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JANEIRO – FEVEREIRO - 2017
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Calçada do Livramento, 17 (Baluarte do Livramento) 1350-188 Lisboa Tel. 21 393 00 78 – casadegoa@sapo.pt – www.casadegoa.org
Boletim da Casa de Goa
Associação de Goa, Damão e Diu Pessoa Coletiva de Utilidade Pública
Calçada do Livramento, 17 1350-188 LISBOA Tel. 213930078 – casadegoa@sapo.pt
Diretor – Edgar Valles (Presidente da Direção) Coordenação – Ana Paula Guerra Capa/Design: Juliano M. Mariano
Colaboraram neste número: ANA PAULA GUERRA CARLOS SÁ EDGAR VALLES ELISABETE MARQUES ESTEVÃO SEQUEIRA FERNANDO DO RÊGO INÊS SEQUEIRA JOSÉ MARIA PIGNATELLI JOÃO COUTINHO LOURDES ELVINO DE SOUSA MARIA VIRGÍNIA BRÁS GOMES MISAEL ALVES MARTINS ODETE FERNANDES RUI CABRAL TELO VICENTE FERNANDES Capa: Foto Casa de Goa
ISSN 1847 – 807X Ano - 2017
ÍNDICE
EDITORIAL……………………………………………..….…… PÁG. 3
VISITA DE ANTÓNIO COSTA À ÍNDIA…………..……… PÁG. 4 - 5
ORLANDO DA COSTA: POETA E PROSADOR……... PÁG. 6 - 10
A VERDADEIRA DERROTA FOI DIPLOMÁTICA…….. PÁG. 11-12
A MORTE DO HERÓI PORTUGUÊS…………………..….. PÁG. 13
ESPAÇO DOS JOVENS…………………………..…….……. PÁG 14
ACONTECEU……………………………..….………….. PÁG. 15 - 25
COMEMORAÇÃO - 30 ANOS DA CASA DE GOA..… PÁG. 26 - 27
AGENDA………………………………………………………. PÁG. 28
ANÚNCIOS………………………………..………………PÁG. 29 - 31
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Iniciativas muito diversificadas terão lugar ao longo do ano para comemorar o
30º aniversário da Casa de Goa, conforme programa elaborado pela Comissão
Organizadora, liderada pela nossa associada Maria Virgínia Brás Gomes.
Destacamos apenas algumas, que não se integram nas atividades habituais.
No passado sábado, dia 4 de março, tivemos o almoço de homenagem a José
Maria Furtado, que tem sido a face visível da Casa de Goa nas várias
comunidades indianas, colaborando em tudo o que lhe é pedido, sempre
incansável, como se a idade não pesasse. Mas chegou a altura de descansar um
pouco. A homenagem, numa altura da sua vida em que sofreu forte abalo, foi
organizada pelos nossos associados Rita Henriques e Avito Ferreira. Foi, também, uma forma simbólica de
prestar o nosso tributo aos sócios fundadores da nossa associação, que há 30 anos outorgaram na Av. Praia
da Vitória a escritura notarial de constituição.
Ainda no mês de março, no dia 11, será recordado Alfredo Bruto da Costa, anterior Presidente da Casa de
Goa (em dois mandatos), que nos deixou em novembro do ano passado. Alfredo adquiriu grande projeção na
sociedade portuguesa, desempenhando elevados cargos (Ministro dos Assuntos Sociais, Provedor da Santa
Casa da Misericórdia e Presidente do Conselho Económico e Social), tendo sido agraciado pelo Governo de
Goa (tal como Narana Coissoró, igualmente ex-Presidente).
No dia 29 de abril, teremos o Festival “ Jiya” de Música e Dança Indiana, no Museu de Oriente, com a vinda
de conhecidos artistas.
Em 6 de maio, realiza-se uma Conferência Internacional sobre a Goa atual, com a presença de importantes
personalidades dos vários continentes e cuja sessão de abertura contará com a presença do Primeiro-ministro
de Portugal e da Sra. Embaixadora da Índia (sujeito a confirmação).
Teremos também, no final do mês, o evento “A Casa de Goa em 30 anos”, onde se fará o balanço da
instituição e das suas aspirações.
Estamos também a organizar uma exposição fotográfica contendo momentos marcantes da vida da nossa
associação.
Em novembro, o EKVAT realizará um grande espetáculo, coroando, assim, um ano repleto de iniciativas.
Quanto ao Gamat, dos mais jovens, está prevista a edição de um CD.
Enfim, muitas iniciativas, que contam com a ajuda de muitos colaboradores da Casa de Goa, que apenas por
dificuldade de espaço não são mencionados todos aqui.
O programa provisório é divulgado no Boletim. Estamos convencidos que despertará o entusiasmo dos
sócios e dos amigos da Casa de Goa.
Venha, pois, à Casa de Goa e participe nos seus eventos!
Edgar Valles
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VISITA DE ANTÓNIO COSTA À ÍNDIA
Ninguém esperava que a visita do Primeiro-ministro de
Portugal a Goa, nos dias 11 e 12 de janeiro, despertasse
tamanho entusiasmo.
A televisão mostrou-nos imagens galvanizadoras,
especialmente no Bairro das Fontainhas, em Pangim,
onde António Costa teve um banho de multidão, que
dificilmente teria em Portugal (onde, aliás, a sua
popularidade aumenta de dia para dia).
Além do programa oficial, Costa teve oportunidade de
visitar os seus familiares, em Margão, alguns dos quais
não conhecia.
Quais as razões de tamanho sucesso? A resposta não é difícil. Para os goeses e para os indianos em geral, é
motivo de grande orgulho haver, pela primeira vez, um primeiro-ministro de origem goesa (e indiana) num
país europeu. Costa simboliza o sucesso, o reconhecimento da crescente influência da Índia no mundo.
Aliás, o PM enfatizou a sua ligação à Índia, declarando: “Esta visita tem uma natureza muito particular.
Desde logo do ponto de vista afectivo, pois para mim é uma grande honra poder voltar à terra do meu pai
como primeiro-ministro”.
Declarou também que “a Índia tem um
estatuto para as pessoas de origem
indiana, o que me confere formalmente
esse estatuto. Sou oficialmente uma
pessoa de origem indiana. O meu pai fez
a sua formação em Goa e aí passou a sua
juventude. Tenho uma tia e uma prima
direita que vivem em Margão. É uma
relação que existe”.
O governo indiano atribui a António
Costa a condecoração Pravasi Bharatiya
Divas, a mais elevada que é atribuída a
indianos ou descendentes que se tenham
destacado no estrangeiro, sendo notória a empatia com o nosso PM, que mostrou orgulho nas suas origens.
Para Costa, “os laços históricos devem sobretudo servir para criar as bases para uma grande parceria para
o século XXI entre Portugal e a Índia. Este país vai ser uma das grandes potências no século XXI e temos de
a fundar em duas bases novas, que são a economia e a ciência, que são as prioridades nesta viagem”.
A visita esteve dividida em três etapas: primeiro, Delhi,
com carácter mais institucional, com reuniões com as mais
altas autoridades da Índia; depois, Bangalore e Ahmedabad,
com objetivos económicos e de cooperação tecnológica; e,
finalmente, Goa, com mais destaque para as áreas da
História e da Cultura.
Ou seja, a estadia em Goa não teve os objetivos políticos e
económicos da deslocação aos outos estados da Índia, mas,
como não podia deixar de ser, adquiriu uma enorme
importância, pelo facto de ter sido uma ex-colónia portuguesa.
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A visita aproximou Portugal e a Índia, hoje países amigos, bem como a grande ligação entre a ex-colónia,
hoje estado integrado na União Indiana, e a anterior potência colonizadora, hoje estado democrático.
A Casa de Goa orgulha-se do facto de um membro da nossa comunidade exercer as mais altas funções
governativas em Portugal, manifestando o seu apreço pelos serviços relevantes prestados à nossa associação.
