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Quatro Rodas Especial Moto Ed 628 Melhor Compra 2012
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ediç
ão
62
8
Esportivas dE bolsoduElo das 250: NiNja, RoadwiN e Comet Gt-R
E mais: H-d strEEt glidE 1700
suzuki boulEvard
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técnicas dE pilotagEm
CoNfoRto de pRimeiRa em veloCidade de CRuzeiRo
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mElHorcompra2012
66 motos Em 26 catEgoriasNossa seleção para você acelerar a decisão
www.qrmoto.com.br
edição 628
MT_37_CAPA.indd 78 14/03/2012 8:50:36 PM
ABRIL QUATRO RODAS 19
Para ajudá-lo na hora de dizer o “sim” para a moto pre-
tendida, apontamos 26 modelos, um por segmento de
mercado, que se revelam como as melhores opções.
Além dos dados objetivos como preço (da tabela Fipe/USP),
desvalorização após um ano de uso, valor de seguro e fran-
quia, número de revendas pelo Brasil e custo de um pacote de
peças, consideramos os testes que realizamos e as impressões
manifestadas pelos avaliadores sobre cada modelo.
Os valores de seguro foram calculados pela corretora Sim-
plis (www.simplisweb.com.br) para um homem casado, de 30
anos, com um filho, emprego estável e garagem em casa e no
trabalho. Mesmo que o perfil não corresponda ao seu, serve
como comparação – o valor do seguro varia muito em função
do perfil do segurado. E, finalmente, você também precisa
saber que, mesmo tentando a maior objetividade possível, há
sempre algo subjetivo, de gosto pessoal, em nossas escolhas.
Na ponta do lápis, a moto de cada categoria que mais vale a compra | POR Eduardo Viotti
mAnUAl DO pROpRieTáRiO
redeO número de revendedoras autorizadas da marca em todo o território nacional
desvalorizaçãoPercentual da diferença entre o preço da moto zero-quilômetro e o da versão 2011
eleiçãoA hierarquia das indicações é resultado de votação entre os jornalistas e pilotos da redação
preçoOs preços utilizados são os da Fipe/USP, de janeiro de 2012
seguroPrêmio do seguro alto indica que é maior a chance de ser alvo de malfeitores
peçasPreço do pacote padrão contendo manete do freio, pastilha do freio dianteiro, filtro de óleo e elemento do filtro de ar
(1) PReço de fáBRIcA, Não coNstA dA PesquIsA fIPe (2) RefeRêNcIA PARA ANo/modeLo 2011/2011 (3) PAstILhAs de fReIo veNdIdAs em kIts (4) modeLo Não utILIzA eLemeNto de fILtRo de óLeo suBstItuíveL
MT_37_Abre simples_OK.indd 19 3/15/12 5:17:05 PM
HONDA LEAD 110
20 QUATRO RODAS ABRIL
O já naturalmente crescente segmento
dos pequenos scooters urbanos ganhou
competitividade, pela praticidade e
mobilidade dessas maquininhas, e o
consumidor se beneficiou amplamente
com a adoção da injeção eletrônica
também pela Suzuki Burgman 125.
Apesar disso, a motoneta da Honda
continua na frente, refletindo o com-
portamento do mercado.
Embora tenha as peças mais caras
dentre os competidores, a Honda
Lead oferece o maior espaço sob o
banco, bem mais generoso que o dos
rivais, e tem nível tecnológico supe-
rior: mesmo a injeção de combustível
que o modelo usa é melhor que a
adotada pela concorrência. A maior
rede de revendas e a menor desvalo-
rização após um ano de uso definiram
sua indicação como Melhor Compra.
Tem rodas aro 12 polegadas e pneus
estreitos e já está merecendo uma remo-
delação estética para assegurar a lide-
rança do segmento no ano que vem.
MOTOgRAfiA
Rede autorizada 1 177
Peças R$ 152,25 (4)
Desvalorização (%) 11,77
Seguro R$ 2 682,96
Franquia R$ 920,00
MELHOR COMPRA | scooter Até 150 cc
A Burgman 125 foi a dona
do mercado de scooters no
Brasil. No ano passado,
apresentou-se renovada,
sem para-lama dianteiro e
com a desejada injeção ele-
trônica de combustível.
Com seus pneus de aros
de 10 polegadas, é presença
constante nas ruas das gran-
des cidades. A versão atual
tem bom espaço para baga-
gens e pequenos porta-obje-
Rede autorizada 300
Peças R$ 94,14
Desvalorização (%) 14,51
Seguro R$ 2405,52
Franquia R$ 903,00
Motografia
O scooter de origem chinesa
da Kasinski tem a maior cilin-
drada e os menores valores
para o pacote de peças (qua-
se um terço do custo da Hon-
da), preço de compra, seguro
e franquia. Em compensação,
é o que mais desvaloriza após
um ano de uso e o que ofere-
ce a menor lista de revendas.
