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Revista de Domingo nº 629

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Revista semanal do Jornal de Fato

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Jornal de Fato | DOMINGO, 10 de novembro de 2013

ao leitor

• Edição – C&S Assessoria de Comunicação• Editor-geral – Wil liam Rob son• Editor – Nara Andrade• Dia gra ma ção – Ramon Ribeiro• Projeto Gráfico – Augusto Paiva• Im pres são – Grá fi ca De Fa to• Re vi são – Gilcileno Amorim e Stella Sâmia• Fotos – Carlos Costa, Marcos Garcia, Cezar Alves e Gildo Bento• In fo grá fi cos – Neto Silva

Re da ção, pu bli ci da de e cor res pon dên cia

Av. Rio Bran co, 2203 – Mos so ró (RN)Fo nes: (0xx84) 3323-8900/8909Si te: www.de fa to.com/do min goE-mail: re da cao@de fa to.com

Do MiN go é uma pu bli ca ção se ma nal do Jor nal de Fa to. Não po de ser ven di da se pa ra da men te.

Depois do Outubro Rosa, chegou a vez do Novem-bro Azul, quando todas as atenções são voltadas para a saúde do homem, com foco principal para

o diagnóstico precoce do câncer de próstata. DOMINGO traz as ações da campanha de conscientiza-

ção sobre a necessidade da realização dos exames preven-tivos, e conversou com especialistas que falam sobre a do-ença, os fatores de risco, o diagnóstico e o tratamento.

Neste ano, a campanha tem como tema “Um toque, um drible” e consiste em ações realizadas ao longo de todo o mês de novembro.

Nesta edição, DOMINGO traz também um material sobre a chegada antecipada do período natalino. Lojas e shoppin-gs já entraram no clima, e o bom velhinho já pode ser en-contrado em Mossoró.

Mas, quem é o homem que está por trás da barba bran-ca? Conheça a história de um aposentado que há 13 anos encarna um dos personagens mais queridos das crianças e de muitos adultos: Papai Noel. Saiba o que ele faz durante os demais meses do ano e como ele trabalha enquanto a maior parte das pessoas está comemorando a data junto com suas famílias.

O ano letivo de 2013 está chegando ao fim e, com isso, se aproxima a temporada de matrícula nas escolas. Você já decidiu em que escola vai matricular o seu filho? É impor-tante ficar atento a alguns detalhes antes de decidir qual o melhor colégio. Confira dicas que devem ser observadas na hora da escolha.

No último dia 4, fez dez anos da morte da escritora Rachel de Queiroz, que completaria 103 anos de idade no dia 17 de novembro. O jornalista José de Paiva Rebouças entre-vistou a professora-doutora Cleudene Aragão, autora da pesquisa intitulada “Xosé Neira Vilas e Rachel de Queiroz, fabuladores artífices”. Ela fala do contato com a escritora e da sua obra.

Boa leitura, Nara Andrade

editorial

Novembro Azul

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Por traz da barba

Relatos do Detox

Campanha de combate ao câncer de próstata ressalta a importância dos exames preventivos

Rafael Demetrius: 10 dicas de como conseguirum emprego temporário

Adoro comer

Novembro Azul

Sua carreira

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Quem é o Papai Noel? Conheça a história do homem que encarna o personagem há 13 anos

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JOSÉ NICODEMOS*

conto

)( Envie sugestões e críticas para oe-mail: [email protected]

Temperamento alegre, Suzano era, digamos assim, o diver-timento da oficina de ferreiro

onde trabalhava. Trabalho duro, de sol a sol. O salário não era para que se di-ga digno. Aí, todos reclamavam, aqui-lo era uma exploração do suor do pobre, enquanto a empresa pagava salário digno ao pessoal marítimo. Era a maior empresa de navegação da cidade.

Suzano era o único da oficina que não se maldizia do salário. Certo que sentia a injustiça salarial da empresa em relação ao povo da oficina, que se matava de trabalhar, mas, de feitio ale-gre, também levava tudo na esportiva. Fazia até piadas sobre o crédito, dele e dos companheiros, no comércio local: era mais estreito do que o sexo de uma virgem – dizia, numa gargalhada de todos os dentes.

Assim, Suzano divertia a oficina da revolta geral com os ordenados. Se acontecia de afastar-se do trabalho, algum acidente ou motivo de doença, que ferreiro não é de ferro, a oficina ficava toda um clima de tristeza. Na verdade ninguém trabalha satisfeito mal-remunerado. De maneira que a volta de Suzano ao batente era como se a oficina se humanizasse pelo riso.

Deu-se que, num sábado, expedien-te até o meio-dia, Suzano chegou à oficina muito diferente do que era, o semblante visivelmente ensombrado

A premonição

de uma tristeza. .Às perguntas dos com-panheiros de trabalho, que nunca o tinham visto assim – estava sentindo uma coisa ruim dentro do peito, não sabia dizer. Aconselhado a ir ao médico – Não, não era coisa para médico, era uma coisa assim como um aviso, uma desgraça por acontecer na família.

Gostava de dançar, não perdia as “valsas” de sábado e domingo na casa de um sujeito que, ciumento, de repen-te botara na cabeça que Suzano andava de chamego com a mulher dele, isto

porque ela dizia achá-lo, a Suzano, um homem muito bonito, e que admirava homens assim de natural divertidos. Pelas três horas da tarde, arrumou-se e foi para as “valsas”.

E quando foi la para as tantas, acon-teceu, mesmo, a desgraça avisada pela premonição de Suzano... Quando me-nos se esperava, o dito sujeito, morto de ciúme, chamando Suzano para a co-zinha, tinha uma coisa a dizer-lhe, matou-o, covardemente, com dois tiros no peito.

