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(Imperio Bizantino – Reis do Café.)
1. A TRANSIÇÃO DA IDADE MÉDIA PARA A IDADE MODERNA.
1.1. A Europa e as Cruzadas
- Renascimento comercial e urbano
- Surgimento da burguesia
- Humanismo-Renascimento-Reforma
2. A EXPANSÃO MARÍTIMO-COMERCIAL EUROPÉIA
2.1. Mercantilismo
- A conquista das terras americanas
2.1. Colonização ibérica, inglesa, francesa e holandesa.
- A colonização portuguesa no Brasil: latifúndio, monocultura e escravismo.
3. REVOLUÇÃO INDUSTRIAL NA INGLATERRA
- Inovações técnico-científicas
- Divisão social do trabalho
- Relação Capital x Trabalho
- Conflitos Burguesia x Operariado
- Urbanização desordenada
- Desemprego CONTEÚDOS
4. A CRISE DO SISTEMA COLONIAL
4.1. Iluminismo
– Liberalismo Econômico
4.2. Independência dos Estados Unidos da América
4.3. A Revolução Francesa
- A França pré-revolucionária
- Igualidade, Liberdade, Fraternidade.
- A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
4.4. Movimentos anti-coloniais no Brasil:
- Inconfidência Mineira
- Conjuração Baiana (dos Alfaiates)
5. A EXPANSÃO NAPOLEÔNICA NA EUROPA E SEUS REFLEXOS NO BRASIL.
5.1. A família real portuguesa no Brasil e o fim do pacto colonial.
5.2. A dependência econômica do Brasil em relação à Inglaterra.
5.3. A Revolução do Porto e a tentativa de recolonização
- “Independência” – um acordo entre as elites brasileiras e a corte portuguesa.
5.4 A Independência na Bahia: 2 de julho de 1823.
6. A FORMAÇÃO DO ESTADO MONÁRQUICO
6.1. A Constituição de 1824 e a Confederação do Equador
6.2. As revoltas sociais do século XIX
6.3. Fim do tráfico negreiro
6.4. A campanha abolicionista
- A lavoura cafeeira, a imigração estrangeira e a situação dos negros no pós-abolição. CONTEÚDOS
7. O IMPERIALISMO E O NEO-COLONIALISMO
7.1. As razões e necessidades da expansão: Inglaterra, França, Estados Unidos, Japão.
- A partilha da África e da Ásia - Os efeitos do Imperialismo
8. REPÚBLICA VELHA (1889-1930) 8.1. Primeira Constituição Republicana
8.2. Coronelismo; política dos governadores; política do café-com-leite
- Economia e sociedade na República Velha
8.3. Os movimentos sociais urbanos e rurais
- Canudos e Contestado; Jagunços e cangaceiros
- A Revolta da Chibata e a Revolta da Vacina
8.4. Tenentismo/Coluna Prestes
- A Revolução de 1930 A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL (1914-1918)
9.1 A política das alianças
9.2. As principais fases e seus efeitos
10. A REVOLUÇÃO SOCIALISTA DE 1917
10.1. Fases da implantação do socialismo e sua propagação em outras áreas.
11. O PERÍODO ENTRE GUERRAS
11.1. A crise do Capitalismo
- A queda da bolsa de Nova York em 1929
11.2. Ascensão dos regimes totalitários e queda das democracias parlamentares: Nazismo/Fascismo - Brasil: Integralismo (AIB) x Comunismo (ANL)
12. A ERA VARGAS (1930-1945)
12.1. O Governo Provisório: (1930-1934)
- O Governo Constitucional (1934-1937)
- O Estado Novo (1937-1945)
- Política Nacionalista e Intervencionista
- Populismo e Trabalhismo: CLT, Salário Mínimo, Voto feminino CONTEÚDOS
12.2. A participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial
13. A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL (1939-1945)
13.1. Imperialismo e a indústria bélica
- A ideologia nazi-fascista
- As diversas frentes: Eixo x Aliados
13.2. A participação dos EUA na Guerra
- Fim da Alemanha: a derrota nazista
13.3. Acordos de Paz: O mundo pós-guerra
14. A GUERRA FRIA
14.1. EUA (Capitalismo) X URSS (Socialismo)
- A nova Ordem Mundial: o colapso do socialismo; a queda do muro de Berlim; redemocratização na América Latina; Neo-liberalismo; globalização da economia; blocos regionais e internacionais.
14.2. A volta de Getúlio Vargas
- A “americanização do Brasil”
- Os governos de Juscelino Kubitschek, Jânio Quadros e João Goulart.
15. OS GOVERNOS MILITARES NO BRASIL(1964-1985)
15.1. Autoritarismo e Repressão: Atos Institucionais
- “O Milagre Brasileiro”
15.2. Movimentos da sociedade civil
- A abertura política/redemocratização: de Geisel a Figueiredo
- Diretas Já 16. A NOVA REPÚBLICA (de 1985 até os Dias Atuais)
16.1. De Sarney a FHC 16.2. A Constituição de 1988
16.3. A política neo-liberal brasileira - Problemas enfrentados pela sociedade brasileira: concentração da terra e da riqueza: a questão agrária; movimentos sociais urbanos e rurais; desemprego; violência; narcotráfico/drogas; habitação; saúde; educação, entre outros
Assuntos.
