View
1
Download
0
Category
Preview:
Citation preview
I – INTRODUÇÃO
A criação da Universidade Federal do Tocantins - UFT, em 2000, através da Lei 10.032/00,
significou uma grande conquista da sociedade civil tocantinense, quando importantes medidas e
ações foram implementadas, dentre elas, os concursos para o corpo docente e técnico-
administrativo, eleições para cargos/funções diretivas e instalação dos órgãos de gestão
administrativa, entre outras.
Muitas outras atividades vêm sendo realizadas no âmbito da universidade pela equipe
gestora, dentre elas a elaboração do Planejamento Estratégico que definiu como Missão da UFT
produzir e difundir conhecimentos para formar cidadãos e profissionais qualificados,
comprometidos com o desenvolvimento sustentável da Amazônia. O referido documento também
explicita a visão de futuro da Instituição quando estabelece que até 2010 a UFT será uma
Universidade consolidada, multicampi, um espaço de expressão democrática e cultural,
reconhecida pelo ensino de qualidade e pela pesquisa e extensão voltadas para o desenvolvimento
sustentável da Amazônia.
Dando continuidade ao processo de consolidação da Universidade Federal do Tocantins em
uma perspectiva democrática, realizou-se no ano de 2006 o I FÓRUM DE ENSINO, PESQUISA,
EXTENSÃO E CULTURA DA UFT (FEPEC).
O FEPEC constituiu-se num espaço de grande importância para a discussão das políticas
que vêm sendo implementadas na UFT, bem como para a formulação de novas políticas no âmbito
da graduação, pesquisa, pós-graduação, extensão e cultura. Neste sentido definimos como principais
objetivos:
Oportunizar a análise e reflexão sobre a formação acadêmica e profissional oferecida pelos
cursos, programas e projetos da UFT abrangendo a graduação, pesquisa, pós-graduação,
extensão, cultura e a gestão, e produzir documentos que nortearão a elaboração e
implementação das macro-políticas.
Avaliar, discutir e propor as políticas de graduação, pesquisa, pós-graduação, extensão,
cultura e gestão, visando a construção do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI),
Projeto Político Institucional (PPI), além de aprofundar as discussões a respeito da
elaboração e reestruturação dos Projetos Político-Pedagógicos dos Cursos de Graduação.
Identificar os condicionantes sócio-políticos e econômicos que re-configuram os cursos,
programas e projetos no âmbito da graduação, pesquisa, pós-graduação, extensão, cultura e
gestão.
Promover intercâmbio de idéias e experiências acerca dos processos de organização dos
programas e projetos da UFT.
Refletir sobre a lógica de organização dos currículos de graduação e de pós-graduação, a
partir da análise do papel social da universidade.
Aprofundar as discussões sobre as linhas de pesquisa e extensão da UFT a partir das
macro-políticas estabelecidas no Planejamento Estratégico Institucional.
O evento foi realizado em duas etapas. A 1ª etapa ocorreu de abril a setembro do corrente
ano e a 2ª foi realizada entre os dias 23 e 26 de outubro de 2006. Participou de forma efetiva do
Fórum, além dos Campi, a Pró-Reitoria de Graduação – PROGRAD, Pró-Reitoria de Pesquisa e
Pós-Graduação – PROPESQ, Pró-Reitoria de Extensão – PROEX e Pró-Reitoria de Administração e
Finanças – PROAD (ANEXO I – Equipes de trabalho). Buscamos trabalhar com o seguinte público-
alvo: os segmentos docentes, discentes, técnicos administrativos, gestores e comunidade em geral.
Para garantir a participação dos supracitados segmentos destacamos a importante contribuição
financeira da UFT, Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado do Tocantins (SECT) e da
Fundação de Apoio Científico e Tecnológico do Tocantins (FAPTO). (ANEXO II)
O evento teve como função mobilizar a comunidade acadêmica para refletir e avaliar as
políticas materializadas nos programas e projetos desenvolvidos na UFT. Neste sentido tomou-se
como ponto de partida as ações em implementação pelas quatro Pró-reitorias. Assim, debatemos no
âmbito da Prograd a modernização e informatização das bibliotecas, o aperfeiçoamento discente,
reestruturação do sistema de controle e registro acadêmico, a estruturação e desenvolvimento
acadêmico, o processo seletivo para os cursos de graduação (vestibular) e gestão acadêmica; na
Propesq discutiu-se a melhoria e ampliação da iniciação cientifica, o fortalecimento e expansão da
pós-graduação Stricto Sensu, o apoio a participação em eventos e a divulgação da produção
científica, capacitação pessoal docente e apoio aos comitês técnico-científico e de ética; na Proex
focalizou-se o debate sobre o compromisso social, o respeito à diversidade, a arte e cultura; na Proad
as atenções estiveram voltadas para a modernização da administração, a valorização e
desenvolvimento humano, gestão inovadora e transparente e humanizada.
Tendo como de partida as ações materializadas acima foram aprofundadas e apresentadas
um conjunto de propostas e preocupações que esperamos serem traduzidas em diretrizes políticas da
UFT a serem explicitadas no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), Projeto Pedagógico
Institucional (PPI) e nos Projetos Político-Pedagógico (PPP) dos cursos.
O presente relatório busca explicitar o processo, os resultados, as considerações e
encaminhamentos advindos da realização do Fórum, estruturados nos itens: PRINCÍPIOS
NORTEADORES DO FEPEC; REALIZAÇÃO DO I FEPEC: ETAPAS E RESULTADOS; e
RESULTADO FINAL: SÍNTESE, CONSIDERAÇÃOES E ENCAMINHAMENTOS.
2
II – PRINCÍPIOS NORTEADORES DO FEPEC
Norteamos os trabalhos no I FEPEC da UFT pelos princípios da gestão democrática,
fortalecimento da estrutura multicampi, articulação entre ensino, pesquisa e extensão,
descentralização e unicidade institucional.
É do conhecimento da comunidade universitária que o processo de gestão da UFT adota,
desde a sua gênese o princípio da Gestão democrática revelada na forma de provimento do seu
quadro de pessoal (professores e servidores), na escolha dos seus dirigentes (consulta, por meio do
voto, para a escolha de reitor, diretores de campus e coordenadores de curso) e no processo de
gestão por meio dos Conselhos Diretores e Colegiados de Cursos (nos Campi); Câmaras de Ensino,
Pesquisa e Extensão, Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão – CONSEPE e Conselho
Universitário – CONSUNI. Entretanto o FEPEC quis ampliar o leque da participação possibilitando
que os segmentos representativos da universidade (professores, alunos e servidores) pudessem
participar efetivamente da discussão sobre a avaliação e planejamento das políticas institucionais,
fortalecendo a natureza multicampi da UFT.
O Fórum buscou, de um lado, fazer valer o princípio da descentralização possibilitando a
participação efetiva da comunidade local por meio da realização dos encontros nos Campi e, por
outro lado, garantir a unicidade das políticas institucionais promovendo a participação de
estudantes, professores e servidores dos diversos Campi no debate sobre as políticas em
desenvolvimento e em vistas de serem desenvolvidas no âmbito da UFT
Diante do exposto, tendo em vista o processo de continuidade e ruptura envolvendo o
pensar e a prática da universidade, buscou-se realizar o evento tomando como referencial a
indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. Ou seja, entender a coexistência articulada das
atividades de ensino, de pesquisa e de extensão no processo de formação omnilateral do homem
(educação do homem para satisfazer as múltiplas e históricas necessidades materiais, biológicas,
psíquicas, afetivas, estéticas, lúdicas) em contraposição a uma compreensão unilateral da formação
humana pautada na lógica da universidade organizacional voltada para a adaptabilidade,
funcionalidade, pragmatismo, adestramento, treinamento e policognição para o mercado de trabalho.
Compreender a educação superior neste prisma evita desenvolvermos ações educativas
de forma desarticulada, fragmentada o que exige uma reflexão a respeito da instituição chamada
universidade, da educação e do mundo, para, a partir desta lógica, discutir o planejamento e gestão
das políticas a serem desenvolvidas a partir de uma compreensão ampliada de Estado e de
Educação.
Entender, portanto, a concepção de universidade como instituição social diferenciada da
3
universidade enquanto organização é fundamental para se pensar os programas e projetos no âmbito
da UFT, sob pena de se produzir um conjunto de políticas confusas e contraditórias, o que pode
levar ao desperdício de tempo e de recursos públicos, pois ambas as concepções de universidade
aspiram formações diferentes. Chauí (1999, 5: 3), elucida esta questão afirmando que
A instituição social aspira à universalidade. A organização sabe que sua eficácia e seu sucesso dependem de sua particularidade. Isto significa que a instituição tem a sociedade como seu princípio e sua referência normativa e valorativa, enquanto a organização tem apenas a si mesma como referência, num processo de competição com outras que fixaram os mesmos objetivos particulares. Em outras palavras, a instituição se percebe inserida na divisão social e política e busca definir uma universalidade (ou imaginária ou desejável) que lhe permita responder às contradições impostas pela divisão. Ao contrário, a organização pretende gerir seu espaço e tempo particulares aceitando como dado bruto sua inserção num dos pólos da divisão social, e seu alvo não é responder às contradições e sim vencer a competição com seus supostos iguais. (Grifo nosso).
A elucidação conceitual acima, de uma forma geral, permite-nos posicionarmos
criticamente diante da tentativa, posta na atualidade, de colocar na “vala comum” as duas
concepções de universidade, e, conseqüentemente, permite nos diferenciarmos, também, formas
diversas de planejamento e gestão. Isto exige de nós, que acreditamos na gestão democrática da
universidade buscar formas de pensar e implementar as políticas para o ensino de graduação na
perspectiva da construção de uma instituição social chamada UFT.
Nesta linha de pensamento, a realização do I FEPEC na UFT nasce com o desafio de ser
um espaço de construção da universidade numa perspectiva democrática e emancipadora. Para os
propositores do evento o compromisso da universidade deve ser com a formação do homem em sua
totalidade (a ética, a estética e a técnica) o que vai além de treinar recursos humanos para uma
profissão, pois o ser humano é muito mais que isto. É preciso unificar, no mesmo homem, a
formação técnica e humana.
Assim, antes de formar o jornalista, devemos formar o ser humano que conheça a ética, a
estética e a técnica que deve orientar os meios de comunicação de massa; antes do advogado, o ser
humano, que entenda de leis. A profissão é tão somente um aspecto do ser humano. Ajuda a
completá-lo e é, por isso mesmo, necessária. Confundi-la com o ser humano é achar que o psicólogo
nada mais é que o divã; o químico nada mais que o tubo de ensaio.
Ao se propor que a universidade não abdique de seu papel de formar cidadãos, não
propomos a formação de profissionais incompetentes, mas de pessoas para as quais a
profissionalização não seja sinônimo de estreiteza, de barbarismo, de falta de compreensão ética, de
falta de empatia com os valores sociais que nos sustentam enquanto sociedade democraticamente
organizada. Mais do que o aperfeiçoamento da qualidade material da vida, queremos maior
qualidade cultural, social, civil e cidadã; uma educação que oportunize o desenvolvimento da
tolerância às diferenças e da intolerância à injustiça, à miséria, à falta de respeito pelo outro e de
4
zelo pela vida.
A educação cidadã e a educação profissional podem e devem, portanto, serem vistas como
complementares, sem antagonismos. Tememos, sinceramente, que a crescente opção pela
universidade operacional sobreponha-se à universidade emancipadora e venha a significar a opção
pelo bárbaro altamente qualificado em oposição à adequada formação do cidadão. Entendemos ser
a formação do cidadão o que devemos buscar.
Neste sentido, acredita-se que discutir as políticas educativas no âmbito da UFT requer um
fazer educativo na perspectiva dialógica que valoriza o diálogo e a participação democrática, embora
entendendo que isto seja trabalhoso e exponha de forma mais evidente aqueles que, no momento,
estão conduzindo o processo educativo. Podemos correr o risco e nos propormos a trabalhar a partir
de uma matriz fundamentada na tradição interacionista (enfoque sociológico e cultural) que vê a
sociedade em conflito e adota o método dialético para enfrentar os problemas sociais em constante
ebulição, ou nos fundamentarmos na tradição funcionalista e adotarmos os modelos de planejamento
e gestão burocrática, idiossincrática ou integradora, norteado pelos enfoques jurídico, tecnocrático e
comportamental, fincados nas teorias clássica e neoclássica da administração. Ressalta-se que a
primeira matriz aponta para uma educação emancipadora do homem, e a segunda para uma
educação na perspectiva da regulação e do controle burocrático. ( PADILHA, 2003 e VEIGA,
1995/2001)
III - REALIZAÇÃO DO I FEPEC: ETAPAS E RESULTADOS
O FEPEC constituiu-se em um evento de natureza acadêmica e científico-cultural, que teve
por finalidade discutir e propor as políticas de graduação, pesquisa, pós-graduação, extensão e
cultura, visando a construção do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da UFT. Sua
operacionalização se deu em duas etapas. Na 1ª etapa realizou-se os encontros preparatórios nos
Campi e na 2ª realizou-se o Fórum propriamente dito.
3.1 – PRIMEIRA ETAPA
A 1ª etapa do Fórum, constituiu-se de encontros preparatórios, realizados um em cada
campus, com a participação de professores, estudantes e técnico-administrativos. Os encontros em
preparação para a segunda etapa do FEPEC foram realizados em conformidade com o seguinte
cronograma:
5
CAMPUS DATAMIRACEMA 20/abril/2006
ARAGUAÍNA 10/maio/2006TOCANTINÓPOLIS 31/maio/2006
ARRAIAS 26/junho/2006 GURUPI 28/junho/2006
PORTO NACIONAL 24/agosto/2006PALMAS 05/setembro/2006
Esta etapa visou discutir e apontar os problemas, causas, macro-linhas de ação e
estratégias quanto as políticas de ensino, pesquisa, extensão e cultura nos Campus Universitários da
UFT. Foram desenvolvidas, nos Campi, dois tipos de atividades básicas: sessões setoriais e grupos
de trabalho.
1.Sessões Setoriais: em número de duas, sendo a primeira em caráter solene para
abertura do evento, e a segunda para apresentação de conclusões, sínteses e
proposições.
2.Grupos de trabalhos: realizado pelos participantes do Fórum, no âmbito do
campus, com a finalidade de estudar temas, realizar proposições para melhoria das
políticas de graduação, pesquisa, pós-graduação, extensão e cultura, no decorrer da
2ª etapa do FEPEC.
3.1.1 – Processo de participação e preocupações gerais
A participação nos Grupos de Trabalhos dos segmentos envolvidos no FEPEC no decorrer
da realização dos encontros preparatórios sob o ponto de vista qualitativo foi significativo. Em
Tocantinópolis, Gurupi, Araguaina os alunos tiveram participação significativa nas discussões do
grupo de trabalho de graduação. Especialmente no que se refere aos temas metodológicos, os
estudantes foram incisivos.
Nas discussões da Proex houve também debates sobre a permanência de estudantes, apoio a
diversidade entre outros temas. Vale ressaltar, no entanto, que nesses grupos de trabalho houve
também a participação de professores. Todavia, eram professores ligados a coordenação de curso
e/ou professores de estágio curricular.
