prestação no
semestre seguinte.
7. Interpretação das cláusulas e casos omissos: Qual-
quer dúvida que seja suscitada na interpretação de algu-
mas cláusulas deste edital, ou verifi cando-se existirem
casos omissos, será a mesma esclarecida, ou suprida a
omissão, por despacho do Presidente da Câmara.
Para conhecimento geral se publica este e outros
de igual teor, aos quais, para os devidos efeitos, vai ser
dada a devida publicidade.
Castro Verde, 07 de janeiro de 2013
O Vice-Presidente com competência delegada por
despacho do Presidente da Câmara
de 2 de novembro de 2009
António João Fernandes Colaço
Diário do Alentejo11 janeiro 2013
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Diário do Alentejo11 janeiro 2013
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Familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo.
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Especial e Reabilitação
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Obesidade – Instituto Português de Oncologia de
Lisboa
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Urinárias – H. Beja
Dr. Daniel Barrocas – Psiquiatria – Hospital de
Évora
Dr.ª Lucília Bravo – Psiquiatria H.Beja , Centro Hospi-
talar de Lisboa (H.Júlio de Matos).
Dr. Carlos Monteverde – Medicina Interna, doenças
de estômago, fígado, rins, endoscopia digestiva.
Dr.ª Ana Cristina Duarte – Pneumologia/
Alergologia Respiratória/Apneia do Sono
Dr.ª Isabel Santos – Psiquiatria de Infância e
Adolescência/Terapeuta familiar – Centro Hospitalar
do Baixo Alentejo
Dr.ª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital
de Beja
Dr.ª Luísa Guerreiro – Ginecologia/Obstetrícia
Dr. Luís Mestre – Senologia (doenças da mama) –
Hospital da Cuf – Infante Santo
Dr. Jorge Araújo – Ecografi as Obstétricas
Dr.ª Ana Montalvão – Hematologia Clínica /Doenças
do Sangue – Hospital de Beja
Dr.ª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica –
Hospital de Beja
Dr. Diogo Matos – Dermatologia – Hospital Garcia
da Orta.
Dr.ª Madalena Espinho – Psicologia da Educação/
Orientação Vocacional
Dr.ª Ana Margarida Soares – Terapia da Fala
Dr.ª Maria João Dores – Psicomotricidade/Educação
Especial e Reabilitação
Enfermeira Maria José Espanhol – Enfermeira
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Diário do Alentejo11 janeiro 2013
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Diário do Alentejo n.º 1603 de 11/01/2013 Única Publicação
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FIGUEIRA DOS CAVALEIROS
†. Faleceu a Exma. Senhora D. MARIA ANGELINA RAMOS, de 76 anos, natural de Ferreira do Alentejo - Ferreira do Alentejo, casada com o Exmo. Sr. Joaquim Mendes Cristina. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 05, da Casa Mortuária de Figueira dos Cavaleiros, para o cemitério local.
BEJA
†. Faleceu a Exma. Senhora D. MARIA LUÍSA BORRALHO MIRA, de 72 anos, natural de Vila Nova de São Bento - Serpa, casada com o Exmo. Sr. Filipe Manuel Lebre. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 06, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.
BERINGEL
†. Faleceu o Exmo. Senhor JOÃO FRANCISCO DOS SANTOS FERRO, de 81 anos, natural de Beringel - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Maria Emília de Carvalho Lança dos Santos Ferro. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 08, da Casa Mortuária de Beringel, para o cemitério local.
BEJA / SÃO MATIAS
†. Faleceu a Exma. Senhora D. MARIA CLARA DE BRITO, de 96 anos, natural de São Matias - Beja, solteira. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 08, da Igreja Paroquial do Carmo, para o cemitério de São Matias.
CUBA
†. Faleceu o Exmo. Senhor JOSÉ MARIA FIGUEIRA, de 82 anos, natural de Faro do Alentejo - Cuba, casado com a Exma. Sra. D. Justa da Conceição Correia. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 09, da Casa Mortuária de Cuba, para o cemitério de Ferreira do Alentejo, onde foi cremado.
CABEÇA GORDA / SETÚBAL
†. Faleceu a Exma. Senhora D. MARIA AMÉLIA BRANCO LAMPREIA GODINHO, de 83 anos, natural de Cabeça Gorda - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 09, da Casa dos Professores em Setúbal, para o cemitério de Ferreira do Alentejo, onde foi cremada.
BEJA
†. Faleceu o Exmo. Senhor SR. ADELINO GABRIEL DIAS COIMBRA, de 84 anos, natural de Currelos - Carregal do Sal, viúvo. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 10, de Igreja Paroquial do Carmo, para o cemitério de Beja.
Às famílias enlutadas apresentamos as nossas mais sinceras
condolências.
Consulte esta secção em www.funerariapax-julia.pt ou siga-nos em www.facebook.com/funepaxjulia
Rua da Cadeia Velha, 16-22 - 7800-143 BEJA Telefone: 284311300 * Telefax: 284311309
www.funerariapaxjulia.pt E-mail: [email protected]
Funerais – Cremações – Trasladações - Exumações – Artigos Religiosos
Vales Mortos
PARTICIPAÇÃO
É com pesar que par ti-
cipamos o falecimento da
Sra. D. MARIANA MARIA
GONÇALVES ocorrido no dia
05/01/2013, de 87 anos, viúva,
natural da freguesia de Santa
Maria, Serpa. O funeral a car-
go desta agência realizou-se
no dia 06/01/2013, pelas 12
horas, da Casa Mortuária de
Vales Mortos para o cemité-
rio local.
Apresentamos à família as cor-
diais condolências.
AGÊNCIA FUNERÁRIA SERPENSE, LDA
Gerência: António CoelhoTm. 963 085 442 – Tel. 284 549 315 | Rua das
Cruzes, 14-A – 7830-344 SERPA
Vila de Frades
AGRADECIMENTO
José António
Mendes Ferreira Nasceu a 08.07.1939
Faleceu a 02.01.2013
Sua família, na impossibilidade
de o fazer pessoalmente, agra-
dece por este meio a todas as
pessoas que o acompanharam
à sua última morada ou que
de outro modo manifestaram
o seu pesar.
AGÊNCIA FUNERÁRIA ESPÍRITO SANTO, LDA.
Tm.963044570 – Tel. 284441108
Rua Das Graciosas, 7
7960-444 Vila de Frades/Vidigueira
AGRADECIMENTO E
MISSA DO 30.º DIA
Maria Amélia MarujoFilho, neta, nora e restante
família agradecem a todas
as pessoas do Centro Social
e Paroquial do Salvador, dos
responsáveis aos restantes
funcionários, o modo carinho-
so como trataram a sua ente
querida nos últimos anos de
vida em que residiu naquela
Instituição. Também partici-
pam que será celebrada missa
no dia 13/01/2013 na Capela
Monte Carmelo, às 19 horas,
e agradecem desde já a todos
os que se dignarem assistir ao
piedoso acto.
São Matias - Beja
MISSA
José Domingos
Engrácio Coelho
Tavares11.º Ano de Eterna Saudade
A saudade é o sentimento
que nos
tem marcado a cada dia que
passa
e tem sido difícil aceitar esta
separação.