Na verdade ninguém trabalha satisfeito mal-remunerado. De maneira que a volta de Suzano ao batente era como se a oficina se humanizasse pelo riso

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entrevista

CLAUDENEARAGÃO

CLAUDENEARAGÃO

Por José DE PAIvA REbouç[email protected]

“O legado de Rachel de Queiroz é universal e não apenas para as

escritoras”

Formada em Letras (Português e Es-panhol) pela Universidade Estadu-al do Ceará (UECE), a cearense Cleu-

dene Aragão, natural de Fortaleza, con-cluiu o Mestrado em Letras da UFC, com uma dissertação em Literatura Compa-rada, publicada na Espanha no ano 2000, com o título “Xosé Neira Vilas e Rachel de Queiroz, fabuladores artífices”. Cleu-dene fez o doutorado em Barcelona, sobre a Literatura na Formação de Leitores e Futuros Professores de Espanhol. Atual-mente, é professora de Língua e Litera-tura Espanholas do Curso de Letras e do Programa de Pós-graduação em Linguís-tica Aplicada da Uece. Publicou com ou-tras escritoras a coletânea de contos Quantas de Nós, ganhadora do prêmio Moreira Campos da Secult em 2010. Tam-

bém ganhou o Prêmio Osmundo Pontes de Ensaio em 2011, com o livro Rachel de Queiroz e Xosé Neira Vilas: Vidas Fei-tas de Terras e Palavras, lançado em 2012. Ela conta que há mais de dez anos quis estabelecer uma comparação entre a li-teratura do Brasil e a da Espanha e buscou um escritor brasileiro que fosse voz da sua terra e do seu povo. Cleudene Aragão disse que escolheu Rachel de Queiroz por motivos claramente subjetivos: mulher, brasileira, nordestina, cearense, sertane-ja e universal. “Tive o prazer de conhecê-la e guardo no baú das minhas recorda-ções mais caras a sensação de ter tocado um mito, de haver chegado pertinho de alguém que parecia inalcançável”. No último dia 4, completou dez anos da mor-te de Rachel de Queiroz.

DOMINGO – Há 10 anos, o Brasil perdia Rachel de Queiroz. Quais são as principais marcas deixadas por ela?

CLEUDENE ARAGÃO – Talento, autonomia, inovação e realismo na linguagem e personagens marcantes, revolucionárias.

VOCÊ entrevistou Rachel de Quei-roz algumas vezes, memórias que es-tão em seu livro “Rachel de Queiroz e Xosé Neira Vilas – Vidas feitas de terras e palavras”. Como aconteceram esses encontros e o que mais lhe sur-preendeu?

TIVE a honra de estar com Rachel em três ocasiões. A primeira, atra-vés de um contato feito pela escritora Lourdinha Leite Barbosa, foi no apar-tamento da Rachel na Praia do Futuro, em Fortaleza, no dia 21 de novembro de 1997, quando ela me concedeu a entrevista principal que norteia meu trabalho. O segundo encontro, alguns meses depois, foi novamente em For-taleza, quando eu aprimorei algumas perguntas. E a última foi em 1998, na III Feira do Livro de Fortaleza (hoje Bienal do Livro), quando Rachel foi ho-menageada como patronesse. O que mais me surpreendeu foi sua tremen-da simplicidade e generosidade. Seu talento eu já conhecia pelas obras, mas me deparei com uma mulher extrema-mente inteligente, mas simples, muito disponível.

NESTE livro, você a chama de “ser-taneja cearense”, ao passo que a críti-ca a rotula como sendo do “grupo nor-destino da geração 30”. O quanto isso diz de Rachel de Queiroz e sua obra?

RACHEL se reconhecia como serta-neja, visceralmente vinculada ao ser-tão, e isso era uma parte fundamental da sua identidade, mas não aceitava que sua obra ficasse “confinada” na geração de 30. Ela preferia a ideia de pertencer a uma mesma geração de escritores que compartilhavam uma certa estética, certas preocupações. Rachel não era somente a regionalista nordestina e cearense, o que se perce-be através de textos em que conta his-tórias de sua terra natal, mas também retratava outras realidades e passeava na ficção por outras terras e outros te-mas que ela também conhecia.

AINDA sobre o livro, você faz uma comparação entre Rachel e o escritor galego Xosé Neira. O que lhe motivou a esse trabalho? Há alguma relação entre o Ceará e a Galícia?

NA VERDADE, o Nordeste (e mais precisamente o Ceará) e a Galícia têm muito em comum: a sua gente é traba-lhadora e hospitaleira; a agricultura e a pesca constituíram por muito tempo as suas principais atividades econômicas; o cancioneiro popular é impressionan-te em ambas as terras, com manifesta-ções muito parecidas, como o repente e a regueifa; existem centros de peregri-nação muito importantes nos dois lu-

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gares; têm também um léxico semelhante; suas literaturas apresentam grandes repre-sentantes em âmbito nacional, além de outros aspectos que ainda poderíamos mencionar. Há vários pontos de aproxima-ção entre os dois autores: des-de cedo tecem seus primeiros rabiscos, entre os quais alguns poemas; têm formação prati-camente autodidata, mas são ávidos e exigentes leitores; começam a exercitar o instru-mento da palavra no meio jor-nalístico e permanecem nele a vida inteira; são versáteis em relação aos gêneros que utili-zam; estreiam na ficção com obras que são monumentos imorredouros de suas respec-tivas literaturas e que espe-lham as dificuldades de sua gente; permanecem ambos “impregnados” de suas terras ao longo de suas vidas e suas obras, mesmo quando espa-cialmente afastados; e, além de muitos outros aspectos que têm em comum, assemelham-se porque, sendo testemunhas de seu tempo e de seu povo, são indiscutivel-mente universais.

RACHEL foi a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras e a primeira a ganhar o prêmio Camões. Que influências ela deixou para a literatura de autoria feminina?

O LEGADO de Rachel de Queiroz é universal e não apenas para as escritoras. Sua obra deixa a lição da verdade como premissa da literatura. Não me refiro à verdade como tema, nem aos fatos reais como assunto, mas à verdade da escrita, à verdade de uma ficção não artificial, não pensada para agradar. Rachel é uma grande contadora de histórias, mas as conta com uma voz própria, autêntica, sem performance para as câmeras.