Transição da Idade Média(feudalismo) para a Idade Moderna(Capitalismo)
Pode se dizer que a Baixa Id. Média foi um período de transição do Feudalismo para a primeira fase do Capitalismo(Mercantilismo). Quando eu menciono Id. Média estou me referindo a Alta Id. Média que tinha como base o sistema Feudal, sua economia era desmonetizada, ou seja, eles não utilizavam moedas, a base de troca era natural. O Capitalismo era monetário, ou seja, eles usavam moedas e o valor dessas moedas era dado de acordo com o metal que o constituía. Com isso os Europeus se lançaram ao mar para buscar metais, pois achavam que suas reservas estavam se esgotando.
Com o início da navegação eles descobrem o Novo Mundo, que consiste nas Américas, e também inicia a Expansão Marítimo Comercial. O Capitalismo visa principalmente o lucro, ele foi dividido em três fases:
Mercantilismo; Cap. Industrial; Cap. Financeiro.
Mercantilismo, doutrina de pensamento econômico que prevaleceu na Europa durante os séculos XVI, XVII e XVIII. Propugnava que o governo devia exercer um controle férreo sobre a indústria e o comércio para aumentar o poder da nação, ao conseguir que as exportações superem em valor as importações(E>I). O mercantilismo era um conjunto de sólidas crenças, entre as quais cabe destacar: a idéia de que era preferível exportar para terceiros a importar bens ou comercializar dentro do próprio país; a convicção de que a riqueza de uma nação depende sobretudo da acumulação de ouro e prata; e a justificação da intervenção pública na economia se voltada à obtenção dos objetivos anteriores.
Pacto colonial, conceito utilizado pelos historiadores para designar um dos aspectos do mercantilismo, segundo o qual as colônias deveriam fornecer matérias primas e produtos semi-acabados para as suas metrópoles, recebendo em troca produtos manufaturados.
Supõe, também, a exclusividade metropolitana, proibindo-se a colônia receber mercadorias de outros países ou para eles exportar diretamente seus produtos.
Uma das conseqüências do pacto colonial foi a dificuldade para estabelecer um mercado interno, já que era proibido à colônia produzir artigos que concorressem com os da metrópole.
A política no Feudalismo era um poder descentralizado em relação ao Rei. Na Id. Moderna o Rei se alia a burguesia que trocam poder político e poder econômico entre eles. O Rei, então passa a ter um poder centralizado, possui então um exército, eles a utilizar um mesmo peso, medida, moeda, volume e fronteiras definidas, tudo isso estabeleceu uma monarquia.
A sociedade no Feudalismo era estamental. Significa que na sociedade não existia mobilidade, um servo sempre será servo, e o senhor Feudal sempre senhor Feudal. Na Id. Moderna era a burguesia que tinha o poder econômico, mas ela não tinha poder político, pois não era nobre. Isso a incomodada bastante. Então decidiram apoiar o Rei para conseguir poder político e social, pois o Rei não tinha poder econômico. A igreja Protestante apoiava a burguesia. Em um momento o Rei se sentiu muito forte e começou a abusar da burguesia, cobrando altos impostos, então a burguesia derruba o Rei e assim ocorrem as primeiras revoluções burguesas.
Nas cruzadas cada participante tinha um objetivo que pode ser considerado apenas econômico, menos o objetivo cristão. A Igreja queria impedir o avanço do protestantismo, os senhores feudais queriam expandir suas áreas provocando a expansão marítima, assim podemos ver claramente os interesses econômicos. A Igreja Católica Apostólica Romana monopoliza a vida do homem na Id. Média. Ela impunha temor nos fiéis, a fé é a palavra chave. A igreja criou dogmas para persuadir o homem. Tudo nessa época possuía uma visão teocêntrica, o homem nessa época tinha visão de coletividade e pessimismo. Aos poucos com chegada do Capitalismo, esse homem se tornou mais individualista, canalizando a razão e a fé, se tornando ambíguo, ou seja, confuso e perdido.o teocentrismo se contrapunha com o antropocentrismo, assim a igreja foi perdendo o seu poder. O homem que vivia nos burgos realizava o comércio e era muito ambicioso. Se tornava racional e agora acreditava na ciência, baseada na observação e na ciência, então surge um movimento chamado de Renascimento.
Europa - As Cruzadas
As cruzadas foram tropas ocidentais enviadas à Palestina para recuperarem a liberdade de acesso dos cristãos à Jerusalém. A guerra pela Terra Santa, que durou do século XI ao XIV, foi iniciada logo após o domínio dos turcos sobre os mulçumanos. Após domínio da região, os turcos passaram impedir ferozmente a peregrinação dos europeus, através da captura e do assassinato, de muitos peregrinos que visitavam o local unicamente pela fé.
