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4 IntroduçãoPorque o Autoconhecimento faz diferença para as pessoas

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Passo 1:

Passo 2:

Passo 3:

Defina o que você quer

Aumente os recursos internos

Use o seu potencial

Índice

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Prazer em conhecê-lo! É assim que formalmente nos dirigimos a alguém quando encontramos pela primeira vez. E a nós? Se pensarmos, já convivemos conosco há muito tempo, no meu caso há quarenta e três anos, e seria relativamente estranho ser apresentado. Mas será que depois de tanto tempo, podemos nos classificar como plenos conhecedores de nós mesmos?

Conhecimento é sinônimo de jornada, de caminhada sem fim, de um livro em que sempre há um próximo capítulo. Sendo assim, é difícil afir-mar que nos conhecemos por inteiro.

Nesse momento você deve estar se perguntando. “Eu me conheço? O quanto eu me conheço? O que eu ganharia me conhecendo mais?”

Estas perguntas não nos levam a respostas simples e merecem, antes de tudo, entendermos o conceito do que é autoconhecimento.

Uma forma simples de compreender, é imaginar que o autoconhe-cimento é uma escalada rumo a uma montanha alta e infinita. A cada passo, atingimos um ponto mais alto e conseguimos enxergar coisas que não víamos antes, aumentando o grau de entendimento.

Quanto mais subimos, mais nos conhecemos, entendemos a nós mes-mos sob outra perspectiva e vemos a realidade sob outro ângulo.

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Nessa, levamos uma ferramenta indispensável, uma lanterna. A bateria desta lanterna é o conhe-cimento. Quanto mais acesso a informações, mais aumentamos a intensidade da luz. Quanto mais luz, mais consciência e possibilidade de compreender pensamentos, senti-mentos e atitudes.

A ausência de luz, de autoco-nhecimento, nos leva a agir no piloto automático, ou seja, pensar-sentir-agir de forma auto- mática, sem parar para refletir.

Ao mesmo tempo, por não termos clareza, vamos acumulando as dificul-dades e medos, da mesma forma que fazemos com as coisas que colocamos em um porão, quartinho ou armário da bagunça. Por não

Passamos a agir de forma diferente da qual somos em essência, com uma atitude de defesa, tornando cada vez mais difícil a conexão com o outro e com o nosso verdadeiro eu.

Essa proteção também impacta na autoestima e autoconfiança. A postura que adotamos de posse da armadura, deixa escondido quem realmente somos, tornando difícil confiar e gostar de nós mesmos.

O autoconhecimento nos dá clareza para entender a forma como pen-samos, sentimos e agimos, e a partir dessa consciência, nos leva a quebrar a armadura.

Ele também nos ajuda a entender os mecanismos de defesa que ado-

sabermos como lidar, jogamos lá dentro, tudo o que nos incomoda, e fechamos a porta na esperança de que o desconforto desapareça.

O problema é que tudo o que escondemos no porão tem vida própria, transforma-se em memória e passa a fazer parte do piloto auto-mático, na forma como pensamos, sentimos e agimos.

Assim, como não queremos que uma visita veja a bagunça, fazemos de tudo para não deixar emergir nossos medos e dificuldades, para mantê-los longe da claridade e trancados no porão. Isso nos leva a adotar uma atitude de proteção, colocando uma poderosa armadura para que o outro, e muitas vezes nós mesmos, não tenhamos acesso.

tamos para abafar nossos medos e dificuldades. Essa consciência nos ajuda a perceber que os medos são muito menores e mais fáceis de lidar do que imaginávamos. O conhecimento, o fato de encarar de frente e com foco claro, enfraquece os medos de tal forma, que passamos a não necessitar mais dos mecanismos de defesa para mascará-los.

Nessa jornada, passamos progres- sivamente a nos tornar a pessoa que queremos ser. Buscamos alinhar nossos pensamentos e com-portamentos com a nossa essência. Reduzimos o peso da armadura e minimizamos a influência das difi-culdades que escondemos dentro do porão.

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O autoconhecimento é uma jornada para a vida toda. Cada um caminha a seu ritmo, alguns dias se aprofundando mais, outros menos. Acredito que você já esteja nessa jornada e neste momento gostaria de convidá-lo a ser apresentado a “você”.

Um convite que acenda o espírito de novidade, o desejo de um reco-meço que aguce a curiosidade em realmente querer fazer diferente, de se dedicar e aprofundar cada vez mais em se conhecer.

Muito prazer em conhecê-lo!

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O que você quer ser quando crescer? Bailarina, jogador de futebol, professora, bombeiro. Como é gostoso ser criança e enxergar o mundo como uma janela cheia de possibilidades e apenas sonhar...

Crescemos e a ingenuidade infantil cede espaço a objetivos profissio-nais e pessoais, que pressupõem mudanças comportamentais e requerem o aprendizado de novos há-bitos e a descontinuidade de outros.