ESTA separação que fiz acima, fa-zendo distinção de gênero, não deve-ria ser algo que lhe agradasse muito. Como Rachel de Queiroz se comporta-va com relação à posição da mulher no mundo?

RACHEL dizia não ter um projeto nem uma tese em suas obras. Afirma-va ser alguém que apenas dava teste-munho de sua época. Não creio que ela tivesse um projeto de escrita de mu-lher e para mulher, assim como não creio que nenhum escritor, apenas por ser mulher, decida isso a priori. É cla-ro que cada um escreve inicialmente a partir da própria perspectiva, mas o grande escritor foge da própria pers-

pectiva para se reinventar, para expe-rimentar novos olhares, novas expe-riências. Não podemos definir Rachel apenas como mulher (o que já seria uma imensidão); ela é também brasilei-ra, acadêmica, mãe, escritora, cidadã, cearense, habitante do mundo cario-ca, jornalista, avó, amiga, fazendeira, intelectual... Por que nos interessaria apenas o que escreve a partir de uma só de suas perspectivas, a de mulher? A mim interessa conhecer todas as “racheis” que tornaram o mundo mais interessante com sua fabulação.

EM SEU primeiro livro, O Quinze (1930), que lhe rendeu o prêmio da Fundação Graça Aranha, ela descrevia uma menina forte, muito à frente de seu tempo, e que já lia alguma litera-tura sobre a emancipação da mulher. Essas coisas contribuíram com a efeti-vação desse direito que se consolida a cada dia no Brasil?

PUBLICADA em 1930, e estreia ofi-cial de Rachel, O Quinze, apesar de não ter sido escrito com essa intenção, é a história de uma impunidade: por cau-sa da seca, todos os habitantes sofriam, principalmente os mais pobres, que ti-nham que migrar para tentar sobrevi-ver e submetiam-se a uma degradação progressiva. Impunidade atualíssima: infelizmente, ainda hoje vidas são des-truídas, em sentido amplo, pela seca e outras condições adversas da vida no campo. Mas, é claro que não podemos esquecer aquela Conceição, uma meni-na que tinha certas ideias, que renun-

cia a um amor por falta de afinidade intelectual, que lia certos livros revolucionários e que decide adotar uma crian-ça sozinha. Uma mulher total-mente à frente de seu tempo, como a própria Rachel.

AS FIGURAS de mulheres fortes e valentes atiçaram sua obra. Outro exemplo foi o livro Memorial de Maria Moura (1992), em que ela continuou efetivando a figu-ra da mulher como protago-nista da vida. O quanto havia dessas mulheres dentro da própria autora?

RACHEL gerou várias mu-lheres fortes: mulheres que convivem com as falhas da sociedade; que permanecem ligadas à própria Terra; que navegam por águas estranhas a outras terras, em busca de si mesmas; que amam, pro-fundamente, homens que lhes escapam entre os dedos; e que finalmente lembram e

têm na palavra sua única arma na batalha contra o tempo. Creio que esse perfil corresponde também ao que poderíamos dizer da mulher e escritora Rachel de Queiroz.

POR parecer dura e se mostrar in-dependente, bem à frente de seu tem-po, houve quem duvidasse de sua op-ção sexual?

EU NÃO tenho informações a esse respeito. Realmente não sei.

QUAL a influência de Rachel de Queiroz na literatura das mulheres cearenses e brasileiras de hoje?

RACHEL foi fruto de um país muito concreto em sua vida; tinha suas pro-fundas raízes eternamente plantadas no chão que a viu nascer; reconhecia-se como resultado de uma tradição que valorizava muito e tratava de pre-servar; pertencia total e irrevogavel-mente a um povo do qual se tornou um emblema; e, finalmente, trazia sua geografia pessoal tatuada no cor-po, e propagava esse amor aos quatro ventos. Creio que esse é um exemplo a seguir. O legado de Rachel para as mulheres cearenses e brasileiras é o da luta por seus projetos. Ela rompeu todas as barreiras sociais, geográfi-cas e literárias e abriu um espaço no qual se consolidou através da riqueza e valor de suas obras, ainda não su-ficientemente estudadas no Brasil. As mulheres brasileiras continuam tendo que lutar muito para vencer em seus projetos.

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entrevista

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Com o tema ‘Um toque, um drible’, campanha faz um alerta aos homens para a importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata; especialistas falam da

doença, dos fatores de risco e das formas de tratamento

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Saúde

Jornal de Fato | DOMINGO, 10 de novembro de 2013

Novembro

azul

Depois do Outubro Rosa, cam-panha de conscientização sobre a importância da pre-

venção e do diagnóstico precoce do cân-cer de mama, chegou a vez do Novembro Azul. Neste mês, todas as atenções es-tão voltadas para a saúde do homem, com foco principal para o diagnóstico precoce do câncer de próstata.

Neste ano, a campanha tem como tema “Um toque, um drible”, e tem co-mo objetivo incentivar os homens a se submeterem a exames preventivos.

Em Mossoró, a campanha foi lança-da no último domingo, dia 3, durante o projeto Viva Rio Branco, pelo vice-pre-feito de Mossoró, Wellington Filho.

Na ocasião, o vice-prefeito ressaltou a importância do exame e da necessi-dade de acabar com o preconceito que ainda existe.

“É importante orientar o cidadão so-bre a importância deste exame e a pre-feitura tem cumprido o seu papel. As unidades básicas contam com equipes que fazem este trabalho educativo, mas o preconceito ainda é grande. Por isso viemos aqui, na ginástica, local que re-úne muita gente para que elas possam nos ajudar, passando adiante esta men-sagem”, disse Wellington Filho.

Entre as ações da campanha em Mos-soró, serão realizadas ações educativas nas 45 Unidades Básicas de Saúde (UBS), e nos sábados 9, 23 e 30, um urologista fará atendimento no Centro Clínico Vingt Rosado, também conheci-do como PAM do Bom Jardim.

