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MATERIAL DE APOIO AULA 03:
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
AULA 03 ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
2
MEDICAÇÃO VIA OCULAR
1-FINALIDADE:
Auxiliar no tratamento de patologias oculares,
exames oftalmológicos ou lubrificação ocular.
2-INDICAÇÃO/CONTRAINDICAÇÃO:
Indicação: pacientes em tratamento de patologias
oculares, dilatação pupilar, anestesia, melhoria
dos tecidos oculares irritados, lubrificação ocular
em pacientes em coma, sedados e inconscientes.
Contraindicação: pacientes em pós-operatório
imediato de cirurgia ocular.
3-RESPONSABILIDADE:
Enfermeiro e Auxiliar de Enfermagem.
4-RISCOS/PONTOS CRÍTICOS:
•Verificação do medicamento prescrito, olho a
ser tratado e dose;
•Irritação ocular; dor e ardor;
•Infecções por má realização do procedimento.
5-MATERIAL:
Gaze, conta-gotas e medicação prescrita, lenço de
papel, bandeja, luva de procedimento se
necessário.
6-DESCRIÇÃO DA TÉCNICA:
Ação da Enfermagem Justificativa
01-Higienizar as mãos;
02- Conferir a prescrição médica, preparar o
material e levá-lo numa bandeja até o paciente;
03-Explicar o procedimento ao paciente;
04-Utilizar luvas de procedimento, se houver
presença de secreção;
05-Fazer ou auxiliar o paciente na lavagem dos
olhos, com água, se houver presença de
secreção/residuos;
06-Lavar e secar no sentido do canto interno do
olho para o externo;
01- Reduzir transmissão de microrganismo;
02- Evitar erros; facilitar a organização e o
controle eficiente do tempo;
03-Reduzir ansiedade e propiciar cooperação;
04- Proporcionar barreira física entre as mãos e
fluidos corporais;
05- Evitar que os resíduos sejam transportados
para dentro do olho quando o saco conjuntival
estiver exposto;
06- Evitar que lágrimas ou que o liquido da
lavagem escorram para o olho oposto e evitar o
transporte de resíduos para os dutos lacrimais;
07-Colocar o paciente sentado ou elevar a
cabeceira com a cabeça inclinada para trás;
08-Afastar com os dedos a pálpebra inferior com
auxilio de uma gaze e solicitar que o paciente
olhe para cima;
-Aplicação de colírio:
•Remover o conta-gotas e pingar o número de
gotas prescritas, aproximadamente 1 a 2 cm
acima do saco conjuntival com o cuidado de não
tocar na conjuntiva do paciente.
•Orientar o cliente a fechar os olhos, movê-los e
piscar suavemente.
•Secar o excesso de medicação com um lenço de
papel.
-Aplicação de pomadas:
•Aplicar uma fina camada de pomada ao longo
da extremidade interna da pálpebra inferior (na
conjuntiva), com o cuidado de não tocar a ponta
da bisnaga na conjuntiva do paciente.
•Limpar o excesso com uma gaze.
•Solicitar que o paciente permaneça com o olho
fechado por alguns minutos.
•Contribuir para melhor distribuição da
medicação
•Remover o excesso do medicamento e
promover conforto.
•Distribuir o medicamento igualmente no olho e
nas margens das pálpebras e evita a contaminação
do aplicador.
•Remover o excesso do medicamento e
promover conforto.
7-RECOMENDAÇÕES:
Caso tenham sido prescritas gotas e pomada, as
gotas devem ser instiladas primeiramente.
Utilizar um novo lenço de papel absorvente para
cada olho para evitar contaminação cruzada.
Se a ponta do conta-gotas ou pomada for
contaminada, descarte-os e providencie outro
estéril.
MEDICAÇÃO VIA AURICULAR
1-FINALIDADE:
Auxiliar no tratamento de patologias específicas
no interior do pavilhão auricular, exames
otológicos.
2-INDICAÇÃO/CONTRAINDICAÇÃO:
AULA 03 ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
3
Indicação: pacientes em tratamento de patologias
otológicas, diminuir o cerúmen e alívio da dor e
produzir anestesia local.
Contra-indicação: pacientes com otorragia e em
pós-operatório imediato de cirurgia otológica ou
auricular.
3-RESPONSABILIDADE:
Enfermeiro e Auxiliar de Enfermagem.
4-RISCOS/PONTOS CRÍTICOS:
•Derrame de gotas fora do ouvido por um mau
posicionamento;
•Irritação, dor, ardor, prurido.
5- MATERIAL:
Bandeja, medicação prescrita, conta-gotas, gaze e
luvas de procedimento, se necessário.
6-DESCRIÇÃO DA TÉCNICA:
Ação da Enfermagem Justificativa
01- Higienizar as mãos;
02- Conferir a prescrição e reunir o material em
uma bandeja e levar até o paciente;
03-Explicar o procedimento ao paciente; 04-Colocar o paciente sentado ou deitado, com a
cabeça inclinada lateralmente;
05- Calçar luvas de procedimento.
06-Segurar a porção superior do pavilhão
auricular e puxar suavemente o lóbulo para cima
e para trás em pacientes adultos. Em crianças, o
lóbulo é puxado para baixo e para trás;
07- Com o auxílio de uma fonte de luz, examine o
canal auditivo para verificar se há secreção.Caso
haja, limpe o canal com lenço de papel
absorvente ou cotonete;
08- Pingar a quantidade de gotas prescritas sem
tocar o conta gotas no paciente;
09- Pedir ao paciente para permanecer em
decúbito lateral por 2 a 3 minutos;
10- Repetir o procedimento no lado contrário, se
estiver prescrito;
11- Recolher o material do quarto, deixando o
paciente confortável e encaminhar o material de
descarte ao expurgo;
12- Higienizar as mãos;
13- Checar o procedimento;
14- Realizar anotações de enfermagem no
prontuário corporais;
JUSTIFICATIVA:
01- Reduzir transmissão de microrganismos;
02 -Evitar erros; facilitar a organização e o
controle eficiente do tempo;
03-Reduzir ansiedade e propiciar cooperação;
04- Prevenir a saída das gotas do canal auditivo;
05-Proporcionar barreira física entre as mãos e
fluidos secreção;
06-Ajudar a tornar reto, de maneira apropriada, o
canal auditivo para a instilação;
07- As secreções podem reduzir a eficácia da
medicação;
08- Evitar contaminar o frasco;
09- Para possibilitar que a medicação penetre no
canal;
11- Manter o ambiente em ordem;
12- Reduzir transmissão de microrganismos;
13-Informar que a ação foi realizada;
14- Documentar o cuidado e subsidiar o
tratamento;
7-RECOMENDAÇÕES:
Para aplicação de cremes, faz-se um fuso de
gaze colocando creme na extremidade. Deve-se
introduzir no ouvido com o auxilio de uma pinça.