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ORLANDO DA COSTA: POETA E PROSADOR
No dia 27 de Janeiro , por um acaso, estando a ver o noticiário da RTPi, nessas notícias que correm na base
do écran, sucedeu notar:
“Faleceu hoje o escritor Orlando Costa. O funeral realiza-se amanhã”. Seria o meu amigo dos tempos do
Liceu Nacional Afonso de Albuquerque, pensei de imediato?!
Encontros passados
E era mesmo, como informações posteriores da sua família em Goa e e-mails de
Portugal me confirmaram. Feito o Liceu, ele seguiu para Lisboa para estudos
superiores e só nos encontraríamos em Lisboa, em 1960, aquando da minha
estadia em Portugal.
A última vez que lhe falei foi numa sessão para o homenagear organizada pela
Fundação Oriente-Goa, onde usaram da palavra entre outros, o Pe. Martinho
Noronha (hoje já falecido) recordando a sua amizade com ele, e o poeta
Manohar Sardesai numa homenagem ao homem de letras, da obra literária do
Orlando Costa. (Uma nota para os que não o conheçam: Manohar Sardesai,
formado nas Universidades de Bombaim e depois da Sorbonne, é um dos mais
distintos poetas de Goa na nossa língua materna, o concani, e conhece muito
bem a língua portuguesa).
Elementos biográficos
Depois de seguir para Lisboa para os seus estudos universitários, Orlando Costa licenciou-se em Ciências
Histórico-Filosóficas pela Faculdade de Letras. Na Casa dos Estudantes do Império, nos anos 50, conviveu
de perto com alguns dos futuros dirigentes da FRELIMO, MPLA e PAIGC.
Estreou-se como poeta em 1951, com o livro «A Estrada e a Voz», mas é nos romances que tem as suas
principais obras de destaque: «O Signo da Ira» (1961), «Podem Chamar-me Eurídice» (1964), «Os Filhos de
Norton» (1994) ou «O Último Olhar de Manú Miranda» (2000). No teatro foi reeditada em 2003 a obra de
1971 «Sem Flores Nem Coroas», onde retoma o período colonial português em Goa. Em 2004, lançou
«Vocações/Evocações», uma selecção de poemas para comemorar os 30 anos do 25 de Abril de 1974. Foi
ainda vice-presidente da Associação Portuguesa de Escritores (APE), instituição que frequentava com muita
regularidade. Foi ainda publicitário e dramaturgo. Orlando da Costa chegou também a integrar o Comité
Central do PCP.
Mas nos obituários que li, nenhum fazia referência ao que seria a primeira produção literária em verso dele,
publicada e premiada em Goa quando teria uns 18 anos.
Recordando os tempos no Liceu
Em 1945…já lá vão 55 anos (e para mim esta Crónica está a ser um “recordar é viver”), o Liceu tinha uma
plêiade de professores, muito distintos: Grevi De Figueiredo (com o cacoete de mexer os ombros), António
de Figueiredo (o inesquecível Maestro e Professor do Canto Coral), Carlos Viegas (com uma mania de bater
com a vara nas cabeças dos alunos por qualquer disparate, e ainda tenho dores de cabeça de uma varada que
levei), Filipe Pinto (ensinando-nos História de uma forma tão encantadora que parecia ter estado presente),
Raul Fernandes (que nos ensinava Português e Francês pela gramática e que nos lia páginas da literatura
portuguesa como “A última corrida de toiros em Salvaterra”, etc.), Garcia da Silva (um terror nas aulas de
matemática), Lúcio Miranda (que conseguia ensinar o Desenho ainda a alunos como eu, que não podiam
desenhar uma linha recta nem com o auxilio de uma régua, escritor e orador brilhante. Lembro-me da sua
conferência no dia 7 de Agosto quando Rabidranath Tagore, o escritor indiano laureado com o Prémio
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Nobel, falecera, e quase cantando passagens do seu celebrado GITANJALI) , Videira Pires (ensinado-nos
Filosofia e que pronunciava o seu nome como Bideira Vires), Araújo Mascarenhas,….e tantos outros!!
Uma verdadeira estrela de primeira grandeza foi FRANCISCO BRAS GOMES (FBG), “alto na sua estatura
física, bem como alto na sua estrutura moral”, como eu escrevi num artigo da revista “ALA”, após o seu
regresso a Lisboa. FBG marcou-nos pelas inúmeras actividades que iniciou e patrocinou, além das suas
excelentes aulas de físico-química.
Concurso literário
Uma dessas actividades foi o “CONCURSO LITERÁRIO” e Orlando Costa ganhou o primeiro Prémio para
o seu poema: “O meu ideal”. Suponho que o mesmo nunca foi publicado em parte alguma e assim é
desconhecido. Orlando teria composto mais versos e escrito versos humorísticos às moças dos seus tempos
de estudante, mas este poema foi, sem dúvida, a primeiro da sua veia poética a ser premiado.
Lembrei-me que eu teria o número da Revista “ALA” onde ele fora publicado. Procurei-o e fui encontrá-lo
entre alguns livros e “cadernos diários” dos meus estudos no Liceu (1940-1947) que ainda preservo como
uma “relíquia”!!
Não posso prestar nenhuma melhor homenagem à memória do ORLANDO COSTA, do que apresentar-vos
o mesmo poema. Assim, cá vai ele, em exclusivo, para o deleite dos que se deleitam com o Boletim da Casa
de Goa. Tendo-se tornado um agnóstico, o “MEU IDEAL” do Orlando, não teria sido estar um dia no
Paraíso Celestial. Parece-me ser lógico. Mas os seus ideais sociais e políticos, mesmo se algo esquerdistas, e
o seu amor sempre dedicado à sua Goa e que manifesta nos seus livros, para lá o teriam conduzido.
REQUIEM ETERNAM DONA EI, DOMINE!
É a prece que este seu amigo faz
Fernando do Rego
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“O meu Ideal”
Música!
Música bela,
arte Sem igual
estarás tu, meu ideal,
ao meu alcance,
ao alcance…
dum ente mesquinho
como eu?
Tu, que és a esperança
do pobrezinho,
o bálsamo sagrado
dos que sofrem,
dos que a felicidade
desconhecem
o ungüento suave,
não me dirás
onde existes,
em que lume azulado
tu crepitas,
em que coração desventurado
tu palpitas?...
Onde te encontras?
É nas moitas tristes,
espalhadas pelos montes,
e banhadas pelas águas frias
das fontes,
que te achas?
ou, no botão de rosa
a desabrochar,
na dália formosa
a desfolhar?
Tu, que beijas a fronte
do pobre órfão,
que carícias não conhece,
que afogos desconhece,
como a esperança duma benção;
tu, arte incomparável,
que enxugas os olhos
à viúva triste,
que, inconsolável,
chora a morte do marido,
que já não exsite...;
tu, dos desventurados
a esperança,
a aurora a raiar
aos olhos do náufrago desgraçado,
que, ao sôpro do vento forte,
vagueia sem norte,
ao sabor das águas;
onde, onde existes?
Tu, que foste para mim,
para o meu coração,
de abròlhos plantado,
como o sol,
que em rúbido arrebol,
se ergue por detrás das serras,
a raiar
por sôbre as terras...,
ou como a lua num cemitério,
por entre os ciprestes, a espreitar,
e em plaguas enluaradas,
a beijar
as tumbas frias, abandonadas;
onde te encontras?
Não me dirás
a mim, que to recebi,
e no meu coração,
tão pequeno, tão desventurado,
te acolhi,
com aquela ternura
com que a mãi,
cheia de desventura,
beija o filho amado,
com aquela alegria,
com que o prêso inocente,
em fria masmorra atirado,
saúda
o primeiro raio de sol,
que, pela fresta esguia,
Ihe vem beijar...
os pés algemados!;
não me dirás
onde te encontras?