A diretora executiva da Atenção Bá-sica do município, Danísia Freitas, afir-ma que diferente do Outubro Rosa, quando os postos de saúde funcionaram

com horário estendido, a Campanha Novembro Azul promoverá visitas de equipes de saúde das UBS, aos canteiros de obras da cidade, para falar sobre a saúde do homem, conscientizar sobre a importância da prevenção.

“Esse é o grande diferencial da Cam-panha e as empresas de construção ci-vil que tiverem interesse de receber a visita em seus canteiros de obra, podem entrar em contato com o Sindicato da Construção Civil (Sinduscon) e solicitar as ações”, explica.

CâNCER DE PRóSTATASegundo câncer mais frequente no

homem, perdendo apenas para o câncer de pele, o câncer de próstata é também o segundo câncer que mais mata, per-dendo apenas para o câncer de pul-mão.

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Saúde

Segundo Hallison Castro, urologis-ta pela Santa Casa de São Paulo e Ti-tular da Sociedade Brasileira de Uro-logia, estimativas revelam que a inci-dência deste câncer vem aumentando a cada ano, daí a importância de se realizar periodicamente o exame da próstata, para que o câncer seja de-tectado numa fase inicial, com gran-des chances de cura.

No último ano, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de próstata atingiu cerca de 60 mil brasileiros e somente na região Nor-deste houve um registro de 11.550 no-vos casos. Nesse período, a doença foi responsável pela causa morte de apro-ximadamente 13 mil homens no país.

O instituto considera câncer de prós-tata uma doença da terceira idade, por-que cerca de três quartos dos casos no mundo surgem a partir dos 65 anos.

“Os principais fatores que aumen-tam a chance de aparecimento de um câncer da próstata são presença de al-gum parente de primeiro grau (pai ou irmão) com câncer de próstata, seden-tarismo, dieta rica em gordura animal e dieta pobre em vitamina E”, explica o urologista.

DIAgNóSTICO E TRATAMENTOO câncer da próstata é um tumor si-

lencioso que cresce lentamente, na grande maioria dos casos não provoca nenhum sintoma. Entretanto, em casos avançados ou com metástase, podem surgir sangramento na urina, dor nos ossos, perda de peso, falta de apetite, dificuldade para urinar.

O oncologista do Hapvida, João Nei-va, afirma que as estatísticas compro-vam que pessoas obesas e negras, que têm casos de câncer de próstata na fa-mília, têm mais riscos de desenvolver a doença.

“Por isso, é necessário prevenir, mantendo hábitos de vida saudáveis, evitando obesidade e tabagismo”, co-menta.

O câncer pode ser descoberto inicial-

mente no exame clínico, um toque retal, exame que enfrenta a resistência de muitos homens, combinado com o re-sultado de um exame de sangue espe-cífico chamado PSA.

“Trata-se de uma doença curável. No entanto, quanto mais cedo o diag-nóstico, maior a chance de cura”, expli-ca Neiva.

Segundo o oncologista, na fase ini-cial, o câncer de próstata não costuma apresentar sintomas. Quando surgem são parecidos com os do crescimento benigno da próstata: dificuldade de uri-nar e necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite. Na fase avan-çada, a doença pode provocar dor nos

ossos, problemas para urinar e, quando mais grave, infecção generalizada ou insuficiência renal.

O tratamento vai depender do está-gio da doença, e pode ser feito com ci-rurgia em que remove-se completa-mente a próstata contendo o tumor, ou através de radioterapia em alguns ca-sos. A quimioterapia só é usada em ca-sos muito avançados com metástase.

“Infelizmente, ainda existe precon-ceito e tabu entre alguns homens em realizar o toque retal. Um exame sim-ples, rápido, indolor, feito no próprio consultório do urologista, que pode diagnosticar um câncer numa fase ini-cial”, lamenta o urologista.

)) vice-prefeito de Mossoró, Wellington Filho, lançou o Novembro Azul durante o projeto viva Rio branco

! O câncer pode ser descoberto inicialmente no exame clínico, um toque retal, exame que enfrenta a resistência de muitos homens, combinado com o resultado de um exame de sangue específico chamado PSA

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8 Jornal de Fato | DOMINGO, 10 de novembro de 2013

Saúde

SEMPRE ALERTAO mecânico aposentado Olímpio

Dantas, de 73 anos, hoje não deixa de se cuidar. Ele afirma que nunca gostou de ir ao médico, mas que passou a se cuidar depois que teve um problema de saúde e ficou com medo.

“Eu sempre ouvia falar da importân-cia dos exames, mas nunca parava para ir ao médico, achava que não ia acontecer comigo. Até que um dia, pouco depois dos 60 anos, eu senti umas dores e difi-culdade para urinar. Fiquei bastante ner-

voso, tive que ficar internado, estava com uma inflamação na próstata, e os médi-cos afirmaram que poderia ser um caso cirúrgico. Ainda bem que o problema foi resolvido com os remédios”, conta.

Depois do susto, Olímpio Dantas não se descuidou mais, diz que está sempre alerta, deixou o preconceito de lado e resolveu fazer todos os exames.

“Faço exames anualmente, estou sempre atento a qualquer sinal de pro-blema, agora minha saúde está em pri-meiro lugar”, ressalta.

)) urologista Hallison Castro, titular da sociedade brasileira de urologia

“Infelizmente, ainda existe preconceito e tabu entre alguns homens em realizar o toque retal. Um exame simples, rápido, indolor, feito no próprio consultório do urologista, que pode diagnosticar um câncer numa fase inicial”

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9Jornal de Fato | DOMINGO, 10 de novembro de 2013

Bom velhinho

O homem por trás da

barbaO Natal neste ano chegou mais cedo, lojas e shoppings já entraram no clima natalino, e para a alegria da criançada, o bom velhinho também já está por aqui. Mas quem é o Papai Noel? O que ele faz nos demais meses do ano? E como é trabalhar enquanto as pessoas comemoram em família?

