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GEOMORFOLOGIA E ESPAÇO URBANO: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM
DO RELEVO ATRAVÉS DAS CATEGORIAS GEOGRÁFICAS LUGAR E
PAISAGEM
Dayane Galdino Brito-ID Bolsista do PIBID, Subprojeto Geografia, Universidade Estadual da Paraíba. E-mail:
dayanegaldinobrito2011@hotmail.com
Josandra Araújo Barreto de Melo Coordenadora da área de Geografia no PIBID, Departamento de Geografia Universidade Estadual
da Paraíba. E-mail: ajosandra@yahoo.com.br
Giusepp Cassimiro da Silva Professor Supervisor do PIBID na E. E. E. F. M. São Sebastião.
E-mail: g.sepp@hotmail.com
Resumo
Este trabalho descreve e analisa as atividades desenvolvidas através do projeto de
intervenção/colaboração desenvolvido no âmbito do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à
Docência – PIBID/CAPES/UEPB, realizado na Escola Estadual de Ensino Médio e Fundamental São
Sebastião, Campina Grande-PB, abordando o relevo de acordo com os pressupostos do ensino de
geografia, utilizando as categorias analíticas de lugar e paisagem apoiado no relevo para articular
diferentes componentes, físicos e sociais, no espaço vivido. Teve como objetivo principal
proporcionar aos discentes a compreensão de que o relevo exerce influência na organização espacial
que está situado, tendo em vista que se origina a partir de fenômenos naturais, mas que o homem é um
agente participativo na sua modelagem, pois ao ocupá-lo transforma-o podendo ocasionar inúmeras
consequências. Para tanto, o projeto baseia-se na abordagem escalar do mesorrelevo sendo os vales,
encostas e divisores de drenagem. A partir da realização das atividades foi observado o interesse dos
discentes pela temática, obtendo como resultados o desenvolvimento de um olhar crítico em relação ao
espaço urbano, pois está construído e integrado a tais formas, identificando problemáticas e
respectivas alternativas. O resultado alcançado com estas atividades confirma-se como estratégia para
mudar da visão da Geografia como disciplina “enfadonha”, incentivando o interesse pela construção
do conhecimento e a formação cidadã consciente e participativa.
Palavras-chave: Geomorfologia, Relevo, Lugar, Paisagem.
1. INTRODUÇÃO
A geomorfologia é um ramo da ciência geográfica, cujo objeto de estudo são as formas
do relevo terrestre. Porém, além de discuti-las isoladamente, propicia uma articulação com a
atuação da sociedade, expressando como tais formas com seus processos, agentes, formas e
materiais influenciam na construção do espaço geográfico. Nessa perspectiva, os
conhecimentos geomorfológicos são capazes de instrumentalizar os discentes de uma
formação cidadã ao promover a reflexão a cerca da realidade de forma crítica, a exemplo, da
compreensão de problemáticas como alagamentos e deslizamentos terra advindas das
apropriações inadequadas do relevo.
Porém, “o relevo foi tratado pelos livros didáticos e pelos professores como algo
estanque, desvinculado das relações entre a sociedade e a natureza e da realidade dos
discentes” (BERTOLINI; VALADÃO, 2013, p.33). Assim, é um conteúdo geralmente
trabalhado em uma perspectiva mnemônica que não leva a reflexão do conhecimento com
base na realidade do aluno e se expressa fragmentado inviabilizando articulação entre
diferentes componentes espaciais para formulação de um verdadeiro raciocínio geográfico.
