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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
LIDERANÇA
Por: Camila Silva de Queiroz
Orientador
Professor Mario Luiz
Niterói
2012
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
LIDERANÇA
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Gestão Empresarial
Por.: Camila Silva de Queiroz
3
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus, em especial o
meu filho Giorgio, parte inseparável da
minha existência, que por tantas vezes
soube compreender minha ausência e
a todas as pessoas que acreditam,
contribuem e apóiam com críticas,
sugestões, força, carinho e estímulo
para meu desenvolvimento,
crescimento pessoal e profissional.
4
DEDICATÓRIA
Este trabalho é dedicado aos meus pais
por estarem sempre presentes em minha
vida.
Ao amor da minha vida Giorgio Giglio, por
me apoiar.
Ao meu marido Giuseppe, por estar
sempre ao meu lado, todas as horas me
fazendo sempre sorrir.
5
RESUMO
O presente trabalho tem como foco o papel da liderança e suas atribuições. No
contexto globalizado em que o mundo- se encontra e as mudanças
organizacionais que ocorrem constantemente, este trabalho pretende
evidenciar as novas conquistas deste profissional. As empresas contam com
lideres que visam melhorar os serviços prestados, inserindo novos incentivos
sobre uma liderança diretiva, encorajadora, participativa e criativa de seus
funcionários. Atualmente as empresas tem um enfoque maior no que diz
respeito a favorecer o desenvolvimento do indivíduo, preservando sua cultura e
a troca de experiências. A implementação de treinamentos e desenvolvimento
dos projetos pressupõe uma base de gestão de pessoas, no desenvolvimento
e capacidade de renovação da empresa e de seus funcionários. A liderança é
um processo de influência sobre os aspectos relacionados ás pessoas, como:
satisfação, personalidade, motivação, desempenho, comportamento, auto-
estima, autoconfiança, produtividade, entre outros.
Palavras Chave: Liderança, Estilo de Liderança, Gestão de Pessoas.
6
METODOLOGIA
A metodologia usada para a realização e desenvolvimento deste
trabalho será através de pesquisas em artigos, pesquisas na internet como
publicações on line, consulta bibliográfica, que consistiu na leitura e análise
das informações de diversas obras que se debruçam sobre o tema acima
mencionado.
As questões pontuadas neste trabalho tomam como referências as
contribuições de Idalberto Chiavenato, Peter Senge, Cecília Bergamini, entre
outros. A partir destes autores, será feita a ampliação de melhor compreensão
a respeito da identidade do líder em torno de sua formação e relevância.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - O Conceito 10
CAPÍTULO II - O papel do líder nas organizações 17
CAPÍTULO III – O líder no desenvolvimento de 24
pessoas na empresa
CAPÍTULO IV – A Gestão de pessoas como fator 33
determinante de alterações na cultura organizacional
CONCLUSÃO 38
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 40
BIBLIOGRAFIA CITADA 41
ÍNDICE 43
FOLHA DE AVALIAÇÃO 45
8
INTRODUÇÃO
A idéia de pesquisar tal assunto surgiu das inquietações que em mim
surgiam no sentido de verificar qual o papel exercido pala liderança no
ambiente de trabalho.
A liderança é um tema muito importante para que os gestores devido ao
papel fundamental que os líderes representam na eficácia do grupo e da
organização.
Este tema me encantou e instigou, me senti estimulada a pesquisar
sobre ele, e me especializar na área, pois pretendo fazer mestrado em Gestão
Administrativa.
O presente trabalho tem como tema “A importância do líder na Ação e
Desenvolvimento Organizacional” e tem como objetivo a discussão e reflexão
de forma sucinta, a importância da seguinte questão problematizadora: Por
que a liderança exerce um papel de importância no ambiente organizacional?
O líder pode ser responsável pelo sucesso ou fracasso de uma
organização, por isto, o papel da liderança nas organizações, é o poder de
agregar pessoas, criando uma visão e fornecendo a motivação e as metas
necessárias para atingi-la.
Como não existe um estilo certo de conduzir uma equipe, cada empresa
possui uma realidade e uma cultura que deve ser gerida e respeitada de forma
consciente.
Partindo do presuposto básico de que o mundo está em transformação
e, portanto, estão ocorrendo mudanças aceleradas decorrentes aos avanços
tecnológicos e científicos, percebe-se que são necessárias constantes
adaptações e mudanças nas organizações e no perfil do homem.
De acordo com essas novas mudanças e exigências para que ambas
permaneçam com eficiência no mercado, exigem-se que esses usem de novas
posturas perante as tendências mundiais do mercado.
9
Diante as afirmações citadas acima dos níveis de exigências no mundo
empresarial, a pesquisa visa apontar como os estilos de decisão do líder
afetam o desempenho das pessoas e o da equipe, permitindo alcançar
resultados expressivos aumentando a produtividade.
Na evolução dos paradigmas sobre empresa e sobre o homem, na
condição de empregado, um processo de mudança se instala, seja ele
planejado ou não.
Neste processo de mudança é que se dá uma nova aprendizagem onde
inclui novos valores, novas habilidades, novos conhecimentos e novas
atitudes, etc.
As empresas começam a perceber a necessidade de transferir o foco
dos esforços de treinamento, cujo objetivo é desenvolver qualificações, para a
criação de uma cultura de aprendizagem contínua, em que os empregados
aprendem uns com os outros e compartilham inovações e melhores práticas
visando solucionar problemas organizacionais.
10
CAPITULO I
CONCEITO
O capítulo em questão apresenta o conceito de liderança e suas formas de
contexto de atuação, a fim de definir com mais clareza as funções,
características e a forma de liderar um grupo de pessoas.
Liderança é o processo de influenciar as atividades de um indivíduo ou de
um grupo para a consecução de um objetivo numa dada situação. É um
processo do líder, do liderado e de variáveis situacionais (Bartlett & Ghoshal,
1997).
Diante as informações citadas acima, liderança é o processo de conduzir
um grupo de pessoas, transformando-o numa equipe que gera resultados. É a
habilidade de motivar e influenciar os liderados, de forma ética e positiva, para
que contribuam voluntariamente e com entusiasmo para alcançarem os
objetivos da equipe e da organização.
De acordo com Chiavenato,” A Teoria das Relações Humanas constatou a
influência da liderança sobre o comportamento das pessoas.” (pág.45,
CHIAVENATO, 2000).
Para Lacombe, “Os líderes influenciam as pessoas graças ao seu poder,
que pode ser o poder legítimo, obtido com o exercício de um cargo, poder
de referência, em função das qualidades e do carisma do líder e poder
do saber, exercido graças a conhecimentos que o líder detém.” (pág. 26.
LACOMBE, 2003).