Em que botão a estiolar,
em que lírio a desabrochar
te acharei, bela arte
por mim almejada?
Que palácio encantado,
que paraíso d’ilusão
te serve de morada?
Eu, que me tenho arrastado
da mais alta serra
ao vale mais fundo,
por arrozais louros
e montes rochosos,
por palmares verdejantes
e areais calcinantes,
por prados em flôr,
por trilhos dolorosos...
com palácio algum encantado
topei...
No meu caminho pela terra,
pelo imenso mundo,
cheio de perigo e mal,
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à tua procura,
à procura do meu Ideal!
Onde existes?
No solitário eremitério,
nas moitas de urzes,
mesquinhas e tristes,
abandonada,
desprezada
na encosta do monte?
Estarás por ventura
atrás das rochas escondida,
despercebida
aos olhos daquele que te procura?
Ou disfarçada
em frescas boninas,
em margaridas finas
da encosta florida?
Onde te encontras bela arte?
Será na fria fonte,
Onde se banham joviais
Os belos pardais?
Será a tua morada
em algum triste cemitério
entre os goivos e as cruzes
dos frios covais?
Será, em várzeas imensas,
ao sôpro da brisa, murmurantes,
em arecais verdejantes
entre palmeiras densas,
ou, em belos jardins
entre os “zaiôs” em flor
e “mogarins”
de perfumes inebriantes,
entre belas rosas
e dálias formosas
a sorrirem d’amor,
onde correm,
sôbre leito d’areia fina
as águas rumorosas
da ribeira cristalina?
a que gruta d’ilusão,
a que caverna escura
te acolheste?
Que palácio encantado,
que palhota obscura
te acoita assim,
arte sublime,
que foges dos olhos de quem te procura?
Em que covil escuro,
to escondeste,
para assim
eu não te achar
e em parte alguma te encontrar,
en que, incansável,
em vão te procuro?...
O sol punha-se
lançando
nas nuvens azuladas
largas pinceladas
de sangue,
esbanjando,
por tôda, a parte,
raios fulgurantes de luz,
e os alegres passarinhos
recolhiam-se aos seus ninhos,
Cansado
do longo caminhar,
mais cansado que um romeiro,
mais trópego que um velho peregrino,
à minha cabeça descansei
na fresca alfombra,
à sombra dum esguio coqueiro
donde balouçava
um frágil ninho abandonado...
Era o silêncio soturno das frias tumbas,
o silêncio mudo das catacumbas,
que reinava naquele remanso ameno,
esquecido na solidão que seduz!
Embalado
pelo sôpro da brisa fresca,
dormi... e sonhei:
— Num lago calmo
de água cristalina,
vogava silencioso
um cisne formoso
de brancura peregrina.
Na sua superfície espelhenta,
lisa e nua,
reflectia
a face ebúrnea da lua,
num céu de nuvens lavado,
como uma moeda de marfim
em vasta peça de setim...,
a rolar, a deslisar,
como uma formosa
e multicôr mariposa,
num belo jardim
perfumado,
por cima das flôres
a esvoaçar,
a doidejar...
A servir de moldura
a isso tudo,
sorria viçosa a verdura
luxuriante
de “zaiôs” em flôr,
de belas rosas,
de “mogarins” de perfume inebriante,
de dálias formosas
a desabrocharem d’amor!
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A brisa fresca,
que suave soprava,
trouxe-me aos ouvidos extasiados,
os sons magoados
duma melopeia dolente,
duma melodia plangente,
triste, a transparecer
uma intensa paixão:
cheia de vida expressão:
era o cisne que cantava
as desventuras do seu viver!
Mãos mágicas dedilhavam,
harpas encantadas,
que soltavam sons dolentes,
acompanhando
um violino mavioso,
a soltar sons vibrantes,
melodiosos, plangentes...
que se iam pêrder
nas profundezas da minha alma!
A natureza inteira escutava
e o meu coracão inteiro palpitava!
Uma voz suave e calma
me animava,
aos meus ouvidos segredava,
dizendo: “Levanta-te
e segue animoso!
Não vaciles
perante obstáculos
nem pares, antes
que me encontres,
que eu estou
ao alcance de todos!
Eu estou em tudo o que é belo,
embora singelo...,
em tudo o que arrebat a alma»!
O sol sumia-se no oceano,
como, a luz da tocha,
sacudida por gigantesco sôpro,
E, pelo duro trilho,
entre a urze e a rocha,
subia, devagar, risonho,
cheio de confiança
a transbordar de esperança
o caminheiro de somho,
o paladino da arte,
que vai à busca da perfeição,
do seu elevado Ideal,
arcano da imortalidade,
que Meyerbeer sintetizou,
que Beethovem idealizou!
ORLANDO DA COSTA
Aluno do 6º ano do Instituto Abade Faria - 1º Prémio do Concurso Literário, organizado pela Associação
Escolar do Liceu (1944) Publicado na Revista “ALA” da Associação Escolar do Liceu Nacional de Afonso
de Albuquerque – 1945, Pgs 62-64
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A VERDADEIRA DERROTA FOI DIPLOMÁTICA
Livros de 1969 sugeriam que era em Lisboa que funcionavam
o governo e serviços de administração do Estado da Índia
Derrota é uma palavra detestável para os autocratas. É e foi assim desde
sempre. Também o é para todos os poderes, mesmo para a maioria dos
cidadãos. A história minimiza-as demasiadas vezes. Perde-se quase sempre a
oportunidade de percebermos as causas e o momento temporal das perdas.
Portanto, os historiadores acabam por não escrever ou reescrever esses períodos
de épocas mais distantes com a independência e o consequente rigor desejável à
compreensão das gerações seguintes.
As biografias são mais imprecisas quando reflectem episódios mais antigos, naquelas que acabam por ser
descritas por mais de um historiador: ficam sujeitas a interpretações mais pessoais, onde o rigor se esbate à
vontade individual do cronista que acaba por não ser capaz de investigar tão-só os documentos antigos.
As histórias - universal e da humanidade - encerram enormes inconsistências, dependendo dos países onde
as estudamos e são mais pronunciadas se observarmos os documentos de autores de países que se
confrontaram ao longo da história. As incertezas das narrativas são imensas para caber em erratas dos livros
da nossa história antiga, moderna e contemporânea. Há quem defenda estarmos perante uma liberdade de
pensamento e de convicções respeitáveis. Mas aceitar esta conclusão é promover o afastamento da realidade
factual e deixar-nos no campo das conjecturas.
Vulnerabilidade da Europa após a II Guerra Mundial
promoveu descolonizações e guerras independentistas
O século XX ficou marcado por numerosas dúvidas sobre as causas e consequências de alguns
acontecimentos determinantes na evolução social, económica e mesmo cultural de algumas nações, nas que
se mantiveram, nas que foram anexadas ou nos territórios das que simplesmente foram extintas. A
humanidade após a II Grande Guerra mostrou-se ansiosa de notícias, de liberdade, da verdade, de mudança
nas convivências, de comunicar entre si de conhecer culturas e reconhecer o direito à diferença. Precisava-se
de compaixão só possível com o acesso ao conhecimento e à ciência. Impunha-se o reerguer do Mundo
demolido por um conflito cruel. Essa liberdade e a vulnerabilidade da Europa rica, dominante e ainda
imperial promoveu as descolonizações, as guerras independentistas e ou simplesmente a queda súbita de
muitas das províncias ultramarinas dos países europeus. As motivações ficam sujeitas a inúmeras
interpretações.