A medicação deve ser administrada em
temperatura ambiente, se estiver guardada em
geladeira, retirar e aguardar o tempo necessário.
Orientar o paciente para permanecer alguns
minutos em posição lateral, para evitar refluxo da
medicação.
•Se o cliente apresentar vertigem, mantenha a
grade lateral do leito levantada e ajude-o durante
o procedimento, se necessário.
MEDICAÇÃO VIA NASAL
1-FINALIDADE:
Administrar medicamento através das narinas para
auxilio no tratamento de doenças inflamatórias e
infecciosas das vias respiratórias superiores ou para
serem absorvidos sistematicamente.
2-INDICAÇÃO/CONTRAINDICAÇÃO:
Indicação: pacientes em tratamento de patologias
inflamatórias/infecciosas das vias aéreas superiores ou
servir de via de absorção para determinados
medicamentos e tratamentos hormonais.
AULA 03 ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
4
Contra-indicação: pacientes com epistaxe e em pós-
operatório imediato de cirurgias de
otorrinolaringologia e rinoplastia.
3-RESPONSABILIDADE:
Enfermeiro e Auxiliar de Enfermagem.
4-RISCOS/PONTOS CRÍTICOS:
Irritação, dor, epistaxe, ardor.
5-MATERIAL:
Bandeja, lenços de papel ou gaze, conta gotas e
medicação prescrita.
6-DESCRIÇÃO DA TÉCNICA:
Ação da Enfermagem Justificativa
1- Higienizar as mãos;
2- Conferir a prescrição e reunir todo o material
necessário numa bandeja e levá-lo até o paciente;
3- Explicar o procedimento ao paciente;
4- Solicitar para que limpe as narinas com lenços de
papel;
5- Colocar o paciente sentado ou elevar a cabeceira;
6- Higienizar as mãos;
7- Para acesso do medicamento:
•à faringe posterior: solicitar ao paciente que incline
a cabeça para trás.
•ao seio etmóide ou esfenóide: colocar um travesseiro
sob os ombros e inclinar a cabeça do paciente para
trás.
•aos seios frontais e maxilares: solicitar ao paciente
que incline a cabeça para trás e para o lado que deve
ser tratado.
8- Pingar as gotas nas narinas, não tocar nas paredes
da narina;
09- Observar a reação do paciente e posicioná-lo
novamente no leito, de acordo com sua necessidade;
10-Recolher o material, colocá-lo na bandeja e
encaminhar ao expurgo;
11-Higienizar as mãos;
12-Checar o procedimento;
13- Realizar anotações de enfermagem no prontuário.
JUSTIFICATIVA:
01- Reduzir transmissão de microrganismo;
02 -Evitar erros; facilitar a organização e o controle
eficiente do tempo;
03-Reduzir ansiedade e propiciar cooperação;
06- Reduzir transmissão de microrganismo;
07- Facilitar o depósito da droga onde seu efeito é
desejado;
08-Evitar contaminar o conta-gotas e que o cliente
espirre;
10-Manter o ambiente em ordem;
11-Reduzir transmissão de microrganismo;
12- Informar que a ação foi realizada;
13-Documentar o cuidado e subsidiar o tratamento;
7-RECOMENDAÇÕES:
Orientar o paciente a não assoar o nariz
imediatamente após a instilação da medicação, apesar
do desconforto que ela pode vir a causar.
MEDICAÇÃO VIA ORAL
1-FINALIDADE:
Administrar medicações com apresentação em
cápsulas, suspensão, gotas, comprimidos e pós, que
são absorvidas pelo
trato gastrintestinal.
2-INDICAÇÃO/CONTRAINDICAÇÃO:
Indicação: todos os pacientes conscientes e com boas
condições de deglutição.
Contra-indicação: pacientes inconscientes, com
distúrbio de deglutição e/ou rebaixamento do nível de
consciência, náuseas e vômitos.
3 - RESPONSABILIDADE:
Enfermeiro e Auxiliar de Enfermagem.
4 – RISCOS/PONTOS CRÍTICOS:
Engasgos, dificuldade em engolir comprimidos,
drágeas e/ou cápsulas; paciente desprezar o
comprimido na ausência da enfermagem; medicações
com apresentação de comprimidos que precisam ser
macerados, risco para sub ou super dosagem, absorção
variável, período de latência médio a longo, ação do
suco gástrico, sabor, pH do trato intestinal.
5- MATERIAL
Bandeja, copinhos descartáveis, fita crepe e etiqueta,
seringa, triturador de comprimidos, espátula,
canudinho, conta-gotas, papel toalha, medicamento
prescrito e copo com água.
6- DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO
Ação da Enfermagem Justificativa
01- Higienizar as mãos;
02- Conferir a prescrição e reunir o material em uma
bandeja;
03- Identificar os copinhos com os rótulos;
04- Colocar os medicamentos no copinho sem tocá-
los.
Usar seringa ou medidor para os líquidos;
05- Diluir o medicamento com água, quando
necessário;
06- Levar a bandeja até o paciente e colocá-la na mesa
de cabeceira;
07- Informar o procedimento ao paciente;
08- Conferir a etiqueta com os dados do paciente;
AULA 03 ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
5
09- Colocar o paciente sentado ou em decúbito
elevado;
10- Entregar o copinho com o medicamento e copo
com água ao paciente;
11- Esperar o paciente deglutir todos os
medicamentos;
12- Recolher o material e coloca-lo na bandeja;
13- Recolocar o paciente em posição confortável e
segura;
14- Desprezer o material descartável no lixo;
15-Higienizar as mãos;
16- Checar o procedimento;
17- Realizar anotações de enfermagem no prontuário.
JUSTIFICATIVA
01- Reduzir transmissão de microrganismos;
02- Evitar erros; facilitar a organização e o controle
eficiente do tempo;
03- Evitar possíveis erros;
04- Apoiar os princípios de assepsia;
07-Reduzir ansiedade e propiciar cooperação;
08- Evitar possíveis erros;
09- Facilitar a deglutição e evitar a aspiração;
10- A água umidifica as mucosas e evita que o
medicamento grude;
11- Garantir a administração adequada;
12- Manter o ambiente em ordem;
13- Demonstrar preocupação com o seu bem estar;
15-Reduzir a transmissão de microrganismos;
16- Informar que a ação foi realizada;
17-Documentar o cuidado e subsidiar o tratamento;
7-RECOMENDAÇÕES:
•Todo medicamento deve ser checado após sua
administração e, se não foi dado, deve-se circular o
horário e anotar
o motivo no espaço reservado para anotação de
enfermagem.
•Deve-se observar e anotar qualquer tipo de reação
por um paciente após receber determinado
medicamento.