Contudo, na nossa memória,
guardamos uma vida de lem-
branças queridas,
e mesmo que os nossos olhos
não te vejam
Continuas presente nos nossos
corações.
Que a tua Alma descanse em
Paz….
Seus pais e irmã informam
que será realizada missa no
dia 13/01/2013, pelas 18 e 30
horas, na Igreja da Sé, em
Beja, e agradecem a todas
as pessoas que se dignarem
assistir a este piedoso ato.
AGRADECIMENTO
Rui Manuel
Lança FilhóNasceu a 06/07/1979
Faleceu a 11/12/2012RUI, a tua vida foi um exem-plo de coragem, de FORÇA, AMOR, BONDADE e de Resignação....mas de muita, muita Luta.
Os pais, mulher e familiares agradecem a todas as pesso-as que os apoiaram nesta dor, bem como a toda a equipa de Oncologia do Hospital de Beja pelo carinho e profi ssionalismo que sempre lhe prestavam...
Um agradecimento muito es-pecial àqueles amigos que sempre estiveram presentes e que nunca o deixaram sofrer sozinho em casa e para os jovens do motocross que ele tanto adorava! DESCANSA EM PAZ...
Por último, e na impossibilida-de de o fazer pessoalmente, a família agradece por este meio a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou que de outra forma manifestaram o seu pesar.
Diário do Alentejo11 janeiro 2013
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Rótulo muda de cor quando
vinho atinge temperatura
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Venda de viaturas regista quebras significativas
Situação do concessionário da Toyota é “estável”
António Chícharo, proprietário da em-presa José Cândido Chícharo & Filhos Lda. (concessionário Toyota), com sede em Beja e especializada no comércio de viaturas novas e usadas, tenta ir ao encontro de todas as exigências dos clientes, dispondo de técnicos especia-lizados de forma a que a satisfação do cliente esteja sempre em primeiro lugar. O empresário afirma, no entanto, que o setor está em queda livre, sobretudo no último ano. As lojas vão fechando, os trabalhadores vão ficando no desem-prego, os stands que resistem vendem cada vez menos e os compradores pre-ferem os veículos mais baratos.
Publireportagem Sandra Sanches
António Chícharo, representante da Toyota em Beja desde 1968, é, sem dú-vida, um dos mais vivenciados empre-
sários do ramo de comércio automóvel. O pro-prietário recorda que desde 1968 o quadro da empresa tem vindo a sofrer algumas altera-ções, contudo sempre as considerou constru-tivas, dado que a empresa deu passos largos, evoluindo, ao longo dos tempos, em número de postos de trabalho, instalações e volume de vendas. António Chícharo considera, no en-tanto, que os stands de automóveis já viveram
melhores dias, sendo que hoje se vende cada vez menos. “Este é o pior ano que o setor atra-vessa desde 1985”, afirma.
Desde 1985 tudo mudou, as infraestrutu-ras, as condições de trabalho, o valor dos im-postos. No entanto, se falarmos no volume de vendas do último ano, os números são iguais aos de 1985. Atualmente os clientes optam mais pela manutenção das viaturas, o que faz adiar a eventual troca de carros usados por novos ou a compra de novos modelos, mas António Chícharo não baixa os braços.
De forma a comunicar com os seus clien-tes e a reforçar a notoriedade da marca, o em-presário utiliza algumas estratégias, nomea-damente através de publicidade inserida nos meios de comunicação regional, sms (mensa-gens), inquéritos de satisfação ao cliente e re-des sociais. Paralelamente segue a linha que a marca estabelece aquando do início de qual-quer campanha. António Chícharo diz que “o retorno pode não ser imediato mas a longo prazo é positivo”.
O empresário salienta que se há relativa-mente pouco tempo o cliente aparecia no stand e se fazia o que o mesmo pedia, atualmente tra-balha-se numa situação inversa, procurando-se e investigando-se a necessidade do cliente.
Apesar das notórias quebras neste setor, o posicionamento do concessionário da Toyota ainda é estável. A empresa mantém o número de funcionários e até pensa em criar mais um
ou dois postos de trabalho. Na verdade onde sente mais a quebra é na venda das viaturas novas, diz António Chícharo, pelo que foi ne-cessário fazer um reajustamento, nomeada-mente no número de fornecedores.
A conjuntura do País não é a mais propí-cia e as perspetivas do empresário para 2013 “são más”, na medida em que verifica que o vo-lume de vendas caiu e a previsão das marcas para 2013 é de uma redução de venda de viatu-ras ainda mais significativa.
Nesta altura os números são preocupan-tes, segundo explica o empresário: “O im-posto automóvel em 2012 teve uma quebra de quase mil milhões de euros”. Dados estes que a Anecra confirma: “Em dezembro de 2012 a venda de viaturas novas em Portugal atingiu as 8 858 unidades, baixando 47,5 por cento face ao mesmo mês do ano prece-dente”. António Chícharo, apesar de prever uma situação muito complicada, é da opi-nião que irão surgir algumas soluções que não dependem dos operadores que estão neste setor, mas sim do Governo e da legis-lação que neste momento provocam a que-bra das vendas. Neste sentido, o empresário apela à população para que não se assuste: “Crises já nós tivemos muitas, não com es-tas dimensões”, mas “devemos acreditar que surgirão algumas soluções e até lá resta-nos a esperança de que alguma coisa acon-teça”, conclui.
Câmara de Vidigueira apoia empresários na compra de sistemas de faturaçãoA Câmara de Vidigueira vai apoiar
financeiramente os empresários locais
na aquisição de sistemas informáticos
de faturação certificados e obrigatórios
por lei desde o início deste ano para a
emissão de faturas, talões ou documentos
equivalentes. Nesse sentido, o município
realizou durante a semana, em todas
as localidades do concelho, sessões de
esclarecimento sobre as novas regras relativas
aos sistemas informáticos de faturação e
de apresentação da proposta de incentivo e
apoio financeiro da autarquia. As sessões
tiveram como destinatários empresários,
contabilistas e comunidade em geral.
Construção da ETAR de Cercal do Alentejo arranca no primeiro trimestre deste anoA Água Públicas do Alentejo (AGDA), após ter
assinado com o Consórcio Equisan
– Engenharia Ambiental Lda./ Eusébio & Filhos
S. A. o contrato de consignação da ETAR de
Cercal do Alentejo, prepara-se agora para a
empreitada de conceção/construção da referida
ETAR, que permitirá tratar a totalidade das
águas residuais da povoação de Cercal do
Alentejo. O projeto baseia-se num sistema de
lamas ativadas em reator biológico e tem uma
adjudicação no valor de 1 255 526,00 euros. O
presidente da Câmara Municipal de Santiago
do Cacém, Vítor Proença, afirma que esta obra
é de “grande importância para a população
do Cercal porque vem resolver um problema
ambiental que se arrastava há vários anos”.
Alentejo junta diversões para marcar golos no turismoA Turismo do Alentejo reforça a aposta na
interligação entre parques temáticos e ofertas
de lazer que se podem encontrar pela região.
