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CATÁLOGO TIPOGRÁFICO
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REFERENCIADO DE AMBROSE; HARRIS (2011) e WILLIAMS (2009)
DIAGRAMADO POR YURI GOMES
EDITORAÇÃO ELETRÔNICA PROFº. ELTON
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“Electra Heart” é uma person-agem criada por Marina & The Dia-monds para encarnar sua visão do “sonho americano”, uma antítese de tudo que acredita. O peculiar da obra está na divisão de Electra Heart em arquétipos, cada um representando um momento da vida e um conjunto de ideais adotados pela personagem: Housewife, a dona-de-casa subur-bana que vive desilusões amorosas; Homewrecker, a destruidora de lares que não se prende ao amor por ter sofrido muito por ele; Teen Idle, a jovem depressiva insatisfeita com sua aparência e sem perspecti-vas positivas para o futuro; e Beauty Queen, a moça mimada, narcisista, difícil de ser conquistada, que deseja ser adorada e que torna alheios os seus problemas. Conforme ouvimos atentamente às faixas, notamos o re-lato dos empecilhos à busca pela feli-cidade, vindos de terceiros, e quais medidas tomadas pela personagem para alcançá-la. Estas que derivam diretamente da liberação sexual, mas que não surtem o efeito esperado, afinal, se trata de uma tragédia
A classificação tipográfica visa categorizar tipos através de seus as-pectos anatômicos, como afirmam Ambrose e Harris (2011). Vários autores expõem suas propostas de classificação, as quais se diferem entre si, na maioria das vezes, sutil-mente. Com o objetivo de referen-ciar o projeto de catálogo tipográ-fico proposto, pesquisas foram feitas e duas autorias foram selecionadas como base: Gavin Ambrose e Paul Harris (2011), e tam-bém Robin Williams (2009). A primeira referência classifica os tipos em quatro categorias básicas – góticos, romanos, grotescos e escriturais –, e suas subcategorias. Além disso, existe a categoria “grá-ficos”, que engloba os tipos que não se encaixam nestas anteriores. Já Williams (2009), categoriza em es-tilo antigo, moderno, serifa grossa, sem serifa, manuscrito e decorativo.
‘ARQUÉTIPOS’‘INTRODUÇÃO’
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‘SUMÁRIO’10. HOUSEWIFE: ROMANAS
16. BEAUTY QUEEN: GROSTESCAS
20. HOMEWRECKER: MANUSCRITAS
22. IDLE TEEN: GRÁFICAS/DECORATIVAS
24. ELECTRA HEART: GÓTICAS/QUEBRADAS
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‘WELCOME TOTHE LIFE OFELECTRAHEART’
‘HOUSEWIFE’A DONA DE CASA SERIFADA
Os tipos romanos são considerados os mais legíveis, pois as seri-fas formam uma linha visual que auxilia na leitura. Essa categoria é a mais antiga dos tipos, e sua origem deriva de textos gravados em rochas pelos romanos.
SUBDIVIDEM-SE EM:Estilo AntigoTransicionaisModernasEgípcias
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‘ESTILO ANTIGO’A subcategoria “estilo antigo”, dos tipos romanos, segun-do Ambrose e Harris (2011), são as serifadas irregulares, com serifas ascendentes inclinadas, com baixo contraste en-tre traços grossos e finos. Ademais, suas serifas são apoiadas.Já Williams (2009), descreve esse estilo como tipografias baseadas na escrita manual dos escribas, os quais utilizavam penas. As serifas das letras em caixa-baixa são sempre em ângulo (seguindo o traço da caneta) e existe transição grosso-fino, mas de forma moderada. Além disso, essa tipografia possui sentido diagonal em suas letras.
‘TRANSICIONAIS’Segundo Ambrose e Harris (2011), as tipografias tran-sicionais possuem contraste moderado entre traços grossos e finos. Um diferencial desses tipos é a pon-ta triangular onde os traços diagonais se encontram.
‘MODERNAS’As tipografias modernas, também chamadas de classicistas e impe-riais, segundo Ambrose e Harris (2011), foram desenvolvidas no fim do séxulo XVIII e são conhecidas pela brusca transição entre traços finos e grossos, assim como pelas serifas planas, não apoiadas e de espessura reduzida. Williams (2009) também utiliza essa clas-sificação, descrevendo-a como: tipografias com serifas orientadas horizontalmente e não inclinados, além de muito finas. As letras são fortes, com transição grosso-fino bem explícita, e a orientação é perfeitamente vertical. Esses tipos possuem estética fria e elegante.
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‘EGÍPCIAS’As egípcias, segundo Ambrose e Harris (2011), também conhe-cidas por possuírem serifas quadradas e espessas, subdividem-se em Clarendon, que possui maior contraste entre traços grosso-finos, e Máquina de Escrever, que possui as serifas com largura igual à das hastes de cada letra e remates alargados.Já Williams (2009), observa que as tipografias egípcias (ou de seri-fa grossa) possuem quase ou nenhuma transição grosso-fino, têm mancha gráfica escura e são bastante utilizadas em livros infantis, por ser clara e direta. São chamados de Egípcias por tornarem-se conhecidos durante a fase egiptomaníaca da civilização ocidental.
