INTOXICAÇÕES POR PSICOFARMACOS - TOXCEN · PRODUTOS QUIMICO INDUSTRIAL N = 16 712 ....

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INTOXICAÇÕES POR PSICOFARMACOS

DR. SÓSTHENES DELAI PSIQUIATRA - 2015

• Substancias que “agem no Sistema Nervoso Central produzindo alterações de comportamento, humor e cognição, possuindo grande propriedade reforçadora sendo, portanto, passível de auto-medicação”. OMS, 1981

PSICOFARMACOS

Objetivos

• Principais psicofarmacos envolvidos nas

intoxicações

• Composição e mecanismo de ação

• Tratamento

P

S

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O

S

Intoxicações/Exposições humanas por Agentes

5,8% 8,3% 1,5%

29,0%

2,0%

5,6%

10,9%

1,4%

29,0%

1,6% 1,3%

3,3%

AGROTOXICOS

ALIMENTOS

ANIMAIS NAO

PEÇONHENTOS

ANIMAIS PEÇONHENTOS

COSMETICOS

DOMISSANITARIOS

DROGAS DE ABUSO

IGNORADO

MEDICAMENTOS

OUTROS PRODUTOS

PLANTAS

PRODUTOS QUIMICO

INDUSTRIALN = 16 712

Intoxicações por Psicofármacos

62,7% 12,5%

9,7%

13,6%

1,5%

ANSIOLITICOS

ANTIDEPRESSIVOS

ANTIPSICOTICOS

ANTICONVULSIVANTES

OUTROS

Classificação

• Benzodiazepínicos

• Outros Sedativo- hipnóticos

e Ansiolíticos

• Barbitúricos

• Carbamazepina e Fenitoína Anticonvulsivantes

• Típicos

• Atípicos Antipsicóticos

• Cíclicos,

• Serotoninérgicos e Atípicos Antidepressivos

• Anfetaminas Estimulantes

BENZODIAZEPINICOS

BENZODIAZEPINICOS

62 77

837

248

21 26 28

TOTAL: 1299

NÚMERO DE INTOXICAÇÕES POR

BENZODIAZEPÍNICOS DE ACORDO COM O AGENTE

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Indicações

Ansiolíticos Alprazolam (Apraz) Bromazepam (Lexotan) Clobazam (Frisium) Clordiazepóxido (Psicosedin) Cloxazolam (Olcadil)

Amnésia anterógrada Midazolam (Dormonid) Flunitrazepam (Rohypnol)

Fobias sociais e desordens do pânico Alprazolam (Frontal) Clonazepam (Rivotril)

Hipnóticos/Sedativos Midazolam (Dormonid) Flunitrazepam (Rohypnol) Flurazepam (Dalmadorm) Nitrazepam (Sonebom) Triazolam (Halcion) Estazolam (Noctal)

Antiepilépticos Clonazepam Diazepam (Valium) Sindrome de abstinência Diazepam Stress pós traumático S. Abstinencia alcool

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Meia -vida

ação ultra-curta (<6h): Hipnóticos (Midazolam, Flunitrazepam, Triazolam) ação curta (6 - 12h): Oxazepam ação intermediária (12 -24 h): Lorazepam, Alprazolam ação longa (> 24 h): Ansiolíticos (Diazepam, Clonazepam, Bromazepam)

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Farmacodinâmica

GABA é o principal neurotransmissor inibitório do SNC. GABAA : ionotrópico Abrem canais de Cl diretamente Causam hiperpolarizaçâo GABAB: metabotrópico Abrem canais de K indiretamente Causam hiperpolarizaçâo OS Benzodiazepínicos aumentam a frequencia das aberturas dos canais de cloro sem prolongar a duração. Aumento da ação gabaérgica inibitória do SNC.

