EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS - Instituto...

Preview:

Citation preview

EDUCAÇÃO EM

DIREITOS HUMANOS

INSTITUTO EDUCACIONAL ALFA

1

2

• O que são direitos humanos?

• Em que se fundamentam?

• Por que fundamentá-los?

http://farm3.static.flickr.com

3

Direitos Humanos

São aqueles direitos comuns a todos

os seres humanos, sem distinção de

etnia, nacionalidade, sexo, classe

social, religião, ideologia, nível de

instrução, orientação sexual e

julgamento moral.

4

http://s

cottth

ong.w

ord

pre

ss.c

om

Os direitos

humanos são,

pois, os direitos

fundamentais

da pessoa

humana.

5

Por que são

fundamentais?

Porque, sem eles, a pessoa humana não

é capaz de existir nem de se desenvolver

e participar plenamente da vida. Eles

representam as mínimas condições

necessárias para que uma pessoa possa

ter uma vida digna.

6

http://w

ww

.eyebeam

.org

7

Em que se fundamentam

os direitos humanos?

Na idéia de

dignidade humana.

http

://ww

w.m

oonbatte

ry.c

om

8

O que é a dignidade

humana?

É aquilo que

caracteriza a

essência, ou seja,

a humanidade do

homem.http://h

eynow

unitedsta

tes.s

paces.liv

e.c

om

9

A dignidade é um valor inerente ao ser

humano, que nos faz considerá-lo

como algo diferente de uma coisa, de

um objeto.

http://w

ww

.eyebeam

.org

10

A dignidade é uma noção que nos

impõe a obrigação de considerar o

outro como um fim e não como um

meio.

http://o

glo

bo.g

lobo.c

om

11

A dignidade é um valor:

• Incondicional;

• Incomensurável;

• Insubstituível.

http://acauapyata.blogspot.com

12

O respeito à dignidade humana deve

existir sempre, em qualquer lugar e

de maneira igual para todos.

http://adwebfreak.files.wordpress.com

13

A dignidade humana constitui, pois,

o cerne dos direitos humanos, pois é

nessa idéia que os mesmos se

fundamentam.

http://w

ww

.terr

a.c

om

.br

14

Para que obtenham legitimidade e

validade.

Mas por que e para que fundamentar

os direitos humanos?

http://w

ww

.outr

osolh

os.c

om

.br

15

Direitos

humanos

Legitimidade

validade

Existência prática

vigência

16

A idéia de dignidade revela que cada

pessoa tem sua individualidade, sua

personalidade e seu modo próprio de

ver e sentir as coisas.

Pessoas iguais direitos iguais.

17

Direitos humanos

Idéias regulativas da

vida em sociedade

18

“Os direitos humanos se constituem

como a instância normativa mínima

das instituições políticas aplicável a

todos os Estados que integram uma

sociedade politicamente justa”.

John Rawls

http://w

ww

.gru

poescola

r.com

19

Os direitos humanos são a condição

necessária para a legitimação do regime

político e da ordem jurídica de um

Estado.

http

://everto

neconom

ic.b

logspot.c

om

20

Os direitos humanos se

constituem, pois, como o

limite último de convivência e

pluralismo entre os povos.

21

Os primeiros direitos

humanos, entre o século

XVII e o XVIII foram civis,

isto é, associados a um

cidadão que seria,

também, proprietário.

É o direito de ir e vir, o de

manter a propriedade, o

de só pagar impostos

votados, o de assinar

contratos, o de não viver

atemorizado por um

governo caprichoso

arbitrário.

DEMOCRACIA E DIREITOS HUMANOS

22

Depois, entre o século

XVIII e o XIX, crescem

os direitos políticos.

Os homens deixam de

ser súditos ("sub"= sob,

"dictus" = dito), isto é,

subordinados às

decisões de um rei e

passam a ser

realmente cidadãos,

isto é, sujeitos que

decidem o que a cidade

(= o Estado) vai fazer.

Aqui estão os direitos

de voto, de expressão

do pensamento, de

organização política.

DEMOCRACIA E DIREITOS HUMANOS

23

Na Democracia Moderna nem o

Poder do Povo pode eliminar esse

núcleo de direitos.

Os Direitos Humanos antecedem o

próprio poder de Estado, isto é, são

superiores à própria política.

É por isso que se fala em

declaração de direitos: uma

assembléia (como a da ONU, em

1948, autora da Declaração

Universal) pode declarar que tais

direitos existem, mas não pode

criá-los, nem suprimi-los, porque

eles são mais importantes do que

ela própria.