Um programa de promoções que até mete em
jogo a nova mascote Gilberto, caderneta de
cromos e o Benfica, Sporting, Porto e Braga.
Foi criado um “plano de promoção integrado
que, a partir da estruturação de ofertas
cruzadas, atrairá mais visitantes aos parques
e contribuirá para o crescimento turístico
da região”. O novo projeto de dinamização e
promoção turística dos parques temáticos e
polos de animação, lançado pela Turismo do
Alentejo, inclui a Aldeia da Terra, a Amieira
Marina, o Badoca Safari Park, o centro de
Interpretação da Batalha de Atoleiros, o
Fluviário de Mora e o Monte Selvagem. Além
da brochura institucional, foi lançada uma
caderneta de cromos que funciona como
uma espécie de passaporte para registar
a passagem pelos vários divertimentos.
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Dica da semanaAo folhearmos o livro Ir e Vir, não pudemos deixar de nos recordar de Henri Matisse, um grande mestre da pintura que marcou, sem sombra de dúvidas, a arte do início do século XX. Com um estilo único e inconfundível, a sua obra muda de rumo quando depois de uma operação fica refém da sua cama e inicia uma série de novos trabalhos basea-dos em recortes. A simplicidade das formas de Bernardo Carvalho fez-nos recuar no tempo. Podes ver mais obras de Matisse seguindo este link http://www.nga.gov/cgi-bin/tsearch?oldartistid=21250
A Biblioteca Municipal de Ourique Jorge Sampaio tem patente ao público até ao final do mês a exposição
“EXPOArte”, da responsabilidade dos alunos do Agrupamento Vertical de Ourique. A mostra dá a
conhecer um conjunto de trabalhos realizados pelos alunos do 3.º ciclo nas disciplinas de Educação Visual
e Educação Tecnológica e pelos alunos com necessidades educativas especiais no âmbito da exposição
nacional “Arte e Criatividade”, organizada pela Câmara Municipal de Almada. O 1.º prémio nacional foi
atribuído ao aluno Marco Gingado Luz, com a obra “Autorretrato”.
Alunos de Ourique
expõem na biblioteca
municipal
PaisAngry birds em queijo deixa os pequenos e os pais contentes.
A páginas tantas... Ir e Vir de Isabel Minhós Martins e ilustrado por Bernardo Carvalho, lembra-nos que na Terra não somos os únicos a percorrer grandes distâncias. Tal como nós, muitas aves, peixes e mamíferos deslocam-se centenas de quilómetros, em busca de alimento, ou-
tras terras ou de um bom lugar para ter as suas crias. Não é só o facto de percorrem milhares de quilómetros, existe mais alguma coisa que nos faz parar e pensar. Um li-vro que nos faz refletir sobre o modo como vivemos que tantas vezes coloca em risco
o equilíbrio do planeta que também é a nossa casa.
À soltaDe certeza que ainda há por aí umas caixas dos presentes que recebeste,
por isso pede aos teus pais para te ajudarem a reciclar e a transformar em bons momentos de brincadeira.
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Boa vida
28 A Iris é uma cadela jovem que vivia nas ruas. Agora está no canil
mas continua a correr perigos e não está feliz. Procuramos uns
donos que lhe possam dar a atenção e o carinho que ela merece. É
muito sociável e bem-disposta. Vai ser uma amiga inesquecível.
Será esterilizada e vacinada e ser-lhe-á colocado um chip.
Venham conhecê-la ao Cantinho dos Animais de Beja.
Contactos: 962432844. [email protected]
ComerRabo de boi estufado com legumes e batata fritaIngredientes para 4 pessoas:1,5 kg. de rabo de boi; 1 dl. de azeite; q.b. de sal grosso; q.b. de farinha de trigo; 2 ce-bolas; 4 dentes de alho; 2 ce-nouras; 2 tomates madu-ros; 1 alho francês; 1 folha de louro; 1 molho de salsa; 4 dl. de vinho branco alentejano; batatas fritas aos quadrados grandes; q.b .de salsa picada.
Confeção:Corte o rabo de boi em troços com mais ou menos seis cen-tímetros cada. Tempere-os com sal e passe por farinha. Numa frigideira com azeite core a carne e reserve.Coloque o azeite que corou a carne num tacho e junte as cebolas cortada aos quartos, alhos picados, cenoura às ro-delas grossas, tomate sem pele e sem grainhas esmagados com a mão, alho francês às ro-delas, louro, salsa e um pouco de sal. Leve ao lume e deixe ferver um pouco os legumes.De seguida junte a carne e o vi-nho branco. Deixe ferver até evaporar o álcool. Cubra a carne com água e tape. Quando le-vantar fervura retire a espuma e as impurezas que se vão for-mando no cimo, com a ajuda de uma escumadeira. Deixe cozer lentamente, tendo sem-pre o cuidado de ir adicionando água, até a carne estar cozida.Retifique o tempero e no mo-mento de servir coloque as ba-tatas fritas por cima da carne e polvilhe com salsa picada.Bom apetite….
Nota: Este prato leva mais ou menos três horas a cozinhar, mas vale a pena o tempo. Faça este prato de um dia para o outro, porque fica ainda mais saboroso.
António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora
LetrasNovas & velhas tendências no cinema português contemporâneo
O livro nasceu fruto do projeto “Principais tendências no cinema português contem-
porâneo” financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, coorde-nado por José Maria Mendes. Através de entrevistas aos realizadores e pro-dutores nacionais procura responder a “Quais são as principais caracterís-ticas do desenvolvimento de projetos para cinema em Portugal” e ensaia identificar as novas tendências sur-gidas no cinema português já neste início de século.
“Três gerações de cineastas pós-Ci-nema Novo coabitam e se entrecruzam” nas entrevistas, explica Mendes. A mais antiga é aquela representada por João Canijo, Margarida Gil, João Botelho, en-tre outros, “muitos próximos da gera-ção dos ‘pais fundadores’ do Cinema Novo”, com os quais ainda privaram. A geração intermédia é a de Edgar Pera, Teresa Villaverde, Joaquim Sapinho, etc., e a mais recente é a de Miguel Gomes, Marco Martins e João Salaviza, só para nomear alguns cineastas desta geração. João Maria Mendes nota que o cinema português é visto pela crítica como um “quase-género” não obstante a variedade de experiências autorais que abarca. Constata que a ideia de cinema portu-guês mais partilhada é a de que este é ar-tesanal e de autor sendo poucos os auto-res que desejam um perfil “industrial” para o mesmo. A diversidade de temas e ideias multiplica-se em função da pers-petiva, predominantemente autoral e o traço mais comum é o do investimento individual na criação de narrativas sendo que os realizadores se afirmam como autores que trabalham em “liber-dade total”. Mendes afirma, entre outras leituras, que há uma ideologia narrativa dominante mas refere a dificuldade em sair do “cinema narrativo” e encontrar um estilo que sirva a abordagem poética, dominante. Após um ano zero de apoios estatais ao cinema português que, para-doxalmente, foi um ano de aclamação internacional – muito por via do êxito de crítica de “Tabu”, de Miguel Gomes – esta obra afirma-se como um diagnós-tico fundamental para pensar o cinema português.