Também pesou contra sua
eleição o fato de seguir utili-
zando o velho carburador.
Rede autorizada 200
Peças R$ 53,00
Desvalorização (%) 20,91
Seguro R$ 2 078,54
Franquia R$ 892,00
Motografia
2ºsuzuki BurgmAN i5972 reais 3ºkAsiNski primA 150
5900 reais
6082 reais
1º
tos, o que conta pontos a
favor, além de pedaleiras
metálicas exclusivas para o
garupa (independentes da
plataforma), o que aumenta
seu conforto e sua segurança.
Com maior porte e visual
caprichado em dois tons, a
Prima tem rodas aro 13, bocal
de abastecimento no escudo
e painel bem completo, o úni-
co a incluir conta-giros.
MT_37_150CC scooter street.indd 20 3/15/12 1:09:13 PM
48 QUATRO RODAS ABRIL
COMPARATIVO | KawasaKi NiNja 250R x DafRa Daelim RoaDwiN 250 x KasiNsKi Comet Gt 250R
MT_37_COMPARA_ESPORTIVA 250.indd 48 3/15/12 12:09:03 PM
ABRIL QUATRO RODAS 49
Japonesa Kawasaki vence as coreanas
Dafra e Kasinski
DiSpUTA De TeRRiTóRiO
À espera da CBR 250R, que deve chegar em abril, as pequenas carenadas se enfrentam
POR ISMAEL BAUBETA | FOTOS ChRISTIAn CASTAnho
MT_37_COMPARA_ESPORTIVA 250.indd 49 3/15/12 12:09:14 PM
A Kawasaki Concours 14 prova que uma moto touring pode viajar bem rápidopor Edu ZAmpiEri | fotos ChristiAn CAstAnho
MAIS CRUZEIRO
tEStE | KawasaKi ConCours 14
MT_37_CONCOURS 14.indd 54 3/15/12 1:28:30 PM
Posição confortável e potência de sobra para longas viagens
MT_37_CONCOURS 14.indd 55 3/15/12 1:28:40 PM
teste | Harley-DaviDson FlHX Touring sTreeT gliDe 103
MT_37_HD STREET GLIDE_1 2.indd 60 3/15/12 12:30:00 PM
Carenagem “asa de morcego”: cara típica de Harley A Street Glide inclina 29 graus para a esquerda (32 para a direita): é para pilotagem calma
A Street Glide decola da cidade para flanar nas longas estradas | por EduArdo Viotti | fotoS MArco dE BAri
Plano de voo
ABriL QUaTRo RodaS 61
Os americanos têm boas expres-
sões para definir certas coisas.
A língua inglesa os favorece,
com sua estrutura sucinta e objetiva.
“Open road”, por exemplo, é a sedu-
tora ideia de viagens longas por estra-
das seguras, aquelas que quase sempre
envolvem algum tipo de introspecção,
mergulho interior. Na Street Glide, a
experiência pessoal pode ser comple-
tada com a trilha sonora que você jul-
gar mais inspiradora. Escolha a músi-
ca, conecte seu MP3 (também CD ou
rádio FM) e acelere – ela tem um belo
sistema de som Harman Kardon, com
dois alto-falantes e 20 watts por canal,
40 no total. Você ouve som ambiente
– não estamos falando de fones de
ouvido, proibidos por lei – com defini-
ção perfeita. Sim, a rua também ouve.
Esse é o reino da Street Glide, quase
uma contradição com seu nome, que
faz referência às ruas. Em uma tradu-
ção meio esdrúxula, Street Glide pode-
ria ser o “planador das ruas”, já que o
verbo to glide é planar, deslizar, flanar
por aí. Segundo a Harley, é o modelo
da marca mais vendido no mundo. Não
no Brasil, em que a Sportster 883 ven-
de mais, seguida – e às vezes superada
– pela charmosa Softail Fat Boy.