Primeira Cruzada (1095 - 1099) - A Primeira Cruzada partiu da Europa, em 1096, depois de convocada por Urbano II em 1095, na cidade francesa de Clermont-Ferrand. Isso aconteceu em oposição ao impedimento da peregrinação dos europeus. Muitos camponeses foram a combate pela promessa de que receberiam reconhecimento espiritual e recompensas da Igreja; contudo, esta primeira batalha fracassou e muitos perderam suas vidas em combate.
Segunda Cruzada (1147 - 1149) - Como a situação dos cristãos era precária, em 1144 os muçulmanos reconquistaram Edessa. São Bernardo, em 1147, pregou na Europa a Segunda Cruzada. De Ratisbona, na Alemanha, partiram o imperador Conrado II e Luís VII da França. Chegaram a Antioquia e Acre, mas foi em vão que tentaram conquistar Damasco. Até então, o Califado do Oriente fora dirigido por soberanos turcos, que haviam adotado uma política conciliatória em relação aos cristãos. Mas o califa Nuredin foi substituído por seu Vizir, Saladino, que retomou a ofensiva contra os cristãos e ocupou Jerusalém em 1187.
Terceira Cruzada (1189 - 1192) - Essa Cruzada foi convocada em 1189. Frederico Barba-Ruiva, Ricardo Coração de Leão e Felipe Augusto se comprometeram a partir. Frederico morreu na Ásia Menor, enquanto Ricardo e Felipe, que vinham por mar, se
desentenderam. Depois da tomada de Acre, Felipe regressou à França. Ricardo permaneceu na Palestina, chegando a vencer Saladino na Batalha de Arsuf, mas suas tropas estavam depauperadas, sem condições de sitiar Jerusalém. Ricardo fez então um acordo diplomático com Saladino e regressou à Europa.
Quarta Cruzada (1202 - 1204) - O malogro da terceira Cruzada causou grande impressão no Ocidente. Inocêncio III, que recém assumira o pontificado, pregou então a Quarta Cruzada, a partir de 1202. Esta cruzada não chegou a combater os muçulmanos, limitando-se a atacar e pilhar populações cristãs. Por esse motivo, seus participantes chegaram a ser excomungados por Inocêncio III.
Quinta Cruzada (1217 - 1221) - Esta Cruzada teve como chefes João de Brienne e Leopoldo VI da Áustria. A expedição tocou em Acre e depois avançou para o Egito, sem conseguir conquistá-lo.
Sexta Cruzada (1228 - 1229) - A Sexta Cruzada foi conduzida por Frederico II, da Alemanha; este, mediante negociações, entrou em acordo com o sultão de Bagdá, recebendo algumas concessões econômicas e o ´titulo de rei de Jerusalém.
Sétima e Oitava Cruzadas (1248 - 1250 e 1270) - Estas Cruzadas foram chefiadas pro Luís IX da França. Em 1248 o monarca desembarcou no Egito, onde foi feito prisioneiro. Libertado depois de pagar resgate, retomou a ofensiva em 1270 e desembarcou em Túnis, no Norte da África, onde morreu vitimado pela peste.
Durante algum tempo, os cristãos ainda reteriam certos pontos de apoio na Ásia. A última posição a cair nas mãos dos muçulmanos foi São João d'Acre, em 1291.
A realidade agrária feudal européia, que já estava em crise, iria entrar em um irreversível processo de desintegração.
Renascimento comercial-urbanoO renascimento comercial-urbano na Europa, deu-se na Baixa Idade Média.
Cidades italianas como Gênova e Veneza foram as principais impulsionadoras das
atividades comerciais na Europa, principalmente por fornecerem as especiarias vindas
do Oriente, já que tinham controle sobre o Mediterrâneo. O desenvolvimento e
intensificação das feiras-livres cresceu junto com a produção agrícola. O fluxo das
especiarias e as feiras possibilitaram a estruturação e surgimento de rotas de
comércio ligando as cidades por que ele é homoafetivo aos pontos de comércio (esse
conjunto de ligações pode ser chamado de entroncamento), que cresciam e se
desenvolviam economicamente, com destaque para Champanhe (França) e Flandres
(Bélgica).
A retomada do uso da moeda (as principais da época: Florim de Ouro e Ducado de
Ouro) auxiliou nas ações financeiras, como as atividades de crédito e bancárias, na
retomada do trabalho assalariado e na formação de associações de controle da
produção e comércio, em destaque:
Hansas / Ligas Hanseáticas: associações de mercadores (monopólio do comércio
local, controle da concorrência estrangeira, regulamentação de preços).
Corporações de Ofício / Guildas: associações de artesãos (monopólio das
atividades artesanais, controle da concorrência, regulamentação de preços,
estabelecimento de normas de produção, controle de qualidade e assistência aos
membros).
Esse Renascimento, fez com que a população que havia saído das cidades
retornassem, gerando o aumento populacional.
Surgimento da Burguesia.
SuriA Europa medieval passou por profundas mudanças. Novas cidades surgiram a
partir do século XI, iniciando o desenvolvimento comercial estabelecido nas relações
entre Ocidente e Oriente proporcionadas pelas Cruzadas.
As novas cidades surgiram, na maioria das vezes, próximas às terras de algum
senhor. Essas terras eram chamadas de senhorio. Com o renascimento urbano,
várias atividades se desenvolveram nas cidades, movimentando a economia local –
uma dessas atividades foi o artesanato. A partir de então, organizou-se o processo de
produção e surgiram máquinas para atender a demanda do mercado.