Maria do Carmo Piçarra
Passou-se mais um Natal, e nesta pri-meira crónica quero assinalar essa data pelo significado que o dia 25
de dezembro tem para a tauromaquia be-jense, pois os destinos das duas maiores fi-guras do toureio bejense cruzam-se nesse dia.
Foi no dia de Natal de 1932, há 80 anos atrás, que em Beja nasceu Francisco
Mendes da Silva Conceição, que fi-cou imortalizado no mundo taurino por Francisco Mendes. Talentoso com o ca-pote e artista com a muleta, pisou arenas de Espanha, França, México, Venezuela, Guatemala e Perú. “Paco” Mendes, com era carinhosamente tratado em Espanha,
recebeu a alternativa de matador de toiros em 10 de agosto de 1954 na praça de toi-ros de Málaga. Alternativa concedida por Antonio Ordoñez, que lhe cedeu o pri-meiro toiro da corrida com o nome de “Gatidano”, da ganadaria de Conde de la Corte.
Em 23 de setembro de 1954 o matador Chico Mendes triunfou em Arles (França), com toiros de Assunção Coimbra, cor-tando orelha no primeiro e duas orelhas e rabo no segundo. A lide do segundo toiro foi brindada ao seu admirador Pablo Picasso.
A 25 de dezembro de 1987 faleceu em Beja o cavaleiro bejense José Francisco Varela Crujo, após um longo período em estado de coma, provocado por graves le-sões cerebrais ao ser violentamente co-lhido a 11 de agosto de 1983 na arena do Campo Pequeno, quando lidava um toiro da ganadaria de Pontes Dias, numa cor-rida mista em que tinha por alternantes, a cavalo, o veterano José Maldonado Cortes e, a pé, Mário Coelho e Pepe Câmara.
José Francisco Varela Crujo nasceu a 23 de outubro de 1956 e recebeu a alterna-tiva no Campo Pequeno em 10 de abril de 1977 (domingo de Páscoa), apadrinhado por mestre David Ribeiro Telles, com toi-ros da ganadaria de Ortigão Costa. Viveu os momentos mais altos da sua carreira nos anos de 1981 e 82, em arenas nacionais e também em Espanha e França.
Assim, termino a dedicar esta primeira crónica a estas duas enormes figuras do toureio bejense!
Vítor Morais Besugo
Coord. João Maria MendesGradiva50,80 euros578 págs.
ToirosMendes e Crujo
A 25 de dezembro de 1987 faleceu em Beja o cavaleiro bejense José Francisco Varela Crujo, após um longo período em estado de coma, provocado por graves lesões cerebrais ao ser violentamente colhido a 11 de agosto de 1983 na arena do Campo Pequeno.
José Francisco Varela Crujo Francisco Mendes
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O Núcleo de Filatelia de Faro – ATAF inaugurou na segunda-feira, dia 7, uma mostra de filatelia, que está a
decorrer na Estação de Correios do Carmo, na cidade de Faro. A exposição, que assi-nala a passagem do 6.º aniversário do ATAF, encerrará na próxima sexta-feira, dia 18, e pode ser visitada durante o horário da esta-ção. Para assinalar a efeméride, os Correios emitiram um carimbo comemorativo que foi usado no local da exposição no dia da inauguração.
Estão expostas 12 coleções de várias dis-ciplinas filatélicas: Ceres – Variedades de Cliché de Carlos Correia; Primeiros Selos da República (Luís Brás); Mar-cof i lia de Faro (Francisco Paiva); Os Castelos de Portugal (Ricardo Brito); Travessia Aérea de 1922 (Ricardo Brito); O Cinema na Filatelia (Jorge Bomba); Os Azulejos em Por t uga l ( José Pintado); A Avia-ção (António Fon-seca); O Natal (Al-bano Santos); De Sonho a Realidade; (Hélder Lucas); Pintores Portugueses nos Inteiros Postais (Luís Brás); e Homens e Mulheres da História (Sérgio Pedro).
O Núcleo de Filatelia de Faro iniciou a sua atividade a 15 de dezembro de 2006, com um salão de filatelia no Museu Municipal de Faro, que foi filatelizado através da emissão de um carimbo comemorativo e contou com o apoio da AFAL – Associação Filatélica Alentejo-Algarve, nomeadamente do prof. António Borralho, presidente da AFAL e membro dos corpos sociais da Federação Portuguesa de Filatelia e jurado interna-cional. Porém, foi no início de 2007 que co-meçou a preparar trabalho para que se pu-dessem prolongar no tempo as atividades filatélicas com um grupo de filatelistas da cidade de Faro e seus arredores.
Pode ler-se no catálogo que, “uma das questões que é colocada com frequência é o porquê de nos denominarmos Núcleo de Filatelia de Faro – ATAF. A razão deve-se ao facto de as atividades do núcleo se terem iniciado com um grupo de trabalhadores do município de Faro que, com o apoio da sua associação, formaram um grupo de traba-lho direcionado à filatelia, porém esse tra-balho visou sempre encontrar mais colecio-nadores que participassem nas atividades.
Foi com muito prazer que os fundado-res deste núcleo viram juntar-se a ele mais
de uma dezena de colecionadores que nunca haviam exposto (e muitos já tinham as co-leções de selos há muito tempo guardadas) e com o seu esforço levarem a cabo a difícil tarefa de em seis anos organizar 26 mostras filatélicas, sendo que mais de aproxima-damente metade delas foram direcionadas para crianças. Como fruto desse trabalho, em 2011 foi criado um Núcleo Juvenil de Filatelia no Agrupamento Vertical de Escolas de Estoi. Destaque-se ainda o exce-lente apoio que ATAF tem dado a este núcleo, apesar das extremas dificuldades que atual-
mente atravessa”.O artigo ter-
mina com um apelo aos visitan-tes para que colo-quem sempre um selo nas suas car-tas, costume este cada vez menos frequente, infeliz-mente até entre fi-latelistas. Queira Deus que o conse-lho encontre mui-tos ouvidos a ele sensíveis.
A l i s t a gem que se segue é a dos eventos fila-télicos organiza-
dos pelo Núcleo de Filatelia de Faro – ATAF: Algarpex 2012 (27/09/2012); 140 Anos do Nascimento de Maria Veleda (01/10/2011); 550 Anos morte Infante D. Henrique - Faro (26/02/2011); 550 Anos morte Infante D. Henrique – Olhão (04/02/2011); 550 Anos morte Infante D. Henrique – Albufeira (07/01/2011); 550 Anos morte Infante D. Henrique – Albufeira (27/11/2010); 75 Anos do Clube “Os Bonjoanenses” (04/05/2010); O 25 de abril (21/04/2010); Dia Mundial das Zonas Húmidas (06/02/2010); UNIR – Saúde Mental (04/01/2010); Trigésimo Aniversário do Hospital de Faro (21/12/2009); A Filatelia é Gira – Mar (02/08/2009); O 25 de abril e o Montenegro (20/04/2009); A filatelia é Gira (02/03/2009); 40 anos de Associativismo dos Trabalhadores do Município de Faro (13/12/2008); Filatelia na EB 1 de S. Luís – Faro (12/12/2008); Filatelia na EB 1 de Penha – Faro (11/12/2008); Filatelia na EB 2/3 de Afonso III (10/12/2008); Filatelia na EB 1 de V. Carneiros Faro (09/12/2008); Filatelia na EB 2/3 de Poeta Emiliano da Costa (05/12/2008); Filatelia na EB 2/3 de Montenegro (04/12/2008); Olhão da Restauração – 200 anos (07/06/2008); III Mostra Filatélica do NFF (05/01/2008); II Mostra Filatélica do NFF (11/12/2007); e Salão de Filatelia AFAL & ATAF 15/12/2006).
