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Semiologia do abdome
Ana Luiza Leal Nathalia ThompsonCecília Vidal Rhycktielle FerrerFernanda Vinhas Rodrigo Peixoto
Anamnese
• Identificação– Idade: predominância de certos MOs e doenças
em determinada faixa etária– Sexo: estenose hipertrófica do piloro – mais
frequente em meninos– Local de nascimento até residência atual: doenças
endêmicas (esquistossomose, giardíase...)– Ocupação: lavrador (verminose)
Anamnese
• Queixa principal– Disfagia– Odinofagia– Regurgitação– Náusea– Vômitos– Diarréia– Constipação– Enterorragia
Anamnese
• História Patológica Pregressa– Ocorrência de cirurgias, quadros de alergia, uso
habitual de medicamentos
Anamnese
• História da gravidez, parto e nascimento– Doenças na gravidez (hepatite B)– Poliidrâmnio: alterações no aparelho digestivo– Peso e comprimento do RN– Anormalidades alimentares nos primeiros dias de
vida
Anamnese
• História Alimentar– Amamentação exclusiva? Até quando?– Desmame precoce– Idade de início do complemento– Alimentos introduzidos– Crianças maiores: alimentos com proteínas,
qualidade e quantidade da alimentação– Intolerância ou alergia alimentar– Refluxo
Anamnese
• História do desenvolvimento– Controle de esfíncteres
• História Imunológica– Verificar vacinas recebidas
• História Familiar– Verificar doenças nos pais, avós e irmãos
Anamnese
• História Social– Estrutura familiar e ambiente: perfil
socioeconômico– Condições de habitação– Zona rural ou urbana– Condições de saneamento– Presença de animais domésticos– Uso de cigarros, drogas, banho de rio
Anamnese
• Avaliar:– Fator genético– Etapa de desenvolvimento– Fator psicanalítico– Modelo familiar– Fator comportamental– Agravos ambientais
Dor abdominal
A- Caráter da dor1- Sensação de plenitude2- Sensação de ardência3- Sensação de câimbras4- Dor penetrante
Dor abdominal
B- Ritmo das dores1- Precoces2- Tardias3- Contínuas4- Irregulares
Dor abdominal
C- Crises de dores e periodicidade
D- Sitiofobia
Vômitos
A- Tipos1- Alimentares2- Aquosos3- Mucosos4- Biliosos5- Porráceos6- Fecalóides7- Purulentos8- de sangue
Vômitos
B- Relacionados à alimentação1- Precoces2- Tardios
C- Relacionados a origem1- Central2- Periférica
ALTERAÇÕES DA SEDE
PIROSE OU AZIA
REGURGITAÇÃO
AEROFAGIA
A- Simples, comum, silenciosa
B- Espasmódica, ruidosa, eructante
Fome e apetite
BulimiaPolifagiaAnorexiaAnorexia fisiológicaParorexiasMaláciaPicaAlotriofagiaRuminação
Ascite
Causas:A- Origem mecânica ou extraperitoneal
1-Concomitante a edemas generalizadosRenal ( Glomerulonefrite/ Síndrome nefrótica)Cardíaca ( Ins. cardíaca/ Pericardite constritiva)Carencial ( Caquexia/ Kwashiorkor)Hepática ( Cirrose hepática)
Ascite
2- Por hipertensão portalCirrose hepáticaTrombose ou compressão extravascular da veia hepática, da veia porta,da veia esplênicaPericardite constritiva crônica
Ascite
B- Origem inflamatória ou peritonealTuberculoseEstrongiloidíaseInfecção bacterianaNeoplasia peritoneal
Exame Físico do Abdome
Regras gerais• Decúbito dorsal em posição anatômica• Criança totalmente despida• Aquecer as mãos antes do exame• Verificar temperatura do ambiente• Evitar manipulações desnecessárias• Atentar para a idade do paciente• Dispor de boa iluminação
Limites do abdome
Exame Físico do Abdome
• Inspeção• Palpação
-Superficial-Profunda
• Percussão• Ausculta
Inspeção
• Deve ser feita em pé e em decúbito dorsal• Deve-se observar a forma, abaulamentos,
depressões, respiração, peristalse, circulação colateral e umbigo
InspeçãoForma
Inspeção
Abaulamento• Modo de instalação: súbito ou progressivo • Área: localizado ou global • Idade: diferentes causas• Conteúdo: líquido, gasoso ou maciço
Inspeção
Respiração• Até 1 ano: predominantemente abdominal• Entre 1 e 3 anos: inicio da respiração torácica• Entre 3 e 7 anos: respiração abdominal e
torácica• Maior de 7 anos: predomínio da respiração
torácica
Inspeção
Peristalse• Normalmente não são visíveis; quando são,
podem indicar processo patológico
Inspeção
Circulação colateral• Veia cava inferior• Veia cava superior• Veia porta• “Cabeça de medusa”
Inspeção
Umbigo• No neonato, verificar artéria umbilical única,
onfalocele, umbigo cutâneo ou amniótico, granuloma umbilical
• Em crianças maiores: processos expansivos, protrusão da cicatriz, equimose periumbilical
Palpação superficial
• Visa analisar a parede abdominal• Mãos aquecidas e espalmadas, sem
aprofundamentos• Nesse momento pode ser percebido algum
ponto álgico, devendo a região apontada deixada para o fim do exame físico
• Itens a serem observados: sensibilidade, espessura da parede, tumorações da parede, contiguidade
Palpação profunda
• Mãos em posição semelhante a palpação superficial.