Nos temas ligados à Proad, houve uma procura mista. Também mudou de campus para
campus. Em alguns, a participação de funcionários foi maior que a de docentes; noutro, houve mais
aluno que funcionário (caso de Arraias); em todos, porém, sempre tiveram professores. Nesse grupo,
os debates ficaram mais em questões técnicas, até mesmo pela natureza da Proad.
6
Fonte: lista de freqüência da 1ª etapa do FEPEC, Palmas, 2006.
Quanto ao quantitativo de participação por campus, ressalvadas as devidas proporções, foi
excelente. Os diretores de Campus se empenharam muito. Foi realmente uma participação efetiva.
Todavia, teve casos em que docentes não se interessaram muito pelo debate. No caso do Campus de
Palmas, ao contrário do que se pensava, a participação de discentes e docentes foi ínfima. Mas isso
foi um caso isolado.
7
Fonte: lista de freqüência da 1ª etapa do FEPEC, Palmas, 2006.
O que realmente importa é que os campi do interior estão mais comprometidos com o
fortalecimento da universidade multicampi. Especialmente, porque a modalidade multicampi exige
da UFT um diálogo sempre constante para nortear e deliberar as linhas de ação prioritárias para esta
universidade.
3.1.2 – Os resultados da 1ª etapa do FEPEC: breve comentário e os anexos
A partir dos encontros realizados nos Campi foram construídos sete relatórios
especificando aspectos gerais da realidade da universidade, mas também apresentado as
especificidades locais conforme demonstra o item relatório na 1ª etapa.
Desde Miracema até Palmas, as preocupações foram parecidas. Em alguns campi, no
entanto, foram postas outras questões. Quando se trata dos professores, por exemplo, as
preocupações são voltadas mais a Pró-reitoria de Pesquisa. Daí que os assuntos são: problemas com
a pesquisa, plano de qualificação, realização de eventos científicos, entre outros. Já no que se refere
aos alunos, estiveram mais nas discussões da Pró-reitoria de cultura e Graduação. Na Proex, as
políticas de cultura de extensão atraem mais os estudantes, mesmo que na opinião de muitos a
universidade não disponha de espaços para práticas culturais. No âmbito da Prograd, os estudantes
participaram mais com intuito de questionar o andamento de algumas disciplinas (metodologias,
avaliação).
O quadro síntese apresentado no item 4.1, articulando as discussões feitas nas duas etapas
do fórum, dá uma visão geral das principais discussões ocorridas nos campi. Nele foram colocadas
as preocupações recorrentes nos Campus Universitários e apresenta um panorama geral do que foi
debatido no decorrer do FEPEC.
3.2 – SEGUNDA ETAPA
A 2ª etapa do FEPEC objetivou discutir e propor as políticas de graduação, pesquisa, pós-
graduação, extensão e cultura, constituindo-se num espaço coletivo e democrático representativo dos
segmentos acadêmicos. Visou aprofundar os problemas, causas e alternativas de solução do ensino,
da pesquisa, da extensão e cultura. A operacionalização desta etapa se deu por meio de:
Uma Conferência que discutiu um tema de abrangência geral, apresentada por um
conferencista, relacionado à temática e aos objetivos do evento com a finalidade de
8
fundamentar as proposições e encaminhamentos das políticas institucionais da UFT situada
no contexto político, econômico, cultural e social atual.
Três Mesas-redondas que debateu temas específicos, ligados ao ensino de graduação, à
pesquisa e a extensão na universidade, tratados por especialistas ou autoridades da
administração da educação superior.
Cinco Grupos de trabalhos constituído pelos participantes do Fórum, com a finalidade de
estudar temas, realizar proposições para melhoria das políticas de graduação, pesquisa, pós-
graduação, extensão e Cultura.
Duas Sessões setoriais: sendo a primeira em caráter solene para abertura do evento, e a
segunda para apresentação de conclusões, sínteses e apresentação de moções/proposições,
recomendações e outras decisões encaminhadas pelos participantes. As conclusões obtidas
no evento, contribuirá com a elaboração do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) e
Projeto Político Institucional (PPI) da UFT, bem como possibilitará proceder
encaminhamentos práticos de rotina.
3.2.1 – Programação
Nesta fase, entre outras atividades, foi realizada uma Conferência com o tema
“Universidade e Sociedade: As novas Finalidades do Ensino, Pesquisa, Extensão e Cultura nas Ifes
e na UFT”, seguida da composição e organização de mesas-redondas e grupos de trabalho.
As mesas-redondas abordaram as seguintes temáticas: “A Interface 'Ensino, Pesquisa e
Extensão' na Universidade e a Construção do PDI e PPI”; “Tensões, Desafios e Perspectivas na
Articulação entre Ensino, Pesquisa e Extensão da UFT”; “A Avaliação Institucional no Contexto
da Reforma Universitária e a Construção do PDI e PPI da UFT”.
Os grupos de trabalhos, organizados em 5 sub-temas, possibilitaram a discussão sobre:
Gestão Institucional - Organização Administrativa/ Organização e Gestão de Pessoal,
buscando fomentar a discussão e análise sobre elementos da estrutura organizacional, instâncias de
decisão e organograma institucional e acadêmico; órgãos colegiados e de apoio às atividades
acadêmicas; autonomia da IFES; relações e parcerias com a comunidade, instituições e empresas;
cronograma e plano de expansão do corpo docente e corpo técnico-administrativo. Políticas de
Atendimento aos Discentes, fomentando a discussão e análise sobre formas de acesso, programas
de apoio pedagógico e financeiro; formas e estímulo à permanência; organização estudantil e
acompanhamento dos egressos. Organização Didático-Pedagógica, com o intuito de propiciar a
discussão e análise sobre perfil do egresso; seleção de conteúdos; princípios metodológicos;
9
processo de avaliação; práticas pedagógicas; políticas de estágios, prática profissional e atividades
complementares; políticas e práticas de educação à distância e de educação inclusiva. Oferta de
Cursos e Programas (presenciais e a distância), possibilitando a discussão e análise sobre a
graduação (Bacharelado, Licenciatura e Tecnologia); cursos seqüenciais; programas especiais e
formação pedagógica; programas de pós-graduação lato sensu e stricto sensu; programas de
extensão e pesquisa em geral. Avaliação e Acompanhamento do Desenvolvimento Institucional,
discutindo e analisando as atividades acadêmicas de Ensino, Pesquisa e Extensão, Planejamento e
Gestão; formas de participação da comunidade acadêmica, técnica e administrativa; CPA e formas
de utilização dos resultados das avaliações.
3.2.2 – Discussão feita na conferência de abertura e nas mesas redondas
Na primeira parte da segunda etapa do FEPEC tivemos a preocupação de trazer
especialistas de outras universidades para, juntamente com professores e gestores internos,
aprofundar e fundamentar a discussão sobre as políticas para a educação superior na UFT.
Na conferência de abertura o Professor Ildeu Moreira Coelho apresentou uma discussão
sobre a relação entre universidade e sociedade buscando explicitar a finalidade da educação superior
na atualidade. Na seqüência, os trabalhos se efetivaram por meio de três mesas redondas. Na
primeira mesa os especialistas deram continuidade a discussão iniciada com a conferência de
abertura procurando abordar, de forma mais específica, a interface entre o ensino, a pesquisa, a
extensão e a cultura. Debateram a temática desta mesa os professores Ildeu Moreira Coelho (UFG) e
Hilda Gomes Dultra Magalhães.
A professora Hilda começou falando que a universidade que se tem hoje é fruto do que
foi pensado no período militar, e mais, que a concepção de universidade, em sentido amplo, está
mais próxima do modelo americano. Segundo a professora Hilda, o modelo americano é pautado por
uma formação técnica, um modelo de ensino excessivamente profissionalizante.
Depois, fez um panorama das etapas do I FEPEC nos campi. Começou em Miracema,
Araguaina, Tocantinópolis, Arraias, Gurupi, Porto Nacional e Palmas. Falou da necessidade de
construir o PPI e PDI levando em conta o caráter de debate coletivo. Mesmo que na confecção do
texto em si apareça algumas dificuldades, é preciso não perder de vista que a UFT é uma
universidade multicampi, portanto de aspecto essencialmente descentralizado.
Ela falou que, hoje, há uma possibilidade na universidade de democratizar o acesso aos
programas de extensão e pesquisa. Para ela, isso significa uma possibilidade de avançar no sentido
de consolidar a missão da UFT e, a partir daí, construir os documentos institucionais tendo por base
10
a natureza democrática imprescindível para o fazer universitário.
Na fala da professora Hilda, evidenciou-se importância da realização do presente fórum
cujo objetivo foi discutir uma possibilidade de construção dos documentos institucionais, que de
outra forma, como observou ela, poderiam ser feito, por exemplo, sem a menor participação da
comunidade universitária. Ressaltou ainda, que um sonho se constrói com algum tipo de trabalho.
Por isso, o trabalho de socializar a construção do PPI e do PDI deve ser visto como um momento
que a UFT tem para decidir como será a caminhada. Por isso, fazê-la com a participação de todos.
O professor Ildeu teve uma participação singular. Na sua apresentação foram
contempladas várias temáticas, entre elas a noção de universidade, de educação, de aprendizagem. O
professor Ildeu, começou sua fala estabelecendo uma relação entre a conjugação de poder na
universidade e a efetivação da atividade-fim dessa instituição. Para Ildeu, o exercício do pensamento
deve ser uma das metas da universidade. Por isso mesmo, questionou a platéia, bem como os
organizadores do I FEPEC, se estava clara para eles, a definição de universidade. Para o Professor
Ildeu, pensar políticas para uma instituição que não se sabe ao certo o que é, nem para onde está
indo é complicado.
Depois disso, explana que para se ter uma idéia do que ele está falando deve se levar em
conta, primeiro, o ofício maior da universidade, o ensino. Por ensino, o Professor Ildeu entende
como espaço da produção de conhecimento. Na opinião dele, a universidade tem um papel que nem
uma outra instituição teria, o de produzir conhecimento. Por isso, a natureza dos serviços nela
prestados são necessariamente distintos, e deve por isso, completar o todo a que se presta o universo
acadêmico. Todavia, a tarefa do professor, segundo o Professor Ildeu, é de articulador, posto que ao
professor cabe estabelecer um nexo entre aquilo que é tido como conhecimento e aquilo que é a
aprendizagem.
Essa explanação foi feita de modo muito enfática a ponto de causar na pláteia uma certa
inquietação. Porém, o Professor Ildeu além de atestar que os afazeres docentes são por excelência a
natureza da universidade, relembrou também um pouco a trajetória da universidade no mundo
ocidental.
Para Ildeu, o exercício da universidade é fazer seres humanos em busca do saber. De modo
que, tem de haver questões para que continuamente se possa propor novas possibilidades de
entendimento do mundo. Daí, o professor falou da necessidade de sermos estudantes, sempre. Sem
isso, como ficou claro na fala do professor, a universidade desenvolve atividades mecânicas. Por
isso, a valorização da teoria deve se dá como marco fundamental no fazer universitário,
especialmente porque só há universidade se houver estudantes e por isso mesmo tem de haver
paixão pelo conhecimento. O estudante deve estar preocupado em buscar conhecimento. Explicou
também a necessidade do universo acadêmico ser oposto ao processo de instrumentalização do
11
saber, posto que a noção de universidade deve ser centrada na construção da humanização e não
necessariamente do lucro para o mercado de trabalho.
Criticou veementemente o fato de a universidade tentar pensar políticas sem que exista de
fato um debate sobre a real noção do que é de fato a universidade. Nesse sentido, pontuou também
aquilo que comumente se chama de modernidade que não passa de um mito de que hoje há uma
gama de possibilidades de entendimento do mundo. Nisso, criticou também a inserção da tecnologia
como resposta a tudo a que se pensa como problemáticas da educação em nosso tempo. Também
criticou autores na linha de Philipp Perrenaud segundo o qual as metodologias de ensino partem da
prática e por isso explicam possíveis teorias. Para Ildeu, isso é uma falácia, de modo que nem a
teoria deve explicar a prática, nem esta àquela. O que deve haver, todavia, é uma resposta teórica às
teorias e uma resposta da prática ao que tem sido feito pela prática. Nesse sentido, a teoria significa-
se como possibilidade de contemplação e não necessariamente como postuladora da prática.
Partindo daí, falou também do contracenso que foi a postura do aluno como centro da
tarefa da escola. Nesse sentido, há uma otimização do ensino. Ao que Ildeu classificou isso de uma
falsa questão, especialmente porque essa noção, de eficiência, traz uma coisificação do trabalho
docente. Isso cria um laço mercantilizado entre o professor e o aluno, ou por outro lado, de ensino e
de aprendizagem. Isso gera um tipo de aprendizado, conforme foi enfaticamente discutido por Ildeu,
num processo de ensino no qual os alunos aprendem a ler apenas os códigos e não os sentidos que
são pertinentes aos textos, por exemplo, alguns leitores atribuem sentidos tão levianos a conceitos
complexos, ou dizem haver diferenças entre autores que pensam num mesmo sentido.
Para contrapor esse modelo de educação, Ildeu propõe um triângulo, no qual professores e
alunos formam o corpo de formadores e formandos e na outra linha o processo de formação. De
modo que, nesse modelo, não haveria ninguém no centro, porque todos os vértices se completam no
triângulo. Isso seria importante, especialmente para viabilizar uma universidade que institui
questões, que propõe problemas, que aguça a sede de saber. Criticou, também nessa exposição, o
fato de os professores se auto denominarem prontos para ensinar. Para Ildeu, o professor só será de
fato um formador quando for, antes, um estudante.
Relembrou que o Capital de Karl Marx é um livro precisamente teórico e que não há uma
abordagem prática do mundo capitalista, pelo contrário, o livro de Marx é uma possibilidade teórica
e não um tratado de guerrilha. Esse exemplo foi para dizer o tanto que é importante o trabalho de
realização teórica, Marx, por exemplo, demorou anos pesquisando e refletindo sobre os fundamentos
da economia capitalista para poder escrever o seu livro, cuja atualidade é justamente a prova de que
não foi feito segundo circunstacialidades.
Por último, chamou atenção para a necessidade de uma professora de ensino fundamental
ser pautada pelo pensamento teórico e não meramente uma executora de metodologias; o professor
12
deve ser um ente do pensamento, aquele que pensa sua aula e não apenas arquiteta um conteúdo
como se fosse um engenheiro.
A segunda mesa tratou das tensões, desafios e perspectivas na articulação entre ensino,
pesquisa e extensão. A temática desta mesa foi desenvolvida pelos professores Cândido Bezerra
(UECE), Ana Maria de Sousa (USP), Ana Lúcia Pereira (UFT).
O professor Cândido falou de sua experiência na Pró-reitoria de assuntos estudantis. Um
órgão voltado para o fomento da vida acadêmica dos alunos da Universidade Estadual do Ceará.
Falou que era do movimento estudantil e por isso conseguiu ter um certo êxito naquela empreitada.
