TEORIA DO ORDENAMENTO JURÍDICO Aluno: Gabriel Faria Oliveira Orientador: Alexandre Luiz Ramos...

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TEORIA DO ORDENAMENTO

JURÍDICOAluno: Gabriel Faria Oliveira

Orientador: Alexandre Luiz Ramos

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NORMAS JURÍDICAS Relação com Ordenamento

• Estudo recente, provindo da necessidade de integrar as normas num todo

• Análise do ordenamento deve ser conjunta com a análise das normas

• Conclusão da integração entre ordenamento e normas interagida com o conceito de direito

• Normas Jurídicas num aspecto formalformal: elementos estruturais das normas

• Normas Jurídicas num aspecto materialmaterial: conteúdo das normas

• O sujeito que põe a norma

• O sujeito que recebe a norma

NORMAS JURÍDICAS Relação com Ordenamento

• A norma jurídica é independente de um ordenamento e o ordenamento é composto de várias normas jurídicas

• Exclusão de um ordenamento composto por apenas uma norma

• Exclusão: pois seria tudo permitido, tudo proibido ou tudo obrigatório

NORMAS JURÍDICAS Relação com Ordenamento

• Positivas ou negativas

• Categóricas ou hipotéticas

• Gerais (abstratas) ou individuais (concretas)

NORMAS JURÍDICAS Aspecto Formal

• Internas e Externas

• Subjetivas e Intersubjetivas

NORMAS JURÍDICAS Aspecto Material

• Inicia-se uma visão de poder

• Norma Jurídica para controlar o poder de impor normas

• Começa-se a notar uma concepção de ordenamento

NORMAS JURÍDICAS Autoridade que impõe a norma

• Súditos

– necessidade de sanção e consequentemente de outras normas para regular tal sanção ( sistema de normas)

• Juízes

– necessidade de regulamentar os critérios de julgamento ( sistema de normas)

NORMAS JURÍDICAS Sujeito que recebe a norma

ORDENAMENTO JURÍDICOA origem das normas

• Por recepção: normas que se adquirem de outro ordenamento já constituído ( Ex: costumes Jurídicos)

• Por delegação ( regulamentos): normas produzidas pelas autoridades competentes

• Existem ordens nos atos de interesse particular ( negócio jurídico, autonomia privada)

• Poder originário

– justifica todo o ordenamento

– O poder originário não produz normas, apenas dá legitimidade àqueles que produzem

ORDENAMENTO JURÍDICOA fonte das fontes

• As fonte do ordenamento são os fatos ou atos dos quais o ordenamento jurídico faz depender a produção de normas jurídicas

• Normas de estrutura (imperativas de segunda instância)

• Normas de conduta )imperativas de primeira instância)

ORDENAMENTO JURÍDICOAs fontes

NORMAS DE ESTRUTURA

• Normas que mandam ordenar normas que obrigam o legislador a dispor sobre algo

• Normas que proíbem ordenar: norma que proíbe o legislador de legislar ( pena de morte)

• Normas que permitem ordenar: nos casos em que o Constituinte entende não dever intervir em determinada matéria

• Normas que mandam proibir: normas que mandam o legislador dispor normas proibitivas ( associações secretas)

• Normas que proíbem proibir: normas que proíbem o legislador proibir (capacidade jurídica)

• Normas que permitem proibir: leis que sancionam a liberdade de greves

NORMAS DE ESTRUTURA

• Normas que mandam permitir

• Normas que proíbem permitir

• Normas que permitem permitir

NORMAS DE ESTRUTURA

A UNIDADE DO ORDENAMENTO

• Ordenamento Jurídico: conjunto de normas jurídicas

• Complexidade do ordenamento provém da necessidade de regrar as condutas humanas

• As normas originam-se de várias fontes para dar conta de regrara as condutas

• Para manter a unidade do ordenamento e na sua produção usa-se o critério hierárquico

• Quanto maior é a produção de normas, menor é a execução delas

• Quanto menor é a produção de normas, maior execução (muitas normas para cumprir)

UNIDADE Hierarquia das leis

• Existem limites formais e materiais para a produção de normas

• Limites formais é o limite provindo da maneira na qual a norma inferior deve ser produzida

• Limite material: é o limite provindo do conteúdo da norma (uma norma inferior não pode contrariar uma superior)

UNIDADE Hierarquia das leis

• A norma fundamental é a norma máxima no critério hierárquico

• Todas as outras normas estão sujeitas a norma fundamental

• É uma norma pressuposta no ordenamento jurídico

UNIDADE Hierarquia das leis

NORMA FUNDAMENTALFundamentos de Origem

• Que o poder vem de Deus, normas fundamental baseada na vontade Divina

• Que o poder é originário da natureza, lei natural

• Que o poder deriva de uma convenção originária, o poder tira sua própria razão de existir