Portugal - ausente da última Guerra Mundial – não escapou a esse novo sentimento internacional. O Estado
da Índia Portuguesa foi invadido a 17 de Dezembro de 1961, pelo exército da União Indiana, (14 anos após a
independência da Índia, declarada a 15 de Agosto de 1947) sem declaração de guerra. Goa, o principal
território daquele Estado português, foi o palco da grande invasão: 45 mil soldados da União Indiana
confrontam-se com 3.500 portugueses que resistiram durante 36 horas até o General Vassalo e Silva decretar
a rendição, desobedecendo à decisão de António Oliveira Salazar, mas evitando um eventual massacre e
consequentemente os danos colaterais que sucedem numa batalha militar.
Portugal não chegou a ser derrotado no terreno. A derrota foi claramente do ponto de vista diplomático: O
governo de Salazar não foi suficientemente perspicaz junto dos seus aliados para que estes intercedessem e
influenciassem Pândita Nehru a desistir da ideia de anexar Goa Damão e Diu à União Indiana. Portugal era
um regime autocrata em contraciclo com os regimes do Ocidente europeu do pós-guerra. Antes, Oliveira
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Salazar não aceitou sequer encetar negociações com Nehru, nem mesmo depois de este ter introduzido o
tema nos debates da Organização das Nações Unidas.
O Estado da Índia Portuguesa chegou até ao século XX como o último bastião de um património português
apreciável ao longo das costas do subcontinente indiano. Mas é importantíssimo atendermos a um facto
histórico: a noção de Índia não correspondia necessariamente a esse subcontinente já que era frequentemente
utilizada para referenciar territórios portuguesas nas costas do oceano Índico, da África Oriental e também
de antigas regiões persas.
Até um Atlas Universal pervertia a derrota portuguesa na Índia
Para o governo presidido por António Oliveira Salazar foi decisivo ocultar a queda do Estado da Índia
Portuguesa. A palavra derrota foi como que banida nesse momento. A história que entretanto se escreveu foi
rasgada dos livros ou escondida dentro das bibliotecas.
Então, houve quem reinventasse uma nova realidade. Em Julho de 1969, a editora Verbo, em colaboração
com Maria Adelaide Salvado, divulgou a 2ª edição do Atlas Universal (da Verbo) que foi considerada uma
das publicações elementares para complementar os livros do ensino propedêutico, pós escola primária e
onde se pode ler: “Usurpado por acto de força da União Indiana (Dezembro de 1961), O Estado da Índia
mantém os seus Órgãos de governo e serviços de administração funcionando em Lisboa”. A mesma
publicação relata que “a superfície total da Índia Portuguesa tinha 4195 quilómetros quadrados, 625 mil
habitantes”. Na rubrica ‘Valor Económico’, o autor destacou o cultivo de arroz, milho, castanha de caju e
copa, enquanto a produção de madeiras, a criação de gado, a pesca e a indústria conserveira eram outras
“actividades relevantes no território que possuía minérios de ferro como o manganês e o ferro-manganês”.
À derrota contrapôs-se a mentira como um paradigma capaz de salvaguardar as independências das outras
províncias ultramarinas, diminuindo a consequência da Guerra do Ultramar que começou em Angola, a 15
de Março de 1961, na Guiné-Bissau, entre Julho de 1961 e Janeiro de 1963, e em Moçambique em Setembro
de 1964.
A queda da Índia Portuguesa constituiu a primeira derrota efectiva de Salazar, também por inadvertidamente
não ter defendido a história do território entre a comunidade internacional já que o Estado da Índia
Portuguesa teve sempre um estatuto distinto dos territórios africanos: A Goa reservava-se o direito a eleger
os seus próprios representantes (primeiro, às cortes do reino) e tinha representação no parlamento de Lisboa
desde 1822; à época da sua conquista, em 1510, Goa era um território controlado por muçulmanos, contra os
quais também os hindus se encontravam em guerra. A superintendência portuguesa de Goa foi resultado da
política de alianças com os reinos hindus, por força de ambos combaterem os islamitas. De realçar, que a
expansão do Islão na costa ocidental do continente indiano terá começado no início do século VII, sendo que
as relações destes povos das costas da Arábia e da Índia Ocidental, aconteceram muito antes do advento do
Islão. – por José Maria Pignatelli (escrito com grafia antiga).
José Maria Pignatelli
Deputado municipal em Odivelas (CDS-PP)
Tropas indianas marcham em Goa
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A MORTE DO HERÓI PORTUGUÊS
(Livro de Valentino Viegas)
A minha actividade diária de natação, na piscina da Junta de Freguesia de Benfica, tem
sido profícua em novos conhecimentos. Desde um professor, músico, cantor, escritor,
poeta, Francisco Machado de seu nome e um simpático apicultor que muito me tem
ensinado sobre a vida das, como ele, simpáticas abelhinhas, a um ex-funcionário da RTP
que cresceu e viveu muitos anos em Marrocos, muitos têm sido os encontros com
diversas personalidades que só têm enriquecido os meus conhecimentos. Ultimamente,
devido a uma alusão que fiz à beleza das praias de Goa, quando por lá passei há mais de
cinquenta e muitos anos, vim a conhecer um goês de nascimento, hoje Professor e Doutor em História, que
fez a guerra colonial em Angola, com o posto de Furriel miliciano, por nessa data ainda não ter terminado o
curso dos liceus. Como militar de carreira, fiz várias comissões no ultramar, tendo numa delas (1963/65),
sido colocado em Nambuangongo, talvez o pior sítio onde fosse possível colocar um militar de Intendência.
Devido ao meu espírito demasiado aventureiro aliado ao meu “vício” da caça, não me limitei a passar o
tempo dentro do arame farpado e, muitas vezes, acompanhei as tropas operacionais nas suas deslocações,
pelo que vivi a guerra de Angola bem por dentro com tudo de mau que teve, mas também com muito de bom
que as más situações nos deram de vivência e formação de carácter. Dado tudo isto, eu e Valentino Viegas,
assim se chama o nosso Doutor, depressa chegámos a um entendimento enraizado naquela nossa vivência.
Foi assim que eu vim a saber que tinha escrito um livro, entre outros, sobre o tema da guerra em África
intitulado “A Morte Do Herói Português”, cuja leitura terminei agora e sobre o qual vou tentar escrever
algumas palavras. Muito já se escreveu sobre a guerra dita do ultramar e eu próprio também me senti quase
na obrigação de o fazer. Muito se disse e infelizmente nem tudo corresponde à realidade. Escritores
consagrados, levados talvez pelo seu profissionalismo de ficcionistas, acabaram por escrever textos
demasiado floreados, com episódios que, a nós militares, viventes da guerra por dentro, nos aparecem logo
como relatos fictícios.
O interessante de Valentino Viegas é que o seu texto nos salta aos olhos logo como
verdadeiro e, nós que por lá andámos, acabamos por reviver todas as cenas como se
estivéssemos a vivê-las agora. Quer as cenas de guerra, quer as de vivência nos
aquartelamentos, aparecem-nos descritas com uma realidade e humanidade
impressionantes. Valentino Viegas escreve com uma fluência natural, sem grandes
rendilhados nem frases literárias, mas ao mesmo tempo com uma escrita erudita para
a qual muito deve ter contribuído a sua posterior formação. Dá-nos, pois, Valentino
Viegas, um retracto da nossa gente simples que foi obrigada a partir para um
continente inóspito, que nada lhes dizia, sem um queixume, convencidos, pelo regime
que aqui viviam, que iam lutar pelo todo da nossa Pátria. Esse retracto mostra-nos,
não só o seu comportamento em combate, mas também as influências psicológicas
que sofreram pelo afastamento das suas terras e famílias. Chamo a atenção para o capítulo onde se refere a
história da Joana, uma criança que foi adoptada pelo militar que lhe matou os pais, episódio
excepcionalmente bem escrito e com grande carga psicológica. De realçar o pensamento do autor, quando
confrontado com a morte, ao colocar em dúvida os desígnios de Deus, ao perguntar-lhe: “Mas porquê?