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Farmacocinetica

Benzodiazepínicos

Rápida e completa

(80 a 100%)

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Intoxicação

Leve

Sonolência- torpor

Hipotonia

Ataxia

Disartria

Confusão mental

Pupilas normais ou mióticas

Reflexos normais

Respiraçãoes pontânea,

frequencia/ amplitude normais

Grave

Depressão respiratória

Coma

Hipotermia

Hipotensão

Bradicardia

Excitação paradoxal

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Diagnóstico Diferencial

TODAS AS INTOXICAÇÕES QUE DEPRIMEM O SISTEMA NERVOSO CENTRAL E SÃO CARACTERIZADAS POR REBAIXAMENTO DO SENSÓRIO E SINAIS VITAIS NORMAIS.

• Intoxicações: etanol, barbitúricos, hidrato de cloral, monóxido de carbono. • Condições Clínicas: hipoglicemia, acidente vascular encefálico, meningite, encefalite, TCE.

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Tratamento

Geral

• Assistência respiratória

• Manutenção dos sinais vitais

Descontaminação

• Doses baixas: observação clínica.

• Doses altas: Carvão ativado.

• LG: recomendado apenas em casos de intoxicação mista.

Eliminação

• Hemodiálise ou Diálise peritoneal: ineficazes (forte ligação proteica)

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Flumazenil Antagonista do GABA

Indicado em casos graves, idosos e crianças com instabilidade hemodinâmica Diagnostico diferencial de coma Encerramento de anestesia

Inibição competitiva- reverte sedação dos BZD com melhora dos efeitos respiratórios. NÃO substitui a assistência respiratória.

Obs: O uso do flumazenil é contra-indicado (antidepressivos tricíclicos) e em intoxicações por fármacos que causam convulsões e arritmias cardíacas.

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“Boa Noite Cinderela” - um conjunto de drogas:

GHB (ácido gama-hidroxibutírico)

Ketamina (Special K)

Flunitrazepam (Rohypnol)

Também conhecidas como "rape drugs“ (drogas de estupro)

Mais potente benzodiazepínico

Ação rápida: depressão significativa do SNC

Associado ao álcool: perda da inibição e amnésia anterógrada.

Eliminação lenta

Não detectável nas triagens urinárias de rotina

Nomes comerciais: Rohypnol ® e Rohydorm®

FLUNITRAZEPAM

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Concluindo...

•Índice terapêutico elevado • Óbitos raros: potencializados com álcool, outros depressores SNC e presença de comorbidades •Depressão respiratória EV:Diazepam •Crianças e idosos mais sensíveis •Induz tolerância, dependência, síndrome de abstinência e excitação paradoxal

Mesmo a ingestão de 2000mg de diazepam (200 comp de 10mg leva à intoxicação leve a moderada

ANTICONVULSIVANTES

São medicamentos capazes de prevenir e/ou

interromper crises convulsivas de diferentes tipos, permitindo o funcionamento normal do Sistema Nervoso Central dos indivíduos epilépticos e protegendo-os dos efeitos deletérios das crises convulsivas. •Principais agentes: fenobarbital, carbamazepina, ácido valpróico, fenitoína, topiramato e benzodiazepínicos.

32

124

12

96

18

TOTAL: 282

NUMERO DE INTOXICAÇÕES POR ANTICONVULSIVANTES DE ACORDO COM O

AGENTE

ANTICONVULSIVANTES

BARBITURICOS

ITURICOS

BARBITURICOS

Depressores não seletivos do SNC. Anteriormente usados como sedativo-hipnóticos e ansiolíticos, sendo substituídos pelos benzodiazepínicos. Atualmente indicados como antiepilépticos e anestésicos gerais.