Depois, contou que foi nomeado para a Pró-reitoria de Extensão. Logo de inicio, questionou o
conceito de extensão. Como fazer extensão, como se daria o trabalho da extensão num estado como
o Ceará.
Essas questões, para o professor, são importantes dado a necessidade de garantir o tripé da
universidade que passa obrigatoriamente pela valorização da extensão universitária. Frisou os
programas criados em nível nacional para fortalecer a extensão, a exemplo do PROEXT
implementado pelo governo federal.
Já a professora Ana Lúcia Pereira começou sua fala abordando a noção de extensão
como processo educativo pelo qual se articula ensino e pesquisa de modo indissociável. Para a
Professora Ana, a extensão não é meramente uma ação no sentido de estender a universidade ao
público não-universitário, é antes, uma possibilidade de garantir maior interação entre o ensino e sua
continuidade na pesquisa. Por isso, na medida em que um projeto de pesquisa ultrapassa os limites
da universidade, já se tem em vista um modo de interação com a comunidade a ser pesquisada. Isso
só é possível, segundo a fala da professora, porque a noção de extensão é muito clara e importante
na promoção do saber, isto é, no ensino a que se pretende em última análise a universidade.
Falou também da dificuldade de efetivação da multidisciplinaridade, transdisciplinaridade e
interdisciplinaridade. Para ela, essa dificuldade se dá porque os professores têm alguma dificuldade
em avançar em alguns pontos, especialmente porque há muita resistência por parte do corpo
docente.
Falou do estágio curricular. Para a Pró-reitora de extensão já foram feitas algumas ações no
sentido de garantir a efetivação das políticas de extensão na UFT. Ressaltou, ainda, a importância
da formação de platéias, isto é, do fomento da arte e do acesso aos mais variados tipos de
representação artística.
Enfatizou, por fim, o acesso dos indígenas à educação superior que, segundo a professora
Ana, só foi possível a partir de uma ação conjunta da Pró-reitoria e demais setores e segmentos da
UFT.
No entendimento da professora Ana Maria de Souza é possível ensinar e pesquisar por
13
isto é importante compreender como o ensino e a pesquisa se articulam. Na fala da professora alguns
questionamentos foram levantados, no sentido de repensar que vínculo existe, ou não, entre a
pesquisa e o trabalho tipicamente entendido como ensino. Para a universidade existir como espaço
de produção de conhecimento e de aprendizado significativo quando houver uma interação entre o
professor/orientador e o aluno/pesquisador. Para isso é preciso superar uma velha dicotomia, a de
que o conhecimento pode acontecer somente individualmente.
Contribuiu também com o debate acerca da função da universidade, da missão, do real
papel a ser desempenhado por uma instituição de educação superior. Na opinião da professora Ana
Maria, o conhecimento significativo, a inter-relação entre ensino e pesquisa deve ser um marco na
atividade acadêmica. A instituição universitária deve desempenhar um papel no qual se articulem,
não só o papel social, a inserção local, mas, antes, uma importante interação entre o que se ensina
nos programas de ensino e pesquisas que torne significativo o conhecimento.
Por último interagiu com o público, questionando-o sobre os conceitos tratados por ela.
Nesse sentido, a professora enfatizou que o exercício docente é de fato uma proposta de trabalho que
não se esgota em si mesma, e deve, como foi acentuado, se completar de algum modo com as
atividades de pesquisa. Reforçou ainda a importância do desenvolvimento das atividades de ensino e
pesquisa a partir da compreensão da construção do conhecimento em rede.
Já a terceira mesa abordou a temática inerente a Avaliação Institucional no Contexto da
Reforma Universitária e a construção do PDI e PPI da UFT. Essa temática foi discutida pelos
professores Vicente de Paula Almeida Júnior, avaliador do INEP, Professora Kátia Maia Flores
(UFT), Professora Ana Lúcia de Medeiros (UFT) e Professora Vânia Maria de Araújo Passos
(UFT).
No inicio da fala, o professor Vicente fez questão de lembrar que a “missão” deve
expressar, de fato, a razão de ser da universidade. Daí, foi distribuindo a fala em três segmentos:
indivíduos, sociedade e governo. Explicou que a função da universidade ao elaborar os documentos,
PPI e PDI, deve ser considerada. Outra coisa, na elaboração dos documentos bases, a missão da
universidade deve se questionar sobre o que é formação e como esta pode contribuir para o fim da
barbárie. Então, as demandas propostas à universidade, por exemplo, como frisou o professor,
acabam como que atropelando a sua missão.
Frisou, também, como surgem as reformas. Para ele, quando há uma contradição entre a
proposta de universidade existente e as demandas, surge então a necessidade de reformar o conceito
de universidade. Isso é dado, normalmente, pela avaliação institucional. O que é interessante, na
abordagem de Vicente, é a noção de avaliação. Surgem então os SINAES, cuja função, na opinião
do professor Vicente, é auxiliar a comunidade acadêmica. Por isso, há uma certa complexidade no
sitema de avaliação, especialmente porque o objeto avaliado é complexo. Ora, por isso o INEP tem
14
avaliadores externos. Para que se possa olhar de fora para dentro. Isso é contraposto pela avaliação
interna, aquela que a comunidade acadêmica faz consigo mesma. Entre essas duas avaliações, está o
ENADE, cujo papel é balizar os dados obtidos na avaliação externa e interna.
A noção de universidade, então, perpassa por aquilo que está contido nas avaliações. Por
exemplo, o ENADE, na opinião de Vicente, avalia a entrada e a saída do aluno. Isso ocorre porque o
foco do processo de avaliação está na aprendizagem, e não mais no ensino. Para o palestrante essa
mudança representa um avanço importante, especialmente se levado em conta que avaliando o
processo é possível entender a função da universidade, é possível compreender e valorizar a missão
da universidade. Nesse sentido, o professor chamou atenção, também, para que não se encerre o
processo de avaliação em questionários. Para ele, os questionários podem ser instrumentos apenas
de tomada de opinião e não de construção da universidade.
Logo em seguida, criticou a metodologia de organização das planilhas que foram enviadas
a ele. Em sua opinião, as política institucionais deveriam estar presentes antes mesmos de quaisquer
outros documentos. Num segundo momento, disse que a identidade da Universidade Federal do
Tocantins não está bem definida. Para o professor, nem no sítio da universidade há uma explicitação
clara do que é a Universidade Federal do Tocantins. Além disso, faltou na opinião de Vicente, a
definição de quem vai resolver os problemas propostos na planilha. O que se deve ter em mente,
então, é que o processo de construção do PDI e do PPI deve estar pautado na definição clara do que
é a universidade; como a missão da universidade é percebida pela comunidade acadêmica. Encerrou
lembrando um filósofo da Grécia antiga sobre a necessidade de articulação entre os fins e meios das
instituições sociais.
A professora Kátia introduziu a sua fala sobre o PPI Lembrando da história de criação da
universidade. Disse que uma das peculiaridades da UFT foi o fato de que os processos não podiam
ser interrompidos. Outra coisa foi a opção democrática feita pela UFT e que na opinião de Kátia, a
universidade está construindo sua identidade agora, isto é, a partir da elaboração do PDI e do PPI é
que a Instituição consolidará sua identidade. Depois disso, falou do conceito de PPI, segundo ela é
uma diretriz pedagógica que orienta a atividades da instituição. Esse documento, segundo a
professora, é um instrumento político, teórico e metodológico que visa construir a identidade da
Instituição. Lembrou que o Projeto Pedagógico Institucional não é documento formal, cuja função
seria apenas ficar arquivado. É antes, na opinião da professora, um texto prático que se pauta pela
atividade prática, ou seja, é concebido justamente para garantir uma prática pautada pelo debate,
pela ação democrática e pela ampliação da filosofia institucional.
Depois disso, salientou que PDI é um documento que estabelece os caminhos para o
desenvolvimento das políticas apresentadas e propostas no PPI. Em face disso explicou os cenários
da instituição. Comentou a expansão do ensino de graduação. Disse que a expansão significa um
15
esforço da universidade em fomentar a democratização do acesso à educação superior.
Segundo a Pró-reitora de Graduação, a natureza do FEPEC, isto é, o fato de existir um
fórum que foi feito ao longo de quase um ano, indica que o caminho do debate foi a estratégia
escolhida para a elaboração dos documentos basilares.
Disse também, da opção filosófica tomada para nortear as políticas de graduação. Para a
professora Kátia, a proposta de oferta de cursos não pode ser reduzida ao cunho profissional, apenas,
mas deve ser uma formação pautada por valores humanos e de valorização da cultura regional. Para
ela, a Universidade Federal do Tocantins, não deve ser apenas uma universidade, deve, antes, ser um
centro de excelência, ser um espaço para a difusão do conhecimento, da cultura, voltado para a
excelência.
A professora Ana Medeiros explanou sobre o Plano de Desenvolvimento Institucional,
PDI, da Universidade Federal do Tocantins. Falou, também da forma coletiva segundo a qual se deu
a construção do planejamento estratégico. Falou do cronograma sob o qual foi organizado o I
FEPEC. No teor da fala da professora, há uma incisiva noção de que o objetivo da universidade é
construir um corpo de técnicos para desenvolver o estado do Tocantins.
Reforçou a natureza multicampi da UFT. Para ela, a importância dos campi nas cidades do
interior do estado, representam possibilidades de desenvolvimento regional. Disse, também, que a
excelência acadêmica passa também pela oferta regular dos cursos, pela democratização do acesso à
educação superior, pela implementação de mais cursos, especialmente nas cidades do interior.
Reforçou muito o papel social que a UFT tem no Tocantins. Por isso, falou daquilo que ela
considera algo muito importante, a eficiência da gestão da universidade. É preciso, organizar os
serviços da Instituição de modo que a excelência do ensino seja também a da gestão.
Por isso, é preciso repensar novos modelos de gestão. Neste modelo, faz-se necessário a
inserção da capacitação do servidor técnico-administrativo como política permanente. Lembrou que
nas universidades mais consolidadas, a postura excludente de como os servidores são tratados
explicita como o modelo de gestão ainda é retrogrado.
Por último, ressaltou que o processo de consolidação da universidade está no caminho
certo. Porque foi concebido democraticamente. E para ela, a escolha do debate coletivo, pode
representar uma saída importante, principalmente porque o que se tem a fazer na UFT é justamente
reforçar a idéia de construção coletiva, de acesso democrático aos documentos institucionais.
Logo no início da fala da professora Vânia foi explicado que a criação da Comissão
Própria de Avaliação - CPA é uma determinação legal. Falou também da importância do processo
de articulação que possibilitou as atividades da comissão de avaliação desenvolver o seu trabalho.
Explicou, de imediato, que a avaliação não é somente aplicação de questionário. É antes, uma
postura, uma conduta no fazer da universidade, de compreender a inserção da universidade no
16
estado do Tocantins.
Fez um preâmbulo do perfil sócio-econômico do estado do Tocantins. Depois comentou os
principais problemas porque passa o Tocantins hoje, dentre eles o analfabetismo. Ressaltou, ainda, o
perfil dos acadêmicos que ingressaram na educação superior pública e gratuita oferecida pela
Universidade Federal do Tocantins. Um dado que ficou pertinente, na exposição da professora
Vânia, foi o fato de que 59% dos alunos hoje matriculados na UFT serem oriundos da escola
pública.
Também na fala de Vânia, ficou claro o caráter democrático e coletivo sob o qual foi
efetivado o processo de elaboração dos instrumentos de avaliação. Ela disse que todo o processo foi
previamente discutido em todos os campi e foi ainda composto uma comissão com membros tanto
do corpo docente, discente quanto de servidores.
Explicou as etapas que foram necessárias para concretização da avaliação. Falou que foi a
alguns eventos em nível nacional, que recebeu apoio de alguns professores de outras universidades.
Também comentou que a avaliação também consultou os projetos políticos pedagógicos, e que na
maioria deles constava a missão da universidade e uma visão multidisciplinar e interdisciplinar.
Dos dados efetivos, ela disse que os alunos evidenciaram o compromisso dos professores,
mesmo que ainda exista uma parcela que considera que os professores não tão comprometidos.
Também os alunos criticaram, por meio da avaliação, a comunicação interna da UFT e a
organização administrativa. Por fim, a professora ressaltou a importância da participação da
comunidade universitária nos trabalhos da CPA.
O conjunto das palestras foi importante, pois permitiu aprofundarmos a compreensão de
universidade na atualidade destacando o seu papel, as tensões, desafios e perspectivas na articulação
ensino, pesquisa e extensão. Permitiu percebermos a estreita relação entre as reformas ocorridas no
âmbito do Estado e da educação e as implicações destas mudanças para a educação superior no que
se refere ao planejamento e avaliação institucionais.
As reflexões feitas nos alertam para a concepção de universidade que devemos adotar sem
perder de vista o tipo de homem, de educação e de sociedade que almejamos. Neste sentido,
precisamos estar atentos para a articulação coerente entre o que estamos pensando (o conceito), as
nossas propostas (texto) e a realidade em que vivemos (contexto). A contradição entre estes
elementos pode levar a desenvolvermos políticas conflitantes e contraditórias, o que prejudicará a
qualidade da educação que estamos oferecendo.
O aprofundamento feito fundamentou e qualificou a participação da comunidade
acadêmica nas discussões e no estudo realizado nos GT, bem como suscitou compreensões amplas
sobre o processo de ensino aprendizagem e de gestão da educação superior na UFT.
Ressaltamos que as palestras foram filmadas e que estamos estudando a possibilidade de
17
reproduzir a filmagem e enviar uma cópia aos Campi universitários juntamente com todos os
documentos produzidos a partir do FEPEC.
3.2.3 – Resultado da discussão nos Grupos de Trabalhos
No decorrer da 2ª fase do FEPEC, os participantes reuniram-se em cinco GT com o intuito
de discutir as políticas e ações específicas em desenvolvimento na UFT. Após a discussão foi
consensuada um conjunto de propostas abrangendo a graduação, pesquisa e pós-graduação, extensão
e cultura, gestão e avaliação institucional. Da discussão feita nos grupos foram elaborados relatórios
e apresentados na plenária objetivando fazer uma discussão por todo o coletivo do fórum visando
sanar dúvidas, fazer correções, estabelecer, minimamente, a unidade Institucional.
O quadro abaixo explicita os resultados debatidos e apresentados pelos diversos Grupos de
Trabalhos.