Porquê?”. Um ateu, como eu, não teria esse problema, agora um crente a quem ensinaram que deveria temer
um Deus Todo Poderoso, que tudo pode e tudo comanda, mas que põe e dispõe das vidas de cada um a seu
belo prazer, é realmente de causar muitas dúvidas. Valentino Viegas foi condecorado com uma Cruz de
Guerra.
O autor não pôde deixar de fazer referência a outra guerra por ele vivida, a invasão de Goa pela União
Indiana, e dedica a este evento um capítulo onde descreve a invasão, a sua origem e as suas consequências.
É, pois, uma edição de Livros Horizonte que recomendo para que não se perca o que foi a vivência, à época,
dos jovens portugueses que fizeram aquela e outras guerras que não deviam ter acontecido.
Rui Cabral Telo
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Espaço dos jovens
Goa
Goa, pungente e fadista,
Retorna a nós.
Goa, como jóia ou ametista,
Faz ouvir a sua voz.
Goa, terra de vida,
Revive ainda.
Goa, por nós tida,
Como terra sentida.
Goa renasce a cada grito,
Revive a cada esgar.
Goa materializa-se em mito,
Retoma o seu lugar.
Goa não quer ser olvidada
Nem insiste em lamentação.
Goa da história não será apagada
Nem do luso coração.
Misael Alves Martins
Publicamos hoje um poema de Misael Alves Martins, um jovem de 14 anos, nascido em
Gondomar, e um apaixonado por arte, poesia e literatura, pela natureza e por Portugal.
Apesar da sua juventude, já participou em dois livros: "Palavras de Cristal IV Volume"
(antologia de poesia da Editora Modocromia) e "Elos Poéticos" (em coautoria com Maria José
dos Santos Leite e Maria da Conceição Ferreira). É sócio simpatizante e um membro
participativo do Conselho Consultivo da AICEM (Associação do Idioma e Culturas em
Português). Tem como ambição a formação em Jornalismo.
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ACONTECEU
19 DE JANEIRO - VISITA À CASA DE GOA
José Norberto Carrilho, Juiz Conselheiro do Tribunal Supremo de Moçambique, Maria Manuela Leitão
Marques, Ministra da Presidência, José Matos Fernandes, Ministro do Ambiente, e Vital Moreira, professor
catedrático de Coimbra, visitaram a Casa de Goa no dia 19 de janeiro.
A foto regista o encontro, que deu a conhecer aos ilustres visitantes as nossas atividades.
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26 DE JANEIRO - COMEMORAÇÃO DO DIA DA REPÚBLICA
Chovia torrencialmente, mas o hastear da bandeira da Índia não foi afectado. Na manhã do dia 26 de janeiro,
comemorou-se o Dia da República da Índia, na residência da Embaixadora, com a presença de muitos
elementos das comunidades indianas.
A Sra. Embaixadora, Mrs. K. Nandini Singla, leu a mensagem do Presidente da Índia, enviada de Nova Delhi,
da qual destacamos o seguinte excerto:
“É minha firme convicção de que o pluralismo e a diversidade social, cultural, linguística e religiosa
são a nossa maior força. Na nossa tradição, sempre celebrámos o “indiano argumentativo” e não o
“indiano intolerante”. Durante séculos coexistimos com a multiplicidade de pontos de vista,
pensamentos e ideias filosóficas no nosso país. Para que a democracia floresça, é necessário uma
mente sábia e com discernimento. Uma democaria saudável exige tolerância, paciência e respeito
pelos outros. Estes valores devem permanecer nos corações e no espírito de todos os indianos,
inculcando neles um sentido de compreensão e responsabilidade”.
O Presidente salientou também o desenvolvimento económico da Índia, que no primeiro semestre do ano
económico de 2016/2017 cresceu 7,2 %, demonstrando uma estabilidade na expansão económica que não tem
paralelo no mundo.
A mensagem terminou com Jai Hind! (Viva a Índia!), seguindo-se o aplauso geral.
A “nossa” Tarika participou na miscelância cultural.
À noite, teve lugar uma receção num hotel da capital.
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4 DE FEVEREIRO - FEIRA DE COISAS E LOISAS
No dia 4 de Março tivemos na Casa de Goa uma
adesão simpática à nossa Feira.
Também tivemos algumas sugestões para mudarmos o
conceito desta feira.
Nesse sentido, agora a nossa feira chama-se FEIRA
DE ANJUNA, estarão disponíveis apenas artigos
orientais e apelamos aqueles que queiram contribuir
para este evento que nos contactem para obterem mais
detalhes e que selecionem artigos
orientais que tenham e já não queiram
mas que acham que podem enriquecer este certame e nos entreguem para venda.
Pedimos ainda que todos os sócios e amigos da Casa de Goa, contribuam com a divulgação
desta feira entre os familiares e amigos e que nos visitem, sempre ao primeiro sábado de
cada mês, exceto Janeiro e Agosto.
Durante estas tardes o nosso Bar está a funcionar.
Esperamos por si.
7 DE FEVEREIRO – RENOVAÇÃO ASSINATURA DE PROTOCOLO JUNTA DE
FREGUESIA DA ESTRELA
No programa eleitoral apresentado aos sócios, em junho de 2014, constava a cooperação com a Junta de
Freguesia da Estrela, autarquia que abrange a área onde nos localizamos.
Até então, não havia qualquer relação entre a Casa de Goa e a Junta de Freguesia, havendo como que um
receio de nos abrirmos ao exterior.
No cumprimento do programa eleitoral, mas um pouco às escuras, enviámos uma carta ao Presidente da
Junta, manifestando o nosso interesse em estabelecer uma relação institucional e de cooperação.
A resposta não podia ser melhor. O Dr. Luís
Newton, um homem de Cultura que tem
demonstrado ser um grande autarca, deslocou-se à
nossa sede, manifestando a satisfação pelo nosso
interesse e revelando total disponibilidade.
Foi assinado um primeiro protocolo, que lançou as
bases de uma profícua cooperação. No âmbito
desse acordo, fizemos iniciativas conjuntas, com a
participação de moradores da freguesia e a ajuda
preciosa da Junta. A Casa de de Goa acolheu já
uma sessão da Assembleia de Freguesia.
O protocolo, que entretanto caducara, foi revisto.
No dia 7 de fevereiro teve lugar na sede da autarquia a assinatura do novo protocolo.
Como se lê no site da Junta ( www.jf-estrela.pt ), “ este Protocolo tem como grande objetivo estabelecer uma
cooperação entre estas instituições, através da divulgação de atividades de natureza cultural e recreativa.
Este tipo de atividade é fundamental para a coesão e para a identidade das comunidades locais urbanas, e a
Junta de Freguesia da Estrela aposta nas mesmas devido ao seu interesse em atividades e projetos que
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dinamizem os espaços e unam as pessoas da Freguesia. Com a celebração deste Protocolo, será possível criar
sinergias no âmbito das atividades culturais da Freguesia da Estrela”.
Para nós, o protocolo é um excelente instrumento de trabalho que permitirá dar maior incremento às nossas
actividades, com a participação dos moradores da freguesia.
10 A 12 DE FEVEREIRO - SEMANA ÁSIA-LUSÓFONA
A AICEM-Associação do Idioma e Culturas em Português
organizou, com o apoio da Câmara Municipal da Maia, a
Semana da Ásia Lusófona, com palestras, poesia, música,
cantares e gastronomia das comunidades de Goa, Damão, Diu,
Macau e Timor.
A Casa de Goa aceitou o convite formulado para participar nos
eventos, tendo-se feito representar por Edgar Valles e Odete
Fernandes, da sua Direção.
Destaque para a conferência “Goa e suas gentes. Análise da
Goa de hoje. Criação de pontes culturais, económicas e sociais
Goa-Portugal”, em que Edgar Valles descreveu a Goa actual, acentuando a sua diversidade cultural. Acentuou
que a Goa de hoje não é a mesma que em 1961, sendo um Estado plenamente integrado na União Indiana, com
grande desenvolvimento económico, social e cultural.