Comerciralizados no Brasil: * Fenobarbital * Tiopental

Fármaco T ½ (h)

Duração

do efeito (h)

Dose hipnótica

adultos (mg)

Nível tóxico

mínimo (mg/L)

metohexital 1 - 2 < 0,5 50 - 120 > 5

tiopental 6 - 46 < 0,5 50 - 75 > 5

pentobarbital 15 - 48 > 3 - 4 100 - 200 > 10

secobarbital 15 - 40 > 3 - 4 100 - 200 > 10

amobarbital 8 - 42 > 4 - 6 65 - 200 > 10

aprobarbital 14 - 34 > 4 - 6 40 - 160 > 10

butabarbital 34 - 42 > 4 - 6 50 - 100 > 10

mefobarbital 11 - 67 > 6 - 12 50 - 100 > 30

fenobarbital 80 - 120 > 6 - 12 100 - 320 > 30

Ação ultra-curta

Ação curta

Ação intermediária

Ação longa

ITURICOS

BARBITURICOS

ITURICOS

BARBITURICOS

Os barbitúricos fixam-se à macroestrutura molecular que contém o receptor GABAA e provocam abertura mais prolongada dos canais de cloreto.

Potencializa a atividade inibitória do GABA, resultando em inibição das sinapses. Depressão do tônus simpático central (vasoplegia).

FENOBARBITAL

pKa = 7,2 T1/2 = 40 – 140 h

Vd = 1 L/ Kg LP = 40 – 60%

VO completa Lenta

FENOBARBITAL

Menor lipossolubilidade

40-60%

Fenobarbital

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Farmacodinâmica

SNC: Dose terapeutica potencializa ação inibitoria do GABA nos

canais de cloro metabolismo cerebral e consumo de O2

Doses altas: ação GABA-mimética.

SNP: Depressão seletiva ganglionar e diminuição da excitação nicotinica

produzida pelos esteres da colinesterase – vasoplegia, hipotensão e hipotermia

AR: Diminui o impulso respiratório e os mecanismos responsáveis pelo

ritmo da respiração, com pouco efeito sobre os reflexos protetores

ACV: Dose hipnótica - altera pouco FC e PA

Doses mais elevadas: diminui contratilidade miocárdica e deprime

a musculatura lisa dos vasos

TGI: Diminui o tônus da musculatura lisa de todo trato gastrintestinal

retardando o esvaziamento gástrico e o transito intestinal. Concreções gástricas

TGU: Diminui a contração dos ureteres e bexiga, levando a retenção urinaria . Oliguria ou anuria na hipotensão grave

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Intoxicação

Sonolência

Ataxia

Fala arrastada

Pupilas normais

Agitação paradoxal inicial

Sono profundo e torpor

Alteração respiratória

discreta

Alterna miose e midríase

(COMA CÍCLICO)

Coma profundo

Miose bilateral

Complicações respiratorias e

CV

(vasoplegia e depressão

miocárdica)

Choque

Lesões bolhosas difusas (10%)

Leve Moderada Grave

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Intoxicação

Dose tóxica: a partir de 10mg|kg

Dose letal estimada: 6 – 10g

Se houver ingestão associada com outros depressores do SNC (especialmente o álcool), a dose letal poderá ser menor

•Nível sérico de fenobarbital guia aproximado da gravidade - 15 - 40g / mL: nível terapêutico como antiepilético - 60 - 80 g / mL: intoxicação moderada (Tolerantes) ou grave (Não Tolerantes) - > 80 g / mL: intoxicação grave inclusive nos tolerantes

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GRAU I • Não responde a estímulos verbais • Responde a estímulos dolorosos • Reflexos superficiais e profundos

presentes • Respiração adequada (freqüência e

amplitude) • Pressão arterial normal e estável

GRAU II • Não responde a estímulos dolorosos • Reflexos superficiais diminuídos ou

ausentes • Reflexos profundos presentes • Respiração normal ou lenta com

amplitude normal • Pressão arterial normal e estável

GRAU III • Não responde a estímulos dolorosos • Reflexos superficiais e profundos

ausentes • Respiração lenta e amplitude normal • Pressão arterial normal ou diminuída, mas

estável hemodinamicamente

GRAU IV • Não responde a estímulos dolorosos • Reflexos superficiais e profundos

ausentes • Depressão respiratória - assistência

ventilatória • Instabilidade hemodinâmica • Hipotermia

ESCALA DE COMA DE REED

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Tratamento

GERAL

• ABCD

• Sintomático e suporte

• Correção hidro-eletrolitica

• Fluidos EV

• Aminas vasoativas

• Tratamento infecções

ESPECIFICO

•LG até 1h, podendo ser realizada tardiamente em casos específicos (EOT).

