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FORTISSIMO Nº 16 — 2016
V I L L A – L
O B O S D E
R A V E L
B U S S Y
D V O R Á K
PRESTO
VELOCE
01/09
02/09
Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais e Itaú Personnalité apresentam
Nossos concertos são possíveis graças à Lei Rouanet e a nossos patrocinadores.
PRESTO
VELOCE
01/09
02/09
3
O refinamento da música francesa,
exemplificado pelo elegante e
empolgante Concerto em Sol de Ravel e
pelas orquestrações de dois prelúdios para
piano de Debussy, unem-se nesta noite
à exuberância da floresta amazônica
traduzida habilmente pelo nosso Heitor
Villa-Lobos e à nostalgia da música
de Dvorák em sua Oitava Sinfonia.
Noite esta em que recebemos dois
importantes músicos brasileiros: o
pianista Eduardo Monteiro, um dos
solistas que vem marcando presença
Caros amigos e amigas,
FABIO MECHETTIDiretor Artístico e Regente Titular
assídua com nossa Orquestra, e
Marcelo Lehninger, que foi Regente
Assistente da Filarmônica em 2010
e recentemente nomeado Regente
Titular da Orquestra Sinfônica de
Grand Rapids, nos Estados Unidos.
A eles nossos parabéns e boas-
vindas novamente. Aos senhores e
senhoras, um ótimo concerto.
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Desde 2008, Fabio Mechetti é Diretor Artístico e Regente Titular
da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, sendo responsável
pela implementação de um dos projetos mais bem-sucedidos
no cenário musical brasileiro. Com seu trabalho, Mechetti
posicionou a orquestra mineira nos cenários nacional e internacional
e conquistou vários prêmios. Com ela, realizou turnês pelo
Uruguai e Argentina e realizou gravações para o selo Naxos.
Natural de São Paulo, Fabio Mechetti serviu recentemente como
Regente Principal da Orquestra Filarmônica da Malásia, tornando-se
o primeiro regente brasileiro a ser titular de uma orquestra asiática.
Depois de quatorze anos à frente da Orquestra Sinfônica de Jacksonville,
Estados Unidos, atualmente é seu Regente Titular Emérito. Foi
também Regente Titular da Sinfônica de Syracuse e da Sinfônica
de Spokane. Desta última é, agora, Regente Emérito.
Foi regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra
Sinfônica Nacional de Washington e com ela dirigiu concertos
no Kennedy Center e no Capitólio norte-americano. Da
Orquestra Sinfônica de San Diego, foi Regente Residente.
Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a
Orquestra Sinfônica de Nova Jersey e tem dirigido inúmeras orquestras
norte-americanas, como as de Seattle, Buffalo, Utah, Rochester,
Phoenix, Columbus, entre outras. É convidado frequente dos festivais
de verão nos Estados Unidos, entre
eles os de Grant Park em Chicago
e Chautauqua em Nova York.
Realizou diversos concertos no México,
Espanha e Venezuela. No Japão dirigiu
as orquestras sinfônicas de Tóquio,
Sapporo e Hiroshima. Regeu também a
Orquestra Sinfônica da BBC da Escócia,
a Orquestra da Rádio e TV Espanhola
em Madrid, a Filarmônica de Auckland,
Nova Zelândia, e a Orquestra
Sinfônica de Quebec, Canadá.
Vencedor do Concurso Internacional de
Regência Nicolai Malko, na Dinamarca,
Mechetti dirige regularmente na
Escandinávia, particularmente a
Orquestra da Rádio Dinamarquesa e a
de Helsingborg, Suécia. Recentemente
fez sua estreia na Finlândia, dirigindo
a Filarmônica de Tampere, e na Itália,
dirigindo a Orquestra Sinfônica de
Roma. Em 2016 fará sua estreia com a
Filarmônica de Odense, na Dinamarca.
No Brasil, foi convidado a dirigir a
Sinfônica Brasileira, a Estadual de
São Paulo, as orquestras de Porto
Alegre e Brasília e as municipais de
São Paulo e do Rio de Janeiro.
Trabalhou com artistas como Alicia
de Larrocha, Thomas Hampson,
Frederica von Stade, Arnaldo Cohen,
Nelson Freire, Emanuel Ax, Gil
Shaham, Midori, Evelyn Glennie,
Kathleen Battle, entre outros.
Igualmente aclamado como regente
de ópera, estreou nos Estados Unidos
dirigindo a Ópera de Washington.
No seu repertório destacam-se
produções de Tosca, Turandot, Carmem,
Don Giovanni, Così fan tutte, La Bohème,
Madame Butterfly, O barbeiro de
Sevilha, La Traviata e Otello.
Fabio Mechetti recebeu títulos
de mestrado em Regência e em
Composição pela prestigiosa
Juilliard School de Nova York.