Referiu também a importância da cooperação e da preservação de laços culturais com Portugal, sem
complexos nem reservas mentais.
A Presidente da Direção da a AICEM, Prof. Maria José Leite, na sua mensagem de encerramento, salientou o
trabalho da associação na divulgação dos espaços com influência lusófona, agradecendo, também, a
colaboração da Casa de Goa.
As duas associações (Casa de Goa e AICEM) irão aprofundar a cooperação, no âmbito da divulgação de
iniciativas culturais e outras realizações, prevendo-se
a assinatura de um protocolo.
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23 DE FEVEREIRO – ENCONTRO CHÁ DAS CINCO
O Chá das 5 no dia 23 de Fevereiro, foi bastante concorrido, no espaço da Casa de
Goa que serve de encontro de amigos.O momento cultural com Philippe Despeysses,
decorreu na sala de conferências, onde se podiam apreciar as fotografias do autor com
o tema "O Sorriso de Cristo em Sari" Philipe Despeysses abordou a sua experiência
em Goa e também como se uniu o trio de co-autores desta obra.
Philippe ainda nos deu a conhecer como é absolutamente apaixonado pelo que faz, da
sua infindável apetência para escrever e para retratar as culturas e as pessoas de cada
espaço por onde passa. Está agora a preparar um livro sobre os Açores.
Este francês residente em Lisboa há já 10 anos, disse-nos que para descrever Goa a
melhor palavra que encontra é : SUSEGHAD !
25 DE FEVEREIRO – MOMENTOS 4P – II
Os Momentos 4P ganharam novo fôlego no passado fim-de-semana.
Com nova liderança e nova equipa, mas fiel ao seu conceito original (criado pelo Eng.º João Coutinho),
pretende assumir de forma vincada a sua missão que é rejuvenescer a Casa de Goa.
Com um público-alvo de pessoas entre os 20 e os 45 anos, mas sem discriminar ninguém, este evento que
tem o seu nome assente na assunção de que acontece 4 vezes por ano, tem uma duração aproximada de 4
horas, tem 4 Momentos e 4 objetivos que são Participar, Partilhar, Progredir e Promover, renasceu no
passado sábado com um tema que faz justiça ao 30º aniversário da Casa de Goa.
E não poderia ter havido melhor forma de renascer do que ter entre nós a ilustre presença da Nossa
Embaixadora, bem como do testemunho de cada um dos jovens mas eloquentes oradores que compôs a
tribuna.
Esta sessão contou também com a participação dos jovens, instrumentistas e dançarinos, do EKVAT e do
GAMAT. Foi a iniciativa de lançamento da celebração do 30º aniversário da Casa de Goa, que desejamos
ver cada vez mais virada para o futuro com a participação indispensável de todos, mas sobretudo dos que,
por serem mais jovens, terão a energia criativa para tornar a Casa de Goa a morada das suas aspirações.
Espero que tenhamos estado à altura das vossas expectativas.
Tentaremos sempre aumentar a fasquia, e gostaríamos de contar convosco e com a vossa Promoção.
Tudo de bom!
Cumprimentos,
Carlos Sá
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Fotos de: Estevão e Inês Sequeira
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4 A 22 DE FEVEREIRO - SENTIR GOA, UMA VIAGEM FANTÁSTICA E VÁRIOS
SONHOS CONCRETIZADOS
Algumas considerações:
Afinal na Casa de Goa, representamos a cultura de Goa e falamos de Goa em Portugal e porque não “levar”
pessoas para conhecerem Goa? Reforça a minha vontade de concretizar esta viagem e fica claro que
o objetivo tinha mesmo de ser: Sentir GOA
Difícil é este desafio de escrever sobre uma viagem que só se sente se for vivida e com tanta “coisa” digna
de ser transmitida, mas fiquem desde já com uma visão geral que será num futuro próximo será
complementada pois não queríamos neste primeiro artigo privilegiar um dia ou uma atividade versus outra
pois temos mesmo dificuldades em escolher de tanta “coisa” tão boa vivida.
Como começou:
Sentir Goa começa com vários comentários em jeito de desafio dos participantes nas sessões Momentos
4S “sem uma viagem a Goa o projeto não fica completo” e após alguma reflexão tendo também em conta
outros comentários tais como: "a Casa de Goa deveria organizar viagens para Goa" em Janeiro de 2016
comuniquei que o desafio estava aceite e iria preparar a viagem para ser realizada entre Janeiro e Fevereiro
de 2017.
A minha viagem (JC):
A minha viagem para Goa começou muito antes dos restantes participantes e posso dizer-vos que foi um
desafio numa área que não domino como por exemplo a contratação de passagens de grupo e análise de
contratos com companhias de aviação ou ainda de fazer um programa a tanta distância sem contactos locais
próximos ou apoios garantidos. Foram necessárias muitas horas de trabalho e muita atenção no planeamento
para evitar falhas graves ou riscos para um valor envolvido de 40.000 euros.
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Alguns dados da Viagem:
Datas: Partimos de Lisboa no dia 4 e regressamos no dia 22 de Fevereiro com estadia em Goa: de 5 até ao
dia 21 de Fevereiro. O número de participantes foi de 21 (número superior ao objetivo).Estivemos alojados 6
noites em Pangim (capital) e 11 noites em Betalbatim (sul) - O grupo era muito diverso e a maior parte dos
participantes não conhecia Goa. Para as visitas programadas estava contratado transporte em autocarro ou
carros Innova e guia.
A viagem:
Chegamos a Goa, Sentimos, Saboreamos Sonhamos e Sorrimos com Goa .Foram 17 dias muito
preenchidos onde “Sentimos” os sons, os cheiros, os ruídos, as cores, os aromas, a natureza, a música, as
artes, os hábitos, o trânsito a gastronomia e as gentes que foram uma parte muito importante.
O programa elaborado foi muito diverso e tendo em conta que muitos visitavam Goa pela primeira vez.