Quando uma empresa possui uma liderança ruim, pode resultar em efeitos
negativos em seus colaboradores, sendo assim, qualquer melhora por menor
que seja deverá ter um efeito positivo (Lopes, 1980).
Se um departamento não for bem gerenciado, não há liderança que possa
impedir o caos, com todos os problemas inerentes à má gerência. Quando o
gerente não consegue motivar seus subordinados, ele será considerado
11
apenas um gerente que está fazendo o seu trabalho razoável, mas nunca um
líder (Bartlett & Goshal, 1997).
Liderança não é sinônimo de gerência, embora cada gerente deva ser um
líder.
A excelência empresarial está intimamente ligada a excelência gerencial.
Para o sucesso empresarial, as principais determinantes são visão, dedicação
e integridade do líder, e as principais habilidades e ferramentas gerenciais se
resumem basicamente em liderança.
O indivíduo é único, ímpar e se destaca na equipe de trabalho por suas
diferenças e para desenvolver um bom trabalho em equipe, é necessário haver
uma liderança.
Os chefes estão se ocupando cada vez mais com o desenvolvimento de
pessoas, atendendo o potencial de cada um e as necessidades da
organização. Alguns deles podem apresentar um potencial de desenvolvimento
técnico, e outros, para gestão de pessoas.
Infelizmente, muitos sabem pouco do que a liderança exige. Um líder,
entretanto, não precisa necessariamente gerenciar coisa alguma (Marcheti,
1997). Motivação é sinônimo de liderança. O sucesso de um líder pode
depender quase que exclusivamente de sua capacidade de motivar outras
pessoas (Marchetti, 1997).
De acordo com estudo sobre liderança, realizado por White e Lippitt (apud
Chiavenato, op. Cit.) em 1939, existem três estilos de liderança: autocrático,
democrático e liberal. A liderança autocrática enfatiza o líder, a liderança
democrática enfatiza o líder e os subordinados, enquanto a liderança liberal dá
ênfase aos subordinados.
Liderança é uma influência interpessoal exercida em uma dada situação e
dirigida através do processo de comunicação humana, para consecução de um
ou mais objetivos e pode ser dividida em:
12
Liderança como influência: uma pessoa pode influenciar outra em
função do relacionamento existente entre elas;
Liderança que ocorre em determinada situação: Ocorre que em
dada estrutura social decorrente da atribuição de autoridade para tomada de
decisão;
Liderança dirigida pelo processo de comunicação humana:
Capacidade de induzir o grupo a cumprir as obrigações atribuídas a cada um
com zelo e correção;
Liderança visando à concepção de um ou de diversos
objetivos específicos: O líder como meio para atribuir seus objetivos ou
necessidades.
Com isso, a liderança não deve ser confundida com direção ou gerencia,
que deve ser conduzida por um líder que nem sempre ocupa um papel de
diretor ou gerente dentro de uma organização. O líder deve estar presente em
todos os níveis hierárquicos e me todas as áreas de atuação.
1.1- Principais estilos sobre a liderança:
A liderança divide-se em autocrática, democrática e liberal, conforme
demonstra a tabela 1.
13
TABELA 1
Tipos de lideranças
SITUAÇÃO AUTOCRÁTICA DEMOCRÁTICA LIBERAL
Decisões Decide sozinho Equipe toma
decisões, o líder
assiste e
participa
Equipes tomam
decisões,
participação
mínima do líder
Programa de
trabalho
Determina
como deve ser
executado
Equipe delineia
os
procedimentos
e o líder apóia
Líder esclarece
dúvidas
quando
necessário
Divisão de
Trabalho
Determina
quem deve
escutar e o que
Equipe decide
sobre divisão
O líder não
participa
Participação do
líder
É “pessoal”,
domina elogios
e críticas.
É participativo e
objetivo,
elogios/ críticas
compartilhados
Participa só
quando
solicitado
1.1.1- Liderança Autocrática: Na Liderança autocrática o líder é
focado apenas nas tarefas. Este tipo de liderança também é chamado
de liderança autoritária ou diretiva. O líder toma decisões individuais,
desconsiderando a opinião dos liderados. O líder determina as
providências e as técnicas para a execução das tarefas, de modo
imprevisível para o grupo. Além da tarefa que cada um deve executar, o
14
líder determina ainda qual o seu companheiro de trabalho. O líder é
dominador e pessoal nos elogios e nas críticas ao trabalho de cada
membro.
1.1.2-Liderança Democrática: Chamada ainda de liderança
participativa ou consultiva, este tipo de liderança é voltado para as
pessoas e há participação dos liderados no processo decisório. Aqui as
diretrizes são debatidas e decididas pelo grupo, estimulado e assistido
pelo líder. O próprio grupo esboça as providências para atingir o alvo
solicitando aconselhamento técnico ao líder quando necessário,
passando este a sugerir duas ou mais alternativas para o grupo escolher.
As tarefas ganham novas perspectivas com o debate. A divisão das
tarefas fica ao critério do próprio grupo e cada membro pode escolher os
seus próprios companheiros de trabalho. O líder procura ser um membro
normal do grupo. Ele é objetivo e limita-se aos fatos nas suas críticas e
elogios.
1.1.3-Liderança Liberal: Que significa literalmente "deixai fazer,
deixai ir, deixai passar", neste tipo de liderança as pessoas tem mais
liberdade na execução dos seus projetos, indicando possivelmente uma
equipe madura, auto dirigida e que não necessita de supervisão
constante. Por outro lado, a Liderança liberal também pode ser indício de
uma liderança negligente e fraca, onde o líder deixa passar falhas e erros
sem corrigi-los.
A liderança envolve vários aspetos além da influência que líder exerce
sobre determinado grupo. Esta abordagem mais completa que
considera o todo compreende as teorias ou modelos transacionais.
Hollander (apud BERGAMINI, op.cit., p. 15-16) destaca que:
O processo de liderança normalmente envolve um relacionamento de influência em
15
duplo sentido, orientado principalmente para o atendimento de objetivos mútuos, tais como aqueles de um grupo, organização ou sociedade. Portanto, a liderança não é apenas o cargo de líder, mas também requer esforços de cooperação por parte de outras pessoas.
Chiavenato (1994, 1992, p. 148) define que:
A liderança é função das necessidades existentes numa determinada situação e consiste numa relação entre o indivíduo e um grupo. Trata-se de uma relação funcional. Essa relação funcional somente existe quando um líder é percebido por um grupo como possuidor ou controlador de meios para a satisfação de suas necessidades.
A liderança é dirigida através do processo da comunicação humana. O líder exerce influência sobre as pessoas, conduzindo suas percepções de objetivos em direção aos seus objetivos.
