SEMINÁRIO CURRÍCULO

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Vertente crítica do Currículo

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Teoria crítica e resistência em educação

Henry Giroux

O AUTOR

Henry Giroux, nasceu em 18 de setembro de 1943, em Providence, Rhode Island

Mellon. Tornou-se professor de Ensino na Universidade de Boston, 1977/1983.Em 1983, se tornou professor em Educação e renomado estudioso em residência na Miami University em Oxford, Ohio, onde também atuou como diretor do Centro de Educação e Estudos Culturais.

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IDEIA CENTRAL

Giroux questiona as teorias críticas e propõe uma pedagogia do currículo de conteúdo claramente político e que seja crítico das crenças e dos arranjos sociais dominantes.

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ASSUNTOS ABORDADOS

Escolarização e política do currículo oculto

Reprodução, resistência e acomodação no processo de escolarização

Resistência e pedagogia crítica

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Cap 2: Escolarização e política do currículo oculto

O currículo oculto é constituído por todos aqueles aspectos do ambiente escolar que, sem fazer parte do currículo oficial, explícito, contribuem, de forma implícita, para aprendizagens sociais relevantes.

(Tomaz Tadeu da Silva) A partir dos debates sobre o currículo oculto as

escolas passaram a ser vistas como instituições políticas ligadas a questões de poder e controle da sociedade dominante.

Os debates sobre o currículo oculto alcançaram seu limite teórico: É premente uma redefinição da noção de currículo oculto para que esta possa fundamentar a pedagogia crítica.

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Insights essenciais sobre o processo de escolarização:1) As escolas não podem ser analisadas sem levar em

consideração o contexto sócio-econômico

2) As escolas são espaços políticos envolvidos na construção e controle do discurso, do significado e das subjetividades

3) Os valores e crenças do senso comum que guiam e estruturam a prática escolar não são universais, são construções sociais baseadas em pressuposições normativas e políticas

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Problemas acerca da noção de currículo oculto:

Os debates a respeito do currículo oculto geraram uma variedade de insights parciais.

As análises do currículo oculto avançam teoricamente quando passam da descrição à crítica.

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Perspectivas sobre o currículo oculto

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ENFOQUE PREOCUPAÇÃO CENTRAL

CARACTERÍSTICA COMO VÊ O CURRÍCULO OCULTO?

TRADICIONAL Manutenção da sociedade existente

Não-crítico a relação escola e sociedade, conservador

Como algo que propicia as condições necessárias para uma aprendizagem eficaz

LIBERAL Como o significado é produzido na sala de aula

UTOPIAS PROVISÓRIAS – as pedagogias críticas num cenário pós-colonial

Sociedade dos poetas mortos – desconstruindo a pedagogia da vigilância

PETER MCLAREN E ZEUS LEONARDO

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“... não teorizamos tanto a respeito do

pós-modernismo quanto mapeamos as condições necessárias para o pensamento padrão sobre o pós-modernismo: por que tornou-se tão necessário falar sobre a condição pós-moderna, que necessidades essa fala preenche?( Stam, 1993: 5)

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A condição pós-moderna, sugere que a re-culturação é um importante foco para a reforma educacional.

As teorias críticas,habilitam os educadores a questionarem, pela primeira vez, a incorporação diferencial da cultura alta e popular nas escolas.

- Nos encorajam a identificar as margens reprimidas das culturas não oficiais, a nomear as lutas no interior dos mundos dos grupos subalternos e a legitimar a cultura popular silenciada numa tentativa de subverter as estruturas dominantes de poder.

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Cultura popular

Não é levada a sério na sala de aula considerada como uso ilegítimo e mal

concebido dos meios pedagógicos Textos são julgados não acadêmicos e

não merecedores da investigação intelectual

Há estratificação, filmes inferior a livros. O filme na escola considerado como complemento acadêmico, descanso mental dentre outros.

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Sem o espaço pedagógico para o diálogo crítico,

Foucault (1977) refere como anatomia política do

filme, educadores privam seus alunos de compreender sua vida cotidiana;

Giroux-Simon- o discurso dominante ainda define a

cultura popular. É vista como trivial e o insignificante

da vida cotidiana Educadores privilegiam a cultura alta

em detrimento a popular.14

Jonh StoreyPresença forte na cultura comercial Gramsci e Paulo FreireEspaço histórico de luta em torno da

produção de significados Storey, gramsci e Freire chamam

atenção para um importante projeto político- teorizar a cultura popular.

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O Projeto

Envolve a busca duma teoria radical Deve evitar uma análise puramente

racional das posições dos sujeitos Os educadores críticos devem

trabalhar na desconstrução dos modos afetivos pelos os quais seus alunos abordam as práticas e os textos populares.

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Para os autores um ponto específico de importância teórica na analise popular é o modo no qual o corpo é retratado nos filmes populares.

Os filmes opõem as imagens efêmeras do corpos aos temas etéreos da racionalidade

O corpo representa o lugar de desejo, da sexualidade e dos prazeres.

