O tesouro dos trolls - SantillanaO tesouro dos trolls 001181 065-080.indd 65 27/04/17 14:59 001158...

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Um conto europeu adaptado por Sílvia Moral

Ilustrado por Marta Álvarez

O tesouro dos trolls

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Numa pequena quinta do norte da Europa, vivia uma família de duendes.

O mais jovem chamava-se Vinka e tinha mais de 100 anos.

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Vinka e Elinor, que era a filha dos donos da quinta, eram muitos amigos.

Como a jovem ia casar, Vinka queria oferecer-lhe um lindo presente.

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Quando Vinka contou ao pai que estava a planear ir às montanhas para roubar

um colar do tesouro dos trolls e oferecê-lo a Elinor, este zangou-se muito:

— Não podes fazer isso, Vinka — disse-lhe. — Os trolls guardam o seu tesouro

de dia e de noite e, se te apanham, comem-te.

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Sem hesitar, na noite antes do casamento, quando todos dormiam, Vinka

abandonou a quinta sem fazer qualquer ruído e dirigiu-se para as montanhas.

Subiu e trepou pelas rochas até encontrar a entrada de uma gruta.

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No interior da gruta estavam dois grandes trolls. Eram muito feios, tinham

uma grande boca cheia de dentes afiados e patas peludas que terminavam

numas garras afiadas. Estavam a contar os tesouros que guardavam num baú.

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Ágil e silencioso como uma raposa, o duende trepou pelo baú e, ao chegar

à borda, viu um lindo colar de pérolas. Vinka saltou para o interior do baú

para o tirar, mas foi então que um dos trolls o viu e o apanhou.

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— Hmmmm — salivava o troll. — Nunca provei um duende. De certeza

que é delicioso. Vamos juntá-lo ao recheio do peru…

— Mas vocês não podem comer-me assim — disse Vinka. — Estou sujo

de terra e de folhas secas. Primeiro têm de limpar toda esta porcaria…

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Então, os trolls levaram o duende até um riacho que corria no interior da gruta.

Quando iam metê-lo dentro de água, Vinka conseguiu soltar-se e, de um só salto,

escondeu-se dentro de um cântaro que estava na margem do riacho.

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Vinka, segurando muito bem o colar, tentou fazer com que o cântaro

rebolasse até cair dentro do riacho.

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A corrente arrastou o cântaro como se este fosse um barco e, ao nascer

do sol, o duende alcançou, por fim, o vale.

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Vinka iniciou o caminho de regresso cantando canções que só os duendes

conhecem, pois sentia-se muito orgulhoso do que tinha feito.

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Quando chegou à quinta, entrou sorrateiramente no quarto de Elinor

e escondeu o colar debaixo da sua almofada, para que a jovem o encontrasse

ao acordar.

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Elinor usou o lindo colar no seu casamento. Todos os convidados comentavam

como era belo! A jovem estava radiante!

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Ao cair da noite, depois do banquete, a menina, agradecida, deixou uma

grande fatia de bolo para Vinka. Sabia que só ele poderia ter-lhe oferecido

um presente tão especial…

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