A atividade artesanal que se destacou inicialmente foi a produção têxtil, ou seja, a
produção de tecidos de lã e seda, principalmente. Toda produção era organizada
pelas chamadas Corporações de ofício. Nessas corporações se encontravam
pessoas de uma mesma profissão, de uma mesma religiosidade e que mantinham
uma relação de proteção mútua.
As Corporações de ofício eram administradas e controladas por um mestre artesão,
responsável pela produção e manutenção de um mesmo padrão (normas e regras) em
todas as oficinas de artesãos. Os funcionários ou trabalhadores das oficinas eram
chamados de jornaleiros e geralmente viviam na casa do mestre. Nas oficinas
também existiam os aprendizes, jovens que queriam seguir uma profissão
relacionada ao artesanato.
A organização das oficinas artesanais em corporações tinha como principal objetivo
uma articulação política e econômica, a fim de enfrentar os mercadores, que passaram
a viver nas cidades com o interesse estritamente comercial. Os mercadores tornaram-
se homens ricos e poderosos – muitos foram os precursores das atividades bancárias.
Os mercadores impulsionaram as atividades comerciais a partir do século XI,
transitando de cidade em cidade, negociando suas mercadorias. No século XII, os
mercadores passaram a organizar as feiras (importantes locais comerciais).
As principais feiras do século XII foram a de Champagne e Brie, que se encontravam
nos territórios da atual França.
As atividades comerciais e bancárias e as feiras levaram ao rápido desenvolvimento
urbano; assim, criou-se uma estrutura de segurança que garantiu a realização dos
negócios comerciais.
Algumas das principais características das cidades medievais eram as muralhas, as
torres e os portões que proporcionavam uma maior segurança para moradores e
comerciantes. A maioria das cidades não chegava a ter 20 mil habitantes – a maior
cidade do mundo ocidental era Paris, que tinha uma população que não ultrapassava
100 mil habitantes.
Com a acentuação das atividades comerciais, as cidades, a partir do século XI,
tiveram um enorme crescimento, o que transformou bastante suas feições, ampliando-
as para os espaços além-muros – crescimento proveniente das feiras e das atividades
comerciais realizadas pelos mercadores nas beiras das estradas.
A partir da ampliação das cidades além-muros, criaram-se novos muros, com os quais
novas cidades foram delineadas, além das que já existiam. Os burgos (cidades com
muros) se desenvolveram economicamente e ampliaram de tamanho. Dos burgos
surgiram os burgueses (a nova classe social, chamadaburguesia), importantes
comerciantes que foram fundamentais para o desenvolvimento da mentalidade
capitalista.
Humanismo , Renascimento & Reforma e contra reforma !
O Humanismo teve início na Itália no século XIV indo até ao século XVI.
A expressão humanismo refere-se genericamente a uma série de valores e ideais relacionados à
celebração do ser humano. O termo, porém, possui diversos significados, muitas vezes
conflitantes. Humanistas famosos são entre outros Petrarca, Gianozzo Manetti, Lorenzo Valla,
Marsilio Ficino, Erasmo de Roterdão,François Rabelais, Pico de La Mirandola, Thomas Morus e
González Pecotche.
Renascimento ou Renascença são os termos usados para identificar o período da História da
Europa aproximadamente entre fins do século XIII e meados do século XVII.Chamou-se
"Renascimento" em virtude da redescoberta e revalorização das referências culturais da
antigüidade clássica, que nortearam as mudanças deste período em direção a um ideal humanista
e naturalista.
A Reforma Protestante foi um movimento religioso, econômico e político de contestação à Igreja
Católica, que resultou na fragmentação da unidade cristã e na origem do protestantismo.
No início do século XVI, a Alemanha era a região européia mais propensa a um rompimento
definitivo com a Igreja. Entre os alemães, as motivações econômicas, sociais e políticas que os
afastavam da Igreja Católica eram mais fortes do que em qualquer outro povo da Europa.
A Contrarreforma, também denominada Reforma Católica é o nome dado ao movimento criado no
seio da Igreja Católica em resposta à Reforma Protestante iniciada com Lutero, a partir de 1517
A EXPANSÃO MARÍTIMA EUROPÉIA
A expansão marítima européia, processo histórico ocorrido entre os séculos XV e XVII, contribuiu para que a Europa superasse a crise dos séculos XIV e XV.
Através das Grandes Navegações há uma expansão das atividades comerciais, contribuindo para o processo de acumulação de capitais na Europa.
O contato comercial entre todas as partes do mundo (Europa, Ásia, África e América ) torna possível uma história em escala mundial, favorecendo uma ampliação dos conhecimento geográficos e o contato entre culturas diferentes.
Fatores para a Expansão Marítima
A expansão marítima teve um nítido caráter comercial, daí definir este processo como uma empresa comercial de navegação, ou como grandes empreendimentos marítimos. Para o sucesso desta atividade comercial o fator essencial foi a formação do Estado Nacional.