• A norma fundamental é que legitima todas as outras normas do ordenamento

• Impõe a suposição de que o povo deve obedecer o poder originário

• Justifica inclusive o uso da força para se fazer valer o ordenamento

NORMA FUNDAMENTALO Poder

A COERÊNCIA

• Ordem sistemática das inúmeras normas jurídicas

• Coerência sistemática para manter o ordenamento

ANÁLISE KELSENIANA

• Ordenamento estático

– parte de uma norma originária de caráter geral e relaciona-se com as outra normas através do conteúdo

• Ordenamento Dinâmico

– relaciona-se através da formalidade (critério hierárquico)

• Os ordenamentos jurídicos são dinâmicos, relacionam-se pela forma

• Por ser um sistema de normas não admite-se incoerência entre as normas

• Por ser um sistema derivam-se de usa-se o método dedutivo ( geral - individual)

ANÁLISE KELSENIANA

ANTINOMIAS

• São incompatibilidades de normas

• Deve-se a diversidade de normas

• São textos normativos que se contradizem em seu conteúdo

• Uma norma que ordena fazer e outra que proíbe fazer

• Uma norma que ordena fazer e uma norma que permite não fazer

• Uma norma que proíbe fazer e outra norma que permite fazer

ANTINOMIAS

• As antinomias terão validade quando alcançarem um mesmo âmbito de validez (espacial temporal, pessoal e material)

• Que façam parte do mesmo ordenamento jurídico

ANTINOMIAS

• Critério Hierárquico

– lex superiori derogat inferiori

• Critério Temporal

– lex posterior derogat priori

• Critério Especial

– lex especialis derogat generalis

ANTINOMIASCritérios de Resolução

CONFLITOS ENTRE CRITÉRIOS

• Critério Hierárquico X Critério Cronológico

– prevalece o critério hierárquico

• Critério Especial X Cronológico

– prevalece o critério da especialidade

• Critério Hierárquico X Especial

– não prevalece nenhum dos dois, pois ambos possuem grande poder

COMPLETUDE

• É a propriedade que deve ter o ordenamento para solucionar qualquer caso ou fato

• O ordenamento deve suprir todas as lacunas

• Acontecem quando as normas não regulam determinados casos

• É uma características dogmática (Exegese)

MÉTODOS PARA SUPRIR AS LACUNAS

• Heterointegração

– onde utiliza-se de ordenamentos diversos para suprir as lacunas internas (direito romano, natural)

• Auto-integração

– utiliza-se de recursos internos do ordenamento para suprir as lacunas (analogia, princípios gerais de direito)

• Analogia

– Utiliza-se a regra de um determinado fato para suprir a lacuna de outro fato semelhante

– Fato A, não tipificado, se é semelhante ao fato B tipificado, utiliza-se a lei do fato B para suprir ao fato A

MÉTODOS PARA SUPRIR AS LACUNAS

• Princípios Gerais de Direito

– Os mesmos princípios utilizados para construir o

ordenamento, devem ser utilizados para suprir as

lacunas

MÉTODOS PARA SUPRIR AS LACUNAS

RELAÇÕES ENTRE OS ORDENAMENTOS

• Cada estado possui eu próprio ordenamento

• Pluralismos jurídico

• A relação não se dá somente entre ordenamentos estatais, existem ordenamentos não estatais (pluralismo)

ORDENAMENTOS NÃO ESTATAIS

• Ordenamentos acima do estado

– algumas doutrinas admitem o da Igreja Católica

• Ordenamentos abaixo do estado

– alguns ordenamentos sociais

• Ordenamentos ao lado do estado

– algumas doutrinas admitem a Igreja Católica

• Ordenamentos contra o estado

– associações de malandros, seitas, etc....

ORDENAMENTOS NÃO ESTATAIS

RELAÇÃO HIERÁRQUICA ENTRE OS ORDENAMENTOS

• Coordenação

– quando os ordenamentos se relacionam num mesmo nível hierárquico (Estado e Igreja Católica)

• Subordinação

– quando um ordenamento fica subordinado as normas do outro (sindicatos e associações X Estado)

RELAÇÃO ENTRE OS ORDENAMENTOS ESTATAIS

• Podem os ordenamentos estatais relacionarem-se em três níveis: temporal, espacial e material

• Relacionam-se no âmbito espacial e material, mas não temporal

• Relacionam-se no âmbito temporal e material, mas não espacial

• Relacionam-se no âmbito temporal e espacial

RELAÇÃO ENTRE OS ORDENAMENTOS ESTATAIS

MUDANÇA DE ORDENAMENTO

• Os ordenamentos só se transformam através de revolução, ou seja, através de um novo paradigma, de um novo poder originário

BIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIA

BOBBIO, Norberto. Teoria do ordenamento jurídico. Traduzido por Maria Celeste C. J. Santos : apresentado por Tércio Sampaio Ferraz Júnior. 10 ed. Brasília : Universidade de Brasília, 1997. 184p.

TEORIA DO ORDENAMENTO JURÍDICO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATRINA - UFSC

CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS - CCJ

DISCIPLINA DE INFORMÁTICA JURÍDICA

PROFESSOR: AIRES JOSÉ ROVER

ALUNO: GABRIEL FARIA OLIVEIRA

FLORIANÓPOLIS/ DEZEMBRO DE 1999

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