FABIO MECHETTIdiretor artístico e regente titular
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Heitor VILLA-LOBOSAlvorada na floresta tropical
Claude DEBUSSYORQUESTRAÇÃO DE COLIN MATTHEWS
La puerta del vino
Claude DEBUSSY ORQUESTRAÇÃO DE COLIN MATTHEWS
Les collines d’Anacapri
Maurice RAVEL Concerto para piano em Sol maior
Allegramente
Adagio assai
Presto
Antonín DVORÁKSinfonia nº 8 em Sol maior, op. 88
Allegro con brio
Adagio
Allegretto grazioso
Allegro ma non troppo
MARCELO LEHNINGER, regente convidado
EDUARDO MONTEIRO, piano
PROGRAMA
INTERVALO
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Diretor musical e regente titular da
Orquestra Sinfônica de Grand Rapids,
Estados Unidos, Marcelo Lehninger é
um dos maestros brasileiros de maior
destaque no panorama internacional.
Atuou como diretor musical e regente
titular da Orquestra Sinfônica do Novo
Oeste, regente associado da Sinfônica de
Boston, regente assistente da Filarmônica
de Minas Gerais e conselheiro musical da
Orquestra Jovem das Américas. Dirigiu a
Sinfônica de Boston no Symphony Hall
de Boston, no Festival de Tanglewood e no
Carnegie Hall de Nova York, obtendo uma
fantástica crítica no The New York Times.
Recebeu o Helen Thompson Awards,
prêmio oferecido pela Liga das Orquestras
Americanas. Premiado no I Concurso
Nacional para Jovens Regentes Eleazar
de Carvalho, foi maestro convidado das
mais importantes orquestras brasileiras e
da Sinfônica da Universidade Nacional
de Cuyo, Argentina. Nos Estados Unidos
apresentou-se com as sinfônicas de
Chicago, Pittsburgh, Detroit, Houston,
Baltimore, Seattle, Nacional, Carolina
do Norte, Fort Worth, Milwaukee,
Indianápolis, Nova Jersey, Louisville,
Knoxville, Flórida, Jacksonville, Omaha,
Hartford, Chautauqua e Fairfax, além
das filarmônicas de Rochester e do
Novo México. No Canadá dirigiu as
sinfônicas de Toronto, Winnipeg e
Kitchener-Waterloo, além das filarmônicas
de Calgary e Hamilton. Na Europa regeu
as filarmônicas da Rádio Francesa e da
Eslovênia, Sinfônica Alemã, na grande
sala da Filarmônica de Berlim, Sinfônica
de Lucerna e Orquestra de Câmara de
Lausanne. Regeu ainda a Sinfônica Simón
Bolívar e com a Orquestra Nacional da
França gravou a obra de Christopher Culpo.
Como assistente do maestro Mariss Jansons,
participou de turnê europeia com a
Orquestra Real do Concertgebouw.
Próximas apresentações incluem
concertos com as sinfônicas de Sydney e
Melbourne; Kyushu; Hawaii, Colorado,
Tucson, Toledo, Vancouver e Portland;
Nova Escócia; filarmônicas da Eslovênia,
de Minas Gerais e do Novo México e
sinfônicas Brasileira e de Winnipeg.
Colaborou com importantes artistas, como
Pinchas Zukerman, Joshua Bell, Sarah
Chang, Christian Tetzlaff, Anne Akiko
Meyers, Lynn Harrell, Håkan Hardenberger,
Gabriela Montero, Peter Serkin, Nikolai
Lugansky, Jean-Yves Thibaudet, Jean-
Efflam Bavouzet, Stephen Hough, Cristina
Ortiz, Sônia Goulart e Nelson Freire.
Agraciado com a I Felix Mendelssohn-
Bartholdy Scholarship, foi assistente
de Kurt Masur nas orquestras Nacional
da França, Gewandhaus de Leipzig
e Filarmônica de Nova York.
Mestre em Música pelo Conductors
Institute at Bard College em Nova York,
cursou regência com Harold Farberman
e composição com Laurence Wallach.
Estudou também com Kurt Masur,
Leonard Slatkin e Roberto Tibiriçá.
É filho da pianista Sônia Goulart e
do violinista Erich Lehninger.
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MARCELOLEHNINGER
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Considerado um dos maiores expoentes
do cenário pianístico brasileiro, o
carioca Eduardo Monteiro teve seu
talento reconhecido internacionalmente
desde jovem. Em 1989 recebeu, por
unanimidade, o primeiro lugar no
Concurso Internacional de Piano de
Colônia, Alemanha, além do prêmio
de melhor intérprete de Beethoven.
Foi laureado, também, nos concursos de
Dublin, em 1991, e Santander, em 1992.
Compartilhou sua música em
importantes palcos do Brasil e do
mundo, como o Wigmore Hall de
Londres, Grande Sala do Conservatório
Tchaikovsky de Moscou, Philharmonie
de Colônia, Gasteig de Munique,
Sala Verdi de Milão, Liceo de Barcelona,
Auditório Nacional de Madrid,
National Concert Hall de Dublin,
Opera House da Universidade de
Houston e Jordan Hall de Boston.
Foi solista das principais orquestras
do Brasil e de renomadas orquestras
do exterior, incluindo as filarmônicas
de São Petersburgo, de Moscou, de
Munique, de Bremen, a Orquestra
de Câmara de Viena, a Sinfônica de
Novosibirsky, a Orquestra da Rádio
e Televisão Espanhola e a Sinfônica
Nacional da Irlanda. Dentre os maestros
com os quais se apresentou destacam-se
Yuri Temirkanov, Mariss Jansons,
Dimitri Kitayenko, Philippe Entremont,
Arnold Katz, Sergiu Comisiona, Emil
Tabakov, Kirk Trevor, Asher Fisch,
Isaac Karabtchevsky, John Neschling,
Roberto Minczuk, Fabio Mechetti,
Roberto Tibiriçá e Eleazar de Carvalho.
