LESÕES PEDIÁTRICAS NO ESPORTE JOÃO ANTONIO DA SILVA JÚNIOR DRA. ANA LÚCIA

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LESÕES PEDIÁTRICAS NO ESPORTEJOÃO ANTONIO DA SILVA JÚNIOR

DRA. ANA LÚCIA

INTRODUÇÃO

30 milhões de jovens esportistas nos EUA;

Mais que um terço em algum momento

terá lesão;

Muitos não procuram atendimento;

INTRODUÇÃO

Maior susceptibilidade a lesões:

Maior superfície corpórea;

Maiores forças cinéticas através de articulações;

Falta de coordenação motora/aprendizado motor;

Erros biomecânicos;

Propriedade biomecânica da cartilagem e do osso;

Diferente do adulto;

Aumento da “especialização” no esporte cada vez mais

jovem;

INTRODUÇÃO

Três zonas anatômicas mais acometidas;

Placa epifisária ou de crescimento;

Mais comum em garotos, traumática;

Superfície articular;

Tornozelo, joelho e cotovelo;

Inserções apofisárias;

Tração repetitiva;

INTRODUÇÃO

Traumáticas ou overuse;

Mecanismo de lesão?

Edema imediato ou progressivo ?

Quando sente dor ?

Fatores de alívio ou de exacerbação ?

Regime de treino ?

Equipamento de proteção ?

LESÕES DOS MEMBROS INFERIORES

ENTORSE DE TORNOZELO

85% resultam de um mecanismo por inversão;

Lesão da fise fibular distal é comum

Salter-Harris I;

Tratamento diferenciado;

Ligamentares:

Talofibular anterior; calcaneofibular; talofibular

posterior;

ENTORSE DE TORNOZELO

Edema;

Dor à sustentação do peso é comum;

Radiografia

Dor maleolar, quinto metatarso ou tálus;

Critérios de Ottawa não se aplicam;

ENTORSE DE TORNOZELO

Gaveta anterior;

Talar tilt;

Squeeze test;

Fratura de Maisonneuve;

DOENÇA DE SEVER

Apofisite do calcâneo;

Tração / microtraumas;

Tipicamente durante estirão de crescimento;

Dor crônica no calcanhar que exacerba com a

atividade;

Radiografia, não-específica:

Fragmentação, ossificação irregular, esclerose;

SÍNDROME DE DOR ANTERIOR NO JOELHO

Causa mais comum de dor no joelho em

adolescentes;

Combinação de fatores biomecânicos, overuse e

disfunção muscular;

Dor crônica, relatada na face anterior, de

localização difusa;

Longos períodos sentado, descer escadas.

SÍNDROME DE DOR ANTERIOR NO JOELHO

Examinar a estabilidade e o quadril;

Inibição patelar;

Dor à palpação na patela, geralmente súpero-

lateral ou súpero-medial;

DOENÇA DE OSGOOD-SCHLATTER

Apofisite por tração;

Desbalanço de forças na inserção do

tendão patelar na tuberosidade da tíbia;

Microtraumas, edema e dor;

Mais comum em meninos, no estirão;

Dor aumenta durante atividades como

corrida e saltos;

DOENÇA DE OSGOOD-SCHLATTER

Radiografia pode demonstrar

fragmentação da tuberosidade da tíbia;

Auto-limitada, mas pode persistir por

até cerca de 2 anos;

O aspecto mais difícil é lidar com o

treinador e familiares;

DOENÇA DE SINDING-LARSEN-JOHANSSON

Apofisite no pólo inferior da patela;

Dor e edema relacionado à atividade;

Auto-limitado;

Radiografia pode mostrar fragmentação;

Tratamento conservador;

OSTEOCONDRITE DISSECANTE

Lesão que cursa com dissecção do osso

subcondral e da cartilagem articular;

Trauma;

Fatores Genéticos;

Isquemia óssea local;

¾ dos casos são no joelho;

Cotovelo, Tálus;

OSTEOCONDRITE DISSECANTE

Mais comum em meninos;

Queixas vagas, que pioram com a

atividade;

Edema articular;

Sintomas articulares mecânicos;

Sinal de Wilson;

Radiografia; RNM;

OSTEOCONDRITE DISSECANTE

Tratamento difere do adulto;

Maioria é conservador;

Afastamento da atividade esportiva por no

mínimo 6 a 8 semanas;

Tratamento cirúrgico aos refratários e

graus 3 e 4;

