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Revista de Domingo n° 638

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Revista semanal do jornal de fato

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Jornal de Fato | DOMINGO, 12 de janeiro de 2014

ao leitor

• Edição – C&S Assessoria de Comunicação• Editor-geral – Wil liam Rob son• Editora – Nara Andrade• Dia gra ma ção – Rick Waekmann• Projeto Gráfico – Augusto Paiva• Im pres são – Grá fi ca De Fa to• Re vi são – Gilcileno Amorim e Stella Sâmia• Fotos – Carlos Costa, Marcos Garcia, Cezar Alves e Gildo Bento• In fo grá fi cos – Neto Silva

Re da ção, pu bli ci da de e cor res pon dên cia

Av. Rio Bran co, 2203 – Mos so ró (RN)Fo nes: (0xx84) 3323-8900/8909Si te: www.de fa to.com/do min goE-mail: re da cao@de fa to.com

Do MiN go é uma pu bli ca ção se ma nal do Jor nal de Fa to. Não po de ser ven di da se pa ra da men te.

Um levantamento inédito feito pelo Instituto de Pesquisas do Ministério da Educação (INEP) mos-tra que 55% dos professores do ensino médio da

rede pública no Brasil não têm formação específica na área em que atuam.

Para os profissionais da educação, essa é uma realidade lamentável. A reportagem de DOMINGO conversou com pessoas ligadas ao movimento sindical que representa os professores no Rio Grande do Norte e em Mossoró e obteve informação de que o cenário em nossa região não é diferen-te do que se vê em âmbito nacional.

A situação é provocada principalmente pelo déficit de professores. E as disciplinas mais afetadas são aquelas com carga horária menor que as demais, como Artes, Cultura, Química, Física, Sociologia, Filosofia. Os profissionais es-peram que o quadro mude com a convocação de profissio-nais aprovados nos últimos concursos públicos e a realiza-ção de novos concursos.

Para esta edição, DOMINGO também traz um material sobre a ausência de legislação específica em Mossoró, sobre a circulação de animais domésticos em locais públicos e levanta a discussão sobre até onde é legal proibir a entrada dos pets em determinados locais. Com ajuda de um advo-gado, também trazemos à tona a antiga discussão sobre a legalidade da proibição de animais domésticos em condo-mínios.

Na semana em que ocorre a Festa de Irmã Lindalva em Assú, o repórter Carlos Guerra Júnior traz um material especial sobre a beata, a espera por sua canonização e a relação da população do município com a “santa de casa”.

Na entrevista da semana, DOMINGO conversou com a farmacêutica Leyllane Paiva sobre a profissão, o mercado de trabalho, os riscos da automedicação e a diferença entre os medicamentos, seus genéricos e os similares.

Boa leitura, Nara Andrade

editorial

Longe do ideal

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É proibido proibir

Colunista Davi Moura: Palha italiana

No Brasil, 55% dos professores do ensino médio da rede pública não têm formação específica na área em que atuam

Rafael Demetrius: Dicas para economizar na compra do material escolar

Adoro comer

Longe do ideal

Sua carreira

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Mossoró não conta com legislação específica que regulamente circulação dos pets em locais públicos

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JOSÉ NICODEMOS*

conto

)( Envie sugestões e críticas para oe-mail: [email protected]

À força da profissão comum no seu mundo, logo aos doze anos Mundinho começou na vida de

pescaria. Forte e de grande coragem fí-sica, era bem o tipo proporcionado à profissão, cujo macete aprendera desde menino com o pai. Mas se dava que Mun-dinho, ainda aos quinze anos da sua ida-de, ao contemplar os grandes navios passando lá longe, no horizonte, sentira-se seduzido pelas grandes viagens.

Contudo, nunca ligou para aprender pelo menos a escrever o nome, exigência para tirar uma carteira marítima de mo-ço de convés. Demais disso, não havia escola ali na praia, de modo que todos os seus habitantes criavam-se analfa-betos. E já homem feito, casado, filhos, acabara por esquecer o grande sonho da sua vida. Acomodado à sua circunstân-cia.

Daquela vez, uma de tardezinha, dera-lhe de pescar ali mesmo nos cabe-ços de pedras a coisa de cem metros, pouco mais talvez, da beira da praia Pei-xes pequenos para o jantar. A madruga-da fora de muita chuva, tempo comple-tamente fechado, e a mulher pediu-lhe

uma associação de repente

para ficar em casa, um pressentimento ruim. Não é que Mundinho temesse os perigos do mar, isso é que não.

Eis que de repente um peixe grande, calculadamente uns seis, oito quilos, foi colhido pelo anzol, soltando-se dele sem maior esforço, o dorso escuro ferido pe-los últimos raios de sol riscando as águas sombrias, mar adentro. Era uma cavala. E Mundinho pôs-se a pensar, compara-tivamente, na vida, ao dar com os olhos num grande navio fumando os últimos azuis do céu, de passagem no rumo do Sul.

E aí lhe voltou o desejo antigo, ser marinheiro, viajar por todos os mares do

mundo. Mas é que não aprendera a ler, a fim de matricular-se na Capitania dos Portos. Em outras palavras, nunca pode-ria realizar seu ideal de vida, se lhe fal-tava pelo menos o recurso da assinatura do próprio nome.

Do mesmo jeito que, sem o anzol pre-ciso, não pôde, e não poderia, mesmo, pescar aquela cavala que, escapando-lhe do anzol impróprio, se fora veloz pelo mar afora, enchendo-lhe os olhos com a visão do seu dorso azul-escuro cintilan-do à luz do último sol – pensou, numa repentina associação entre sombras de desgosto e de uma tristeza sem nome. Igualmente assim – sentiu.