A liderança visa à consecução de um ou de diversos objetivos específicos. Assim, a liderança é uma faca de dois gumes: nenhuma pessoa pode ser um líder, a menos que consiga que as pessoas façam aquilo que ela pretende que façam, nem sempre será bem- sucedida a menos que seus seguidores a percebam como meio de satisfazer suas próprias aspirações pessoais ou atingir seus objetivos.
Portanto, e para que as pessoas o sigam espontânea e habitualmente
sem se sentirem invadidas ou ameaçadas, é necessário que o líder apresente
um traço marcante que é a sensibilidade às pessoas, pois, como destacam
Davis e Nwestrom (apud BERGAMINI, op. Cit., p. 106), “a liderança é o
processo de encorajar e ajudar os outros a trabalhar entusiasticamente na
direção dos objetivos”.
Em relação ao exposto, podemos dizer que o líder deve:
- focar nos objetivos a serem alcançados;
- orientar para a ação;
16
- ter confiança em si próprio e no grupo;
- ter habilidade para lidar e conviver com pessoas, fazer as coisas com
e por meio das pessoas;
- ser criativo e inovador;
- ser flexível, estar aberto a mudanças;
- tomar decisões (pensar e agir diante de uma situação);
- desenvolver altos padrões de desempenho e avaliação, buscando
excelência, eficácia, eficiência, produtividade e qualidade.
17
CAPITULO II
O PAPEL DO LIDER NAS ORGANIZAÇÕES
Enquanto você trabalha, uma guerra está sendo travada dentro da sua
empresa. É uma guerra silenciosa, mas que agita os corredores e a rádio –
peão. A briga é pelos melhores executivos do mercado, mais especificamente
por gente influente, reconhecida e temida no setor em que atua. Ser influente
hoje é bem diferente do que era ser influente alguns anos atrás. Até meados
da década de 1990, em geral bastava mostrar o cartão de visitas com o cargo
para que as outras pessoas baixassem a cabeça e acatassem o que o chefe
estava falando. Hoje, a influência tem outras métricas. (Você S.A. jun. 2006, p.
42)
Hoje o papel do líder nas organizações de aprendizagem é o de criar um
ambiente para que as pessoas sintam segurança no compartilhamento do seu
conhecimento.
Cada indivíduo entende a realidade conforme seus valores e crenças
aprendidas através do seu meio social.
SENGE (1990), usa termo modelo mental para explicar o modo como os
seres humanos percebem, interpretam e lidam com os fenômenos do dia a dia
de suas vidas.
Estes modelos mentais cristalizados impedem uma visão inovadora do
mundo levando a uma resistência as mudanças. Se não há mudança na forma
do indivíduo se posicionar nas ações e o mercado exige que as organizações
aprendam a inovar com velocidade, começamos a visualizar um problema
entre o que deve acontecer como comportamento ideal nas organizações e o
que de fato acontece.
As dificuldades, de mudanças no comportamento do ser humano
ocorrem pela cristalização de modelos mentais enraizados em crenças na sua
estrutura psicológica.
Não é possível tratar liderança de forma isolada porque as pessoas se
comportam como um todo em cada situação de vida. As teorias contingenciais
18
consideram a situação como fator determinante da eficácia da liderança, sendo
que o líder vai adaptar seus estilos e suas próprias escalas de valores de
acordo com a situação ou grupo. Fiedler( apud BERGAMINI, 1994, p. 52)
afirma que:
A liderança é, por definição, um relacionamento interpessoal, no qual poder e influência são desigualmente distribuídos de tal forma que uma pessoa seja capaz de dirigir e controlar os seus próprios. Em tal relacionamento, entre líder e seus membros, a personalidade do líder está pronta para determinar, em grande parte, a medida em que ele pode influenciar o comportamento do seu grupo.
O papel exercido pela liderança envolve conceitos como competência e
seu desenvolvimento de trabalho como processo de educação e de construção
de conhecimentos, socialização e trabalho. Baseia – se no aprender a
aprender para a criação de competências e de conhecimentos, auxilia na
escolha da profissão, na redefinição da vida profissional, na formação de
grupos auto – gerenciáveis de trabalho, na formação continuada, na avaliação
de desempenho. (LOPES, 2006)
Hollenkbeck (2003) destaca que, “os líderes existem para satisfazer as
necessidades de desempenho e satisfação de cada membro do grupo”.
No entanto, considerando as características dos seguidores e da
situação, é por meio de suas aptidões e traços de personalidade, de seu a
comportamentos e estilos de decisão que o líder vai interferir na motivação de
sua equipe.
Um dos maiores e mais centrais desafios organizacionais tem sido, ao
longo da história, fazer com que as pessoas produzam mais e melhore, para
isto, é preciso descobrir o que causa real impacto nos resultados.
Por isso, a colaboração do líder consiste em conhecer as questões que
envolvem a produtividade das pessoas e, em casos de dificuldades,
proporcionar soluções, conduzir as pessoas que trabalham na empresa,
dirigentes e funcionários, à direção dos objetivos definidos, humanos e
empresariais
19
O líder por ser um profissional que interage com outros colaboradores,
dentro da dinâmica organizacional, pode contribuir de maneira significativa com
processo de desenvolvimento humano. “Desse modo, assumir esse papel e
entender suas nuances em si e nos outros permite o desenvolvimento de
habilidades gerais e específicas, sobretudo em termos da emissão de juízos
acerca dos comportamentos e das habilidades a serem desenvolvidas.”
(RIBEIRO, 2006, p.10)
Na evolução dos paradigmas sobre a empresa e sobre o homem, na
condição de empregado, um processo de mudança se instala, seja ela
planejada ou não. Neste processo de mudança é que se dá uma nova
aprendizagem onde inclui novos valores, novas habilidades, novos
conhecimentos e novas atitudes.
Chiavenato (1992) afirma que:
Para atender a demanda das inovações, sociais, culturais, econômicas, políticas e tecnológicas é preciso que as empresas invistam pesado nas pessoas através da educação e do desenvolvimento profissional. Investir, portanto, na mentalidade participativa, assegurando um maior grau de democratização nos modelos de gestão.
Hoje, no entender de Naethe(1992) é que:
A grande oportunidade está centrada no homem, pois, enquanto força de trabalho, quanto mais estiver treinado, flexível e consciente, mais estará capacitado a atuar em níveis mais elevados de produtividade e qualidade.
Walter (1998) destaca que, só vão sobreviver ou se tornaram líderes de
mercado as organizações que considerarem o trabalho não apenas uma
utilização de braços e músculos, mas acima de tudo o desenvolvimento da
mente e da emoção.
Quando a empresa nega esta concepção de homem, o resultado prático
disso será a falta de criatividade para solucionar problemas, o baixo ou
nenhum comprometimento com os resultados finais da organização.