•CA doses seriadas por até 48h T1|2: 120h 10h

•Catártico

•Alcalinização urinaria – Reed l e ll

•Hemodialise - Reed III e IV, hepatopatas, nefropatas, cardiopatas ou que não responderam à conduta empregada

•Hemoperfusão

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Tratamento

Indicada para fármacos com:

*baixa ligação proteica (até 50%),

*baixo PKa,

*pequeno volume de distribuição e *reabsorção tubular lenta

*Eficiente em pacientes REED I e II

*Impede a reabsorção tubular renal Aumenta a fração ionizada para 86% (fração não ionizada=

14%)

*Aumenta a excreção em 5 – 10 x

*Infusão de bicarbonato de sodio mantendo

Ph urinário entre 7.5 - 8.0

*Potássio sérico corrigido e mantido em 4.0

Controle de gasometria, íons e

PH urinário de 2/2h

ALCALINIZAÇÃO URINARIA

Complicações

Pulmonares Pneumonia aspirativa, edema, abscesso, atelectasia

Cardíacas

Arritmia, ICC, colapso circulatório com perda do tônus vascular periférico, tromboembolismo

Outras IRA, hipoglicemia, hiperpirexia, síndrome de abstinência

DRESS- Síndrome de hipersensibilidade

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BZD X BBT

Barbitúricos - curva dose-resposta linear, progredindo da sedação à depressão respiratória e morte.

Benzodiazepínicos - não apresentam ação severa no SNC por via oral. Por via IV podem produzir anestesia e depressão respiratória

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FENOBARBITAL

Concluindo...

Indice terapêutico estreito Grupo de drogas com maior morbi-mortalidade Hipersensibilidade: 1-3% (SSJ, Lyell, DRESS, eritema multiforme) Reações paradoxais (crianças e idosos) Induz tolerância - dependência e síndrome de abstinência

Carbamazepina

Uso

Neuralgia do trigêmio

Tratamento de mania e agressividade

Anticonvulsivante

PSICOFARMACOS

CARBAMAZEPINA

Farmacodinâmica

Bloqueio dos canais de sódio pré-sinápticos inibindo a liberação de glutamato (neurotransmissor excitatório) na fenda sináptica, reduzindo a despolarização neuronal efeito anticonvulsivante

Tem estrutura quimica semelhante aos antidepressivos triclíclicos

CARBAMAZEPINA

Farmacocinética

T1/2: 17 a 35h (26h)

Absorção Oral lenta / errática Efeitos anticolinérgicos Ciclo entero-hepático

(até 90%)

e fecal

Carbamazepina

CARBAMAZEPINA

Toxicidade

Leve a moderada: Sonolencia, confusão mental, ataxia, nistagmo, oftalmoplegia, disartria, taquicardia sinual

Grave: mioclonia, crise epiléptica, midríase, pele seca, hipo ou hipertensão, hipo ou hiperreflexia, discinesias faciais ou da boca, arritmias cardíacas, depressão respiratória e COMA

DRESS- Síndrome de hipersensibilidade

CARBAMAZEPINA

Tratamento

Geral

Sintomático e Suporte

Monitorização cardíaca e ECG

Pacientes assintomáticos: observação por 6h

Especifico LG até 1h, podendo ser

realizada mais tardiamente em doses altas

CA seriado por até 48h

nos casos graves

Catártico

Hemodiálise ou hemoperfusão nos casos de instabilidade hemodinâmica ou estado de mal epiléptico

CARBAMAZEPINA

Concluindo

Indice terapêutico elevado

Frequentemente envolvida em tentativas

de suicidio (distribuição ampla e gratuita)

Raros óbitos, mesmo em doses – 10 a 20g

a não ser em associação com alcool ou

outros depressores

Grupo de risco: cardiopata, crianças e idosos

CARBAMAZEPINA

Samara é uma jovem de 18 anos muito impulsiva, cheia de relacionamentos instáveis e conflitos familiares. Há um ano vivia se automutilando sempre que era contrariada ou brigava com o namorado. Já havia ido mais de cinco vezes ao serviço de emergência com tentativas de suicídios, sempre com ingestão de medicamentos ou automutilação.

