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Revista de Domingo nº 633

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Revista semanal do jornal de fato

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Jornal de Fato | DOMINGO, 8 de dezembro de 2013

ao leitor

• Edição – C&S Assessoria de Comunicação• Editor-geral – Wil liam Rob son• Editor interino – Ivanúcia Lopes• Dia gra ma ção – Rick Waekmann• Projeto Gráfico – Augusto Paiva• Im pres são – Grá fi ca De Fa to• Re vi são – Gilcileno Amorim e Stella Sâmia• Fotos – Carlos Costa, Marcos Garcia, Cezar Alves e Gildo Bento• In fo grá fi cos – Neto Silva

Re da ção, pu bli ci da de e cor res pon dên cia

Av. Rio Bran co, 2203 – Mos so ró (RN)Fo nes: (0xx84) 3323-8900/8909Si te: www.de fa to.com/do min goE-mail: re da cao@de fa to.com

Do MiN go é uma pu bli ca ção se ma nal do Jor nal de Fa to. Não po de ser ven di da se pa ra da men te.

É comum acompanhar noticiários que dão conta do quanto os animais são maltratados. A reali-dade é uma constante em todo o mundo. Por meio

da internet, por exemplo, as lutas dos ativistas ficaram ain-da mais visíveis. O que alerta a sociedade para o zelo com a vida animal. Mas, na contramão desse lado triste, DOMIN-GO foi até o Hospital Veterinário conferir como o cuidado com os pequenos e grandes animais tem proporcionado melhoria de vida a esses bichos, a acessibilidade aos servi-ços e como a prática diária no hospital tem sensibilizado os profissionais que lidam com a dor dos animais.

Nesta edição, a nossa entrevistada é a professora-dou-tora Maria do Rosário Valencise Gregolin, de Linguística e Língua Portuguesa pela Unesp, que falou sobre as redes sociais como espaço de manifestação de várias identidades e sobre como a globalização tem produzido essa mobilida-de e descartabilidade de identidades.

DOMINGO traz, também, um material sobre os perigos da obesidade, que tanto tem afetado as crianças em todo o mundo. Em Mossoró, a realidade também é preocupante. Uma especialista comenta sobre os principais desafios de vencer esse problema e aponta sugestões de como os pais e a sociedade de forma geral podem colaborar para preve-nir e combater a obesidade, que tem diminuído a qualidade de vida de tantas crianças.

Ainda nesta edição, DOMINGO traz uma matéria sobre a importância do planejamento e do controle de gastos no período de recesso e férias de final de ano, tendo em vista o extenso calendário de eventos da época que acabam es-timulando o consumo.

Boa leitura,Ivanúcia Lopes

editorial

A prática do cuidado

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Animal

Colunista Davi Moura: Chips de legumes com maionese de cenoura

Entenda a doença e saiba quais as formas de ser tratada

Rafael Demetrius: 10 atitudes insuportáveis no ambiente de trabalho

Adoro comer

Obesidade Infantil

Sua carreira

p4

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p6

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p8

Conheça o trabalho desenvolvido no Hospital veterinário para cuidar dos pequenos e grandes animais.

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JOSÉ NICODEMOS*

conto

)( Envie sugestões e críticas para oe-mail: [email protected]

Carolina ou Carol como era cha-mada enjeitou rapazes de fu-turo e decentes para casar-se

com um tipo desses que se diz que não vale um juá podre, vagabundo e perdido na cachaça. O pai, esse não queria vê-la nem pintada, nunca esperou que a filha, tão bem criada, fosse capaz de lhe dar mais tarde tamanho desgosto. Nem queria saber das pisas que ela levava todo santo dia, o olho sempre roxo.

Carol só não morria de fome porque o tio, seu Cândido, lhe mandava todo dia o prato de comida, embora também revoltado com a infeliz escolha da so-brinha. Moça de bom parecer, algum estudo, tinha tudo para arranjar coisa melhor. Não teve conselho que desse jeito. E visivelmente ficava mais apai-xonada pelo tipo, a cada surra. Ninguém dissesse nem que ele era feito. Malque-rença, na certa.

Grávida de poucos meses, abortou em consequência de uma dessas surras, socos e pontapés. Algum vizinho, não podendo suportar tamanha barbarida-de, foi dar parte ao delegado, sem o co-nhecimento de Carol, quanto mais o consentimento. Na delegacia, ela negou tudo – tinha sofrido uma queda daque-las, batendo fortemente com a barriga no chão.

Seu Cândido só faltava morrer do

Mulher de vagabundo

coração com essas coisas, e até já pen-sara matar o desgraçado, sendo contido pela mulher e os filhos – “Carol tem a vida que escolheu e gosta, ora.” E o fato é que o tio se decidiu por lavar as mãos. A sobrinha era, mesmo, um caso perdi-do. Ia era cuidar da família dele. Mas, de vez em quando, lhe batia uma revolta – aquilo não podia ser. Era além da con-ta. .

Uma noite seu Cândido botou a ca-deira na calçada, ouvir um comício po-lítico que se realizava no canto da rua

com um largo. O candidato do povo local, as mesmas promessas de sempre, e o povo com a mesma paixão irracional. “O povo é como mulher de vagabundo, gos-ta de apanhar” – pensava.

E foi então que seu Cândido encon-trou a lição para esquecer de vez aquela vida desastrada de Carol, olho roxo de peia todo dia. “O povo também apanha todo dia dos políticos pelos quais se apai-xona, redobrando-lhes ainda mais a pai-xão, igual a mulher de vagabundo” – conformou-se.