SÍNTESE DAS POLÍTICAS DISCUTIDAS, CONSENSUADAS E PROPOSTAS PELOS GRUPOS DE TRABALHOS NA 2ª ETAPA DO FEPEC
GRUPO DE TRABALHO 1 GESTÃO INSTITUCIONAL: ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA E GESTÃO DE PESSOAL
Coordenador: Ana Lúcia de MedeirosRelatora: Ana Carolina Falcão
ITEM/SUBITEM: Estrutura organizacional, instâncias de decisão e organograma institucional e acadêmicoDIFICULDADES/CAUSAS MACRO-LINHA DE AÇÃO ESTRATÉGIAS
•Deficiência na comunicação entre os campi: a divulgação das informações restringe-se ao campus de Palmas;•Falta de liderança na ausência do coordenador de Campus;•Ausência da diretoria de informática nas discussões da universidade;•Falta de definição das competências do coordenador de Campus e administrativo;•Falta definição mais precisa quanto ao status de cada campus;•Falta entre as políticas de ensino, pesquisa e extensão;•Comportamento e ações de gestão que não consideram a estrutura multicampi;•Gts oficiais da UFT (PROPESQ), não funcionam, pois não tem reconhecimento da comunidade acadêmica;
•Criar Estratégias que permita fortalecer a comunicação da UFT
•Divulgação integral de todos os atos ou fatos de relevância interna, via internet ou não;•Reelaboração do estatuto e o regimento da UFT visando o fortalecimento da estrutura multicampi;•Observação das questões de infra-estrutura no processo de expansão da universidade;•Subordinação da CPA ao CONSUNI;•Que a figura do vice-coordenador, caso venha a ser criada, possa ser ocupada por docente ou técnico administrativo;•Na ausência do coordenador de campus, o coordenador administrativo assumia a função;
18
ITEM/SUBITEM: Órgãos colegiados e de apoio as atividades acadêmicasDIFICULDADES/CAUSAS MACRO-LINHA DE AÇÃO ESTRATÉGIAS
•Centralização na PROEX das questões estudantis;•Demora na certificação dos cursos;•Pouca representatividade dos técnicos administrativos;•Engessamento das atividades dos coordenadores de campus;•Representatividade injusta entre as categorias nos conselhos;•Situação social precária dos estudantes;
•Promover uma maior articulação entre os diversos setores da universidade
•Estruturação de órgãos de apoio quanto as questões estudantis nos campi;•Autonomia do coordenador de campus para realização de colação de grau, orçamentária e administrativa;•Representatividade proporcional dos técnicos em cada conselho;
ITEM/SUBITEM: Autonomia das ifes; relações e parcerias com a comunidadeDIFICULDADES/CAUSAS MACRO-LINHA DE AÇÃO ESTRATÉGIAS
•Dificuldade de comunicação da FAPTO com os campi;•Falta de compreensão da dinâmica da FAPTO;•Falta de financiamento para algumas áreas específicas (educação).•Relação não propositiva com os órgãos do Estado ou prefeituras (Estágio SEDUC);•Ausência de assessoria jurídica dos campi quanto aos convênios, contratos e parcerias firmados entre os mesmos;•Falta de política para captação de recursos externos;
•Implantar políticas para captação de recursos próprios no âmbito da UFT.
•Estreitar a relação da FAPTO com os campi;•Distribuir os recursos de forma mais equitativa;•Assumir postura propositiva junto aos órgãos do estado;•Definir áreas prioritárias de atuação e alocação orçamentária para financiar os projetos relativos a estas áreas;•Amparo jurídico nos campi para facilitar os trâmites para doações de bens, parceria com os órgãos do Estado (estágios).•Fomentar a produção de projetos com vistas a captar recursos para a universidade;•Criação de um núcleo de empreendedorismo na universidade com a participação das empresas júnior
ITEM/SUBITEM: Cronograma e plano de expansão do corpo docente e corpo técnico administrativoDIFICULDADES/CAUSAS MACRO-LINHA DE AÇÃO ESTRATÉGIAS
•Falta de critério na hora de transferir ou redistribuir servidores;•Falta de diagnóstico e política para alocação de vagas para professores na universidade;•Falta de política de expansão dos servidores da UFT (contratados da FAPTO, concursados e cedidos do estado);
•Criar e implantar matriz de alocação de vagas no âmbito da Universidade
•Regulamentação de transferência e redistribuição dos servidores no CONSUNI;•Desenvolvimento e aplicação de uma matriz para levantar a necessidade de servidores na instituição;•Apoiar a criação do plano de carreira dos servidores objetivando a valorização e desenvolvimento humano na instituição;
GRUPO DE TRABALHO 2 POLÍTICAS DE ATENDIMENTO AOS DISCENTES
Coordenador: Ana Lúcia PereiraRelatora: Elaine Jesus Alves Barbosa
ITEM/SUBITEM: Acesso, permanência, organização e acompanhamento estudantilDIFICULDADES/CAUSAS MACRO-LINHA DE AÇÃO ESTRATÉGIAS
•Existência do vestibular como única •Estabelecer convênios com a rede •Adoção do Enem como forma de
19
forma de acesso à UFT; pública de educação para adoção de sistemas alternativos de ingresso na UFT;
ingresso nos cursos da UFT
•Dificuldades do aluno provenientes de camadas populares ter acesso aos cursos mais concorridos da IFES
•Cursinhos pré-vestibulares populares e gratuitos
•Mobilizar a comunidade acadêmica a estabelecer parcerias com a sociedade civil e instituições;
•Dificuldades de ingressos de alunos da região norte em detrimento de outras regiões no Curso de Medicina;
•Ampliação das vagas do curso de Medicina
•Cotas regionais e cotas para estudantes oriundos da escola pública;
•Dificuldade de ingresso/aprovação no vestibular por parte dos povos indígenas do Tocantins, o que provoca ociosidade das vagas oferecidas pelo sistema de cotas;
•Organização de cursinho pré-vestibular para os indígenas;
•Formação de grupos de apoio pedagógico aos indígenas nos campi, envolvendo os docentes, discentes e comunidade em geral;•Parcerias com as instituições de ensino médio (particular e pública) dos municípios onde se localizam os campi;
•Dificuldade dos alunos indígenas em acompanharem os conteúdos dos cursos;
•Acompanhamento da coordenação dos cursos para diagnosticar as dificuldades;
•Criação de monitorias/ sensiblização da comunidade acadêmica para apoio aos indígenas;
•Desligamento dos egressos da comunidade acadêmica;
•Criação de um núcleo de apoio e acompanhamento aos alunos egressos
•Promoção de pós-graduação gratuita ou com mensalidades diferenciadas aos egressos da UFT;•Participação dos egressos em projetos de extensão da universidade;•Empréstimo de livros da biblioteca aos egressos.
•Inexistência de apoio/ orientação por parte dos professores aos alunos que ministram aula em cursinhos pré-vestibulares
•Estruturação de grupos de discussão sobre os cursinhos no âmbito dos campi
•Sensibilização de coordenadores de campus, de cursos e professores quanto à questão; •Realização de parcerias com a Seduc e Secretarias municipais de educação
•Dificuldade de muitos alunos em custear a taxa de emissão do diploma de graduação
•Aumentar percentual de isenções do diploma
•Realizar levantamento socieoconômico a cada dois anos para subsidiar a definição do percentual de isentos
•Cobrança de multa na biblioteca devido à incompatibilidade de horário entre o término da aula e o horário de devolução de livros
•Definir critérios quanto à cobrança de multa levando em conta a realidade do aluno
•Alteração do horário de funcionamento da biblioteca
•Inexistência de núcleo multidisciplinar de atendimento ao aluno em suas diversas necessidades
•Estruturação de núcleo de atendimento / assistência ao estudante no âmbito da Reitoria e posteriormente nos campi
•Definição critérios e forma de implantação e funcionamento do núcleo;
•Alto índice de evasão dos alunos de baixa renda
•Buscar a ampliação da oferta de bolsas que priorizem os estudantes de baixa renda;
•Aumento do número de bolsa do Programa Permanência Acadêmica.
•Agregação de muitas atribuições pela Pró-Reitoria de Extensão
•Criar a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis
•Discutir a criação do referido órgão no Consuni.
•Representação pouco significativa dos discentes nos órgãos colegiados;
•Discutir amplamente a paridade da representação estudantil nos órgãos colegiados da UFT
•Propor essa pauta de discussão nos órgãos colegiados.
•Levantamento documental do histórico do Movimento Estudantil no Tocantins
•Políticas de preservação dos documentos do ME
•Propor projetos de pesquisa sobre a temática.
•O Movimento estudantil vem sofrendo •Medidas para divulgação desse novo •Propor cursos de formação de
20
uma transição (nova forma de luta) e esse modelo de transição acaba causando dificuldade de mobilização;
paradigma de atuação do ME lideranças estudantis•Garantir espaços de debate sobre as ações do movimento estudantil nas semanas acadêmicas
•Falta de transporte para deslocamento dos indígenas até a universidade;
•Ampliar ações de apoio financeiro para suprir os gastos com transporte dos indígenas
•Buscar parcerias com órgãos públicos e privados;•Intensificar ação junto à FUNAI e governo Federal para liberação de fundos para este fim;
•Concentração das Bolsas de estágios em horários diurnos
•Repensar critérios relativos a carga horária e horário de estudo do estagiário;
•Destinar maior número de bolsas para desenvolvimento de atividades durante o horário noturno;
•Pouca discussão sobre a Casa do Estudante
•Intensificar a participação da UFT/ estudantes no processo de implantação da casa do estudante
•Propor critérios quanto a gestão da casa e números de alunos da UFT a serem contemplados.
•Inexistência de estrutura adequada para a realização da prática esportiva por parte dos estudantes
•Construção de complexo poliesportivo em todos os campi
•Reforma da quadra esportiva do Campus de Tocantinópolis
GRUPO DE TRABALHO 3ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
Coordenador: Kátia Maia FloresRelatora: Adriano Batista CastorinoITEM/SUBITEM: Estruturação didático-pedagógica
DIFICULDADES / CAUSAS MACRO-LINHA DE AÇÃO ESTRATÉGIAS•Aulas rotineiras/professor sem formação em áreas específicas
•Revisão da proposta metodológica •Propor cursos de aperfeiçoamento
•Aluno trabalhador •Repensar as metodologias de ensino •Pensar metodologias específicas para o aluno noturno
•Oferta de aulas por turno / duração do turno / duração das aulas
•Repensar a organização didático-pedagógica dos cursos de graduação, considerando a efetividade dos resultados, as especificidades de cada curso e perfil do corpo discente.
•Inserir esta discussão no PPP e nos fóruns de graduação.
•Dificuldade nas discussões de cunho didático – pedagógico e dinamização do projeto Político do Curso. Causa: Sobrecarga de trabalho dos coordenadores de curso com funções administrativas e burocráticas.
•Repensar a função do coordenador de curso
•Criação do cargo de vice-coordenador
•Falta de professores em áreas especificas / carência de novas vagas para concurso
•Políticas de expansão e seleção de professores efetivos.
•Criar editais mais voltados para a missão da universidade
•Ineficiência no sistema de registro das aulas / freqüência e notas.
•Estabelecer uma política de controle da freqüência
•Implantação do diário eletrônico.
ITEM/SUBITEM: Estruturação e desenvolvimento acadêmicoDIFICULDADES / CAUSAS MACRO-LINHA DE AÇÃO ESTRATÉGIAS
•Inadequação da proposta pedagógica / Falta de assessoria técnico-pedagógica.
•Criação de um Fórum permanente das licenciaturas e bacharelados
•Implantação imediata de GTs para discussão da política para as licenciaturas;•Implantação imediata da assessoria técnico– pedagógica aos PPPs.
•Reduzido número de alunos no PIM: critérios insatisfatórios.
•Flexibilização dos critérios de acesso ao aluno trabalhador;•Ampliação das bolsas de monitoria.
•Revisão dos critérios de distribuição de bolsas considerando as demandas dos cursos
21
ITEM/SUBITEM: Modernização e informatização das bibliotecasDIFICULDADES / CAUSAS MACRO-LINHA DE AÇÃO ESTRATÉGIAS
•Inexistência de políticas e diretrizes sistematizadas para o sistema de bibliotecas da UFT. O que ocorre são ações soltas.
•Construção de um projeto político para as bibliotecas, com a finalidade de organizar e definir diretrizes para a atuação destas a atuação destas em prol da articulação do Sistema de Bibliotecas da UFT.
•Criação da Biblioteca Central da UFT para gerenciar o Sistema de Bibliotecas.•Construção de um Regimento para o Sistema de Bibliotecas
•Limitado acervo bibliográfico, de periódicos e multimeios.
•Ampliar a política de aquisição •Diretrizes para seleção, aquisição, desbastamento (descarte) e avaliação do acervo (política de desenvolvimento de coleções).
•Dificuldade dos alunos em localizar livros nas estantes;•Precário atendimento individual aos alunos;•Demora; falta de orientação;
•Propor cursos permanentes de atendimento para funcionários da biblioteca
•Treinamento / capacitação imediata dos servidores das bibliotecas em atendimento ao usuário.
ITEM/SUBITEM: Aperfeiçoamento DocenteDIFICULDADES / CAUSAS MACRO-LINHA DE AÇÃO ESTRATÉGIAS
•Professores atuando fora da área de atuação;•Baixo número de vagas disponíveis;•Exigência do cumprimento da carga horária mínima condiciona em algumas situações a atuação do professor em outras áreas de formação.
•Adequar os requisitos dos editais para professores;•Pleitear mais vagas.
•Intercâmbio intra institucional dos professores: ações interdisciplinares. Possibilitar a realização e/ou extensão na área de atuação.
••Professores com dificuldades no processo ensino aprendizagem;•Falta de conhecimento pedagógico.
•Implementar uma política de formação didático pedagógica, permanente, para docentes.
•Realização de cursos de atualização em didática do ensino superior para docentes.
•Evasão de docentes para outras IFES;•Baixa oferta de cursos de pós-graduação;•Dificuldades de adaptação regional;•Falta de suporte assistencial.
•Ampliar a oferta de cursos de pós-graduação;•Implantar uma política de fixação que possibilite uma melhor assistência social (creches, plano de saúde, moradia provisória, assistência moradia, etc.)
•Ampliar a oferta de cursos de pós-graduação;•Promover atividades de integração e relacionamento inter pessoal da comunidade universitária.
•Baixa quantidade de publicações cientificas pelos docentes;•Falta de uma política de publicações.
•Implantar uma política de publicação cientifica através de um suporte para a realização e divulgação das pesquisas em periódicos e revistas indexadas;
•Incentivo à pesquisa busca de intercâmbio inter institucional com as IFES da região.
•Elevado número de professores sem qualificação em doutorado.
•Proposta de criação de DINTER em diferentes áreas.
•Efetivação da política de formação docente
GRUPO DE TRABALHO 4 OFERTAS DE CURSOS E PROGRAMAS (PRESENCIAIS E A DISTÂNCIA)
Coordenador: Márcio da SilveiraRelatora: Wanessa Lima Aguiar
ITEM/SUBITEM: Pós-graduação lato sensu e stricto sensuDIFICULDADES/CAUSAS MACRO-LINHA DE AÇÃO ESTRATÉGIAS
• A área de Ciências humanas possui dificuldade em apresentar proposta de criação de cursos stricto sensu;
• Capacitar os professores em cursos de Doutorado;
•Implementação do programa de doutorado Interinstitucional (Dinter) priorizando a área de
22
• Insuficiência de professores com titulação para criação de cursos na área de ciências humanas.
Educação e História com apoio da CAPES;• Fortalecer de forma prioritária a implantação de políticas na área de Ciências Humanas
• Dificuldade em implantar cursos lato sensu;• Dificuldade em ofertar cursos lato sensu gratuitos.