• Em RN usar os 2º e 3º quirodáctilos • Não pressionar a ponta dos dedos sobre o
abdome• Aconselha-se aproveitar o ritmo respiratório da
criança para aprofundar a palpação• Se houver derrames líquidos, aprofundar com
palpações intermitentes
Palpação específica
• Fígado-palpação simples- palpação bimanual de fleckel- palpação em garra de mathieu
• Baço
-simples -bimanual
Percussão
• Posição: decúbito lateral e/ou dorsal• Som normalmente timpânico, com macicez na
zona hepática• Pesquisar traube• Meteorismo X Pneumoperitônio
Ausculta
• Borborinhos – som normal• Peristaltismo de luta• Hiperperistalse• Hipoperistalse • Sopros*na presença de massas na palpação é
obrigatório a ausculta
Quadros sindrômicos
• Síndrome edemigênica• Síndrome da irritação peritoneal• Síndrome obstrutiva• Síndrome com aumento de órgãos maciços
Dor abdominal
• Caráter:– Plenitude ou Peso – Ardência ou Queimação – Cãibras – Penetrante
Dor abdominal
• Ritmo, em relação à alimentação:-Precoce: no momento ou logo após as refeições.-Tardia: uma ou mais horas após as refeições. “Dor de fome”-Contínua: todos os dias e o dia inteiro.-Irregular: surge em qualquer hora, sem relação com alimentação, varia de dia pra dia e geralmente pouco intensa.
Semiologia do aparelho digestivo
1 – Boca 1.1 – Lábios 1.2 – Dentes 1.3 – Gengivas 1.4 – Glândulas salivares 1.5 – Língua
Semiologia do aparelho digestivo
1.1 – Lábios:Inspecionar cor, nitidez dos contornos e simetria• Alterações na cor dos lábios: Palidez (descoramento) – anemiaAzulada ou arroxeada – cianose, intoxicaçõesEscura – Síndrome de Addison, intoxicação argênticaAmarelada – icterícia intensa, hipercarotenemia,
hemocromatosePontos pretos ou pardos – Síndrome de Peutz – JeghersBranca – queimaduras elétricas
Semiologia do aparelho digestivo
• Contorno dos lábios:Lábio leporino – contorno interrompidoTubérculo labial ou de sucção – calo de sucçãoFístulas congênitas – trajetos cegos bilaterais
Semiologia do aparelho digestivo
• Comissuras labiais: Paralisia facial periférica – assimetriaQueilite angular – infecção bacteriana ou
fúngica, deficiência de riboflavina, sialorréia e hipervitaminose A
Queilose – deficiência de riboflavinaQueilite herpética – vírus herpes simples tipo IQueilite sifilítica – lesões úmidas e fissuradas
Semiologia do aparelho digestivo
• Espessura dos lábios:Varia com o grupo racialAumentada no hipotireoidismo, acromegalias,
edema angioneurótico (de Quinck), inflamações e na síndrome de Meckerson-Rosenthal (edema de lábios,
paralisia facial periférica e língua fissurada)
Semiologia do aparelho digestivo
• 1.2 – Dentes:
Época de erupção dos dentes - Primeira dentição
2 Incisivos centrais inferiores 6-8 meses
2 Incisivos centrais superiores 8-10 meses
2 Incisivos laterais superiores 10-12 meses
2 Incisivos laterais inferiores 10-12 meses
4 Caninos 15-20 meses
4 Primeiros molares 12-16 meses
4 Segundos molares 20-36 meses
Semiologia do aparelho digestivoÉpoca de erupção dos dentes – Segunda dentição
4 Primeiros molares 6-8 anos
4 Incisivos centrais superiores e inferiores 6-9 anos
4 Incisivos laterais 7-10 anos
4 Primeiros bicúspides ou pré-molares 10-14 anos
4 Caninos 9-14 anos
4 Segundos bicúspides ou pré-molares 10-14 anos
4 Segundos molares 10-14 anos
4 Terceiros molares 16-30 anos
Semiologia do aparelho digestivo
• Complicações na dentição:Atraso – raquitismo, hipotireoidismo,