Moça de bom parecer, algum estudo, tinha tudo para arranjar coisa melhor. Não teve conselho que desse jeito. E visivelmente ficava mais apaixonada pelo tipo, a cada surra.

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entrevista

ROSÁRIOGREGOLIN

Por IvAnúCIA LoPEsEspecial para Revista de Domingo

“A descartabilidade é conseqüência do

estilo de vida contemporâneo”

Doutora em Linguística e Língua Portuguesa pela Unesp, com pós-doutorado na Universidade

de Aveiro, em Portugal, Maria do Rosá-rio Valencise Gregolin é docente do De-partamento de Linguística e atua na graduação e no Programa de Pós-gra-duação em Linguística e Língua Portu-guesa da Unesp/ Araraquara (SP). Líder do Grupo de Estudos de Análise do Dis-curso de Araraquara (CNPq/Unesp), ela escreveu e organizou artigos e livros com estudos ligados aos temas: discur-so, sujeito, história, memória, mídia e produção de identidades. A autora es-teve em Mossoró, participando do III Colóquio Nacional de Linguagem e Dis-curso (CONLID), realizado pelo Grupo de Estudos do Discurso da Uern nos dias 4, 5 e 6 deste mês, no qual foi conferen-cista. DOMINGO conversou com Rosá-rio Gregolin sobre o conceito de identi-dade e sua relação com a linguagem, sobre as redes sociais como espaço de manifestação de identidades e ainda sobre a indústria das identidades, tida como resultado da globalização.

DOMINGO – Desde a primeira edi-ção do Colóquio Nacional de Lingua-gem e Discurso (CONLID), promovido pelos grupos de estudos da Faculdade de Letras e Artes da Uern, você tem participado como conferencista. Como avalia esse evento no contexto das discussões sobre a linguagem e o su-jeito no cenário nacional?

ROSÁRIO GREGOLIN – É um even-to muito importante, principalmente porque ele se desenvolve aqui nesta região, e por isso traz discussões per-

tinentes, e por isso ano a ano pessoas de vários lugares do Brasil têm parti-cipado desse diálogo entre os pesqui-sadores.

O CONCEITO de identidade é com-plexo, multifacetado e, por isso, pode ser pensado a partir de vários ângulos e tem sido objeto de reflexões em di-versos campos de estudos. Poderíamos afirmar que a identidade acompanha o curso da História? Por quê?

EXISTEM várias formas de focalizar

a identidade. Ela é social e, ao mesmo tempo, psicológica, linguística e pode ter muitas outras faces. Justamente por ter tantas faces, é um conceito tão complexo, e que se transforma, parti-cularmente, no mundo contemporâ-neo quando a gente tem a velocidade das informações e todas essas mídias que têm um papel importante na ace-leração das transformações. Então, eu diria que ela se transforma com a His-tória, assim como todo o desenvolvi-mento da tecnologia, que nos últimos

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entrevista

anos acontece de forma muito mais rá-pida. Se há cinquenta anos havia uma estabilidade maior porque o mundo mantinha um ritmo mais lento, atual-mente as transformações acontecem praticamente de ano a ano, e a partir disso temos mudanças nessa questão das identidades.

QUAL a relação entre linguagem e identidade?

NÃO tem como dissociar a identi-dade da linguagem. Na verdade, por-que não tem como dissociar as pesso-as da linguagem. É ela que formata a nossa forma de ser, os nossos compor-tamentos e a maneira como a gente compreende o mundo, porque até o nosso pensamento é feito pela lingua-gem, e não tem como separar homem e linguagem.

AS REDES sociais têm sido espa-ços em que “várias identidades” se manifestam. De que maneira, na era digital, os indivíduos são constituídos em sujeitos ao se inscreverem em prá-ticas sociais interativas?

AS REDES sociais são um espaço mais democrático para a manifestação dos diferentes grupos etnocráticos do que, por exemplo, outras mídias mais conservadoras e que são mais concen-tradoras. Na Internet, o usuário pode construir um espaço e se manifestar, e nesse sentido, as identidades mar-ginalizadas têm lugar para se mani-festar. Isso ao mesmo tempo que traz consequências benéficas, porque são vozes que podem se manifestar, claro que traz os perigos, porque as mani-festações têm consequências, como a questão do terrorismo, da pedofilia, entre outras. Então, é um espaço de-mocrático, mas que tem os perigos dessa abertura.

NO FACEBOOK, a entrada do usu-ário é marcada pela pergunta "No que você está pensando agora?" e, no Twitter, a entrada é marcada pela pergunta "O que você está fazendo agora?". Que aspecto pode ser consi-derado nesses enunciados que mar-cam a entrada do sujeito nessas redes sociais? Seria a volta do panóptico, ou seja, o olho vigilante que controla os corpos e as ações dos sujeitos, como diria Foucault?

EMBORA eu tenha dito que as re-des sociais, e a web de forma geral, são mais democráticas, elas também são controladas. Não significa que todo su-jeito que acessa a web tenha liberdade total; de jeito nenhum. Há um contro-le. Não é tudo que se pode dizer. Então,

esse controle formata as identidades. Ao entrar na rede social, já tem uma pergunta que obriga o sujeito àquilo que Foucault chama de confissão, uma das grandes técnicas de exposição do sujeito. Nesse caso, quando se é obri-gado a dizer o que está pensando ou fazendo, o sujeito tem que se expor e correr o risco dessa exposição.

NESSAS redes sociais, o sujeito acaba criando um lugar de enuncia-ção de si, de busca pelo sentido de sua existência, o seu lugar na história. Po-demos dizer que esse movimento pro-duz conhecimento?