Seu abrangente repertório indica
um refinado critério de escolha,
demonstrando especial interesse pela
música brasileira, cujas interpretações são
consideradas referência por seu grau de
excelência. Em sua discografia destaca-se
o CD Piano Music of Brazil, gravado pelo
selo inglês Meridian Records e lançado
em recital no Wigmore Hall de Londres,
em 2007. Esse trabalho obteve críticas
extremamente elogiosas em conceituadas
revistas especializadas internacionais.
Sua sólida formação foi adquirida
em estudos em diferentes países.
No Brasil concluiu bacharelado e
mestrado na Universidade Federal
do Rio de Janeiro; na França obteve
o doutorado em Musicologia pela
Universidade de Paris IV – Sorbonne;
na Itália foi selecionado para estudos
na Fondazione Internazionale per il
Pianoforte; e nos Estados Unidos obteve
o Artist Diploma no New England
Conservatory of Music de Boston.
Eduardo Monteiro ocupa um lugar de
destaque no panorama da formação
pianística no país. É vice-diretor da
Escola de Comunicações e Artes da
USP e professor de piano. Seus alunos
conquistaram numerosas premiações
em concursos no Brasil e no exterior,
com destaque para o primeiro prêmio
no 25º Concurso Internacional de
Piano Clara Haskil na Suíça, em 2013.
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EDUARDOMONTEIRO
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INSTRUMENTAÇÃO
Piccolo, 2 flautas, 2 oboés, corne inglês, 2 clarinetes, clarone, 2 fagotes,
contrafagote, 4 trompas, 3 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, percussão,
harpa, piano, celesta, cordas.
PARA OUVIRCD Villa-Lobos – Gênesis; Erosão;
Amazonas; Alvorecer na floresta tropical – Orquestra Sinfônica da Rádio Eslovaca –
Roberto Duarte, regente – Naxos/ Marco Polo, EUA – 1991
PARA ASSISTIROrquestra Filarmônica de
Minas Gerais – Fabio Costa, regenteAcesse: fil.mg/valvorada
PARA LERLuiz Paulo Horta – Villa-Lobos: uma
introdução – Jorge Zahar Editor – 1987
Donatello Grieco – Roteiro de Villa-Lobos – Fundação Alexandre de Gusmão do
Ministério das Relações Exteriores – 2009
Brasil, Rio de Janeiro, 1887 – 1959
Heitor Villa-Lobos é, sem dúvida, o capítulo mais importante
da história da música brasileira. Sua obra, principalmente
para orquestra, possui uma multiplicidade de vozes, um tecido
contrapontístico denso, como os sons de uma floresta tropical:
“a grande arte é a própria Natureza”, dizia. Ser nascido brasileiro
justificaria sua vasta produção: “minha obra musical é consequência
da predestinação. E se ela é em grande quantidade, é fruto de
uma terra extensa, generosa e quente”. Além dos elementos da
natureza, ele soube captar toda a gama de influências folclóricas
e populares de nossa cultura e aplicá-las em sua música.
Em 1945, terminado o conjunto das nove Bachianas Brasileiras,
Villa-Lobos direcionou sua produção composicional ao gênero
sinfônico e concertante, recebendo encomendas de músicos,
regentes e orquestras de todo o mundo. A partir de 1949, atuou
como maestro na Europa e Estados Unidos, ampliando a divulgação
de sua música: “pretendo levar na bagagem, em minha visita aos
Estados Unidos, uma alma diferente, cheia de emoções imprevistas,
mas que vibrará com o espírito continental dos homens do Norte”.
Na década de 1950, por encomenda da orquestra norte-americana de
Louisville, compôs Erosão e Alvorada na floresta tropical, estreadas
pelo maestro fundador da orquestra, Robert Whitney. Villa-Lobos
mostrou-se particularmente atraído por temas ameríndios: Erosão (1950)
é baseada em lenda sobre a origem do rio Amazonas; Rudá, Deus
do Amor (1951) conta a história das Américas pré-colombianas e
a Sinfonia nº 10, Ameríndia (1952) é um oratório sobre versos do
Padre José de Anchieta. Villa-Lobos abordou o tema pela última
vez um ano antes de sua morte com a trilha sonora para o filme
Green Mansions (1958), no qual a atriz Audrey Hepburn, jovem e
maltrapilha, interpreta uma menina da selva. A trilha, da qual faz parte
a famosa Melodia Sentimental, foi batizada Floresta do Amazonas.
Para compor Alvorada na floresta
tropical, Villa-Lobos inspirou-se em
lendas indígenas que dizia terem sido
recolhidas na Amazônia: “as florestas,
rios, as cascatas, os pássaros, os peixes e
bichos ferozes, os silvícolas, os caboclos
e as lendas marajoaras, tudo influi
psicologicamente na confecção dessa
obra. Seus principais motivos melódicos
representam o tema da invocação, o da
surpresa da miragem, o rastejar e galope
dos monstros lendários do Amazonas, o
da sedução, da volúpia, da sensualidade
da índia sacerdotisa, o canto heroico dos
guerreiros indígenas e o do precipício”.
