Evolução Design Gráfico

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Evolução Design Gráfico

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Evolução do Design Gráfico Design Gráfico | 10 º Ano

Curso Profissional de Técnico de Design

Joana Bessa Mesquita | 2011|2012

O começo

  O aparecimento do Design Gráfico, os seus primórdios

podem ser ligados:

  30.000 anos atrás – pinturas rupestres

  550 anos atrás – Invenção da Imprensa

Pinturas Rupestres - Lascaux

  Há 5.000 anos, muito antes de usarem alfabetos, os

habitantes pré-históricos da Península Ibérica

identificavam os membros das suas élites gravando

desenhos em placas de xisto – uma solução original. E

uma boa introdução aos sitemas mais complexos que

vieram depois.

Placas de xisto

Os primeiros sistemas de escrita

Existem duas escritas bem definidas antes do final do quarto milênio a.C.; o cuneiforme mesopotâmico e os hieróglifos egípcios. Ambos eram bem conhecidos na região do Oriente Médio onde surgiu o primeiro alfabeto a ser usado em grande escala, o fenício.

Escrita cuneiforme Hieróglifos egípcios

Alfabeto Fenício Alfabeto Grego

As letras dos Romanos

Inicialmente, as letras romanas escreviam-se (ou esculpiam-se) sem acabamentos terminais e com hastes de grossura regular; só gradualmente, com o aperfeiçoamento das ferramentas para trabalhar a pedra, é que se desenvolveram as terminações designadas por patilhas ou serifas.

A letra visigótica

A letra redonda: uncial

uncialis

As unciais foram uma evolução

tardia das maiúsculas romanas.

Apareceram no declínio do

Império Romano, persistiram no reino de Bizâncio e durante toda a

Idade Média, formando uma das

múltiplas ligações entre a cultura

gráfica tardo-romana e a prática

tipográfica contemporânea.

Uncialis

A partir de 800, a uncialis já só foi usada como display script em títulos e subtítulos dos livros caligrafados com góticas. Depois da fase de dominância, as unciais e semi-unciais foram profusamente usadas para iniciais nos manuscritos carolíngios e góticos, frequentemente decoradas a ouro e a cores.

A letra carolina

A letra Carolina foi a componente

gráfica essencial da Renascença

C a r o l i n a , m o v i m e n t o d e

renovação cul tural e intelectual

impulsionado por Carlos Magno,

q u e , e m b o r a p r a t i c a m e n t e

a n a l f a b e t o , f o i u m g r a n d e

f o m e n t a d o r d o e s t u d o d a

Antiguidade e da recuperação dos

legados gregos e romanos.

Góticas

Distinta do modelo de letra carolíngio, a letra gótica teve origem por volta do século XI, na Bélgica e no norte da França.

No século XV, os prototipógrafos tomaram as letras góticas como modelo, reproduzindo com fidelidade os manuscritos e adoptando as capitulares e os ornamentos feitos pelos monges.

Góticas

Gótica Textura Gótica Rotunda (redonda)

Escrita Árabe O Nashk é um estilo de escrita cursiva, com letras mais redondas e fluídas. Surgiu no século X, tendo substituído o estilo cúfico. Foi igualmente empregue para copiar o Alcorão, bem como em obras literárias.

Página de un Corão andaluz, datado do século XII. Os traços mais grossos no centro da página são de estilo cúfico.

Gutemberg

  A partir da revolução tecnológica operada por

Gutenberg, a escrita passou a ficar duradouramente

fixada em letras de chumbo; as formas das letras já não

evoluíram exclusivamente pela invenção, destreza e

fluidez da mão do calígrafo, já não sofreram as

mutações próprias do gesto humano de escrever.

Gutemberg

Introdução ao Design Gráfico Como já vimos a comunicação visual tem uma longa história. Quando o homem primitivo, ao sair à caça, distinguia na lama a pegada de um animal, o que ele via ali era já um sinal gráfico.

  As representações gráficas podem ser sinais, como as letras de um alfabeto, ou fazer parte de um outro conjunto de signos, como os sinais de trânsito.

  Quando reunidas, as marcas gráficas – como as linhas de um desenho, ou os pontos de uma fotografaia – formam imagens.

  O Design Gráfico é a arte de criar ou escolher essas marcas, combinando-as numa superfície qualquer para transmitir uma ideia.

  As palavras e imagens normalmente são utilizadas em conjunto – pode haver predominância de um dos dois.

  A palavra quando impressa, perde uma extensa variedade de expressões e inflexões. A função do designer é tentar romper essa limitação.

  Ampliando ou reduzindo os tamanhos, os pesos e a posição das letras, para dar voz ao texto.

  O Design Gráfico como profissão só passou a existir a partir de meados do séc. XX;

  Até essa altura os anunciantes utilizavam os serviços oferecidos pelos “artistas comerciais”.