Desse modo, estes aspectos constituem verdadeiros entraves em relação aos subsídios que
poderia delegar ao ensino de geografia. Além disso,
[...] o ensino do relevo na prática escolar, bem como o das Geociências de maneira
geral, esbarra em dificuldades de muitas naturezas. A despeito das falhas que
perpassam o sistema educacional como um todo, algumas das dificuldades inerentes
ao ensino de Geociências são de caráter essencialmente didático-pedagógico e estão
relacionadas ao domínio de modelos teórico-conceituais por parte de alunos e
professores e a como esses modelos teóricos são ensinados e aprendidos. (Bertolini;
Carvalho, 2010, p.59)
Tais aspectos são verídicos, pois o relevo conforme Guerra e Guerra (2008, p.526) ao
definir-se como a “diversidade de aspectos da superfície da crosta terrestre, ou seja, o
conjunto dos desnivelamentos da superfície do globo: microrrelevo, mesorrelevo e
macrorrelevo”, porém sua abordagem no ensino baseia-se prioritariamente no macrorrelevo
composto por planaltos, planícies e depressões, que pela ampla dimensão que assumem e,
portanto, necessitam de elevado nível de abstração por parte do aluno, não permitindo a
compreensão de suas influências no processo de organização espacial e tampouco nas
atividades cotidianas, se tornando um conhecimento supérfluo na ótica dos alunos. Invés
disso, não é dado devida importância nas discussões em sala de aula ao mesorrelevo composto
por vales, encostas e divisores de drenagem que são juntamente as formas apropriadas pela
população no sítio urbano e que resultam diversos problemas na cidade. Segundo Morais
(2013):
É importante que eles sejam analisados de acordo com a cidade onde os alunos
residem e relacionados com outras escalas de abordagem, o que lhes permitirá
compreender que há formas dentro de outras formas, ou seja, há diversas formas no
interiro dos planaltos. (ibidem, p.40)
Assim, a aprendizagem com o mesorrelevo pode sistematizar-se de forma participativa,
tornando os discentes em agentes ativos na construção do conhecimento, haja vista ser as
formas que ocupam cotidianamente e exercem influência em suas vivências. Nesse sentido, o
aluno ao reflita sua realidade com base na compreensão de como o relevo atua na organização
espacial de sua cidade, bairro e rua, principalmente nas problemáticas advindas da ocupação
inadequada, posiciona-se com um olhar crítico, ultrapassando problemas didáticos e
pedagógicos, em consonância com uma educação que se propõe a formar cidadãos.
Mostrando-os que
A geomorfologia está todos os dias em nossa vida. Agente sobe ladeira, desce
ladeira, toma banho de rio, tem medo de afogamento no mar, vê a serra lá por traz
dos pés de tamarindeiro. Vira e mexe o tempo inteiro e vão sendo elaboradas
enormes planícies e construções sobre elas. Assim, há sempre uma mistura
interessante de formas que habitam a nossa visão e vivemos a viagem do alto, do
plano e da depressão. (FERNANDES, 2008, 51)
Nessa perspectiva, prevalece à discussão contemporânea sobre a necessidade de
valorização do espaço, de resgate das conexões e da articulação sociedade, natureza, cultura,
pois a Geografia ainda se expressa dicotomizada. Constituindo-se um esforço de unificação.
Pois, as conexões são possíveis, exemplo da Geomorfologia Urbana (SUERTEGARAY,
2006, p. 32). Neste sentido,
[...] é muito importante mostrar nos estudos de Geografia da natureza como ela
acontece independentemente das ações de uma sociedade, ao mesmo tempo que se
pode discutir como ela vem sendo modificada pelas alterações ambientais
produzidas pelas diferentes sociedades. No estudo da enchente tomado aqui como
exemplo, é fundamental discutir o significado do sítio urbano e suas relações com a
maneira como a cidade aconteceu e se instalou num determinado suporte da
natureza. (BRASIL, 1998, p.62)
Para tanto, faz uso do conceito de lugar no enfoque da Geografia Humanística, pois o
“[...] lugar significa muito mais que o sentido geográfico de localização. Não se refere a
objetos e atributos das localizações, mas à tipos de experiência e envolvimento com o mundo,
a necessidade de raízes e segurança” (RELPH, 1979 apud LEITE,1998, p.10). Logo, é onde o
indivíduo exerce seu contato com o espaço geográfico, construindo-o e reconstruindo-o
através de seu trabalho carregado de cultura e com base em sua relação com o meio através de
suas experiências vividas. Assim, gera discussões que levam a compreender como o relevo
influi na espacialidade local e a necessidade de considerá-lo para apropriação racional, por ser
o subtrato pelo qual a sociedade se especializa, permitindo aguçar a percepção das interações
da sociedade com o relevo.
Neste espaço vivido percebe-se que o aluno desenvolve mecanismo de apreender o
espaço seletivamente, através de sua experiência de vida. Portanto, a categoria paisagem
refere-se à apreensão do espaço, e esta é construída a partir de sua experiência, ou seja, no
lugar mantendo assim, uma relação intrínseca entre ambas as categorias, como nos mostra
Cavalcanti (2013, p.100):
[...] na formação do raciocínio geográfico, o conceito de paisagem aparece, no meu
entendimento, no primeiro nível de análise do lugar, estando estreitamente ligado
com esse conceito. É pela paisagem, vista em seus determinantes e em suas
dimensões, que se vivencia empiricamente um primeiro nível de identificação com o
lugar.
Conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais,
[...] a análise da paisagem deve focar as dinâmicas de suas transformações e não
simplesmente a descrição e o estudo de um mundo aparentemente estático. Isso
requer a compreensão da dinâmica entre os processos sociais, físicos e biológicos
inseridos em contextos particulares ou gerais. (BRASIL, 1998, p.26 )
Desse modo, sua análise possibilita uma aproximação do entendimento do espaço ao
explorar e refletir os componentes que nela estão dispostos, integrados e construídos
historicamente. Assim, a abordagem do relevo ancorada nesta categoria consistindo o
visualizado no cotidiano oportuniza uma leitura desse componente se inter-relacionando com
demais fenômenos que se apresentam na formulação de uma determinada espacialidade,
rompendo com a fragmentação do conhecimento enquanto marca do ensino tradicionalista de
cunho positivista.
Nessa perspectiva, apresentando como ponto de partida a observação da turma 1º
“A” do Ensino Médio da E. E. E. F. M. São Sebastião, Campina Grande-PB, selecionada para
participar do Subprojeto de Geografia no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à
Docência (PIBID), considerando estes aspectos que constituem verdadeiros obstáculos ao
ensino de Geografia, elegendo o relevo como base para intervenção didático-pedagógica,
enquanto componente físico-natural de expressiva contribuição ao ser abordado conforme o
mesorrelevo no sítio urbano tendo em vista que a realidade da turma se situa nesse contexto,
fazendo uso das dimensões das categorias de lugar e na paisagem representando
simultaneamente, o espaço vivido e o percebido, como pressuposto para construir uma prática
de ensino participativa com um valor subjetivo para o aluno e integradora dos fenômenos
espaciais em beneficio de uma formação cidadã. Esta dimensão firma o ponto de partida para
fomentar a construção de raciocínios mais abstratos articulando as diferentes escalas de
abordagem.
O projeto de intervenção implementado na turma teve como objetivo que o aluno
compreenda que o relevo terrestre origina-se a partir de fenômenos naturais, mas que o
homem é um agente participativo na sua modelagem uma vez que o ocupa e transforma,
podendo resultar inúmeras consequências, pois as formas exercem influência na organização
espacial da qual faz parte. Como objetivos específicos buscou-se aproximar o conteúdo relevo
para sua realidade; favorecer a construção de uma compreensão espacial; contribuir com a
formação cidadã crítica.
Mediante o exposto, este artigo tem por objetivo principal analisar as experiências do
projeto de intervenção/colaboração desenvolvido no âmbito do Programa Institucional de
Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID/CAPES/UEPB.
2. METODOLOGIA
O presente projeto foi desenvolvido na E. E. E. F. M. São Sebastião, localizada no
Bairro do Alto Branco, na cidade Campina Grande-PB, conforme Figura 1.
Figura 1: Mapa de localização do município de Campina Grande-PB
Fonte: Organizado por Dayane Galdino Brito.
O recorte espacial da proposta de atuação do PIBID é a turma 1° “A” do Ensino Médio,
no turno da tarde, a mesma apresenta 25 discentes. As atividades do PIBID nesta turma se
iniciaram no final do mês de março de 2015 com a aplicação de um questionário para
identificar o perfil da turma conhecendo as dificuldades que os alunos apresentam em relação
à disciplina de Geografia, além de identificar propostas de metodologias que poderiam tornar
as aulas mais dinâmicas e atrativas. Diante disto, iniciaram-se as atividades de intervenção nas
aulas junto ao professor supervisor. Durante os meses de março e agosto foi desenvolvido o
projeto, considerando a ocorrência de uma greve na Rede Estadual de Escolas da Paraíba e o
período do recesso.