20
Analisando com mais detalhe a mudança de concepção de homem no
seu papel empregado, segundo Vianna (1991) “é importante tratar homem na
prespectiva de Seres Humanos e não de Recursos Humanos. Para ele,
É o ser humano, essência do que se convencionou chamar de Recursos Humanos da empresa, o principal elemento, fator crítico de sucesso, de qualquer tentativa de desenvolvimento organizacional. Pó isso mesmo é necessário transmutar o gerente de Recursos Humanos a eleva – lo à categoria de Gerentes de Seres Humanos. (p, 11).
A oportunidade deve estar revestida do caráter educativo do Ser
Humano e não apenas centrada nos níveis de adestramento, treinamento ou
desenvolvimento, para Bonfim (1995) dito de outra forma:
O caráter educativo na empresa deve romper com a famosa divisão social do trabalho onde adestramento são para quem executa e o desenvolvimento para quem pensa. (p,19).
Dessa forma, se faz necessário que o líder tenha uma ligação direta na
área de Recursos Humanos direcionando seus colaboradores da empresa com
o objetivo da melhoria de resultados coletivos que desenvolve projetos
educacionais, seleciona e planeja cursos de aperfeiçoamento e capacitação,
representa a empresa em negociações, convenções, realiza palestras, aporta
novas tecnologias, pesquisa a utilização e a implantação de novos processos,
avalia desempenho e desenvolve projetos para o treinamento dos
funcionários.
A abordagem do tema liderança deve levar em consideração também a
sua dimensão servidora. O foco do líder deve estar voltado para as pessoas,
porque são elas que fazem os resultados da empresa acontecerem. E a
liderança é que vai permitir com que as pessoas desenvolvam o que tem de
melhor, seu potencial e os valores intrínsecos do ser humano. (Você S.A.
abr.2005, p.33)
Finalmente, somando os indicadores de evolução na empresa, as
lideranças possuem ou exercem tais poderes como de caráter didático,
psicológico e sociológico, fazendo com que os objetivos de uma nova base de
21
gestão de pessoas, desenvolvimento e capacidade de renovação da empresa
e de seus funcionários sejam alcançados de forma eficiente e eficaz.
2.1- A IMPORTÂNCIA DA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL NA
ATUALIDADE
A qualificação no meio empresarial tornou – se o caminho para a
construção de um ambiente de trabalho que favoreça tanto as relações
interpessoais quanto a qualidade do produto. Acrescenta – se, ainda que, a
empresa e as pessoas que não provocar a mudança, se adequar, estruturar,
se capacitar rapidamente as novas demandas, que resistiram à qualificação e
atualização não alcançará o sucesso.
De acordo com Chiavenato(1992):
A criatividade nas organizações pode ser desenvolvida por meio de algumas
ações, como encorajar e aceitar a mudança; impulsionar novas idéias;
proporcionar maior interação; tolerar os erros; definir os objetivos claros e
liberdade para alcança – los; oferecer reconhecimento. (p.87)
Vale destacar que, a criatividade passa a ser considerada como elemento
fundamental para as pessoas e organização. A empresa que promover
modificação em sua cultura propiciando liberdade, autonomia para que as
pessoas possam sentir – se melhor no ambiente de trabalho, terá um
comprometimento maior de seus colaboradores.
Segundo Bonfim (1995) “O treinamento tem importância na empresa, na
medida em que cria atitudes e comportamentos positivos para com os
objetivos organizacionais e dos indivíduos (p. 30).
Assim, o treinamento representará fator de auto - satisfação, constituindo-se
num agente motivador significativo.
22
No entender de Bonfim (op. cit.), o treinamento precisa ser visto como uma das
estratégias facilitadoras para atingir o processo de mudança. Entretanto, a
mudança não está em si mesma; mas é algo projetado, para o qual o querer
das pessoas envolvidas precisa ser considerado.
As constantes mudanças no mercado de trabalho e a competitividade tornaram
cada vez mais necessárias a capacitação dos profissionais. Com isso,
algumas organizações investem na atualização, capacitação e
desenvolvimento dos seus colaboradores, através de treinamentos externos e
internos para acompanhar as inovações do mercado.
As transformações científicas e tecnológicas contribuíram para as mudanças
nas empresas, maior exigência quanto à qualificação profissional.
Assim, para entender essas inovações, econômicas, políticas, sociais, culturais
e tecnológicas é preciso que invistam em um modelo organicista como diz
Chiavenato (1992):
Este modelo é mais aberto, próprio para ambientes instáveis que lidam com
mudanças constantes. É preciso investir nas novas pessoas através da
educação e do desenvolvimento profissional das mesmas, pois elas que
possuem habilidades e competências. (p. 59)
Observamos profissionais acomodados em seus afazeres, detêm um
determinado saber e acham ser suficiente, não procuram inovação. Vivem em
uma realidade sem consistência. Esses profissionais executam suas tarefas
sem ter noção do que envolve sua produção. E a libertação deste
aprisionamento se da através da curiosidade, do querer descobrir o
desconhecido, sem medo da mudança.
As empresas buscam profissionais polivalentes, com iniciativas, atuantes, que
estão sempre se atualizando, empreendedores (LOPES, 2006)
A adaptação e o crescimento contínuos em um ambiente de negócios em
mudança dependem da “aprendizagem institucional”, processo pelo qual
equipes gerenciais compartilham os modelos mentais da empresa, de seus
mercados e de seus concorrentes. (SENGE,1999 p.42)
23
A oportunidade deve estar revestida do caráter educativo do ser humano
total e não apenas centrada nos níveis de adestramento, treinamento e/ou
desenvolvimento, para Bonfim (1995, p.19). Dito de outra forma, o caráter
educativo na empresa deve romper com a famosa divisão social do trabalho
onde adestramento e treinamento são para quem executa e o desenvolvimento
para quem pensa.
24
CAPÍTULO III
O LÍDER NO DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS NA
EMPRESA
De alguns anos para cá, com a máxima de que o ativo das empresas
são seus funcionários, o debate sobre a importância da comunicação interna
se intensificou, de forma a colocá-la como uma das principais estratégias da
empresa com relação aos seus colaboradores. Então, vem a questão de como
isso interfere na estratégia de comunicação interna na organização.
Chiavenato (1994) propõe que:
“Para entender esta questão, é preciso que se entenda que o que sustenta todos os processos internos da empresa é o respeito desta para com seus funcionários e vice- versa, e isso não seria diferente no processo de comunicação interna. Ao contrario, respeitar os funcionários é a missão mais importante desta função. Respeitar suas crenças e valores, seus sentimentos, sua inteligência. È o respeito que sustenta o processo de comunicação, potencializando a percepção da credibilidade.”