E aí lhe voltou o desejo antigo, ser marinheiro, viajar por todos os mares do mundo. Mas é que não aprendera a ler, a fim de matricular-se na Capitania dos Portos.

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entrevista

FARMACÊUTICA LEYLLANE PAIVA

Por NARA [email protected]

“A automedicação é um ato perigoso”

Natural do município de Patu, localizado na região Oeste do RN, Leyllane Rosany de Paiva Azevedo, 27, é graduada em Farmácia pela Universidade Po-

tiguar (UnP) desde 2010 e possui pós-graduação em Far-macologia e Dispensação Farmacêutica. Leyllane Paiva, que atua em uma farmácia comercial em Mossoró, diz que decidiu cursar Farmácia no ano de 2006, quando resolveu sair da cidade de Patu para a capital do RN, em busca de formação profissional para entrar no mercado de trabalho.

Ela afirma que a escolha se deu pelo fato de ser uma área ampla, com várias possibilidades de atuação, como a far-mácia e as análises clínicas. Em conversa com DOMINGO, a farmacêutica fala sobre a profissão, o mercado de traba-lho, as competências dos profissionais da área, a obriga-toriedade da presença de um farmacêutico em todo o ho-rário de funcionamento de estabelecimentos que comer-cializam medicamentos e, ainda, sobre os riscos da auto-medicação.

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entrevista

DOMINGO – Qual a área de atuação do farmacêutico e suas competências?

LEYLLANE PAIVA – O farmacêutico pode atuar em diversas áreas, como a farmácia/drogaria comercial, farmácia de manipulação, hospitalar, na indús-tria e também nas análises clínicas e to-xicológicas. Temos como competência a promoção, prevenção, proteção e recu-peração da saúde humana. Porém, com a complexidade da área de atuação, não podemos traçar um perfil profissional único, pois cada área exige habilidades e competências específicas.

MUITA gente desconhece o papel do farmacêutico e procura orientações que deveriam ser dadas por um médi-co?

MUITA gente ainda desconhece a importância do farmacêutico, que é um profissional de fácil acesso nas farmá-cias e drogarias, que podemesclarecer e orientar a forma de tomar os medica-mentos, as possíveis reações adversas, ou seja, garante o uso racional do medi-camento para que o paciente tenha um tratamento eficaz.

O FARMACÊUTICO pode indicar medicamentos?

O FARMACÊUTICO, além de indicar, pode prescrever de acordo com a reso-lução 586 de 29 de agosto de 2013. Isso foi uma grande conquista para a pro-fissão, tendo em vista que outros pro-fissionais não médicos já prescreviam. Cada um com sua limitação, e no caso do farmacêutico, como consta no artigo 5.º, ele poderá realizar a prescrição de medicamentos e outros produtos com finalidade terapêutica, cuja dispensa-ção não exija prescrição médica, in-cluindo medicamentos industrializados e preparações magistrais - alopáticos ou dinamizados -, plantas medicinais, drogas vegetais e outras categorias ou relações de medicamentos que venham a ser aprovadas pelo órgão sanitário fe-deral para prescrição do farmacêutico.

O CURSO de Farmácia é muito pro-curado? O mercado de trabalho está saturado como outras áreas mais tra-dicionais ou faltam profissionais para preencher vagas disponíveis?

O MERCADO farmacêutico não está saturado. Precisa de profissionais nas suas diversas áreas de atuação. Atual-mente, conseguimos atuar em mais de uma empresa até mesmo de ramos di-ferentes.

TODA farmácia e drogaria têm que ter um farmacêutico responsável. As

empresas têm cumprido essa obriga-ção?

DEPOIS da aprovação do termo de ajustamento de conduta do profissional farmacêutico, cuja ausência da assis-tência farmacêutica pode agravar pato-logias e o aumento da automedicação, as farmácias e drogarias estão se ade-quando a essa nova realidade da pre-sença do farmacêutico em todo horário de funcionamento.

A GRANDE maioria das pessoas tem o hábito de se automedicar. Quais os principais danos desse hábito para a saúde?

ESSE hábito, além de prejudicar o organismo, pode levar a sérias compli-cações, desenvolver reações alérgicas graves e até mesmo mascarar o diag-nóstico. Portanto, a automedicação é um ato perigoso. Por isso, deve-se procurar sempre o médico ou farmacêutico.

OUTRAS pessoas chegam a ser vi-ciadas em medicamentos e sempre acreditam estar sentindo sintomas compartilhados por outras pessoas e acabam fazendo uso de vários tipos de medicamentos no mesmo período. Mis-turar diferentes fórmulas pode compro-meter a saúde de uma pessoa?

O USO de diferentes medicamentos para diversas patologias pode ocasionar várias reações adversas e interações medicamentosas. Esse tipo de associa-ção deve ser prescrito por profissional capacitado.

AS PESSOAS têm o hábito de ler a bula antes de usar um medicamento? Qual a importância desse hábito?

AS PESSOAS não têm o hábito de ler a bula antes de usar o medicamen-to. Isso é importante, porque alguns pacientes acabam se esquecendo das orientações de como usar o medica-mento e não fazem o tratamento eficaz. Agora, vale a pena lembrar que deve-se ter cuidado na interpretação das infor-mações contidas na bula, pois alguns pacientes podem até abandonar o tra-tamento, por não entenderem as infor-mações contidas nela.