Geada de Sousa
FilateliaA primeira exposição do ano é em Faro g
Carneiro – (21/3 – 20/4)
Poderá tomar a iniciativa de mudar o cenário do seu
quadro profissional colocando em andamento um
projeto ambicioso e inédito, o qual se concretizará.
A sua profissão e a sua carreira estão agora
favorecidas. Adie decisões de foro sentimental
para uma fase mais adequada e tranquila.
Entretanto, saia, faça tudo o que lhe apetecer,
exceto ficar em casa.
hTouro – (21/4 – 21/5)
Com a capacidade intuitiva em alta, poderá evitar
situações de constrangimento a nível profissional.
Este é um período em que o seu lado profissional
estará no auge. Conjuntura favorável para viagens
satisfazendo o seu desejo de mudança. Possibilidade
para novo contexto de relações sociais. Durante
esta semana terá tendência a sentir ciúmes e
sentimentos de posse, o que lhe poderá provocar
alguns conflitos.
iGémeos – (21/5 – 21/6)
Nesta altura sentirá crescer dentro de si uma
necessidade de mudança, de quebra de rotina.
Assumirá novas posturas perante a vida mas
procure não radicalizar, porque este tipo de atitude
pode prejudicá-lo e desequilibrar a sua relação
com o mundo. Este momento não é propício a
lutas e desentendimentos, pelo contrário, sentirá
necessidade de harmonia e paz. A saúde estará
boa, para manter adote uma alimentação variada e
equilibrada.
jCaranguejo – (22/6 – 22/7)
Sentirá necessidade de se renovar interiormente,
eliminando as coisas velhas e já superadas do seu
passado, substituindo-as por novas. Após um período
de introspeção reconhecerá em si toda a força
interior que lhe é inata. A relação a dois exige trabalho
até obter bons resultados; deverá assumir os deveres
e obrigações que uma relação a sério exige. A nível
profissional a sua facilidade de comunicação com
superiores e subordinados tornará o seu percurso
bastante compensador.
kLeão – (23/7 – 23/8)
Tranquilidade e paz serão a tónica desta altura.
Profissionalmente, a harmonia no trabalho confirma
que disciplina e rigor compensam. Neste período
sentir-se-á mais extrovertido sentindo que as
relações com as outras pessoas estarão mais
facilitadas. Este momento poderá trazer-lhe a
simpatia dos seus pares ou até o afeto de alguém. O
seu estado físico, em bom nível nesta fase, transmite-
lhe vontade e eficiência.
lVirgem – (24/8 – 23/9)
A sua criatividade andará à velocidade da luz;
uma ideia nova germinará a cada instante no
seu cérebro exercitando a sua agilidade mental
também através da leitura e da escrita. Para
triunfar bastará ser mais organizado e diplomata.
Aproveitará melhor a intimidade da sua casa, junto
da sua família. Quanto à saúde, aguentará com
todos os excessos, desde que pratique o habitual
exercício físico.
aBalança – (24/9 – 23/10)
Terá facilidade em reatar antigas relações de amizade
e de aprofundar as atuais. Estará disponível para ser
protetor e um ombro amigo para os que necessitam. É
o momento de contribuir eficazmente para a harmonia
familiar evitando conflitos no dia a dia. Mostre-se como
é, espontaneamente e sem receios. No amor, deixará de
ser discreto, a pessoa que ama não tardará em sabê-lo.
bEscorpião – (24/10 – 22/11)
Com firmeza inabalável confirmará o seu poder a nível
profissional e conquistará reconhecido sucesso nos
projetos profissionais. Em relação ao aspeto financeiro,
este necessitará de grande ponderação e prevenção.Todos
os documentos deverão ser analisados antes de concluir
qualquer negócio. A comunicação com os outros estará
favorecida, melhorando, assim, o ambiente que o rodeia.
Tendência para adquirir tudo o que trouxer maior beleza e
conforto à sua vida, desde roupas a objetos de arte.
cSagitário – (23/11 – 21/12)
Um turbilhão amoroso e uma felicidade inabalável. Um
novo amor rejuvenescerá a sua vida, aumentará a sua
autoestima e o seu ego estará em festa. Os cremes
farão efeito mas o grande motor será o seu coração.
Apaixonado, sentir-se-á outro. Este sentimento levá-
lo-á a uma melhor realização pessoal a todos os níveis.
No trabalho conseguirá dar vida a novos projetos
aproveitando um bom momento para aplicação de
atividades financeiras desde que pouco extravagantes.
Aproveitará todos os momentos para fugir à rotina;
ginásio, convívio com os amigos. Saia e conviva.
dCapricórnio – (22/12 – 20/01)
Esteja preparado para atravessar momentos agitados
em que se preocupará, essencialmente, com o seu
bem estar pessoal, financeiro, profissional e físico.
Tome todas as precauções que puder para não
perder completamente o controlo até tudo acalmar.
Mantenha-se longe de quem tem opiniões negativas
sobre as suas atividades. Em relação à saúde, procure
equilibrar-se, descontrair em ambientes confortáveis,
iniciar uma dieta, ou uma desintoxicação à base de
líquidos. Não tome tão a sério certos aspetos da vida.
eAquário – (21/1 – 19/2)
No aspeto profissional, ainda não conseguiu
solucionar um conflito ou desacordo; use o seu tato e
diplomacia para aliviar o ambiente de tensão. Procure
agir sabiamente com harmonia e tranquilidade, sem
retorquir. Momento ideal para refletir sobre si próprio
enriquecendo o seu autoconhecimento. Embora
mais sensível e com a sua energia em baixo, sentirá
necessidade de melhorar o seu relacionamento com
o seu grupo de amigos. As amizades sairão otimizadas
devido à sua simpatia e boa disposição.
fPeixes – (20/2 – 20/3)
Se gostar de si, os outros também gostarão. No
fundo, a sua felicidade depende de um problema de
autoconfiança. A sua simpatia e amabilidade terão
repercussões no relacionamento com os seus colegas
e no ambiente profissional. Sentir-se-á mais realizado,
mais reconhecido e respeitado; os ingredientes para
se sentir realizado. Proteja-se de constipações,
agasalhando-se e tomando vitaminas.
Características do signo Capricórnio – (22/12 - 20/01)
Planeta Regente – Saturno | Elemento – Terra
O nativo do Capricórnio caracteriza-se pela sua capacidade de concretização, poder de organização,
disciplina, perseverança e ambição. É o signo das pessoas metódicas, complexas, persistentes e
engenhosas. No campo afetivo é desconfiado mas fiel. Embora inicialmente reservado, necessitará
de convívio e confiança para ser um dedicado, leal e colaborador amigo.