hipopituitarismo, síndrome de DownDentes no recém-nascidoMá oclusão dentária Micrognatia – congênita ou adquirida (artrite
reumatóide juvenil)Prognatismo – genético ou secundário a distrofias
ósseas
Semiologia do aparelho digestivo
Trismo – tétano, encefalite, tumor cerebral, distúrbios eletrolíticos, doença de Gaucher infantil ou inflamação dos masseteres
Hipoplasia do esmalte dos dentes decíduos – sífilis congênita, hipotireoidismo, displasia óculo-ósseo-dentária, paralisia cerebral, infecções graves no RN, raquitismo e desnutrição
Hipoplasia dos dentes permanentes – incisivos, caninos e molares
Semiologia do aparelho digestivo
1.2.1 – Alterações da cor dos dentes:Pardo-acizentada – tetraciclinaParda – amelogênese imperfeitaPreto-esverdeada – tártaroRosa ou pardo-avermelhado – porfiria crônicaAnel verde neonatal – icterícia neonatal grave
Semiologia do aparelho digestivo
1.2.2 – Formato dos dentes:
Dentes de Hutchinson – sífilis congênitaCárie – bactérias acidófilasBruxismo - tensão
Semiologia do aparelho digestivo
1.3 – Gengivas• Complicações: Gengivite hipertróficaNódulos benignos nos RNFibromatose difusa
Semiologia do aparelho digestivo
1.3.1 – Alterações na cor:Arroxeada com consistência amolecida e tendência ao
sangramento – escorbutoEquimoses – púrpura trombocitopênicaCircundada por orla azul-escura – intoxicações por
chumbo e bismutoCoberta por pseudomembranas acinzentadas –
leucemiaEritema intenso - histiocitose
Semiologia do aparelho digestivo1.4 – Glândulas salivares:Alteração mais comum – parotidite
1.4.1 – Secreção salivar – alterações:SialorréiaPtialismoXerostomiaHipossalivaçãoSíndrome de MikuliczHálito
Semiologia do aparelho digestivo
1.5 – Língua 1.5.1 – Alterações no tamanho:MacroglossiaAglossiaMicroglossiaHipertrofiaAtrofia
Semiologia do aparelho digestivo
1.5.2 – Alterações na língua:
Semiologia do aparelho digestivoLíngua saburrosaLíngua secaLíngua de papagaioLíngua em framboesaLíngua geográficaGlossite pelagrosaGlossite de HunterGlossite carencialDisautonomia familiarAnciloglossia ou língua presaRânula
Semiologia do aparelho digestivo
• 1.5.3 – Alterações nervosas: AgustiaHipogustiaHipergustiaParagustiaLesões nos 2/3 anteriores – nervo lingualTerço posterior – nervo glossofaríngeo
Semiologia do aparelho digestivo
2 – Faringe 2.1 – Véu palatino, pilares e úvula:• Paralisia do véu palatino 2.2 – Amígdalas:• Ver tamanho, aspecto, cor, presença de
exsudatos ou ulcerações
Semiologia do aparelho digestivo
3 – Esôfago: 3.1 – Esfíncter esofagiano superior:Hipofuncionante – acalasia, doenças
neurológicas, botulismo, esclerose múltiplaDisfagiaPiroseVômito esofagianoHematêmese
Semiologia do aparelho digestivo
3.2 – Obstrução esofágica:ObjetosEstenose de esôfagoLaceração de esôfago 3.3 – Atresia:No RN, observa-se salivação abundante, tosse com
engasgos e cianose, com distensão abdominal pela passagem de ar pela traquéia
Semiologia do aparelho digestivo
4 – Estômago:
Semiologia do aparelho digestivo
4.1 – Doenças:Refluxo gastroesofágico – fisiológico em
lactentes até 8-10 mesesÚlcera péptica – pode ser primária, que
acomete crianças previamente sadias, ou secundária, que ocorre em decorrência de uma doença de base ou pelo uso de drogas
Intestino Delgado
• Motilidade: São os movimentos peristálticos que alteram sua freqüência e potência de acordo com o tipo de alimento ingerido. Apresenta padrões diferentes no jejum e após a ingestão de alimentos.