O QUE a gente tem que discutir é se esse conhecimento é útil pro coletivo, ou se ele está criando uma geração de sujeitos cada vez mais individualistas. Cada vez que o sujeito fala de si ele vai se isolando, e eu acho que a rede social cria essa grande ilusão. Como é o caso de pessoas que têm mais dois mil ami-gos virtuais, com quem não têm con-tato de proximidade. Então, é perigoso criar essa “proximidade distante” que existe entre as pessoas e transformar a sociabilidade numa grande solidão. Sendo assim, esse sujeito que passa a maior parte do tempo interagindo à distância e nessa ilusão de proximida-de é cada vez mais solitário.

ATUALMENTE, surgem grupos virtuais, possibilitados pelas mídias digitais e sociais. Essa mídia pode ser considerada um novo espaço para a atuação política dos sujeitos?

MUITOS autores têm estudado a web como esse espaço das condições. O que é muito interessante, porque, ao mesmo tempo que se tem esse aspecto do individualismo, ela também permi-te a possibilidade da manifestação e da interação política. Foi o que aconteceu, por exemplo, na Primavera Árabe, em que os usuários não passaram a usar a Internet como um meio de mobiliza-ção política, já que não tinham acesso às mídias tradicionais, resultando na-quilo que chamamos de ciberativismo. Inclusive, a Síria é um exemplo muito forte do quanto a Internet se tornou mecanismo para essa atuação política. Isso também aconteceu neste ano no Brasil, naquilo que a mídia chamou de Primavera Brasileira, com o uso das redes sociais. Eu tenho até um traba-lho em que analiso uma foto que cir-culou nas redes sociais de um jovem segurando um cartaz em que dizia: “Saímos do Facebook”, como forma de manifestação política.

EM UM de seus trabalhos sobre

Identidade, você afirma que a globa-lização cria uma verdadeira indústria de identidades. É quando você cita a descartabilidade. Será que a busca por redes virtuais seria uma fuga das interações mais complexas, como as presenciais?

ESSA é uma ideia do Zygmunt Bau-man, um sociólogo estudioso na ques-tão da identidade. Quando ele analisa essa relação do sujeito com a Internet, ele fala que é muito mais fácil deletar um amigo na Internet do que ter que desfazer laços concretos no mundo real. Então, essa descartabilidade vem a partir da globalização que produz essa necessidade de massificação, mas ao mesmo tempo de uma obsolescên-cia, um envelhecimento muito grande das identidades. Então, a descarta-bilidade é derivada do fato de que as coisas envelhecem e saturam muito rápido. A descartabilidade, seja de um amigo virtual, de uma moda, seja do que for, é consequência do estilo de vida contemporâneo.

VOCÊ é uma reconhecida estudiosa do pensamento de Michel Foucault e de suas contribuições para os estudos do sujeito e sua relação com o poder. Como podemos pensar a teoria desse autor para compreender o sujeito con-temporâneo?

TODA obra de Michel Foucault foi exatamente essa busca de tentar en-tender as formas com que o sujeito foi representado ao longo da História, a forma como ele foi pensado. E o tem-po todo ele diz que faz isso para tentar entender quem somos hoje, e melhor, no que nós nos tornamos. Ele tenta entender no que todos os movimentos da História produziram em nós. Então, toda essa ideia de que o sujeito con-temporâneo é feito dessa dispersão, de que busca o imediato e o descartável, e tudo isso pode ser pensado de acordo com a arquelogia do saber, que é início da obra de Michel Foucault, e seguido da genealogia, e no terceiro momento de sua obra, quando ele fala da ética e da estética de si, quando ele volta lá para o mundo grego, passam-se dois mil e quinhentos anos para a gente compreender que todos esses fatos históricos que estão registrados na me-mória social, que nos fazem ser o que somos hoje. Ele não faz esse diagnós-tico apenas para constatar, mas para nos mostrar que é possível que a gente seja diferente. Então, é uma analítica de quem somos nós que não se esgota em si mesmo. Por isso que Foucault é um autor tão fundamental para pensar o mundo contemporâneo.

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Os dados são preocupantes no Brasil. De acordo com a Orga-nização Mundial de Saúde

(OMS), cerca de 35% dos meninos e 32% das meninas de 5 a 9 anos estão acima do peso. Nas duas últimas décadas, a obesidade entre esse grupo saltou de 4,1% para 16,6% entre os meninos e de 2,4% para 11,8% entre as meninas. Mais de 500 mil estão no nível mais grave de obesidade.

Entre os adolescentes, o excesso de peso passou de 3,7% para 21,7% nas úl-timas quatro décadas. E 136 mil adoles-centes estão na mesma situação. Em consequência, muitas doenças que antes afetavam exclusivamente os adultos, agora passam a afetar as crianças.

Os dados são alarmantes, mas retra-tam também a realidade na cidade de Mossoró. Para se ter uma ideia, cerca de

56,3% das crianças que fazem acompa-nhamento no Atendimento Materno In-fantil (AMI) estão com sobrepeso ou obe-sidade. De acordo com a nutricionista Kalyanny Barreto, que faz esses acom-panhamentos, o sobrepeso e a obesidade são causados pelo desbalanço onde as calorias são consumidas em excesso em relação ao que é gasto durante o dia. “Es-se excesso leva ao aumento do que cha-mamos de ‘estoque’ de gordura no corpo, e isso geralmente é causado por estilo de vida sedentário”, disse Kalyanny.

A nutricionista que atende as crian-ças na unidade relatou ainda que várias complicações de saúde poderiam ser evi-tadas, principalmente com ações de pre-venção. “A obesidade é um problema de saúde pública, e por isso é importante falar sobre como evitar que os fatores de risco se instalem nas crianças, bem como

Quantidade de crianças com menos de cinco anos que terão sobrepeso ou obesidade vai ultrapassar 42 milhões no mundo

Saúde

detectar, tratar e reduzir a quantidade de complicações recorrentes da doença", disse.