•Caso o paciente se mostre confuso ou desorientado,
é necessário verificar o interior de sua boca para se
certificar de que ele engoliu a medicação.
•Se o cliente recusar alguma medicação, registre a
recusa e notifique o enfermeiro
•Caso não haja possibilidade do paciente deglutir
cápsulas, não se deve abri-las e administrar seu
conteúdo diluído.
Nesse caso, recomenda-se verificar com o médico a
possibilidade de alteração da terapêutica
medicamentosa.
MEDICAÇÃO VIA SUBLINGUAL
1–FINALIDADE:
Administrar medicações por via sublingual para serem
absorvidos diretamente pelos pequenos vasos
sanguíneos ali situados, sem passar através da parede
intestinal e pelo fígado. Essas substâncias atuam
rapidamente porque o epitélio fino e a abundante
vasculatura da mucosa bucal possibilitam a absorção
direta pela corrente sanguínea.
2–INDICAÇÃO/CONTRAINDICAÇÃO:
Indicação: todos os pacientes.
Contra-indicação: lesão mucosa oral.
3–RESPONSABILIDADE:
Enfermeiro e Auxiliar de Enfermagem.
4–RISCOS/PONTOS CRÍTICOS:
•Não colaboração do paciente consciente;
•Irritabilidade da mucosa;
•Dificuldade em pediatria.
5-MATERIAL:
Bandeja, copinhos de medicação, fita adesiva ou
etiqueta, medicamento prescrito.
6- DESCRIÇÃO DA TÉCNICA:
Ação de enfermagem justificativa
01-Higienizar as mãos;
02-Conferir a prescrição e reunir o material;
03-Identificar os copinhos com os rótulos;
04-Colocar os medicamentos no copinho sem tocá-
los;
05-Levar a bandeja até o paciente e colocá-la na mesa
de cabeceira;
06- Informar o procedimento ao paciente;
07-Entregar o medicamento ao paciente orientando-o
para colocá-lo sob a língua sem mastigar ou deglutir
até que ele se dissolva totalmente;
08-Recolher o material, desprezando o copinho no
lixo;
09-Higienizar as mãos;
10-Checar o procedimento;
11- Realizar anotações de enfermagem no prontuário.
JUSTIFICATIVA:
01- Reduzir transmissão de microrganismo;
02- Evitar erros; facilitar a organização e o controle
eficiente do tempo;
03- Evitar possíveis erros;
04- Evitar contaminação;
AULA 03 ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
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06- Propiciar a colaboração;
07- Garantir a absorção completa do medicamento;
09- Reduzir transmissão de microrganismo;
10-Informar que a ação foi realizada;
11- Documentar o cuidado e subsidiar o tratamento;
7-RECOMENDAÇÕES:
•Advirta o cliente a não mastigar o comprimido nem
tocá-lo com a língua, para evitar deglutição acidental.
•Em medicações com ação anti hipertensiva, verificar
a pressão arterial a cada 30 minutos por 2 horas em
média.
•Em casos de reações adversas, comunicar
enfermeiro e médico;
•Verificar o nível de consciência do paciente a fim de
avaliar se a terapia medicamentosa por via sub-lingual
deve ser revista junto ao médico.
MEDICAÇÃO VIA NASOGÁSTRICA/ENTERAL
1-FINALIDADE:
Administrar medicações por sonda a pacientes com
impossibilidades, dificuldades ou contra indicações de
deglutição.
2-INDICAÇÃO/CONTRAINDICAÇÃO:
Indicação: pacientes em uso de sonda e com
impossibilidade de deglutir.
Contra-indicação: jejum, sangramento.
3-RESPONSABILIDADE:
Enfermeiro e Auxiliar de Enfermagem.
4–RISCOS/PONTOS CRÍTICOS:
Obstrução da sonda, má absorção por via gástrica, má
localização da sonda, refluxo gástrico e
broncoaspiração.
5-MATERIAL:
Bandeja, triturador de comprimido e medicação
prescrita, seringas, luva de procedimento,
estetoscópio, copo com água filtrada, cuba-rim, gaze,
papel toalha e fita adesiva/etiqueta.
6- DESCRIÇÃO DA TÉCNICA:
Ação de Enfermagem Justificativa
01-Conferir a prescrição médica; 01- Evitar erros;
02- Fazer etiquetas de identificação com informações
do paciente e medicamento;
03- Reunir o material em uma bandeja;
04-Higienizar as mãos;
05- Retirar o medicamento e:
a. Se for solução – aspirar a dose prescrita com uma
seringa de 10 ou 20ml
b. Se for comprimido – retirar da embalagem, triturar
até tornar pó, diluir em 10ml de água potável e aspirar
com seringa de 10 ou 20ml
06-Identificar a seringa com etiqueta;
07-Levar a bandeja até o quarto e colocá-la na mesa
de cabeceira;
08-Explicar o procedimento ao paciente ou
acompanhante;
09-Solicitar ao paciente que fique sentado ou colocá-
lo em posição de “Fowler” ou “semi-Fowler”;
10- Higienizar as mãos e calçar luvas de
procedimento;
11-Testar a permeabilidade e o posicionamento da
sonda;
12-Adaptar seringa na sonda;
13-Injetar lentamente toda a medicação;
14-Após a última administração,lavar a
sonda/gastrostomia sob pressão com água potável;
15-Deixar a sonda fechada e manter o paciente
confortável;
16-Reunir o material utilizado;
17-Retirar as luvas e higienizar as mãos;
18-Checar o procedimento;
19-Realizar anotações de enfermagem no prontuário.
7-RECOMENDAÇÕES:
•Realizar o teste de posicionamento da sonda
(ausculta) certificando-se da localização da mesma,
antes da administração da medicação.
•Anotar o total de líquidos infundidos, incluindo a
diluição, a fim de garantir o controle do balanço
hídrico.
•Medicações oleosas e com revestimento entérico ou
comprimidos ou cápsulas de liberação controlada são
contra indicadas para administração por SNG.
Medicações oleosas aderem à parede da sonda e
resistem a mistura com soluções de irrigação e o
esmagamento de comprimidos com revestimento
entérico ou de liberação controlada, para facilitar o
transporte através da sonda, destrói as suas
propriedades pretendidas.
•Após administração da medicação injetar:
Crianças com SNG nº 8FR – 5 ml de água filtrada
SNG nº 10FR – 7 ml de água filtrada
SNE nº 6FR – 8 ml de água filtrada
SNE nº 8FR – 10 ml de água filtrada
Adulto – SNE ou SNG – 20ml de água filtrada
Observação:
•No caso de SNG aberta, o tempo de fechamento da
sonda é em torno de 60 minutos, variando conforme o
tempo de absorção da medicação.
AULA 03 ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
7
•Evite sempre que possível esquemas de
medicamentos que freqüentemente interrompam a
alimentação
gastroentérica.