O fato é que não importa a idade, aspiramos algo mais. Queremos ser diferentes e atingir nossos objetivos. Como por exemplo: ter uma alimentação mais saudável, praticar exercícios físicos, adquirir uma nova habilidade, seja ela idiomas, música, conhecimento específico ou ainda ter um comportamento diferente, para aprimorar os relacionamentos, lidar com o stress e mudar a própria qualidade de vida.

Defina o que você quer

Normalmente sabemos o que queremos, no entanto, desistimos pelo desconhecimento de como alcançar o que almejamos. A frus-tração resultante de inúmeros insuces-sos nos leva a adotar uma postura de acomodação, quando a força de von-tade é substituída pelo desânimo. Acabamos por deixar para fazer depois, na esperança que a vontade ganhe forças e assuma o controle da situação.

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Não acredito em poções mágicas e milagrosas que prometem a mudança de forma instantânea e sem esforço. Apesar de estarmos habituados ao imediatismo, a mudança é um processo longo e gradual, que requer intensa dedica-ção. O processo de mudança é uma longa jornada de autoconhecimento, de olhar para si mesmo, de entender a forma habitual, os modelos mentais e os gatilhos emocionais. E assim, escolher ter uma reação diferente, deixar de dar as mesmas respostas e sair do piloto automático.

O autoconhecimento envolve co-nhecer como funcionamos, quais são as armadilhas que nós mesmo criamos e que dificultam ou até mes-mo impedem uma mudança efetiva.

Imagine que você tenha o propósito de emagrecer. Para isso basicamente precisaria ter uma alimentação mais saudável e introduzir no seu dia a

ficamos especialistas na arte de arrumar uma desculpa e como resultado, estamos constantemente tentando, mas não saímos da linha de largada, não atingimos o suces-so desejado. Muitos foram os estudiosos que tentaram entender a principal vantagem do autoconhecimento. Uma das abordagens que tem sido bem utilizada é a dos psicólogos Charles Carver e Michael Scheier, descrita no livro Will Power. Eles defendem que o autoconhecimento desenvolve o autocontrole.

prática sistemática de exercícios físicos. Talvez você já deva ter tentado incorporar esses hábitos em outras oportunidades, mas os resultados não foram duradouros. A forma como pensamos também é um hábito e muitos pensamentos formam o que chamamos de modelo mental, que foi nutrido durante anos e quanto mais repetimos um determinado pensamento, mais sólido ele se torna. Dessa forma, se o hábito é começar uma die-ta, mas tão logo nos deparamos com as delícias que estamos acostu-mados, cedemos porque dizemos a nós mesmos frases como “eu mereço”, “estou tão cansado”, ou só por hoje”. Ou ainda, se temos o propósito de fazer exercícios físicos no dia seguinte, mas a cama está tão boa para acordar mais cedo, ou chegamos a conclusão que temos tantas coisas para fazer, que não há tempo para se exercitar;

Mudanças comportamentais são objetivos de longo prazo, e para atingí-los, precisamos muitas vezes abrir mão do prazer imediato.

Se você quer sair do piloto auto-mático, se quer parar de sempre ter as mesmas reações, se quer ser a cada dia a sua versão melhor, então a base é o autoconhecimento. Garanto que pequenas vitórias diárias lhe trarão uma maravilhosa sensação de orgulho. Vale a pena conferir!

Defina o que você querDefina o que você quer

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Quando éramos crianças, aprender fazia parte da rotina diária. Além de ser um comportamento espe-rado, era valorizado e a tolerância frente aos erros e dificuldades, era altamente utilizada.

Com o decorrer dos anos, a versão adulta parece deixar de englobar a aprendizagem. Tão logo deixamos a escola, ingressamos no mercado de trabalho e assumimos os papéis atribuídos aos adultos. A apren-dizagem perde a importância e passa a ser desvalorizada.

Muitas vezes temos a sensação que ser adulto é ter uma maestria perfeita para lidar com qualquer situação. Temos a impressão que não há espaço para dizer que “não sabemos” e o erro pode ser perce-bido como sinal de fracasso.

No entanto, não há autodesen-volvimento sem aprendizagem. Se queremos fazer essa jornada,

precisamos mudar o modelo mental e encarar as dificuldades e erros, como aprendizagem.

Muitos de nós ficamos prostrados quando nos depararmos com o erro. O arrependimento tem a função de nos levar a aprender com a situação. No entanto, mesmo após a reflexão e da consciência do que levou ao erro, a sensação de culpa não nos abandona e dependendo da intensidade, nos atormenta com muita frequência.

Entender que foi o melhor que fizemos, com os recursos que tínhamos, nos dá a esperança de que se a mesma situação ocorrer, poderemos dar outra resposta, pois estamos aumentando os recursos internos e assim, teremos mais sabedoria para lidar com situações difíceis, do que tínhamos no passado.

Aumento dos recursos internos

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Gosto de fazer analogia de recursos internos com ferramentas que utilizamos para lidar com situações do dia a dia. Quanto mais cuidamos das nossas ferramentas ou adquirimos outras, melhores são nossos recursos internos e sa-bedoria para lidar com os desafios que a vida nos oferece.