A metodologia proposta foi composta por quatro etapas:
a) Inicialmente, o projeto foi apresentado para a turma. A partir da sequência dos
conteúdos “Litosfera: evolução geológica da Terra”, “Formas do relevo terrestre” e
“Agentes formadoras e modeladores do relevo terrestre”, foram realizadas intervenções
nas aulas ministradas pelo professor supervisor, utilizando o projetor para passar vídeos
e slides contendo mapas e imagens, exemplificando os fenômenos estudados. Além de
aulas discutindo a importância do relevo no cotidiano das pessoas e sobre o
mesorrelevo, fazendo o uso dos recursos didáticos como os mapas e imagens;
b) Em sequência, as turmas foram divididas em grupos, para elaborar cartazes pedagógicos
contendo imagens de vales, encostas e divisores de drenagem, localizando-as e
discorrendo sobre a influência que exerciam em suas vidas; Os mesmos grupos
pesquisaram notícias de jornais na internet sobre alagamentos na cidade cujas temáticas
foram: “alagamentos na Comunidade Rosa Mística”; “alagamentos em Campina
Grande-PB”; “alagamentos na Vila dos Teimosos” e “a cratera na Rua José Branco
Ribeiro no Bairro do Catolé em Campina Grande- PB”. Onde foi feito um círculo na
classe, onde cada grupo discutiu as notícias encontradas abrindo espaços para debates
com os demais colegas e ao término de cada grupo, as notícias foram fixadas em um
mural;
c) Após esse processo de construção de conceitos e reflexões foi realizada aulas de
preparação para aula de campo com a construção de uma carta topográfica do local da
aula de campo e a explicação do roteiro de campo. Aula de campo foi realizada no
Riacho das Piabas na Comunidade Rosa Mística/ Buraco da Jia, para identificar na
paisagem, o papel do componente relevo na organização espacial em questão,
enfocando na influência de tais formas na vida das pessoas que podem resultar em áreas
de riscos, no caso específico uma área propícia a enchentes. Os conhecimentos
construídos no campo e fotografias feitas pelos alunos devem ser inseridos no caderno
de campo de cada aluno;
d) Por fim, entrega do caderno de campo e aplicação de um questionário avaliativo da
intervenção conforme a opinião dos alunos;
Neste sentido, o projeto baseia-se na concepção que os alunos apresentam uma noção
espacial desenvolvida no espaço vivido, tendo por base uma metodologia participativa,
desenvolvida em uma perspectiva fenomenológica procurando construir um ensino e
aprendizagem socioconstrutivista, tendo em vista as suas percepções acerca da influência
destas formas de relevo no ambiente urbano. A pesquisa desenvolveu-se em uma abordagem
qualitativa, tendo em vista os objetivos propostos para a intervenção. Baseando-se em
revisões bibliográficas e pesquisa de campo considerando o espaço de vivência dos discentes
para abordar o conteúdo conforme as categorias de análise lugar e paisagem.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Por se tratar de uma prática inovadora que os discentes nunca haviam vivenciado algo
semelhante, havia receio da aceitação ao dar início ao projeto já que requeria interesse e
participação. Dessa forma, o primeiro dia da intervenção juntamente com o professor
supervisor, fundamentou-se na apresentação do projeto para a turma, mostrando-lhes os
objetivos, as etapas do projeto e os recursos didáticos que seriam utilizados para dinamização
das aulas.
No segundo momento, deu-se início a abordagem dos conteúdos, através de aulas
expositivas e dialogadas, utilizando recursos didáticos como os vídeos, imagens e mapas na
exibição dos fenômenos estudados. Com isso, foi possível mediar aulas mais atrativas aos
olhos dos alunos buscando desenvolver a interpretação através da linguagem visual.
Verificou-se que os discentes passaram a indagar a respeito dos conteúdos abordados, nesse
sentido estes recursos e a metodologia das aulas estimularam a curiosidade e a participação,
constituindo o alcance dos resultados esperados para esta fase de desenvolvimento. Estando
em consonância com as colocações de França (2009):
Certamente, se os recursos didáticos fossem utilizados de forma mais expressiva
durante o processo de ensino-aprendizagem da Geografia, os alunos teriam outra
concepção da Geografia, pois este processo poderia se tornar mais atrativo, porque
somente a utilização do livro didático e do quadro negro não supre toda a carga
visual que o ensino-aprendizagem de Geografia necessita.
Ainda na primeira etapa, a partir da construção de conceitos por parte do aluno com a
conclusão de tais conteúdos, haja vista o estabelecimento de correlações do que foi estudado
com o espaço de vivência, foi lido e discutido com os discentes o texto “Geomorfologia”
retirado do livro Aula de Geografia de Fernandes (2008). Embora, o texto seja direcionado
para graduandos e professores de geografia, por ser bastante didático pela forma com o autor
trata a temática com uma linguagem simples e instigante repleta de articulações deste ramo da
ciência com a sua influência nas atividades corriqueiras da população, adéqua-se à
compreensão cognitiva dos alunos e a proposta do projeto.