Formação do Estado Nacional e a centralização política-as. Grandes Navegações só foram possíveis com a centralização do poder político, pois fazia-se necessário uma complexa estrutura material de navios, armas, homens, recursos financeiros. A aliança rei-burguesia possibilitou o alcance destes objetivos tornando viável a expansão marítima.
Avanços técnicos na arte náutica-o aprimoramento dos conhecimentos geográficos, graças ao desenvolvimento da cartografia; o desenvolvimento de instrumentos náuticos-bússola, astrolábio, sextante - e a construção de embarcações capazes de realizar viagens a longa distância, como as naus e as caravelas.
Interesses econômicos- a necessidade de ampliar a produção de alimentos, em virtude da retomada do crescimento demográfico; a necessidade de metais preciosos para suprir a escassez de moedas; romper o monopólio exercido pelas cidades italianas no Mediterrâneo que contribuía para o encarecimento das mercadorias vindas do Oriente; tomada de Constantinopla, pelo turcos otomanos, encarecendo ainda mais os produtos do Oriente.
Sociais-o enfraquecimento da nobreza feudal e o fortalecimento da burguesia mercantil.Religiosos-a possibilidade de conversão dos pagãos ao cristianismo mediante a ação missionária da Igreja Católica.
Expansão marítima portuguesaPortugal foi a primeira nação a realizar a expansão marítima. Além da posição geográfica, de uma situação de paz interna e da presença de uma forte burguesia mercantil; o pioneirismo português é explicado pela sua centralização política que, como vimos, era condição primordial para as Grandes Navegações.
A formação do Estado Nacional português está relacionada à Guerra de Reconquista - luta entre cristãos e muçulmanos na península Ibérica.A primeira dinastia portuguesa foi a Dinastia de Borgonha ( a partir de 1143 ) caracterizada pelo processo de expansão territorial interna.
Entre os anos de 1383 e 1385 o Reino de Portugal conhece um movimento político denominado Revolução de Avis -movimento que realiza a centralização do poder político: aliança entre a burguesia mercantil lusitana com o mestre da Ordem de Avis, D. João. A Dinastia de Avis é caracterizada pela expansão externa de Portugal: a expansão marítima.
Etapas da expansãoA expansão marítima portuguesa interessava à Monarquia, que buscava seu fortalecimento; à nobreza, interessada em conquista de terras; à Igreja Católica e a possibilidade de cristianizar outros povos e a burguesia mercantil, desejosa de ampliar seus lucros.
A seguir, as principais etapas da expansão de Portugal:1415 -tomada de Ceuta, importante entreposto comercial no norte da África;1420 -ocupação das ilhas da Madeira e Açores no Atlântico;1434 -chegada ao Cabo Bojador;1445 -chegada ao Cabo Verde;1487 -Bartolomeu Dias e a transposição do Cabo das Tormentas;1498 -Vasco da Gama atinge as Índias ( Calicute );1499 -viagem de Pedro Álvares Cabral ao Brasil.
Expansão marítima espanholaA Espanha será um Estado Nacional somente em 1469, com o casamento de Isabel de Castela e Fernando de Aragão. Dois importantes reinos cristãos que enfrentaram os mouros na Guerra de Reconquista.No ano de 1492 o último reduto mouro -Granada -foi conquistado pelos cristãos; neste mesmo ano, Cristovão Colombo ofereceu seus serviços aos reis da Espanha.Colombo acreditava que, navegando para oeste, atingiria o Oriente. O navegante recebeu três navios e, sem saber chegou a um novo continente: a América.
A seguir a principais etapas da expansão espanhola:1492 - chegada de Colombo a um novo continente, a América;1504 -Américo Vespúcio afirma que a terra descoberta por Colombo era um novo continente;1519 a 1522 - Fernão de Magalhães realizou a primeira viagem de circunavegação do globo.
As rivalidades IbéricaPortugal e Espanha, buscando evitar conflitos sobre os territórios descobertos ou a descobrir, resolveram assinar um acordo -proposto pelo papa Alexandre VI - em 1493: um meridiano passando 100 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde, dividindo as terras entre Portugal e Espanha. Portugal não aceitou o acordo e no ano de 1494 foi assinado o Tratado de Tordesilhas.O tratado de Tordesilhas não foi reconhecido pelas demais nações européias.
Navegações TardiasInglaterra, França e Holanda.
O atraso na centralização política justifica o atraso destas nações na expansão marítima:A Inglaterra e França envolveram-se na Guerra dos Cem Anos(1337-1453) e, após este longo conflito, a inglaterra passa por uma guerra civil - a Guerra das Duas Rosas ( 1455-1485 ); já a França, no final do conflito com a Inglaterra enfrenta um período de lutas no reinado de Luís XI (1461-1483).
Somente após estes conflitos internos é que ingleses, durante o reinado de Elizabeth I (1558-1603 ); e franceses, durante o reinado de Francisco I iniciaram a expansão marítima.A Holanda tem seu processo de centralização política atrasado por ser um feudo espanhol. Somente com o enfraquecimento da Espanha e com o processo de sua independência é que os holandeses iniciarão a expansão marítima.