É MITO ou os farmacêuticos, por conhecerem bem os efeitos dos medi-camentos no organismo, evitam tomar remédios?

ISSO é muito relativo. Não há pes-quisas que comprovem esse hábito ou não.

MUITAS pessoas, principalmente os idosos, se recusam a tomar medica-

mentos genéricos. Existe alguma dife-rença entre um medicamento, seu ge-nérico e os similares? Explique o que é cada um desses medicamentos.

QUANDO um medicamento ino-vador é registrado no País, é chamado de “referência”. Como os laboratórios farmacêuticos investem anos em pes-quisas para desenvolvê-los, têm ex-clusividade sobre a comercialização da fórmula durante o período de patente. Após a expiração da patente, abre-se a porta para a produção de medicamen-tos genéricos. O medicamento genérico é aquele que contém o mesmo fármaco (princípio ativo), na mesma dose e for-ma farmacêutica, é administrado pela mesma via e com a mesma indicação terapêutica do medicamento de refe-rência no País. A maioria dos pacientes duvida da qualidade do medicamento genérico por ser bem mais barato, isso ocorre porque os fabricantes de medi-camentos genéricos não necessitam fa-zer investimentos em todas as fases de pesquisas, visto que a maior parte dos estudos de segurança e eficácia foram realizados pelos medicamentos de re-ferência. Outro motivo para os preços reduzidos dos genéricos diz respeito ao marketing. Os seus fabricantes não necessitam fazer propaganda, pois não há marca a ser divulgada. O medica-mento similar é aquele que contém o mesmo ou os mesmos princípios ativos, apresenta mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica, mas pode diferir em características relativas ao tamanho e forma do produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem, excipientes e veículo, devendo sempre ser identificado por nome comercial ou marca.

ALGUNS médicos, nas próprias re-ceitas, não autorizam o uso de genéri-cos ou manipulados. Por quê?

PREFIRO não responder por envol-ver questões de éticas médicas.

OUTRA dúvida bastante comum diz respeito ao uso de remédios líquidos ou comprimidos. Existe diferença? Um é mais agressivo ao organismo do que o outro?

AS DIFERENTES formas farmacêu-ticas foram desenvolvidas para facili-tar a administração dos medicamentos para os pacientes com faixas etárias di-ferentes. Por exemplo: as crianças e os idosos têm dificuldade em ingerir um comprimido, por isso há disponíveis as formulações líquidas. O efeito terapêu-tico de ambos deve ser igual.

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Educação

55% dos professores do ensino médio da rede pública não têm formação específica na área em que atuam

longe da idealFormação

No Brasil, 55% dos professores do ensino médio da rede pú-blica não têm formação espe-

cífica na área em que atuam. Os dados foram publicados pelo Instituto de Pes-quisa (INEP) do Ministério da Educação.

Pessoas ligadas ao movimento sindical que representa a categoria de profissio-nais de educação no Rio Grande do Nor-te e em Mossoró lamentam o fato de o cenário educacional não ser diferente em nossa região.

Segundo os dados publicados pelo Inep, das 506.967 funções docentes do ensino médio no País, cerca de 280 mil profissionais não têm formação especí-fica.

A reportagem da DOMINGO conver-sou com diversos profissionais da área e com pessoas ligadas ao movimento sin-dical que aceitaram falar sobre o assun-to.

Também foi tentado contato com a Secretaria de Estado da Educação Públi-ca, para saber o número de docentes atuantes e se muitos assumem discipli-nas de outras áreas, mas segundo a as-sessoria de imprensa do órgão, a única pessoa que poderia passar informações sobre o quadro de docentes e o assunto em questão seria a responsável pelo De-partamento de Recursos Humanos da Secretaria de Educação, e que ela estava

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Educação

7Jornal de Fato | DOMINGO, 12 de janeiro de 2014

)) Marilda Sousa, presidente do Sindiserpum

)) Rômulo Arnaud, coordenador do Sinte/RN

bastante ocupada resolvendo questões ligadas à publicação de editais para a contratação de professores temporários e, por isso, a solicitação da reportagem não chegou nem a ser repassada para ela.

Ainda segundo o levantamento do Inep, as disciplinas com maior deficiên-cia são: Artes, Sociologia, Física, Filoso-fia e Química.

A disciplina de Artes, por exemplo, conta apenas 10,9% de professores com formação específica, enquanto Sociolo-gia tem 11,4%, Física (17,7%), Filosofia (21,9%) e Química (33,3%).

O levantamento do Inep tem como base os dados colhidos no Censo Escolar de 2012 (o mais recente).

Antes do Censo Escolar de 2012, os últimos dados oficiais sobre o déficit de professores no País tinham como base uma estimativa da Coordenação de Aper-feiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), com dados de 2005, mas que também incluíam os anos finais do ensi-no fundamental.

Ainda de acordo com dados do Inep, a Bahia é o Estado que possui menor pro-porção de professores com a formação ideal no sistema público, com apenas 8,5% dos profissionais.

O Inep também mostra que a reali-dade na rede privada de ensino não é muito diferente do que se vê na rede pú-blica. Segundo o levantamento, na rede privada 53% dos profissionais têm for-mação específica.

DIFICuLDADE PARA COMPLETAR CARGA HORÁRIAA presidente do Sindicato dos Servi-

dores Públicos Municipais de Mossoró (SINDISERPUM), Marilda Sousa, diz que essa realidade também é comum na re-de pública municipal de educação, res-ponsável pelos anos do ensino funda-mental.

Marilda Sousa afirma que, com a re-alização do concurso da Educação, espe-ra que essa prática seja extinta.