• Observar a real necessidade das áreas e desenvolver um programa interessante para buscar a participação dos alunos nos cursos;
• As áreas interessadas deverão perceber as necessidades e criar cursos que atendam as áreas mais carentes;
ITEM/SUBITEM: Educação DistânciaDIFICULDADES/CAUSAS MACRO-LINHA DE AÇÃO ESTRATÉGIAS
•Resistência a oferta destes cursos;•Desconhecimento do programa;•Preocupação com o número de cursos ofertados através do sistema;•O que as tecnologias trazem de benfeitorias para a instituição.
•Proporcionar estratégias para o funcionamento dos cursos;•Buscar professores que estão dispostos a trabalhar e desenvolver esta forma de curso;• riar um núcleo de educação a distância que venha fortalecer o conhecimento do processo e a implantação do mesmo;•Fazer discussão na graduação sobre as tecnologias e o ensino a distância – percebendo estes estudos como forma real de educação e não como modismo;
•Promover seminários para um debate mais amplo;•Apresentação dos resultados parciais dos cursos implantados atualmente juntamente com depoimentos de alunos e professores pertencentes nos cursos;•Verificar por meio dos resultados apresentados se é realmente viável a permanência desta forma de ensino na Instituição;•Esclarecer entre professores e alunos o que é este ensino;
ITEM/SUBITEM: Cursos de Bacharelado, Licenciatura e TecnologiaDIFICULDADES/CAUSAS MACRO-LINHA DE AÇÃO ESTRATÉGIAS
• Cursos de Licenciaturas formam alunos com características de Bacharelado;• As licenciaturas estão perdendo suas disciplinas didáticas e pedagógicas;
•Criação de diretrizes para explicitar a concepção de formação de professores priorizando as áreas pedagógicas dos cursos;•Discutir a educação como formadora de pessoas críticas e participativas, pois a educação não pode ser entendida apenas dentro da necessidade mercadológica;•definir as diretrizes das licenciaturas, bacharelados e estágios
•Elaboração de PPP explicitando a natureza do curso: bacharelado ou licenciatura e evitando naturezas híbridas.•Aprovação no Consepe de instruções normativas objetivando estabelecer diretrizes para as licenciaturas com o propósito de se evitar a formação apenas de técnicos e bacharéis;• Prospecção de oferta de cursos Tecnológicos na Instituição levando em consideração as exigências da instituição do Estado•Criação de mecanismos proporcionadores da utilização da pesquisa como método de ensino na graduação.
GRUPO DE TRABALHO 5 AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO INSTITUCIONAL
Coordenador: Vânia Maria de Araújo PassosRelatora: Neila Nunes de Souza
ITEM/SUBITEM: Avaliação: Utilização dos ResultadosDIFICULDADES/CAUSAS MACRO-LINHA DE AÇÃO ESTRATÉGIAS
•Possibilidade dos dados não representarem a realidade da UFT/Identificação por CPF.
•Envio de relatório para os campi e cursos para discussão, auto-avaliação e tomada de decisões/Conscientizar as pessoas de que o uso do CPF tem o fim único da avaliação.
•Instrução para responder o questionário•1-Utilizar outros instrumentos de avaliação, além do questionário: Dados do FEPEC, Das, Cas, Sindicato dos Professores e
23
Técnicos, entrevistas, etc.•Avaliação por CSA de outro campus e Comunidade Acadêmica.
•Falta de Recursos financeiros.
•Implementar políticas de avaliação - Que a CPA sensibilize setores da universidade com vistas a viabilizar recursos/contribuição inclusive dos campi / Disponibilizar orçamento específico para a Avaliação Institucional.
•Compartilhar: responsabilidades e projeto institucional
•Falta de Recursos humanos. •Inserir a Avaliação Institucional no Programa de Monitoria (estudantes).
•Gratificação:docente/técnicos/discente (monitoria) / pontuação e carga horária e sensibilização.
ITEM/SUBITEM: ParticipaçãoDIFICULDADES/CAUSAS MACRO-LINHA DE AÇÃO ESTRATÉGIAS
•Falta de comunicação. •Docentes como agentes multiplicadores, através dos colegiados.
•reforçar a comunicação: banco de dados; divulgação de informações nas reuniões do Consepe, Consuni, Sindicato.
•Falta de envolvimento da comunidade acadêmica na construção da universidade.
•Maior envolvimento de docentes e coordenadores.
•Realizar eventos internos.
ITEM/SUBITEM: Atividades acadêmicasDIFICULDADES/CAUSAS MACRO-LINHA DE AÇÃO ESTRATÉGIAS
•Identificar o impacto social das atividades de ensino, pesquisa e extensão.
•Articular os dados com as Pró – Reitorias. •Implantar programa de avaliação do impacto social das atividades acadêmicas.•Criar grupo de pesquisa em avaliação.
•Identificar individualmente qual o professor que desenvolve habilidades e competências requeridas para a atividade docente (A avaliação individual é restrita aos professores).
•Que sejam realizadas avaliações individuais do professor/a.•Atuação do professor e técnicos nas atividades da universidade (avaliação pelos pares).
•Propiciar o debate entre os pares e acadêmicos/Utilizar os dados da ouvidoria.
3.2.4 – Participação e avaliação da 2ª etapa do FEPEC
A participação na 2ª etapa do FEPEC, em conformidade com as avaliações feitas pelos
participantes e pela Comissão Organizadora, foi satisfatória e atendeu em grande medida, às
expectativas quanto ao envolvimento da comunidade acadêmica no evento. Em termos quantitativos
24
o quadro abaixo demonstra que a participação na 2ª etapa melhorou em relação aos encontros
realizados nos Campi.
QUANTITATIVO DE PARTICIPANTES NO I FEPEC POR CAMPUS E SEGMENTOS DA COMUNIDADE ACADÊMICA
CAMPUS ALUNOS PROFESSORES SERVIDORES COMUNIDADE EXTERNA TOTAL
ARAGUAINA 4 12 5 0 21ARRAIAS 2 5 7 1 15GURUPI 1 0 4 0 5MIRACEMA 21 9 9 0 39PALMAS 146 23 49 7 225PORTO NACIONAL 12 12 5 0 29TOCANTINÓPOLIS 3 3 4 0 10TOTAL 189 64 83 8 344
Fonte: Freqüência dos participantes da 2ª Etapa do FEPEC, Palmas, 2006.
Embora considerando que houve uma qualitativa participação dos segmentos discentes,
docentes e administrativos, é inevitável perceber que houve por parte de alguns campus
universitários uma atenção maior ao evento. Chamamos a atenção para a pequena participação da
comunidade universitária de Gurupi, campus que sempre tem participado de forma efetiva da vida
da universidade. Ressaltamos a interessante participação do segmento discente, mas principalmente
do envolvimento do segmento administrativo no fórum e nos debate, o que revela um forte
comprometimento deste segmento com a vida acadêmica da UFT. Sentimos falta, por outro lado, de
uma participação quantitativa mais expressiva dos professores no Fórum o que acende “uma luz
amarela” quanto ao interesse deste segmento para com as discussões mais gerais da universidade
que possibilite a reflexão e proposição das macro-políticas para a educação superior desta
Instituição.
Qualitativamente os gráficos em anexo (ANEXO III), elaborados a partir do formulário de
avaliação (ANEXO IV), preenchidos pelos participantes, mostram que as conferências e mesas
redondas, em grande medida, tiveram um nível satisfatório de qualidade explicitando, em geral,
significativa relevância temática, objetividade e clareza. Os dados revelam também que, embora
bem avaliados, o tempo de fala e de debate indicam uma cobrança por parte dos participantes de
mais tempo para o debate.
Semelhantes resultados foram obtidos com a realização dos GTs, quando os respondentes
avaliaram como muito boa a dinâmica e condução dos trabalhos, objetividade e clareza e resultados
alcançados. Os participantes, analogamente, solicitam que seja destinado um tempo maior para
25
atividades desta natureza nos próximos eventos.
O gráfico abaixo demonstra que, em geral, o evento transcorreu com sucesso com destaque
para a sua relevância, organização administrativa, local e sessões de discussão. Embora tido como
satisfatório, os participantes sinalizaram que precisamos melhorar a divulgação, tempo das palestras
e tempo do debate.
AVALIAÇÃO GERAL DA II ETAPA DO FEPEC
Fonte: Freqüência dos participantes da 2ª Etapa do FEPEC, 2006.
As respostas subjetivas coletadas nos formulários de avaliação expressam uma avaliação
positiva dos participantes, neste sentido, para os servidores “(...) este primeiro fórum foi excelente
para traçarmos diretrizes para a construção desta universidade, porém é necessário que se
estabeleçam prioridades e objetividade nos temas propostos. Além do tempo que foi insuficiente
sugiro que o evento seja realizado num período maior de uma semana, por exemplo.” Nesta mesma
linha de pensamento, os professores afirmaram que o “O I FEPEC de modo geral alcançou seu
destino e concluindo uma excelente discussão acerca das Diretrizes e Institucionalização da UFT”.
Também os alunos aprovaram a idéia de realização do evento e elogiou a equipe pela “(...) execução
26
Organização Administrativa
do Evento
Relevância do Fórum
Tempo das Palestras
Duração do Debate
Local/ espaço físico Divulgação
Local do GT Encerramento Sessão Setorial
do FEPEC, visto que o mesmo foi um espaço de busca e reflexão para uma nova UFT, universidade
que queremos e que necessitamos. Parabéns.” (FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO DA 2ª ETAPA DO FEPEC,
Palmas, 2006). A comunidade externa também deixou a sua avaliação positiva e pediu para
Divulgar melhor para a comunidade externa eventos dessa relevância e outros de maior relevância para que haja uma maior interação entre a comunidade universitária com outras faculdades e a sociedade num todo. Parabenizar a todos os organizadores do FEPEC por esse momento democrático de discussão, avaliação e crescimento pessoal e institucional. (FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO DA 2ª ETAPA DO FEPEC, Palmas, 2006)
Evidentemente que, em conformidades com o depoimento dos respondentes da avaliação,
precisamos melhorar alguns pontos na realização dos próximos eventos. Apresentamos na seqüência
algumas críticas e sugestões dos participantes:
Apoio do Cerimonial foi péssimo; participação não efetiva dos funcionários e pouco espaço para debate;
Pouco tempo para os Gts e muito tempo para palestras, muitas vezes repetitivas como as relativas à avaliação;
É interessante pensar que os grupos de trabalho representam o momento de efetiva participação das pessoas. O tempo reservado nesse Fórum foi limitado, o que não possibilitou discurso de todos os pontos necessários;
Para o próximo FEPEC que seja melhor divulgado e principalmente que haja uma conscientização da importância do evento junto aos alunos e professores, pois percebi que muitos não se deram conta da relevância do evento. (FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO DA 2ª ETAPA DO FEPEC, Palmas, 2006)
IV – RESULTADO FINAL: SÍNTESE, CONSIDERAÇÃOES E ENCAMINHAMENTOS
Apresentamos nesta parte do relatório uma síntese dos principais resultados do Fórum,
seguida de algumas considerações gerais, bem como um conjunto de encaminhamentos no sentido
de agilizar ações operacionais que permitirão o fazer educativo tendo como ponto de partida os
resultados alcançados no FEPEC.
4.1 – QUADRO SÍNTESE
Decorridos oito meses de trabalho, tendo em vista o processo de discussão feito nas duas
etapas do FEPEC, e após o cruzamento dos resultados alcançados nos diversos momentos,
chegamos a um quadro síntese geral estruturado em políticas de Graduação, Pesquisa e Pós-
Graduação, Extensão, Gestão e Avaliação Institucional da superior da UFT. No tocante a cada uma
27
destas áreas apresentamos as políticas específicas, as principais dificuldades, problemas, macro-
linhas de ação e estratégias.
SÍNTESE DAS POLÍTICAS PROPOSTAS A PARTIR DA REALIZAÇÃO DO FEPEC
POLÍTICAS DE GRADUAÇÃOPOLÍTICA/PROGRAMA: Organização Didático-Pedagógica
PROBLEMAS/ DIFICULDADES MACRO-LINHA DE AÇÃO ESTRATÉGIAS
Aulas teóricas e rotineiras com alto nível de desinteresse pela aprendizagem dos conteúdos ministrados
Elaborar Programa de formação pedagógica para docentes
Incentivar a participação dos docentes em eventos de natureza pedagógica;Propor cursos de aperfeiçoamento;
Acompanhamento inadequado à disciplina de Prática de Ensino e/ou Estágio Supervisionado
Fortalecer os cursos de licenciatura permitindo a reformulação do estágio supervisionado
Definição de políticas especificas as licenciaturas e o estágio supervisionado na UFT
Oferta irregular de disciplinas obrigatórias do currículo por professores especializados
Realizar uma reformulação curricular nos cursos de graduação da UFT
Adequação de oferta de disciplina nos cursos de graduação da UFT
Índice de reprovação muito alto nas disciplinas de exatas no primeiro período do curso
Fortalecer os cursos de bacharelado e implementar políticas de aprendizagem mais eficientes e pautadas na realidade dos alunos
Proposição e realização de um curso de atualização em Didática do ensino superior para docentes, especialmente para os que atuam no primeiro período
Existência de elevado número de aluno trabalhador
Repensar as metodologias de ensino Pensar metodologias específicas para o aluno noturno
Oferta de aulas por turno / duração do turno / duração das aulas
Repensar a organização didático-pedagógica dos cursos de graduação, considerando a efetividade dos resultados, as especificidades de cada curso e perfil do corpo discente.
Inserir esta discussão no PPP e nos fóruns de graduação.
Dificuldade nas discussões de cunho didático – pedagógico e dinamização do projeto Político do Curso. Causa: Sobrecarga de trabalho dos coordenadores de curso com funções administrativas e burocráticas.
Repensar a função do coordenador de curso
Criação do cargo de vice-coordenador
Falta de professores em áreas especificas / carência de novas vagas para concurso
Políticas de expansão e seleção de professores efetivos.
Criar editais mais voltados para a missão da universidade
Ineficiência no sistema de registro das aulas / freqüência e notas.
Estabelecer uma política de controle da freqüência
Implantação do diário eletrônico.
POLÍTICA/PROGRAMA: Modernização e Informatização das Bibliotecas
PROBLEMAS/ DIFICULDADES MACRO-LINHA DE AÇÃO ESTRATÉGIAS
Precária sistematização de políticas e diretrizes para o sistema de bibliotecas dos campi da UFT
Estruturar políticas institucionais para o Sistema de Bibliotecas
Construção do regimento das bibliotecas; Melhoramento da distribuição de recursos para a aquisição de coleção de livros e Multimeios
Limitado acervo bibliográfico (não Planejar as políticas de expansão, Proporcionamento de uma melhor
28
POLÍTICA/PROGRAMA: Modernização e Informatização das Bibliotecas
há exemplares suficientes) melhoria e conservação do acervo distribuição dos recursos para a aquisição e conservação do acervo;Definição de diretrizes para seleção, aquisição, desbastamento (descarte) e avaliação do acervo (política de desenvolvimento de coleções);
Espaço físico das bibliotecas é muito limitado
Ampliar as instalações físicas das bibliotecas
Apresentação de projetos para conseguir recursos para as bibliotecas
Falta articulação das ações da biblioteca com o processo de ensino-aprendizagem, havendo também pouco uso do portal da CAPES
Estabelecimento de ações que possibilitem à biblioteca auxiliar no processo de ensino-aprendizagem; estimular o uso do portal da CAPES
Desenvolvimento de projetos de extensão; promover cursos de leitura e formação de leitores
Dificuldade dos alunos em localizar livros nas estantes; precário atendimento individual aos alunos; demora; falta de orientação
Propor cursos permanentes de atendimento para funcionários da biblioteca
Treinamento / capacitação imediata dos servidores das bibliotecas em atendimento ao usuário.