Portanto, quando a comunicação interna fala de pessoas e para as
pessoas, ela interioriza e dissemina os conceitos de credibilidade, relevância
nas atitudes do dia- a – dia, e passa a atribuir valor a quem detém esse valor.
E quando a comunicação sai do veículo para o comportamento causa
um genuíno movimento de dentro para fora, onde todas as relações dos
funcionários com cliente, fornecedores, parceiros também passarão a estar
alicerçadas.
Considerando as relações sociais e os processos de transformação
existentes no cotidiano, que envolve a práxis dos profissionais, a educação
permanente dos profissionais deve constituir parte de pensar e fazer dos
trabalhadores com a finalidade de propiciar o crescimento pessoal e
25
profissional dos mesmos e contribuir para a organização do processo de
trabalho, através de etapas que possam problematizar a realidade e produzir
mudanças.
Cada vez fica mais claro que, na atualidade, a instituição que visa
melhorar suas qualidades e seus serviços, necessariamente deve se inscrever
num processo de continuidade no que concerne à formação permanente e ao
desenvolvimento humano de seus integrantes.
Através da aprendizagem contínua, a organização exercita a sua
competência e inteligência coletiva para responder ao seu ambiente interno
objetivos, metas, resultados e externo a estratégia.
Senge(1999) nos diz que:
Nas “organizações que aprendem as pessoas expandem continuamente sua capacidade de criar resultados que elas realmente desejam, onde maneiras novas e expansivas de pensar são encorajadas, onde a aspiração coletiva é livre, e onde as pessoas estão constantemente aprendendo a aprender coletivamente” (p. 21).
Dessa forma, o líder assume múltiplas funções dentro do contexto
educacional e empresarial, visando facilitar o processo de aprendizagem dos
seres humanos. Portanto é fundamental delinear as propriedades de cada
colaborador, bem como considerar o meio no qual está inserido, isto tende
auxiliar o ensino e a aprendizagem, proporcionando maior interesse e
consequentemente uma maior assimilação por parte dos trabalhadores.
( RIBEIRO, 2004)
Do ponto de vista das áreas de atuação da Liderança, Ferreira (1985)
diz que, o líder ganha espaço nas empresas enquanto profissional que atua na
área de desenvolvimento de recursos humanos, especificamente em
treinamento de pessoal, responsável pela preparação, formação de mão – de –
obra para o atendimento das especifidades da organização. Assim:
Um dos propósitos do treinamento é o de qualificar todo o pessoal da organização nas áreas administrativas,
26
operacional, gerencial, elevando a qualidade e a produtividade organizacionais. (FERREIRA, 1985, p, 74).
Esse processo implica em reconhecer que as práticas rotineiras,
descontextualizadas dos reais problemas, dificilmente permitirão o
desenvolvimento da capacidade de reflexão. Pensar propostas inovadoras de
educação permanente supõe um desafio de gerenciar experiências de
aprendizagem que interessem as pessoas envolvidas, que possibilitem elos no
processo de compreensão e construção dos conhecimentos, que promovam
modos de pensar inteligentes, criativos e profundos, para favorecer o
desenvolvimento pessoal e social, a capacidade reflexiva dos trabalhadores
em serviço.
Segundo RIBEIRO(2006)
A criatividade é considerada um elemento fundamental para as pessoas e organização, dela decorre os estímulos que permitem o surgimento das inovações. (p.43)
A aprendizagem organizacional é, portanto, o processo contínuo de
detectar e corrigir erros. Errar significa aprender, envolvendo a autocrítica, a
avaliação de riscos, a tolerância ao fracasso e a correção de rumo, até
alcançar os objetivos. É a capacidade das organizações em criar, adquirir e
transferir conhecimentos e em modificar seus comportamentos para refletir
estes novos conhecimentos, conforme SENGE (1999). Isso implementa um
mecanismo pelo qual os trabalhadores contribuem para o desempenho da
empresa por meio da aplicação dos seus conhecimentos e habilidades em
resolver problemas e de inovar constantemente. Cria-se a organização que
aprende e que gera conhecimento.
A liderança precisa ter sensibilidade para perceber que os processos
usados devem permitir aos trabalhadores aprender no complexo mundo
contemporâneo, no contexto de uma aprendizagem solidária e democrática,
que oferece ao profissional ajuda e tende a fortalecer processos de
crescimento pessoal e transformação no âmbito profissional. A autonomia na
27
aprendizagem desenvolve a capacidade de aprender a aprender e a
consciência da necessidade da formação permanente.
Os indicadores que transmitem um movimento ao maquinismo da
aprendizagem organizacional são a criatividade e a inovação.
Segundo Peter Senge (1999, p. 320), autor do livro A Quinta Disciplina,
os gerentes devem estimular e conduzir a mudança para criar organizações
que aprendam. (SENGE apud CHIAVENATO, 1999).
A aprendizagem e o treinamento nas empresas são os diferenciais de
competitividade, qualidade e lucratividade. Por esse motivo o investimento no
conhecimento contínuo e coletivo do capital intelectual das empresas tende ao
crescimento progressivo.
Esse conceito administrativo assemelha-se, integralmente, ao novo
conceito educacional de empresa e da sua função social: formar cidadãos
autônomos.
Nesta perspectiva Rattner 1998, diz:
(...) Apesar da escala e extensão da ação do líder poder variar de um contexto ao outro, de acordo com a tradição cultural, religião, costumes, problemas sociais e econômicos específicos de sua região, forte ênfase deve ser colocada nas tecnologias de comunicação e habilidades motivacionais e organizacionais dos futuros líderes, para capacitá-los a agir como "formadores de equipes", animadores e mediadores de conflitos. (p. 49)
No entanto, nenhuma mudança organizacional significativa pode ser
realizada sem que se efetuem profundas mudanças nas formas de pensar e
interagir das pessoas. A base de idéias que sustenta as “organizações que
aprendem” estabelece o pensamento sistêmico, os modelos mentais, o
domínio pessoal, a visão compartilhada, a aprendizagem em grupo e o diálogo
como elementos inevitáveis do seu desenvolvimento, cada um proporcionando
uma dimensão vital na construção de organizações realmente capazes de
“aprender”, de ampliar continuamente sua capacidade de realizar suas mais
altas aspirações.
Para entender melhor, pensamento sistêmico é o pensamento voltado
para o todo, onde nenhuma ação é empreendida sem se considerar seu
28
impacto em outras áreas da organização e da sociedade. É o quadro de
referência conceitual, o conjunto de conhecimentos e ferramentas
desenvolvidos para esclarecer os padrões como um todo e ajudar a ver como
modificá-los efetivamente.