EPIFISIÓLISE PROXIMAL DO FÊMUR

Afecção do quadril mais comum em

adolescentes;

Deslocamento póstero-medial da epífise;

Fatores Biomecânicos;

Predisposição genética;

Meninos obesos entre 8 e 15 anos estão mais

suscetíveis;

Em 30 a 50% dos casos é bilateral;

EPIFISIÓLISE PROXIMAL DO FÊMUR

Dor crônica vaga no quadril;

Dor medial no joelho (25%);

Postura de flexão, abdução e rotação externa;

Na suspeita, retirar totalmente a carga até

confirmação/exclusão radiográfica;

AP + perfil + posição de rã;

DOENÇA DE LEGG-CALVÉ-PERTHES

Necrose avascular da epífise da cabeça

femoral;

Auto-limitada;

Tipicamente em meninos de 4 a 10 anos;

Incidência 4 meninos : 1 menina;

80% é unilateral;

Dor intermitente na virilha ou na parte medial

da coxa, que piora com a atividade;

DOENÇA DE LEGG-CALVÉ-PERTHES

Podem apresentar limitação na ADM;

Rotação interna ativa e abdução do quadril;

Apresentação após os 8 anos tem pior

prognóstico;

OA a longo prazo;

Doenças da coluna

ESPONDILÓLISE

Fratura por estresse da pars articularis;

Causa comum de dor lombar em atleta jovem;

Mecanismo verdadeiro de lesão ainda é pouco

conhecido;

Carga excessiva e repetitivas durante flexão e

extensão da coluna;

Hiperlordose;

Hereditariedade;

ESPONDILOLISTESE

Defeito bilateral na pars articularis;

Sintomas similares ao da espondilólise;

Sintomas radiculares mais comuns;

Grau I (0-25%), Grau II (25-50%), Grau III (50-

75%), Grau IV (75-100%), Grau V (> 100%);

ESPONDILOLISTESE

RNM é útil para avaliar sinais de compressão

nervosa nos pacientes com sintomas

neurológicos;

Grau I e II – Tratamento conservador;

Grau III e acima – potencial tratamento

cirúrgico;

ESCOLIOSE

Infantil - <3 anos;

Juvenil – 3 – 10 anos;

Adolescente - >10 anos;

Fisiopatologia não é bem conhecida, genética

poderia ter papel central;

ESCOLIOSE

Screening ?

Teste de Adams;

Radiografia pode determinar o grau de curvatura;

< 20 graus, tratamento conservador, observação

seriada;

20 - 30 graus deve ser considerado o uso de órteses;

> 30 graus devem ser avaliados para indicação de

cirurgia;

Lesões dos Membros Superiores

APOFISITE DO EPICÔNDILO MEDIAL

“Little League Elbow”;

Dor no cotovelo em jovens arremessadores;

Técnica inadequada + Força de Core

insuficiente;

Mais entusiasmo que técnica;

Predisposição a lesões;

APOFISITE DO EPICÔNDILO MEDIAL

Forças em valgo no cotovelo medial +

compressão compensatória no cotovelo lateral;

Mudança na apófise do epicôndilo medial;

Pode surgir osteocondrite dissecante do capítulo

e/ou fratura por avulsão no compartimento

medial;

FRATURA SUPRACONDILIANA DO ÚMERO

Atenção especial pela possibilidade de sequelas,

devido lesão neurovascular;

Mais comum em crianças em torno dos 7 anos

de idade;

98% das vezes resulta de um trauma em

extensão;

Avaliar pulsos distais e função motora;

Buscar por sinais de suspeita de abuso infantil;

IMPACTO ANTERIOR DO OMBRO

Maior laxidão articular do ombro;

Comum em adolescentes que praticam

atividades com movimentos acima da cabeça;

Dor noturna, ombro cansado.

Dor vaga, anterior ou lateral, que exacerba

com atividade;

Tratamento conservador;

REFERÊNCIAS Mark B. Stephens. Chapter 31 – Pediatric and

Adolescent Injuries. In:The Sports Medicine Resource Manual. Seindeberg, Peter H. (Ed.). Elesivir Science, 2007.

Matthew F. Grady, MD, and Arlene Goodman, MD. Common Lower Extremity Injuries in the Skeletally Immature Athlete. Curr Probl Pediatr Adolesc Health Care, August 2010.

Jennifer Lord, and Jennifer J. Winell. Overuse injuries in pediatric athletes. Curr Opin Pediatr 16:47–50. 2004, Lippincott Williams & Wilkins.

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