POLÍTICA/PROGRAMA: Estruturação e desenvolvimento acadêmico
PROBLEMAS/ DIFICULDADES MACRO-LINHA DE AÇÃO ESTRATÉGIAS
Inadequação da proposta pedagógica dos cursos ao contexto sócio-cultural e institucional da UFT
Criar um GT permanente para discussão sobre os cursos da UFT;Criação de um Fórum permanente das licenciaturas e bacharelados
Estruturação de uma agenda de orientação e acompanhamento de revisão dos projetos político-pedagógicos;Implantação imediata de GTs para discussão da política para as licenciaturas.
Falta de docentes específicos para algumas disciplinas
Planejar a oferta de disciplinas obrigatórias
Instituição de um sistema de modulação de disciplinas obrigatórias
Ineficiência no sistema de registro do rendimento acadêmico em sala de aula pelo professor
Possibilitar a implantação do sistema de Diário Eletrônico
Criação de um código único para disciplinas semelhantes (ex.: Nas licenciaturas, a disciplina Didática teria o mesmo código)
Política/ Programa: Cursos de Bacharelado, Licenciatura e Tecnologia
DIFICULDADES/CAUSAS MACRO-LINHA DE AÇÃO ESTRATÉGIAS
Cursos de Licenciaturas formam alunos com características de Bacharelado; As licenciaturas estão perdendo suas disciplinas didáticas e pedagógicas;
Criação de diretrizes para explicitar a concepção de formação de professores priorizando as áreas pedagógicas dos cursos;Discutir a educação como formadora de pessoas críticas e participativas, pois a educação não pode ser entendida apenas dentro da necessidade mercadológica;definir as diretrizes das licenciaturas, bacharelados e estágios.
Elaboração de PPP explicitando a natureza do curso: bacharelado ou licenciatura e evitando naturezas híbridas;Aprovação no Consepe de instruções normativas objetivando estabelecer diretrizes para as licenciaturas com o propósito de se evitar a formação apenas de técnicos e bacharéis; Prospecção de oferta de cursos Tecnológicos na Instituição levando em consideração as exigências da instituição do Estado;Criação de mecanismos proporcionadores da utilização da pesquisa como método de ensino na graduação.
POLÍTICA/ PROGRAMA: Educação a Distância
DIFICULDADES/CAUSAS MACRO-LINHA DE AÇÃO ESTRATÉGIAS
Resistência a oferta destes cursos;Desconhecimento do programa;Preocupação com o número de
Proporcionar estratégias para o funcionamento dos cursos;Buscar professores que estão dispostos
Promover seminários para um debate mais amplo;Apresentação dos resultados parciais dos
29
cursos ofertados através do sistema;O que as tecnologias trazem de benfeitorias para a instituição.
a trabalhar e desenvolver esta forma de curso; Criar um núcleo de educação a distância que venha fortalecer o conhecimento do processo e a implantação do mesmo;Fazer discussão na graduação sobre as tecnologias e o ensino a distância – percebendo estes estudos como forma real de educação e não como modismo;
cursos implantados atualmente juntamente com depoimentos de alunos e professores pertencentes nos cursos;Verificar por meio dos resultados apresentados se é realmente viável a permanência desta forma de ensino na Instituição;Esclarecer entre professores e alunos o que é este ensino;
POLÍTICA/ PROGRAMA: Aperfeiçoamento DocenteDIFICULDADES / CAUSAS MACRO-LINHA DE AÇÃO ESTRATÉGIAS
Professores atuando fora da área de atuação;Baixo número de vagas disponíveis;Exigência do cumprimento da carga horária mínima condiciona em algumas situações a atuação do professor em outras áreas de formação.
Adequar os requisitos dos editais para professores;Pleitear mais vagas.
Intercâmbio intra institucional dos professores: ações interdisciplinares. Possibilitar a realização e/ou extensão na área de atuação.
Professores com dificuldades no processo ensino aprendizagem;Falta de conhecimento pedagógico.
Implementar uma política de formação didático-pedagógica, permanente, para docentes.
Realização de cursos de atualização em didática do ensino superior para docentes.
Evasão de docentes para outras IFES;Baixa oferta de cursos de pós-graduação;Dificuldades de adaptação regional;Falta de suporte assistencial.
Ampliar a oferta de cursos de pós-graduação e estruturar políticas estruturantes de fixação docente nos campus do interior;
Ampliar a oferta de cursos de pós-graduação;Promover atividades de integração e relacionamento inter pessoal da comunidade universitária;Implantar ações de fixação que possibilite uma melhor assistência social (creches, plano de saúde, moradia provisória, assistência moradia, etc.)
Baixa quantidade de publicações cientificas pelos docentes;Falta de uma política de publicações.
Implantar uma política de publicação cientifica através de um suporte para a realização e divulgação das pesquisas em periódicos e revistas indexadas;
Incentivo à pesquisa busca de intercâmbio inter institucional com as IFES da região.
Elevado número de professores sem qualificação em doutorado.
Proposta de criação de DINTER em diferentes áreas.
Efetivação da política de formação docente
POLÍTICA/PROGRAMA: Acesso, permanência e formação continuada dos discentes
PROBLEMAS/ DIFICULDADES MACRO-LINHA DE AÇÃO ESTRATÉGIAS
A forma como o aluno chega à Instituição Universitária: despreparado e com deficiência na sua formação escolar
Realizar cursos complementares e/ou outras atividades para minimizar as dificuldades dos alunos calouros
Realização de curso de extensão mais direcionado às dificuldades de aprendizagem do aluno
Dificuldade nos períodos iniciais Propor metodologias de ensino diferenciadas nos períodos inicias dos cursos de graduação da UFT
Criação de cursos de extensão com conteúdos de específicos
Alunos com dificuldades em manter fluxo regular do curso
Implementar políticas que garantam a permanência dos alunos na universidade;
Flexibilização da oferta de disciplinas
Reduzido número de alunos no Programa Interno de Monitoria (PIM)
Realizar uma avaliação da efetividade do PIM
Editoração de uma nova diretriz permitindo o aproveitamento total das bolsas do PIM
30
POLÍTICAS DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃOPOLÍTICA/PROGRAMA: Melhoria e Ampliação da Iniciação Científica (PIC)
PROBLEMAS/ DIFICULDADES MACRO-LINHA DE AÇÃO ESTRATÉGIAS
Desconhecimento dos projetos desenvolvidos pela Instituição
Promoção interna de fóruns para apresentação de pesquisas realizadas nos Campi
Divulgação dos programas de pesquisa desenvolvidos pela Instituição através de seminários
Alunos de cursos noturnos não demonstram grande interesse pela pesquisa
Dar incentivo ao aluno quanto à pesquisa científica
Promoção de maior integração entre a PROPESQ, os colegiados e a universidade
O aluno do PIC não permanece na Instituição ao término do seu curso
Criar programas que fortaleçam a pesquisa na universidade
Implantação de revista científica para a divulgação das pesquisas de IC; viabilização de mais cursos de pós-graduação stricto sensu
Inexistência de uma cultura de leitura e escrita para iniciação científica
Fortalecimento dos grupos de pesquisa;
Inclusão das políticas de pesquisa no projeto político-pedagógico
Concentração dos Seminários de Iniciação Científica em Palmas
Realizar anualmente, seminários de iniciação científica nos campi da Universidade Federal do Tocantins
Organização de seminários por área de concentração do campus
POLÍTICA/PROGRAMA: Fortalecimento e Expansão da Pós-graduação Stricto Sensu na UFT
PROBLEMAS/ DIFICULDADES MACRO-LINHA DE AÇÃO ESTRATÉGIAS
Dificuldades na elaboração de PPP que articule a Pós-graduação Stricto Sensu com caráter interdisciplinar
Valorizar projetos de pesquisa que guardem sintonia com as vocações regionais e articule a graduação e a Pós-graduação
Promoção de fóruns visando a elaboração de PPP que privilegie o caráter interdisciplinar abrangendo a Pesquisa e a Pós-graduação
Ausência de diálogo entre os grupos e linhas de pesquisa
Concentrar esforços nas potencialidades e vocação dos cursos no Campus
Repensar projetos de pesquisas tendo em vista a vocação e foco do Campus sem perder de vista a natureza multicampi da UFT
Dificuldades na criação de cursos de mestrado com caráter interdisciplinar
Orientar os colegiados para a criação de mestrado interdisciplinar articulado aos cursos de graduação
Criação de núcleos de pesquisas multidisciplinares; elaboração de PPP que contemple a articulação com a Pós-graduação
Desconhecimento acerca dos grupos de pesquisa e das linhas desenvolvidas
Possibilitar o desenvolvimento de ações locais que atendam às necessidades específicas do Campus e da UFT na pesquisa
Realização de seminários sobre pesquisa, grupos e linhas desenvolvidas
A área de Ciências humanas possui dificuldade em apresentar proposta de criação de cursos stricto sensu; Insuficiência de professores com titulação para criação de cursos na área de ciências humanas.
Capacitar os professores em cursos de Doutorado.
Implementação do programa de doutorado Interinstitucional (Dinter) priorizando a área de Educação e História com apoio da CAPES; Fortalecimento, de forma prioritária, a implantação de políticas na área de Ciências Humanas.
Dificuldade em implantar cursos lato sensu; Dificuldade em ofertar cursos lato sensu gratuitos.
Observar a real necessidade das áreas e desenvolver um programa interessante para buscar a participação dos alunos nos cursos;
As áreas interessadas deverão perceber as necessidades e criar cursos que atendam as áreas mais carentes;
POLÍTICA/PROGRAMA: Capacitação de Pessoal Docente- PROCAP
PROBLEMAS/ DIFICULDADES MACRO-LINHA DE AÇÃO ESTRATÉGIAS
31
Fragilidade no entendimento dos critérios para a disponibilização do professor para capacitação
Priorizar a capacitação do docente, que posteriormente contribuirá para consolidar e fortalecer a área de concentração do Campus
Promoção de oportunidades de capacitação para um grupo maior de professores e criar grupos de doutorado dentro da própria Instituição
Dificuldade de o professor das licenciaturas ausentar-se da Instituição para estudar
Conciliar o curso de mestrado ou doutorado sem que haja a necessidade de o servidor ausentar-se da Instituição
Criação de um mestrado em educação e outras áreas para 2008/2009
Finalização da política de flexibilização e ausência de Programas tipo DINTER
Promover oportunidades de capacitação para um grupo maior de professores e criar grupos de doutorado dentro da própria Instituição
Criação de grupos de Dinter juntamente com instituições com pesquisas já consolidadas
POLÍTICA/PROGRAMA: Apoio à produção, divulgação e publicação científica na UFT
PROBLEMAS/ DIFICULDADES MACRO-LINHA DE AÇÃO ESTRATÉGIAS
Falta de publicação dos trabalhos de TCC
Criar um canal de interdisciplinaridade entre as pesquisas e as produções científicas
Fortalecer a discussão sobre a importância da pesquisa para a formação profissional
Publicação de trabalhos e pesquisas da instituição
Proporcionar discussão sobre as áreas e focos de criação de revistas científicas
Implantação da Editora da UFT e de revistas para divulgação científica
Criação de revistas isoladas por área Promover a cultura permanente da produção científica
Criação de revistas científicas para a UFT
POLÍTICA/PROGRAMA: Apoio a Participação em Eventos e a Divulgação da Produção Científica fora da UFT
PROBLEMAS/ DIFICULDADES MACRO-LINHA DE AÇÃO ESTRATÉGIAS
Os critérios utilizados para classificação privilegiam alguns professores
Os critérios poderão ser discutidos para tentar ampliar a contemplação de professores
Criação de critérios que contemple a distribuição e divulgação local de recursos
Pouca notoriedade em relação aos trabalhos de pesquisa publicados
Tornar perceptíveis os trabalhos de pesquisa desenvolvidos nos campi
Implantar uma política de difusão, especialmente em âmbito local;
Precariedade na comunicação: problemas na divulgação de editais, datas e projetos para a comunidade acadêmica
Fortalecer os grupos de pesquisa nos Campi e criar meios mais adequados de comunicação
Divulgação melhor dos editais de apoio a pesquisa de forma sistematizada envolvendo os espaços de comunicação local articulado à comunicação central da UFT
32
POLÍTICAS DE EXTENSAO E CULTURAPOLÍTICA/ PROGRAMA I: Compromisso Social
PROBLEMAS/ DIFICULDADES MACRO LINHA DE AÇÃO ESTRATÉGIASFalta de conhecimento da sociedade sobre a função da universidade e distanciamento da UFT dos segmentos sociais
Desenvolver a extensão levando em conta o papel da universidade; Promover eventos e ações que busquem inserir a sociedade na universidade
Aquisição de recursos para promover eventos e ações que beneficiem a sociedade; Realização de parcerias externas com vista a inserção social
Fragilidade da Extensão dentro da universidade
Promover, permanentemente, discussão entre os interessados sobre o programa de discussão permanente com o envolvimento de outras universidades
Criação e fortalecimento da câmara de estudos da extensão, com participação de representantes de todos os campi;
Desconhecimento dos calouros quanto à função social da universidade
Criar programas permanentes de recepção e orientação aos calouros
Criação de um sistema de orientação e acompanhamento dos calouros
Baixa conscientização, por parte de alguns municípios, sobre a importância da UFT
Realizar de eventos e outras ações envolvendo a comunidade externa
Realizar diagnóstico para levantar demandas e propor ações junto aos municípios
Não fixação e permanência de professores e técnicos administrativos em alguns campi
Realizar parceria interinstitucional visando a execução de projetos de apoio à permanência de professores e técnicos nos campi
Propor projetos, articulando a parceria entre a UFT e municípios, que atendam às demandas de professores e técnico-administrativos, visando a sua permanência
Inexistência de projetos de extensão que vise a inserção social em alguns campi
Ampliar a oferta de projetos de extensão a partir da demanda dos municípios e movimentos sociais e articulados aos projetos de pesquisa
Realizar planejamento articulado com a comunidade com vistas à execução de projetos dessa natureza
Desconhecimento por parte da comunidade acadêmica em relação à violência contra as mulheres e crianças
Criar grupos de discussão sobre a temática e sobre os direitos humanos
Organizar seminários nas escolas por meio de parcerias com o Ministério Público, igrejas e outras entidades para discutir o problema
Falta de participação e compromisso sociais por parte de um conjunto de acadêmicos e professores;
Contemplar ação de compromisso social no PPP, projeto de estágio e orientação profissional
Realização de estudo sobre a realidade tocantinense com ênfase no local; Desenvolver projetos sobre os problemas sociais; Realizar estágio curricular no âmbito de instituições diversas;
Burocracia institucional que dificulta o desenvolvimento de atividades estudantis como a Empresa Júnior
Melhorar a relação entre discentes e outros segmentos institucionais; simplificar as barreiras burocráticas;
Priorização da criação da Empresa Junior na UFT e as atividades estudantis dessa natureza
Falta de posicionamento e criticidade do movimento estudantil sobre as questões sociais em alguns campi
Contribuir com o fortalecimento do movimento estudantil na Instituição
Ampliar a cobrança estudantil no tocante às atividades e aos projetos propostos em campanha pelos candidatos
Inexistência de espaço definido para propor e implementar (de maneira articulada) a política de assistência social da UFT
Estruturar e fortalecer a política de assistência social enquanto mecanismo de democratização da universidade
Estruturar o núcleo multidisciplinar de assistência social como instância responsável pela definição e implementação da política de assistência social na UFT
POLÍTICA/ PROGRAMA II: Apoio a DiversidadePROBLEMAS/ DIFICULDADES MACRO LINHA DE AÇÃO ESTRATÉGIASPouca preparação e compreensão do corpo docente e discente quanto à inclusão para a diversidade
Preparar docentes e discentes visando ao atendimento e suporte à prática educacional na educação básica
Oferecimento de disciplinas e cursos de capacitação presencial e a distância sobre a temática
33
Falta de projetos de inclusão social e de infra-estrutura adequada para atender os acadêmicos em suas diferenças e deficiências;
Promover campanhas de conscientização para garantir a permanência da pluralidade cultural e social na universidade; Adequar a estrutura física da UFT; capacitar docentes; Sensibilizar a comunidade universitária e as instituições públicas e privadas a respeito do assunto
Adequação dos prédios dos campi da UFT; Oferecer capacitação docente (noções básicas de LIBRAS/BRAILLE, dentre outras habilidades) oferecer cursos de informática a estudantes com dificuldades na área; Estabelecer calendário de ações relacionadas à diversidade étnico-cultural
Insuficiência de eventos e discussões aprofundadas que promovam políticas de igualdade na UFT e falta de ampla divulgação dos programas oficiais
Promover eventos de divulgação reflexão sobre a diversidade, expondo os problemas e buscando soluções
Promoção de palestras, oficinas, mini-cursos, disciplinas e workshops para proporcionar a inclusão social e incentivar a produção de trabalhos científicos e pesquisas na área da diversidade
Baixo índice de ocupação das vagas (cotas) destinadas aos índios;
Propor projetos de extensão e pesquisa voltados para a diversidade cultural
Promoção de discussões que busquem desmistificar o indígena como uma figura de exposição
Preconceito da comunidade acadêmica em relação aos indígenas
Promover a cultura indígena no âmbito da UFT
Realização de ações que combatam o preconceito à comunidade indígena
POLÍTICAPROGRAMA III: Arte e CulturaPROBLEMAS/ DIFICULDADES MACRO LINHA DE AÇÃO ESTRATÉGIASExistência precária de condições para o desenvolvimento da arte e cultura na UFT e pouca participação dos alunos em projetos culturais
Possibilitar a criação de espaços adequados ao desenvolvimento da arte e cultura; Apoiar a vinda de profissionais ligados a área cultural
Criação de entidade de apoio às atividades artísticas e culturais; ofertar bolsas de estudo, treinamento e material de apoio; Criação de curso de graduação em Artes Cênicas Buscar convênios visando ao intercâmbio acadêmico com instituições como o SESI, o SENAC, dentre outros.