Logo após o término da discussão do texto, com a finalidade de estabelecer relações
com a escala de abordagem da cidade de Campina Grande-PB, foi discorrido sobre o Planalto
da Borborema, pois a cidade localiza-se sobre o mesmo, articulando ao mesorrelevo por
serem formas que estão no seu interior, demonstrando as formas que a população ocupa sendo
os vales, as encostas e os divisores de drenagem, utilizando para demonstração a Carta
Topográfica de Campina Grande-PB, além de slides contendo imagens e alguns mapas de
áreas de risco a alagamentos na cidade relacionando com as formas de relevo e o processo de
ocupação. Nessa perspectiva, propiciando a compreensão de que o espaço vivido organiza-se
com base em tais formas associadas a outros componentes espaciais, construindo o que
Cavalcanti (2013, p. 24) chama de compreensão espacial.
A partir disto, os alunos foram divididos em grupos, para fotografarem os vales,
encostas e os divisores de drenagem percebidos na paisagem de seu espaço de vivência, em
seguida construíram de cartazes pedagógicos e apresentaram (figuras 2 e 3).
Figura 2: Construção dos cartazes pedagógicos
Fonte: BRITO, D. G.(2015).
Figura 3: Apresentação dos cartazes pedagógicos
Fonte: BRITO, D. G.(2015).
Assim, foi permitida a construção de um raciocínio geográfico tendo por base o seu
cotidiano mediante análise da Paisagem, articulando os componentes físicos e sociais,
resultando de tal construto a transposição de elementos teóricos para a sua realidade, tornando
assim, o conteúdo significativo para o aluno. E assim, compreender que o espaço urbano é
construído e integrado a componentes naturais, e o discente vê-se nesse processo ao torna-se
consciente que no seu bairro ou sua rua existem tais formas que influenciam na sua
organização espacial, e assim influência sua vida. Desse modo, o ensino é orientado a uma
formação cidadã, em que o indivíduo capaz de refletir sobre a necessidade de considerar o
subtrato natural pelo qual a sociedade se especializa em prol da melhor qualidade de vida para
população. Conforme Bertolini e Valadão (2009)
Pensar no relevo em termos geográficos é pensar em como acontece a percepção da
paisagem vivenciada pelos alunos. É aproximá-los das ideias que possuem a respeito
da natureza e das atitudes de cada um em relação ao meio ambiente e, por
conseguinte, contribuir para a formação de pessoas comprometidas com as
preocupações ambientais. (ibidem, p.28)
Posteriormente, os grupos trouxeram as pesquisas sobre os alagamentos, em círculo na
classe, cada grupo explicou as notícias encontradas, abrindo espaços para discussões e ao
término de cada notícia os grupos as fixaram sequencialmente no mural (figura 4).
Figura 4: Construção do Mural de Notícias
Fonte: BRITO, D. G.(2015).
A partir desta intervenção os resultados obtidos foram bastante positivos, ao promover o
desenvolvimento de uma leitura crítica sobre o espaço com base em informações que
cotidianamente estão ao acesso da população, onde os alunos puderam analisá-las sob uma
ótica geográfica e realizar a reflexão a cerca da realidade, permitindo que os alunos associem
a questão do relevo local às formas de ocupação, perfil econômico da população afetada e a
drenagem urbana. Em consonância com as colocações de Morais (2013):
Reforçamos a ideia de que as temáticas físico-naturais do espaço geográfico são
conteúdos importantes para a formação dos alunos, visto que as problemáticas que
as envolvem fazem parte do seu cotidiano de diferentes formas, seja a partir de sua
vivência imediata, seja a partir dos meios de comunicação, da internet etc.(ibidem,
p.29)
Promovendo assim, o desenvolvimento de um raciocínio abrangente capaz de pensara
realidade, em beneficio da formação cidadã. Além de envolver diferentes componentes
espaciais na identificação de um fenômeno, ou seja, uma atividade que subsidia o raciocínio
geográfico, em oposição à prática reprodutivista e fragmentadora do conhecimento. No caso
específico foi utilizado o relevo como âncora para este constructo e a maneira que sua
influência se manifesta na organização socioespacial da cidade. Pois,
[...]o sistema geomorfológico possibilita uma visão integrada da natureza,
viabilizando o ensino dos conteúdos do Sistema Terra. Este se configura na interface
entre as esferas do planeta: geosfera, hidrosfera, litosfera, atmosfera e biosfera, o
que torna o relevo um conteúdo de convergência das chamadas ciências ambientais.