Segundo a presidente do sindicato, na maioria das vezes isso acontece devi-do à carga horária do piso nacional da educação, que prevê que dois terços das 30 horas de trabalho dos professores se-jam utilizadas na sala de aula, e um ter-ço seja destinado à elaboração de aulas, correção de provas e demais atividades extraclasse.

“Assim, quando o professor pega seis turmas de uma disciplina com 3h/aula, no final ficam faltando 2 horas para com-pletar as 20 horas previstas na carga horária, e para completar, e não ter per-das salariais esses profissionais assu-mem outras disciplinas de menor carga horária”, explica.

Ainda de acordo com Marilda Sousa, no último concurso para professor do Município foram abertas 200 vagas, mas ela acredita que para suprir o déficit de professores para o ano letivo de 2014, seja necessário convocar 300 profissio-nais.

“SITuAÇÃO LAMENTÁVEL”O coordenador geral do Sindicato dos

Trabalhadores em Educação (SINTE-RN) e professor de História Rômulo Arnaud também conversou com DOMINGO so-bre o assunto.

Para Rômulo Arnaud, essa é uma si-tuação lamentável, já que a deficiência atinge, principalmente, disciplinas im-portantes para a formação socioeduca-cional dos estudantes.

“Para você ter uma ideia, venho ago-ra de uma escola em que me ofereceram turmas de disciplinas afins a minha for-mação, como Sociologia, justamente para preencher a carga horária”, comen-ta.

O professor de História e coordenador do Sinte-RN afirma que, além de profes-sores de História assumirem turmas de disciplinas de áreas correlatas, como

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Educação

Economia, Sociologia, Filosofia, Ensino Religioso, acontece ainda uma situação mais grave, como exemplo professores de Química dando aulas de Arte, Cultu-ra, que são áreas completamente dife-rentes.

Rômulo Arnaud comenta que, entre as ações do Sinte-RN para coibir essa prática danosa à educação, estão denún-cias, pedidos nas discussões para evitar que isso aconteça. Mas, segundo o coor-denador do Sinte-RN, o Governo alega que os professores precisam cumprir a jornada do piso, para poder receber in-tegralmente o salário.

“O que poderia ser feito para tentar resolver a situação seria haver uma maior flexibilidade com o cumprimento da car-ga horária mínima, já que o professor não tem culpa por não atingir a jornada do piso”, comenta.

O professor ressalta que a alegação do Governo acaba deixando os profissio-nais com as mão atadas.

DÉFICIT DE PROFESSORESJá a coordenadora geral do Sinte-RN,

Fátima Cardoso afirma que a escola pú-blica é vítima de um forte ataque, com baixos salários, condições de trabalho precárias, que fazem parte da política de desmantelamento, o que, segundo ela, faz que muitos estudantes de licenciatu-ra desistam de seguir a carreira de pro-fessor e migrem para outras profissões.

Essa evasão dos cursos de licenciatu-ra provoca o aumento do déficit de pro-fessores em salas de aula.

“Com o déficit, profissionais de outras áreas de formação acabam sendo utili-zados para tapar buracos, principalmen-te nas disciplinas de Física, Química e Biologia. Essa evasão é, inclusive, mos-trada através de uma pesquisa interna-cional, que afirma que 46% dos estudan-tes de licenciatura desistem durante o curso”, ressalta.

De acordo com dados do Sinte-RN, atualmente no Estado existem 12 mil professores e coordenadores pedagógi-cos na ativa e a rede estadual de ensino conta com déficit de dois mil profissio-nais.

“Realizar concursos seria uma forma de combater essa prática, mas o Estado tem concursados aprovados que não es-tão sendo convocados”, conclui.

RELATO DE uM PROFESSORCom 18 anos de experiência em sala

de aula e há seis anos como diretor do Portal do Saber, o professor de Geografia e blogueiro Pádua Campos diz que pas-sou várias vezes por situações semelhan-tes a essa na rede pública. O motivo, o

mesmo citado pelos demais profissio-nais, é a necessidade de completar a carga horária.

“Quando a gente precisa completar a jornada, tem sim que ensinar discipli-na às vezes ‘estranhas’. Eu já lecionei, por exemplo, Filosofia, Sociologia e His-tória. Pelo menos é na área de humanas,

mas também Ciências, Religião e Artes. Algumas escolas não têm como pegar um profissional com poucas aulas; aí fica desse jeito. Acho que muitas esco-las ainda fazem esse ‘jeitinho’, tanto para acomodar o profissional como tam-bém para obedecer ordens das secreta-rias”, relata.

)) Fátima Cardoso, coordenadora geral do Sinte/RN

)) Professor Pádua Campos: 18 anos de experiência em sala de aula

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Mundo pet

9Jornal de Fato | DOMINGO, 12 de janeiro de 2014

Município não possui legislação específica que regulamente circulação de animais domésticos em locais públicos

É proibido proibirQuem cria animal de estimação,

já deve ter deixado de ir a al-gum lugar por não poder levá-

lo. Alguns supermercados, por exemplo, exibem logo na entrada placas proibindo a entrada de pets. Outra questão bastan-te comum é a proibição de animais de estimação em condomínios.

Mas, até que ponto é legal proibir a circulação de animais domésticos em locais públicos? E, no caso de condomí-nios, é possível proibir uma pessoa criar um animal em seu apartamento, já que

se trata de um espaço particular? DOMINGO conversou sobre o assunto

com o advogado Kallio Gameleira. A pri-meira questão esclarecida pelo especia-lista diz respeito à existência ou não de uma legislação que regulamente a circu-lação dos pets em locais públicos. De acor-do com o advogado, em Mossoró, existe a lei complementar 47 de 16 de dezembro de 2010, mas tal regulamentação é de forma simples, pois não trata diretamen-te sobre a circulação dos animais.