É como se eles fossem "naturais",

palavra que vem do verbo "nascer"

e que indica que, enquanto seres

humanos, nascemos com eles.

DEMOCRACIA E DIREITOS HUMANOS

24

Mais tarde, a partir o século XIX, aparecem os direitos sociais.

O direito de livre organização sindical e as leis trabalhistas,

garantindo condições de trabalho melhores.

DEMOCRACIA E DIREITOS HUMANOS

25

DIREITOS

FUNDAMENTAIS DA

PESSOA HUMANA NA

CONSTITUIÇÃO

BRASILEIRA DE 1988

Direitos individuais e coletivos

26

Correspondem àqueles direitos ligados

diretamente ao conceito de pessoa

humana e à sua personalidade, tais como

os direitos à vida, igualdade, segurança,

dignidade, honra, liberdade e propriedade.

Eles estão previstos basicamente no artigo

5º e seus incisos.

27

Direitos sociais

São as liberdades positivas dos indivíduos, que

devem ser garantidas pelo Estado Social de Direito.

São basicamente direito à educação, saúde,

trabalho, lazer, segurança, previdência social,

proteção à maternidade e à infância, assistência

aos desamparados. Têm por finalidade a melhoria

das condições de vida dos menos favorecidos, de

forma que possa se concretizar a igualdade social

que é um dos fundamentos do Estado Democrático

brasileiro. Os direitos sociais estão elencados à

partir do artigo 6º.

28

Direitos de Nacionalidade

Nacionalidade "é o vínculo jurídico político

que liga um indivíduo a um certo e

determinado Estado, fazendo deste

indivíduo um componente do povo, da

dimensão pessoal deste Estado,

capacitando-o a exigir sua proteção e

sujeitando-o ao cumprimento de deveres

impostos“.

29

Direitos Políticos

São direitos públicos subjetivos que

permitem ao indivíduo exercer sua

cidadania participando de forma ativa nos

negócios políticos do Estado. A

constituição regulamenta os direitos

políticos no artigo 14.

30

Direitos relacionados à existência, à

organização e à participação em

partidos políticos

Regulamentados no artigo 17. A

constituição garante a autonomia e a plena

liberdade dos partidos políticos como

instrumentos necessários e importantes na

preservação do Estado Democrático de

Direito.

31

Cidadão é toda pessoa que sabe da

existência desses direitos e os exige,

participando ativamente da vida de seu

bairro, de sua cidade e de seu país.

32

Essa participação ocorre no dia-a-dia de

cada pessoa quando ela, por exemplo,

reclama do mau atendimento em repartições

públicas; quando denuncia a má aplicação de

recurso público; quando vota; quando

participa de reuniões de sua associação de

bairro; quando integra uma organização

social e, assim, por diante.

33

Conceito de cidadania –

gerações de direitos Idéia de participação integral na comunidade/

sociedade. Ser cidadão. “Homens e mulhereslivres, imbuídos de direitos e protegidos poruma lei comum”

Composta de 3 elementos (civil, política esocial)

Evolução histórica (direitos civis – séculoXVIII, direitos políticos - século XIX e direitossociais – século XX). No início os direitos civise políticos não estavam incluídos nos direitosde cidadania (mulheres, indigentes)

34

A cidadania se desenvolveu peloenriquecimento do conjunto de direitos que aspessoas eram capazes de gozar.

Direitos políticos da cidadania estavamrepletos de ameaça potencial ao sistemacapitalista. Incorporação progressiva dosdireitos sociais ao status de cidadania. Socialdemocracia e lutas por reconhecimento eredistribuição.

35

Constituição FederalPrincípios da República:

- cidadania; dignidade da pessoa humana;

- construir uma sociedade livre, justa e solidária;

- erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdadessociais e regionais;

- promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo,cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

Direitos civis

Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquernatureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentesno País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, àsegurança e à propriedade

Direitos sociais

Art. 6 - São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, amoradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção àmaternidade e à infância, a assistência aos desamparados

36

DEMOCRACIA E IGUALDADE

Democracia hoje se funda na crença de que

todos os cidadãos têm os mesmos direitos

independente de sua origem, classe social,

sexo, grau de instrução.

Direitos Humanos vão além: os seres

humanos são portadores de direitos

inalienáveis, independente da delimitação

geo-política.

37 37

DESIGUALDADE

Desigualdade é social, criada nas relações

de injustiças sociais. Ex: ricos têm direito

à educação e saúde de qualidade, pobres

não; a sinalização nas ruas é pensada

apenas para os “videntes”.