Ele atravessa a Avenida Coelho Neto no bairro Boa Vista em Mossoró caminhando deva-

gar. Sai da pousada onde está hospe-dado para ver as pessoas e observar o movimento intenso da avenida, de chi-nelos, bermuda, camiseta e boné sem chamar a atenção da grande maioria das pessoas que passam apressadas de um lado para o outro.

Despercebido? Não!Não para o olhar curioso e atento

das crianças do bairro, que como se es-tivessem diante de um “segredo daque-les”, mudam logo a fisionomia, olhos arregalados, ficam impacientes para se aproximar e dizerem que conhecem aquela figura de barba branca, fala mansa, óculos e sorriso cativante. Uma das crianças não se contenta e vai até ele perguntar: “É Papai Noel?”. E de

pronto recebe um sorriso, um abraço e uma conversa que certamente não se-rá esquecida pelo menino tão cedo. “Guarde o segredo, estou disfarçado”, diz o homem.

Essa magia criada na cabeça das crianças faz parte da vida de Edilson de Souza Chavante, 69 anos, há treze anos, quando ele decidiu encarnar um dos personagens mais queridos do univer-so infantil, mas também de muitos adultos. E nada foi planejado. Foi ao deixar crescer a barba por um ano, por motivo de promessa, que surpreenden-temente surgiu o primeiro convite para entregar presentes aos funcionários da base aérea de Fortaleza, numa charre-te puxada a cavalos e com duendes as-sistentes.

“A esposa do comandante olhou pra mim e disse, Edilson, você quer ser o Papai Noel por um dia? E desde então,

não faltaram mais convites”, relembra.Depois, recebeu convites para fes-

tas até ser contratado por uma agência de “bons velhinhos” na capital cearen-se para vestir o personagem em gran-des empreendimentos. Ano passado foi a primeira vez dele em Mossoró como Papai Noel contratado pelo West Shop-ping. Neste ano, ele começou a vestir a roupa de Papai Noel mais cedo e vai ficar todos os dias até o dia 24 de de-zembro recebendo as crianças em uma área decorada com essa finalidade.

Longe dos trajes que identificam o personagem, Edilson Chavante é ele-tricista. Aposentado como funcionário público do Ministério da Aeronáutica, complementa a renda fazendo serviços elétricos em Fortaleza. Também é tor-cedor do seu time do coração, o Forta-leza, mas também divide a paixão pelo São Paulo.

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10 Jornal de Fato | DOMINGO, 10 de novembro de 2013

Bom velhinho

“Já fui jogador juvenil, sempre gos-tei de futebol, mas, o coração sofre às vezes”, conta ele.

Aliás, o coração é seu ponto fraco. Não só por se emocionar com facilidade, mas por exigir mesmo mais cuidados médicos. Em 2011 o “Papai Noel” Edil-son, que por mais de dez anos, nunca mais havia tirado a barba, precisou tirar, como regra, para poder se submeter a uma cirurgia de coração. Colocou três pontes de safena.

“Foi um susto grande, mas graças a Deus superamos. Passar por isso me fez gostar mais ainda de fazer o que eu fa-ço, a gente dá mais valor à vida”, res-salta ele.

E nesses anos como Papai Noel, já ouviu todo tipo de pergunta: Sua barba é de verdade? Como é o Polo Norte? Como você visita todas as crianças?

“E eu respondo, ouço seus pedidos de presentes. Antes, as crianças pediam bola, carrinho, bonecas. Mas, de uns tempos pra cá pedem coisas diferentes, é celular, tablets. As crianças mudaram muito também”, conta sorridente.

NATAL EM MOSSORóQuem imagina que justamente Edil-

son Chavante passará a véspera de Na-tal distante da sua família? Estar dis-tante dos filhos e netos, na época que antecede o Natal, para ele já se tornou algo natural: “Já estão acostumados. Ano passado vieram todos, esposa, fi-lhos e netos me visitarem aqui no sho-pping em Mossoró uns dias antes e me fizeram uma homenagem, fiquei muito emocionado”, ressalta ele.

“Ninguém vive para sempre e eu quero que meus netos lembrem que o avô deles fazia isso com muito carinho”, completa.

Ano passado, Edilson conta que foi ‘adotado’ por uma família em Mossoró, amigos que fez no bairro Boa Vista, nas proximidades da pousada onde fica hos-pedado. Esse ano não será diferente: “Já reforçaram novamente o convite. E eu vou com alegria, visto a roupa de Papai Noel, as crianças adoram. Eles passaram a ser também amigos queri-dos. No dia 25, bem cedo, pego o ônibus e vou para casa encontrar os meus fa-miliares e o nosso dia de Natal é sempre tranquilo”, conta.

Ao ser perguntado até quando pre-tende ser o personagem querido das crianças, responde sem titubear: “En-quanto eu tiver vida, quero ser Papai Noel. Por satisfação mesmo, pois basta vestir a roupa e ver a alegria das crian-ças em qualquer lugar que eu vá, este-ja trabalhando ou não, é tão recompen-sador, que não há dinheiro que pague isso.

)) Há treze anos ele se veste de Papai Noel, uma das figuras mais simbólicas do Natal

)) Com barba verdadeira, Edilson Chavante diz que chama atenção de crianças por onde passa

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Segundo especialistas, a escola ideal é aquela que se adapta ao perfil de

cada família e aluno, e Mossoró conta com várias opções; confira

dicas de como escolher a melhor

escola para seu filho

11Jornal de Fato | DOMINGO, 10 de novembro de 2013

Hora da escolha

Qual a melhor

escola?O ano letivo de 2013 está che-

gando ao fim e se aproxima o período de matrícula escolar.

Neste momento, muitos pais enfrentam o dilema sobre qual escola escolher pa-ra o filho, principalmente quando são marinheiros de primeira viagem, dian-te da decisão que marcará o início da vida escolar da criança.