As crianças que chegam até o AMI são encaminhadas pelos médicos nas unidades de saúde. A maioria vem acom-panhada dos pais que precisam colaborar com o tratamento da criança, que inclui reeducação alimentar e prática de exer-cícios físicos. “Não adianta fazer todos os procedimentos na unidade de saúde e em casa levar uma vida desregrada, por isso que precisamos contar com a família para alcançarmos os melhores resulta-dos e garantirmos a qualidade de vida dessas crianças”, explicou.

De acordo com a nutricionista, além das dobras pelo corpo, as crianças que têm sobrepeso e já estão inclusas no qua-dro de obesidade apresentam manchas escuras pelo corpo, principalmente no pescoço, nas axilas, e virilhas, e essas são as marcas da gordura na pele. “Os pais precisam identificar desde cedo, e não podem ser resistentes ou preconcei-tuosos nesse sentido, porque quanto mais cedo for o acompanhamento mais chances a criança tem de levar uma vida

Acimapesodo

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Saúde

mais saudável”, explicou.De abril a outubro, a nutricionista

atendeu 238 crianças, desse total, 134 preocupam com o excesso de peso. As demais estão com estado nutricional abaixo do peso, em risco ou em situação adequada. “Os dados seguem a realida-de nacional e isso precisa sensibilizar a sociedade para que se possa prevenir e combater o problema que dá origem a tantos outros”, enfatizou.

CUIDADosDe acordo com a nutricionista

Kalyanny, os pais procuram os médicos já quando as crianças apresentam outras patologias, como pressão alta, colesterol alto, triglicerídeos, diabetes e outros. “Quando a criança chega até o atendi-mento, fazemos as avaliações e começa-mos o acompanhamento que inclui o estímulo à atividade física, que deve ser de acordo com a idade, associada às brin-

))A obesidade, como já sabemos, traz

uma infinidade de riscos à saúde, mas agora um grande estudo mostra que adultos obesos que eram obesos na adolescência têm um risco muito maior de desenvolver problemas de saúde adversos, incluindo função renal anor-mal, asma e dificuldade para cami-nhar.

Os resultados do estudo, realizado por pesquisadores do Centro Médico do Hospital Infantil de Cincinnati e da Universidade de Pittsburgh, foram pu-blicados na revista Pediatrics.

Para os pesquisadores, o risco de desenvolver problemas de saúde vai muito além da doença cardíaca e do diabetes. E alertam: alguns adolescen-tes obesos provavelmente terão redu-ção no tempo de vida.

O estudo envolveu 1.502 adultos com obesidade grave, entre 19 e 76 anos, todos matriculados na Avaliação Longi-tudinal de Cirurgia Bariátrica -2 (LABS -2), que é um estudo de longo prazo com mais de 2.400 pessoas, a fim de exami-nar os riscos e benefícios da cirurgia em adultos. O estudo é financiado pelo Na-tional Institutes of Health.

Dos adultos no estudo, 42% tinham

peso na faixa normal aos 18 anos, en-quanto 29% foram considerados obe-sos e 13% foram considerados com obesidade grave. Os pesquisadores di-zem que 96% dos participantes tiveram pelo menos uma condição médica, co-mo um adulto, relacionada com a obe-sidade.

A equipe descobriu que a obesidade na adolescência foi associada a um maior risco de problemas de saúde na idade adulta, tendo em conta a mudan-ça no IMC desde a adolescência.

Os participantes que eram severa-mente obesos, quando adolescentes, eram quatro vezes mais propensos a ter pernas inchadas e úlceras de pele do que aqueles que estavam em um peso normal durante a adolescência.

Eles também tiveram aumentada a probabilidade, em mais de três vezes, de ter limitações ao andar e compro-metimento da função renal anormal.

Além disso, entre o grupo que era obeso na adolescência foi verificada uma maior propensão de desenvolver síndro-me do ovário policístico, asma, diabetes e apnéia obstrutiva do sono, em com-paração com aqueles que estavam com peso normal na adolescência.

Adultos obesos que eram obesos na adolescência têm risco de desenvolver problemas de saúde

cadeiras e à reeducação alimentar”, ex-plicou.

No caso do acompanhamento que acontece de forma mensal, as crianças são estimuladas a reaprender a masti-gar e até a comer o que antes não eram acostumadas. “O que a gente orienta é que os pais controlem o lazer tecnoló-gico das crianças, principalmente na hora da refeição, evitando tablets, ce-lulares ou mesmo televisão, que aca-bam distraindo a criança que come mais ainda e de forma errada, devido a um comando do cérebro que se con-

centra na outra atividade”, disse.A especialista exemplificou ainda

com um caso surpreendente e preocu-pante. “Recentemente, eu atendi uma criança de 11 anos que pesava 92 quilos, e com 1,52 de altura, e a mãe trouxe a um profissional pela primeira vez, achan-do que ele ia melhorar com a idade”, disse. A médica explicou ainda que não se pode fechar os olhos quando os sinais se apresentam. “É preciso quebrar o pre-conceito que ainda existe e reconhecer que obesidade é uma doença crônica e merece atenção”, destacou.