Hoje, Samara deu entrada mais uma vez no serviço de emergência, as 08 horas, trazida pelos pais, após ter sido encontrada desacordada pelos mesmos, em seu quarto, pela manhã, com várias cartelas de comprimidos vazias, ao lado da cama.

Ao exame: paciente desacordada, com resposta a estímulos dolorosos, sinais vitais estáveis, saturando a 94% em ar ambiente, pupilas mióticas e fotorreagentes.

CASO CLÍNICO

O que devo perguntar a mais?

1)Qual a última vez que vocês viram a paciente?

- Relatam que viram a paciente pela última vez na noite anterior, por volta das 23 horas, quando essa chegou em casa nervosa e irritada, dizendo que havia brigado mais uma vez com o namorado.

2) Quantas cartelas de comprimidos vocês acharam vazia ao lado dela e qual o tipo de medicamento?

- 6 cartelas de clonazepam 2mg, de 10 comprimidos cada, 1 cartela de anticoncepcional de 28 comprimidos e 1 cartela de ibuprofeno 300 mg de 10 comprimidos.

Qual a conduta a ser realizada?

- LG?

- CA?

- Antídoto?

- Exorcizar?

CASO CLÍNICO

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Indicações

1930- Sedativos e pré-anestésicos 1950- Doenças mentais Atualmente:

Esquizofrenia e outras Psicoses Transtorno do Humor Bipolar

Sindrome de Tourette (tiques, hiperatividade, movimentos involuntários, agressividade, palavras obscenas) Coréia de Huntington

Antiemético Soluço

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Classificação

Fenotiazinicos

Clorpromazina Amplictil® Levomepromazina Neozine® Tioridazina Melleril® Amissulprida Sociam ®

Atípicos

Clozapina Leponex® Olanzapina Zyprexa® Risperidona Quetiapina Seroquel ® Ziprazidona Geodon®

Butirofenona

Haloperidol Haldol®

Farmacodinâmica

T1/2: 20-40h

errática

(90%)

e fecal

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Farmacodinâmica

Bloqueio da dopamina nos receptores D2

Bloqueio dos receptores de Acetilcolina periféricos e centrais

Efeitos anticolinergicos: •Taquicardia • mucosas secas midríase rubor

Bloqueio alfa-adrenergico: Hipotensão e miose

Bloqueio dopaminergico: •Sintomas extrapiramidais

Coordenação dos

movimentos

Voluntários

Comportamentos

e emoções

Vias dopaminergicas centrais e suas ações

Efeitos extrapiramidais: resultado da ação do medicamento na via nigro-estriatal, onde parece haver um balanço

entre as atividades dopaminérgicas e colinérgicas. Desta forma, o bloqueio dos receptores dopaminérgicos

provocará uma supremacia da atividade colinérgica e, conseqüentemente, uma liberação dos sintomas extra-

piramidais

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Intoxicação

•Agitação alternando com letargia, fala arrastada, ataxia, confusão mental até coma. Convulsões (raro)

•Efeitos anticolinérgicos com hipotensão e miose (mais comum)

Depressão SNC

•Rara (FENOTIAZINICOS)

•Hipotensão postural, TS,

•TSV, BAV, TV, FV

•Torsades de pointes

Cardiotoxicidade

• Distonia aguda, Acatisia, Parkinsonismo

• Tremor perioral (S. do coelho), Discinesia tardia

•Síndrome neuroléptica maligna

Quadros extrapiramidais

Intoxicação

Dose terapêutica

Intoxicação leve

Distonias Parkinsonismo

Acatisia Discinesia tardia

Distonias Sedação / miose

Hipotensão postural Taquicardia

Pele e boca seca Retenção urinaria

Intoxicação grave

Crise convulsiva Depressão respiratória

Coma Arritmias cardíacas

Distermias Síndrome neuroléptica maligna

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Tratamento

Geral

*Suspender medicação

*Suporte: ECG

HV

***Fenotiazinicos

*LG até 2h

*CA até 12h (1-3 doses)

*Diurese / Dialise:

NÃO EFETIVO

Específico

*Distonia: Biperideno

Diazepam OBS por 12 h

*Acatisia: orientação

Sindrome neuroléptica

maligna

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Concluindo...