(BERTOLINI; CARVALHO, 2010, p.59)
A partir destes pressupostos, de reflexões a cerca do ambiente urbano, foi ministradas
aulas com objetivo de preparar a ida ao campo. A princípio, foi construída de cartas
topográficas com os alunos para utilização na aula de campo (figura 5), em seguida a
explicação do roteiro de campo, orientando o que iria ser discutido no local e a explicação do
objetivo da aula de campo.
Figura 5: Construção da carta topográfica do local da aula de campo
Fonte: BRITO, D. G.(2015).
A aula de campo foi realizada no Riacho das Piabas na Comunidade Rosa Mística/
Buraco da Jia, a escolha por este recorte espacial consiste no fato da comunidade localiza-se
próximo à escola e que parte considerável dos alunos da turma reside na mesma (figura 6). A
comunidade Rosa Mística/ Buraco da Jia situa-se em um vale estreito, a sua formação
socioespacial foi construído relacionado ao relevo como um componente extremamente
relevante, pois a sua historicidade do processo de ocupação, os aspectos socioeconômicos, a
intervenção estatal, formas de apropriação inadequadas, o próprio nome Buraco da Jia, estão
vinculados a este componente. Assim, oferece uma análise in loco a partir da paisagem e lugar
de vivência dos alunos com uma expressiva a temática trabalhada.
Figura 6: Aula de campo na Comunidade Rosa Mística/Buraco da Jia
Fonte: BRITO, D. G.(2015).
A comunidade encontra-se localizada no médio curso do Riacho das Piabas. A
expansão urbana avançou sobre as margens do canal fluvial, consideradas como áreas
públicas de preservação permanentes, protegida por lei. Causando impacto ambiental causado
sobre a rede de drenagem, consistindo em áreas inadequadas, por falta de opções viáveis de
moradia. Em eventos pluviosos é pertinente a ocorrência enchentes. E o tipo de ocupação
naquele espaço foi justamento condicionado pela a localização da comunidade situar-se no
fundo do vale estreito ladeado por relevo mais elevado. (ARAÚJO, 2014, p.37)
Portanto, o objetivo da aula de campo era identificar através da paisagem, o papel
do componente relevo na organização espacial em questão, enfocando na influência de tais
formas na vida das pessoas, no caso específico área de risco propícia a enchentes,
relacionando-o ao demais componentes espaciais, como sociais, políticos e culturais. As
informações discutidas na aula de campo imagens da paisagem foram inseridas no caderno de
campo destacando historicidade do local, os aspectos físicos, socioeconômicos, as formas de
apropriação do local considerando os impactos ambientais. Ao lado da carta topográfica que
os alunos construíam e imagens de satélite localizando a comunidade na cidade e da
comunidade demonstrando a textura urbana (figura 7).
Figura 7: Cadernos de campo
Fonte: BRITO, D. G.(2015).
Com a aula de campo, foram obtidos resultados extremamente positivos para
culminância do projeto, pois permite que o aluno perceba a Geografia a sua volta, utilizando
um fato geográfico para analisar a paisagem, em uma perspectiva sistêmica integrada e
interdependente das inter-relações das ações humanas a natureza na construção espacial.
Transformando o aluno de um mero figurante para um ator protagonista, por ter seus olhares
de um observado comum transformado em um olhar geográfico, em que o mesmo sua
participação no espaço geográfico.
Isto pode ser mensurado a partir das análises dos relatos dos cadernos de campo.
Observe os trechos extraídos:
“O nome Buraco da Jia está relacionado ao fator relevo, pois está em uma área rebaixada da cidade e a
umidade e a vegetação fez com que esses bichos (Jias) viessem habitar o espaço e o Riacho das Piabas
ajudou muito...” (Aluno A).
“A comunidade surgiu na década de 40 por conta do crescimento industrial e econômico da cidade, daí
se tornou um pólo de atração de população, originando uma comunidade carente em uma parte mais
baixa da cidade...” (Aluno B).
“O relevo constitui-se de um vale, com duas encostas decorrentes de um canal fluvial e a planícies de
inundação do riacho” (Aluno C).
“Ocorre no lugar uma ocupação inadequada planície de inundação do riacho ocorrendo inundações e
desabamentos de casas...” (Aluno D).
“As pessoas por não terem um lugar param se abrigar, se refugiam no espaço inadequado perto do
riacho, quando chove essas casas e as famílias são prejudicadas porque inunda.” (Aluno E).