Crianças atendidas no AMI - (abril – outubro/2013)

ToTAL

estado nutricional

%

07

Risco nutricional

2,94

17

Baixo peso

7,14

27

sobrepeso

11,34

80

eutrófico

33,62

107

obesidade

44,96

238

Total

100

)

)) nutricionista Kalyanny Barreto faz acompanhamento nutricional de crianças

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8 Jornal de Fato | DOMINGO, 8 de dezembro de 2013

Animal

Além de oferecer estágio aos alunos para unir teoria e prática, hospital presta serviços à comunidade por

meio de atendimento médico dos animais

A arte de A arte de

cuidarcuidar

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9Jornal de Fato | DOMINGO, 8 de dezembro de 2013

Animal

Tem pessoas que cuidam dos animais como se fossem mais um membro da família, com

direito a todos os mimos e atenções ne-cessárias para crescerem fortes e sau-dáveis. Mas, assim como os seres huma-nos, esses bichinhos também adoecem, e nessas horas, os donos mais apegados se comovem com a dor do animal e saem em busca de tratamento. Foi o que fez o senhor Estevão Dantas, que chegou ao Hospital Veterinário (Hovet) em busca de tratamento para seu cão de estima-ção, que fraturou a perna em um salto traquino de uma caminhonete em mo-vimento. “Na hora que aconteceu o aci-dente, eu me lembrei logo de vir ao hos-pital, porque para mim é uma referência em atendimento médico dos animais”, disse Estevão.

O cão levado por Estevão para o hos-pital chama-se Don e é um pastor-ale-mão. Don tem apenas nove meses e já está enorme. No hospital, conquistou os vários estagiários de Medicina Veteriná-ria, que, além do procedimento clínico, aproveitaram para encher o animal de cuidados, fazendo-o sentir-se confortá-vel, apesar da dor. “Tenho muita con-fiança nesses profissionais e acho que eles também conquistaram a confiança de Don, que ficou todo manhoso com os cuidados da equipe”, destacou.

Para o estagiário Iury Thomas Perei-ra, que está no 2.º período de Medicina Veterinária, cada atendimento vem acompanhado de lições importantes tanto para a vida profissional como para o crescimento pessoal. “Aqui dentro é uma escola, onde eu tive a certeza de que é isso que eu quero fazer na minha vida”, disse o estudante, que continuou falando da experiência no local. “Saber que eu posso fazer alguma coisa por es-ses animais me revigora, e é por isso que eu digo que me tornei mais sensível en-quanto humano, quando comecei a sen-tir a dor do animal e a tratá-lo com res-peito”, disse o estudante.

Assim como Iury, que chegou recen-temente no hospital e já está apaixonado pelo que faz, o estagiário Antônio Ber-nardino, que é veterano e está no último período do curso, também experimenta da satisfação de ser o alento dos donos de animais quando os bichinhos estão passando por problemas de saúde.

“É constante ver os donos chegarem aflitos e voltarem mais aliviados por sa-berem que os animais estão sendo cui-dados com a atenção que merecem”, relatou Antônio. O estagiário destacou ainda que os problemas renais, as viro-ses e os pequenos acidentes são mais

comuns entre cães e gatos trazidos para o hospital. “É importante as pessoas sa-berem que podem contar conosco para atender seus bichinhos e que isso é uma forma de estender nossos serviços até os mais carentes e de aprimorar nossos conhecimentos”, disse.

Infelizmente, o caso de Don só vai ser solucionado com cirurgia, e o proce-dimento não será realizado no hospital, que passa por adequações e melhorias, mas os médicos deram todas as orien-tações necessárias ao proprietário do animal de como serão os cuidados com a fratura na perna e onde é possível en-

contrar o procedimento na cidade. “É uma pena não ter como fazer essa

cirurgia aqui no momento, mas só em terem me recebido com atenção e terem tratado meu cachorro com respeito à dor que ele estava sentindo, já me sinto se-guro de buscar o serviço de cirurgia e voltar aqui com o Don cheio de saúde para reencontrar esses profissionais”, disse Estevão.

Assim como Don, outras dezenas de animais chegam ao Hospital Veterinário todos os dias, de segunda a sexta, e a tendência é que a procura pelo hospital aumente a cada dia. Para ter uma idéia,

)) o cachorro Don acompanha Estevão até no trabalho

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Animal

10 Jornal de Fato | DOMINGO, 8 de dezembro de 2013

)) Grupo de estagiários desenvolve pesquisas dentro do hospital

Missão do HoveTColaborar com as atividades didáticas do curso de Medicina Veterinária;

Prestar serviços de extensão à comunidade através de atendimentos médico-cirúrgicos, ambulatoriais e hospitalares;

Zelar pela saúde dos animais da Ufersa;

oferecer estágios aos alunos de graduação, permitindo assim que o estudante tenha a oportunidade de unir a teoria com a prática;

Auxiliar nas atividades de pesquisas científicas;

Promover cursos e palestras voltados a profissionais e acadêmicos do curso de Medicina Veterinária.

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!o Hovet está localizado no campus oeste da Universidade Federal Rural do semiárido e recebe animais de pequeno e grande porte, a exemplo de cães e gatos e animais de tração

enquanto em 2012 foram realizados 700 atendimentos de pequenos animais, em 2013, até o mês de outubro, já foram atendidos 2.400 cães e gatos. O número é considerado alto e revela o quanto a comunidade tem tido mais acesso ao hospital.

“Nosso objetivo é promover ensino, pesquisa e extensão, contribuindo para a formação dos nossos profissionais e para o bem-estar dos animais, e isso só é possível com essa prestação de servi-ços a toda a população, que tem reco-nhecido o nosso papel”, disse o diretor Eraldo Barbosa, do Hospital Veteriná-rio.

Os atendimentos clínicos acontecem normalmente, e a estrutura física do hospital está sendo reformada, mas nor-malizados.