Dentro das organizações o líder pode: auxiliar na elaboração dos
instrumentos de avaliação de desempenho, de modo a analisar o instrumento
sob o ponto de vista didático; promover técnicas que facilitem a interação dos
diversos setores que a compõe; proporcionar exercícios, e técnicas que
evidenciem a criatividade; selecionar conteúdos de revistas e jornais que
contenham assuntos de interesse mutua; verificar juntamente com os
administradores se há necessidade de treinamento ou de aprendizagem;
organizar murais procurando utilizar fontes, cores e vocabulário adequado a
cada setor; atuar como conselheiro de carreira de gerentes e executivos;
orientar funcionários nos cursos via internet; trabalhar a cultura empresarial,
valores; desenvolver trabalhos que contemplem aspectos psicólogos,
sociólogos e fisiológicos. (RIBEIRO, 2004).
Para o processo de desenvolvimento de líderes, se propõe as seguintes
competências:
• Mentalidade: O profissional deve ter uma constante adaptação ao
novo, verificando as dificuldades e transformando-as em oportunidades.
Busca constantemente estar aberto a si próprio e as novas propostas do
grupo, mudando a direção e conduta quando necessário para melhor
desempenho da instituição e do trabalho em equipe.
• Características pessoais:
• Conhecimento: amplo e profundo dos aspectos técnicos e do negócio
para que possa contribuir de maneira efetiva no processo competitivo.
• Conceituação: Capacidade de lidar com o pensamento complexo e
abstrato direcionado para a análise e síntese da situação apresentada
na organização.
29
• Flexibilidade: Habilidade necessária de lidar com mudanças rápidas
permitindo melhor liderança com os processos
• Sensibilidade: Estar sensível às diferenças individuais apresentadas no
grupo. Para tanto, é necessário estar ligado ao processo, não só
emocionalmente equilibrado, mas também predisposto a receber outros
pontos de vista, questionando, quando necessário, suposições, valores
e convicções.
• Julgamento: estar apto a lidar com incertezas cada vez mais presentes
nas decisões gerenciais.
• Reflexão: estar predisposto a um aprendizado contínuo que lhe
permitirá refletir sobre os problemas apresentados no grupo ou na
organização.
• Competência: É “uma capacidade específica de exercer a ação em um
nível de habilidade que seja suficiente para alcançar o efeito desejado”
Mentalidade não é competência. A competência se estabelece a partir
de uma mentalidade transformadora em comportamento, assim como
característica não é competência. Uma pessoa pode ser sensível para lidar
com diferenças individuais, mas não usar essa sensibilidade no trabalho em
equipe. Essa sensibilidade transforma-se em competência gerencial quando o
gestor a usa para conhecer a si e o que está ao seu redor, bem como para
criar, desenvolver e manter as equipes de trabalho direcionadas atingir os
mesmos objetivos.
As competências a seguir completam as mencionadas
30
• Gestão de competitividade: Capacidade de colher informações em
uma base global e aplicá-las;
• Gestão de complexidade: Capacidade de lidar com vários interesses
concorrentes, contradições e conflitos;
• Gestão de adaptabilidade: Estar flexível e aberto para mudanças;
• Gestão de equipes: Capacidade de lidar com as diversas habilidades
funcionais em níveis diferenciados de experiência e diversas origens
culturais;
• Gestão de incertezas: Capacidade de lidar com mudanças contínuas.
Para evitar que o gestor tenha sensação de impotência, é necessário
que se prepare para a mudança, e não contra ela.
• Gestão de aprendizado: Capacidade de conhecimento, aprendizado
próprio, bem como facilitar o conhecimento, aprendizado dos outros;
Existem três tipos de habilidade nas empresas: as técnicas, as
humanas, e as conceituais, que variam à medida que se encaminham entre os
níveis supervisão, intermediária e alta direção. Quando se passa do nível
superior para o superior, há aumento nas habilidades conceituais, em
detrimento das habilidades técnicas.
Com a contínua mudança e complexidade ocorridas nas organizações e
a forma como os líderes tem de atuar, ficam cada vez mais evidentes que as
diferenças entre os momentos e os espaços em que as diversas competências
se fazem necessárias.
Capacidades requeridas para o líder
31
• Compartilhar visão, missão, objetivos, metas, estruturas, tecnologias e
estratégias;
• Perscrutar, monitorar o ambiente externo;
• Contribuir para a formação de valores e crenças dignificantes;
• Ter habilidade na busca de clarificação de problemas;
• Ser criativo;
• Fazer da informação sua ferramenta de trabalho;
• Ter iniciativa, comprometimento, atitude sinérgica, ousadia;
• Visualizar o sucesso;
• Construir formas de auto - aprendizado;
• Conhecer seus pontos fortes e os fracos;
• Ouvir e ser ouvido;
• Reconhecer que todo mundo tem alguma coisa com que pode
contribuir;
• Viabilizar a comunicação;
• Pensar globalmente e agir localmente;
• Reconhecer o trabalho das pessoas;
• Ser ético
O líder tende a lidar com as atitudes individuais e com as de grupo,
fazendo com que todos desempenhem bem o seu papel para atingir o objetivo
final, que é a satisfação das necessidades informacionais dos clientes.
A valorização de fatores intrínsecos ou de fatores extrínsecos
determinará estilos de liderança diferentes. Nesta perspectiva, Mintzberg (apud
HOLLENBECK, 2003, p.244),”liderança diz respeito explicitamente á
orientação e à motivação dos funcionários”, visto que os comportamentos e
estilos de decisão do líder podem influenciar nas variáveis motivacionais das
pessoas.
No entanto, a principal ênfase que se pretende dar para o problema proposto é
a de que os líderes ideais ou eficazes são aqueles que concentram energia em
seus pontos fortes, nos pontos fortes das pessoas que lideram e nos pontos
fortes da própria empresa, onde, à medida que os pontos fortes vão sendo
32
capitalizados, os pontos fracos vão sendo naturalmente superados. O líder
concentra sua energia na busca do sucesso, ao invés de desperdiçá-la
tentando evitar os fracassos. ( O LÍDER para novos tempos, mai. 1992).
33
CAPÍTULO IV
A GESTÃO DE PESSOAS COMO FATOR
DETERMINANTE DE ALTERAÇÕES NA CULTURA
ORGANIZACIONAL
Entende-se por Gestão, como um conjunto de atividades coordenadas
para dirigir e controlar uma Organização. E, segundo PEREIRA (1995, pg.89),
“Modelo de Gestão” é “o conjunto próprio de concepções filosóficas e idéias
administrativas que operacionalizam as práticas gerenciais nas organizações”.
Portanto, Modelo de Gestão é a forma como o negócio é estruturado de
maneira a atender os objetivos estabelecidos no plano estratégico da
organização, orientado pela visão, missão, valores e pelo posicionamento
estratégico.