Ana Maria Baptista
Taróloga
Contacto para marcação de consultas: 968117086
Previsões – Semana de 12 a 18 de janeiro
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Fim de semana
Eduardo Moreira apresenta livro de memórias em Aljustrel Do fundo das minas de Aljustrel para as profundezas da selva de Moçambique, o livro de memó-rias autobiográficas de Eduardo Moreira, “um ilustre munícipe aljustrelense”, é apresentado amanhã, sábado, pelas 18 horas, no auditório da Biblioteca Municipal de Aljustrel. A publi-cação, com prefácio de Francisco Palma Colaço, “conta a história de vida de Eduardo Moreira desde que nasceu em 1933, o motivo da sua vinda para Aljustrel, a sua experiência de vida em Moçambique, a paixão que nutria pela sua esposa e a sua vasta experiência profissional”.
BD, “Cavaleiro Andante” e “Artistas do metal” na Casa da Cultura, em Beja A Casa da Cultura, em Beja, acolhe a partir
de amanhã, sábado, e até dia 28, quatro
novas exposições, numa organização da
Bedeteca de Beja. “O morro da favela e
outras histórias”, uma mostra de banda
desenhada de André Diniz, será inaugurada
no 1.º andar, pelas 17 e 30 horas, com a
presença do autor. À mesma hora, mas no rés
do chão da Casa da Cultura (ala esquerda),
será apresentada “Avenida marginal”, uma
exposição coletiva de banda desenhada com
Afonso Ferreira, André Valente, Catarina
Gil, Daniela Viçoso, Diogo Campos,
Fábio Araújo, Fernando Madeira, Filipe
Cardoso, Lucas Marques, Luís Nogueira,
Luís Silva, Pedro Horta e Silvestre Francisco
(Véte), entre muitos outros. Já a cafetaria
receberá uma mostra bibliográfica da
revista “Cavaleiro Andante” (1952/ 1962) e
o hall a exposição “Artistas do metal”, que
integra ilustrações para capas de discos de
vinil da coleção particular de Nuno Fonseca,
com trabalhos, entre outros, de Derek Riggs
(Iron Maiden), Steve Huston (Dio), Ken
Kelly (Manowar), John Blanche (Sabbat),
Jean Delville (Morbide Angel), Sean
Rodgers (Nuclear Assault), David Heffernan
(Anthrax), Joe Petagno (Motorhead),
Phil Lawvere (Kreator), Edward J. Repka
(Megadeth), Kev Walker (Toranaga), Paul
R. Alexander (Assassin), Eric Phillipe
(Thanatos), Michael R. Whelan (Sepultura)
e Greg Hildebrandt (Black Sabbath) .
Professores do Conservatório em concerto de Reis no Pax JuliaO auditório do Pax Julia Teatro Municipal
recebe na noite de hoje, sexta-feira, um
concerto de Reis, a cargo dos professores
do Conservatório Regional do Baixo
Alentejo, que se apresentam em palco com
variações de pequenas peças para solo,
duos, trio e quarteto, das mais variadas
formações. O concerto tem início com
um solo de guitarra por João Nunes, que
integrará também o duo de guitarra e
violoncelo com Halina Berezowska e o
duo de guitarra e violino com Andreia
Fernandes. Seguir-se-ão as formações
com piano e violino com Cláudia Silva e
Andreia Fernandes e piano e trombone
com Ana Orelhas e João Bartolomeu. No
trompete e percussão, André Dourado e
Pedro Fernandes farão soar as notas no
palco, dando entrada ao trio comporto
por Marisa Cavaco (clarinete), Joaquim
Simões (fagote) e Elsa Marques (flauta
transversal). Na despedida, as vozes do
quarteto de metais “anunciam as boas
novas do ano 2013 com toda a exuberância”
ao som da trompa com Jorge Barradas,
do trombone com João Bartolomeu e
das trompetes com André Dourado e
Hélio Ramalho. A entrada é livre.
Pedro Hackett expõe
“Fragmentos de memória” em Santiago
O Comboio das Cinco
Luís Afonso apresenta primeiro livro de ficção em Aljustrel e Serpa
O Comboio das Cinco, o título do pri-meiro livro de ficção do cartoonista Luís Afonso, é apresentado hoje, sexta-feira,
pelas 18 e 30 horas, em Aljustrel, sua terra natal. A apresentação da obra, que terá lugar no auditó-rio da Biblioteca Municipal, está a cargo de Jorge Benvinda, músico dos Virgem Suta, e será lida pelo ator Pedro Lamares.
Amanhã, sábado, será apresentada em Serpa, cidade onde reside o cartoonista. A sessão está agendada para as 18 horas, na biblioteca Municipal Abade Correia da Serra, estando a apresentação da obra a cargo de Sérgio Godinho e a sua leitura mais uma vez por Pedro Lamares.
Esta primeira obra de ficção de Luís Afonso, não exclusivamente desenhada, decorre nos finais dos anos 80 e tem como personagem principal um es-critor e repórter “pós-moderno” chamado “Lopes”. A obra, editada pela Abysmo, retrata a história de um professor de geografia humana à espera de um comboio que nunca ninguém viu passar, numa esta-ção perdida e abandonada no Alentejo. O livro, com “forte teor irónico e dimensão lúdica”, contém “indi-cadores de qualidade literária”, repetidamente assi-nalados à margem do livro, levando assim os leitores a um menor esforço de leitura, para que não tenham de se “maçar” à procura de uma escrita mais elabo-rada ou de uma tirada mais pomposa. É como se o autor “estivesse a adaptar a escrita a um tempo em que as pessoas não pensam e estão mais habituadas a carregar em botões para dizer ‘gosto’ sem tentarem perceber o conteúdo das coisas”.
Com uma proposta para a realização de um filme, esta história irá ser levada ao palco do São Luiz, no próximo mês de março, com Pedro Lamares a fazer uma leitura encenada da mesma.
Inaugurada na terça-feira, continua patente
ao público, no Auditório Municipal António
Chaínho, em Santiago do Cacém, a exposição de
pintura da autoria de Pedro Hackett, intitulada
“Fragmentos de memória”. A mostra, que pode
ser vista até dia ao 24 de março, “propõe uma
viagem pelas memórias e recordações, onde
se cruzam diversas narrativas e emoções”. A
pintura de Pedro Hackett “consegue quebrar a
indiferença, provocar emoções e interpretações,
por vezes ambíguas e contraditórias”, refere
a Câmara Municipal de Santiago do Cacém.
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Inquérito Viu a reportagem da SIC sobre os investimentos públicos em Beja, no passado domingo?