ACEssIBILIDADE às FAMÍLIAs CAREnTEsNão é porque o animal pertence a

uma família carente que ele não vai ter acesso aos cuidados do Hovet. Pelo con-trário. O atendimento é voltado para a população em geral. As taxas cobradas pela prestação de serviços são simbóli-cas, tanto que diferem bastante do mer-cado. Mas, mesmo assim, são essenciais para a manutenção dos serviços, no en-tanto há exceções. “As pessoas que com-provam não ter recursos suficientes ou trazem animais que apresentem casos que sejam de interesse das pesquisas realizadas pela universidade são isentas de pagamento”, disse o diretor Eraldo Barbosa.

Em alguns casos, há a possibilidade de que as famílias beneficiadas com os programas do Governo Federal ou que se declararem carentes tenham acesso gratuito ao serviço, sendo cobrada ape-nas a medicação, de acordo com os pre-ços do mercado. “Nosso público aqui é, em sua maioria, formado por pessoas carentes que vêm até de outras cidades

em busca desses serviços, e elas não po-dem voltar para casa sem atendimento”, disse o estudante Antonio Bernardino.

O estagiário reconheceu ainda a im-portância da população nas suas ricas experiências no hospital. “Cada caso

vem acompanhado de aprendizado, e além da satisfação de aprender coisas novas, nós ainda podemos observar a emoção de quem é atendido e tem a oportunidade de ver o animal com saú-de”, disse.

Page 11: Revista de Domingo nº 633

Quem vai tirar férias ou entrar em recesso neste final de ano deve aproveitar com cautela se não quiser extrapolar o orçamento e começar o ano no vermelho.

O desafio de

planejar e controlar gastos

11Jornal de Fato | DOMINGO, 8 de dezembro de 2013

Recesso

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12 Jornal de Fato | DOMINGO, 8 de dezembro de 2013

Recesso

# Dicas para evitar o endividamentoPLAnEJE os GAsTosFaça as contas do quanto poderá gastar com os presentes e respeite o valor estabelecido. Dê preferência ao pagamento à vista e peça desconto.

PEnsE no FUTURoNão comprometa os salários de dezembro, janeiro e fevereiro com as compras de Natal. Lembre-se que o início de ano é cheio de despesas.

vá CEDo às CoMPRAsComprar na última hora deixa o consumidor sob pressão, fazendo que as decisões sejam mais impulsivas do que racionais.

DEsConFIE DAs PRoMoÇõEsNão caia na tentação de comprar um produto que você não tinha pensado apenas para conseguir cupons de sorteios.

As festas e viagens e o calendário cheio de eventos fazem que os gastos sejam maiores. De acor-

do com o economista Elviro Rebouças, é preciso atenção para não exagerar nos gastos. “O planejamento e o controle das despesas entre dezembro e janeiro con-sistem em grandes desafios para o orça-mento familiar, principalmente porque nesta época há uma sequência de even-tos que muitas vezes induzem ao consu-mismo”, lembra. Para ele, é preciso cal-cular receitas e despesas e evitar acú-mulo de dívidas. “Temos a festa da pa-droeira, o Natal, o Ano-Novo, o veraneio e a compra de material escolar das crian-ças, e tudo isso implica em gastos extras que precisam ser bem pensados”, diz.

Elviro explica que o calendário de eventos é propício para aumentar as des-pesas, mas isso não é uma regra, e por isso precisa ser dialogada com a família, para que o extraordinário não compro-meta a renda com os gastos fixos. “É claro que ir a festas, comprar presentes e viajar são programas importantes, mas toda a família precisa estar consciente da situação financeira e colaborar, se for o caso de realizar alguma meta”, expli-ca.

Ter um bom planejamento financeiro para que as contas fixas não atrasem é o básico para não entrar o ano no vermelho. “Se você for bem controlado nos dias em que está trabalhando, vai poder aprovei-tar melhor os eventos”, destaca.

Para o economista, a melhor forma de evitar que as despesas da época de férias desestabilizem o orçamento é fazer um diagnóstico prévio da situação financeira para determinar como todos devem se comportar. No caso de uma viagem, a or-ganização deve começar bem antes, o que evitaria usar o dinheiro da planilha do mês atual com essas despesas que poderiam ter sido pagas no decorrer do ano.

Os passeios a shoppings e outras lojas

também devem ser feitos com rigor, se não quiser exagerar e comprometer a renda, e para isso o importante é que toda a família colabore. “Fazer reunião entre a família e as crianças pode ser uma excelente alternativa para socializar as metas e evitar gastos desnecessários, até porque o que vai inibir efetivamente o gasto excessivo é a conscientização da família como um todo”, explica.

Até mesmo quando se fica mais tem-

po em casa, os gastos chegam a aumen-tar. “Quando estamos em casa, abrimos mais a porta da geladeira, tomamos mais banhos, acendemos mais as luzes, assis-timos mais à televisão e usamos mais o computador. Isso pode elevar os gastos de uma família. E é por isso que todos devem ficar atentos aos exageros, até porque o indicado é que não se tenha gastos extras superiores à renda do mês”, diz.