Falta de incentivo político no âmbito dos municípios e pouca participação da comunidade interna e externa nas atividades relacionadas à arte e cultura
Promover projetos culturais que envolvam a auto-valorização, e que despertem o interesse pela cultura; Oportunizar à comunidade acadêmica e interna e externa a divulgação dos seus talentos
Elaboração de projetos relacionados à arte e cultura; Promoção da participação dos menos favorecidos em eventos culturais e ampliar o incentivo à comunidade acadêmica
Inexistência de equipe de apoio que coordene as atividades e projetos artísticos e culturais nos campi
Buscar garantir o trabalho da equipe de apoio às atividades culturais nos campi
Montagem de equipe de apoio à cultura nos campi e oferecer capacitação
Poucos eventos e atividades culturais desenvolvidas pelos centros acadêmicos;
Apoiar os eventos culturais propostos pelos centros acadêmicos;
Formação de grupos culturais dentro da universidade envolvendo os estudantes;
Falta de inter-relação permanente entre grupos teatrais existentes em alguns municípios e a UFT
Incentivar a criação de grupos de alunos para promover a extensão na área da arte e cultura
Buscar, por meio de grupos de alunos, a participação da comunidade externa nas atividades artísticas e culturais desenvolvidas na UFT
Ausência de espaço de convivência para professores e alunos, que garantam sua permanência em alguns campi
Priorizar a construção de espaços de convivência
Firmação de convênios para a construção de espaços adequados
POLÍTICA/ PROGRAMA IV: Acesso, permanência, organização e acompanhamento estudantil
DIFICULDADES/CAUSAS MACRO-LINHA DE AÇÃO ESTRATÉGIAS
Existência do vestibular como única forma de acesso à UFT;
Estabelecer convênios com a rede pública de educação para adoção de sistemas alternativos de ingresso na
Adoção do Enem como forma de ingresso nos cursos da UFT
34
UFT;
Dificuldades do aluno provenientes de camadas populares ter acesso aos cursos mais concorridos da IFES
Cursinhos pré-vestibulares populares e gratuitos
Mobilizar a comunidade acadêmica a estabelecer parcerias com a sociedade civil e instituições;
Dificuldades de ingressos de alunos da região norte em detrimento de outras regiões no Curso de Medicina;
Ampliação das vagas do curso de Medicina
Cotas regionais e cotas para estudantes oriundos da escola pública;
Dificuldade de ingresso/aprovação no vestibular por parte dos povos indígenas do Tocantins, o que provoca ociosidade das vagas oferecidas pelo sistema de cotas;
Organização de cursinho pré-vestibular para os indígenas;
Formação de grupos de apoio pedagógico aos indígenas nos campi, envolvendo os docentes, discentes e comunidade em geral;Parcerias com as instituições de ensino médio (particular e pública) dos municípios onde se localizam os campi;
Dificuldade dos alunos indígenas em acompanharem os conteúdos dos cursos;
Acompanhamento da coordenação dos cursos para diagnosticar as dificuldades;
Criação de monitorias/ sensiblização da comunidade acadêmica para apoio aos indígenas;
Desligamento dos egressos da comunidade acadêmica;
Criação de um núcleo de apoio e acompanhamento aos alunos egressos
Promoção de pós-graduação gratuita ou com mensalidades diferenciadas aos egressos da UFT;Participação dos egressos em projetos de extensão da universidade;Empréstimo de livros da biblioteca aos egressos.
Inexistência de apoio/ orientação por parte dos professores aos alunos que ministram aula em cursinhos pré-vestibulares
Estruturação de grupos de discussão sobre os cursinhos no âmbito dos campi
Sensibilização de coordenadores de campus, de cursos e professores quanto à questão; Realização de parcerias com a Seduc e Secretarias municipais de educação
Dificuldade de muitos alunos em custear a taxa de emissão do diploma de graduação
Aumentar percentual de isenções do diploma
Realizar levantamento socieoconômico a cada dois anos para subsidiar a definição do percentual de isentos
Cobrança de multa na biblioteca devido à incompatibilidade de horário entre o término da aula e o horário de devolução de livros
Definir critérios quanto à cobrança de multa levando em conta a realidade do aluno
Alteração do horário de funcionamento da biblioteca
Inexistência de núcleo multidisciplinar de atendimento ao aluno em suas diversas necessidades
Estruturação de núcleo de atendimento / assistência ao estudante no âmbito da Reitoria e posteriormente nos campi
Definição critérios e forma de implantação e funcionamento do núcleo;
Alto índice de evasão dos alunos de baixa renda
Buscar a ampliação da oferta de bolsas que priorizem os estudantes de baixa renda;
Aumento do número de bolsa do Programa Permanência Acadêmica.
Agregação de muitas atribuições pela Pró-Reitoria de Extensão
Criar a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis
Discutir a criação do referido órgão no Consuni.
Representação pouco significativa dos discentes nos órgãos colegiados;
Discutir amplamente a paridade da representação estudantil nos órgãos colegiados da UFT
Propor essa pauta de discussão nos órgãos colegiados.
Levantamento documental do histórico do Movimento Estudantil no Tocantins
Políticas de preservação dos documentos do ME
Propor projetos de pesquisa sobre a temática.
O Movimento estudantil vem sofrendo uma transição (nova forma de luta) e esse modelo de transição acaba causando dificuldade de mobilização;
Medidas para divulgação desse novo paradigma de atuação do ME
Propor cursos de formação de lideranças estudantis;Garantir espaços de debate sobre as ações do movimento estudantil nas semanas acadêmicas
35
Falta de transporte para deslocamento dos indígenas até a universidade;
Ampliar ações de apoio financeiro para suprir os gastos com transporte dos indígenas
Buscar parcerias com órgãos públicos e privados;Intensificar ação junto à FUNAI e governo Federal para liberação de fundos para este fim;
Concentração das Bolsas de estágios em horários diurnos
Repensar critérios relativos a carga horária e horário de estudo do estagiário;
Destinar maior número de bolsas para desenvolvimento de atividades durante o horário noturno;
Pouca discussão sobre a Casa do Estudante
Intensificar a participação da UFT/ estudantes no processo de implantação da casa do estudante
Propor critérios quanto a gestão da casa e números de alunos da UFT a serem contemplados.
Inexistência de estrutura adequada para a realização da prática esportiva por parte dos estudantes
Construção de complexo poliesportivo em todos os campi
Reforma da quadra esportiva do Campus de Tocantinópolis
POLÍTICAS DE GESTÃO UNIVERSITÁRIAPOLÍTICA/PROGRAMA: Modernização Administrativa
PROBLEMAS/DIFICULDADES MACRO-LINHA DE AÇÃO ESTRATÉGIAS
Precariedade do conhecimento docente e discente acerca dos procedimentos administrativos
Implantar uma política de informação institucional mais consistente
Fomentação de debate sobre a melhoria da articulação Centro -Campus na universidade, através de ações estruturantes como Estatuinte;
Condições inadequadas de trabalho Elaborar normativas que balizem melhor os trabalhos administrativos
Criação de Comitê Gestor visando a formulação e execução de propostas de aperfeiçoamento da administração acadêmica e da estruturação física da UFT
Falta de conhecimento dos servidores em relação à estrutura organizacional e às informações institucionais
Implantar uma política de comunicação efetiva na UFT
Criação de comitês gestores para debater acerca dos problemas e das políticas da universidade
Ausência de moradia estudantil e outros espaços
Fazer parcerias com o Estado, prefeituras para construir ou reformar prédios para moradia estudantil
Formulação e execução, por meios de parcerias, de projetos que contemplem a melhoria de espaços de apoio aos estudantes
Falta de um órgão de planejamento para propor políticas, programas e projetos aos órgãos colegiados da UFT
Repensar a estrutura organizacional da Reitoria da UFT; Propor uma nova forma de gestão da UFT por núcleos
Proposição de nova forma de gestão da UFT por núcleos; Criação de um órgão de planejamento para assessorar o processo de gestão da UFT
Distribuição insatisfatória dos recursos financeiros aos Campi da UFT
Propor aos órgãos colegiados matriz de distribuição dos recursos orçamentários da UFT
Implantação de uma matriz de distribuição descentralizada de recursos financeiros
POLÍTICA/PROGRAMA: Valorização e Desenvolvimento Humano
PROBLEMAS/ DIFICULDADES MACRO-LINHA DE AÇÃO ESTRATÉGIAS
Número de servidores insuficiente; falta de clareza na definição das competências
Implantar políticas na área de desenvolvimento humano na Universidade Federal do Tocantins com vistas a fortalecer a comunidade interna
Formatação de um projeto de capacitação de todos os trabalhadores da Universidade Federal do Tocantins;
Conflitos de interesses entre gestores e servidores do quadro administrativo a despeito da
Fomentar a participação dos servidores nas instâncias decisórias da UFT
Ampliação da participação dos servidores técnicos - administrativos no processo de gestão e construção do
36
realização de políticas institucionais na UFT;
Plano de Qualificação dos servidores
A limitação ao universo docente para desígnio da função de coordenador de Campus
Definir as competências do Coordenador Administrativo e de Campus e ampliar a participação dos servidores técnico-administrativos
Discussão sobre a possibilidade de esses servidores concorrerem nas eleições para Coordenador Administrativo e de Campus
Pouco interesse por parte dos servidores em participar das políticas internas da UFT
Criar políticas de integração entre servidores, professores e técnicos
Discussão acerca da participação efetiva dos servidores técnico-administrativos nas esferas decisórias da UFT
Inexistência de políticas sistemáticas que garantam a formação e qualificação profissional dos servidores administrativos
Garantir políticas e programas de capacitação dos técnico-administrativos bem como a sua participação em pesquisas
Implementação de políticas de formação e qualificação para os servidores administrativos; Criação de mecanismos que assegurem a participação dos servidores em projetos de pesquisa, de acordo com sua área de formação
POLÍTICA/ PROGRAMA: Estrutura organizacional, instâncias de decisão e organização institucional
DIFICULDADES/CAUSAS MACRO-LINHA DE AÇÃO ESTRATÉGIAS
Deficiência na comunicação entre os campi: a divulgação das informações restringe-se ao campus de Palmas;Falta de liderança na ausência do coordenador de Campus;Ausência da diretoria de informática nas discussões da universidade;Falta de definição das competências do coordenador de Campus e administrativo;Falta definição mais precisa quanto ao status de cada campus;Falta de articulação entre as políticas de ensino, pesquisa e extensão;Comportamento e ações de gestão que não consideram a estrutura multicampi;Gts oficiais da UFT (PROPESQ), não funcionam, pois não tem reconhecimento da comunidade acadêmica.
Criar Estratégias que permita fortalecer a comunicação e a estrutura multicampi da UFT
Divulgação integral de todos os atos ou fatos de relevância interna, via internet ou não;Reelaboração do estatuto e o regimento da UFT visando o fortalecimento da estrutura multicampi;Observação das questões de infra-estrutura no processo de expansão da universidade;Subordinação da CPA ao CONSUNI;Que a figura do vice-coordenador, caso venha a ser criada, possa ser ocupada por docente ou técnico administrativo;Na ausência do coordenador de campus, o coordenador administrativo assumia a função.