DOMINGO conversou com o presi-dente do Sindicato das Escolas Particu-lares de Mossoró, Genésio Filgueira, e com o diretor de uma escola, que orien-taram sobre alguns critérios que devem ser levados em conta na hora de esco-lher a escola ideal para o seu filho.

Segundo Genésio Filgueira, muitos pais, na hora de escolher a escola, se baseiam pela divulgação publicitária feita pela unidade educacional, esque-cendo-se de atentar para detalhes fun-damentais para uma boa escola.

Entre os pontos que devem ser ana-lisados pelos pais na hora de decidir onde vai matricular o filho, estão: tra-dição, proposta educacional, material pedagógico, qualificação dos professo-res e estrutura física.

“As pessoas têm medo de falar de tradição, achando que uma coisa tradi-cional é arcaica, atrasada, mas tradição

pode, sim, andar de braços dados com a modernidade. Ninguém fica no mer-cado por muitos anos se não tiver com-petência”, comenta.

Outros pontos que podem ser leva-dos em consideração na hora da escolha são: localização, saber se a escola é per-to da casa ou do trabalho dos pais; o preço da mensalidade; se trabalha com livro didático ou apostila; se a escola é humanista ou tem foco no vestibular; procurar saber a opinião de pais que têm filhos na escola; se as aulas são dadas em português e o ensino de outros idio-mas é feito em aulas apenas alguns dias na semana, ou se trata de uma escola bilíngue.

Também é importante saber se as aulas acontecem em meio período ou em tempo integral, e ainda se a escola é religiosa ou laica.

Para a psicopedagoga Bernadete Ho-landa, antes de escolher a escola ideal para o filho, é importante primeiro se perguntar: “Qual o significado e a prio-ridade do aprender neste núcleo fami-liar?”.

“Os pais devem observar a estrutu-ra física e a proposta pedagógica da instituição escolar. A qualidade da for-mação do corpo docente e o que os ou-

tros pais estão falando dessa escola. A acessibilidade também é importante”, explica a especialista.

DISCIPLINA COMO PRIORIDADEEm Mossoró, existem cerca de 80

escolas particulares registradas no sin-dicato, que atendem as necessidades e expectativas de todos os públicos.

O Centro Educacional Alfa, que fun-ciona em Mossoró há 13 anos, é uma das opções disponíveis no mercado pa-ra os pais mossoroenses.

A escola, que é conhecida por prio-rizar a disciplina, conta com turmas do ensino infantil, recebendo crianças a partir dos dois anos de idade, ao ensino fundamental II, com turmas até o 9.º ano.

O diretor administrativo Klenilton de Oliveira, do Centro Educacional Alfa, diz que é comum se pensar que disciplina só está ligada a rigidez, mas está ligada a regras e valores.

“Somos rígidos, sim, com fardamen-to, com horários, porque é necessário para a vida. Não se pode chegar atrasa-do no trabalho nem no concurso. Então, por que chegar atrasado na escola? Mas, frisamos também na questão do rela-

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Hora da escolha

)) Diretor administrativo Klenilton de oliveira, do Centro Educacional Alfa

)) visitar escolas pode ajudar a tirar dúvidas e conhecer um pouco da rotina de cada uma

cionamento, as crianças se respeitam, não se ofendem”, comenta.

Segundo o diretor, os professores da unidade passaram há pouco tempo por um treinamento sobre a questão do bulling e do cyberbulling, para saber orientar os alunos, evitando esse tipo de problema dentro e fora da escola.

Apesar de ser uma escola de dire-tores cristãos, o diretor afirma que a religiosidade não está ligada à realiza-ção de cultos e ritos religiosos, e sim à transmissão de valores do cristianis-mo, como o respeito e amor ao próximo, por exemplo.

Outro ponto de destaque da escola são turmas com no máximo 25 alunos, e com o diferencial de ter aulas de inglês do primeiro ao último ano do ensino fundamental.

“Não somos uma escola bilíngue, mas como nossos diretores são norte-

americanos, eles também são bastante rigorosos na seleção dos professores de inglês, para garantir um ensino de qua-lidade do idioma”, ressalta.

A escola também possui um sistema de trabalho que envolve a família. Kle-nilton de Oliveira fala que as reuniões de pais e mestres são realizadas de for-ma individual, para poder tratar a situ-ação de cada aluno separadamente, aconselhar os pais, conhecer a situação da família e ajudar no que for possível.

“Nós do Alfa não priorizamos beleza na estrutura, parquinhos, mas o confor-to dos alunos, a educação, a disciplina, o relacionamento e a segurança”, expli-ca o diretor.

REAJUSTE DE MENSALIDADESEm conversa com a reportagem de

DOMINGO, o presidente do Sindicato das Escolas Particulares de Mossoró,

Genésio Filgueira, afirmou que o rea-juste para as mensalidades escolares referente ao ano letivo de 2014 ainda não foi definido, já que tem como base o percentual da inflação acumulada, que só deve ser divulgado no final de dezembro, e que no momento já passa de 7%.

Ainda segundo Filgueira, o reajuste também deve levar em consideração o reajuste do salário mínimo, que entra em vigor a partir de janeiro, e o aumen-to do salário dos professores, que tem o mês de março como data-base.

“O sindicato não define reajuste; apenas estabelece os parâmetros. En-tão, orientamos as escolas a não adotar reajuste menor que 10%, porque ficarão no vermelho, mas também aconselha-mos a não passar dos 12%. No entanto, cada escola define o reajuste que lhe convier”, lembra.