Kallio Gameleira afirma que, para se

ter uma ideia, a lei possui 290 artigos e somente oito tratam sobre as medidas em relação aos animais de forma em ge-ral.

Quanto à circulação dos animais, so-mente quatro artigos tratam diretamen-te sobre esse assunto, tendo como uma das normas mais importantes desses quatro artigos a de que todos os animais somente devem circular na via pública com suas respectivas guias, não fazendo qualquer menção acerca da necessidade do uso de focinheira ou enforcador, para

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Mundo pet

10 Jornal de Fato | DOMINGO, 12 de janeiro de 2014

Direitos Dos animais Deveres dos donosExistência

Não ser submetido a maus-tratos e atos cruéis

Alimentação adequada

Respeito

Não ser abandonado

Repouso

Não ser usado para divertimento dos homens

Cuidar da vacinação

Andar com os animais com a guia

O animal deverá ser conduzido por pessoa com idade e força suficiente para controlar os seus movimentos

Recolher dejetos fecais eliminados em locais públicos ou, no caso de condomínios, os de uso comum

Manter os animais em boas condições de alojamento, higiene e bem-estar

Respeitar, no caso de condomínios, as normas das áreas de uso comum

Ter direito de ir e vir com seu animal de estimação

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)) Advogado Kallio Gameleira

o caso dos cães mais ferozes.“Temos ainda que lembrar que, ape-

sar de não estar ligado diretamente à legislação que regulamente a circulação de animais, e muitos desconhecerem, os animais são detentores de direitos, sen-do estes previstos na Declaração Univer-sal dos Direitos dos Animais, assinada em 27/01/1978, na Assembleia da Unes-co em Bruxelas, Bélgica, tendo os países-membros da ONU como signatários, o que inclui o Brasil, ou seja, as normas contidas na Declaração Universal dos Direitos dos Animais devem ser obser-vadas no âmbito nacional”, comenta.

ANIMAIS EM CONDOMÍNIOSApesar de se saber que em alguns

condomínios há cláusula na convenção e/ou em seu regimento interno proibin-do de forma absoluta a criação de animais de estimação, deve-se entender que, atualmente, por meio de uma decisão judicial, pode-se conseguir a nulidade de tal clausula e, consequentemente, con-seguir permitir a criação, ou seja, no ca-so, pode-se conseguir a relativização dessa regra (proibição de animais em condomínios), mas o animal deve ser saudável, não oferecer perigo ou causar perturbação aos demais moradores.

No entanto, apesar de poder conse-guir a criação dos animais de estimação nos condomínios, caso um determinado animal ocasione aos demais moradores incômodo extraordinário, por exemplo, animais que passam a noite latindo e perturbando o sono dos demais condô-minos, e até mesmo haja problemas em relação à higiene do animal, com o pos-sível aparecimento de pulgas e carrapa-tos, pode-se questionar a presença des-se animal no condomínio, independente do tamanho dele.

“Sendo esse caso uma situação con-creta, a proibição somente valeria para determinado animal e não para os outros possíveis animais existentes no condo-mínio. Temos ainda que salientar que, tanto os animais de pequeno quanto os de grande porte podem ser impedidos de ser criados em um condomínio, indepen-de do porte do animal. Um papagaio po-de incomodar mais do que um cachorro de grande porte, por exemplo, e se pre-judicar a norma da boa vizinhança, pode ser impedido de permanecer”, frisa.

No entanto, o advogado enfatiza que deve-se utilizar o bom senso, como por exemplo na circulação de animal de grande porte e/ou bravos com uso de focinheira, nos elevadores e áreas em comum, para evitar um ataque ou fato semelhante.

“Vale dar destaque ainda que, em al-guns edifícios, há a proibição de circula-ção dos animais de estimação nos eleva-

dores (sociais e de serviço), devendo ser somente utilizadas as escadas. No en-tanto, há entendimentos, inclusive com decisões judiciais, que tal proibição é ilegal e abusiva, devendo ser ingressada uma ação judicial para conseguir a au-torização do uso do elevador, que no ca-so será o de serviço”, ressalta.

AÇÕES JuDICIAIS Apesar de terem ocorrido alguns ca-

sos de ataque de cães a pessoas, como por exemplo uma tragédia que aconteceu em outubro de 2012, em que um cachor-

ro da raça pitbull atacou uma criança de seis meses e esta depois veio a óbito, não foram encontradas muitas ações ajuiza-das em Mossoró.

No entanto, em âmbito nacional, há bastantes ações envolvendo ataque de cães a pessoas, bem como até mesmo os maus-tratos cometidos por pessoas con-tra seus animais.

Para os casos em que há ataque do animal e este cause dano a outra pessoa, será o caso de Direito Civil, mais especi-ficamente na parte da responsabilida-de.

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Irmã Lindalva foi beatificada pela Igreja Católica por ter sacrificado a vida pela fé cristã

"Santo de casa não faz milagre” é um ditado popular bem presente na cultura brasileira. Assú sonha

justamente com o contrário: provar os milagres de Irmã Lindalva, para ser instaurado o processo de canonização na Igreja Católica da beata que nasceu na cidade.

Lindalva Justo de Oliveira foi bea-tificada em 2007, que é a etapa anterior à canonização, a proclamação de um santo.