•Dissolver e administrar cada medicamento
separadamente, lavando a sonda com água potável
entre as medicações.
MEDICAÇÃO VIA CUTÂNEA
1-FINALIDADE:
Aplicação de medicamentos na pele para efeito local
constante e lento.
2-INDICAÇÃO/CONTRAINDICAÇÃO:
Indicação: quando há necessidade que ocorra efeito
local e constante da medicação.
Contra-indicação: lesão de pele e mucosa.
3-RESPONSABILIDADE:
Enfermeiro e Auxiliar de Enfermagem.
4–RISCOS/PONTOS CRÍTICOS:
•Absorção incompleta do fármaco;
•Não colaboração do paciente;
•Irritação, eritema ou reação alérgica no local da
aplicação.
5-MATERIAL:
Luvas de procedimento, bandeja, gaze, espátula e
medicamento prescrito.
6- DESCRIÇÃO DA TÉCNICA:
Ação de Enfermagem Justificativa
01-Higienizar as mãos;
02- Conferir a prescrição e reunir o material na
bandeja;
03-Levar a bandeja ao quarto do paciente e colocá-la
na mesa de cabeceira;
04-Explicar o procedimento ao paciente;
05-Colocar o paciente na posição mais adequada ao
procedimento;
06-Higienizar as mãos e calçar luvas;
07-Expor a área de aplicação e fazer higiene local, se
for necessário;
08-Colocar o medicamento em uma gaze com o
auxílio de uma espátula;
09-Aplicar o medicamento na área indicada e espalhar
delicadamente, se necessário, enfaixe o local;
10-Recolher o material do quarto e encaminhar ao
expurgo;
11-Desprezar o material, lavar a bandeja com água e
Sabão;
12-Retirar as luvas e higienizar as mãos;
13-Checar o procedimento;
14-Realizar as anotações de enfermagem no
prontuário
10-Manter o ambiente em ordem;
12- Reduzir transmissão de microrganismos;
13- Informar que a ação foi realizada;
14-Documentar o cuidado e subsidiar o tratamento;
JUSTIFICATIVA:
01-Reduzir transmissão de microorganismo;
02- Evitar erros; facilitar a organização e o controle
eficiente do tempo;
04-Reduzir ansiedade e propiciar cooperação;
06- Reduzir a transmissão de microrganismos;
proporcionar barreira física entre as mãos e os fluidos
corporais e evitar absorção pela própria pele;
07- A pele limpa favorece a absorção do
medicamento;
09-Evitar pressão excessiva durante a aplicação, pois
poderá causar abrasão da pele;
7-RECOMENDAÇÕES:
•Nunca aplique medicação sem primeiro remover
aplicações anteriores. O procedimento evita irritação
da pele por acúmulo de medicação
•O próprio paciente pode fazer a aplicação do
medicamento, desde que esteja bem orientado quanto
ao procedimento.
•Os medicamentos de uso tópico, exceto os que
tratam feridas, devem ser aplicados na pele intacta.
•Se o paciente apresentar um ferimento aberto, deve-
se utilizar técnica asséptica.
•Em caso de uso de bisnagas, despreze uma pequena
porção (cerca de 1 cm) e aplique a segunda porção
sobre a
gaze,sem tocá-la.
•Em caso de necessidade de uso de espátulas, não
contamine o medicamento com a espátula que já teve
contato com o paciente.
•Recomendações específicas para uso de patchs:
a) realize tricotomia, se necessário;
b) observe o período de permanência na pele, de
acordo com o medicamento e o fabricante;
c) observe eventuais sinais de reações locais;
d) faça rodízio dos locais de aplicação (conforme o
tipo e o tamanho do patch e suas respectivas
AULA 03 ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
8
recomendações), evitando dobras cutâneas e áreas de
transpiração excessiva.
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA
RETAL
Os medicamentos administrados pela via retal podem
produzir efeitos locais ou sistêmicos. Utiliza-se essa
via nos casos dos pacientes inconscientes, vomitando
ou incapaz de deglutir; para preparo cirúrgico e
diagnóstico, como também para aliviar o intestino do
conteúdo das fezes nos casos de constipação
intestinal.
Os medicamentos administrados por esta via não irrita
o TGI superior, como alguns medicamentos orais. Na
maioria das vezes, não são destruídos pelas enzimas
digestivas e intestinais e eles não sofrem a
biotransformação no fígado, se desviando do sistema
porta, indo direto aos vasos que desembocam na veia
cava inferior. Quando penetra um pouco mais, o
medicamento é absorvido por vasos que drenam para
a veia porta, sofrendo a primeira passagem pelo
fígado.
Desvantagens
• Contra indicado em pacientes que apresentam
distúrbios que afetam o TGI (sangramento retal ou
diarreia, devido absorção irregular ou incompleta);
• A administração retal geralmente estimula o nervo
vago através do esfíncter anal, gerando um risco para
os pacientes cardiopatas;
• Pode irritar a mucosa retal;
• Causar desconforto ou embaraço no paciente;
• A absorção costuma ser irregular e incompleta.
Tipos de medicamentos mais utilizados por via retal:
• Sólidos: supositórios;
• Líquidos: clisteres ou enema;
• Pomadas.
Técnica de administração de supositório por via retal
Caracteriza-se por ser um objeto firme e no formato
de um projétil, feito por uma substância que se
liquefaz em contato com a temperatura corporal,
liberando o medicamento no reto do paciente, sendo
absorvido pela mucosa local.
Os supositórios têm tamanho variável, cerca de 4 cm
para adultos ou menos para crianças.
Contra indicação
Não administre o medicamento em pacientes com
inflamação local, nos casos de arritmias cardíacas ou
que sofreram infarto do miocárdio;
É contra indicado em paciente pós-cirurgia recente no
reto, cólon ou próstata;
Não administre o medicamento em pacientes com dor
abdominal não diagnosticada. Nos quadros de
apendicite, a peristalse causada pela administração
retal pode provocar o rompimento do apêndice. Efeito
local do supositório
Alívio da dor e irritação local;
Tem ação adstringente;
Controla o prurido local;
Reduz a inflamação;
Estimula a defecação;
Lubrifica e limpa;
Alivia cólica e a flatulência;
Alivia náusea e vômitos.
Efeito sistêmico do supositório
Reduz a febre;
Proporciona broncodilatação;
Promove sedação;
Promove tranquilidade e relaxamento.
Executando a técnica
- Providenciar:
O medicamento prescrito;
Várias compressas de gazes;
Luva descartável;
Um campo;
Lubrificante hidrossolúvel;
Uma comadre.