A imagem dos primeiros feixes de sol
infiltrando-se gradualmente na mata,
afugentando as criaturas noturnas e
a escuridão sob o dossel da floresta,
inspirara Villa-Lobos, ainda jovem,
a escrever Tédio da Alvorada (1917),
abertura transformada no bailado
Uirapuru. Entre os apreciadores
do amanhecer na floresta estão
Carlos Gomes, autor de Alvorada
(1889), interlúdio orquestral da ópera
Lo Schiavo, e Vinicius de Moraes e
Tom Jobim, compositores da Sinfonia
da Alvorada (1958), encomendada
por Juscelino Kubitschek.
Heitor
VILLA-LOBOS
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MARCELO CORRÊA Pianista, Mestre em Piano pela Universidade Federal de Minas Gerais, professor na Universidade do Estado de Minas Gerais.
ALVORADA NA FLORESTA TROPICAL (1953) 12 min
14DINSTRUMENTAÇÃO — LA PUERTA
3 flautas, 2 oboés, corne inglês, 2 clarinetes, clarone, 2 fagotes, contrafagote, 4 trompas, 3 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos,
percussão, 2 harpas, cordas.
INSTRUMENTAÇÃO — LES COLLINES
Piccolo, 3 flautas, 2 oboés, corne inglês, 2 clarinetes, clarone, 2 fagotes,
contrafagote, 4 trompas, 2 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, percussão,
2 harpas, celesta, cordas.
PARA OUVIRLa puerta del vino, versão para piano – Walter
Gieseking, piano | Acesse: fil.mg/dlapuerta
Les collines d’Anacapri, versão para orquestra – Hallé Orchestra - Mark Elder, regente
Acesse: fil.mg/dlascollines
PARA LERClaude Debussy – Monsieur Croche e outros
ensaios sobre música – Raquel Ramalhete, tradução – Nova Fronteira – 1989
Didier Guigue – Estética da Sonoridade: a Herança de Debussy na Música para
Piano do Século XX – Perspectiva – 2011
França, 1862 – 1918
De acordo com o musicólogo Stefan Jarocinski, na Paris do final do
século XIX “as ideias do Impressionismo e do Simbolismo pairavam
no ar e permeavam tudo – literatura, música, filosofia e pintura”. O
movimento impressionista surgira em razão de uma série de exposições
organizadas entre 1874 e 1886 por um coletivo de artistas que buscavam,
a partir da observação empírica fora de seus estúdios, representar
aquilo que o artista via e não aquilo que sabia. Coincide com o último
ano dessas exposições a publicação do Manifesto Simbolista, no qual
Baudelaire, Verlaine e Mallarmé são nomeados os expoentes máximos
de um movimento artístico que vinha se desenvolvendo havia quase
três décadas e que se caracterizava pelo uso de metáforas incomuns,
por associações entre harmonias e cores, pela ideia do misterioso, do
inefável e mesmo do esotérico, e pela preocupação em combinar
sentimento e sensação, intelecto e sensibilidade física. Embora público
e crítica associem Debussy ao Impressionismo, o compositor rejeita
tal associação em carta endereçada a seu editor, Jacques Durand, em
1908: “Estou tentando fazer ‘outra coisa’ e criar, – de algum modo –
realidades – isso que os imbecis chamam ‘impressionismo’, termo mais
mal empregado impossível, sobretudo pelos críticos de arte”. Foi ao
movimento simbolista, em realidade, que Debussy se associou, seja
em termos de princípios estéticos, uso de temas ou relações sociais.
Debussy compôs para piano dois cadernos de doze Prelúdios cada um,
entre dezembro de 1909 e início de 1913. Seus títulos referem-se àquilo
que inspira cada prelúdio, seja lenda, personagem literário, verso, local
ou imagem, e aparecem ao final de cada peça precedidos por reticências.
Mais poéticos que picturais, os Prelúdios não são anedóticos, descritivos
ou programáticos. Pretendem sugerir musicalmente os múltiplos
sentimentos e sensações desencadeados
pelo objeto de seu título. Embora
acredite-se que o prelúdio As colinas de
Anacapri seja simplesmente inspirado
nas escarpas de Anacapri, em Nápoles, o
pianista e musicólogo Roy Howat sugere
que sua origem tenha sido o rótulo de
um tradicional vinho da região. Sobre
La puerta del vino, no entanto, sabe-se
ter sido inspirado por um cartão postal,
supostamente enviado por Manuel
de Falla, de um portal homônimo
no complexo palaciano de Allambra,
em Granada. Enquanto este prelúdio
caracteriza-se por “bruscas oposições
entre violência extrema e apaixonada
doçura”, As colinas de Anacapri evocam
com vibrante leveza e sensualidade um
certo exotismo de caráter popular.
Os Prelúdios de Debussy já foram
integralmente orquestrados ao menos
quatro vezes, por Peter Breiner, Luc
Brewaeys, Hans Henkemans e Colin
Matthews. De acordo com Matthews,
a ideia da orquestração dos Prelúdios
tem início em um convite de Mark
Elder, regente principal da Hallé
Orchestra, para a abertura da temporada
de 2001/2002. Como compositor
residente da orquestra, Matthews
concluiria o projeto de orquestração
integral dos Prelúdios em 2007.