!Ter um bom planejamento financeiro para que as contas fixas não atrasem é o básico para não entrar o ano no vermelho

)) Economista Elviro Rebouças orienta que o planejamento financeiro é essencial

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13Jornal de Fato | DOMINGO, 8 de dezembro de 2013

sua carreira

RAFAEL DEMETRIUS

xUm bom relacionamento com as pessoas dentro do am-biente de trabalho é essencial tanto para a carreira como para a qualidade de vida. Mas manter um clima amisto-

so com os colegas profissionais nem sempre é fácil. Desagradáveis e até mal intencionados, alguns perfis desafiam a convivência com piadas excessivas, reclamações ou mesmo puxando o tapete dos outros. Selecionamos dez comportamentos insuportáveis no tra-balho e dicas para lidar com cada um deles:

1. InJUsTIÇADA - Reclamona, ela tem certeza que os chefes a perseguem – e percebe isso em cada olhar ou comentário. Passa muito tempo “alugando” os colegas com as suas lamentações. É extremamente sentimental e não tem foco no trabalho. Geral-mente deixa a desejar profissionalmente, mas, mesmo assim, jura que é muito competente. O perseguido é um perfil difícil até porque não se sente assim só no profissional. Se um carro espir-rar água de poça nela, também vai achar que é pessoal. Mas fugir das responsabilidades, ser a vitima, às vezes é insegurança. O segredo é não entrar na onda e começar a reclamar dos chefes também.

2. FALso BonZInHo - Parece um anjo à primeira vista. Cordial, faz questão de estabelecer boas relações com todos os níveis hierár-quicos. Cedo ou tarde você ficará sabendo de intrigas pesadas feitas pelas costas envolvendo o seu nome. Ele vai negar tudo e sair pela tangente. Mas não se engane, mês que vem tem mais! O famoso “duas caras” é mais um caso de insegurança. Acredita que para crescer não pode ser ele mesmo. Devemos evitar gene-ralizações, mas normalmente essa pessoa tem segundas intenções e quer levar vantagem”. Mas não tente desmascarar o “anjinho”. É melhor manter distância.

3. FoFoQUEIRA InCoRRIGÍvEL - Ela parece um radar: está sempre por dentro de tudo que acontece na vida dos outros funcionários e, por isso, não dedica muito tempo ao trabalho. Tende a envolver as pessoas em suas falações e pequenas maldades. Critica a rou-pa e cabelo das colegas, mas no fundo inveja cada centímetro. A pessoa tem que ter bom senso, mas isso é relativo porque as experiências de vida são diferentes,. Sair de fininho das conver-sas sobre terceiros é a melhor forma de agir. A fofoca só existe porque alguém está ali para ouvir. Não precisa dizer que não quer falar com ela, mas sinalize que tem outras prioridades e não seja conivente. Busque neutralidade.

4. PUXA-sACo BAJULADoR - É um clássico no mundo corporativo. Em suas relações, classifica as pessoas por cargos – e o mais humilde não costuma receber atenção. Está sempre pronto para elogiar o chefe, mesmo que sutilmente, e extrai dessa prática a segurança que precisa para continuar empregado. Nada de fazer igual para ganhar pontos! Um chefe com vivência maior consegue perceber que está sendo bajulado. Portanto, ninguém perde pon-tos para o puxa-saco. Existem pessoas solícitas naturalmente, sem forçar a situação. Não se iguale nem seja ingênua.

10 atitudes insuportáveis no

ambiente de trabalho

5. FoLGADo - Ela (ou ele) fica falando de coisas que ninguém realmente quer saber – e normalmente num tom de voz que os obriga a isso. Usa o telefone da empresa para discutir com a madrinha, com o atendente da TV a cabo ou com a amiga que insiste em ficar com aquele cara que não a merece. Se você der a mínima corda, o folgado vai explicar seus problemas em de-talhes, sem perceber que você está olhando para o outro lado. No limite, entram em assuntos constrangedores – escatológicos, sexuais, patológicos. “Ambiente corporativo não é consultório sentimental. Mas as pessoas só falam muito porque alguém escuta”. Com medo de passar por chato, quem ouve as histórias excessivas nem sempre consegue sinalizar que aquilo invade a liberdade do seu ouvido. A dica é cortar o assunto e não fazer comentários que vão aumentar o diálogo.

6. CARREIRIsTA EsPERTInHo - Está no jogo para ganhar. Ser bem sucedido é quase uma obsessão. Fala o que os chefes gostam de ouvir e não pensa duas vezes ao passar a perna em alguém. Costuma ser competente em suas funções, mas extremamente desleal com os colegas. A dica aqui é simples: nunca comparti-lhe ideias e projetos com ele, por mais bacana que possa pare-cer na mesa de bar. Ele vai roubar seusinsights , não duvide disso. Se apegue aos assuntos genéricos, comente sobre o tem-po, o programa de TV, o futebol...

7. ULTRAsEXY - Ela “dá mole” para os caras, mas se faz de sonsa e desentendida se algum deles reage. No escritório, todo mun-do percebe a paquera com o colega: risadinhas, brincadeiras de mão e outras práticas irritantes dominam o ambiente. Tem certeza que é a garota mais desejada da empresa, e tenta tirar algum benefício disso. Provavelmente ela não acredita na sua competência profissional. É preciso que a equipe seja assertiva para mostrar que não gosta daquilo. E evite qualquer elogio à maquiagem ou roupas que possa inflar ainda mais esse ego.

8. GALÃ oFICIAL - Ele não anda pelo corredor, desfila. Não cum-primenta as colegas, joga beijos e piscadinhas. Conta vantagens na hora do almoço para os outros homens e, muitas vezes, mente descaradamente sobre “aquela gata da academia” que nunca existiu. Não fique achando que você é a rainha da coca-da preta só porque o cara fez uma brincadeira. Geralmente não é pessoal, esse tipo tende a repetir as gracinhas com todas as outras meninas do andar. Mas se ele extrapolar ou passar dos limites, então expresse seu sentimento com clareza, mas de forma suave. Não é preciso brigar com o garotão bobo e ficar marcada no andar pela sua agressividade.