Executando a ação
• Avalie o paciente;
• Oriente a mãe e o paciente sobre a necessidade do
medicamento retal;
• Tenha em mãos a papeleta do paciente e verifique a
prescrição médica; • Proporcione privacidade;
• Coloque o paciente em decúbito lateral esquerdo na
posição de Sims. Cubra-o com lençóis, deixando
expostas apenas as nádegas;
• Coloque um campo sob as nádegas para proteger as
roupas de cama;
AULA 03 ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
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• Lave as mãos e calce as luvas;
• Retire o supositório da embalagem e aplique nele um
lubrificante hidrossolúvel;
• Usando a mão não-dominante, levante a nádega
superior do paciente para expor o ânus;
• Oriente o paciente a respirar várias vezes pela boca
para relaxar o esfíncter anal, reduzir a ansiedade e o
desconforto durante o procedimento;
• Usando a mão dominante, introduza a extremidade
afilada do supositório no reto do paciente;
• Com o dedo indicador, direcione o supositório
através da parede retal (para que a membrana possa
absorver o medicamento), por cerca de 8 cm ou no
comprimento do seu dedo, até que ultrapasse o
esfíncter anal interno;
• No caso de criança, introduza o supositório apenas
até a primeira articulação do seu dedo. Em lactentes,
utilize o dedo mínimo para introduzir o medicamento;
• Promova o conforto do paciente. Mantenha-o
deitado tranquilamente, e oriente a retê-lo por um
período de tempo;
• Em crianças menores, comprima as fáscias internas
das nádegas com os dedos, para reter o supositório no
reto e ocorrer a absorção do medicamento;
• Um supositório administrado para aliviar a
constipação intestinal deve ser retido por pelo menos
20 minutos, para que seja eficaz;
• Após o período de tempo necessário ou limitado
pelo paciente, coloque-o sobre a comadre ou
encaminhe ao banheiro para defecar;
• Registrar no prontuário as alterações e a resposta do
paciente ao procedimento. Checar na prescrição
médica o medicamento e o horário de administração.
Observações de Enfermagem
Mantenha os supositórios retais no refrigerador, a fim
de conservá-los firmes e manter a eficácia do
medicamento.
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTO
VAGINAL
Os medicamentos de uso vaginal são apresentados sob
a forma de cremes, supositórios, gel, pomadas e
soluções, sendo administrados através de um
aplicador que vem acompanhando o produto. Estes
medicamentos são usados para tratar infecções
causadas por trichomonas vaginalis e candidíase,
processo inflamatório, ou para evitar a concepção. Em
contato com a mucosa vaginal, difundem-se
rapidamente, aumentado sua eficácia quando a
paciente puder permanecer deitada a fim de reter o
medicamento.
Executando a Técnica
- Providenciar:
• O medicamento prescrito com aplicador, se
necessário;
• Lubrificante hidrossolúvel;
• Luvas;
• Um absorvente;
• Uma toalha absorvente;
• Um campo e um cobertor;
• Bolas de algodão;
• Compressas de gaze;
• Toalha de papel;
• Água e sabão.
Executando a ação
• Verifique a prescrição médica;
• Oriente a mãe e o paciente sobre o procedimento;
• Proporcione privacidade;
• Peça a paciente para urinar;
• Auxilie a paciente a ficar em posição de litotomia;
• Cubra suas nádegas com o campo e as pernas com a
coberta, expondo apenas o períneo;
• Lave as mãos e calce as luvas;
• Aperte uma pequena parte do lubrificante
hidrossolúvel sobre a compressa de gaze;
• Desembale o supositório e cubra-o com o
lubrificante;
• No caso do medicamento ser um gel ou espuma,
encha o aplicador conforme a prescrição e lubrifique
sua extremidade com o lubrificante hidrossolúvel; • A
seguir, separe os lábios vaginais da paciente;
• Avalie a períneo da paciente, na presença de
escoriação, suspenda a aplicação e comunique o
médico;
• Na presença de secreção, lave o local utilizando
bolas de algodão umedecidas com água morna e
sabão, na técnica correta;
• Com os grandes lábios separados, introduza a
extremidade arredondada do supositório na vagina,
empurrando-o cerca de 8 a 10 cm (ou mais) ao longo
da parede posterior da vagina;
• No caso do uso do aplicador, com a mão dominante
introduza-o cerca de 5 cm na vagina da paciente,
direcionando inicialmente o aplicador para baixo, no
sentido da coluna vertebral da paciente e, em seguida,
para trás no sentido do colo;
• Pressione o êmbolo até liberar por completo o
medicamento no aplicador;
• Retire o aplicador e coloque-o sobre a toalha de
papel para evitar disseminação de microrganismos;
• Oriente a paciente a permanecer deitada por cerca de
5 a 10 minutos com os joelhos flexionados, para
AULA 03 ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
10
ocorrer a absorção do medicamento e permitir que
flua até o fórnix posterior;
• No caso de supositório, a paciente deve permanecer
deitada por cerca de 30 minutos, a fim de possibilitar
que o supositório derreta;
• Oriente a paciente a usar um absorvente a fim de
impedir que sua roupa íntima ou roupa de cama
fiquem manchadas;
• Lave o aplicador com água e sabão e guarde-o em
local apropriado ou descarte-o conforme padronização
da instituição;
• Cheque o medicamento na papeleta do paciente.
Registre a data, hora e o método de administração do
medicamento; a coloração e a consistência da
secreção vaginal se houver os efeitos adversos ao
medicamento, e a tolerância do paciente ao
procedimento.
Observações de Enfermagem
• Oriente a paciente a não usar tampão vaginal após a
aplicação do medicamento, para impedir a sua
absorção e diminuir a eficácia do medicamento;
• Procure administrar o medicamento na hora de
dormir, quando a paciente estiver deitada;
• Mantenha o gel, o supositório e a espuma de uso
vaginal sob refrigeração, para evitar que derretam.
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR
VIA SUBCUTÂNEA
A administração subcutânea (SC), é injetada pequena
quantidade de medicamento líquido (0,5 a 2,0 ml) no
tecido subcutâneo abaixo da pele do paciente.
Indicada para administrar anticoagulantes (heparina,
clexane), hipoglicemiantes (insulina) e vacinas
(antirrábica e anti-sarampo). O medicamento é
absorvido lentamente para dentro dos capilares
próximos, conferindo efeito prolongado do
medicamento.
Vantagens
• Provoca pouco trauma tecidual;
• Baixo risco de atingir vasos sanguíneos e nervos.
Contra indicação
• Nas áreas que estejam inflamadas, edemaciadas,
endurecidas, cicatrizadas ou cobertas por uma
mancha, marca de nascença ou outra lesão;
• Não administrar quando a pele ou tecido subjacente
estiver muito adiposo;
• Pacientes com coagulação comprometida como
doença vascular oclusiva e má perfusão – retarda a
absorção.
Locais recomendados para aplicação
• Face externa do antebraço;
• Face externa ou anterior da coxa;
• Parede abdominal;
• Introduzir apenas 2/3 da agulha em pacientes
magros.