“Pela lei deveria existir uma área de preservação permanente invés das casas próximas ao riacho...”
(Aluno F).
“Os moradores jogam lixo dentro do canal piorando ainda mais a situação do lugar...” (Aluno G).
Assim, é possível identificar que discentes refletiram o que foi discutido a partir da
paisagem de seu lugar de vivência tendo como ponto de partida o relevo, e materializaram
através da escrita as interconexões entre o fator físico relevo, com os aspectos históricos de
ocupação relacionados o perfil socioeconômico da população, que resultou em uma ocupação
inadequada da planície de inundação transformando-a em uma área de riscos a inundações.
Além disso, é evidente um posicionamento crítico sobre o papel político da ação estatal na
gestão territorial de deveria executar a lei e transformar as margens do riacho em uma área de
preservação permanente e, com isso, realocar a população para uma área com melhor
infraestrutura em prol da melhora da qualidade de vida. Ainda foi possível obter a
demonstração do papel da população no agravamento da problemática local, pois por falta de
consciência jogam resíduos sólidos no canal contribuindo para ocorrência de inundações e,
por conseguinte, os alunos tornaram-se consciente da importância de seu papel na construção
espacial. Assim, foi obtida a parti da aula de campo a formulação de um raciocínio geográfico
coerente com os pressupostos do ensino de geografia. Pois,
O trabalho de campo é instrumento chave para a superação dessas ambigüidades,
não priorizando nem a análise dos chamados fatores naturais nem dos fatores
humanos (ou “antrópicos”). O trabalho de campo deve se basear na totalidade do
espaço, sem esquecer os arranjos específicos que tornam cada lugar, cidade, bairro
ou região uma articulação particular de fatores físicos e humanos em um mundo
fragmentado, porém (cada vez mais) articulado. O trabalho de campo em Geografia
deve perseguir, portanto, a ideia de particularidade na totalidade, abandonando de
modo enfático a idéia de singularidade de lugares, cidades, bairros ou regiões.
(SERPA, 2006, p. 9-10)
A carta topográfica que os alunos construíram foi de grande valia para analisar a
paisagem, tendo em vista que foi possível compreender porque a área é susceptível a
inundações, pois ao permitir uma articulação com o visualizado e uma escala mais ampla da
qual a visão não abarca, é possível identificar que pela a comunidade se situar na bacia do
Riacho das Piabas em uma porção de declives muito acentuados da Zona Norte da cidade
marcada por divisores de águas associadas pela impermeabilização do solo urbano, favorece a
ocorrência um fluxo bastante intenso direcionado para áreas menos elevadas. E os recursos
imagéticos do recorte espacial em destaque constituiram grande valiam, para analisar a textura
urbana visualizada nos principais pontos da aula de campo, articulando diferentes dimensões
para compreender os problemas decorrentes do processo de ocupação da planície do riacho e
as decorrentes problemáticas. Estando em consonância com os resultados obtidos por Silva e
Souza (2009).
Ao final da atividade, os alunos tiveram a oportunidade de expressar a opinião quanto à
experiência proporcionada pelo projeto de intervenção do PIBID/CAPES/UEPB, Subprojeto
de Geografia. Dentre os relatos, apresentam-se:
“É legal, diferente e criativo. Pois nos ajudou a apreender e ver que a geografia está envolvida com o
nosso cotidiano...” (Aluno X).
“Muito boa, pois foi uma forma da turma conhecer e explorar mais a cidade e os bairros que acontecem
alagamentos quando ocorrem muitas chuvas entendendo porque ocorrem...” (Aluno Y).
“A geografia estar muito presente, porque no meu dia a dia, pois posso me deparar com muitas formas
de relevo que originam paisagens diferentes...” (Aluno W).
“O caderno de campo a pesar de ter sido um pouco complicado inserir as informações, foi bem legal,
pois nos ajudou a apreender de forma diferente e ajuda alunos a se interessa mais pela aula de
geografia...” (Aluno Z).
Assim, com o desenvolvimento do projeto, foi possível notar o quanto a experiência foi
válida para a bolsista, o professor supervisor e os alunos que se dispuseram a participar e
demonstraram satisfação com a inovação nas aulas a partir das atividades de projeto. E,
principalmente, o interesse pela geografia e a compreensão de sua importância, constituindo
assim, estratégias para combater as aulas de Geografia consideradas “enfadonhas”.