CONSEQÜÊNCIAS
As Grandes navegações contribuíram para uma radical transformação da visão da história da humanidade. Houve uma ampliação do conhecimento humano sobre a geografia da Terra e uma verdadeira Revolução Comercial, a partir da unificação dos mercados europeus, asiáticos, africanos e americanos.
A seguir algumas das principais mudanças:A decadência das cidades italianas; a mudança do eixo econômico do mar Mediterrâneo para o oceano Atlântico; a formação do Sistema Colonial; enorme afluxo de metais para a Europa proveniente da América; o retorno do escravismo em moldes capitalistas; o euro-centrismo, ou a hegemonia européia sobre o mundo; e o processo de acumulação primitiva de capitais resultado na organização da formação social do capitalismo.
MercantilismoMercantilismo é o nome dado a um conjunto de práticas econômicas desenvolvido
na Europa na Idade Moderna, entre o século XV e o final doséculo XVIII. O
mercantilismo originou um conjunto de medidas econômicas diversas de acordo com
os Estados. Caracterizou-se por uma forte intervenção do Estado na economia.
Consistiu numa série de medidas tendentes a unificar o mercado interno e teve como
finalidade a formação de fortes Estados-nacionais.
É possível distinguir três modelos principais: metalismo, balança comercial
favorável, pacto colonial e protecionismo.
Segundo Hunt, o mercantilismo originou-se no período em que a Europa estava a
passar por uma grave escassez de ouro e prata, não tendo, portanto, dinheiro
suficiente para atender ao volume crescente do comércio.[1]
As políticas mercantilistas partilhavam a crença de que a riqueza de uma nação residia
na acumulação de metais preciosos (ouro e prata), advogando que estes se atrairiam
através do incremento das exportações e da restrição das importações (procura de
uma balança comercial favorável). Essa crença é conhecida como bulionismo ou
metalismo.
O Estado desempenha um papel intervencionista na economia, implantando
novas indústrias protegidas pelo aumento dos direitos alfandegários sobre as
importações, (protecionismo), controlando os consumos internos de determinados
produtos, melhorando as infra-estruturas e promovendo a colonização de novos
territórios (monopólio), entendidos como forma de garantir o acesso a matérias-primas
e o escoamento de produtos manufaturados. A forte regulamentação da economia
pelo mercantilismo será contestada na segunda metade do século XVIII por François
Quesnay e pelo movimento dos fisiocratas.
O mercantilismo é um conjunto de ideias econômicas que considera a prosperidade de
uma nação ou Estado dependente do capital que possa ter. Os pensadores
mercantilistas preconizam o desenvolvimento econômico por meio do enriquecimento
das nações graças ao comércio exterior, o que permite encontrar saída aos
excedentes da produção. O Estado adquire um papel primordial no desenvolvimento
da riqueza nacional, ao adotar políticas protecionistas, e em particular estabelecendo
barreiras tarifárias e medidas de apoio à exportação.
A conquista das terras americanas
Era dos descobrimentos (ou das Grandes Navegações) é a designação dada ao período da história que decorreu entre o século XV e o início do século XVII, durante o qual os europeus exploraram intensivamente o globo terrestre em busca de novas rotas de comércio. Os historiadores geralmente referem-se à "era dos descobrimentos" como as explorações marítimas pioneiras realizadas por portugueses e espanhóis entre os séculos XV e XVI, que estabeleceram relações com África, Américas e Ásia, em busca de uma rota alternativa para as "Índias", movidos pelo comércio de ouro, prata e especiarias. Estas explorações no Atlântico e Índico foram seguidas pelos países do norte da Europa, França, Inglaterra e Holanda, que exploraram as rotas comerciais portuguesas e espanholas até ao Oceano Pacífico, chegando à Austrália em 1606 e à Nova Zelândia em 1642. A exploração europeia perdurou até realizar o mapeamento global do mundo, resultando numa nova mundivisão e no contacto entre civilizações distantes, alcançando as fronteiras mais remotas muito mais tarde, já no século XX.
A era dos descobrimentos marcou a passagem do feudalismo da Idade Média para a Idade Moderna, com a ascensão dos estados-nação europeus. Durante este processo, os europeus encontraram e documentaram povos e terras nunca antes vistas. Juntamente com o Renascimento e a ascensão do Humanismo, foi um importante motor para o início da modernidade, estimulando a pesquisa científica e intelectual. A expansão europeia no exterior levou ao surgimento dos impérios coloniais, com o contacto entre o Velho e o Novo Mundo a produzir o chamado "intercâmbio colombiano" (Columbian Exchange), que envolveu a transferência de plantas, animais, alimentos e populações humanas (incluindo os escravos), doenças transmissíveis e culturas entre os hemisfério ocidental e oriental, num dos mais significativos eventos globais da ecologia, agricultura e cultura da história.
As colonizações inglesa, francesa e holandesa.
A França, a Holanda e a Inglaterra atrasaram suas participações dentro do processo
expansionista europeu, onde por esse motivo esses 3 países estão incluídos dentro do
quadro das Navegações Tardias.