• - Alterações da motilidade produzem uma sintomatologia variada com: distensão abdominal, náuseas, vômitos, dor abdominal, plenitude, diarréia e emagrecimento.
Íleo paralítico
• Interrupção do trânsito intestinal• Sintomas: distensão abdominal, dor, ausência
de ruídos peristálticos, vômitos biliosos ou até fecalóides e meteorismo, desidratação com hipocloremia e hipopotassemia, língua saburrosa, febre baixa e anorexia.
• Causas: cirurgia intra-abdominal, infecções e alterações metabólicas graves.
Íleo oclusivo• É a interrupção do trânsito intestinal por
estreitamento ou obstrução da luz.• Peristaltismo de luta• Sintomas: dor em cólicas intensa, distensão abdominal
e vômitos, borborismo pela movimentação de fluidos e gases e algumas vezes o peristaltismo de luta pode ser visível na inspeção do abdome.
• Causas: é secundário a malformações da parede intestinal, aganglionose, herniação, brida, mucoviscidose, corpo estranho, bolo de áscaris, invaginação, tumores, e pâncreas anular.
Obstrução intestinal
• Se manifesta através de vômitos e distensão abdominal.
• A configuração do abdome distendido pode sugerir a altura da obstrução.
• O vômito do RN é mais precoce quanto mais alta for a obstrução.
• Ex: Numa obstrução duodenal, o vômito se inicia com poucas horas de vida; já numa obstrução baixa, ele pode demorar entre 36-48 horas até apresentar os sintomas.
Intestino Grosso
• Divide-se em: ceco, apêndice, cólon ascendente, transverso e descendente, sigmóide, reto e canal anal.
• Comprimento: -RN: 60cm-Adultos: 120 a 150cm
• Funções: -Absorção de água e eletrólitos-Armazenamento temporário das fezes
Intestino Grosso
• Apresenta diferentes padrões de motilidade em jejum e após a ingestão de alimentos.
• Transtornos da motilidade do intestino grosso causam: dor abdominal, constipação e diarréia.
• Importante saber a composição das fezes, consistência, quantidade e odor.
Dor abdominal• Dor abdominal: Pode ser causada por espasmos ou por
distensão do intestino pelo acúmulo de fezes. • Sintomas: dor intensa e contínua e que aumenta com a
compressão abdominal.• Dor intermitente tipo cólica: indica espasmo ou
hipermotilidades. • Se caracteriza por poder se manifestar em qualquer
sítio do abdômen, inclusive costas, coxa e tórax. O local da dor não coincide com a localização do transtorno.
• As dores colônicas geralmente diminuem após a evacuação.
Constipação
• É a diminuição da freqüência das evacuações, com fezes de consistência aumentada, ressecadas, com dor à evacuação, e muito esforço para evacuar. Dor abdominal, desconforto pós-alimentar, anorexia, fissura anal e hemorróidas.
• Causas: erro alimentar, psicogênica, anatômica ou Doença de hirschprung ou Aganglionose congênita.
Encoprese
• É a passagem de fezes formadas ou semi-formadas involuntariamente, sujando a roupa geralmente em criança maior de quatro anos.
• A criança não sente vontade de defecar e na maioria das vezes é de origem psicológica.
Exame das fezes• Freqüência das evacuações.• Volume das fezes: é proporcional à quantidade
de alimentos ingeridos.• Adulto: média de 100g/dia• Crianças: 5 a 10g/kg/dia• Características: as fezes normais são de cor
marrom (no lactente, amareladas e nos primeiros dias de vida são meconiais e de cor preta); são cilíndricas, bem formadas e afundam na água; cheiro sui generis.
Exame das fezes• Achados sugestivos:• Fezes em forma de cíbalos: ocorre em indivíduos com
constipação crônica.• Fezes com consistência diminuída: evacuações
diarréicas entre pastosas, semipastosas, semilíquidas e líquidas.
• Resíduos alimentares nas fezes são sugestivos de síndromes de má absorção.
• Muco: processo inflamatório da mucosa colônica.• Pus: inflamação do intestino grosso.• Parasitos.
Exame das fezes
• Microscopia: presença de sangue oculto, celulose, fibras musculares, gordura, amido, leucócitos, muco, ovos de parasitos, pH, eletrólitos fecais, substâncias redutoras e osmolaridade devem ser pesquisados.
• Sangue macrocópico: hematoquezia, enterorragia e melena.
Exame das fezes• Quando o sangue está em pequena quantidade
ele não modifica a cor das fezes, sendo necessária uma pesquisa laboratorial de hemoglobina.