• Indice terapêutico elevado • Mortes devido associação com ADT, álcool, lítio ou ingestão de tioridazina (Melleril) • Mecanismos de ação farmacológicos terapêuticos causam intoxicação

PSICOFARMACOS

Tratamento da depressão

Profilaxia da enxaqueca

Coadjuvante no tratamento da dor cronica

Abstinência à cocaína

Enurese noturna em crianças

ANTIDEPRESSIVOS TRICICLICOS

IMIPRAMINA AMITRIPTILINA

NORTIPTILINA

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Arritmias cardíacas graves

Farmacocinética

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•Boa absorção via oral •Alta taxa de ligação às proteínas plasmáticas (94%) •Metabolização hepática, com baixa taxa de recirculação entero-hepática. •Excreção renal •Meia vida de 18-80hs, dependendo do agente. •Doses acima de 20mg/kg é potencialmente letal.

A

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Intoxicação

Síndrome anticolinérgica Excitação / Delírio / Alucinação Midriase Crise convulsiva Hipertermia / Hiperemia

Cardiotoxicidade (antagonista do sodio, impedindo sua

entrada no miocardio e a despolarização, bloqueando a condução cardiaca)

Arritmias Cardiacas

Hipotensão e possivel Acidose Choque cardiogenico, Edema agudo pulmão e Obito

Coma Crise Convulsiva Arritmia Cardiaca Acidose

Regra dos 3C e 1A

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Tratamento

Agitação, delírios e alucinações: Diazepam

(evitar neurolepticos)

Hipertermia: medidas físicas

Convulsões: diazepam ou barbitúricos

Coma: suporte

Arritmia cardíaca: ECG

Bicarbonato /Lidocaina

Beta-bloqueador (evitar)

LG até 2 hs

(efeito anticolinergico)

CA seriado por até 24 hs

Hemodialise ou Hemoperfusão (NÃO EFETIVA)

Concluindo...

Indice terapêutico baixo

A intoxicação por antidepressivos tricíclicos é frequente e

potencialmente grave. Representa a principal causa de morte por intoxicação

medicamentosa nos EUA No Brasil, situa-se entre os três primeiros grupos de

medicamentos relacionados à tentativa de suicídio

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ANTIDEPRESSIVOS ISRS

Tratamento da depressão

Transtornos do pânico e ansiedade

Transtorno obsessivo-compulsivo

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Farmacodinâmica

ISRS

fluoxetina paroxetina sertralina citalopram

Agonistas indiretos de 5-HT

IRS

Fluoxetina (Prozac®): DT > 600 mg e DL > 2 g Paroxetina (Aropax®): DT > 850 mg; sem descrição de óbitos Sertralina (Zoloft®): DT > 1g; casos graves > 2g - sem relatos de óbitos Citalopram (Cipramil®): DT e DL não estabelecidas, DL > 2 g (?) Fluvoxamina (Luvox®): DT > 1g; sem descrição de óbitos Venlafaxina (Efexor®): DT > 1 g; sem descrição de óbitos

ANTIDEPRESSIVOS ISRS

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Intoxicação

Sintomas anticolinérgicos:

taquicardia, hipertensão tremores hipertermia midriase retenção urinaria crise convulsiva náusea, vômitos depressão do nível de consciência

Arritmias cardíacas semelhantes ADT

Síndrome serotoninérgica: Leve: tremores, confusão mental, movimentos coreicos, midriase Moderada: agitação psicomotora, diaforese, ataxia, rubor Grave: delirio, trismo, rigidez muscular, hipertermia, mioclonia, sudorese, coma