As mudanças no mercado de trabalho são muito ágeis e as tendências
de ocupação se modificam rapidamente. Nota-se, portanto, que as demandas
da nova ordem econômica e social deste século trazem diversos desafios para
quem quer sobreviver neste mercado.
Levando em consideração as mudanças que ocorrem no mercado de
trabalho e nas relações empresa - funcionário, as organizações precisam ter
estratégias claras, sustentadas por uma gestão participativa.
A Gestão deve buscar o desenvolvimento do funcionário e da
empresa, com a finalidade de aproximar os objetivos organizacionais e
os pessoais.
A Gestão de Pessoas é uma das áreas que mais tem passado por
mudanças e transformações nestes últimos anos. A visão que se tem hoje da
área é totalmente diferente de sua tradicional configuração, quando recebia o
nome de Administração de Recursos Humanos (ARH).
34
A Gestão de Pessoas tem sido a responsável pela excelência de
organizações bem-sucedidas e pelo aporte de capital intelectual que simboliza,
mais do que tudo, a importância do fator humano em plena era da informação.
Com a globalização dos negócios, o desenvolvimento tecnológico, o
forte impacto da mudança e o intenso movimento pela qualidade e
produtividade, surge uma eloqüente constatação na maioria das organizações:
o grande diferencial, a principal vantagem competitiva das empresas decorre
das pessoas que nelas trabalham. Surge, portanto, uma nova visão: as
pessoas como agentes proativos e empreendedores. São as pessoas que
geram e fortalecem a inovação e que produzem, vendem, servem ao cliente,
tomam decisões, lideram, motivam, comunicam, supervisionam, gerenciam e
dirigem os negócios das empresas. No fundo, as organizações são conjuntos
de pessoas.hoje é um novo tipo de economia que tanto pode dominar os
setores quanto desenvolve-los, e um dos grandes desafios da sociedade do
conhecimento é a formação de líderes para a gestão de pessoas.
Após passarmos de uma economia essencialmente agrícola para
industrial, pode-se dizer que a informação hoje é um novo tipo de economia
que tanto pode dominar os setores quanto desenvolvê-los, e um dos grandes
desafios da sociedade do conhecimento é a formação de líderes para a gestão
de pessoas. Os líderes devem ter a capacidade de criar, motivar, manter o
trabalho em equipe, visando sempre aos objetivos almejados de uma
organização.
De acordo com Chiavenato (1992), existe uma diferença entre gerenciar
pessoas e gerenciar com pessoas,
No primeiro caso, as pessoas são objeto da gerência. Elas são guiadas e controladas para o alcance de determinados objetivos. No segundo caso, as pessoas são sujeito ativo da gerência, elas são quem guiam e controlam para alcançar determinados objetivos individuais e organizacionais. (p.231)
35
Gerenciar pessoas ou a gestão de pessoas é a preocupação de muitas
organizações para que seus objetivos sejam atingidos, de preferência com a
participação de um grupo eficaz e motivado liderado por um líder que possa
ter desafios estratégicos como: atrair, capacitar e reter talentos; gerir
competências; gerir novas relações trabalhistas; RH reconhecido como
contributivo para o negócio; RH reconhecido como estratégico; manter
motivação; desenvolver uma cultura gerencial voltada para excelência;
Nesta mesma linha de evidenciação das mudanças de paradigmas que
estão ocorrendo em relação às expectativas sobre o homem, TAVARES
(1991) também adverte para o fato de que a empresa para atender às novas
exigências dos processos produtivos terá que se ocupar do homem inteiro.
Para ela, o homem completo traz consigo sua memória, seus sentimentos,
seu corpo e não só o fragmento que o capacita a trabalhar.
Portanto, investir na mentalidade participativa, assegurando um maior
grau de democratização nos modelos de gestão, desenvolvendo com isso
uma relação de confiança e respeito mútuo, tornando a relação capital –
trabalho um fato e não um discurso, são alguns alertas feito por
CHIAVENATO(1992)
Em outras palavras, as empresas precisam parar de pensar em seus
colaboradores como Recursos Humanos, e colocá- los em primeiro lugar. É
preciso que a empresa valorize, motive e incentive seus funcionários, e não
se esqueçam que são os seus funcionários que as mantêm ativa no
mercado. Inovação só vem de gente, não vem de máquina.
No que se refere a incentivo, vale acrescentar que este é um fator
indispensável ao funcionário posto que ele se sentirá valorizado no seu
próprio trabalho o que influirá positivamente na boa qualidade do seu
desempenho. Ribeiro (2006,p.58).
Gerenciar pessoas é chegar a um alto grau de cooperação e
comprometimento, e isto é mais do que gerenciar pessoas: é gerenciar com
pessoas. (CHIAVENATO,1992, p.233).
36
Assim, para atender as inovações sociais, culturais, econômicas, políticas
e tecnológicas, é preciso investir pesado nas pessoas através da educação
corporativa e do desenvolvimento profissional.
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior, educação corporativa pode ser definida como uma prática
coordenada de gestão de pessoas e de gestão do conhecimento tendo como
orientação a estratégia de longo prazo de uma organização.
No entender do Ministério (op. cit), educação corporativa é mais do que
treinamento empresarial ou qualificação de mão-de-obra. Trata-se de articular
coerentemente as competências individuais e organizacionais no contexto mais
amplo da empresa. Nesse sentido, práticas de educação corporativa estão
intrinsecamente relacionadas ao processo de inovação nas empresas e ao
aumento da competitividade de seus produtos, bens ou serviços.
Esse novo contexto empresarial redefine o perfil do trabalhador da era
do conhecimento. O conhecimento é cada dia mais um ponto de apoio para a
sobrevivência dos indivíduos, da sociedade e das empresas, o que supõe criar
organizações de aprendizagem capazes de gerenciar a mudança a seu favor.
Precisa-se de profissionais que aprendam de forma não convencional e
que saibam trabalhar cooperativamente para gerar soluções inovadoras. É
necessária uma nova abordagem na formação, agora necessariamente
continuada, para que as pessoas permaneçam produtivas, em condições de
acompanhar as mudanças e otimizando seu tempo.
Uma ampla proposta de formação e aperfeiçoamento de pessoal em
todos os níveis organizacionais, apoiada na intenção de fortalecer e
desenvolver a capacidade técnico – administrativa, promover e estimular a
qualificação profissional é um desafio para as organizações contemporâneas.
Cabe ao líder auxiliar o desenvolvimento de instrumentos e capacitação
quanto à observação sistemática do funcionário, à obtenção de dados e
informações a respeito dos funcionários em termos do seu desempenho,
37
assim como quanto à proposição de medidas com vistas a corrigir os desvios
constatados. (RIBEIRO, 2008,p. 58).