Cresci em uma casa no interior de São José dos Campos - SP, onde guardo muitas recordações de maravilhosos momentos da minha infância. Meu pai tinha um quarti-nho que ficava nos fundos, que era um dos locais preferidos meu e dos meus irmãos, pois continha uma série de quinquilharias. Mas também, era de lá que saíam as soluções dos problemas. Qualquer coisa que precisava ser consertada na casa, era o quartinho que provi-denciava a ferramenta, e num passe

Somos reflexos do que temos dentro de nós mesmos. Nos-sas ações são governadas pela sabedoria que temos internamente. Dessa forma, fazemos o melhor que podemos com os recursos inter-nos que temos. Se queremos agir diferente, se queremos ser melho-res, precisamos desenvolver nossos recursos internos.

Para aprimorar os recursos internos, precisamos nos nu-trir com conhecimento que encontramos em livros, palestras, treinamentos, com outras pesso-as e aplicar esse conhecimento para aumentar o grau de consci-ência, entender nossas reações e desenvolvermos estratégias para lidar com as nossas dificuldades. Nossos recursos internos também estão ligados ao nosso poten-cial. Este, muitas vezes encontra-

de mágica, as coisas se resolviam. A aquisição de conhecimento significa o investimento em diferentes ferramentas ou a arte de afiar as que já possuímos. Além do autoco-nhecimento, uma importante fer- ramenta que tem sido amplamente estudada quanto seus benefícios, é aprender a silenciar a mente. Mas este, será um tema para aprofun-darmos em outro momento.

O conhecimento auxilia a compre-ensão de como podemos ser e fazer diferente, alinhados aos nossos valores e à pessoa que queremos ser. Silenciar a mente nos ajuda a minimizar o efeito dos pensamen-tos que nos causam ansiedade, nos deixam tristes e muitas vezes depressivos e focar a atenção para vivermos cada vez mais no momento presente.

se escondido, à espera de uma grande onda.

Aumento dos recursos internosAumento dos recursos internos

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Na escola, aprendi que potencial era o ato de transformar o que se tem dentro em ação. No entanto, uma das melhores definições de potencial, encontrei no livro The Inner Game de Timothy Galwey. O autor faz a analogia de desenvolver o potencial com o surfista em busca da sua onda.

Um bom surfista não fica na praia esperando pela onda. Ele vai até o oceano, em busca de uma onda grande, que o desafie a dar o seu melhor.

Se ele apenas quisesse mostrar que era bom, ele escolheria uma onda média e daria conta com maestria. Mas um bom surfista tem como objetivo as ondas grandes, que o desafiem a se esforçar para dar o seu melhor.

O bom surfista entende que os

obstáculos significam a possibi-lidade dele dar o seu melhor, de fazer uso do seu esforço.

Ele sabe que apenas contra uma grande onda, será capaz de utilizar toda a sua habilidade, demonstrar a sua coragem e concentração para superar o desafio.

O autor diz “o potencial está sempre dentro do surfista e até que seja manifestado em ação, ele per-manece em segredo, escondido dele mesmo”.

Falamos anteriormente sobre o desenvolvimento de recursos internos. A palavra desenvol-vimento significa aumentar a capacidade, tornar melhor algo que já existe. O potencial encon-tra-se dentro de nós mesmos e mui-tas vezes só é manifestado diante de uma grande onda.

Use seu potencial

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A sabedoria que existe em cada um de nós, encontra-se mui-tas vezes apagada e escondida. Por esta razão, muitas vezes não acreditamos que podemos fazer diferente, que temos forças para atravessar a ponte da vulnerabili-dade, que podemos mudar a forma de tomar decisões, incorporar no-vos hábitos, descontinuar alguns e nos tornar cada vez mais a pessoa que queremos ser.

A vida apresenta desafios constan-temente, que se assemelham a on-das pequenas e grandes. Quanto mais nos conhecemos e desenvol-vemos os recursos internos, mais confiança adquirimos para enfren-tar as ondas que muitas vezes acre-ditamos que estão acima da nossa capacidade. Quando não temos esta confiança, somos fadados a ficar na praia, a espera das pequenas ondas e se avistamos alguma grande,

abaixamos a cabeça e mergulha-mos, deixando as oportunidades passarem, imbuídos pelo medo de não sermos capazes.

Desenvolver os recursos inter-nos nos dá coragem de ir em busca de uma onda maior. Não precisamos começar indo para o oceano e tentar uma onda gigante. Podemos arriscar pouco a pouco, e a cada dia encarar uma onda maior, nos redescobrir, conhecer habilida-des que não tínhamos noção que faziam parte do nosso potencial.

Os objetivos, que muitas vezes parecem ser inatingíveis e os obs-táculos que parecem impossíveis de serem ultrapassados, podem fazer emergir nosso potencial, desenvolver ainda mais os recursos internos e a autoconfiança, entrando num ciclo construtivo de sermos capazes de novas conquistas.

Use seu potencial

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