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COMPARATIVO SUZUKI M800R x YAMAHA XVS 950A HONDA VFR 1200X CROSSTOURER COM CÂMBIO ELETRÔNICO E MOTOR V4, ELA VAI LONGE MAXISCOOTERS TAMANHO É DOCUMENTO – E CONFORTO VELOZES E ADORÁVEIS AS MULHERES ACELERAM NAS PISTAS E NAS RUAS JEITÃO DE MAIOR, PREÇO DE MENOR: ELA QUER É BRIGAR NA ENTRADA TESTE DAFRA SYM NEXT 250 BMW S 1000 RR HONDA CBR 1000RR KAWASAKI ZX-10R MV AGUSTA F4 SUZUKI GSX-R 1000 YAMAHA YZF R1 COMPARAMOS 6 x 1000 = SUPERTESTE! WWW. QRMOTO. COM. BR EDIÇÃO 629

Especial Moto Ed 629

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Quatro Rodas Especial Moto ed 629

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COMPARATIVO SuzukI M800R x YAMAhA XVS 950A

hONDA VFR 1200X CROSSTOuRERCom Câmbio eletrôniCo e motor V4, ela Vai longe

MAXISCOOTERStamanho é doCumento – e Conforto

VElOzES E ADORáVEIS

as mulheres aCeleram

nas pistas e nas ruas

Jeitão de maior, preço de menor: ela quer é brigar na entrada

TESTE DAFRA SYM NEXT 250

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ediÇÃo

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24 QUATRO RODAS MAIO

COMPARATIVO | S 1000 RR x CBR 1000 RR x NiNja ZX-10R x MV aguSta F4 x gSX-R 1000 x YZF R1

nA PISTA, A MIlColocamos à prova todas as superbikes do mercado, a melhor equação peso-potência ao seu alcance | POR Edu ZAMpIErI | FOTOS ChrIstIAn CAstAnhO

V erdadeiras máquinas de corrida,

elas oferecem o máximo em

desempenho para ruas e estradas

– mas muitas das superesportivas de

1000 cc vão mesmo para a pista. Até

por isso são chamadas de superbikes, o

nome da categoria que não para de cres-

cer no Brasil e no mundo inteiro, com

um renhido campeonato Mundial dis-

putado por equipes oficiais de fábrica.

Reunimos no campo de provas da

Pirelli, em Sumaré, interior de São Pau-

lo, as superbikes BMW S 1000 RR, Hon-

da CBR 1000 RR Fireblade, Kawasaki

Ninja ZX-10R, MV Agusta F4, Suzuki

GSX-R 1000 e Yamaha YZF R1.

As motos são as mesmas que você

pode comprar em qualquer concessio-

nária, com acerto standard nas suspen-

sões e pneus originais. Todas foram

abastecidas no mesmo posto, com gaso-

lina comum – e olha que a nossa é bem

diferente da utilizada em testes feitos no

exterior. Calibramos os pneus conforme

o manual de cada modelo e fomos

extrair números de acelerações, retoma-

das e o melhor tempo que cada uma é

capaz de fazer depois de cinco voltas,

com o mesmo piloto – eu mesmo, que

tenho 1,88 metro e 88 kg.

nA lOJACom o peso da marca líder de mercado

e muito mais pontos de venda no Brasil,

a Honda CBR 1000 RR (58850 reais

com ABS, preços Fipe) vende mais que

as rivais em números absolutos. A Fire-

blade lidera o ranking, mas vem perden-

do espaço. Segundo dados da Fenabra-

ve, em 2011 foram emplacadas 1413

unidades de CBR 1000 RR, 631 BMW S

1000 RR e 622 Suzuki GSX-R 1000.

Outro caso de sucesso é o da Kawa-

saki Ninja ZX-10R (61817 reais com

ABS), na versão que chegou por aqui no

primeiro semestre de 2011. Nas pistas, é

o modelo mais visto nos boxes – afinal, é

uma moto potente e atualizada e sai por

quase 10000 reais a menos que a BMW

S 1000 RR (68523 reais).

A Suzuki GSX-R 1000 (58860 reais)

foi por anos a superesportiva de 1 litro

mais vendida no país, até mais que a da

Honda. Hoje a coisa é outra: ela não é

mais a superesportiva mais potente nem

conta com ABS e controle de tração,

equipamentos que as outras oferecem.

A Yamaha R1 (56914 reais) surge como

a menos licenciada da classe.

Em esportividade e competição, as

atuais referências da categoria são a

BMW S 1000 RR e a Kawasaki ZX-10R.

A MV Agusta F4, que começou a ser

vendida em janeiro por 67692 reais,

tem qualidades bem evidentes, como

veremos, e há fila de espera por ela.

Acima de qualquer comprovação

numérica, nessa categoria o design e a

dirigibilidade são muito importantes.

Como já foi dito na propaganda de uma

marca de pneus, “potência não é nada

sem controle”.