A FLHX pertence à família das bag-
gers Touring, as motos construídas
sobre o maior chassi da lendária marca
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66 QUATRO RODAS ABRIL
TécnicA | Estilos dE pilotagEm
Acelerar no início da curva era inimaginável nos anos 70, 80 e 90 | por Edu ZAmpIERI
A cURvA eSTá mAiS ReTA
Depois que as imagens de Casey Stoner, Valentino Rossi e Ben Spies atravessando numa curva
no circuito de Sepang, Malásia, caíram na rede, a manobra virou assunto dos maníacos por velocidade. Eles vinham derrapando de lado na tomada de cur-va, como um carro de rali. Tanto a Hon-da RC 213V de Stoner como a Ducati GP012 de Rossi e a Yamaha M1 de Spies estavam deixando marcas de pneu no asfalto e nitidamente cortando cami-nho diante do que seria o traçado “nor-mal” daquela curva. Como instrutor de cursos de pilotagem há mais de dez anos, e ainda competindo em diferentes categorias de motovelocidade e super-
motard, fica mais fácil entender o que estavam fazendo. Mas não é fácil expli-car: acelerar no início da curva contra-ria os princípios da física e também os dos pilotos de 30, 40 anos atrás.
Tecnicamente, Stoner, Rossi e Spies estavam direcionando antecipadamente o vetor do movimento de maneira a ganhar tempo no cronômetro. Ahn? Vetor? Como assim? Imagine uma seta, que naquelas aulas de física do colégio (nas quais você ficava sonhando com motos e garotas) o professor chamava de vetor. Agora imagine que a moto é essa seta, que o piloto vem montado nela a 300 km/h na reta e tem de fazer uma curva o mais veloz possível para
ganhar tempo. Ainda não foi criada uma maneira de entortar o tal vetor de movi-mento e seu professor de física ficaria de cabelo em pé se você fizesse uma seta torta, mas os pilotos de motovelocidade atuais conseguiram pelo menos anteci-pá-lo e apontar a frente da moto para onde irão logo em seguida, compondo um movimento complexo.
É uma situação normal em provas de rali de carro no gelo e corridas de dirt track em circuitos ovais, mas nesses dois casos o piso é escorregadio e facilita a manobra. Impossível pensar em fazer isso no asfalto seco com aderentes pneus slick. Porém, com mais de 250 cv, menos de 160 kg e braço de campeão mundial,
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ABRIL QUATRO RODAS 67
é possível “dar motor”, entregar potên-
cia, escorregar de traseira e apontar a
frente da moto – mesmo no asfalto seco.
Não é uma escorregada de frenagem
e sim de aceleração. Considerando a
principal lei para ganhar tempo na pista
– que é frear o mais tarde e retomar o
acelerador o mais cedo possível –, com
esse drift é possível acelerar cada vez
mais adiantado na saída de curvas. Sto-
ner e Rossi aceleram antes, logo na
entrada da curva. Certamente também
estão ganhando tempo no cronômetro.
Como se faz isso? Depende de vários
fatores, como potência, pneus, geome-
tria de chassi e, principalmente, posi-
ção e técnica de pilotagem.
O italiano Giacomo Agostini, 15
vezes campeão mundial, competiu de
1964 a 1977 e venceu 122 GPs. O ame-
ricano Kenny Roberts foi três vezes
campeão mundial, em 1978, 1979 e
1980, e o australiano Michael “Mick”
Doohan levou cinco títulos mundiais, de
1994 a 1998. Nenhum deles jamais ace-
lerou no início da curva. Naqueles tem-
pos, já era difícil acelerar na saída das
curvas e certamente seria algo inimagi-
nável fazê-lo na tomada.
Ao avaliar os estilos de pilotagem na
motovelocidade, de Agostini até Casey
Stoner e Valentino Rossi, nota-se uma
enorme diferença de posicionamento
dos pilotos. Não é que os geniais Agosti-
ni, Roberts ou Doohan não tivessem o
talento dos pilotos atuais. Nada disso.
Mas é preciso levar em conta a evolução
dos componentes ciclísticos e dos moto-
res. As motos de Agostini e Roberts utili-
zavam quadros tubulares de aço, os tan-
ques de combustível eram enormes e
jogavam o piloto em cima da roda trasei-
ra, deslocando muito peso nessa parte da
moto. Além disso, a potência era menor
que o peso. Os pneus de Agostini nem
radiais eram. Com o desenvolvimento de
pneus radiais com compostos de borra-
chas superaderentes, Roberts foi o pre-
cursor em tocar os joelhos no chão e tam-
bém um dos primeiros pilotos a colocar
tacos (de madeira) fixados ao macacão.
Ben Spies em Sepang, de lado: os riscos no
asfalto denunciam drift
1973: TT IlhA De MAnGiacomo Agostini nem pneus radiais tinha. Repare no banco em cima da roda traseira e como ele está longe da roda dianteira.
1977: ASSenKenny Roberts (pai) foi o precursor em encostar o joelho nas curvas. Era tanta inclinação que o contato com o asfalto tornou-se inevitável.
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