A colonização Francesa:
A França organizou as suas primeiras expedições marítimas no século XVI com a intenção
de atingir a América, e muitas dessas expedições realizavam ataque e saques sobre as
possessões portuguesas e espanholas. Em 1555, a tentativa dos franceses de instituir
França Antártica no Brasil foi fracassada. E entre os anos de 1534 e 1535 Jacques Cartier
ocupou o território da foz do Rio São Lourenço, na América do Norte, onde foi criada a
colônia Nova França. Em 1608, foi criada a Companhia Comercial Nova França que
organizada e patrocinava várias expedições francesas, e com isso Samuel Champlain
começou a explorar terras do Canadá, fundando a cidade de Quebec. Em 1642, os
franceses ampliaram o seu campo de dominação fundando a Montreal, e ocupando a
região dos Grandes Lagos em 1673, e a partir daí atingiram a foz do Mississipi de onde
seguiram até chegar numa vasta região dos EUA onde atualmente localiza-se o estado de
Luisiana.
A colonização inglesa:
As primeiras expedições inglesas iniciadas no final do século XV foram fracassadas,
somente no ano de 1607 é que a situação foi superada quando a empresa privada London
Company fundou a colônia Virginia, no litoral atlântico dos Estados Unidos. Nessa mesma
época, outra empresa privada, a Plymouth Company, iniciou a ocupação da Nova
Inglaterra. A partir daí, o processo de colonização inglesa se fortaleceu, formando as treze
colônias inglesas que deram origem aos Estados Unidos. As treze colônias formaram-se
na faixa atlântica dos Estados Unidos, ao Norte e ao Centro estavam as colônias de
povoamento, e ao Sul ficavam as colônias de exploração.
A colonização holandesa:
Em 1581, a Holanda, que até então era dominada pela Espanha, proclamou a sua
independência. Em 1602 surgiu a Companhia de Comércio das Índias Orientais, e em
1621 surgiu a Companhia de Comércio das Índias Ocidentais, para resistir ás imposições
espanholas. E a partir daí, os holandeses iniciaram de fato os seus processos de
expansão marítima.
No Oriente Médio, atingiram porções do Império luso-espanhol. Entre os anos de 1630 e
1654, ocuparam as regiões da Bahia e Pernambuco no Brasil, tomando posse da
produção açucareira e dos lucros do tráfico negreiro. Em 1654, após as Batalhas de
Guararapes os holandeses foram obrigados a deixar o território brasileiro, e foram se
instalar na Guiana e nas ilhas de Curaçao, nas Antilhas, onde desenvolveram a produção
açucareira. Na América do Norte, atingiram o vale do Hudson, onde foi criada a colônia
Nova Amsterdã, que eventualmente se tornaria a cidade de Nova York.
Colonização ibérica
A colonização ibérica, inicialmente, foi muito parecida, principalmente porque Portugal e Espanha eram as nações, que na altura, dominavam o mundo, tendo-o dividido com o Tratado de Alcáçovas. A América foi oficialmente descoberta, excetuando as descobertas vikings, pelos europeus, em 1492, por Cristóvão Colombo, numa tentativa de chegar ao Oriente. Mais uma vez, foi assinado um novo tratado, o Tratado de Tordesilhas, pois a zona descoberta por Espanha ficava na zona portuguesa, que estabelecia os territórios portugueses a menos de 370 léguas
(1.770 km a oeste de Cabo Verde e os espanhóis para além desse meridiano. Em 1500,Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil, localizado na zona portuguesa, segundo o novo tratado, também numa tentativa de chegar à Índia por mar, caminho que já tinha sido realizado anos antes por Vasco da Gama.
Em meados do século XVI, o Império Espanhol controlava quase toda a zona costeira das Américas, desde a Califórnia à Patagônia, no ocidente, e desde o atual estado estadunidense da Geórgia, toda a América Central e o Caribe à Argentina – com exceção do Brasil, pertencente aos portugueses.
A economia colonial
O Brasil era uma colônia de exploração, dentro do antigo sistema colonial, é um Sistema de relações econômicas, políticas, sociais e culturais que tornam dependente uma colônia em relação à outra metrópole.
Presume-se assim a perda de uma liberdade administrativa de territórios colonizados, sob
posse militar. (Nesse sentido, o colonialismo se apresenta como um fenômeno resultante
da revolução Comercial européia que aconteceu entre os séculos XV e XVI), que atingiu o
seu mais alto grau no século XIX, sendo assim prolongada até os anos à Segunda guerra
Mundial.
A grande propriedade monocultura:
A monocultura é um sistema de exploração agrícola, que chamamos de produção ou
cultura agrícola de apenas um tipo de produto. Está associada aos latifúndios, grandes
extensões de terras. A grande propriedade era monocultora e voltada para o mercado
externo, utilizando mão-de-obra escrava, no inicio com os índios e, posteriormente, os
negros africanos.
A sociedade açucareira que se organizou era o reflexo da economia agrária, escravista,
por que no engenho, tinham poucos trabalhadores assalariados, estes se submetiam as
ordens e influência do grande proprietário.
Como sabemos, os escravos viviam em senzalas, que eram lugares de um só
compartimente, todos misturados, homens, mulheres e crianças. Os escravos ficavam
responsáveis por todos os trabalhos braçais, como por exemplo nos canaviais, casa
grande. Eles tiveram uma grande influência no trabalho agrícola.