Visitámos então museus como o Big Foot em Loutolim, o Museu de Goa em Pangim, o Goa Chitra, em
Benaulim, o museu de Arte Sacra em Santa Mónica e a galeria dos Vice-Reis ambos em Velha Goa, a
Biblioteca Central de Pangim, Houses of Goa, do arquiteto Gerardo da Cunha em Porvorim. Como não
podia deixar de ser visitámos mercados e feiras como o de Pangim, o de Margão, o de Mapusá e o de Anjuna
(alguns do grupo visitaram o mercado noturno de Arporá). Visitámos cidades como Pangim, Mapusá e
Margão e localidades como Chandor, fizeram parte do roteiro as casas indo-portuguesas como a da família
Oliveira Fernandes, a de Sara Fernandes, Menezes de Bragança e Bragança Pereira em Chandor, Palácio do
Deão, Casa dos Figueiredos onde nesse ambiente distinto disfrutamos de um almoço. Visitamos a casa do
Ilino Colaço em Margão. Em Goa não podiam falhar as Igrejas como a da Igreja Matriz Sra. da Imaculada
Conceição em Pangim, a Basílica do Bom Jesus onde está o corpo de S. Francisco Xavier, a Sé Catedral, a
Igreja de S. Francisco de Assis, a Igreja de Nossa Senhora da Piedade em Divar, a Igreja do Espírito Sando
em Margão. Não podia faltar a degustação da gastronomia Goesa em vários restaurantes e cito alguns como
o Mum's Kitchen, o Viva Pangim, o Hotel Mandovi, o Venite, o George, o Nostalgia, o Fhichersman Wharf,
o Coqueiro, o Souza Lobo, o Mikey, o Ritz Patto, entre outros. Visitámos locais turísticos de interesse como
as Cataratas de Dudh-Sagar, o santuário Dr. Salim Ali Bird na Ilha de Chorão, a ilha de Divar e claro as
Praias de Anjuna, Calangute, Miramar, Colvá, Benaulim, Palolém, Agonda e claro Betalbatim. Como não
podia deixar de ser, fizeram-se alguns shows-cookings com a Suzette Martins no Mums Kitchen, com a
Margarida Távora no Nostalgia e com a Fátima Albuquerque na Casa dos Figueiredos. Também visitámos
Templos como o de Mangueshi e a Mesquita de Poná e Goa sem especiarias não ficava completa, assim
visitámos a Sahakari Spice Farm e com almoço incluído. Quanto a fortalezas visitámos o Forte dos Reis
Magos, o Forte da Aguada, o Cabo de Rama, houve tempo para disfrutar das ricas praias e para fazer
compras. Listei estes mas podia listar mais 10 ou 20 locais mas queria acentuar que o mais importante
desta viagem foram as pessoas que nos receberam, acompanharam e passaram alguns momentos
connosco, foram elas que ajudaram a dar “coração” a esta viagem, e permitiram fazer a grande
diferença para um programa organizado por uma agência de viagens. De seguida listarei alguns nomes sem
ser por ordem de importância mas em jeito de um agradecimento: Maria Fernanda Noronha Costa e Sousa,
Maria de Fátima Gracias, Maria de Lourdes Bravo da Costa, Suzette Martins, Margarida Távora, Nalini
Elvino de Sousa e John, Vasco Silveira, Inês Figueira, a Sónia Shirsat, a Gisela Fernandes, o Valério Jorge e
o Gopal Vernencar, o René Mendes o Paulo Dias, o Elino Colaço, o Carmo Gracias, a Orty Soares, a Ethel
Bruto da Costa e muitas personalidades da Indo-Portuguese Friendship Society (as minhas desculpas de não
citar os nomes de tantos que calorosamente nos receberam) que fizeram um convívio com jantar e música ao
vivo no Clube Vasco da Gama permitindo uma noite de muito convívio do grupo com muitos goeses não
posso deixar de citar os nomes do Edgar Andrade Sales e o Ruben de Oliveira Fernandes que foram mais do
que guias.
À medida que os dias iam passando, eu ia perguntando a mim mesmo qual dos dias, elegeria como o
melhor? Mas não tinha resposta fácil e cada um dos dias foi muito rico mas diferente por esse motivo não fui
capaz de eleger um como o melhor.
O Grupo
Era constituído por 21 pessoas um grupo muito diverso e interessante e a qualidade e a exigência do grupo
ajudou a elevar o nível da visita.
O meu sincero agradecimento a TODOS que integraram este grupo e que ajudaram na minha missão.
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Também em jeito de agradecimento cito os nomes sem qualquer ordem de importância: Lídia Emília
Fernandes, Ana Bela Mendes, Maria da Conceição Zagalo, Fernando Zagalo, Inês Valle, Manuela Alegre,
Teresa Pedrosa, José Teles, Maria Amália Teles, Luís Filipe Vieira, Maria da Conceição Teles, João Mota
Furtado, Maria Antonieta Mota Furtado, Maria Guiomar Mota Furtado, António Alho, Maria Constança
Vasconcelos, Isabel Pacheco, Lucília Maria Teixeira Freire, Maria da Graça Pacheco Jorge, Anabela
Coutinho.
Fazia também parte do grupo a Inês Valle (jáconhecida de muitos vós) e que me acompanhou por causa do
projeto Momentos 4S e, tivemos o prazer de rever o Pablo Batholomew que também esteve em Goa e dois
dias connosco, ele e a Inês aproveitaram para completar algum trabalho em curso sobre migração goesa.
Solidariedade e Portugal,
Levamos alguns produtos de Portugal para se matarem saudades e degustarem. Como não podia faltar e foi
programado um gesto de solidariedade do grupo para com a Indo-Portuguese Friedship Society a quem
foram entregues 24 livros de português e a Communicare Trust a quem entregamos 43 livros para crianças
em português, a ambas organizações desejamos muito sucesso nas suas ações.
Em jeito de conclusão:
O desafio era levar e trazer de volta um grupo com uma importante dimensão e fazer com que o programa
fosse diversificado e se mantivesse o interesse e a satisfação dos participantes para a totalidade dos dias
cumprindo o objetivo de Sentir Goa. Foi conseguido, a avaliar pelas opiniões e comentários dos que
participaram que muitos transmitiram com a seguinte expressão“ foi uma viagem fantástica e um sonho
concretizado”, por esse motivo o título deste artigo.
O trabalho árduo de preparação e planeamento e do acompanhamento ficam esquecidos quando se tem este
magnífico sentimento.
Bem hajam!
João Coutinho
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SENTIR GOA A hospitalidade da Indo Portuguese Friendship Society
Não foi fácil, mas para o nosso associado João Coutinho não há tarefas impossíveis.
Com o seu entusiamo e excelente capacidade de organização, planeou a visita a Goa, no período de 4 a 22 de
fevereiro, de um grupo de 23 pessoas, no qual se incluíram participantes nos Momentos 4S (workshops de
gastronomia Goesa) e outros interessados em conhecer a “jóia da Coroa”.
O programa deixou alguns tempos livres e também surpresas. Entre elas, destaca-se o jantar inesperado
oferecido a todo o grupo pela Indo Portuguese Friendship Society, cujas imagens publicamos.
A Casa de Goa agradece à Indo Portuguese a hospitalidade a este grupo, que foi certamente graças ao
Protocolo de Cooperação entre as nossas duas entidades, e como acolhimento a esta admirável iniciativa
com a marca do João Coutinho…
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COMEMORAÇÕES DOS 30 ANOS DA CASA DE GOA
Como vos informamos na Newsletter anterior, estamos a comemorar o 30º aniversário da nossa Casa.
Organizamos um plano do qual constam as iniciativas que pretendemos desenvolver e que irá sendo
atualizado sempre que necessário. Ainda falta definir algumas datas mais próximas do fim do ano.
Como poderão ver, são iniciativas diversificadas, que pretendem divulgar a Casa de Goa e os seus objetivos
a públicos diversos; fazer um balanço dos 30 anos passados em palavras e imagens; proporcionar espaços de
cultura, de música e de lazer; estreitar os laços com Goa e as comunidades da diáspora; e “andar para a
frente”
Está assinalado o local de realização das iniciativas que não decorrem na Casa de Goa.
Todas as propostas e sugestões são bem-vindas.
Maria Virgínia Brás Gomes
CASA DE GOA – 30 ANOS
DATA EVENTO LOCAL
25-02-2017
MOMENTOS 4 P - HISTÓRIAS EM GOA – iniciativa de
lançamento das comemorações dos 30 anos com a presença da
Senhora Embaixadora da Índia e com a participação de vários jovens
que visitaram Goa recentemente – o que esperavam da visita; o que
encontraram; que expetativas têm para o futuro.
CASA DE GOA
04-03-2017
Almoço de homenagem a José Maria Furtado – sócio fundador, do
grupo inicial de fundadores, membro de várias Direções, Secretário-
Geral de outras, a quem a Casa de Goa muito deve
HOTEL VILLA
RICA
11-03-2017 Abertura da exposição “Génese da Casa de Goa”, com o objetivo de
recordar 30 anos em imagens CASA DE GOA
11-03-2017
Homenagem a Alfredo Bruto da Costa – Presidente da Direção da
Casa de Goa durante dois mandatos, com um percurso político,
social, académico e cívico bem conhecido na sociedade portuguesa.