‘ROMANAS’
GaramondABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZabcdefghijklmnopqrstuvwxyz0123456789
CochinABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZabcdefghijklmnopqrstuvwxyz0123456789
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‘ESTILO ANTIGO’
GaramondABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZabcdefghijklmnopqrstuvwxyz0123456789
‘TRANSICIONAIS’
BaskervilleABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZabcdefghijklmnopqrstuvwxyz0123456789
‘MODERNAS’
BodoniABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZabcdefghijklmnopqrstuvwxyz0123456789
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‘EGÍPCIAS’
MemphisABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZabcdefghijklmnopqrstuvwxyz0123456789
‘CLARENDON’
ClarendonABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZabcdefghijklmnopqrstuvwxyz0123456789
‘MÁQUINA DE ESCREVER’
Century SchoolbookABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZabcdefghijklmnopqrstuvwxyz0123456789
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Oh dear diary, I met a boy
He made my dull heart light up with joy
Oh dear diary, we fell apart
Welcome to the life of Electra Heart
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‘BEAUTY QUEEN’A RAINHA DA BELEZA SEM SERIFA
Os tipos grotescos, que também podem ser denominados como os “sem serifa”, não são antigos. Limpos, esses tipos podem preju-dicar na leitura do texto por não possuírem serifas. Por essa razão, são mais emprega-dos em textos curtos, como títulos, por exemplo. Para Williams (2009), as sans serif são quase sempre de peso igual, ou seja, não possuem transição grosso-fino, ou se possuem, é apresentado de forma suave.
SUBDIVIDEM-SE EM:NeogrotescasGeométricasHumanísticasQuadradas
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‘BEAUTY QUEEN’
‘NEOGROTESCAS’Ambrose e Harris (2011) exploram as tipografias sem serifa e expandem, criando subcategorias. As tipografias grotescas são mais condensadas do que as neogrotescas. Estas, além de serem mais amplas, apresentam a letra g em caixa baixa, com cauda, en-quanto as grotescas apresentam a mesma letra em dois andares.
‘GEOMÉTRICAS’As geométricas, por sua vez, segundo Ambrose e Har-ris (2011) como o nome diz, são baseadas em for-mas geométricas. Percebe-se principalmente pelas for-mas arredondadas e pelas letras M, N, V e W abertos.
‘HUMANÍSTICAS’As humanísticas, segundo Ambrose e Harris (2011), são semelhantes às geométricas, pelas letras (M, N, V e W) abertas. No entanto, possuem maior contraste en-tre grosso-fino e seu g é apresentado em dois andares.
‘QUADRADAS’As tipografias quadradas, para Ambrose e Har-ris (2011), como o próprio nome diz, possuem carac-teres com perfil quadrado, opondo-se às duas anteriores.
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‘NEOGROTESCAS’
‘GROTESCAS’
SyntaxABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZabcdefghijklmnopqrstuvwxyz0123456789
FrutigerABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZabcdefghijklmnopqrstuvwxyz0123456789
Alternate Gothic No. 2ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZabcdefghijklmnopqrstuvwxyz0123456789
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‘GEOMÉTRICAS’
Futura BQABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZabcdefghijklmnopqrstuvwxyz0123456789
‘HUMANÍSTICAS’
OptimaABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZabcdefghijklmnopqrstuvwxyz0123456789
‘QUADRADAS’
EurostileABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZabcdefghijklmnopqrstuvwxyz0123456789
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‘HOMEWRECKER’A DESTRUIDORA DE LARES MANUSCRITA
Os tipos escriturais descritos por Ambrose e Harris (2011) foram criados com o objetivo de imitarem a escrita manual. Com terminais prolongados ligando os caracteres, as escriturais di-ficultam a leitura quando uti-lizadas em grandes blocos de texto. O uso destas tipografias normalmente é restrito à inser-ção de detalhes decorativos, como legendas por exemplo. Williams (2009) trata as mesmas tipografias como manuscritas, e defendendo a ideia de serem tipos criados para imitar a es-crita manual, a autora (2009) comenta sobre uma possível segmentação desta categoria
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‘HOMEWRECKER’
Flermish ScriptA B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Zabcdefghijklmnopqrstuvwxyz0123456789
LinoScriptA B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Zabcdefghijklmnopqrstuvwxyz0123456789
Marina and the Diamonds
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‘IDLE TEEN’A ADOLESCENTE DECORATIVA
As tipografias gráficas, descritas por Ambrose e Harris (2011), englobam todos os tipos que não se encaixam em nenhuma das categorias anteriores. In-cluindo tipografias dos mais variados graus de legibilidade, e com uma ampla gama de es-tilos, esses caracteres são co-mumente usados para temas específicos. Sua complexidade pode tanto deixar um trabal-ho mais interessante quanto afetar a legibilidade. Por isso devem ser utilizadas com cau-tela. Pode-se agrupar à estas tipografias a classificação feita por Williams (2009) dos tipos decorativos, que são descritos como diferentes, adaptáveis a diversas situações, gerando diversas emoções, e a autora também defende a ideia de utilizá-los de forma limitada.
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‘IDLE TEEN’
ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZabcdefghijklmnopqrstuvwxyz0123456789
Pop LedABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZabcdefghijklmnopqrstuvwxyz0123456789
JuniperABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ0123456789
THE ARCHETYPES23
‘ELECTRA HEART’A PERSONAGEM DO CORAÇÃO QUEBRADO
Os tipos góticos (ou quebrados) baseiam-se no estilo medieval de escrita, onde a mancha grá-fica tornava-se pesada e os or-namentos eram usados de forma exacerbada. Por consequência da complexidade presente nessa escrita, a leitura tornava-se difi-cultosa. Portanto, essas letras, na maioria das vezes, têm a mesma função à de escriturais decorati-vas ou capitulares. Vale ressaltar que hoje essas letras são consid-eradas de pouca legibilidade as-sim como os tipos não serifados atuais seriam para aquela época.
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‘ELECTRA HEART’
Old EnglishABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZabcdefghijklmnopqrstuvwxyz0123456789
Goudy TextABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZabcdefghijklmnopqrstuvwxyz0123456789
Electra Heartfound dead
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‘ELECTRA HEARTFOUNDDEAD’
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