Claude
DEBUSSY
15
IGOR REYNER Pianista, Mestre em Música pela UFMG, doutorando de Francês no King’s College London e colaborador do ARIAS/Sorbonne Nouvelle Paris 3.
LA PUERTA DEL VINO (1912/1913, orquestrada por Colin Matthews em 2003) 3 min
LES COLLINES D´ANACAPRI (1909/1910, orquestrada por Colin Matthews em 2006) 3 min
16 RINSTRUMENTAÇÃO
Piccolo, flauta, oboé, corne inglês, requinta, clarinete, 2 fagotes,
2 trompas, trompete, trombone, tímpanos, percussão, harpa, cordas.
PARA ASSISTIRDVD Nobel Prize Concert – Ravel –
Piano Concert in G – Royal Stockholm Philharmonic Orchestra – Yuri Temirkanov,
regente – Martha Argerich, piano – Sony, Brasil – 2009
Orchestra Sinfonica di Roma della RAI – Claudio Abbado, regente – Martha Argerich,
piano | Acesse: fil.mg/rpianosolmaior
PARA LERVladimir Jankélévitch – Ravel –
Éditions du Seuil – Solfèges – 1972
França, 1875 – 1937
A escrita pianística de Ravel descende diretamente de Liszt e,
com o início do século XX, enumera uma série de obras-primas
incontestáveis, como Jeux d’eau (1901), a Sonatina e as Valses nobles
et sentimentales. Nas cinco peças de Miroirs e no tríptico Gaspard
de la nuit, Ravel utiliza-se de fascinante virtuosismo instrumental.
Na suite Le tombeau de Couperin (1917), o compositor homenageia
seis amigos mortos na Primeira Guerra e, simultaneamente,
reverencia a tradição musical francesa do século XVIII. Com
essa obra Ravel interrompe sua produção para piano solo.
O instrumento, a partir de então, aparecerá em formações de
câmara, com voz ou junto à orquestra, nos concertos de 1931.
Os dois concertos para piano foram compostos simultaneamente.
O compositor, que se divertia e motivava-se com os desafios artísticos,
explorou, com a máxima segurança e o maior sucesso, um terreno
no qual nunca antes se arriscara. Foram suas duas últimas obras de
importância, seguidas somente de um ciclo de canções, Don Quichotte à
Dulcinée, compostas para o cinema no ano seguinte. O Concerto em Sol
foi iniciado antes, mas o Concerto para a mão esquerda foi estreado
primeiro. Há uma grande diversidade de forma e conteúdo entre eles,
o que os faz, sob alguns aspectos, complementares. Por outro lado,
além dos elementos bascos e espanhóis característicos de Ravel, ambos
refletem a influência do jazz, como consequência da viagem de cinco
meses que o compositor realizara, em 1928, aos Estados Unidos.
No Concerto em Sol maior, Ravel, segundo suas próprias declarações,
referencia dois modelos: Mozart, quanto ao plano formal, e Saint-Saëns,
pela valorização do efeito sonoro. De fato, o brilhantismo da orquestra
raveliana, principalmente dos sopros, aqui se equipara ao virtuosismo
do instrumento solista. O primeiro movimento, Allegramente, tem
caráter dançante. O tema inicial aparece no flautim sobre pizzicatos
dos violinos e das violas, com os
violoncelos em trêmulos e os arpejos
do pianista sobrepondo as tonalidades
de Sol e Fá sustenido maior. Após um
crescendo com glissandos ao piano,
esse primeiro tema é reafirmado pelos
trompetes. Caberá ao corne inglês
preludiar o início do outro tema, meno
vivo, confiado ao solista em lânguida
melodia de acentos jazzísticos.
Para o Adagio assai, em torno do qual
se articula todo o concerto, Ravel
inspirou-se no andamento lento do
Quinteto com clarinete de Mozart. O
movimento principia com longo solo do
piano – lírica melopeia de trinta e três
compassos. E termina como um sonho,
desvanecendo-se em longuíssimo trinado.
O terceiro movimento, Presto, alterna
três temas, separados por quatro acordes
martelados. De início, uma corrida do
piano, seguido pelo clarinete, o flautim
e o trombone; o motivo central tem
um colorido folclórico; e o terceiro
tema apresenta-se como uma marcha
ritmada, nas trompas e no trompete,
retomada depois pelo solista. No todo,
esse Presto final transmite a alegria de
uma festa campestre no país basco.
Maurice
RAVEL
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PAULO SÉRGIO MALHEIROS DOS SANTOS
Pianista, Doutor em Letras, professor na UEMG, autor dos livros Músico, doce músico e O grão perfumado – Mário de Andrade e a arte do inacabado. Apresenta o programa semanal Recitais Brasileiros, pela Rádio Inconfidência.