CASA DE GOA
18-03-2017 CANTICORUM – encontro de coros com a participação do EKVAT
Museu Cerâmica
Sacavém
24-03-2017 Terceira Corrente - apresentação desta obra sobre a vida e o percurso
de António Bruto da Costa CASA DE GOA
24 a
26-03-2017
New Light from India - Festival com espetáculos, filmes, palestras,
concertos de música clássica indiana, mercado de artigos indianos,
gastronomia e música de Goa
Biblioteca
Municipal Orlando
Ribeiro / Telheiras
29-04-2017 JIYA – Espetáculo de música e dança clássica indiana com artistas
vindos da Índia e artistas residentes em Portugal Museu Oriente
06-05-2017
Desenvolvimento Sustentado de Goa no Século XXI - Convenção
Internacional, com participantes de Goa, comunidades portuguesas
na diáspora e Portugal. Terá 3 sub-temas – Cultura e Educação;
Desenvolvimento Economico; Ambiente
CASA DE GOA
13-05-2017 Bienal de Odivelas – dança, música, gastronomia, pintura, escultura,
artesanato ODIVELAS
17-05-2017 Missa pelos sócios falecidos Ig. S. Domingos
03-06-2017 Revisitar Goa, Damão e Diu - Conferência CASA DE GOA
24-06-2017
Casa de Goa em 30 anos - Passado e Presente, sim! E o Futuro?
Balanço de realizações e desafios, com a participação de membros
de órgãos sociais em vários mandatos
CASA DE GOA
24-09-2017 Almoço Solidário – espaço de convívio alimentado pela boa
gastronomia goesa CASA DE GOA
NOVEMBRO Espetáculo do EKVAT A ANUNCIAR
16-12-2017
Um Dia de Goa em Lisboa – dia preenchido com workshops, venda
de Natal, almoço, jogos coletivos e o que mais a imaginação nos
ajudar a por em prática
CASA DE GOA
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Pretendemos, ainda, que as iniciativas habituais como o Chá das 5 e o CarromVívio dediquem uma das suas sessões à
celebração dos 30 anos.
O Grupo GAMAT da Casa de Goa irá gravar um CD de música, registando peças ilustrativas do seu percurso musical
diversificado para memória futura.
Na sequência de atividades que vimos desenvolvendo em várias escolas, estamos a analisar a possibilidade de lançar
um CONCURSO de textos ilustrados para alunos do ensino básico e secundário, sobre o tema Queres conhecer Goa?
DISPONIBILIZAÇÃO DE ALOJAMENTO
Por ocasião da Conferência Internacional sobre Goa, que se realiza no dia 6 de maio, temos sido
contactados por muitos goeses residentes no estrangeiro que pretendem alojamento em Lisboa.
Devido ao grande afluxo de visitantes (visita do Papa), tem havido dificuldades em reservas de hotéis.
Por isso, a Casa de Goa apela aos sócios e amigos de Goa que tenham quartos disponíveis para os
facultarem, em regime de "bed and breakfast". Em compensação, receberão uma verba diária tendo
como referência 40 euros (casal) e 30 euros (uma só pessoa).
Os interessados em fazer parte desta carteira, poderão enviar mail urgente até ao dia 20 de março
para casadegoa@sapo.pt, com a seguinte indicação:
a) morada da habitação
b) numero de quartos disponíveis e número de ocupantes
c) endereço de mail
d) nome do proprietário
e) telefone de contacto
Além do benefício, será uma excelente oportunidade para conhecerem goeses oriundos de vários
continentes.
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Calçada do Livramento, 17 (Baluarte do Livramento) 1350-188 Lisboa Tel. 21 393 00 78 – casadegoa@sapo.pt – www.casadegoa.org
11 de Março – Inauguração Exposição Génese da Casa de Goa
11 de Março – Homenagem a Alfredo Bruto da Costa
18 de Março – Ekvat – Encontro de Coros
24 de Março – Conferência “ Terceira Corrente”
24 a 26 de Março – “ New Light from India”
27 de Março – Assembleia Geral
30 de Março – Chá das 5 – Palestra Dr. António Sabido Costa
1 de Abril – Feira de Anjuna –
27 de Abril – Chá das 5
28 e 29 de Abril – Festival Jiya
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Calçada do Livramento, 17 (Baluarte do Livramento) 1350-188 Lisboa Tel. 21 393 00 78 – casadegoa@sapo.pt – www.casadegoa.org
CURSO DE CONCANI
Reabrimos as inscrições para o curso de Concani, com uma duração mais breve (mês e meio) e um custo
menor (60 euros sócios com quotas em dia e 75 euros (não sócios), a iniciar em 5 de abril e termo 13 de
maio).
As inscrições estão abertas até 20 de março, na Secretaria ou para o e-mail casadegoa@sapo.pt
O curso terá duas sessões por semana: quarta-feira, das 18h às 19,30 e sábado das 15 às 16,30. Pretende-se
permitir ao aluno minimamente interagir em situações da vida corrente, como, por exemplo, estar num
restaurante, apanhar um táxi, ir ao mercado…
VISTOS PARA A INDIA, UM SERVIÇO DA CASA DE GOA
A Casa de Goa disponibiliza gratuitamente aos seus sócios, mediante prévio agendamento na secretaria,
auxílio no preenchimento dos requerimentos para obtenção de visto na Embaixada da Índia.
Aos não sócios, este serviço está sujeito a uma taxa de 20 euros.
CONVOCATÓRIA
Nos termos dos Estatutos e do Regulamento Interno, convoco a Assembleia Geral Ordinária da Casa de
Goa para o dia 27 de Março de 2017, às 17H00, a ter lugar na sede da Associação, sita na Calçada do
Livramento, nº 17 em Lisboa, com a seguinte ordem de trabalhos:
Ponto 1 – Proposta de atribuição do título de sócio honorário da Casa de Goa ao Dr. António Costa,
Primeiro Ministro de Portugal
Ponto 2 – Discussão e votação do Relatório de Contas e do Parecer do Conselho Fiscal Relativo ao Ano
de 2016
Na ausência de quórum voltará a reunir-se, passada uma hora, com qualquer número de sócios.
Lisboa, 6 de março de 2017.
O Presidente da Assembleia Geral
(Dr. José Filipe da Purificação Monteiro)
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Calçada do Livramento, 17 (Baluarte do Livramento) 1350-188 Lisboa Tel. 21 393 00 78 – casadegoa@sapo.pt – www.casadegoa.org
A Casa de Goa é uma instituição de
associados e para os associados.
Se está disponível para dinamizar ou
acompanhar atividades
INSCREVA-SE COMO VOLUNTÁRIO
Ficha disponível na Secretaria ou por
correio eletrónico
casadegoa@sapo.pt
HORÁRIO DE AULAS
SEGUNDA-FEIRA TERÇA-FEIRA QUINTA-FEIRA SÁBADO DOMINGO
ASHTANG YOGA ODISSI DANÇA CONTEMPORÂNEA BHARATANATYAM DANÇAS TRADICIONAIS
GOESAS
18:00 - 19:00 18:30 - 19:30 18:00 - 19:30 12:00 - 13:00 17:30
DANÇAS ORIENTAIS 16:00 - 17:00
Aluguer de salas
Auditório para:
Reuniões, seminários, workshops e conferências
Sala de Festas para:
Batizados, Aniversários e Casamentos
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Calçada do Livramento, 17 (Baluarte do Livramento) 1350-188 Lisboa Tel. 21 393 00 78 – casadegoa@sapo.pt – www.casadegoa.org
WORKSHOP INFANTIL
“ DESCOBRIR GOA ”
Culinária Goesa para crianças entre os 8 e 12 anos
PROGRAMA PREVISTO E DEGUSTAÇÃO
Apresentação de especiarias orientais, de Goa e da Índia, e
confeção de Lassi (bebida de Goa) e de Chamuças
CONTATOS, INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES
casadegoa@sapo.pt / Telefone: 21 393 00 78
odetef2003@yahoo.com
Nota: Os workshops têm lugar com um mínimo de 10 alunos
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