PEDRO MOURINHO,
40 ANOS
Pessoa que teve o seu
momento alto na car-
reira quando apresentou
o Caderno Diário
Vi, fui eu que a fiz e acho que foi uma reporta-
gem de grande quilate intelectual. É sempre bom
ir à província e explicar aos camponeses que o di-
nheiro não estica e que quando é aplicado noutros
sítios que não sejam a Grande Lisboa geralmente
dá mau resultado. Precisamos de investimento pú-
blico como deve ser: o que calhava bem agora era
uma ponte, com TGV incluído, entre a minha casa
e a praia do Guincho para poder ir lá beber um
cafézinho…
GUSTAVA DE PELO
NA VENTA, 38 ANOS
Pessoa que anda que
nem pode…
Ah, não me diga nada que eu ainda estou em brasa
com aquela reportagem! Depois daquela conversa
sobre o aeroporto de Beja, lancei um feitiço contra
o senhor Mourinho: espero que lhe apareça um han-
gar no meio dos dentes como aquele que tem o Mário
Crespo. E que um Antonov se lembre de aterrar no
seu céu da boca. Pá, alguém me agarre que eu vou-
me ao Mourinho!
CÁTIA PALHINHA, 23 ANOS
Concorrente da Casa dos
Segredos que usa óculos
para conseguir regres-
sar mais facilmente à
nave mãe
Eu cá não me meto em nada disso. Desde que en-
gravidei que só como saladas para não apanhar
essa cena da reportagem… A verdade é que não
vejo a SIC, porque a TVI não me deixa… Se bem
que me preocupo com Beja, como grande cidade al-
garvia que é. O que me interessa é que estou muito
contente com o meu contrato para estar na Casa, é
espetacular: pagam-me, posso continuar a não sa-
ber conjugar um verbo e fizeram-me uma tatua-
gem linda que tapa completamente o símbolo da
ganadaria.
Autárquicas 2013: Sétima arte inspira-se em Beja e apresenta a “Liga dos Ex-Comunistas Extraordinários”!
As próximas eleições autárquicas em Beja prometem ser escaldantes – prevê-se que em confronto estejam três candidatos que já foram comunistas: Pulido Va-lente e António Sebastião (confirmados) e Lopes Guerreiro (a confirmar). Este facto não escapou aos olhares atentos de Hollywood que, inspirando-se na nossa política regional, já decidiu fazer uma sequela do filme “Liga de Cavalheiros Extraordinários”. “Liga dos Ex-Comunistas Extraordinários” é a história de um con-junto de ex-militantes do PCP que pretende lutar contra o jugo opressor vindo da rua da Ancha e do “malévolo” conde Pós-de-Mina (ou João Rocha).
Beja: Jantar de Sócrates com os apoiantes realizou-se no Parque das Merendas
Afinal as redes sociais não servem apenas para postar fotos de comida ou de pés à beira de uma piscina – foi através do Twitter, por intermédio de Edite Estrela, que se soube de um jantar realizado na semana passada em que participou o antigo primeiro-ministro, José Sócrates, e alguns dos seus apoiantes. Ao que parece, a eurodeputada divulgou uma men-sagem “privada” na rede social, e aquilo que se pretendia secreto acabou por se tornar do domínio público. Todavia, não foram divulgados mais detalhes acerca do jantar… até agora! O correspondente da Não con-firmo, nem desminto em Paris descobriu que o jantar de Sócrates com os seus apoiantes se realizou no Parque das Merendas, em Beja. Fonte su-bornada com um possível voto no PS nas próximas eleições explicou-nos porque escolheram este local e deu-nos a conhecer a ementa: “A locali-zação foi inesperada, até para nós… Mas rapidamente chegámos à con-clusão que o espaço era o ideal: é amplo o suficiente para o Augusto San-tos Silva correr em paz e cansar-se para dormir melhor, e está repleto de árvores, o que o torna o local ideal para prender José Lello a um pinheiro como se fazia com o bardo no final das aventuras do Asterix. A ementa também foi uma agradável surpresa para pessoal habituado a refeições gourmet… frango assado do Mod… do Continente com batatas fritas de pacote. E a sobremesa foi um croissant barrado com tulicreme”. Sabe-mos agora que José Sócrates chegou a ser avistado por alguns transeun-tes que o confundiram com George Clooney e lhe terão pedido autógra-
fos. Contudo, assessores do antigo líder do PS apressaram-se a explicar que aquele senhor era mesmo José Sócrates, acrescentando que Clooney é que é o José Sócrates de Hollywood.
Sines, Barrancos e Castro bem classificados em indicado-res de qualidade de vida – descubra porquê
A Universidade da Beira Interior elaborou um Indicador Concelhio de Desenvolvimento Económico e Social de Portugal para avaliar a quali-dade de vida dos cidadãos portugueses. Nos 30 primeiros lugares apa-receram três concelhos alentejanos: Sines (15.º), Barrancos (17.º) e Cas-tro Verde (24.º lugar). Em primeira mão, a Não confirmo, nem desminto revela alguns dos critérios que permitiram as boas classificações destes municípios: “Melhores acessos terrestres e marítimos para sair do País”; “Qualidade razoável do ar em dias de vento a soprar no sentido este/su-doeste” – Sines destacou-se nesta categoria –; “Concelhos que favore-cem o desenvolvimento de capacidades de raciocínio filosófico, nomea-damente nas áreas do Epicurismo e Existencialismo”; “Locais com menor probabilidade de receber visitas inesperadas de políticos da capital por-tuguesa” – Barrancos teve pontuação máxima neste critério –; “Municí-pios com portos de águas profundas onde é possível pescar taínhas mu-tantes com sabor a diesel” – neste critério, Sines empatou com o Barreiro –; e “Localidades onde se realizam feiras do caraças e onde por acaso se localizam minas com o nome Neves Corvo” – aqui, Castro Verde dizimou a concorrência.
Feto de Assunção Cristas já tem passe de três dias para a Ovibeja 2013 Pela primeira vez na nossa democracia, uma ministra em funções es t á grávida: não, não es t amos a f alar de Álvar o Santos Pereira, mas sim de Assunção Cristas. Fontes próximas do embrião afirmam que a gravidez está a
decorrer normalmente e que a ministra do CDS tem tido os desejos habituais, acordando o marido a ho-ras impr ópr ias e obr igand o - o a preparar aquelas coisas que as grávidas comem, como tostas integrais barradas com porco doce do Luiz da Rocha e azeito-nas, iogurte com aroma a salpicão de Montoito e ge-
latina de torresmos do rissol. Esta notícia deixou os agricultores entusiasmados, em par ticular os alen-tejanos, que já enviaram ao feto um passe de três dias para a Ovibeja 2013 e uma camisola com a frase: “Os meus pais trouxeram-me à Ovibeja e não me dei-xaram ver os Xutos”.
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Para hoje, sexta-feira, e amanhã, sábado, as previsões apontam para céu com períodos de muito nublado. As temperaturas andarão entre os cinco e os 14 graus. No domingo o céu deverá apresentar-se pouco nublado, e a temperatura máxima descerá para os 12 graus.