A beatificação já necessita geral-mente da comprovação de um milagre, mas no caso da Irmã Lindalva houve dispensa porque ela foi martirizada, isto é, morreu em nome da fé. Ela foi assassinada em uma Sexta-feira Santa, no dia 9 de abril de 1993.

A freira era bastante ameaçada pe-lo interno Augusto da Silva Peixoto, 46 anos, no abrigo de idosos em que tra-balhava, mas disse preferir ter o sangue derramado a deixar de cumprir a fun-ção que Deus lhe colocou.

Muitos são os fiéis que acreditam já terem sido intercedidos pela beata e oram pelo êxito no processo de cano-nização.

A última festa realizada em home-nagem a Irmã Lindalva, que acontece anualmente em janeiro, contou com depoimentos diários de fieis na Paró-quia da Bem-Aventurada Irmã Lindal-va/São Cristóvão.

A Arquidiocese de São Salvador é a responsável por articular o processo de canonização da freira assuense. Essa arquidiocese da capital baiana foi, in-clusive, quem solicitou a análise da beatificação, ocorrida em um dos pro-cessos mais rápidos da Igreja Católica. Enquanto alguns beatos demoram dé-cadas ou até séculos para serem reco-nhecidos, o processo da irmã iniciou em 17 de janeiro de 2000 e foi encer-rado em 3 de março de 2001.

O resultado positivo serve de oti-mismo para a etapa mais esperada: a canonização. O cardeal-arcebispo dom Geraldo Majella Agnelo, de Salvador (BA), solicitou a instauração do proces-so. A primeira ação de dom Geraldo Majella aconteceu antes mesmo do evento para proclamar a beatificação da irmã. Dias antes da beatificação, que ocorreu em 2 de dezembro de 2007, o cardeal viajou até o Vaticano, onde so-licitou a abertura do inquérito de ca-nonização.

11Jornal de Fato | DOMINGO, 12 de janeiro de 2014

Religião

Santa

milagre

de casafaz

CARLOS GuERRADa Re da çã[email protected]

)) Irmã Lindalva foi beatificada em 2007

Page 12: Revista de Domingo n° 638

12 Jornal de Fato | DOMINGO, 12 de janeiro de 2014

Religião

MILAGRESO caso que foi defendido pelo arce-

bispo de Salvador como sendo o pri-meiro milagre de Irmã Lindalva foi uma doença muito grave de uma menina de 15 anos, que apresentava decomposi-ção física no corpo, no pescoço e no rosto. A família da adolescente, devota de Irmã Lindalva, fez o pedido e foi agraciada: exames foram feitos, mas a cura não pôde ser explicada por méto-dos científicos. O milagre ocorreu em Salvador, no primeiro semestre de 2007, ocasião em que a Irmã Lindalva já era venerável - passo que antecede a beatificação.

A família Justo de Oliveira revela que outros casos foram levados para o Vaticano, onde a Igreja Católica anali-sa para serem reconhecidos como mi-lagres. Um deles foi de uma moça que estava com câncer na garganta e o mé-dico orientou que ela fosse levada para casa, para que ela pudesse falecer em sua residência. A família a colocou nas

mãos de Irmã Lindalva e a garota foi salva sem grandes explicações cientí-ficas.

Outro acontecimento foi de uma menina de oito anos, que estava com leucemia e seus pais pediram a inter-cepção da beata e ela foi curada.

PROXIMIDADE COM O POVOA devota mais fiel de Irmã Lindalva

se apresenta pelo nome de Maria Lúcia da Fé e tem 91 anos. O nome Fé já dá uma sugestão de quem seria essa se-nhora abençoada.

Ela é a mãe da beata e ora todos os dias pela sua filha. A aposentada conta que já recebeu várias graças por conta da filha sagrada, como também pediu para outras pessoas e foi atendida. No entanto, ela não expõe o tema em pú-blico e prefere se reservar nas conver-sas com Irmã Lindalva.

“Se eu disser os milagres de Lindal-va, vão dizer que é porque sou mãe. Então, eu fico calada. Minha conversa é diretamente com ela e ninguém pre-cisa saber. Acredito muito nos milagres dela, mas é algo só meu”, disse dona Maria.

Ao expor que as pessoas podem des-confiar da veracidade dos depoimentos da mãe de Irmã Lindalva, dona Maria Lúcia da Fé leva a um novo questiona-mento: será que a proximidade com a beata faz o povo não se tornar tão de-voto da santa assuense?

O padre Francisco Belarmino é o responsável pela Paróquia da Bem-Aventurada Irmã Lindalva/São Cristó-vão há poucos meses. Ele afirma que ter uma santa caseira é uma situação totalmente nova.

“Costumamos ter uma santa como algo distante da gente, que viveu há muitos séculos em um lugar distante. Lindalva morreu há cerca de 20 anos, então as pessoas tiveram contato com ela e ainda conhecem seus irmãos e sua mãe. Por isso, ainda é uma situação nova. As pessoas estão começando a se acostumar com a ideia agora e acre-dito que, com o passar dos anos, a de-voção por Lindalva aumente”, declarou o padre.

SIMPLICIDADE DE MÃE PARA FILHAMesmo aos 91 anos, ela ainda acre-

dita que vai estar viva para presenciar a canonização de Irmã Lindalva. “Não esperava ver a beatificação, porque diziam que era um processo demorado, mas eu estava viva para ver, e espero estar aqui para ver a canonização, mes-mo sabendo que é muito difícil”, apon-tou dona Maria, dizendo que espera não ser no Vaticano, pois teria medo de en-frentar o avião por tantas horas até a Itália, e chegou a dizer até mesmo que não iria, mas os familiares que presen-ciaram a entrevista disseram que dona Maria Lúcia vai ao evento, independen-te de onde for o local.