Agulhas utilizadas
• Aspiração 25 x 7 ou 25 x 8;
• Aplicação 13 x 3,8, 13 x 4,5 ou 10 x 5.
Angulações da agulha
• Indivíduos magros: ângulo de 30°;
• Indivíduos normais: ângulo de 45°;
• Indivíduos obesos: ângulo de 90º.
Executando a técnica
- Providenciar:
• O medicamento preparado com uma seringa
apropriada;
• Uma agulha de tamanho apropriado;
• Luvas;
• Duas compressas de gaze com álcool.
Executando a ação
• Verifique a prescrição médica;
• Explique o procedimento ao paciente;
• Escolha um local de injeção apropriado. Se for
administrar insulina, use os braços, o abdome, as
coxas ou as nádegas do paciente. Se for administrar
heparina, utilize a parte inferior do abdome;
• Antes de ministrar a injeção, você pode aplicar uma
compressa fria no local de injeção para minimizar a
dor;
• Lave as mãos e calce as luvas;
• Posicione e cubra o paciente, se necessário;
• Quando estiver administrando insulina, inverta
suavemente e role o frasco para homogeneizar o
medicamento. Não agite o frasco porque bolhas de ar
AULA 03 ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
11
poderiam entrar na seringa e reduzir a dose
administrada;
• Limpe o local de injeção com uma compressa com
álcool, começando no centro do local e movendo para
fora, em um movimento circular. Deixe a pele secar
ao ar ambiente para evitar a sensação de ferroada;
• Se desejar, abra a segunda compressa com álcool e
coloque-a entre os dedos indicador e médio de sua
mão não-dominante;
• Retire a capa de proteção da agulha;
• Com sua mão não-dominante, segure a pele ao redor
do local de injeção e eleve firmemente o tecido
subcutâneo para formar uma dobra adiposa de 2,5 cm
(1,25 cm para a heparina). Quando o paciente é de
grande porte, você pode afastar a pele, retesando-a,
em vez de formar uma dobra;
• Com sua mão dominante, introduza a agulha de
maneira rápida e suave em um ângulo de 45 a 90
graus com a superfície cutânea, conforme mostra a
figura, dependendo do comprimento da agulha e da
quantidade de tecido subcutâneo presente. Alguns
medicamentos, como a heparina, sempre devem ser
injetados em um ângulo de 90 graus;
• Libere a pele do paciente, porque a injeção de um
medicamento dentro do tecido comprimido pode
irritar as fibras nervosas. Em seguida, injete o
medicamento;
• Quando estiver injetando insulina, faça isso durante
2 a 4 segundos. A injeção mais lenta pode obstruir a
agulha e alterar a dose;
• Verifique se no local de injeção há sangramento ou
equimose. Quando o sangramento prossegue, aplique
pressão. Quando se desenvolve uma equimose,
aplique gelo. Observe as reações adversas no local de
injeção durante 30 minutos;
• Descarte os materiais descartáveis em local
apropriado. Não encape a agulha;
• Anote a data e o horário da injeção, o medicamento e
a dose administrada, o local de injeção utilizado e a
reação do paciente ao medicamento. Quando o
paciente for auto administrar as injeções em casa,
anote as instruções oferecidas, os materiais
fornecidos, a resposta do paciente ao ensino com
demonstrações de retorno fornecidas.
Observações de Enfermagem
• Quando o paciente tem peso médio, você pode
alcançar o tecido SC usando uma agulha de 1,25 cm e
inserindo-a em um ângulo de 90 graus; quando o
paciente é magro ou é uma criança, use uma agulha de
1,5 cm e introduza-a em um ângulo de 45 graus;
• Quando estiver administrando insulina, verifique
duas vezes se você tem o tipo certo, a dose unitária e a
seringa. Antes de misturar insulinas em uma seringa,
certifique-se de que elas são compatíveis e que esteja
seguindo prescrição médica. Oriente-se com o
farmacêutico do hospital ou unidade de atendimento,
qual insulina aspirar em primeiro lugar. Não misture
insulinas de diferentes purezas ou origens;
• Quando estiver administrando injeções SC repetidas,
faça rodízio dos locais de injeção;
• Não administre injeções de heparina dentro de um
raio de 5 cm de uma cicatriz, de uma equimose ou do
umbigo;
• Não aspire o sangue quando se administra insulina
ou heparina. Isso é desnecessário com a insulina e
pode causar um hematoma com a heparina;
• Não massageie o local após a administração de
insulina ou heparina.
Orientações ao paciente
• Se o paciente faz auto aplicação de injeções SC em
casa, ensine-o sobre o modo correto para realizar o
procedimento. Quando possível, envie-o para casa
com as instruções por escrito para ajudar no ensino;
• Oriente-o que as diferentes marcas de seringas têm
quantidades diferentes do espaço entre a linha inferior
e a agulha. Sugira a ele que comunique ao médico ou
farmacêutico quando mudar a marca da seringa que
ele utiliza.
MEDICAÇÃO VIA INTRAMUSCULAR
injeção intramuscular pode ser aplicada no glúteo, no
braço ou na coxa, e serve para administrar vacinas ou
remédios como o Voltaren ou o Benzetacil, por
exemplo.
Para aplicar uma injeção intramuscular deve-se seguir
os seguintes passos:
Posicionar a pessoa de acordo com o local de
aplicação da injeção, por exemplo, se for no braço,
deve estar sentada, enquanto se for no glúteo, deve
estar deitada de barriga para baixo ou de lado;
Aspirar o remédio para a seringa esterilizada, com a
ajuda de uma agulha também esterilizada;
Passar uma gaze com álcool na pele do local de
aplicação da injeção;
Fazer uma prega na pele com o polegar e o indicador,
no caso do braço ou da coxa. Não é necessário fazer a
prega no caso do glúteo;
Inserir a agulha num ângulo de 90º, mantendo a prega.
No caso da aplicação da injeção no glúteo, deve-se
inserir primeiro a agulha e só depois juntar a seringa;
AULA 03 ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
12
Empurrar o êmbolo da seringa lentamente enquanto se
mantém a prega na pele;
Remover a injeção, desfazer a prega na pele e
pressionar com uma gaze limpa durante 30 segundos;
Colocar um band-aid no local da aplicação da injeção.
Se ao aplicar a injeção surgir sangue na seringa deve-
se retirá-la e voltar a inseri-la um pouco mais ao lado,
pois a presença de sangue indica que um vaso
sanguíneo foi atingido e que a injeção não será feita
no músculo.
As injeções intramusculares, especialmente em bebês
ou crianças pequenas, só devem ser aplicadas por um
enfermeiro ou farmacêutico treinados para evitar
complicações graves, como infeção, abcesso ou
paralisia.