Arte Pública desenvolve projeto “Tratado de Vida”, a partir de textos de Almada NegreirosA companhia Arte Pública deu início esta semana
a um conjunto de workshops, dirigidos a pais e
filhos (a partir dos oito anos) e a adolescentes, que
visa “descobrir um ‘Tratado de Vida’”, a partir de
textos de Almada Negreiros. Os workshops, que
decorrerão até ao dia 28 de fevereiro, terão lugar
na cave da Biblioteca Municipal de Beja e a estreia
desta primeira produção da Arte Pública para 2013
está prevista para o dia 1 de março, no Pax Julia
Teatro Municipal. Segundo explica a companhia,
“na senda do trabalho já desenvolvido pela Arte
Pública na formação de públicos envolvendo
escolas ou/e clubes de leitura para pais e filhos,
esta é uma produção que envolve, a partir da
literatura, a construção de imaginários – que
serão trabalhados com crianças, com os seus pais e
ainda com jovens adolescentes durante dois meses
de intensa interação”. As estratégias criativas
serão “dinamizadas no âmbito do movimento,
da fisicalidade, do discurso verbal, da produção
plástica e literária, e da interação musical,
construindo um caminho para a instauração
cénica, que se mostrará em forma de espetáculo”.
“Tratado de Vida”, acrescenta a companhia,
“ancora-se, por altura do 120.º aniversário do seu
nascimento (1893/2013), num dos autores mais
marcantes do panorama artístico português do
século XX: José de Almada Negreiros – pintor,
escritor, dramaturgo, bailarino –, um criador
de livre espírito e multifacetado, cuja produção
contribuiu, mais do que ninguém, para a imagem
do ‘artista total’, bem como para o triunfo do
modernismo artístico em Portugal”. O projeto
conta com a parceria do Pax Julia Teatro Municipal
e da Biblioteca Municipal de Beja.
Assinante do “DA” faz 100 anos
O “Diário do Alentejo” tem a sorte e o privilégio
de estar a festejar amanhã, dia 12, o centésimo
aniversário da nossa assinante Assunção Jesus
Pereira, que é natural de Azinhal, freguesia
de Alcaria Ruiva. À feliz aniversariante, na
companhia de toda a sua família e amigos, o “DA”
deseja parabéns e muitos anos de vida.
quadro de honra
O “DA” está no canal 475533 doNº 1603 (II Série) | 11 janeiro 2013
9 771646 923008 0 1 6 0 3
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Venceu recentemente, e pelo segundo
ano consecutivo, o prémio Miguel
Rovisco no âmbito do concurso Teatro
Novos Textos do Inatel. Que significado
tem para si este reconhecimento?
Sinceramente, nenhum. A razão de o ter ganho tem apenas a ver com o facto de saber que (e agora serei muito român-tico) o trabalho que cada um de nós en-quanto ser humano desenvolve é único, e no sentido criativo, inimaginavel-mente precioso. Por que é que os concur-sos desenvolvem tanto receio ou medo? Por quê não nos darmos a mostrar? Não sou um escritor Nobel, mas, e compa-rando-me à classe atlética, quando vou a um torneio de futebol, se não for o me-lhor, o que é que eu estou lá a fazer? No final de contas, e segundo a minha teo-ria, se quiser muito vencer o torneio, en-tão o torneio é meu. Mas tenho de jogar futebol, não tenho? E tenho de me mos-trar, não é? Não sejamos cobardes e mos-tremos o nosso trabalho.
Do que fala a obra agora premiada, O
Que Eu Vi Quando Voltei da Lua?
Fala de demasiada coisa. Fala dos géne-ros, das proposições, de nós, da morte, sempre, da confusão que é viver e do ab-surdo que é ser, apenas, em qualquer cir-cunstância. Fala sem falar porque é uma peça absurda, e descreve o povo portu-guês na sua essência de fome futebolís-tica e novelística, sem esquecer que há sempre mais alguém para culpar, nem que seja o próprio autor. Fala do que é ir mas não ter tempo, e de usar esse tempo como desculpa, mesmo que o objetivo seja mudar algo – algo que seja impor-tante. Principalmente, fala de nós, e como pensamos ser frágeis perante a mudança.
Já recebeu algum convite para ser ence-
nada, à semelhança do que aconteceu
com o seu texto Sala de Espera, que ven-
ceu o prémio Miguel Rovisco em 2011?
Não, ainda não. Ainda pode acontecer. As associações culturais de teatro ama-dor Blábláblá – Teatro Jovem de Campo Maior e Theatron (de Montemor-o--Novo) apresentaram, no dia 23 de ju-nho de 2012, no Teatro Trindade, em
Lisboa, a minha obra Sala de Espera. Este texto foi outra coisa e surgiu do convite do vencedor do grande prémio do Inatel. Este ano as regras mudaram. Vamos ver o que acontece.
Quando é que começou a escrever para
teatro e o que é o atrai nesse tipo de
escrita?
Comecei no primeiro ano do meu curso. A primeira peça que escrevi era ridícula, mas não me proibi de a mostrar aos ato-res Miguel Rebelo e Sofia Vasconcellos e Sá (guardem estes nomes, eles são muito bons). O que me atrai é a rapidez da con-clusão e a facilidade com que imagino as cenas. A imaginação é sempre o melhor palco. E sempre que escrevi algo, imagi-nei algo muito específico – mas nunca demonstro essa especificidade em papel –, adoro a crítica criativa. Porque a ima-ginação é, lá está, o melhor palco.
É recém-licenciado em Teatro, ramo de
Atores, e integra há cerca de três meses
o Grupo de Teatro Lendias d’Encantar.
O seu projeto em termos profissionais
passa por conciliar a representação
com a escrita?
Não obrigatoriamente. Existe um di-lema na nossa classe artística – o que fazer por ganhar o quê. É uma ver-dade absoluta. O que havemos de fazer para podermos comer do que ganha-mos. Isto ultrapassa qualquer grupo onde estejamos inseridos. É a nossa “cruz” e em português é o nosso “fado”. Conciliar apenas estas duas coisas não é suficiente, independentemente de onde estivermos. Temos de ser versá-teis. E essa é a nossa condição. Que ape-sar de tudo aceitamos com prazer por-que com prazer fazemos aquilo que fazemos, esperando uma lágrima ou um sorriso. Ou mesmo sem eles, vamos tentando. Nélia Pedrosa
Mário Abel Costa24 anos, natural de Lisboa
É licenciado em Teatro, ramo Atores. Gravou duas web-series, “As Portas” e “Tremoços e Imperiais”, e algumas curtas-metragens (“Um dia de tudo ou nada”, de Débora Galrinho; “Walkie-Talkie”, de João Lourenço). Na literatura conta com dois prémios Miguel Rovisco, do Inatel, e, consequentemente, duas obras de teatro publicadas.
Mário Abel vence prémio de escrita para teatro
“A imaginação é o melhor palco”
Mário Abel Costa, recém-licenciado em Teatro, ramo de Atores, pela Escola Superior de Teatro e Cinema, venceu recentemente o prémio Miguel Rovisco edição 2012, no âmbito do concurso Teatro Novos Textos, da fundação Inatel, com a obra O Que Eu Vi Quando Voltei da Lua. Já em 2011 tinha vencido o mesmo prémio com Sala de Espera, texto que foi representado pela primeira vez em junho do ano passado no Teatro da Trindade, em Lisboa, numa coprodução de Blá Blá Blá – Teatro Jovem de Campo Maior e Theatron Associação Cultural e com encenação
de Hugo Sovelas. Mário Abel integra atualmente o grupo de teatro Lendias d´Encantar.