CONCERTO PARA PIANO EM SOL MAIOR (1929/1931) 22 min
18DINSTRUMENTAÇÃO
Piccolo, 2 flautas, 2 oboés, corne inglês, 2 clarinetes, 2 fagotes,
4 trompas, 2 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, cordas
PARA OUVIRCD Dvorák – The three great symphonies;
Scherzo capriccioso – Cleveland Orchestra – Christoph von Dohnányi, regente –
Decca – 1997
PARA ASSISTIRWiener Philarmoniker – Herbert von Karajan,
regente | Acesse: fil.mg/dsinf8
PARA LERJohn Claphan – Antonín Dvorák: musician and craftsman – St. Martin’s Press – 1966
Kurt Honalka – Dvorák – London Haus Publishing – 2004
Boêmia, atual República Tcheca, 1841 – 1904
Na década de 1880, a música do tcheco Antonín Dvorák se
tornava conhecida em toda a Europa, especialmente na Inglaterra,
onde o compositor, muito apreciado, era frequentemente
convidado a reger suas obras. Em meados do ano de 1889, o
maestro Vasily Safonov, diretor do Conservatório de Moscou,
convidou-o para reger obras suas na Rússia. Seria a primeira
ida de Dvorák à terra de Tchaikovsky, compositor que ele tivera
a oportunidade de conhecer em Praga, regendo sua própria
Quinta Sinfonia. Naquela oportunidade, em que Tchaikovsky
regeu também a ópera Eugene Onegin, o colorido e a originalidade
da música de Tchaikovsky deixaram forte impressão em Dvorák.
Ele tinha, agora, a oportunidade de apresentar sua música ao público
russo, um público já bastante habituado à música de Tchaikovsky.
Pensando em quais obras suas seriam mais interessantes para essa estreia
na Rússia, Dvorák pretendeu compor uma nova sinfonia, especialmente
para a ocasião; escreveu a Sinfonia em Sol maior que, no entanto,
desistiu de apresentar em Moscou naquela temporada, optando por
outras obras. A Oitava Sinfonia, em Sol, foi então estreada com muito
sucesso em Praga, sob a regência do autor, em fevereiro de 1890.
Com o êxito da estreia, Dvorák decidiu que a primeira audição
dessa Sinfonia, fora da Boêmia, seria na Inglaterra, país ao
qual devia um gesto de gratidão, por tudo o que recebera da parte
dos ingleses, tanto pessoalmente quanto em relação à sua música.
E assim sua Oitava Sinfonia foi tocada na Inglaterra e imediatamente
editada nesse país, para só então ser ouvida na Rússia.
A Sinfonia nº 8, em Sol maior, já foi conhecida como Sinfonia nº 7 e nº 4,
e apenas no século XX recebeu a numeração que hoje conhecemos.
Dvorák compôs nove sinfonias, mas, tendo perdido o manuscrito da
primeira, cada uma delas tinha numeração abaixo da numeração atual.
Quando a sinfonia que conhecemos
hoje como nº 8 foi editada em 1890,
na Inglaterra, apenas as de números
5, 6 e 7 haviam sido publicadas;
a de nº 6 foi a primeira, e por isso
passou a ser conhecida do público
como Sinfonia nº 1. E assim ocorreu
também com as demais. Com isso,
a Sinfonia em Sol, nº 8, quarta a ser
editada, passou a ser conhecida como
Sinfonia nº 4 (embora o compositor
a chamasse de Sinfonia nº 7). Sua
nona, última e mais célebre sinfonia,
intitulada Sinfonia do Novo Mundo,
editada em 1894, foi divulgada como
Sinfonia nº 5 (para o compositor, a
nº 8). Somente após a morte de Dvorák
suas quatro primeiras sinfonias foram
descobertas, inclusive o manuscrito da
primeira, que o compositor dava como
perdido. Dessa forma, elas ganharam
a numeração que hoje conhecemos,
não mais por ordem de edição, mas
por ordem de data da composição.
A Sinfonia nº 8, em quatro
movimentos, foi inspirada nas fontes
da tradição popular boêmia, na
esteira do nacionalismo dominante
na segunda metade do século XIX,
de que Antonín Dvorák é um dos
mais importantes representantes.
Antonín
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GUILHERME NASCIMENTO
Compositor, Doutor em Música pela Unicamp, professor na Escola de Música da UEMG, autor dos livros Os sapatos floridos não voam e Música menor.