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13Jornal de Fato | DOMINGO, 10 de novembro de 2013

sua carreira

RAFAEL DEMETRIUS

x

O s interessados em conquistar um lugar no mercado de trabalho devem ficar atentos nes-ta época do ano, em que já estão sendo feitas

contratações temporárias no comércio, com incorpora-ção de mão de obra extra nas lojas para dar conta da demanda que cresce com as festas de fim de ano. A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (FECOMÉRCIO) calcula que serão criados 155 mil postos neste período em todo o território nacional, 5% mais do que no ano passado. Segundo a entidade, 15% desse contingente deve ser efetivado após o Natal e o Ano-Novo. O número de pessoas procurando vagas em em-pregos temporários é imenso. Por isso, antes de tudo, é muito importante que demonstre interesse nesta opor-tunidade de serviço, sendo ela onde for. Para transformar a vaga temporária em permanente e realizar o sonho do emprego estável, a recomendação é dedicar-se, levar a sério a oportunidade e seguir algumas boas dicas, como as que separamos na coluna de hoje.

Início das contratações – O início das contratações começa no mês de outubro, nas grandes redes, e na segunda quinzena de novembro, nas lojas menores. Até a primeira semana de dezembro, ainda são feitas entrevistas e seleções. As exigências mínimas feitas aos candidatos costumam ser: ter 18 anos ou mais, segundo grau completo e noções de informática.

Momento certo – Este é o melhor momento para quem quer ganhar a primeira assinatura na carteira de trabalho. Geralmente (a mão de obra temporária) é uma mão de obra que não vem capacitada. Precisa de treinamento, adaptação ao negócio, por isso aprender rápido será um dos maiores diferenciais do candidato à vaga.

Prepare-se para a entrevista – Apresente-se para a entrevista de acordo com o estilo da loja. Mesmo que seja uma loja de esportes, não exagere na informalidade. São proibidos transparência nas roupas, saltos muito altos, minissaia, short, barriga de fora e roupas muito apertadas ou decotadas.

Primeiro emprego – Jovens sem experiência também têm chances de serem chamados para uma vaga temporária no fim de ano. Alguns lojistas preferem contratar pessoas sem experiência e treiná-las. Vai depender da necessidade de cada loja e principalmente do perfil e do desempenho do candidato à vaga. Para ser contratado, é importante gostar do trabalho, ter bom desempenho e apresentar resultados para a empresa. O temporário vem com uma expectativa muito grande de ser admitido. Portanto, vai querer mostrar seu trabalho, mostrar desempenho. Pode ocorrer até a substituição de um empregado que não estava indo tão bem, por um temporário. É uma oportunidade muito boa para quem está entrando no mercado de trabalho.

Bom currículo – Seja objetivo quanto à sua formação no currículo (evite colocar cursos não terminados, por exemplo). A verdade nas informações é fundamental para que seu currículo ajude e não atrapalhe você, pois qualquer mentira poderá comprometer a contratação.

Experiências anteriores – As experiências de trabalho anteriores e o tempo em cada empresa são importantes. Descreva-as, demonstrando o resultado obtido em cada emprego.

Durante a entrevista – Demonstre interesse e vontade durante a entrevista, cuide da postura, forma de sentar, e não se esqueça de usar o máximo de educação e polidez com as pessoas.

Após a entrevista – Mantenha e-mail e telefones ativos no currículo (evitar endereços eletrônicos "engraçados", como gatinha.fofa@ etc.. Monitore a caixa postal do e-mail e o telefone, para não perder a chance de ser chamado para as entrevistas.

Após a contratação – Lembre-se que nesta época do ano o comércio necessita e corre atrás somente de pessoas que estejam disponíveis, porque o comércio geralmente costuma ficar aberto até as 22h.

Comunique o interesse – Os empregos temporários também podem ser ótimas opções para aquelas pessoas que desejam se efetivar no comércio, mas lembre-se: para isso, é preciso que demonstre muito interesse e capacidade. O candidato deve considerar a oportunidade temporária como se fosse efetiva, pois existe chance real de contratação, por isso é importante comunicar ao chefe o interesse em ser efetivado e, ainda, pesquisar e aprender o máximo possível sobre a loja na qual vai trabalhar.

10 dicas de como conseguir um emprego

temporário

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DAVI MOURA

14 Jornal de Fato | DOMINGO, 10 de novembro de 2013

adoro comer

DIA 1DIA 21

2

Aproveite e acesse o http://blogadorocomer.blogspot.com para conferir esta e outras delícias!

Oficialmente, estou no projeto Detox. Na segunda-feira passada, 4, ocorreu a consulta à nutricioni-sta Kamila Melo. Visitei a clínica Agnus Dei, na qual ela atende, e fizemos a consulta. Meu peso está em 82,4kg para 1,77m de altura. Na nossa conversa, ela foi bem clara sobre do que se trata o projeto. O foco não é emagrecimento, e sim a lim-peza do organismo para uma reeducação alimentar. O Detox faz uma varredura no seu corpo e retira todas as impurezas, os líquidos retidos e as pos-síveis toxinas escondidas por aí. A alimentação deve ser intercalada com muita água e inclusive os lanches e os cafés da manhã são compostos por líquidos. Como tudo é bem líquido, o corpo acaba emagrecendo como consequência, mas aviso no-vamente que o emagrecimento não é a meta do projeto. Conversamos sobre minha alimentação e ela falou que eu não teria problemas em seguir, visto que eu já consumo frutas, vegetais e muito líquido – por isso mantenho o peso mesmo co-mendo tudo o que escrevo aqui. A coluna de hoje é um relato de como está sendo pra mim. Hoje, domingo, é o penúltimo dia de Detox. Trago pra vocês o primeiro e o segundo dia, as impressões, as mudanças no corpo. Quem quiser ver todos os relatos, basta acessar o AdoroComer.com e con-ferir. Vamos lá?

Relatos do Detox- Abobrinha com queijo de búfala sem lactose: a entrada foi uma porção de abobrinhas trabalhadas com queijo de búfala sem lactose e tomate, além de orégano. Parte boa: azeite e pimenta à vontade. Gostei do prato, bem leve e gostoso, até porque adoro abobrinha.