POLÍTICA/ PROGRAMA: Órgãos colegiados e de apoio as atividades acadêmicas
DIFICULDADES/CAUSAS MACRO-LINHA DE AÇÃO ESTRATÉGIAS
Centralização na PROEX das questões estudantis;Demora na certificação dos cursos;Pouca representatividade dos técnicos administrativos;Engessamento das atividades dos coordenadores de campus;Representatividade injusta entre as categorias nos conselhos;Situação social precária dos estudantes;
Promover uma maior articulação entre os diversos setores da universidade
Estruturação de órgãos de apoio quanto as questões estudantis nos campi;Autonomia do coordenador de campus para realização de colação de grau, orçamentária e administrativa;Representatividade proporcional dos técnicos em cada conselho;
37
POLÍTICA/ PROGRAMA: Construção da autonomia das IFEs/ relações e parcerias com a comunidade
DIFICULDADES/CAUSAS MACRO-LINHA DE AÇÃO ESTRATÉGIAS
Dificuldade de comunicação da FAPTO com os campi;Falta de compreensão da dinâmica da FAPTO;Falta de financiamento para algumas áreas específicas (educação).Relação não propositiva com os órgãos do Estado ou prefeituras (Estágio SEDUC);Ausência de assessoria jurídica dos campi quanto aos convênios, contratos e parcerias firmados entre os mesmos;Falta de política para captação de recursos externos;
Implantar políticas para captação de recursos próprios e estabelecer parcerias no âmbito da UFT.
Estreitamento na relação da FAPTO com os campi;Distribuição dos recursos de forma mais eqüitativa;Assumir postura propositiva junto aos órgãos do estado;Definição das áreas prioritárias de atuação e alocação orçamentária para financiar os projetos relativos a estas áreas;Amparo jurídico nos campi para facilitar os trâmites para doações de bens, parceria com os órgãos do Estado (estágios);Fomentação da produção de projetos com vistas a captar recursos para a universidade;Criação de um núcleo de empreendedorismo na universidade com a participação das empresas juniores.
POLÍTICA/ PROGRAMA: Cronograma e plano de expansão do corpo docente e corpo técnico administrativo
DIFICULDADES/CAUSAS MACRO-LINHA DE AÇÃO ESTRATÉGIAS
Falta de critério na hora de transferir ou redistribuir servidores;Falta de diagnóstico e política para alocação de vagas para professores na universidade;Falta de política de expansão dos servidores da UFT (contratados da FAPTO, concursados e cedidos do estado);
Criar e implantar matriz de alocação de vagas no âmbito da universidade
Regulamentação de transferência e redistribuição dos servidores no CONSUNI;Desenvolvimento e aplicação de uma matriz para levantar a necessidade de servidores na instituição;Demonstração de apoio a criação do plano de carreira dos servidores objetivando a valorização e desenvolvimento humano na instituição;
POLÍTICAS DE AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO INSTITUCIONALPOLÍTICA/ PROGRAMA: Avaliação: Utilização dos Resultados
DIFICULDADES/CAUSAS MACRO-LINHA DE AÇÃO ESTRATÉGIAS
Possibilidade dos dados não representarem a realidade da UFT/Identificação por CPF.
Enviar relatório para os campi e cursos para discussão, auto-avaliação e tomada de decisões; Conscientizar as pessoas de que o uso do CPF tem o fim único da avaliação.
Elaboração de instrução para responder a instrumento de coleta de dados; Utilização de outros instrumentos de avaliação, além do questionário: Dados do FEPEC, Das, Cas, Sindicato dos Professores e Técnicos, entrevistas, etc; Avaliação por CSA de outro campus e Comunidade Acadêmica.
Falta de Recursos financeiros. Implementar políticas de avaliação: Que a CPA sensibilize setores da universidade com vistas a viabilizar recursos (contribuição inclusive dos campi)
Compartilhamento de responsabilidades e projeto institucional;Disponibilizar orçamento específico para a Avaliação Institucional.
38
Falta de Recursos humanos. Viabilizar recursos sistemáticos que possibilitem o envolvimento continuo de estudantes, técnicos administrativos e professores no processo de avaliação Institucional.
Viabilização de recursos para gratificação docentes e técnicos administrativos; vinculação dos docentes à Avaliação Institucional por meio da pontuação do seu desempenho e carga horária de trabalho; viabilização da participação dos discentes na Avaliação Institucional via Programa de Monitoria.
POLÍTICA/ PROGRAMA: Participação
DIFICULDADES/CAUSAS MACRO-LINHA DE AÇÃO ESTRATÉGIAS
Falta de comunicação. Melhorar o processo de comunicação por meio da implementação de ações sistemáticas de divulgação e envolvimento da comunidade acadêmica no processo de Avaliação Institucional
Melhoramento da a comunicação por meio da divulgação de banco de dados; divulgação de informações nas reuniões do Consepe, Consuni, Sindicato; envolvimento dos docentes como agentes multiplicadores, através dos colegiados
Falta de envolvimento da comunidade acadêmica na construção da universidade.
Promover maior envolvimento de docentes e coordenadores.
Realizar eventos internos.
POLÍTICA/ PROGRAMA: Atividades acadêmicas
DIFICULDADES/CAUSAS MACRO-LINHA DE AÇÃO ESTRATÉGIAS
Identificar o impacto social das atividades de ensino, pesquisa e extensão.
Articular os dados com as Pró – Reitorias.
Implantação de programa de avaliação do impacto social das atividades acadêmicas.Criar grupo de pesquisa em avaliação.
Identificar individualmente qual o professor que desenvolve habilidades e competências requeridas para a atividade docente (a avaliação individual é restrita aos professores).
Que sejam realizadas avaliações individuais do professor(a); ampliar a atuação do professor e técnicos nas atividades da universidade (avaliação pelos pares).
Propiciamento de debate entre os pares e acadêmicos e Utilização dos dados da ouvidoria.
As informações apresentadas acima apontam, em conformidade com os participantes do
FEPEC nas suas duas etapas, as principais dificuldades na implementação das políticas de educação
superior da UFT. Mas não se referem somente aos problemas e dificuldades, sinaliza as macro-
políticas e estratégias para enfrentar as dificuldades. Faltam, entretanto, estabelecer, em cada área, a
definição do cronograma físico-financeiro e responsáveis pelo desenvolvimento das estratégias
formuladas. A definição do referido cronograma físico-financeiro e responsáveis pela execução
ficará a cargo das autoridades superiores de cada área ou setor.
4.2 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os dados apresentados e discutidos neste documento permitem dizer que os objetivos
39
propostos no I FEPEC foram satisfatoriamente alcançados e, se o processo de operacionalização das
políticas e ações discutidas e propostas acima forem encaminhadas de forma eficiente pelos setores
competentes, podemos afirmar que as energias humanas e recursos não foram em vão.
Numa perspectiva mais geral, o FEPEC possibilitou que refletíssemos, avaliássemos,
aprofundássemos e propuséssemos as políticas de Graduação, Pesquisa e Pós-graduação, Extensão e
Cultura, Gestão e Avaliação Institucional da UFT. Neste sentido, o evento possibilitou que
ampliássemos o leque de participação na universidade para além dos espaços formais (Conselhos e
Colegiados). Ampliamos quantitativamente o espaço de participação ao mesmo tempo que
possibilitamos inaugurar um debate qualitativo sobre a Instituição envolvendo os segmentos
docente, discente, técnico-administrativo e gestor.
Embora tenhamos ampliado o processo de participação, precisamos melhorar o
envolvimento da comunidade universitária neste tipo de evento em alguns campus universitários,
particularmente no que se refere à participação dos docentes.
Especificamente, a partir das falas dos especialistas, no decorrer das palestras, pudemos
analisar e refletir sobre a lógica de organização dos currículos de graduação e de pós-graduação, a
partir da análise do papel social da universidade, identificando os condicionantes econômico,
político e social; discutir a formação acadêmica e profissional oferecida pelos cursos; além de
promover intercâmbio de idéias e experiências acerca dos processos de organização dos programas e
projetos da UFT.
Foi explicitado no decorrer das discussões feitas a partir da conferência e das mesas
redondas que existem, na atualidade, pelo menos duas compreensões de universidade: uma na
perspectiva mercadológica e outra numa lógica mais emancipadora do homem. Precisamos
aprofundar o debate sobre a concepção que pretendemos adotar como norte.
Neste sentido retratamos neste documento um conjunto de informações que poderão ser
utilizadas para diversas finalidades pelos atores desta universidade. Para o momento ele poderá ser
útil para a elaboração dos PPPs, PPI e PDI; as informações podem ainda ser consideradas para o
planejamento dos campi e diversos setores da universidade. O documento também aponta um
conjunto de ações emergenciais específicas que anteciparão, se postas em prática, situações
problemas futuros. Podemos dizer ainda, que o documento em pauta servirá como memória histórica
da UFT, bem como servirá como fonte de pesquisa.
O agrupamento das informações como especifica o item 4.1 permite afirmar também, que
as pró-reitorias, em alguns casos, precisam conversar mais para evitar a repetição de ações e
conseqüentemente da duplicação de esforço humano e recursos, por exemplo, na realização da
formação do quadro de pessoal e na promoção de eventos e desenvolvimento de programas.
Entendemos, ainda, pela manifestação dos participantes do FEPEC, antes, durante e depois
40
do evento, que atividades como esta, além de apresentar alguns resultados práticos tem um peso
educativo significativo pelo seu valor simbólico e cultural. Assim, entendemos que o Fórum
simboliza o fortalecimento da universidade multicampi estruturada dentro de uma lógica
democrática.
A atitude tomada após a elaboração deste relatório revelará como os gestores da
universidade enfrentam a articulação entre teoria e prática no campo do desenvolvimento das
políticas de educação superior. A primeira parte da tarefa, no sentido de encurtar a distância entre
teoria e prática foi feita com o desenvolvimento do fórum falando e vivendo sobre a democracia, a
descentralização, a universidade multicampi e a articulação entre ensino, pesquisa e extensão.
Esperamos manter e fortalecer este mesmo espírito no desenvolver das propostas aqui explicitadas.
4.3 – ENCAMINHAMENTOS
Finalmente podemos dizer que as atividades do FEPEC formalmente encerram-se com este
relatório, mas a implementação dos seus resultados ocorrerá, a partir de agora. Pensamos,
discutimos, avaliamos, elaboramos propostas e agora precisamos agir, senão os nossos esforços se
tornarão em vão, sem sentido prático de ser. Embora o simples fato da realização do evento seja
formativo e, por si só, já gerou resultados formativos, é preciso deflagrar um conjunto de
procedimentos que dê vida ao resultado do trabalho advindo desta atividade. O que fazer então com
os dados e informações aqui apresentados? Sem querer ter um caráter mecanicista, indicaremos na
seqüência, alguns encaminhamentos que a equipe elaboradora deste relatório entende ser importante
na continuidade do processo de gestão da UFT. Neste sentido, sugerimos que o presente relatório
seja:
Enviado ao Gabinete da Reitoria e às quatro Pró-reitorias para conhecimento e
anotações preliminares sobre o conteúdo apresentado.
Apresentado pela Comissão Relatora na reunião de gestão para a explicitação das
idéias gerais, para o esclarecimento de procedimentos e sanar dúvidas.
Encaminhado aos Campi universitários para que possa ser discutidos no decorrer do
planejamento de 2007 e, na medida do possível, levado em consideração as demandas
que foram explicitadas.
Reencaminhamento às Pró-reitorias de Graduação, Pesquisa e Pós-graduação,
Extensão e Cultura e Administração e Finanças para os devidos encaminhamentos.
Encaminhado às Comissões de Elaboração do PDI e PPI para estudo, análise e
41
posterior inserção das propostas cabíveis nos referidos documentos.
Enviado aos segmentos da comunidade universitária e setores diversos da
universidade para conhecimento e implementação no que couber. Na nossa compreensão
o documento precisa ser encaminhado prioritariamente para:
a) Sindicato dos Professores – SESDUFT
b) Sindicato dos Servidores Técnico-Administrativo - SINTAD
c) Diretório Central dos Estudantes – DCE
d) Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão – CONSEPE
e) Conselho Universitário - CONSUNI
f) Comissão Própria de Avaliação – CPA
g) Diretoria de Comunicação - DICOM
h) Outros setores da reitoria.
Recomenda-se a indicação ou criação de uma comissão específica, que envolva um
representante de cada Pró-reitoria, com o objetivo de acompanhar a implementação das propostas
apresentadas neste relatório. A esta comissão caberá, além de proceder o referido acompanhamento,
também elaborar um relatório sintético, a cada semestre, informando à equipe gestora da UFT as
propostas efetivadas, as pendências e respectivas dificuldades de implementação. Caberá, ainda, a
esta comissão o planejamento do II Fórum de Ensino, Pesquisa, Extensão e Cultura previsto a ser
realizado em 2008.
Os organizadores do FEPEC propõem ainda que seja organizado um texto visando uma
possível publicação. Este texto terá como objetivo promover uma reflexão sobre a educação superior
na UFT e envolverá participantes das quatro Pró-reitorias.
42
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINSPRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃOPRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO, CULTURA E ASSUNTOS COMUNITÁRIOS
PRÓ-REITORIA DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS
RELATÓRIO FINAL DO I FÓRUM DE ENSINO, PESQUISA, EXTENSÃO E
CULTURA DA UFT – FEPEC
AUTORESAdriano Batista Castorino (PROGRAD)Ana Carolina Falcão Braga (PROAD)
Doracy Dias Aguiar de Carvalho (PROEX)Raquel Aparecida de Souza (PROGRAD)Josseane Araújo dos Santos (PROGRAD)
Klerison Saraiva (PROGRAD)Roberto Francisco de Carvalho (PROGRAD)
Wanessa Lima de Aguiar (PROPESQ)
PALMAS - TOCANTINS
43
Novembro de 2006
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS
EXPEDIENTE
ReitorProf. Alan Barbiero
Vice-ReitoraProfª Flávia Lucila Tonani
Chefe de GabineteProf. Paulo Fernando M. Martins
Pró-Reitora de GraduaçãoProfª. Kátia Maia Flores
Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-GraduaçãoProf. Márcio da Silveira
Pró-Reitora de ExtensãoProfª. Ana Lúcia Pereira
Pró-Reitoria de Administração e FinançasProfª. Ana Lúcia de Medeiros
Diretoria de Programas Especiais de EducaçãoProf. Roberto Francisco de Carvalho
44
SUMÁRIO
I – INTRODUÇÃO..............................................................................................................................1
II - PRINCÍPIOS NORTEADORES DO FEPEC............................................................................3
III - REALIZAÇÃO DO I FEPEC: ETAPAS E RESULTADOS..................................................5
3.1 - PRIMEIRA ETAPA...................................................................................................................5
3.1.1 - Processo de participação e preocupações gerais...................................................................6
3.1.2 - Os resultados da 1ª etapa do FEPEC: breve comentário e os anexos.................................8
3.2 - SEGUNDA ETAPA.....................................................................................................................8
3.2.1 – Programação............................................................................................................................9
3.2.2 - Discussão feita na conferência de abertura e nas mesas redondas....................................10
3.2.3 - Resultado da discussão nos Grupos de Trabalhos..............................................................18
3.2.4 – Participação e avaliação da 2ª etapa do FEPEC..............................................................................25
IV - RESULTADO FINAL: SÍNTESE, CONSIDERAÇÃOES E ENCAMINHAMENTOS.................27
4.1 – QUADRO SÍNTESE................................................................................................................28
4.2 – CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................................39
4.3 – ENCAMINHAMENTOS.........................................................................................................41
V – ANEXOS.....................................................................................................................................43
45
Recommended