SINFONIA Nº 8 EM SOL MAIOR, OP. 88 (1889) 35 min
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23* principal ** principal associado *** principal assistente **** músico convidado Ilustrações: Mariana Simões
VILLA-LOBOSEditor: Edition Durand-Salabert-EschigRepresentante: Melos Ediciones Musicales S. A. Buenos Aires
DEBUSSYEditor original: Faber MusicRepresentante exclusivo: Barry Editorial
Conselho Administrativo
PRESIDENTE EMÉRITO Jacques Schwartzman
PRESIDENTE Roberto Mário Soares
CONSELHEIROS Angela Gutierrez Berenice MenegaleBruno VolpiniCelina SzrvinskFernando de AlmeidaÍtalo GaetaniMarco Antônio PepinoMauricio FreireMauro BorgesOctávio ElísioPaulo BrantSérgio Pena
Diretoria Executiva
DIRETOR PRESIDENTE Diomar Silveira
DIRETOR ADMINISTRATIVO-FINANCEIROEstêvão Fiuza
DIRETORA DE COMUNICAÇÃO Jacqueline Guimarães Ferreira
DIRETORA DE MARKETING E PROJETOS Zilka Caribé
DIRETOR DE OPERAÇÕES Ivar Siewers
DIRETOR DE PRODUÇÃO MUSICAL Kiko Ferreira
Equipe Técnica
GERENTE DE COMUNICAÇÃO Merrina Godinho Delgado
GERENTE DE PRODUÇÃO MUSICAL Claudia da Silva Guimarães
ASSESSORA DE PROGRAMAÇÃO MUSICALGabriela Souza
PRODUTORES Luis Otávio RezendeNarren Felipe
ANALISTAS DE COMUNICAÇÃO Marciana Toledo (Publicidade) Mariana Garcia (Multimídia)Renata GibsonRenata Romeiro (Design gráfico)
ANALISTA DE MARKETING DE RELACIONAMENTO Mônica Moreira
ANALISTAS DE MARKETING E PROJETOSItamara KellyMariana Theodorica
ASSISTENTE DE MARKETING DE RELACIONAMENTO Eularino Pereira
ASSISTENTE DE PRODUÇÃO Rildo Lopez
Equipe Administrativa
GERENTE ADMINISTRATIVO-FINANCEIRA Ana Lúcia Carvalho
GERENTE DE RECURSOS HUMANOSQuézia Macedo Silva
ANALISTAS ADMINISTRATIVOS João Paulo de OliveiraPaulo Baraldi
ANALISTA CONTÁBIL Graziela Coelho
SECRETÁRIA EXECUTIVAFlaviana Mendes
ASSISTENTE ADMINISTRATIVACristiane Reis
ASSISTENTE DE RECURSOS HUMANOSVivian Figueiredo
RECEPCIONISTA Lizonete Prates Siqueira
AUXILIAR ADMINISTRATIVO Pedro Almeida
AUXILIAR DE SERVIÇOS GERAIS Ailda Conceição
MENSAGEIROSBruno RodriguesDouglas Conrado
MENOR APRENDIZMirian Cibelle
Sala Minas Gerais
GERENTE DE INFRAESTRUTURA Renato Bretas
GERENTE DE OPERAÇÕES Jorge Correia
TÉCNICO DE ÁUDIO E ILUMINAÇÃOMauro Rodrigues
TÉCNICO DE ILUMINAÇÃO E ÁUDIO Rafael Franca
ASSISTENTE OPERACIONALRodrigo Brandão
DIRETOR ARTÍSTICO E REGENTE TITULAR
Fabio Mechetti
REGENTE ASSOCIADO
Marcos Arakaki
Orquestra Filarmônica de Minas Gerais
PRIMEIROS VIOLINOS Anthony Flint – SpallaRommel Fernandes – Spalla AssociadoAra Harutyunyan – Spalla AssistenteAna Paula SchmidtAna ZivkovicArthur Vieira TertoBojana PantovicDante BertolinoHyu-Kyung JungJoanna BelloRoberta ArrudaRodrigo BustamanteRodrigo M. BragaRodrigo de Oliveira
SEGUNDOS VIOLINOSFrank Haemmer *Leonidas Cáceres ***Gideôni LoamirJovana TrifunovicLuka MilanovicMartha de Moura PacíficoMatheus BragaRadmila BocevRodolfo ToffoloTiago EllwangerValentina Gostilovitch
VIOLASJoão Carlos Ferreira *Roberto Papi ***Flávia MottaGerry VaronaGilberto Paganini Juan DíazKatarzyna Druzd Luciano GatelliMarcelo NébiasNathan Medina
VIOLONCELOSPhilip Hansen *Felix Drake ***Camila PacíficoCamilla RibeiroEduardo SwertsEmilia NevesLina RadovanovicRobson Fonseca William Neres
CONTRABAIXOSNilson Bellotto *Marcelo CunhaMarcos LemesPablo Guiñez Rossini ParucciWalace Mariano
FLAUTASCássia Lima *Renata Xavier ***Alexandre BragaElena Suchkova
OBOÉSAlexandre Barros *Israel MunizMoisés Pena
CLARINETESMarcus Julius Lander *Jonatas Bueno ***Ney FrancoAlexandre Silva
FAGOTESCatherine Carignan *Victor Morais ***Andrew HuntrissFrancisco Silva
TROMPASAlma Maria Liebrecht *Evgueni Gerassimov ***Gustavo Garcia Trindade José Francisco dos SantosLucas Filho Fabio Ogata
TROMPETESMarlon Humphreys *Érico Fonseca **Daniel Leal ***Tássio Furtado TROMBONESMark John Mulley *Diego Ribeiro **Wagner Mayer ***Renato Lisboa
TUBAEleilton Cruz *
TÍMPANOSPatricio Hernández Pradenas *
PERCUSSÃO Rafael Alberto *Daniel Lemos ***Sérgio AluottoWerner Silveira
HARPAJennifer Campbell ****
TECLADOSAyumi Shigeta *
GERENTE Jussan Fernandes
INSPETORAKarolina Lima
ASSISTENTE ADMINISTRATIVA Débora Vieira
ARQUIVISTAAna Lúcia Kobayashi
ASSISTENTESClaudio StarlinoJônatas Reis
SUPERVISOR DE MONTAGEMRodrigo Castro
MONTADORESAndré BarbosaHélio SardinhaJeferson SilvaKlênio CarvalhoRisbleiz Aguiar
Instituto Cultural Filarmônica
GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAISFernando Damata Pimentel
VICE-GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAISAntônio Andrade
(Oscip – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – Lei 14.870 / Dez 2003)
SECRETÁRIO DE ESTADO DE CULTURA DE MINAS GERAISAngelo Oswaldo de Araújo Santos
SECRETÁRIO ADJUNTO DE ESTADO DE CULTURA DE MINAS GERAISJoão Batista Miguel
FORTISSIMO
setembro nº 16 / 2016 ISSN 2357-7258
EDITORA Merrina Godinho Delgado
EDIÇÃO DE TEXTO Berenice Menegale
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PARA APRECIAR UM CONCERTO
CONCERTOS COMENTADOSAgora você pode assistir a palestras sobre temas dos concertos das séries Allegro, Vivace, Presto e Veloce. Elas acontecem na Sala de Recepções, à esquerda do foyer principal, das 19h30 às 20h, para as primeiras 65 pessoas a chegar.