O escravismo colonial:
A escravidão foi utilizada para que pudessem se organizar economicamente, como já
vimos antes. Existiam dois tipos de escravidão: a vermelha (dos índios) e a escravidão
africana.
Nessa época não poderia ir contra o sistema de escravidão, pois eram reprimidos de forma
violenta, mas os próprios negros, não se calavam, mesmo sofrendo, sendo chicoteados,
vivendo uma realidade opressiva, lutavam contra e tentavam a liberdade a todo custo, a
maios prova disso foram as criações de quilombos, onde abrigava escravos fugitivos.
Mas os jesuítas eram contra a escravidão indígena, o que durante um tempo não adiantou
muito por que os colonos além da escravidão africana queriam os índios como mão-de-
obra por terem menos custos que a escravidão africana. Mas foi em 1759 quando um
decreto pombalianio aboliu a escravidão.
O escravo na economia brasileira:
O escravismo chegou ao Brasil por volta de 1531 com a expedição de Martim Afonso de
Sousa, que foi desde o período colonial até o final do império. A escravidão no Brasil foi
marcada pelo uso de escravos vindos do continente Africano, sempre lembrando que
alguns indígenas também sofreram com a escravatura.
Os escravos trabalhavam na agricultura, com foco na parte açucareira, e na mineração.
Contribuíam com a economia tanto do país, quanto dos senhores de engenho, donos de
terras, por que eram mãos de obras onde também usavam da permuta, eles trabalhavam e
em troca recebiam moradia e alimentação, mas não tinham um horário em sua jornada de
trabalho.
Os estados onde os escravos tiveram grande enfoque foram: São Paulo, Rio de Janeiro,
Mato Grosso, Alagoas, Sergipe e Bahia.
O Tráfico de escravos:
A África era vista como reserva de mão-de-obra escrava, a serem tirados de sua nação e
exportados para vários países.
Durante os primeiros quatro séculos – do século 15 à metade do 19 – de contato dos
navegantes europeus com o Continente Negro, a África foi vista apenas como uma grande
reserva de mão-de-obra escrava, a “madeira de ébano” a ser extraída e exportada pelos
comerciantes. Traficantes de quase todas as nacionalidades montaram feitorias nas costas
da África.
As simples incursões piratas que visavam inicialmente atacar de surpresa do litoral e
apresar o maior número possível de gente foram dando lugar a um processo mais
elaborado.
Os mercadores europeus, com o crescer da procura por mão-de-obra escrava, motivada
pela instalação de colônias agrícolas na América, associaram-se militarmente e
financeiramente com sobas e régulos africanos, que viviam nas costas marítimas, dando-
lhes armas, pólvora e cavalos para que afirmasse sua autoridade numa extensão a maior
possível.
Os prisioneiros das guerras tribais eram encarcerados em “barracões”, em armazéns
costeiros, onde ficavam a espera da chegada dos navios tumbeiros ou negreiros que os
levariam como carga humana pelas rotas transatlânticas.
Os principais pontos de abastecimento de escravos, pelos menos entre os séculos 17 e 18
eram o Senegal, Gâmbia a Costa do Ouro e a Costa dos Escravos. O delta do Negar, o
Congo e Angola serão grandes exportadores nos séculos 18 e 19.
Quantos escravos foram afinal transportados pelo Atlântico? Há muita divergência entre os
historiadores, alguns chegaram a projetar 50 milhões, mas Rua Certe (in Te Atlântica cave
tarde: A cenhos, 1969) estima entre 9 a 10 milhões, a metade deles da África Ocidental,
sendo que o apogeu do tráfico ocorreu entre 1750 a 1820, quando os traficantes
carregaram em média uns 60 mil por ano.
O tráfico foi o principal responsável pelo vazio demográfico que acometeu a África no
século 19.
A dinâmica da economia colonial:
Na dinâmica colonial chamada de produto rei, períodos ou fases. Neta época existia ciclos
econômicos, o que na verdade não corresponde à das economias a dos tempos coloniais.
Revolução Industrial na Inglaterra
A Revolução Industrial consistiu em um conjunto de mudançastecnológicas com
profundo impacto no processo produtivo em nível econômicoe social. Iniciada
no Reino Unido em meados do século XVIII, expandiu-se pelo mundo a partir
do século XIX.
Ao longo do processo, a era da agricultura foi superada, a máquina foi superando
o trabalho humano, uma nova relação entre capital e trabalho se impôs,
novas relações entre nações se estabeleceram e surgiu o fenômeno dacultura de
massa, entre outros eventos. Essa transformação foi possível devido a uma
combinação de fatores, como o liberalismo econômico, a acumulação de capital e uma
série de invenções, tais como o motor a vapor. O capitalismo tornou-se o sistema
econômico vigente.
A Revolução Industrial é comumente dividida em 3 partes[1]: primeira (1780-1830),
segunda (1860-1945), conhecida chamada de Revolução Tecnológica, e terceira
(1970-), também chamada de Revolução Digital. A atribuição de datas varia muito de
autor pra autor.
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