A liderança existe, portanto, para dar suporte tanto em relação à
estruturação das mudanças quanto em relação á ampliação e à aquisição de
conhecimento no espaço organizacional. O líder “promove a reconstrução de
conceitos básicos, como criatividade, espírito de equipe e autonomia
emocional e cognitiva” (LOPES, 2006, p. 74).
Na perspectiva dessa visão, Ribeiro (2006) diz que para tal,
Implanta programa de qualificação, requalificação profissional, produz e difunde o conhecimento, estrutura o setor de treinamento, desenvolve programas de levantamentos de necessidades de treinamento, desenvolve e adapta metodologias da informação e da comunicação às práticas de treinamento. (p.11)
Para obter sucesso em equipe, é necessário haver ideologia como fator
de coesão, pois, assim, os grupos se motivam para atingir os mesmos ideais,
embora se saiba que é difícil conciliar visões e estilos em torno de um ideal
comum nos ambientes de trabalho. A percepção, também é outro fator
importante para formação o sucesso, não basta apenas a convivência física,
é necessário que as pessoas estejam organizadas para atingir os mesmos
objetivos.
Cabe também a liderança melhorar as relações interpessoais e facilitar o aprendizado do trabalho.
38
CONCLUSÃO
Através deste trabalho buscou-se compreender o papel do líder nas
organizações, verificando a sua funcionalidade dentro do modelo de gestão por
competência. A monografia apresentada mostra como que as empresas que
utilizam da gestão corporativa integrado com as estratégias organizacionais,
conseguem alcançar os objetivos estabelecidos.
A globalização aumentou a competitividade, e conseqüentemente a
concorrência global. No novo cenário da sociedade, onde a competitividade e
as exigências de atualização constantes tornam-se cada vez mais necessária a
capacitação, pode-se dizer que, a educação tornou-se o caminho para
transformação da sociedade, investir no capital intelectual é essencial para o
desenvolvimento de competências e habilidades.
Nesse sentido, não é possível dizer que exista um estilo único de
liderança e que seja válido para toda e qualquer situação. Embora saibamos
que não existe uma receita certa da liderança e eficaz, concordamos sobre a
sua importância para o desenvolvimento e a sobrevivência das empresas de
bens e serviços, pois, em qualquer liderança, sempre haverá tomadas de
decisões que podem agradar ou não as pessoas, colaboradores. Assim, os
estilos eficazes de liderança são situacionais, cada situação requer um
diferente estilo de liderança.
Nesta perspectiva, o espaço das práticas educativas tornou-se
abrangente, e estão presentes na realidade e explicita na vida social através
da atividade humana, constituindo uma busca constante do conhecimento.
Atualmente a liderança tem um enfoque maior no que diz respeito a
favorecer o desenvolvimento do indivíduo, preservando sua cultura e na troca
de experiências.
O líder tem muito a contribuir com a empresa, seu papel é de suma
importância, uma vez que é capaz de articular as expectativas entre a empresa
e aos colaboradores, administrando as individualidades de cada pessoa
39
levando a equipe a atingir resultados da empresa, bem como satisfazer as
necessidades dos colaboradores.
Contudo, gerenciar pessoas é diferente de gerenciar com pessoas;
gerente não necessariamente é o líder; para uma forte equipe de trabalho, é
necessário um bom líder; para um bom trabalho em equipe, é necessário ter
uma visão do sistema com um todo.
Para ser um líder é necessário saber exatamente aonde se quer chegar,
como chegar e quando chegar. Juntamente com uma liderança bem exercida,
o trabalho em equipe possui um papel importante na motivação.
Este estudo não se torna acabado em nenhum instante, uma vez que
veio para ampliar as reflexões sobre liderança em relação a sua existência,
importância, evolução e sobre a capacitação e o processo de trabalho em suas
diversas vertentes, tendo em vista a educação permanente como ferramenta
para a qualidade e sucesso.
40
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
1. BARTLETT, Chistopher & GHOSHAL, Sumantra. Novas Formas de Gerências. HSM
2. BERGAMINI, Cecília Whitaker. Liderança: administração do sentido. São Paulo: Atlas,1996.
3. BONFIM, David. Treinamento: Correntes Pedagógicas no treinamento empresarial. Rio de Janeiro: Qualitymark Ed., 1995.
4. CHIAVENATO, Idalberto. Gerenciando Pessoas: o passo decisivo para a administração participativa. 3 edição. São Paulo: Makron Books, 1994,1992. FERREIRA, Paulo P. Treinamento de Pessoal. São Paulo. Ed., Atlas, 1985.
5.
6. HOLLEENBECK, John R, Wagner III, John A. Comportamento Organizacional. São Paulo: Saraiva, 2003.
7. MARCHETI, Sérgio Henrique. A Organização de aprendizagem: a mudança e os líderes transformacionais. Revista: Novas Fronteiras, TED, Rio de Janeiro, p. 18-16, jun.1997.
8. LOPES, Tomás de Vilanova Monteiro. Motivação no Trabalho. Ed. Fundação Getúlio Vargas,1980.
9. O LÌDER para novos tempos. Idéias Amaná: Newsletter, mai.199210.
10. SENGE, Peter. A Quinta Disciplina: Arte, Teoria e Prática da Organização de Aprendizagem, São Paulo., ED., Best Seller, 1990.
11.TAVARES, Maria das Graças Pinho. Cultura organizacional. Uma Abordagem antropológica da mudança. Rio de Janeiro, Qualitymark Ed.,1991.
41
BIBLIOGRAFIA CITADA
1. BARTLETT, Chistopher & GHOSHAL, Sumantra. Novas Formas de
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Paulo: Atlas,1996.
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de Aprendizagem, São Paulo., ED., Best Seller, 1990.
42
11. SITE: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Educação Corporativa. Disponível em: www.educor.desenvolvimento.gov.br/educacao. Acesso em: 05/12/11
12. TAVARES, Maria das Graças Pinho. Cultura organizacional. Uma
Abordagem antropológica da mudança. Rio de Janeiro, Qualitymark
Ed.,1991.
43
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
CONCEITO 10
1.1 - Principais estilos sobre a liderança 12
1.1.1- Liderança Autocrática 13
1.1.2-Liderança Democrática 14
1.1.3- Liderança Liberal 14
CAPÌTULO II
O PAPEL DO LIDER NAS ORGANIZAÇÕES 17
2.1- A importância da qualificação profissional na 21
Atualidade
CAPÍTULO III
O LÍDER NO DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS NA 24
EMPRESA
CAPÍTULO IV
A GESTÃO DE PESSOAS COMO FATOR DETERMINANTE 33
NA ALTERAÇÃO DA CULTURA ORGANIZACIONAL
44
CONCLUSÃO 38
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 40
BIBLIOGRAFIA CITADA 41
ÍNDICE 43
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