Para a classe dominante experimentações somáticas como pintura do corpo e piercing é sintoma de desvio e mente desajustada

Para os capitalistas a mente não deveria ser desperdiçada.

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Debate/separação mente-corpo/tornar-se aluno Gramsci – mente frenética e uma disposição revolucionária para com o corpo; Projeto político capaz de transformar nossas noções daquilo que significa ser um agente ativo da história.

Appadurai- o corpo tem revelado que as emoções e afetos não são materiais crus, pré-culturais, mas são culturalmente construídos e socialmente situados; A experiência sensória e a técnica corporal tornam-se partes de regime históricamente constituídos de conhecimento e poder.

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Maclaren- a noção de experiência corporificada ou carnalização, emergiu como uma ferramenta conceitual poderosa no sentido de compreender como os estados corporais e as experiências do popular se inscrevem nos rituais corpóreo do autocontrole e da disciplina

Compreender como a cultura popular estruturou nossas ideias sobre o corpo é uma forma de teorizar nossas práticas cotidianas

O corpo não deve ser essencialista nem imaterializado; o corpo é feito de processos ideológicos e discursivos. 19

Donna Haraway- encoraja os teóricos da esquerda a assumirem o desafio das feminista

Deve ficar claro que o corpo não é simplemente um efeito do discurso

Corpo é construído em seus campos específicos que encontram-se materiais acompnhandos os significados que o transplantamos e que começam manifestar-se em nossas posturas, fala e movimentos em resumo, nosso habitus

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Pedagogicamente, ensinar cultura popular na sala de aula é importante quanto teorizar sobre ela.

Ensinar cultura popular é simultaneamente um discurso e uma prática

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O pós-moderno e o discurso da crítica educacional

Henry Giroux

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PRÁTICA EDUCACIONAL E PILARES DA MODERNIDADE

“A teoria e a prática educacional estão estreitamente ligadas à linguagem e aos pressupostos do modernismo” e “As tecnologias morais, políticas, e sociais que estruturam e impulsionam [...] a escolarização pública são extraídas da visão modernista do estudante e do educador [...]”.

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John Dewey, Ralph Tyler, John Goodlad etc: Razão, Liberdade, Responsabilidade Social, Ciência, Progresso, Desenvolvimento.

  Modelo Europeu de Cultura e

Civilização: Moderno 

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ARGUMENTO PRINCIPAL

Analisar a relevância da crítica educacional feita pelos discursos pós-modernos.

Desenvolvimento do argumento em três etapas:

Teoria Geral do Discurso da Pós-Modernidade

Conexão de Temas Pós-Modernos Escolarização como Política

Cultural25

TEÓRICOS E SUAS DEFINIÇÕES Jean-François Lyotard: Rejeição

das metanarrativas, das filosofias metafísicas e das diversas teorias totalizantes.

Frederic Jameson: Lógica

Cultural, Mudança de Era, Novas Formações Sociais.

 

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MAPEAMENTO DA “CONDIÇÃO PÓS-MODERNA” “Não creio que o pós-modernismo

represente uma separação ou ruptura drástica em relação à modernidade” antes “[...] assinala uma mudança em direção a um conjunto de condições sociais, que estão reconstituindo o mapa social, cultural e geográfico do mundo [...] e produzindo novas formas de crítica cultural”. Henry Giroux.

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Produção da Cultura Contestar os ideais modernistas

de totalidade, certeza e progresso.

Pluralismo Cultural Colapso da divisão Realidade\

Imagem (Jean Baudrillard)  

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PARADOXOS DO DISCURSO PÓS-MODERNO

Crítica a(o): Iluminismo, Sujeito Transcendental, Universalização de Categorias, Objetividade (CRISTIANISMO, HEGELIANISMO, MARXISMO, etc.) \ “Soluções globais que tudo englobam a respeito do destino humano”.

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Risco: Teorias Particularistas ([...] compreender como as relaçoes nas quais as diferenças são construídas operam como parte de um conjunto mais amplo de práticas sociais, políticas e culturais”.  

Ex: Filmes como Blue Velvet (Veludo Azul, de David Linch).

CENTRALIDADE DA LINGUAGEM E DO DISCURSO (SUBJETIVIDADE).

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CONCLUSÕES

Insigths do pós-modernismo passíveis de uso pelos educadores:

Teoria ampla de Escolarização e Pedagogia Crítica

Questionamentos de formas tradicionais de poder

Repensar a construção e a definição da ideia de AUTORIDADE

 

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Questionamentos de certezas e absolutos

Importância do Contingente, do Específico

“Visão mais complexa e ‘iluminadora’ da relação entre cultura, poder e conhecimento”.

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SUGESTÕES DO AUTOR

Inadequação do Pós-Modernismo para “reescrever as possibilidades emancipatórias [...] de uma vida pública democrática.

Reivindicar a noção de Democracia do modernismo.

Pluralidade engajada e Cidadania Crítica.

Democracia Crítica e Liberdade

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