)) Padre Francisco Belarmino é o responsável pela Paróquia da Bem-Aventurada Irmã Lindalva/São Cristóvão

)) Maria Lúcia da Fé, 91 anos, mãe da beata, diz que espera presenciar canonização de Lindalva

Ozair Lima

Ozair Lima

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13Jornal de Fato | DOMINGO, 12 de janeiro de 2014

sua carreira

RAFAEL DEMETRIUS

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Passado o Réveillon e as compras de Natal, é hora de pensar na aquisição do material escolar das crianças. Para este ano, os pais terão a costumeira e árdua tarefa de pesquisar o preço dos

produtos em papelarias e livrarias e garimpar por descontos. Antes das dicas para economizar, saiba que antecipar o quanto puder a compra do material escolar do seu filho é uma excelente pedida. O mês de janeiro é marcado pelo reajuste da matrícula escolar, lista de material e impostos, como IPTU e IPVA. Além de tudo isso, o preço do material escolar será reajustado de acordo com o índice de inflação do Brasil, cerca de 8%, ou seja, a partir de 2014, cadernos, fichários, lápis, pastas, tesoura, cola, giz de cera, agenda e outros produtos vão estar mais caros. O preço dos livros vai subir cerca de 10%. Os próprios lojistas garantem que a inflação da lista escolar vai ser puxada pelos livros. Segundo eles, o material não será o principal vilão da alta dos preços. Por isso, antecipe o que for pos-sível, logo nos primeiros dias de janeiro. As condições de pagamento também devem ser avaliadas. Evite fazer crediário ou usar o cartão. Lembre-se dos impostos que estão por vir e comprometem quase todo o seu orçamento doméstico. Ciente disso, veja também outras dicas que vão fazer você economizar na compra do material escolar do seu filho.

Antes de comprar – Antes de sair às compras, analise os materiais que seu filho usou neste ano. Aproveite os que estão em bom estado de reutilização. Somente depois faça uma pesquisa de preço em diferentes estabelecimentos, como papelarias, depósi-tos e lojas de departamento e decida sobre onde comprar. Esta é uma época de muitos custos, principalmente resultados dos gastos ex-cessivos devido às férias, as festas e os impostos que estão chegan-do ao início do ano como IPVA, IPTU, Imposto de Renda etc...

Não deixe para última hora – Quanto mais perto das aulas, mais caros ficarão os produtos. Eles só irão baixar cerca de sessenta dias após o início do ano letivo. É totalmente desaconselhável esperar o tempo passar para ir às compras. É uma tendência natural, os preços não vão baixar e os modelos mais baratos, devido à grande procura, podem acabar, e o con-sumidor corre o risco de ficar com menos opções.

Evite levar os filhos à Livraria – Saiba que levar os filhos no momento da compra dos materiais pode não ser uma boa opção. Geralmente, as crianças são atraídas por tudo, prin-cipalmente por produtos chamativos, de melhor acabamento e pro-porcionalmente mais caros. Isso faz que os pais gastem mais do que deveriam. A indústria utiliza os desenhos e personagens para chamar a atenção das crianças, o que acaba indo para o preço.

Personagens são caros – Os personagens do cinema chegam com força, colorindo o material escolar. Estampam as capas dos cadernos, fichários e das mochilas, fazendo o preço acelerar. O último desenho animado da temporada pode fazer a compra custar até três vezes mais. Uma mochila pode custar de R$ 20,00 a R$ 400,00. Os cadernos de uma simples brochura ao último lançamento da telona podem variar de R$ 0,69 até R$ 50,00. Cuidado com as marcas.

Dicas para economizar na compra

do material escolarAgradando a todos – Na hora da compra, procu-re comprar materiais que agradem tanto o gosto do seu filho como também o do seu bolso. Não opte por aqueles superba-ratos, porque muitas vezes eles não possuem boa qualidade, o que pode gerar uma nova compra, devido a problemas com o material, tente agregar qualidade a preços acessíveis. É pre-ciso ter cautela ao escolher os produtos para que a barato não saia caro. A diferença de preços entre os mesmos itens sur-preende, mas deve-se levar em conta que o produto mais barato pode não ter a mesma qualidade, não vai durar o mes-mo tempo.

Cuidado com as falsas ofertas – Algumas lojas barateiam alguns produtos para servir de chamariz, para atrair e enfeitiçar o cliente. Em uma olhada mais a fundo o cliente pode perceber que os demais produtos e materiais da lista são bem mais caros e compensam para o proprietário a baixa feita no “chamariz”.

Pesquise o máximo – Faça pesquisa de preços em diferentes estabelecimentos, compare os preços individuais de cada produto, o total, os descontos, formas de pagamento e os prazos concedidos, observe ainda o acréscimo de juros no caso de parcelamentos.

Reúna os amigos – Algumas lojas oferecem des-contos em compras de grande quantidade, vale a pena reunir um grupo de pessoas para comprar juntos, convide os pais e mães das crianças que estudam com seu filho. Em grupo de três ou mais pessoas, as lojas geralmente oferecem boas ofer-tas e condições de pagamento.

Exija a nota fiscal – Sempre exija nota fiscal, pois em caso de problemas será necessário apresentá-la para trocar a mercadoria com defeito. Como as empresas atualmente pro-duzem em grandes quantidades, é normal aparecerem “pro-blemas” em alguns produtos.