Como escolher o melhor local
A injeção intramuscular pode ser aplicada no glúteo,
no braço ou na coxa, dependendo do tipo de
medicamento e da quantidade a administrar:
1. Injeção no glúteo
Para saber qual o local exato da aplicação da injeção
intramuscular no glúteo deve-se dividir o glúteo em 4
partes iguais e colocar 3 dedos, na diagonal, no
quadrante superior direito, junto à interseção das
linhas imaginárias, como mostra a primeira imagem.
Desta forma é possível evitar ferir o nervo ciático que
pode causar paralisia.
Quando administrar no glúteo: é o local mais utilizado
na injeção de medicamentos muito espessos ou com
mais de 3 mL, como Voltaren, Coltrax ou Benzetacil.
2. Injeção no braço
O local da injeção intramuscular no braço é o
triângulo assinalado na imagem:
Quando administrar no braço: geralmente é usada para
administrar vacinas ou medicamentos com menos de
3mL.
3. Injeção na coxa
4.
Para a injeção na coxa, o local de aplicação situa-se na
parte lateral externa, um palmo acima do joelho e um
palmo abaixo do osso da coxa, como mostra a
imagem:
Quando administrar na coxa: este local de injeção é
o mais seguro, pois o risco de atingir um nervo ou
vaso sanguíneo é menor, e por isso deve ser o
preferido para alguém que tem pouca prática em
aplicar injeções.
O que acontece se a injeção for mal aplicada?
A injeção intramuscular mal aplicada pode causar:
Dor intensa e endurecimento do local da injeção;
Vermelhidão da pele;
Diminuição da sensibilidade no local da aplicação;
Inchaço na pele no local da injeção;
Paralisia ou necrose, que é a morte do músculo.
Desta forma, é muito importante que a injeção seja
aplicada, de preferência, por um enfermeiro ou
farmacêutico treinado, de forma a evitar estas
complicações que, em casos graves, podem colocar
em perigo a vida da pessoa.
MEDICAMENTOS VIA ENDOVENOSA
AULA 03 ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
13
A administração de medicamento por via endovenosa
(EV) permite a aplicação de medicações diretamente
na corrente sanguínea através de uma veia, obtendo
assim resposta do paciente¤cliente imediata do
medicamento. A administração pode variar desde uma
única dose até uma infusão continua.
Locais mais indicados para punção endovenosa
Região cefálica – utilizada com frequência na
Pediatria, quando não há possibilidade de realizar a
punção em região periférica. (veia temporal
superficial, veia jugular externa e interna).
Região dos membros superiores – área em que
encontramos vários locais disponíveis para realizar a
punção, como: veia cefálica, veia basílica, veia
mediana do cotovelo, veias da fossa antecubital. A
fossa cubital é veias periféricas de maior calibre e
melhor visualização, bem utilizada em coleta de
exames ou punções de emergências.
Região do dorso da mão – área em que encontramos
veias superficiais de fácil acesso, porém atenção à
punção de longa duração nesse local, pois pode limitar
os movimentos: veia basílica, veia cefálica, veias
metacarpianas dorsais.
Vantagens
- Absorção rápida;
- Rapidez e eficiência na absorção;
- Administração de grandes volumes;
- Administração de drogas que são contra-indicada
nas demais vias;
- Ministrar fluídos no pré, trans e pós-operatório;
- Transfusões sanguíneas;
- Uso em emergências, quando o medicamento deve
ser aplicado com rapidez, para efeito imediato;
- Reposição hidroeletrolítica;
- Amostra de sangue para exame laboratorial;
- Esta via permite soluções hipertônicas, hipotônicas e
isotônicas;
- Ela não tolera drogas em suspensão, oleosas ou ar;
- Injeção direta através de um acesso venoso;
- Infusão intermitente por meio de um acesso
secundário;
- Indicada quando um medicamento deve ser aplicado
como injeção em bollus, para que tenha efeito
terapêutico;
- Possibilita a manutenção do acesso venoso, em caso
de reações adversas;
- Usada com frequência para terapêutica
medicamentosa aplicadas em curtos períodos, a
intervalos variáveis;
Desvantagens
- Se alguma droga for injetada por engano exerce
efeito de imediato. Da mesma forma se o paciente for
alérgico à substância, a repercussão será imediata e
muitas vezes fulminante.
- Risco potencial de infecção, pois cada aplicação
rompe as defesas da pele íntegra.
- Medicamentos administrados com muita rapidez,
quando a velocidade do fluxo não for monitorada com
o cuidado suficiente ou quando medicamentos
incompatíveis forem misturados...
Observações
- A utilização de luvas é obrigatória ao realizar
punção venosa devido ao risco de extravasamento de
sangue.
- A medicação deve ser cristalina, não oleosa e não
conter flocos em suspensão.
- Retirar o ar da seringa.
- Aplicar lentamente observando as reações do
paciente.
- Verificar se a agulha permanece no interior da veia
durante todo o procedimento, puxando o êmbolo
(retorna sangue);
- Retirar a agulha na presença de hematoma e dor. A
nova punção deverá ser em outro local, de preferência
em outro membro.
- Se o paciente possui veias calibrosas distendidas e
facilmente visíveis, executar a punção sem colocar o
garrote, para minimizar os riscos de formação de
hematomas.
- Em caso de hemofobia, pedir ao paciente que desvie
o olhar da seringa.
Procedimento da punção periférica
- Higienizar as mãos antes e após o procedimento;
- Reunir o material para punção;
- Explicar ao paciente¤cliente o que será realizado;
- Deixar o paciente¤cliente em posição confortável
com a área de punção apoiada;
- Escolher o local da punção;
- Calçar luva de procedimento;
- Garrotear o local para melhor visualização da veia;
- Realizar antissepsia do local;
- Realizar a punção com o cateter escolhido, sempre
com o bisel voltado para cima, introduzir a agulha no
ângulo de 45º;
- Após a punção, realizar fixação adequada com
adesivo disponível;
- Identificar o adesivo com data, nome do profissional
que realizou a punção e hora, para controle de uma
nova punção ou troca da fixação do cateter;
- Reunir o material e organizar o ambiente;
- Realizar higiene das mãos e anotação de
enfermagem do procedimento, descrevendo local e
intercorrências.
AULA 03 ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
14
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE
MEDICAMENTOS: INTRADÉRMICA
Seringa indicada: 01 ml, de preferência para aquelas
com divisão detalhada como as seringas de insulina.
Agulha pequena e fina: 13 X 4,5 ou 13 X 3,8 com
bisel curto.
Locais de Aplicação:
• Características do local de aplicação: pouca
pigmentação e pelos, pouca vascularização superficial
e de fácil acesso.
• Região que concentra as características é a face
ventral do antebraço;
• Região escapular das costas pode ser utilizada se
preenchidos os requisitos acima citados.
