Lesão hepática focal i

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Seminário: Massas Hepáticas Focais I

09/06/2011

MR2 ROBERTO CORRÊA

Tipos de lesões

Pseudolesões: achados focais em forma de massa visualizados somente nos exames de imagens;

Pseudotumores: alterações parenquimatosas focais em forma de massa;

Primeira etapa: exclusão dessas entidades!!!

Shunt arteriportal

Nesse shunt, o sangue dirige-se diretamente para a veia porta;

As comunicações AP são abundantes no plexo vascular peribiliar;

Fístula direta entre artéria e veia: tumor ou biópsia;

TC e RM: realce precoce em forma de cunha na fase arterial, ocasional visualização de vênulas

portais no centro; isodensa no equilíbrio;

RM com SPIO: diferenciar shunt AV de pequenos tumores ou outras lesões.

Obstrução da veia porta

Pseudolesão;

Fluxo compensatório da artéria hepática;

Segmento obstruído mostra realce precoce em TC e RM dinâmicas(realce segmentar);

Infarto de Zahn:área obstruída é hipodensa na fase pré-contraste, hipointensa em T1 e hiperintensa

em T2;

No fígado gorduroso: essa área costuma ser poupada;

Pré-contraste

Fase arterial

Fase de equilíbrio

Pseudolesão e pseudotumor pelo terceiro fluxo

Vários tipos de fluxo venoso direto para o parênquima hepático provenientes de fora do tronco portal principal tem sido analisados por

estudos anatômicos e por imagens: são chamados “terceiro fluxo”.

Essas áreas são demonstradas por TC durante portografia arterial(CTAP) como falhas de perfusão

portais num fígado aparentemente normal.

Ex: veia gástrica D/E, Sappey e císticas.

Veia gástrica direita aberrante

Massas Hepáticas não tumorais

Cisto hepático

Doença Hepática Policística

Cisto Hepático Ciliado do Intestino Anterior

Cisto hepático

Cistos solitários ocasionalmente são encontrados;

Histo: camada única de epitélio cuboide e a parede é composta por tecido fibroso fino;

Assintomáticos;

Adultos idosos;

TC: massa hipodensa com margens lisas, HU próxima a zero;

RNM: hipo em T1 e ↑ hiper em T2;

Hemorragia: ↑ TC e variável sinal na RM.

Doença Hepática Policística

Pode ser vista no público pediátrico; quando complicada por fibrose hepática congênita pode-

se associar à HP e varizes de esôfago;

Cistos renais presentes em 70% dos casos;

São observados inúmeros cistos no fígado, sendo frequente calcificações e cistos complicados;

As características de imagem são semelhantes aos cistos simples.

Cisto hepático Ciliado do Intestino Anterior

É um cisto uniloculado bem definido cuja superfície interna é ciliada e coberta por epitélio

cilíndrico ou cúbico produtor de mucina;

Histologicamente semelhantes aos cistos broncogênicos;

Tendem a ocorrer na superfície anterior, abaixo da cápsula;

Achados nas imagens dependem da quantidade de mucina.

T1

T2

Alterações parenquimatosas focais em forma de massa

Foco poupado em esteatose hepática

Esteatose hepática focal

Deposição focal de ferro

Hiperplasia nodular focal

Foco poupado em esteatosehepática

TC: hiperdensidade relativa na fase não contrastada;

RM: hipo em T1 e hiper em T1 fora de fase;

Relacionado com desequilíbrios do fluxo portal localizado e sua configuração, ocasionalmente, é

em forma de cunha.

Esteatose Hepática Focal

O fígado gorduroso focal tem forte relação com os desequilíbrios localizados do fluxo portal;

Pode simular nódulos displásicos ou CHC bem diferenciado com alteração gordurosa em fígados

cirróticos;

Raramente: múltiplos infiltrados gordurosos nodulares: ddx com câncer mtx, microabscessos e

hamartomas biliares;

A RM fora de fase pode identificar a alteração gordurosa e é útil no ddx.

Deposição focal de ferro

Pode ser vista em áreas com distúrbios da perfusão portal e resulta em hipointensidade

segmentar nas imagens ponderadas em T2

Hiperplasia Nodular Focal

Lesão semelhante a tumor caracterizada por cicatriz fibrosa central com nódulos de hepatócitos

hiperplásicos ao redor e pequenos dúctulos biliares em fígados não cirróticos.

Proporção H:M de 8:1

Lesão frequentemente solitária; 20% múltipla

HNF:alteração reativa à circulação sanguínea anormal.

Hiperplasia Nodular Focal

US:

Formação expansiva homogênea

Ecogenicidade próxima ao parênquima normal

CC em até 20% dos casos: hipoecoica

Ao Doppler: padrão em roda de carroça com artéria nutridora entrando na lesão e com

múltiplos pequenos vasos radiados

Hiperplasia Nodular Focal

TC:

Diâmetro de até 5 cm em 85% dos casos;

Superfície lisa em 88% e lobulada em 12%;

Localização subcapsular em > 80%;

Distorção vascular não é frequente(35%);

Crescimento exofítico ou distorção hepática em 40%;

Calcificação bastante rara < 2%.

Hiperplasia Nodular Focal

TC:

Sem contraste: densidade semelhante ao parênquima normal, sendo discretamente

hipodenso;

A região da CC é ligeiramente mais hipodensa;

Calcificação, gordura e sangramento são geralmente inexistentes;

Hiperplasia Nodular Focal

TC:

Com contraste:

Exibe intensa e relativa homogênea impregnação, representando comportamento hipervascular em mais

de 95%;

A CC associado ao padrão de realce permite o dx;

CC: sem realce na fase precoce, realce na fase tardia(isodensa em relação ao fígado);

Não há wash out superior ao fígado: ddx com mtxhiper e CHC.

Hiperplasia Nodular Focal

RNM:

Sensibilidade: 70%

Especificidade: 98%

Lesão exibe sinal homogêneo em 96%(sinal semelhante ao fígado normal);

T1: discretamente hipointensa a isointensa;

T2: iso a discreta hiperintensidade em 94-100%;

CC facilmente detectada em lesões > 3 cm;

Hiperplasia Nodular Focal

RNM:

Após gadolínio: impregnação intensa, homogênea e fugaz, com exceção da CC que exibe impregnação

tardia;

Pseudocápsula presente em 25%;

Vasos anormais: vistos na RM em até 34%(artéria nutridora e veias de drenagem).

Obrigado

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