• Algumas substâncias coram as fezes de vermelho, por exemplo: corantes avermelhados, amoxicilina, suco de tomate e outros medicamentos (não confundir com sangramento macroscópico). Outras substâncias escurecem as fezes como: bismuto, sais ferrosos, espinafre e chocolate preto (não confundir com melena).
Sangramento Digestivo
• São classificados em alto e baixo.• As causas variam de acordo com o grupo
etário e são de origem anatômica, genética, imunológica, metabólicas, lesionais ou externas.
• Deve-se buscar criteriosamente a origem do sangramento.
Sangue oculto
• O sangue oculto nas fezes pode ser detectado pelo exame microscópico das fezes.
• São de origem inflamatória, infecciosa, vasculares, neoplasias e tumores, drogas (AINES) ou extra gastrintestinais.
Diarréia
• Aumento da freqüência ou diminuição da consistência das fezes.
• Podem ser classificadas em aguda ou crônica.• Adultos: >200g/dia• Crianças (<3 anos): >10g/kg/dia • Mecanismos produtores de diarréia: osmótico,
secretos, de inibição iônica, alterações motoras e redução da superfície absortiva.
Diarréia• Diarréia aguda geralmente é por infecção entérica:• Virais: diarréia aquosa acompanhadas de vômitos.• Bacterianas: presença de sangue, muco e câimbras
abdominais.• Diarréia crônica: aquela que perdura por mais de duas
semanas.• Esteatorréia: >7g/dia de gordura nas fezes adultas.
Observada na doença celíaca, fibrose cística do pâncreas, parasitoses, infecções agudas e crônicas, atresia de vias biliares, desnutrição severa e prematuridade.
Diarréia crônica
• Quando ultrapassa duas semanas de duração.• Características: diminuição da consistência das
fezes, aumento na freqüência e no volume das evacuações, devido à má absorção de água, eletrólitos e outros nutrientes.
Diarréia crônica
• Etiologia: anatômica, alterações congênitas ou adquiridas da mucosa, inflamatória, por deficiência enzimática, deficiência protéico-calórica, por parasitoses ou infecções crônicas, por insuficiência pancreática exócrina, alterações na circulação entero-hepática, precipitação anômala de nutrientes, de origem emocional (privação materna), drogas (opiáceos) ou doenças sistêmicas.
Reto e Ânus
• Exames Diagnósticos para o Reto e o Ânus- Lactente em decúbito dorsal e crianças em decúbito lateral esquerdo.- Examina-se o reto introduzindo um dedo protegido por fina dedilha de borracha.- Tônus do esfíncter, dimensões da ampola retal, quantidade de fezes acumulada, presença de fissura, pólipos e mamilos hemorroidários.
Reto e Ânus
• Alterações- Imperfuração Anal (Malformação anorretal) - Prolapso Retal- Fístula Anorretal- Escoriações e Fissuras Anais- Pólipos Retais e Hemorróidas- Incontinência Fecal e Encoprese
Fígado
• Fígado da criança > adulto. • Bordo superior = 5ª a 6ª costela a nível da
linha clavicular média. • Bordo inferior:
- lactente = 2 a 3 cm da margem costal na linha clavicular média; - crianças maiores = margem costal, mas pode ultrapassar 1 a 2 cm
Fígado
• Tamanho normal ou aumentado (hepatomegalia - patológico);
• Superfície lisa (normal) ou irregular (nodular);• Borda fina (normal) ou romba; • Consistência mole (hepatite infecciosa aguda),
firme (normal) ou dura (cirrose hepática).• Percussão: Macicez.• Maiores fígados = doenças de depósito (Doença
de Gaucher; Doença de Niemman-Pick).
Fígado
• Avaliação funcionalI – Testes que avaliam a lesão hepatocelular
- Aminotransferases- Gama-GT- 5’ – Nucleotidase- Leucino-Aminopeptidase (LAP)
Fígado
• Avaliação funcionalII – Testes de capacidade de metabolização e
excreção hepática- Bilirrubinas- Excreção de Bromossulfateína (BSP)- Verde-de-indocianina- Teste de excreção de Rosa Bengala- Ácidos Biliares
Bibliografia• RODRIGUES, Yvon Toledo; RODRIGUES, Pedro
Paulo Bastos. Semiologia Pediátrica. 2009, 3ª ed, Guanabara Koogan
• SANTANA JC, KIPPER DJ, FIORE RW & Cols. Semiologia Pediátrica, ARTMED, 2003
• http://www.cadepsi.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=15:anorexia&catid=29:Artigos%20geral&Itemid=17
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