Esse tipo de desigualdade é anti-

democrática e deve ser combatida.

Não respeitar o direito das “minorias”

gera a exclusão social.

38 38

EQÜIDADE

Portanto, todos são iguais em direitos. Ex:

direito de ir e vir.

Mas... tratar a todos, sem considerar suas

necessidades específicas, gera a desigualdade.

Ex: as cidades são pensadas para aqueles que

andam com as suas pernas, que enxergam,

escutam (a maioria). Tratar todos assim,

desconsidera o direito dos cadeirantes, cegos,

surdos, mudos.

39 39

EQÜIDADE

Eqüidade: é a diferença dentro daigualdade.

Iguais em direitos. Ex: ir e vir

Diferentes em necessidades. Ex: rampasde acesso, sinais sonoros, etc.

A igualdade não está oposta à diferença esim à desigualdade.

Sem eqüidade não existe democracia.

40 40

DESIGUALDADE E DIFERENÇA

Boaventura Souza Santos, sociólogo português:"temos direito a reivindicar a igualdade sempreque a diferença nos inferioriza e temos direitode reivindicar a diferença sempre que aigualdade nos descaracteriza."

Ao mesmo tempo: negar a padronização e lutarcontra todas as formas de desigualdadepresentes na nossa sociedade.

41 41

A DIFERENÇA NA ESCOLA

Pessoas são categorizadas por suas

diferenças: sociais, econômicas, psíquicas,

físicas, culturais, religiosas, raciais,

ideológicas e de gênero.

Diferença ainda é vista como indesejável:

reforça conflitos e violências físicas e

simbólicas. Entraves para a inclusão

educacional.

42 42

ESCOLA DEMOCRÁTICA

Acesso à vaga.

Todos têm direito à escola.

Acesso ao conhecimento.

Respeito às diferenças individuais.

Práticas democráticas (na escola e em sala de aula) para formação cidadã.

43 43

ESCOLAS ESPECIAIS

Todos têm direito à educação.

Escolas especiais não substituem as escolasregulares.

Escola regular: forma para a cidadania.

Convivência democrática e solidária a partirdas diferenças.

44 44

ESCOLAS INCLUSIVAS

Abertas às diferenças.

Consideram o contexto dos educandos.

Valorizam outras formas de pensar.

Valorizam a cultura popular (conhecimento de senso comum).

45 45

PRÁTICAS DEMOCRÁTICAS:VALORES

Valores não são ensinados, como lições dematemática.

Valores são construídos a partir das nossasvivências na escola, na família, na sociedade.

Na escola os valores são vividos por todos otempo inteiro. Por isso deve haverintencionalidade.

Tolerância, solidariedade, igualdade.

46 46

PRÁTICAS DEMOCRÁTICAS: DIÁLOGO

O diálogo implica na consideração doponto de vista do outro.

Forma democrática de enfrentamento deconflitos, busca de soluções quecontemplem diferentes interesses.

Demanda tolerância e respeito pela opiniãoe direito do outro.

Ex: as assembléias escolares.

47 47

PRATICAS DEMOCRÁTICAS:

PARTICIPAÇÃO ATIVA DO ALUNO

Um discurso democrático perde seu efeito diantede práticas autoritárias em sala de aula e na escola.

Participação dos alunos na discussão e decisão deassuntos que interessam a sua vida escolar fazparte da formação democrática.

Ex: grêmios, fóruns.

Valores: tolerância, respeito às diferenças,compromisso, responsabilidade.

48 48

PRATICAS DEMOCRÁTICAS:CONTEÚDO E METODOLOGIA

Conteúdos desvinculados da realidade do alunopouco contribuem para a sua formação crítica.

Metodologias de ensino centradas no ensino(professor) pouco contribuem para a autonomia edesenvolvimento do aluno.

Ex: projetos e estudos em grupo.

Valores: autonomia, conhecimento de cada um,diálogo, solidariedade, tolerância.

DÚVIDAS?

49

Para Refletir...

50

A Indiferença

Primeiro levaram os comunistas,

Mas eu não me importei

Porque não era nada comigo.

Em seguida levaram alguns operários,

Mas a mim não me afetou

Porque não sou operário.

Depois prenderam os sindicalistas,

Mas não me incomodei

Porque nunca fui sindicalista.

Logo a seguir chegou a vez

de alguns padres, mas como não sou religioso,

também não liguei.

Agora levaram-me a mim

E quando percebi,

Já era tarde

Bertolt Brecht

Recommended