9. MATRACA soLTA - Ela não para de falar e tende a ser inconve-niente. Faz comentários (geralmente dispensáveis) sobre tudo e atrapalha a concentração dos colegas que querem trabalhar. Em reuniões, os chefes chamam sua atenção por estabelecer conversas paralelas. Não entre no enredo que a pessoa está contando. Deixe que ela fale (quase) sozinha e mantenha os olhos na tela do computador ou folha do caderno. Dessa forma, ficará claro que você não está disponível e o assunto acaba mais facilmente. Aos poucos as conversas vão diminuindo.

10. PIADIsTA sEM GRAÇA - Não fez curso de palhaço, mas quer sempre ser o mais divertido. Tenta copiar o colega engraçado de verdade, que tem timing e boas sacadas, mas nunca consegue. O problema? Ele continua insistindo e torrando a paciência dos co-legas com suas piadas tolas. A principal lição é parar de dar risa-das forçadas. O sorriso, mesmo amarelo, prolonga o constrangi-mento coletivo e dá corda para o falso comediante continuar seu show. A comunicação envolve as duas pessoas. Se o cara está vendo algum sinal de espaço ali, então vai falar mesmo.

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DAVI MOURA

14 Jornal de Fato | DOMINGO, 8 de dezembro de 2013

adoro comer

A ceia de Natal da Panificadora 2001

Lanchonete U7

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Aproveite e acesse o http://blogadorocomer.blogspot.com para conferir esta e outras delícias!

A verdade é que o projeto está sendo um sucesso. O Candidu’s e a Kaline Melo estão se superando, com pratos bem elaborados em apresentações de ninguém colocar defeito. Os chás eram servidos sempre no início das refeições, seja na xícara ou na apresentação com a fruta. Disponibilizados em embalagens indi-viduais, os lanches eram servidos após as refeições, para o praticante levar para casa e consumir na hora correta. Uma das inovações foram os chips de batata doce com sal de ervas, excelentes para consumir antes do treino. O prato principal que mais me chamou atenção foi o espetinho de frango, arroz negro e abo-brinha na grelha. Para ver como a apresentação faz toda a diferença: o espetinho de frango vinha sus-penso, dando um ar moderno à composição geral. Aprovei!

Pratos do Vitta

Quem já leu outros relatos, viu que a 2001 faz parte da minha história desde sempre. De qualquer forma, a panificadora é uma caixinha de surpresas. Mesmo já consumindo lá há muito tempo, sempre descubro uma novidade. E a última delas foi a ceia de Natal. Já pelo terceiro ano consecutivo, a 2001 está investin-do forte nas ceias de Natal. Na semana pas-sada, visitei o local e fiz algumas fotos de uma mesa que estava disposta para a gravação do comercial de Natal. O cardápio já está montado e apresenta inúmeras entradas, tortas salga-das, tortas doces, além dos clássicos do Natal, como o peru. As entradas são as mais variadas possíveis, assim como pratos principais e so-bremesas. Show de bola! Visite: R. Mário Negó-cio, 250, Centro. Contato: 084 3321-2001. Fan Page: https://www.facebook.com/Panifica-dora2001uuuummm.

Em 2013, aos poucos, começamos a ver o nome U7 retornar. Começou timidamente, com um carro de som ali, um panfleto aqui, mas agora o nome já começa a se estabelecer. Atualmente, funcionam na famosa Praça do Codó/do Relógio, oficialmente conhecida como Bento Praxedes. Hoje, a direção está por conta de Berg e Mônica, que reativaram o local e estão, com muita força de vontade, fazendo funcionar. O retorno não poderia ser diferente: muitas novidades apare-ceram também. Aos sábados, por exemplo, rola sempre uma feijoada. O resto do cardápio tam-bém veio com novidades, muito além do san-duíche que você já conhece. Há o almoço, com pratos especiais e preços bem baratos. Os petis-cos, com o famoso filé com fritas e o kibe. E os drinks, como caipirinhas e limão cremoso. O U7 funciona diariamente; nunca fecha! Faça o teste: (84) 3061-5777 ou 3317-5567.

As 24 comidas que são a cara do Brasil: o site amer-icano BuzzFeed listou as comidas que definem o nosso País. Veja a lista. Concorda? Discorda? - Coxinha- Brigadeiro- Pão de queijo- Farofa- Feijão tropeiro- Pastel- Mandioca frita- Bolinho de chuva- Bauru- Misto quente- Creme de papaya- Requeijão- Beijinho de coco- Romeu e Julieta- Quindim- Salpicão- Pavê- Empadão- Moqueca de camarão- Mousse de maracujá- Açaí- Vatapá- Feijoada- Acarajé

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adoro comer adoro comer adoro comer adoro comer

Chips de legumes com maionese de cenoura

INGREDIENTES MODO DE FAZER

Chips• Deixe os vegetais de molho em água gelada por 15 minutos;• Seque as fatias com um papel toalha;• No micro-ondas, arrume as fatias de legumes, colocando-as lado a lado;• Tempere com o sal de ervas e leve ao micro-ondas por 8 minutos, virando-as na metade do tempo;• Se for o caso, leve ao forno convencional ou forno elétrico por 10 minutos, para que os chips fiquem crocantes.

Maionese de cenoura• Bata as cenouras no liquidificador com os demais ingredientes até obter uma pasta lisa.

Chips• Fatias finas de batata doce, beterraba e cenoura• Sal de ervas q/b

Maionese de cenoura• 1 colher de chá de suco de limão• 3 colheres de sopa de vinagre de maçã• 1/2 xícara chá de azeite de oliva• 2 cenouras médias cruas• 2 cenouras médias cozidas• Sal de ervas q/b

Fonte: Site "Nunca é tarde para mudar"

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