A partir destas atividades, foi possível estabelecer uma relação entre o ensino de
Geografia e o espaço vivido, alcançando os objetivos do projeto. Os alunos se dedicaram
visivelmente à realização das atividades propostas e foi despertada a vontade de conhecer
melhor a sua cidade. Além disso, as atividades proporcionaram mostrar um lado da Geografia
que os alunos ainda não conheciam, ou seja, eles conseguiram construir o seu próprio
conhecimento geográfico e isto mudou a visão deles acerca da Geografia.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após o término das atividades, foi possível constatar que o trabalho obteve resultados
positivos, observou-se a interação dos alunos permitindo a troca de conhecimentos entre os
envolvidos no projeto, além do interesse dos discentes nas discussões a respeito de seu
cotidiano e o envolvimento de todos nas atividades. Durante todas as etapas a turma se
mostrou participativa e interessada em cumprir as tarefas sugeridas apenas no caderno de
campo que encontraram um pouco de dificuldade na inserção das informações discutidas por
constituir uma atividade que os alunos nunca haviam realizado, mesmo assim, os resultados
obtidos foram bastante positivos analisando os relatos do caderno de campo e do questionário
avaliativo do projeto.
Além disso, é pertinente o compartilhamento de experiências durante as atividades,
pois se estabeleceu uma troca de conhecimentos acerca do espaço urbano estudado a partir do
relevo, comum à realidade de todos os envolvidos. Em relação aos conhecimentos
proporcionados pelo conteúdo e pela compreensão a respeito da realidade urbana, foi possível
notar que houve uma melhora significativa no aprendizado e a mudança da visão da geografia.
Constituindo-se uma atividade bastante promissora para o ensino de Geografia, ao promover a
transposição didática para a realidade de seu lugar e a paisagem, onde o relevo foi
considerando como um componente natural capaz de articular diferentes fenômenos na
construção espacial e, por fim, os discentes construíram seu próprio conhecimento geográfico.
Esta prática estimulou os discentes a pensarem o espaço de forma crítica na
identificação de problemáticas e respectivas alternativas, pois foram esclarecidos que diversos
problemas urbanos são resultantes da ação antrópica pela apropriação indevida do meio,
porém muitas vezes são colocados a exemplo pela mídia e pelos representantes das esferas de
governo como fenômenos da “natureza”. Assim, o aluno tornar-se esclarecido e questionador
dessa realidade e passa a cobrar soluções coerentes. Portanto, a formação é caracterizada pela
instrumentalização do pensar o real e suas problemáticas sem alienações, ou seja, a prática
cidadã é beneficiada por contar com a racionalidade. Mostrando-os que através do
conhecimento geográfico é possível compreender a sua própria realidade e que as suas ações a
influência, incentivando uma prática cidadã compromissada e consciente.
Logo, existem diversos recursos e metodologias que podem ser usados para dar “vida” a
um conteúdo diversas vezes considerado “tedioso”. Pois, é necessário cativar os alunos, visto
que a cada dia, o mundo fora das paredes da escola se torna mais atrativo e é necessário
utilizá-lo nas discussões na aula geografia, já que a geografia deve instrumentalizar os alunos
compreensão do espaço vivido para nele atuar de forma cidadã e racional.
Portanto, o PIBID tem sido uma alternativa inovadora no ensino ao proporcionar que
algumas turmas possam participar de experiências fundamentadas em discussão acadêmicas,
muitas vezes ditas pelos licenciados e licenciados como algo demasiadamente sonhador e
teórico. Porém, ao aproximar às instituições de ensino, universidade e escola a prática de
ensino é aprimorada com o embasamento acadêmico e com a realidade escolar, demonstrando
que é possível para melhorar a qualidade do ensino com todos envolvidos no processo
educativo. Por apresentar o licenciando na formação inicial e o professor supervisor na
continuada para construção de uma prática de ensino com base na realidade escolar e os
problemas pedagógicos que afetam o seu desenvolvimento com as respectivas propostas de
soluções.
5. AGRADECIMENTOS
Os autores agradecem o apoio concedido, mediante as bolsas, efetuado pela
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES, através do
Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID, bem como a toda
comunidade da E. E. E. F. M. São Sebastião, pelo apoio e participação nas atividades
desenvolvidas.
6. REFERÊNCIAS
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Mística, Campina Grande / PB. 2014. 136 f. Dissertação (Mestrado). Departamento de Ciências Geográficas,
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