• Região do deltoide direito foi padronizada como área
de aplicação do BCG — ID.
Técnica:
01. Lavar as mãos.
02. Preparar o medicamento seguindo a técnica.
03. Firmar a pele com os dedos indicador e polegar da
mão esquerda.
04. Introduzir a agulha com o bisel voltado para cima,
em ângulo de 15º com relação à pele do paciente.
05. Introduzir somente o bisel, aproximadamente
2mm de extensão.
06. Injetar a solução vagarosamente até que tenha
completado a dose — formará uma pápula.
07. Retirar a agulha, sem friccionar o local.
08. Colocar algodão seco somente se houver
sangramento ou extravasamento da droga.
09. Deixar o paciente confortável e o ambiente em
ordem.
10. Providenciar a limpeza e a ordem do material.
11. Lavar as mãos.
12. Anotar o cuidado.
Observação:
A via intradérmica é a única, dentre as quatro aqui
trabalhadas, em que não se indica realizar antissepsia
com álcool a 70%. Pode-se fazer uma higienização
com água e sabonete neutro, da região, se necessário.
Este procedimento é abolido para evitar possíveis
reações alérgicas entre os antissépticos utilizados e o
produto injetado, assim como o mascaramento da
reação esperada nos testes de sensibilidade.
- Não se faz também a aspiração, pois, na derme, não
há riscos de se atingir algum vaso.
- Observar o paciente por alguns minutos após a
aplicação quando o teste for de sensibilidade.
MEDICAÇÃO INALATÓRIA
Este método utiliza o trato respiratório para
transportar o medicamento através da inalação ou da
administração direta para dentro da árvore respiratória
através do tubo endotraqueal. O medicamento, depois
de inalado ou infundido, se move para dentro dos
AULA 03 ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
15
brônquios e, em seguida, atinge os alvéolos do
paciente, sendo difundidos para os capilares
pulmonares. Os medicamentos fornecidos através da
via respiratória podem produzir efeitos locais ou
sistêmicos.
Os aparelhos comumente utilizados para fornecer
medicamentos para o trato respiratório incluem os
inaladores manuais (com ou sem dispositivos
especiais, como as câmaras de manutenção), os
nebulizadores e os aparelhos que suportam a
respiração com pressão positiva intermitente (RPPI).
Administração através de inalador com dose graduada
O medicamento é fornecido através de um inalador
utilizado para disparar a liberação de doses graduadas
do medicamento em aerossol a partir de um
recipiente, que vai estar inserido dentro do inalador.
Em seguida, o paciente pode inalar a névoa fina,
atingindo profundamente os seus pulmões. Os
medicamentos comumente utilizados neste método de
tratamento são os bronco dilatadores ou corticoides.
Executando a técnica:
- Providenciar:
• Um inalador com dose graduada;
• O medicamento prescrito e soro fisiológico normal.
Executando a ação
• Verifique a prescrição médica;
• Agite o recipiente do inalador;
• Retire a tampa do recipiente, vire-o de cabeça para
baixo e introduza o bico no pequeno orifício
localizado na parte achatada do bocal;
• Peça ao paciente para expirar, e então introduza
cerca de 2,5 cm da parte anterior do inalador na boca
do paciente;
• Peça ao paciente para inalar lentamente pela boca até
que sinta o pulmão cheio;
• Quando ele começar a inalar, comprima (apenas uma
vez) o recipiente do medicamento para dentro da
estrutura plástica do inalador para liberar uma dose
graduada do medicamento;
• Peça ao paciente para prender a respiração por
alguns segundos, a seguir, oriente-o a expirar
lentamente, pelos lábios franzidos, como se estivesse
assobiando. A realização dessa conduta produz
pressão retrógrada, ajudando a manter os bronquíolos
abertos, aumentando a absorção e a difusão do
medicamento;
• Oriente o paciente para lavar a boca e fazer
gargarejo com soro fisiológico ou água, a fim de
remover o medicamento da boca e parte posterior da
faringe. Essa etapa ajuda a evitar infecções fúngicas
orais. Após gargarejar, não deve engolir, mas cuspir o
líquido; • Anote a data e a hora, o medicamento
administrado e a resposta do paciente ao tratamento.
Registre os sinais vitais; os ruídos respiratórios antes e
após o tratamento; a quantidade, a coloração e a
consistência do escarro produzido; quaisquer
complicações e as ações de enfermagem
empreendidas.
Observações de Enfermagem
• Quando o paciente não consegue coordenar os
movimentos para inalar o medicamento logo que você
o libera, pode ser preciso colocar um espaçador ou
uma câmara de manutenção no inalador;
• Alguns bronco dilatadores inalados podem provocar
agitação, palpitações, nervosismo e reações de
hipersensibilidade, como exantema, urticária ou
broncoespasmo;
• Administre os bronco dilatadores com cautela a
pacientes com cardiopatia, porque esses
medicamentos podem provocar insuficiência
coronariana, arritmias cardíacas ou hipertensão. Se
ocorrer o broncoespasmo paradoxal, interrompa o
medicamento e chame um médico. Quando o paciente
recebe um corticosteroide inalatório, observe para
evidências de rouquidão ou infecção fúngica na boca
ou na faringe;
• Ensine ao paciente como utilizar o inalador, de modo
que ele possa continuar a terapia medicamentosa em
casa, se necessário. Advirta-o contra o uso do inalador
com frequência superior àquela prescrita pelo médico;
essa atitude pode fazer com que o medicamento perca
a sua eficácia;
• Oriente o paciente a registrar a data, hora de cada
dose e a sua resposta a ela. Esse registro o ajudará
saber a quantidade de doses existentes no frasco do
medicamento. Se ele não puder manter esse registro
com exatidão, ensine-o sobre como estimar a
quantidade do medicamento que ainda resta no
recipiente. Alguns recipientes já vêm com um
contador de doses acoplado;
• Recomende ao paciente lavar a boca após o uso do
inalador, a fim de prevenir infecção fúngica oral;
• Caso a falta de ar se agrave, o medicamento se torne
menos eficiente ou se desenvolve palpitações,
AULA 03 ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
16
nervosismo ou reações de hipersensibilidade, como
um exantema, deverá ser orientado a procurar o
médico;
• No caso de tratamento com broncodilatador e
corticosteroide, oriente o paciente a inalar o
broncodilatador 5 minutos antes do corticosteroide, a
fim de manter seus brônquios mais permeáveis antes
de tomar o corticosteroide;
• Oriente o paciente que aguarde pelo menos 1 minuto
entre as doses de um único medicamento inalado;
• Oriente o paciente sobre a importância de trazer
consigo um cartão de identificação médica,
informando a necessidade do uso de corticosteroides
suplementares durante o estresse ou uma crise
asmática grave.
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