Atenção para os prazos – O consumidor deve-rá sempre atentar para os prazos de troca das mercadorias. Caso algum material escolar de seu filho apresentar problemas, o prazo de troca é de 30 dias para bens não duráveis e 90 para bens duráveis.

Esteja atenta à lista – As escolas não podem so-licitar compra de material de uso coletivo, como materiais de higiene e limpeza, ou cobrar taxas para suprir despesas, como água, luz, e telefone. Nesse caso, o mais recomendado é pro-curar a direção da escola ou órgãos como Procon e Ministério Público.

No caso de anúncio errado – Toda informa-ção ou publicidade veiculada por qualquer meio de comunica-ção obriga o fornecedor a cumpri-la integralmente. Do contrá-rio, você poderá exigir, à sua escolha, que o fornecedor cumpra com o que ofertou, prometeu ou anunciou; a entrega de outro produto igual e/ou equivalente; ou cancelamento do contrato, com direito à devolução do valor que tenha sido pago anteci-padamente, monetariamente atualizado.

Page 14: Revista de Domingo n° 638

DAVI MOURA

14 Jornal de Fato | DOMINGO, 12 de janeiro de 2014

adoro comer

A tapioca da Panificadora 2001

Caixa Collezione da Caracol Chocolates

Shake Society PremiumMcFlurry Bis com calda de morango

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Aproveite e acesse o http://blogadorocomer.blogspot.com para conferir esta e outras delícias!

Uma realidade que muita gente nem imagina é que o número de pessoas que é intolerante ao glúten e a lactose é imensa. A Diet Farma comercializa misturas semi pron-tas de pães e bolos sem glúten e sem lactose, da marca Marilis. Com instruções fáceis para que a receita seja executada rapidamente, apresenta-se como uma opção saudável para quem sofre desse mal, mas não quer deix-ar de comer as delicinhas diárias. A parte boa é que toda a linha Marilis – que inclui o bolo de chocolate e pães integrais – está com 20% de desconto nas compras à vista. Anote: a Diet Farma fica em frente à Cobal, no centro da cidade. Contato: (84) 3316-1791.

Pães e bolos sem glúten na Diet Farma além da tradição em doces e salgados, um dos pon-

tos fortes da 2001 é o seu lanche da tarde/jantar. Às 17h, já é possível desfrutar uma variedade de opções bem regionais, como cuscuz e tapiocas re-cheadas; ou outras que já estão no gosto do brasil-eiro, como lasanhas, panquecas e várias opções de sopas. Sobre as tapiocas, gosto da praticidade. É chegar, pedir e comer, além de poder vê-la sendo feita na hora. Não vá esperando sabores exóticos, pois eles servem o que a maioria gosta. Dentre as opções, estão a de frango, queijo, presunto, carne de sol, simples e a de calabresa, minha favorita. Indico!

quem visitou Gramado (RS), conhece bem os choco-lates da marca mais famosa de lá, a Caracol. Há pouco tempo, alguns familiares viajaram pra lá e, na volta deles, fui presenteado com uma caixa de choc-olates variados da Caracol. A caixa, que se chama Colezzione, apresenta cerca de 25 unidades de bom-bons variados, incluindo chocolate branco, 70% ca-cau e amêndoas. Vale lembrar que a marca surgiu em 1982, em Canela (RS), e hoje é uma das mais queridas e praticamente obrigação gastronômica de quem viaja ao Sul. Delícia!

na carta de long drinks da Society Cafeteria, o Shake Society Premium é o meu favorito, talvez pela simpli-cidade. Feito com sorvete de creme, calda de chocolate, café espresso e chantilly, é a mistura perfeita para quem quer se iniciar no mundo do café, mas tem medo de arriscar. No copo alto, é servido com uma colher, para facilitar o consumo, já que o mesmo tem uma consistên-cia de milk shake. Além desse, vale a pena provar o afogatto no sabor morango e o drink de cachaça, dois primores do cardápio. Nota 10!

como todo bom de boca que se preze, adoro fazer mis-turas diferentes nas minhas comidas, especialmente se forem doces. Uma das últimas foi uma combinação que, pra mim, é super comum (chocolate com mor-ango), mas pra a menina que me atendeu no McDon-ald’s, foi, no mínimo, inusitado. Minha solicitação foi um McFlurry Bis com calda extra de morango. Pedi para a calda de chocolate vir no fundo do copo, logo depois o sorvete e, como topping, a calda de morango junto com os mini Bis. A mocinha ficou espantada pela quantidade de doce que eu estava prestes a in-gerir! Ah, e ficou perfeito, como toda combinação de chocolate com morango.

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15Jornal de Fato | DOMINGO, 122 de janeiro de 2014

adoro comer adoro comer adoro comer adoro comer

Palha italiana

INGREDIENTES MODO DE FAZER

• Corte o biscoito em pequenos pedaços e reserve;• Em uma panela, misture o leite condensado, o chocolate em pó e a margarina. Leve ao fogo e misture, desligue o fogo assim que o brigadeiro começar a soltar do fundo e dos lados da panela;• Na própria panela, junte os pedaços de biscoito e misture;• Unte alguma superfície lisa com margarina e despeje a mistura do brigadeiro com os biscoitos;• Abra a massa e polvilhe açúcar;• Assim que esfriar, corte em quadradinhos e polvilhe um pouco mais de açúcar.

• 1 lata de leite condensado• 3 colheres de sopa de chocolate em pó• 1/2 colher de sopa de margarina• 1 pacote de biscoito maisena• Açúcar para polvilhar

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