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Tratamento

Geral Aspiração, oxigenação

Hipertermia: medidas físicas

Agitação, Convulsão e rigidez: Diazepam

Especifico LG: desnecessária em doses baixas CA: dose única

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Concluindo...

menos efeitos colaterais menor efeito nos receptores colinérgicos,

histaminérgicos e -adrenérgico baixa toxicidade aguda - mais seguros em

Superdosagem (ingestão 30 vezes superior a dose diária produz pouco ou nenhum sintoma)

Vantagens sobre ADT

custo elevado naúsea, anorexia e insônia agressividade, violência relatos de aumento da taxa de suicídio

Desvantagens sobre ADT

ANFETAMINAS

Anfetaminas de uso médico Anfetaminas de uso não médico

Bolinha Rebite ICE

MDMA

METILFENIDATO

Introdução

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S

Art. 1º Fica vedada a fabricação, importação, exportação, distribuição, manipulação, prescrição, dispensação, o aviamento, comércio e uso de medicamentos ou fórmulas medicamentosas que contenham as substâncias anfepramona, femproporex e mazindol, seus sais e isômeros, bem como intermediários. Art. 2º Fica vedada a prescrição, a dispensação e o aviamento de medicamentos ou fórmulas medicamentosas que contenham a substância sibutramina, seus sais e isômeros, bem como intermediários acima da Dose Diária Recomendada de 15 mg/dia (quinze) miligramas por dia).

Anvisa RESOLUÇÃO - RDC Nº 52, DE 6 DE OUTUBRO DE 2011

Bloqueio da recaptação das catecolaminas

Agonistas diretos em receptores dopaminérgicos (alteração do humor) e serotoninérgicos (alucinações)

Estimulam mais a atividade mental do que a motora

Farmacodinâmica

A

N

F

E

T

A

M

I

N

A

S

Indicações

A

N

F

E

T

A

M

I

N

A

S

Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade

Tratamento da narcolepsia

Tratamento da obesidade

Intoxicação

A

N

F

E

T

A

M

I

N

A

S

Hiperatividade

Hiperpirexia

Hipertensão

Risco potencial: 1mg/kg Dose toxica: < 5mg/kg Dose >300mg: convulsões coma arritmias

Intoxicação

A

N

F

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A

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I

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S

Tratamento

A

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T

A

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A

S

Descontaminação gastrintestinal: Ingesta recente: LG + CA (dose única) até 1h.

Sintomatico e Suporte (Cocaina) Alucinações: BZD ou Clorpromazina Convulsão: BZD ou Barbitúrico Hipertensão: EVITAR betabloqueador Emergência:Nitroprussiato

Paulo é um senhor de cinquenta anos de idade, pai de 3 filhos, que

há dois anos investiu todo o seu dinheiro em um negócio que deu errado, e que atualmente se vê afogado em dívidas.

Há uns três meses passou a se isolar dos amigos e família, ficando mais recluso em casa, com o afeto lábil, insônia e idéias de ruína.

Sua esposa saiu após o almoço para ir ao mercado e quando voltou, uma hora e meia após, encontrou Paulo desacordado em casa, com varias cartelas de medicamentos vazias, ligando para o SAMU imediatamente.

Paulo havia ingerido aproximadamente: 30 comprimidos de fenobarbital 100mg, 30 comprimidos de amitriptilina 25mg e 30 comprimidos de diazepam 10mg.

Ao exame: paciente desacordado, sem abertura ocular ao

estímulo doloroso, com reflexo superficial ausente, porem reflexos profundos presente, PA: 100/70, Fc: 60, Sat O2: 92%, pupilas mióticas pouco fotorreagentes.

CASO CLÍNICO

Conduta:

-Suporte:

IOT? Monitorização? ECG? Exames laboratoriais?

-LG?

-CA?

-Alcalinização urinária? Hemodiálise?

CASO CLÍNICO

OBRIGADO! 0800 283 9904

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