CUMPRIMENTOSApós o concerto, caso queira cumprimentar os músicos e convidados, dirija-se à Sala de Recepções.
ESTACIONAMENTOPara seu conforto e segurança, a Sala Minas Gerais possui estacionamento, e seu ingresso dá direito ao preço especial de R$ 15 para o período do concerto.
PONTUALIDADE Uma vez iniciado um concerto, qualquer movimentação perturba a execução da obra. Seja pontual e respeite o fechamento das portas após o terceiro sinal. Se tiver que trocar de lugar ou sair antes do final da apresentação, aguarde o término de uma peça.
APARELHOS CELULARESConfira e não se esqueça, por favor, de desligar o seu celular ou qualquer outro aparelho sonoro.
FOTOS E GRAVAÇÕES EM ÁUDIO E VÍDEONão são permitidas durante os concertos.
APLAUSOSAplauda apenas no final das obras. Veja no programa o número de movimentos de cada uma e fique de olho na atitude e gestos do regente.
CONVERSAA experiência do concerto inclui o encontro com outras pessoas. Aproveite essa troca antes da apresentação e no seu intervalo, mas nunca converse ou faça comentários durante a execução das obras. Lembre-se de que o silêncio é o espaço da música.
CRIANÇASCaso esteja acompanhado por criança, escolha assentos próximos aos corredores. Assim, você consegue sair rapidamente se ela se sentir desconfortável.
COMIDAS E BEBIDASSeu consumo não é permitido no interior da sala de concertos.
TOSSEPerturba a concentração dos músicos e da plateia. Tente controlá-la com a ajuda de um lenço ou pastilha.
0 PROGRAMA DE CONCERTOS
O Fortissimo é uma publicação indexada aos sistemas nacionais e internacionais de catalogação. Elaborado com a participação de especialistas, ele oferece uma oportunidade a mais para se conhecer música. Desfrute da leitura e estudo. Mas, caso não precise dele após o concerto, por favor, devolva-o nas caixas receptoras para que possamos reaproveitá-lo.
O Fortissimo também está disponível no formato digital em nosso sitewww.filarmonica.art.br.
VISITE A CASA VIRTUAL DA NOSSA ORQUESTRA
www.filarmonica.art.brFILARMÔNICA ONLINE
CONCERTOS set
Veja detalhes em filarmonica.art.br/concertos/agenda-de-concertos.
1º e 2 / set, 20h30Villa-Lobos, Debussy, Ravel, Dvorák
9 / set, 20h30Nova Lima — Quinteto de Metais
11 / set, 11hInhotim
15 e 16 / set, 20h30Mussorgsky, Prokofiev, Sarasate, Tchaikovsky
22 e 23 / set, 20h30Takemitsu, Rodrigo, Dutilleux, Ravel
PRESTO VELOCE
PRESTO VELOCE
Para que sua noite seja ainda mais especial, nos dias de concerto, apresente seu ingresso no restaurante Haus München e, na compra de um prato principal, ganhe outro de igual ou menor valor.
Rua Juiz de Fora, 1.257, pertinho da Sala Minas Gerais.
• Séries de assinatura: Allegro, Vivace, Presto, Veloce, Fora de Série• Concertos para a Juventude• Clássicos na Praça• Concertos Didáticos• Festival Tinta Fresca• Laboratório de Regência• Turnês estaduais• Turnês nacionais e internacionais• Concertos de Câmara
Visite filarmonica.art.br/filarmonica/sobre-a-filarmonica e conheça cada uma delas.
CONHEÇA AS APRESENTAÇÕES DA FILARMÔNICA
ALLEGRO VIVACE
TURNÊ ESTADUAL
A TEMPORADA 2017 VEM AÍ
COMO ASSINAR
Pela internet filarmonica.art.br/assinaturas
Na bilheteria da Sala Minas Gerais
De terça a sexta, das 12h às 21h
Sábado, das 12h às 18h
CONFIRA AS DATAS E GARANTA SUA ASSINATURA.
Renovação — De 22/09 a 15/10
Troca — De 18/10 a 05/11
Novas assinaturas —
De 08/11/2016 a 28/01/2017
/filarmonicamg @filarmonicamg /filarmonicamg
SALA MINAS GERAIS
Rua Tenente Brito Melo, 1.090 | Barro Preto | CEP 30.180-070 | Belo Horizonte - MG
(31) 3219.9000 | Fax (31) 3219.9030
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