  Essses especialistas eram :   “visualizadores”(artistas de layout)

  Tipógrafos

  Ilustradores

  Retocadores letristas, etc.

  Até ao final do séc. XIX, as artes gráficas eram essencialmente produzidas a preto e branco e impressas em papel.

  Os designers gráficos ocidentais herdaram o alfabeto romano, cujas formas pouco mudaram ao longo dos séculos.

  As letras desenhadas pelas penas dos escribas forma imitadas, havendo poucas variações.

Das artes gráficas ao design: 1840 a 1914

O Poster Artístico

Das artes gráficas ao design: 1840 a 1914

  O poster, pertence à categoria da apresentação e da promoção, no qual a imagem e a palavra devem estar vinculadas a um significado único e fácil de ser lembrado.

  Nas ruas das crescentes cidades do séc. XIX, os pósteres eram uma expressão da vida económica, social e cultural, competindo entre si para atrair compradores para os produtos e público para os entretenimentos.

Das artes gráficas ao design: 1840 a 1914

  A imagem colorida foi tornada possível graças ao desenvolvimento da impressão litográfica.

  As ilustrações refletiam o estilo artístico da época e introduziram uma nova estética de imagens.

  Antes da litografia os cartazes eram impressos por tipografia, tal como os livros, com tinta preta.

Das artes gráficas ao design: 1840 a 1914

Théophile Alexandre Steilen

Das artes gráficas ao design: 1840 a 1914

  Embora já existisse a fotografia , ainda não era possivel fazer grandes formatos, ampliações, nem grandes tiragens.

  Os artistas pintavam cartazes que eram transferidos à mão para as pedras litográficas- uma para cada cor, às vezes eram necessárias quinze!

  Esta técnica sobreviveu muitos anos, até depois da 2ª guerra mundial.

Pedras litográficas

Das artes gráficas ao design: 1840 a 1914 Esta “cromolitografia” permitia a reprodução de toda a gama de cores e tons. Este quadro famoso de Sir Jonh Millais “Bolhas”, foi comprado pela Pears e utilizado na publicidade do seu sabão.

Jules Chéret

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  Jules Chéret (31 de Maio de 1836 – 23 de Setembro de 1932) foi um pintor e litógrafo francês. Foi pioneiro, em 1860, na criação de cartazes publicitários artísticos. Combinava imagens com um texto curto, permitindo ao leitor uma leitura rápida e a recepção clara da mensagem. Em vários trabalhos utilizava mulheres belas e alegres como ilustração.

  Devido à sensualidade da maioria das pinturas, as suas obras

causavam também um impacto emocional na população e atraíam o seu olhar. Foi o primeiro a perceber o tamanho da dimensão psicológica na publicidade. Além de sedutoras, as suas pinturas eram muitas vezes de grande formato e com cores vivas, o que mudou o cenário parisiense da época pois possibilitou o aparecimento da arte mural, utilizando tintas resistentes à chuva.

  O estilo de Chéret vai amadurecendo ao longo da década de 1880, sendo logo adoptado e desenvolvido por outros artistas, particularmente por Pierre Bonnard e por Henri de Toulouse-Lautrec.

Pierre Bonnard

  O desenho com “traços –chave” de Chéret estabelecia o design do cartaz e era transferido para as pedras litográficas como uma espécie de guia para cada cor.

  Nestes cartazes não há luz, sombra nem profundidade.

  O desenho é trabalhado em cima do contorno, da cor uniforme e de uma folha em branco, como se fosse um mapa.

  Os traços-chave são utilizados como uma espécie de fronteira entre uma cor e outra.

Os contornos firmes e as cores uniformes refletem a paixão do artista pelas xilogravuras japonesas, cujos trabalhos expostos nas feiras mundiais de Paris, exerceram uma influência dominante na estética daquele período.

Até mesmo o design de caracteres tipográficos imitavam os caracteres japoneses.

  As gravuras japonesas e a influência da fotografia estimularam o uso do espaço na vertical, algo que era incomum na época.

  Imagens retratadas de baixo, como no caratz Bécane, de Edouard Vuillard, e figuras cortadas, cujo exemplo mais notável é o Aristide Bruant dans son cabaret, de Lautrec, lembram a espontaneidade do instantâneo fotográfico.

Henri de Toulouse-Lautrec

  Consagrado por retratar cenas da vida noturna e do submundo parisiense, Toulouse-Lautrec, assinou centenas de cartazes de divulgação de espetáculos de cabaré, então reproduzidos através de pedras litográficas.

  Foi nas mãos de Toulouse-Lautrec que a arte publicitária, através do toque impressionista, se tornou famosa.

  As letras dos cartazes eram desenhadas à mão, pelo artista, o que lhes conferia um aspecto tosco e amador, e ao mesmo tempo fazia com que fossem parte integrante do design.