CURTO CIRCUITO

A pista do Campo de Provas da Pirelli utilizada neste teste é curta – são 2000 metros no total – e de traçado simples. O poder de aceleração e frenagem das motos conta ali mais que a dirigibilidade em curvas. Até porque são só três curvas: uma de baixa, à esquerda, feita em primeira marcha; uma de raio longo, em terceira, também para a esquerda; e uma para a direita. É possível inverter o sentido. A reta tem 800 metros e nela quase não se chega a engatar a quinta marcha. Há também uma ponte em desnível, em que as suspensões e o sistema antiempinada da BMW S 1000 RR são de grande valia. Os tempos de volta foram obtidos a 550 metros do nível do mar, com sol e pista seca, a 34 °C e com piloto de 88 kg.

Modelo veloc. máx. veloc. média tempoBMW s 1000 rr 248,5 km/h 88 km/h 49,4 s

KAWAsAKI ZX-10r 248,0 km/h 90 km/h 49,5 s

hOndA CBr 1000 rr 236,7 km/h 85 km/h 51,7 s

MV AGustA F4 250,0 km/h 95 km/h 49,8 s

suZuKI GsX-r 1000 240,0 km/h 88 km/h 50,7 s

YAMAhA YZF r1 238,0 km/h 86 km/h 50,0 s

OBs.: As motos estavam equipadas com pneus originais, como saem da concessionária.

pneus dOt de rua, calibrados de acordo com o manual do proprietário.

A pista utilizada valoriza o poder de aceleração e frenagem das motos

3º marcha

Ponte

1º marcha 800 mts

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MAIO QUATRO RODAS 25

MV Agusta F4 e BMW S 1000 RR: europeias bravas

Suzuki GSX-R 1000 e Honda CBR 1000RR

Kawasaki ZX-10R e Yamaha R1: duelo nipônico

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40 QUATRO RODAS MAIO

COMPARATIVO | Suzuki M800R BoulevaRd x YaMaha XvS 950a Midnight StaR

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MAIO QUATRO RODAS 41

A M800R investe no visual agressivo; a XVS é mais clássica

RiScAnDO

O ASfAlTOAs duas arrancam faíscas

do chão e olhares do público,mas a pegada delas é zen

POR EduArdO VIOttI | FOTOS ChrIstIAn CAstAnhO

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Com jeito de grande e bom preço, a Next 250 é nova opção de entradapor ISMAEL BAUBETA | fotos ChrISTIAN CASTANho

p assopróximo

46 QUaTro roDas MAIo

TesTe | DAFRA SYM NEXT 250

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Elegante e com design moderno, a Sym tem leds atrás

MAIO QUATRO RODAS 47

As coisas nem esfriaram na Dafra,

depois do lançamento da corea-

na Daelim Roadwin 250R, e a

próxima – ou melhor, a Next 250 – já

está nas lojas. O segmento de entrada

no mundo das motos está mudando: as

motos de até 150 cc já não atendem aos

anseios de status e diferenciação, torna-

ram-se sinônimo de veículos utilitários,

de trabalho. A tarefa de conduzir o

motociclista iniciante a passeio, durante

o lazer ou nos deslocamentos pessoais,

está sendo transferida para as 250 cc.

Como é de praxe na Dafra, uma

empresa com raízes na distribuição de

veículos, a solução tentada é a aborda-

gem do mercado através da busca de

uma parceira, a Sym, chinesa de Taiwan,

com quem a marca já alcançou um

sucesso, o scooter Citycom 300. Apenas

neste primeiro trimestre de 2012, a

empresa já lançou duas motos de 250

cc, quase uma admissão de que é nele

que vê perspectivas de crescimento.

A Sym Next vem com a pegada do

preço, o mais baixo do segmento, aliado

a um design moderno e agradável, “ins-

pirado” nas motos de maior cilindrada,

como a Honda CB 1000R e suas asas

aerodinâmicas laterais em forma de Z.

A Dafra está pedindo 10190 reais

pela Next. Compare: a coreana Kasinski

Comet GT 250 (motor V2) tem preço

regular de 10990 reais, mas estava em

promoção em abril por 9990 reais; a

Yamaha Fazer 250 sai por 11279 reais,

e a Honda CB 300R, 11690 reais. Veja

como são as coisas: a mais cara lidera...

Tecnicamente, a Next 250 não incor-

pora, a bem da verdade, grandes novi-

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52 QUATRO RODAS MAIO

IMPRESSÕES | HONDA CROSSTOURER VFR 1200X

Estabilidade

irretocável e farol

com identidade

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MAIO QUATRO RODAS 53

MAxiTRAil MUlTiUSOComo anda a próxima superaventureira da Honda a chegar ao Brasilpor PAULO RIBEIRO, de Tarragona (Espanha) | fotos FRANCESC MONTERO, ULA SERRA E ZEP GORI

A Honda está de regresso às maxi-

trail. Com filosofia e personali-

dade muito próprias, a Crosstou-

rer VFR 1200X tem trunfos para trazer

a liderança de mais esse segmento de

mercado à marca. O preço é um deles.