- Penne com molho de tomate e frango grelhado: o prato principal veio coberto em uma bandeja e só foi desco-berto na nossa frente. Eu juro que quase chorei de emoção ao ver macarrão na minha frente! A massa era feita de arroz com o molho sugo de tomates orgânicos, devida-mente acompanhado por manjericão. O frango foi grel-hado apenas no óleo de coco e dava pra sentir bem o seu sabor. Salvou meu dia!

- Manga grelhada com lama de coco: sou daqueles que necessita de um doce após o almoço, tanto que adoro batata doce por causa disso, que meio que corta a von-tade. Quando a sobremesa chegou também fui muito feliz: manga grelhada com lama de coco e polvilho de canela. Incrível como era doce e gostoso! Queria mais!

Saí do Tenda bem feliz com o almoço e já querendo o do dia seguinte. A parte boa de almoçar acompanhado é que você troca experiências, diz como está sendo sua dieta, as dificuldades etc. Já no resto do dia, foi à base de chá de hibisco e uma sopinha leve no fim do dia.

Café e lanche da manhã: o café da manhã foi um suco que levava, entre outros ingredientes, abacaxi e gen-gibre. Suco refrescante e com um sabor bem agradáv-el. Esse tomei super sem problemas, pois descia bem gostosinho. Eu malho de manhã, faço musculação e jump, que gasta muita caloria. Normalmente, quando chego, meu café é supercaprichado, então senti muita fome de manhã por que estava acostumado com uma alimentação e mudei, então é óbvio o que iria acon-tecer. É tudo questão de adaptação.

Almoço: após o chá de lanche da manhã, saí cor-rendo pro Tenda após o trabalho pra almoçar e lá eu fui muito feliz! Almocei na companhia de Kamila Melo, que foi tirando todas as nossas dúvidas no momento em que os pratos chegavam; as colunistas e parceiras de comunicação Lizana Lima e Aline Lin-hares; e a amiga de Instagram, @robertarosado. Ah, sem esquecer do pai da Kamila, que também está participando. A sequência de pratos foi assim:

- Chá Revigore: um chazinho servido quente na casca da maçã, com canela e cravo. Já disse que não sou fã de chás, ainda mais quentes, mas esse aqui foi tranquilo pra tomar. Era o início de todo o al-moço.

Vamos ao cardápio?

Café da manhã e lanche da manhã: o suco do café da manhã foi com cenoura e pepino, principalmente, batidos na água de coco. O cheiro lembra bem o de uma salada, mas o sabor não é ruim, dá pra tomar tranquilamente.

Almoço: repetiria facilmente os almoços do Detox em casa. No primeiro dia ainda saí com um pouco de fome, mas no segundo me senti bem mais saciado. Como o corpo vai se acostumando com a redução de alimen-tos, responde bem melhor nos dias subsequentes. A realidade é que já como de maneira bem equilibrada nas minhas manhãs, então a adaptação foi relax.

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adoro comer

DAVI MOURA

Aproveite e acesse o http://blogadorocomer.blogspot.com para conferir esta e outras delícias!

O que mais me impressiona é que são sobremesas simples e que cortam totalmente aquela vontade que a gente tem de comer doce ao final da refeição. Kamila sabe compor bem os pratos para não nos deixar famintos demais.

Lanche da tarde, jantar e lanche da noite: o dia foi repleto de comidinhas gostosas e já conhecidas do meu paladar. O lanche, além de mais 500ml de chá de hibisco, que é bem mais saboroso do que qualquer outro, foi acompanhado de um suco funcional de laranja, mamão e folha do chá verde. O suco, bem geladinho, é realmente muito bom. Foi um dos que eu também já tinha tomado antes. No jantar a opção foi uma sopa de tomate muito bem feitinha, com pedaços de tomate dentro. Utilizei uma boa dose de pimenta e também fui muito feliz.

Muito embora eu adore comer, estou seguindo passo a pas-so sem trapacear. Como já falei, comecei com 82,4kg, mas ainda não me pesei. Quero ver o resultado no final. Estou acompanhando com os exercícios físicos, no mínimo 40 minutos, conforme indicado por Kamila.

Sinceramente, a melhor coisa do Detox é a interação. Quem sofre para regular o peso sabe o quanto é difícil, especial-mente quem já foi bem gordinho como eu. Você não encon-tra muita gente disposta a te ajudar, só a esfregar comida na sua cara, mesmo sabendo que você não pode. Não entendem que a obesidade é uma doença e acham que nossas dietas, na maioria das vezes, são brincadeira. Isso desestimula de-mais! Encontrar um ambiente com amigos que estão pas-sando pelo mesmo que você, poder dividir experiências, dificuldades e rir um pouco é o melhor remédio!

Sinto que perdi medidas na região abdominal – as roupas e o espelho começam a mostrar isso. Se você seguir direit-inho, os resultados vêm muito rápido.

Na terça-feira é o fim de tudo. Vamos ver o que me aguar-da!

Acompanhe os pratos do almoço:

- Chá de porangaba: também chamado de chá-de-bugre ou café do mato, tem funções diuréticas, cardiotônicas e é estimulante da circulação, além de ajudar no combate à gordura localizada. Foi servido na maçã verde.

- Salada de milho com cenoura, beterraba e chia: a entrada foi uma bela salada servida na taça alta com bastante alface, cenoura, beterraba e milho, além de uma porção de chia. Organizei a minha salada do prato e fui bem feliz no seu tempero, já que azeite e pimenta são liberados. Um prato que já como normalmente e foi bom vê-lo no Detox.

- Charuto de repolho com frango e espaguete de abobrinha: este prato foi super delicioso e será um dos que farei em casa com toda a certeza! O charuto é constituído de uma folha de repolho envolvendo frango desfiado feito no óleo de coco. A espaguete de abobrinha vem acompanhado por uma boa camada de cenoura, tudo isto sobre uma folha de couve e com orégano polvilhado. Dei valor demais e comi super feliz! Foi o destaque do dia!

- Abacaxi com raspas de limão: de sobremesa, uma fatia de abacaxi marinada no óleo de coco com raspas de limão.

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