A Crosstourer custa, na Europa,

14000 euros, o que dá cerca de 34000

reais ao câmbio comercial da moeda.

Para efeito de comparação, a Ducati

Multistrada custa por lá (ambos preços

de Portugal) cerca de 16000 euros, com

ABS. Essa mesma italiana custa 62000

reais no Brasil. A KTM 990 Adventure

ABS custa cerca de 57000 reais por

aqui, e a Yamaha Super Ténéré 1200,

61000 reais. Noves fora, o preço da

VFR X com ABS deve ficar em torno de

Com malas e top case rígidos, um convite às viagens

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62 QUATRO RODAS MAIO

COMPORTAMENTO | MULHERES MOTOCICLISTAS

As mulheres sobre duas rodas ganham espaço e respeito, nas ruas e nas pistas | por GAbrIel berArdI

Opelotão feminino avança e con-

quista cada vez mais território.

Se antes eram figuras raras sobre

duas rodas no trânsito dos grandes cen-

tros urbanos, hoje é comum encontrar-

se com elas nos cruzamentos. Atual-

mente, de cada quatro motos vendidas,

uma é levada por mãos femininas. Em

2010, foram expedidas no país mais de

1,5 milhão de habilitações femininas

para pilotar motocicletas, número pró-

ximo do 1,milhão de motos vendidas.

Mesmo considerando que hoje, além

do prazer de pilotar, questões econômi-

cas e a agilidade no trânsito são as prin-

cipais razões que levam as mulheres a

adquirir sua primeira moto, o gosto

pelas duas rodas quase sempre é herda-

do do pai, de um irmão mais velho ou

de algum parente próximo.

Bruna Carniel é um exemplo clássi-

co dessa “herança genética” que as leva

às duas rodas. A paixão dessa paulista-

na de 27 anos começou na infância,

quando o tio a colocava em cima da

moto para fazer pose. Bruna trabalha

no departamento de recursos humanos

de uma fábrica de automóveis e usa sua

MENiNAS DE OURO

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Page 11: Especial Moto Ed 629

MAIO QUATRO RODAS 63

SAbRinA kATAnA Tricampeã do Enduro da Independência: “Como não temos a mesma força física dos homens, pensamos mais antes de sair acelerando. Algumas provas de enduro chegam a ter quatro dias de competição e, por isso, preservar o físico é importante”

moto para os compromissos cotidia-

nos, mas confessa que sonha acelerar

para valer também nas pistas.

Engana-se quem acha que o sonho

de Bruna é excentricidade. Com 29

anos, Sabrina Katana acumula títulos

no enduro, entre eles o tricampeonato

do Enduro da Independência, conquis-

tado em 2011. “Nasci e cresci ao lado

das motos. Sou simplesmente apaixo-

nada por elas.”, diz a mineira.

Stefany Serrão tem só 16 anos, mas

currículo de gente grande: tem títulos

de peso como campeã do Arena Cross,

do Paulista de Motocross, do Paulista

de Enduro e vice-campeã brasileira de

Minicross. Stefany herdou do pai, Den-

ner Serrão, dono de loja motociclística

em São Paulo, a paixão pelo esporte.

“Moto com certeza é a minha vida,

amo mais que tudo”, diz a bela jovem,

que vira fera ao afivelar o capacete.

Quem gosta de supermoto segura-

mente já ouviu falar de Sabrina Paiuta,

uma “menina” que acelera como pou-

cos e que, com apenas 17 anos, já é

campeã paulista (da categoria S3) e

vice-campeã brasileira (S2), deixando

muito marmanjo para trás. Neste ano,

com o apoio oficial da Kawasaki, Sabri-

na vai brigar por vitórias na categoria

principal da modalidade, a S1. “Quan-

do estou em cima da minha moto, sin-

to-me como se estivesse no melhor

lugar do universo. Consigo me esque-

cer do mundo e me divertir”, diz ela.

Asfalto, terra, pouco importa. As

mulheres estão em todas. Verônica

Loureiro era figurinha carimbada nas

trilhas da região de Campos do Jordão

com sua Yamaha DT 180 no início da

década de 1980. Ela foi uma das pri-

meiras mulheres a competir no motoci-

clismo nacional, participando das pri-

meiras provas em 1984, quando tinha

24 anos. Na época, mulheres eram pra-

ticamente inexistentes nas competi-

ções e não foi fácil para Verônica conse-

guir seu espaço. Certa vez, em uma

classificatória que reunia 40 pilotos,

ela havia ficado entre os primeiros 20

classificados para o grid de largada.

“Entrava um por vez para escolher o

lugar no gate. Escolhi o meu e, de

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